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  1. #121
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    15/08/2011 - Segunda-feira - 115o. dia

    Dedico este Post ao Tiago Mendonça, Presidente do Sindicato Rural. Ele que contribuiu com o motociclismo e com o Turismo de Morrinhos, ao ceder as instalações da Pecuária no último encontro da classe. Também foi de onde iniciei minha jornada.



    Após tomar chuva ontem, dormimos ouvindo-a. Porém preocupados, tendo em vista que não tive como estaiar a barraca e a cobertura encostando na parte interna permite a entrada de água. Hoje de manhã constatamos que entrou água, mas como nossos colchões são grossos, dormimos sem sentir a umidade.

    O percurso foi de estradão; pilotando direto a 100 km/h. Rodei apenas 310 km e já cheguei à linda cidade de Forth St. John. Aqui resolvi ficar num hotel para lavar as roupas e também trocar o óleo da Celestina que ficou agendado para amanhã.



    O Centro de informação daqui me ofereceu um atendimento digno de primeiro mundo. Ligou para os hoteis e encontrou o preço que me satisfazia e ligou para a oficina autorizada da Honda e agendou o atendimento. Sem contar os mapas e a relação de serviços dos estados do Canadá que ainda vou passar.




  2. #122
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    16/08/2011 - Terça-feira - 116. dias



    Dedico este Blog à Eneida Figueiredo. Ex-primeira dama atuante e pessoa muito querida na comunidade Morrinhense. Política enérgica que já debutou nas urnas. Depois que o sangue é contaminado com as urnas, fica difícil afastar.

    Como a oficina para troca de óleo da Celestina estava agendada para as 13 hs, aproveitamos o hotel o máximo que era até as 11hs. Chegamos na concessionária Honda uma hora antes. Aproveitei para mandar olhar as pastilhas do freio dianteiro.

    Duas horas depois veio a facada da conta: U$ 324,54 para trocar pastilhas, óleo e filtro de óleo. Achei um absurdo e não adiantou choro.

    Atenção mecânicos de motos do Brasil! Candidatem-se a um imigração legal para o Canadá! Eles estão procurando. Venham arrumar motocicletas aqui. Porem, aqui não tem motos de 100, 125 ou150 cc. O negócio aqui é de 600 pra riba. Tem quadricículos para dar com pau, também.



    Depois da conta me deu uma pressa danada de deixar a cidade.

    No trajeto passamos por uma cidade por nome de Grande Praire. Na entrada dessa cidade tem um placa informando uma população próximo dos 60 mil habitantes, mas acho que tem mais.

    A cidade mais bonita do mundo para mim, até hoje, é o Rio de Janeiro e depois Acapulco no México, ambas pelas suas belezas naturais. Mas, sem dúvida, Grande Praire é a cidade mais bonita que já vi até hoje, não pelas belezas naturais, mas pela beleza produzida pelo homem, tanto em termos de arquitetura, como em urbanismo e ornamentação.

    Como chegamos ao enterdacer, vimos um camping mantido pelo Rotary que fica ao lado de uma belíssima escola, com vistas a acamparmos. Não conseguimos pernoitar porque o mesmo estava lotado. A área é tão bem cuidada e arborizada que as pessoas montaram seus trails no local e moram neles.

    Não tiramos mais fotos da cidade porque acabou o cartão da máquina e já estava tarde.

    Como as terras da região são muito férteis, com plantações de trigo na fase de amadurecimento, estava difícil encontrar local para dormir, por isso entramos numa dessas fazendas e pedimos acampamento, o que nos foi prontamente cedido.Hoje de manhã foram levar leite, bolo e Cooke para o nosso café da manhã.


  3. #123
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    17/08/2011 - Quarta-feira - 117o. dia.



    Dedico este Post, pela terceira vez, à minha filha Aline Godois e minha irmã Cida de Goiatuba. Ambas aniversariantes no dia de hoje.

    Hoje é aniversário da minha filha Aline e da minha irmã Cida. Ajeitei o trajeto para parar num Mac Donalds para falar com as duas.

    Agora voltei apegar estradas com pistas duplas e a viagem rende que é uma beleza. Mas, como já escrevi anteriormente, as Freeways são frias e monótonas. A viagem fica meio sem graça. Logo que puder vou largá-las.

