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Como vir de Miami para o Brasil
Primeiro dia - Miami para Tampa, FL - 500 km
Fazedores, a partir de hoje começaremos a publicar, como sugestão, para os Fazedores de Chuva, Rodolfo, Vanderson, Nestor, Toninho e para o GCFC Tácio, O Curumim Feliz, que neste trajeto já é professor, uma ótima alternativa para deixar os Estados Unidos, desde Miami, na Flórida, até o Brasil, em fronteira ainda a ser definida.

São muitas as possibilidades em se tratando da América do Norte, porém, como deve ser escolhida somente uma, acreditamos que o trecho apresentado é o que pode ser considerado como a melhor opção, porque além de incluir a Reserva Nacional de Everglades, cuja Interstate 75, que leva o nome de Everglades Pkwy, para não perder a oportunidade, se junta a State 93, batizada como Alligator Alley, o cruzam em toda a sua extensão, permitindo que as vistas descansem olhando para o bonito, caso o relógio seja desligado por um par de horas, e visitar uma pequena parte deste templo da natureza.
Depois, já refeitos de toda esta gentileza que o roteiro oferece aos nossos Fazedores, é tempo novamente de respirar fundo e desfrutarem de uma outra jóia da coroa que atende pelo nome de Sunshine Skyway Bridge, que fica na boca da Baia de Tampa.

Poderíamos descreve-la, mas para fazermos justiça com as palavras, é preciso experimenta-la, sorvendo-a lentamente, dentro do que é permitido, e para aqueles mais descrentes, por alguma coisa como U$1,00, pode fazer o retorno lá na frente e a reconquista-la definitivamente.

Assim os nossos Fazedores de Chuva chegarão em St Petersburg, depois de haverem rodado em ambiente de puro prazer, alguma coisa como 460 km, e como sobremesa, jantarão na pirâmide invertida do Pier, e brindando a vida, se prestarem bem atenção, poderão ver lá no fundo do Golfo do México, o portão de entrada para a terra de Benito Juarez e quem sabe, com bastante sorte, verão o nosso Grande Cacique Fazedor de Chuva Manuel Quintana, El Médico Brujo e a Sandra, de braços abertos esperando-os.
E como digestão, mais 40 km, para o pernoite em Tampa.

Arrepiante!
Última edição por Dolor; 24-05-12 às 12:10.
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Segundo dia - Tampa - Pensacola - Flórida - 730 km - Total percorrido - 1.230 km

O ideal seria acordar relativamente cedo e após o "breakfast", que somente os americanos sabem fazer e servir, os nossos Fazedores de Chuva, já com as motos abastecidas na noite anterior, parabrisas limpos e as malas já carregadas, sairão do hotel com o espírito preparado para darem um tiro de alguma coisa como uns 730 km, pensando na chegada em Pensacola, onde tem endereço uma das mais importantes bases da marinha dos Estados Unidos, com o intuíto, de aproveitarem o final da tarde, início da noite, ou no Historic District, ou então o que seria a melhor sugestão, na Pensacola Beach, onde, como não poderia ser diferente em se tratando da América, relaxar enquanto caminham pelo seu famoso píer.

Mesmo que tenham um limite de tempo para chegarem até o Brasil, a sugestão do roteiro ao sair de Tampa, seria pela State 529, que apesar de ser uma rodovia pedageada, onde se paga pouco e se ganha uma estrada excelente, no lugar da "Interstate 75", que como todas as outras, passa ao largo das cidades.

Mesmo assim o dia não está perdido porque pensando bem, um passeio pelo Historic Disctrict de Pensacola é obrigatório, e o lamentável é a impossibilidade de visitar o excelente Museu da Marinha, com as pérolas da aviação que fizeram através das suas ações nas últimas guerras, transformar o nosso imaginário em realidade, ao se tocar tais jóias da engenharia.

E quem diz que ao chegarem não poderão ser recepcionados por uma dessas maravilhas?
Hora do jantar, com vista para este incrível Golfo do México, de onde se extrai tantas riquezas que vez por outra, ou quase sempre, volta através dos seus sopros em forma de furacões, para busca-las de volta.

