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Valentes de Motorhome
Às vezes, partimos para o distante em busca de nós mesmos e ele pode estar mais perto que esperávamos.

Viajamos por boa parte do nosso território brasileiro, fomos ao Ushuaia e já conhecemos praticamente todos os países do Mercosul. Nossas viagens são realizadas sempre em uma “casa-rodante”, seja ela um trailler ou motorhome.
Decidimos, como já comentamos antes, realizar (ou ao menos tentar) o Desafio Valente Fazedor de Chuva em Santa Catarina, os primeiros de motorhome. Sempre vamos para tão longe e muitas vezes mal conhecemos o nosso entorno, o que nos cerca, o que nos define como moradores deste Estado tão único e exuberante.
Escolhemos iniciar por uma cidade que não visitávamos há quase 30 anos, porém que encanta a milhares de turistas, principalmente no inverno. Uma cidadezinha simpática, em meio à Serra e também conhecida como a Terra das Hortaliças, já que é a maior produtora catarinense. Com uma população urbana de pouco mais de 10 mil habitantes e uma temperatura que já chegou aos -17ºC. A cidade que escolhemos para iniciar nosso desafio é Urubici.
O momento não poderia ser mais propício, feriado da Pátria e com a companhia de nossa filha mais velha, Karine. Após pararmos no Centro de Informações Turísticas, seguimos para um passeio a pé pela cidade. A Igreja Matriz, assim como toda a cidade, é muito simpática.

Como sempre, fomos muito bem recebidos pela população local e conseguimos um lugar privilegiado, no Centro de Urubici. Ali, no Posto Serra Azul, recebemos o carinho do casal de proprietários, João e Vera, além de luz e água.
Na tarde do dia 07 de setembro, nossa primeira parada foi em frente à Prefeitura, para iniciarmos oficialmente o Desafio.
Depois seguimos para o Morro da Igreja. A belíssima paisagem impressiona. Impossível não parar por uns momentos e agradecer pelo local privilegiado em que vivemos. O Brasil, um país continental de tantas culturas e locais inesquecíveis. Tivemos sorte em optar por caminhar alguns poucos quilômetros e deixar o motorhome afastado do topo. Com a quantidade de visitantes e rua estreita, seria impossível retornar.

A Pedra Furada é um dos destaques do Morro da Igreja, que fica no Parque Nacional de São Joaquim. O Morro possui a maior altitude do Sul do país, com 1822 metros.

No dia seguinte, queríamos algo mais aventureiro. O Anacleto resolveu caminhar até o Morro do Odergenge, onde há saltos de parapente e asa delta. Pelo mapa da cidade, quatro quilômetros nos separavam do nosso destino.
Porém, não contávamos com alguns detalhes. A distância de quatro quilômetros era para quem já está embaixo do Morro, o que não era o nosso caso. Era uma subida tranquila para os que estão em forma, o que também não era nosso caso. Soma-se a isso, a temperatura, que subiu repentinamente. Conclusão: subimos até a metade do Morro e nos contentamos com a vista “parcial” da cidade, sob protestos do Anacleto.
À tarde, resolvemos ir até a Gruta Nossa Senhora de Lourdes. Independente de religiosidade, o local impressiona pela natureza, tranquilidade e beleza. Na Gruta há diversos tipos de agradecimento pelas graças concedidas.

Depois, seguimos para a Cascata Véu da Noiva. Com 65 metros de altura, a Cascata estava quase seca. A falta de chuva da região acabou tirando também o “véu da noiva”. Uma pena, mas sem dúvida, voltaremos para vê-la em outra ocasião.