    Atenção motociclistas! Não cometam o mesmo erro que eu, o qual vou contar agora. Um ano planejando a viagem e não lembrei de trazer a chave de ignição reserva! Acriditem a minha resolveu quebrar hoje.

    Felizmente já estamos perto de uma cidade grande Edmonton e, principalmente, porque tem muita gente boa nesse mundo. A chave quebrou dentro do tambor da tampa do tanque. Então diversos clientes e o dono do posto foi tentar retirá-la, até que um conseguiu. Mas não adiantou o esforço tendo em vista que eu já estava na reserva de gasolina e o tanque não abriu. Então o proprietário do posto me passou os telefones de dois chaveiros da região e um cliente se prontificou a telefonar para mim. Como já era mais de 19 hs um não atendeu, mais o outro veio me dar socorro.

    Meu inglês é ruim em qualquer lugar, mas aqui no Canadá é pior; ninguém me entende. Então eu tentava explicar para o chaveiro que a chave era codificada ele não entendia e nem fazia força para entender. Pegou a chave velha e já foi fazendo uma cópia. Depois de abrir a tampa do tanque e ligar a ignição todos comemoraram, menos eu. Quando dei partida quem disse que ela pegava. Teimaram que era falta de gasolina. Abasteci e tentamos de novo, nada. Depois de algumas tentativas o chaveiro teve uma ideia de utilizar a chave nova em conjunto com a chave velha e a moto funcionou. De agora em diante tenho que andar com duas chaves. O chaveiro me cobrou U$ 100, mas como eu só tinha U$ 60 na bolsa, ele fez por esse valor e saiu reclamando.

    Acampei numa área gramada no fundo do posto, devido o adiantado da hora.





  4. #124
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    18/08/2011 - Quinta-feira - 118o dia



    Dedico este Post ao Jornalista, colunista e Programador Kleber França. Pessoa religiosa, equilibrada e de bom coração e profissional dedicado.


    Passamos quase todo o dia em Edimonton. Internet, passeios pela cidade e supermercado. Falar que as cidades do Canadá são bonitas é repetitivo, por isso deixarei de menscionar. Por voltadas 17 horas tomamos a estrada. Depois de rodado un 40 km paramos para abastecer e a surpresa: a tampa do tanque engripou e não abriu. Como Nossa Senhora protetora dos motociclistas é poderosa, logo apareceu um homem que vendo meu problema me fez seguí-lo por uns 20 km para frente e me levou-nos num amigo dele que, com ferramentas especiais, destravou a tampa e me deu o veredito: outra nova. Ambos não me cobrarma nada.

    Com esse diagnóstico resolvemos dormir por ali mesmo e aguardar o dia seguinte, tendo em vista que em Edmonton tem três concessionárias Honda e seria mais fácil encontrar a tampa.





  5. #125
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    19/08/2011 - sexta-feira - 119o dia



    Dedico este Post a Jacob Bussmann Filho, ele que é motociclista de Guaratinguetá e empresário proprietário das Confecções Kellynha. Somos grandes amigos sem nunca ter visto um ao outro. Qualquer uma das minha idas ao Rio de Janeiro filo um pouso na sua casa.

    Procuramos uma das concessionárias e nela fomos muito atendidos. Como não tinham a tampa, prontificaram a ligar nas outras duas que também não tinham. Tirei fotos do gerente e o vendedor que me atenderam.



    Uma foto mostra a chave emendada, um artifício para “dobrar” a Celestina e fazê-la “pensar” que a chave é codificada e como estou tampando o tanque. Para piorar fui fazer um suspiro de canudinho para evitar que a fita seja ejetada, deixei um pedaço cair dentro da tanque. Agora piloto pensando nas diversas possibilidades desse objeto me atrapalhar: entrar de cabeça para baixo na bomba de gasolina, derreter aos poucos e entupir os carburadores, etc

    As próximas cidades grandes que passarei são Regina e Winimpeg, onde tentarei. O pedido demora três dias para chegar, mas como é final de semana teria que esperar cinco ou seis dias.

  6. #126
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    20/08/2011 - Sábado - 120o dia



    Dedico este Post ao meu filho Murilo, aniversariente de hoje, bem como à sua esposa Pati. Nesse momento, 20 hs aí do Brasil, os dois estão recebendo os amigos para uma comemoração digna dos 31 anos. Cada aniversário de filho o pai comemora um envelhecimento.


