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  1. #101
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    27/07/2011 - Quarta-feira - 96o dia

    Dedico este Post ao meu ex-chefe, companheiro e amigon Dr. Pedro da Lara. Conversar com o Pedro é num dos melhores passa tempo que existe. A gente ri o tempo todo. Cara de bem com a vida.

    Rota: Palmer, Anchorage, Palmer e Willow – 494 Km

    Como fomos dormir depois das 23 hs, acordamos tarde. Após pegar a estrada e rodar uns 60 km tive que parar para usar a gasolina dos galões é que ontem, devido ao cansaço, fiquei com preguiça de abastecer; esse negócio “no próximo abasteço” não funciona por essas bandas. Assim almoçamos num Mc Donalds de Palmer, cidade próxima de onde dormimos, cujo Wi-Fi não deu para passar as fotos para o Blog, por isso não o atualizei.

    Anchorage é uma cidade muito bonita, como quase todas por essas bandas. As pessoas daqui gostam de viver intensamente o verão e transmitem isso com os jardins das suas casa, comércio ou ruas. Não canso de admirar as flores. Em Palmer tinha dois postos de gasolina de frente um ao outro. Gosto de abastecer no Shell, mas o deixei, por causa das flores que enfeitavam cada uma das bombas de um Chefrom.

    Alguém me disse que o Alaska tem a maior renda per-capta dentre os estados americanos. Não sei se é verdade, mas que ele tem a maior frota de mono motor (teco-teco) por habitante, com certeza. Às margens da estrada tem diversos pontos de aterrissagem e um aviaozinho estacionado. No meio do nada apareceu um local de compra e venda onde tinha dezenas deles em Anchorage, tem um aeroporto só para eles, onde deve ter centenas. Acredito que na época do frio eles conseguem aterrissar no gelo, por isso essa popularidade. Imagino, também, que a máquina deve ser subsidiada pelo governo, já que a renda com a exploração do petróleo é grande e não tem gente para gastar. A densidade populacional aqui é muito baixa.

    No Alaska não tem lavoura e muito menos pecuária. Acho que as crianças daqui não conhecem uma vaca. Nas casas fazem umas hortas, mas lavoura nada. No oeste do Canadá, tão frio quanto aqui, existem lavouras de feno para tratar dos animais. Também a terra daqui é muito ruim em fertilidade. Aliás ela vem perdendo qualidade a medida que venho subindo. As árvores gigantescas da Califórnia vem diminuindo gradativamente.

  2. #102
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    30/07/2011 - Sábado - 99o. dia
    Dedico este post ao amigo Clebston Carvalho, ele que é sócio da Interativa Lan House e um apaixonado pelas minhas viagens. Pessoa muito simpática, sempre com um sorriso no rosto.

    O projeto inicial era ficar até domingo no The Anderson Bluegrass Gazette & Country Music, porém a vida já estava ficando sem graça sem a estrada, e resolvemos partirmos hoje. Esperamos apenas nossas vizinhas do Mississipe apresentarem suas canções. Por volta das 15 horas partimos.

    A nossa vida estava muito boa. Ontem almoçamos e jantamos numa barraca ao lado da nossa (camisa preta na foto). Hoje ganhamos pão e ingredientes para fazer hot-dog (barbudo na foto). Para mais tarde já tínhamos um convite para participar de um “luau” na beira do rio, com direito a música, bebida e comida de graça. É que a organização reservou um acampamento especial para os músicos na beira do rio e muitos campistas, em vez de assistirem os shows, preferem ficar ao lado dos cantores e levam a bebida e a comida para lá.

    Por volta das 21 horas encontramos a casa da feirante em Fairbanks, porém não tinha ninguém, haja vista que dissemos que chegaríamos no domingo. Mas mesmo assim armamos a barraca no quintal.

  3. #103
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    31/07/2011 - Domingo - 100o. dia
    Dedico este Post ao pessoal da Secretaria Municipal de Saúde de Morrinhos. Tenho vários amigos lá que acompanham meu blog.