Para encerrar com chave de ouro nosso feriado especial de inauguração do novo motorhome e início do Valente Fazedor de Chuva, ouvimos a Orquestra Sinfônica de Santa Catarina. A apresentação fazia parte do Viva Serra Festival de Inverno.
Com certeza, um belo feriado, com direito a belas paisagens e muitas histórias!
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Queridos FC da Família Wenzel, que satisfação ver que vocês exercitam ao pé da letra um dos fundamentos dos Fazedores de Chuva:
"Mais importante do que o veículo que amamos, o destino que sonhamos, é a companhia que não podemos perder".
Tem coisa melhor do que se estar com os filhos, com as pessoas que amamos, perseguindo um sonho, um desafio?
Não, seguramente não, e como vocês bem disseram, em outras palavras, as vezes buscamos longe o que está muito perto, e este muito perto, para cada um de nós, brasileiros, pode ser o nosso próprio estado.
Que maravilha esta descoberta de cidades das quais nunca ouvimos falar, de pessoas ávidas por interagirem e mais do que isto, de viverem o sonho que vivemos.
Um privilégio!
Parabéns pela iniciativa, pelo relato, pelas fotos e para facilitar, a secretaria estadual de turismo de SC, dividiu o estado em 10 regiões turísticas, entre outras, Vale do Contestado, Caminhos dos Cânions, Costa Esmeralda, Vale Europeu, Caminhos da Fronteira, etc., com a relação das cidades que compõe cada uma, detalhando aspectos estatísticos, principais atrações, enfim, muito interessante que vocês ao chegarem nas cidades, procurem pelo ponto de informações turísticas, ou em último caso, as prefeituras para solicitar os livretos, de ótima qualidade, além do mapa com todas as estradas e distâncias entre os municípios.
Enquanto isto vamos ver se conseguiremos digitalizar referido material aqui no site para facilitar a vida dos nossos Fazedores.
Já estamos ansiosos para saber dos próximos passos isso sem contar a maravilha de motorhome que tem levado vocês a viverem "o que qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..."
Última edição por Dolor; 11-09-12 às 02:48.
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Piratuba - 08 de outubro de 2012
Ao começar qualquer desafio sempre há aquele misto de sensações. Um pouco de receio, por não saber o que nos espera, adrenalina, por não saber o que nos espera e curiosidade, pelo mesmo motivo: não saber o que nos espera.

Esse desconhecimento que nos leva adiante e que nos faz crescer como seres humanos, viajantes, pertencentes às estradas do mundo.
Para seguir com o desafio Valentes Fazedores de Chuva, neste primeiro momento, não optamos por uma rota definida, não temos um planejamento estabelecido. Estamos conciliando alguns compromissos com as cidades catarinenses. Aos poucos vamos desbravando esse estado pequeno e ao mesmo tempo tão plural e acolhedor. Litoral e interior são tão distantes nos costumes e, às vezes, tão próximos quando considerados os quilômetros.
Retomamos nosso Desafio, dia 08 de outubro. Saímos de Florianópolis, logo após as eleições, domingo, dia 07, e partimos para Piratuba, nossa velha conhecida. Todos os anos tentamos passar por lá, nem que seja por alguns poucos dias. As águas termais realizam verdadeiros milagres ao aquietar-nos. Além disso, acampando com o motorhome, sempre há a possibilidade de novas amizades e reencontro de outras antigas.
Dessa vez, tinha um sabor ainda mais especial, afinal estávamos indo ao Encontro Wenzel, em sua 31ª edição, que seria realizado no Rio Grande do Sul. Ficamos três dias aproveitando as águas termais e descansando.
E assim, reiniciamos, aos poucos, o Valentes Fazedores de Chuva!
Antes de chegarmos ao nosso destino no RS, ainda passamos na cidade de Ipira para acrescentar mais uma estrela em nosso desafio.
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FC da Família Wenzel, mais do que o planejamento para onde ir e quando ir, é a cumplicidade do casal que mais nos chama a atenção.
Assim somos nós, os Fazedores de Chuva, cheios de relacionamentos, inspiradores e contaminadores dessas coisas boas e as vezes não tão simples, da convivência.
Vocês fizeram a opção pela vida, depois de uma grande jornada de educação dos filhos, que espelham os ensinamentos recebidos, quando o casal, agora, volta um para o outro com maturidade, para viver a plenitude da vida a dois.
Vida longa, centenas de cidades, de desafios dos FC e que vocês sejam este lindo espelho, sobre o qual possamos nos refletir
também!
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Renovamos nossa energia e alegramos nossos corações ao encontrar mais de 50 membros da família Wenzel reunidos. Nosso encontro acontece há 31 anos, anualmente e é sempre sinônimo de festa, confraternização e muita felicidade. Este ano não foi diferente. E nada melhor que partir com esse espírito para seguir com o desafio Valentes Fazedores de Chuva. Nessa etapa contamos com a companhia de duas irmãs do Anacleto, Bernadete e Beatriz.
004 Itá