Se precisarem fazer a revisão nas motos segue o endereço do "dealer" John Kiley's Cicleworld: 8500 N Pensacola Blvd.
Que os Fazedores encontrem somente as brisas dos nossos sonhos, que se realizam em cima das motos que vocês conduzem!
Última edição por Dolor; 24-05-12 às 12:11.
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Boa noite Fazedores, este post chamou a atenção, visto que passamos por uma paisagem similar, em Brasilia - DF... Ainda não tive tempo para ler a postagem, farei isto em seguida, mas o momento é para comparações....
Pensacola X Brasilia

Grande abraço, até breve!
Última edição por Jhonny; 19-05-12 às 00:19.
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Sempre atento, heim, Jhonny?
Abs
Dolor
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Sempre que possível... Falando nisso tenho que providenciar meu visto para os E.U.A, a vontade de rodar por estas estradas está ficando grande...
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Jhonny, podemos não ter um "teco" no bolso, mas o visto americano, é obrigatório te-lo no passaporte.
Faça isto!
Não nos deixe fora da garupa!
Abs
Dolor
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Terceiro dia - Pensacola, FL, para New Orleans, LA - 350 km Total percorrido - 1.580 km
A viagem foi pensada até agora para que os Fazedores de Chuva cheguem em New Orleans antes do meio dia e desta maneira, pelo menos por uma tarde e noite, aproveitarem esta cidade, que é imperdível e que seria criminoso, em nome da pressa, deixa-la de lado.

A sugestão é irem direto ao Café du Monde, para sentarem no que chamamos de a esquina do mundo, provarem os deliciosos "beignets" com fartas xícaras de "cafe au lait" que são, ou eram os únicos produtos vendidos nesta centenária "cafeteria", lagarteando nesta esquina por onde o mundo passará a frente de vocês, preguiçosamente.

Um prazer digno dos Fazedores de Chuva.

Mas não se preocupem porque andando um pouquinho mais à frente, pedindo licença aos músicos que tomam conta desta cidade e a enchem de sonoridade, vocês chegarão ao French Market, outra instituição mais do que centenária, onde poderão encontrar uma vasta quantidade e diversificação de mercadorias, entre elas os saborosos morangos da primavera da Louisiana, além do mercado de pulgas, o "flea market", para os que procuram uma novidade, seja em peças de antigüidade, jóias, artesanatos, enfim, uma festa.

Cuidado com as horas que estão voando e tanta coisa por fazer em tão exíguo tempo, pois antes de mais nada, devem chamar o GCFC Hans Karlsson, The Biker, porque ir a New Orleans e não ve-lo é o mesmo sacrilégio que ir à Roma e não ver o Papa.

É a nossa grande inspiração do alto dos seus 86 anos e ainda pilotando uma Goldwing como um jovem!
Cansados?

Nem pensar porque a noite nem começou e a Royal Street com as suas elegantes construções que abrigam o que de melhor os antiquários podem oferecer, é sem dúvida a rua mais charmosa da cidade, sendo que a poucos passos o pecado mora na Bourbon Street, que está esperando por vocês com aquela infinidade de bares e restaurantes, com música, muita música, como em nenhum outro lugar do planeta, e para que usufruam de todo este esplendor, será permitido que deixem New Orleans nesta próxima manhã, mais tarde do que de costume, mas terá valido a pena.

Não esqueçam de comprar uns "beads" aqueles colares multicoloridos típicos da cidade!
Ufa!

Mas e o passeio pelo Mississipi, daquele em chamas?
Daquele mesmo que viu todas as riquezas deste estado francês ao longo das suas margens, onde moraram mais de dois terços de todos os milionários dos Estados Unidos antes da Guerra Civil, está esperando por vocês a bordo do Steamboat Natchez, para navegarem e verem as "plantations", ou o que sobrou delas, tendo desta maneira uma idéia da riqueza de uma época.

E mesmo assim, vocês sairão desta cidade com a sensação de pecadores, por não a terem usufruído à exaustão, tantas são as atrações que aguardam por todos para uma nova oportunidade, que poderia ser um dia a mais, evitando desta maneira uma condenação por não pararem na saída, em Baton Rouge, a capital do estado.

"Escutaram" que nós não falamos do jazz e vocês estão no berço dele!
O que fazer?

Bem, mais daí vocês irão "encalhar" na Louisiana!
Última edição por Dolor; 24-05-12 às 12:13.
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Quarto dia - New Orleans, LA, para Victoria, TX - 800 km - Total percorrido - 2.380 km
Certamente os nossos Fazedores de Chuva foram dormir o sono dos justos e dos abençoados pelo privilégio da "tocada" até agora por haverem desfrutado em New Orleans, das boas amizades e claro, para finalizar a noite, o brinde deve ter sido com um bom vinho escolhido pelo FC Nestor, um iniciado nesta arte.

Como a terra está aí para ser, literalmente descida, é claro, que será permitido um pequeno desvio, porque na Cidade do Pecado, alguns originais não farão a menor diferença, e neste diapasão os nossos aventureiros serão penalizados no máximo com um punhado de milhas, não mais do que 90 km neste limbo americano, mas que terá valido a pena, porque no lugar de continuar pela Interstate 10,
cansativa, o percurso entre New Orleans e Victoria, no Texas, que é a sugestão para o dia de hoje, será não só consentido como obrigatória a flutuação através do Lake Pontchartrain, pela ponte que empresta o seu nome, acrescentando o apelido Causeway, que é o nome dado às famílias de pontes ou ferrovias construídas em barras de rios e lagoas, que tenham função de dique, ou ainda, feitas em cima de aterros.