    Hoje completaram 100 dias de viagem. Coincidentemente foi um dia de folga. Preferi deixar para segunda-feira a partida rumo a Prudue Bay. Não sei porque. O fim de semana é ruim quando você precisa comprar algo e o comércio está fechado, mas para aquelas bandas nem comércio tem, por isso poderia partir a qualquer momento.

    Aviso aos companheiros e companheiras que me acompanham para não se preocuparem com uma eventual sumida da internet. De Fairbanks, onde estou, até Prudue Bay são mais de 800 km e só existe um ponto de abastecimento na metade do caminho, Coldfoot.
    Acredito que gastarei 3 dias indo e outros3 voltando, mas pode ser mais. Segundo informações de outros motociclistas a estrada está muito escorregadia com as chuvas que caem diariamente na região.
    Estimo que a minha velocidade média na estrada de cascalho será de 30 km/h.

    Aproveitamos para fazer uma grande compra de suprimentos para comer na estrada: 24 crossants, 24 conjuntos para Hot-Dog, Castanha de Cajú, leite, Chocolate, café e adoçante.
    O problema é como guardar essa comida a noite, tendo em vista que os avisos de urso atacando barracas e carros atrás de comida é comum na região. Com frequência as pessoas nos alertam:”não deixem comida na barraca!”
    

  4. #104
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    01/08/2011 - Segunda-feira - 101o. dia
    Dedico este Post ao Mandril, locutor de rádio em Goiatuba e conteporâneo de farras em Goiatuba. Ele é um negro simpático que curte a si mesmo e a vida. É motociclista e tem perfil dos habitantes de Los Angelis. Lá tem muitos negros com roupas e cabelos iguais aos seus.

    Hoje cruzei a linha Artic Circle, conforme placa na foto. O circulo Polar Ártico é uma linha imaginária que antecede o Polo Norte em 20o. Encontrei vários pilotos pelo caminho que tinha como objetivo esse local. O ponto tornou-se marco para os motociclistas do mundo inteiro. São poucos pontos em que o Artic Circle pode ser ultrapassado por uma moto.
    Um é este ao qual cruzei. Outro no noroeste do Canadá e, ainda, na Noruega. Com motos de trilhas devidamente reforçadas é possível cruzá-lo na Sibéria.

    Pelos relatos de outros motociclistas na internet, as dificuldades entre Fairbanks e Coldfoot eram enormes. Entre o início do planejamento da viagem até as 20 horas de hoje sofri muito por antecedência. Na realidade dos 416 km rodados apenas uns 100 não são asfaltados. A estrada não pavimentada é melhor que as da Bolívia entre o Brasil e Santa Cruz de La Sierra e muitas vezes melhor do que a Ruta 40 na Argentina. Tá certo que a Dalton Highway, esta, é mais perigosa porque permite uma velocidade maior e de repente o piso acaba e somos obrigados a reduzir rapidamente as marchas, porque frear, nem pensar. Para piorar aqui chove o dia todo, seja para uma banda ou para outra, de forma que sem mais nem menos aparece rastro de uma chuva invisível e o piso fica extremamente escorregadio.

    Após percorrer os primeiros 30 km, aproximadamente, parei para descansar e até pensei em desistir do percurso até Prudue Bay. Tinham duas patrols, uma atrás da outra, removendo a terra da estrada, que um caminhão Pipa havia previamente molhado. Mesmo uns 20 km para frente das patrolas, o piso estava molhado, ou pelos caminões ou pela chuva. Nesse trecho tive que andar entre 15 a 20 km por hora e assim mesmo tendo que colocar os pés no chão para não cair.

    Quando vi um casal numa Harley parados, parei também. Eles estavam pensando em desistir da viagem programada até o Círculo Ártico, devido a dificuldade inicial da estrada. Mesmo com pensamentos pessimistas, e medo, resolvemos seguir viagem. Parei muitas vezes depois e esse casal não me ultrapassou. Acho que eles desistiram.
    Porém uns 20 km para frente a estrada permitiu que eu andasse a 80 km/h, mesmo sendo de terra. A terra batida estava melhor que muitos afaltos no Brasil. Mas como alegria de pobre dura pouco, começou a chover sem parar e tive que andar entre 40 e 60 km/h exigindo muito concentração e força nas mãos.
    Daí para frente foi asfalto, com um agravante: de vez em quando ele acabava e virava terra novamente, assim sucessivamente, o que torna a estrada mais perigosa do que as outras anteriormente citadas.