A cidade de Itá tem uma história muito interessante. Em 1978, a população da cidade soube que seria construída uma Usina e que a cidade iria, literalmente, por água abaixo. Em 1996, a Cidade Nova é inaugurada. Os habitantes decidiram manter as torres da antiga Matriz São Pedro, que podem ser vistas pelos turistas até hoje. No ano de 2000 é inaugurada a UHE Itá.

A cidade tem várias opções para os turistas, como águas termais e uma tirolesa.

005 Seara

Seara, que significa terra de abundantes grãos cerealíferos, é uma pequena cidade com pouco mais de 18 mil habitantes. Cidade simpática que tem sua economia baseada na produção de grãos (como o próprio nome já denuncia).

006 Xavantina

Existem duas versões da origem do nome Xavantina. A primeira diz respeito às indiazinhas pertencentes às tribos de índios Xavantes. A outra seria uma homenagem a um colonizador, Sr. Possan, proprietário do primeiro automóvel, que possuía terras em Nova Xavantina, cidade do Mato Grosso.

Essa pequena cidade tem uma peculiaridade. Xavantina detém o título de “Maior Produtor Per Capita de Suínos do Brasil”, com cerca de 61,66 cabeças por pessoa. Ou seja, a cidade tem muito mais porcos que pessoas (isso fica evidenciado já na Prefeitura, que tem um exemplar suíno inclusive em sua entrada).
Sem dúvida, não ganhamos só valentia com esse desafio dos FC, mas muito conhecimento acerca de nossos municípios catarinenses.
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Muito bom saber de vocês e mais ainda, tomar conhecimento da reunião de família que acontece há tantos anos. Que lindo exemplo para mim, que infelizmente começo a não conhecer os filhos dos meus primos irmãos, colegas de brincadeiras de toda uma infância e hoje, pelas mais variadas razões, somente encontramos tempo para nos rever nos funerais.
Muito melhor, mais saudável e alegre, nos encontrarmos como vocês, para festejar a vida e conhecer as novas gerações.
Fiquei com inveja!
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007 Xanxerê
Já havíamos passado algumas vezes pela cidade de Xanxerê, mas nunca paramos para conhecer sua história. Uma das partes mais interessantes de fazer o Desafio Valentes Fazedores de Chuva é que sempre conhecemos mais sobre os municípios, inclusive aqueles que já temos alguma intimidade.

Assim, descobrimos que em 1953, os habitantes de Xanxerê iniciaram um longo processo de emancipação da vizinha Chapecó. A vila cresceu, principalmente pelo extrativismo das madeireiras, com pinheiros, araucária, existentes em Xanxerê e região e, em 1954, foi emancipada oficialmente. Aprendemos também de onde surgiu o nome Xanxerê, que significa "campina das cobras" ou "campina da cascavel" na língua indígena Kaigang. Como é de se imaginar a área era de muitas cobras.
Museu do milho:

Foto da Internet
Xanxerê também é conhecida como a capital estadual do milho e tem até um museu destinado ao tema. Preferimos deixar a visita para a próxima viagem.
008 Bom Jesus

Bom Jesus também fazia parte de Chapecó, inclusive era denominado Chapecózinho. O município era habitado pelos índios Guarani e Kaingang, sendo que a área onde se localiza hoje a sede do município e paramos para tirar a foto era utilizada como cemitério indígena. Só virou oficialmente um município em 1995 e, segundo IBGE, em 2000 tinha apenas 2046 habitantes, mais da metade deles vivem na área rural.
009 Ipuaçu