    Roteiro de Ontem: Edmonton – Lloydminister
    Roteiro de hoje: Lloydminster – North Batteford e Saskatoon

    Tentei chegar a Kaskatoon, cidade grande, antes do comércio fechar para ver se encontrava uma Honda, mas não foi possível, chegamos já por volta das 13:30 hs. Almoçamos num Mac Donalds, um dos poucos sem Wi-Fi, que encontramos na estrada. Então fomos procurar um Starbucks para mandar uma mensagem ao meu filho aniversariante e atualizar meu Blog.

    Demoramos um pouco a achar. Depois de instalados apareceu um jornalista do Jornal The Star Phonix me convidando para acompanhá-lo até a sede do seu Jornal para uma reportagem. A entrevista, apesar da ajuda do Tradutor do Google, foi demorada. Depois ainda tive que esperar o fotografo vir até o café para tirar foto da moto e de nós.

    Agora, nesse momento estou acabando de atualizar, às 18 hs daqui, sem saber onde vamos dormir. A Edivânia não aceita ficar em hotel ainda. Ela que estabelece os dias de hospedarmos em hotel. Mas a nossa preocupação é a mesma de quem já está com hotel reservado e pago, ou seja: nenhuma preocupação.

    Por falar em preocupação, hoje completa 4 meses de viagem e a sensação que temos é de que saímos na semana passada. Nem estamos vendo o tempo passar. Recomendo: quem não quiser sentir o tempo passar, VIAJE!




  7. #127
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    21/08/2011 - domingo - 121o. dias



    Dedico este Post ao meu ex-colega de Trabalho e amigo Luizmar Mendes da Costa e sua esposa Lila. Foram muitos anos de trabalho juntos e uma amizade duradora.



    Ontem deu trabalho para sair de Saskatoon. No Canadá, Saskatoon foi a cidade em que a Celestina fez mais sucesso. As pessoas passavam na rua e paravam para admirá-la; alguns atravessavam a rua e outros entrava no Starbucks para nos procurarem, como fez o jornalista. Depois que saimos do café e começamos a nos preparar para sair, novas abordagens e fotos.

    De onde estávamos sentado no café, dava para ver a Celestina na rua; estava bem perto do vidro e por isso víamos todos os movimentos, inclusive do guarda de trânsito multando os carros que não pagaram o estacionamento. Para a Celestina ele só deu um a olhada e segui para frente; meu coração palpitou, tendo em vista que também não tinha pago.

    Do vidro vimos uma cena que me emocionou muito. A companheira de um homem cego, ambos na minha faixa de idade, parou em frente a Celestina e a mulher parecia descrever a moto para ele. Ambos riam. Ela carinhosamente, pegou a mão dele e colocou em cima da bagagem da moto. Posteriormente ele largou a mão da acompanhante e começou a palpar a moto de forma que ia circulando-a e tocando inclusive no pneu, como se avaliasse o tamanho da moto pela grossura do pneu,

    Essa cena me fez lembrar de um filme que meu amigo Rui Leite diz ter visto na internet. Trata-se de um cego que chega na concessionária de motos, passa a mão em diversas e depois mostra ele pagando e pegando a chave da máquina. O filme cria um certo suspense de como ele iria pilotá-la. Na sequência o filme começa fazendo uma tomada do seu rosto tomando vento, depois a câmara vai abrindo e mostra as roupas voando; posteriormente ele em cima da moto e a paisagem correndo do outro lado. O filme é finalizado mostrando a moto em cima de um caminhão e ele sentado em condição de pilotagem. Moral da história: não é por causa das suas deficiências que você vai deixar de se sentir feliz.

    Esse acontecimento, do deficiente visual apalpando minha moto, fez-me viajar o resto do dia meditando sobre a condição humana. Como pode, né? Conheço pessoas ricas, sadias, bonitas e sem deficiências e são depressivas. Talvez, nunca tenham sentido a felicidade que aquele homem teve de “enxergar” a Celestina através do tato. Essas pessoas esperam a vida toda por um grande acontecimento e não curtem os pequenos e singulares momentos da vida.