Foto: Platz Vorschlagen
Importante destacar que a Lake Pontchartrain Causeway, é a segunda ponte mais extensa do mundo, com mais de 38 km de extensão e que não dá direito a arrependimento, pois o retorno só é possível após as cabeceiras.

Mas, e quem é que vai se arrepender, a não ser de não te-la cruzado pelo menos um par de vezes?

Foto: Tamas
Um privilégio que é a grande atração deste longo dia, que acrescentará no odômetro das motos, alguma coisa como
800 km, e que aproxima os Estados Unidos do seu final, entregando os Fazedores de Chuva para um novo capítulo de aventura ao longo do México, que reserva atrações inesquecíveis para quem o cruza, tudo sobre o olhar e quem sabe, da companhia do Grande Cacique Fazedor de Chuva Don Manuelito e Sandra, El Médico Brujo, que estarão aproximadamente a 380 km da parada desta noite, permitindo fazer a fronteira com calma, logo no início da tarde, após as primeiras "tortillas" serem massacradas.
Última edição por Dolor; 24-05-12 às 12:14.
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Quinto dia - Victoria, TX, para Monterrey, Nuevo León, México - 550 km - Total percorrido 2.930 km
Não resta dúvida que o "frisson" ao se deixar a segurança e o passeio feito pelos Estados Unidos, dá lugar aquele "friozinho" na barriga de todo aventureiro que começa a enfrentar, na América do sangue quente, da latina, que mescla a hospitalidade com o perigo, como em praticamente nenhum outro lugar do mundo.

Resumindo, somos frutos da impunidade e como tal, os nossos problemas e como a maior parte deles acontecem dentro das nossas próprias trincheiras, sob a condição do famoso "fogo amigo", vamos ficando reféns de nós mesmos e a história vai se encarregando de ser escrita da maneira como os detentores da caneta querem, sabem e abusam.
E ciclicamente, entramos em erupção.

Vulcão Puyehue, Chile - Foto Claudio Santana
Daí a razão dos temores quando saímos do sistemático para o imprevisível.
Após mais de uma semana de convivência, é natural que os Fazedores já tenham feito os seus ajustes de relacionamento, com as adequações pertinentes, até porque estamos falando de pessoas adultas e mais do que isto, resolvidas, portanto, convivendo vinte e quatro horas por dia, há que se fazer concessões e se relevar as pequenas coisas, que normalmente são as que incomodam, mas como o caminho é longo, haverão de fazer dos pequenos dissabores o combustível para robustecer as amizades que se iniciam e as outras que se consolidam.
O importante é que haja a boa vontade do acerto e da boa convivência!

Finalmente, após a passagem por Laredo, banhada pelo Rio Grande, para os americanos, e Rio Bravo, pelo mexicanos, que foi durante poucos anos a capital da efêmera República de Rio Grande, cujos filmes muito bem retrataram o que se passava nesta que ainda é, talvez, o principal portão de entrada e saída dos Estados Unidos no sul, haja vista, que o destino final dos Fazedores para o dia de hoje, será Monterrey.

Esta é a capital do estado de Nuevo León e considerada uma das três mais importantes cidades do México, com uma indústria altamente desenvolvida e talvez, seja a cidade com o maior fluxo de comércio com os vizinhos do norte.
Monterrey surpreende pelo tamanho e pela qualidade de vida dos seus quase quatro milhões de pessoas da área metropolitana.

Sem querer assustar os Fazedores, a opção por Laredo se deu em função da violência no estado de Tamaulipas, especialmente em San Fernando, sede das maiores matanças entre os cartéis de drogas, vitimando no total mais de duas centenas de vidas e distante somente 140 km de adrenalina pura de Matamoros, que divide a fronteira com Brownsville, no Texas.
Uiiiii!

Em contra partida, os Fazedores começarão a ver e a sentir, sempre pelas rodovias com "cuota", caras, em torno de U$0,10 por quilômetro rodado, as belezas desta terra Asteca, que tem muitas histórias para contar e para se viver.
Viva México!
Última edição por Dolor; 24-05-12 às 19:12.
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Oi Pessoal!
Viajo na próxima segunda feira pra Miami, fico até o dia 5 de junho com Sandra minha mulher, detonando, me cobrando um suborno por marcar viagem no dia dos namorados e também na data do seu aniversário!
Olha, uma coisa bem interessante que eu levo são cuecas descartaveis, pois tenho um problema de preguiça de lavar roupas, levo também algumas camisas velhas ou de propaganda que também uso como descartável pelo mesmo problema!
As cuecas não são muito bonitas, mas como não tenho intenção de impressionar nenhum de vcs, vai ser até bom, pois evita que alguém, depois de alguns dias de viagem venha tentar fazer minha cabeça.
Abraços
Tacio
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