Outro município ainda jovem do nosso Estado, Ipuaçu, teve seu primeiro prefeito em 1993. O nome, de origem tupi guarani, significa “Lajeado Grande” ou “Fonte Grande”, relacionado com o Rio Chapecó. Um grande diferencial da cidade é que quase metade dos seus 6800 habitantes é de origem indígena.
Aos poucos, seguimos pelas estradas catarinenses, desbravando esse Estado que tão bem nos acolheu e que agora podemos, finalmente, retribuir.
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FC Wenzel, além de conhecer mais de perto os municípios que compõem o nosso estado de Santa Catarina, é ver o casal, depois de toda uma jornada de educação dos filhos, aliás, muito bem educados, voltar um para o outro, agora com maturidade, e viver estes momentos preciosos da convivência.
As fotos são inspiradoras!
Normalmente jogo uma pergunta ao ar: o que querer mais da vida?
Paz, companheirismo e estrada, muita estrada, é o que desejo para este casal de Fazedores de Chuva!
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E seguimos nossa aventura pelas terras catarinenses. Uma pena que tivemos que fazer tudo de um tiro só e não tivemos tempo para aproveitar um pouco mais algumas cidades que nunca havíamos passado.
010 São Domingos

O local, até 1942, tinha o nome de Diogo Ribeiro. Então, para fazer uma homenagem à Fazenda São Domingos, que funcionava como sede da localidade, mudaram o nome. Finalmente, em 1963, a cidade foi elevada à condição de município independente.
Disseram que tem uma boa área para camping na cidade, mas não tivemos tempo para conferir. É, mesmo aposentados, o tempo continua a ditar boa parte da nossa rotina. Os compromissos ainda fazem com que andemos mais depressa do que gostaríamos.
011 Galvão

O nome da cidade também é uma homenagem a uma grande fazenda da região. O local, que atualmente conta com pouco mais de 4 mil habitantes, já teve o nome de Saudade. Saudade nós sentiremos desse desafio que nos faz ficarmos ainda mais tempo na estrada e conhecendo pessoas e locais tão próximos, mas tão desconhecidos.

012 Jupiá

Essa cidade simpática tem o nome indígena, que significa redemoinho de água. A economia do município de Jupiá é basicamente agrícola, hoje 90% do movimento econômico vem da agricultura, com destaque para a produção de milho, soja, fumo, produção de leite e gado de corte, avicultura e suinocultura.
013 São Lourenço do Oeste

Para terminar o dia, passamos por São Lourenço do Oeste. A cidade sempre teve sua economia voltada para a extração vegetal e criação de suínos. Hoje, a principal atividade é a bovinocultura leiteira. Inclusive, a cidade conta com um Curso Superior de Tecnologia em Bovinocultura Leiteira. Esse era um curso até então desconhecido para nós.
E mais uma etapa vencida! Algumas cidades ainda virão antes de 2013 chegar, tão rápido como passou 2012.
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O tempo passa tão rápido que quando vemos os números que marcam os anos já mudaram e nem nos demos conta. O que até ontem era 1900 e algo, hoje já marca dois séculos e mais alguns anos.
Neste desafio do Valentes FC nem percebemos o tempo passar. E se nos deixarmos levar por compromissos diários e afazeres cotidianos, não lembramos de postar as cidades já feitas. Seguem alguns municípios já visitados no longínquo (?) ano de 2012.
014 Guarujá do Sul

Uma cidade interessante, ainda mais se levarmos em conta o significado do nome Guarujá, que em Tupi significa aquário. Uma homenagem aos pescadores da cidade que guardavam sua comida em aquários para depois consumi-la.
015 São José do Cedro

Vocês já repararam quantos São e Santos ilustram o nome de nossas cidades catarinenses? Pois é, visitamos mais uma. Dessa vez, São José do Cedro, nome que faz referência a uma árvore frondosa de cedro que havia no local. Com uma população de 14 mil pessoas, a cidade faz divisa com a Argentina. Pena que por falta de tempo (sempre ele, ditador de nossas atividades) não conseguimos desfrutar das cachoeiras, caminhadas e atividades ecológicas do local.
016 Princesa

Para mim esse é o nome mais interessante até agora: Princesa. E fica ainda mais interessante ao saber a origem do nome. Conta-se que um caboclo que vivia na região tinha visões de uma princesa e o nome acabou ficando. Ao passar por ali, não tivemos nenhuma visão de princesa, mas de uma cidade bem simpática.
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