    Existem pessoas que tem vergonha de ser careca e depois tem vergonha de usar peruca; tem gente que tem vergonha de possuir um carro velho, mas depois tem vergonha do banco tomando o carro novo; tem gente que morre de vontade de dançar ou conquistar uma pessoa, mas tem vergonha de dar o primeiro passo. Aquele homem, não! Ele não teve vergonha de se expor apalpando uma moto. Pelo contrário, estava bem feliz.

    Sua companheira, provalvemente esposa, me deu outra lição de vida. O carinho que ela aparentava naquele momento era impressionante. Ela não apresentava preocupação nenhuma com o resto mundo. Naquele momento o mais importante era a felicidade daquele homem. Quantos cônjuges são recreminados pelo outro por fazer uma infantilidade. São nas infantilidades que encontramos a felicidade. Essa censura, muitas vezes motivada, por ciume, é que vai minando o relacionamento vagarosamente. A corrosão provocada pelo sal, no ferro é danosa mas é perceptivel, entretanto a corrosão do amor é imperceptível.

    Envolto com esses pensamentos, acordei com a Edivânia batendo nas minhas costas dando sinal que era hora de procurarmos local para dormir.Logo em seguida apareceu a entrada de uma pequena cidade e eu dei seta. Temos um macete para encontrar as “vítimas” dos nossos acampamentos. O primeiro critério é a casa possuir um trail estacionado ao lado. Esta é a senha de gente que gosta de aventura e já precisou da ajuda de alguém. O segundo é possuir um gramado discreto onde não ficamos muito expostos. Seguindo este critério escolhemos a “vitima” e lá fui eu bater na porta. Para resumir, não só acampamos como ganhamos um super banho e um café da manhã.

    O casal aparece numa foto e os nomes deles são Conrad e Joyce Opdeahl, que moram na pequena cidade de Hanley, no Canadá e próximo de Saskatoon.


  8. #128
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    22/08/2011 - Segunda - 122o. dia - Prestação de conta



    Ofereço este Post ao meu irmão, aniversariante de hoje. Ele e sua carinhosa esposa Nilzete estão festajando essa data tão importante na vida dos dois. Ela que é muito carinhosa com, certamente fez um saboroso bolo de aniversário.

    As estradas do Canadá são ótimas. Porem nos últimos 2000 km são extremamente retas e as cidades longes uma das outras. Cada cidade mais importante dista, em média, 500 km uma da outra. E as pequenas cidades, normalmente, ficam retiradas 2 a 5 km da rodovia. Também acabaram as expectativas de ver bichos. A viagem tem sido meio chatas e demoradas. A sorte é que temos dormido muito e o sono não bate durante a viagem.

    Porém nos últimos 300 km, já chegando em Winnipeg, a emoção apareceu. Pilotei sob um vento muito forte que me lembrou da Patagonia. O cansaço foi muito grande.

    Chegando à Winnipeg, fui direto procurar uma concessionária para ver se encontraria a tampa do tanque. Na primeira que me informaram só vendia carro, dessa me informaram a correta. Depois do vendedor informar que não tinha e que demoraria 3 dias para chegar, ele numa última olhada encontrou a danada. Fuito feliz, serrei um café da loja e parti.

    Como tínhamos que fazer compras para o dia seguinte, paramos na porta de um supermercado, ao lado de um carro cuja dona guardava suas compras ao lado de uma criancinha, no banco traseiro. Tratava-se de uma linda mulher. Ela parou suas atividades para vir conversar com conosco. Em poucas palavras ela tirou U$ 20,00 e nos deu para tomar um café. A foto dela aparece no Blog.

    Saímos do supermercado e fomos abastecer a moto, já de tampa nova, com vistas a dar mais um giro pela cidade e pegar a rodovia. Quando entrei no posto para pagar o casal proprietário veio conversar comigo. Depois de algumas palavras o homem foi até a geladeira e pegou dois litros de água e um litro de leite e nos deu de presente. A foto do casal aparece numa foto, também.

    Winnipeg foi uma cidade que nos trouxe sorte, na saída encontramos um camping com água quente para banho, onde acampamos sem pagar nada.





    Ontem completou 4 meses de viagem, por isso, aqui vai minha prestação de contas.


    Prestação decontas dos: 120 dias

    mês Anterior mês atual Acumulado Media
    Litros 1.442,64 493,39 1.936,03
    Gasolina 2.845,22 1.138,48 3.983,70 33,20
    Alimentos 2.813,34 1.273,48 4.086,82 34,06
    Passeio 708,01 ,00 708,01 5,90
    Moto 232,83 1.336,21 1.569,04 13,08
    Hotel 1.187,51 232,70 1.420,21 11,84
    Aduana 534,72 ,00 534,72 4,46
    Pedágio 103,24 ,00 103,24 ,86
    Avião 2.046,78 ,00 2.046,78 17,06
    Roupas 2.263,84 92,79 2.356,63 19,64
    Medicamentos 49,00 26,50 75,50 ,63
    Equipamentos 445,61 511,94 957,55 7,98
    Outros 356,54 21,51 378,05 3,15





    TOTAIS 13.586,64 4.633,61 18.220,25 151,84

    Inicial Atual Rodado Media
    Odômetro 56345 87847 31502 262,52

    Última edição por Dolor; 08-10-11 às 02:51.

  9. #129
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    Somos notícia no Canadá
    Importante jornal do Canadá divulga nossa aventura.





    http://www.thestarphoenix.com/news/S...158/story.html

  10. #130
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    23/08 - terça-feira - 123o. dia

    Dedico este Post a Andiara Jungmann e sua mãe Kate. A Kate amiga de longa data; a filha conheci criancinha e hoje já tem várias criancinhas. Tô ficando velho. Ambas excelentes funcionárias públicas.

    Novamente a imigração americana nos barrou. Do Canadá para os USA foi pior que na divisa com o México. Primeiro foram os questionamentos do guichê principal: de onde vinha, por onde passei, se a moto era brasileira, o que a Edivânia era minha, etc. Não satisfeita nos encaminhou para à sala de vistoria no. 1.

    Depois de esperar um pouco, veio o oficial que determinou que entrassemos com a moto. Daí, com os passaportes, repetiu as mesmas perguntas respondidas no guichê e fez com que eu tirasse os mapas e lhe mostrasse todo meu trajeto de subida dentro dos USA, Canadá e Alaska. Ainda implicou por eu não ter um único mapa do Canadá e sim de cada estado.

    Eu acho que eles pensam que estou traficando a Edivânia, porque não parava de observá-la. Após contar meus dólares, mandou que entrássemos na sala de espera, tendo em vista que iriam vistoriar a moto. Da sala dava para ver a moto e as ações dos inspetores ao redor dela. O oficial que nos mandou para sala vistoriou a bolsa do tanque, que já estava aberta devido aos mapas e a mochila que a Edivânia carrega, que também já estava aberta.

    Depois assistimos a seguinte sena: ele rodeou a bagagem da Celestina e chamou outro que fez a mesma coisa. Depois foram chegando oficiais, todos em torno da moto, mas só tocavam de leve na bagagem. Também a Celestina está parecendo uma carroça de mascate, ou daquelas carrocinhas de mão de andarilhos do asfalto: tem saco pendurado para todo quanto é lado. Como acabou o frio e a chuva, fomos amarrando as roupas usadas para estes fins. Para chuva tem um macacão super grande que nem usei. Era para o caso das roupas novas vazassem água, como foram eficazes, não o usei; uma jaquetinha de plástico minha e um conjunto calça e blusa da Edivânia. Para frio sobraram os forros das jaquetas e das calças de motociclista dos dois. Além dos sacos contendo de tudo, até um chuveiro de camping, que não sei porque comprei e a Edivânia não deixa eu descartá-lo, estamos carregando.
    Acho que eles afinaram, em mexer naquilo tudo.

    Quandos nos autorizaram a deixar a sala contamos sete oficiais que ficaram assistindo a gente organizar as poucas coisas mexida. A cada ação minha, olhava para eles e eles na mesma posição; nenhum saiu ou sequer se movia. O ritual para um motociclista empreender marcha é bem demorado: tira óculos, poe capacete, coloca óculos, coloca blusa, calça as luvas e ainda tíhamos que guardar as coisas dentro da mala do tanque e dentro da mochila. A mala do tanque, só para fechar, gasta uns 5 minutos de tão cheia que está. Tudo isso foi feito com os sete oficiais nos olhando. Dei partida na moto e nos mandamos.

    Considerando que a freeway 29 estava muito reta resolvemos deixá-la e pegar a Rodovia no. 2, que passa por pequenas cidades. Rodamos por esta rodovia até anoitecer.

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