    Chegamos a Coldfoot às 20 hs e a chuva só deu um tempo para armarmos a barraca e despencou de novo. Dormi escutando a chuva bater na barraca. Com o cansaço acho que dormiria até debaixo dela.

  5. #105
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    02/08/2011 - Terça-freira - 102o. dia
    Dedico este Post ao César do Carmo, Gerente Geral da Caixa Econômica Federal em Morrinhos. Pessoa simpática e muito atenciosa no seu trabalho.

    Acordei às 7:30, tomamos o achocolatado com crossantes e agora 10:10 hs, no horário daqui e 15:10 em Morrinhos, estou escrevendo o meu diário. A chuva que caiu a noite inteira continua, impossibilitando-nos de levantar acampamento. Se fosse no verão brasileiro, daria até para encarar, mas com o frio daqui prefiro me hibernar, como os ursos. Também,com esta chuva estrada deve estar como um sabão.

    Agora são 22:20 aqui e 3:20 no Brasil. Se queria emoção, hoje eu passei. Saímos de Coldfoot por volta das 16:00 hs, após arrumar emprestado mais dois galões para levar mais gasolina de reserva, tendo em vista, que até Dadhorse, vizinha de Prudue Bay, são 390 km e somente meus dois galões de reserva não eram suficientes.

    Por volta das 13 horas a chuva deu uma trégua suficiente para levantarmos acampamento e continua até agora com poucas interrupções durante o trajeto. Os primeiros 30 km foram de asfalto mas logo peguei barro e mais barro. No início o medo não deixa o acelerador passar de 30 km/h, porém, com o tempo esqueci do medo e chegava aos 50. Nessa velocidade andei uns 120 km após acabar o asfalto. Depois subi e desci uma grande serra ainda debaixo de chuva mas com piso melhor. A partir da serra muda tudo: o frio aumenta consideravelmene, a velocidade do vento nem se fala e a vegetação simplesmente desaparece. A chuva deu uma parada e a estrada melhorou. Teve até um pedaço asfaltado. Mas logo acabou o asfalto e a chuva voltou. Para piorar peguei um piso removido por terraplenagem que me fez a andar novamente a 30 km/hora.

    Como o cansaço já era grande, paramos numa ponte em construção e armamos a barraca em cima dela. Certamente amanhã os trabalhadores nos acordarão. Escolhemos a ponte porque, segundo informações, o chão daqui é congelado a poucos centímetros da superfície e, por isso, a barraca absorve o frio. Esperamos que o cimento novo da ponte seja mais quente. Daqui da ponte deu para ver um bisão pastando, mas estava muito longe e nublado para fotos.

    O ruim é que hoje será o segundo dia consecutivo sem tomar banho. Ficar dois dias sem tomar banho com o frio daqui até não atrapalha dormir, mas tirar a bota e a calça lambusadas de barros é uma sensação ruim.

    Agora já são 23 hs e vou dormir. Estou sem sono porque levei um susto com meu computador. É que as bacadas afetou o sistema operacional e só se reestabeleceu depois de diversas tentativas

  6. #106
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    03/08/2011 - Quarta-feira - 103o. dia

    Dedico este Post ao Dirceu Soares, Gerente de Atendimento da Caixa Economica Federal em Morrinhos. Simnpatia de pessoa que me ajuda nos serviços bancários.

    Cgeguei!!!!!!!!!!!!!!!!!! Cheguei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Cheguei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Objetivo alcançado. Depois de 103 dias e 26.696 km rodados desde Morrinhos, Estado de Goiás, chegamos a Dadhorse e Prudue Bay, conforme fotos em anexo.

    As vezes fico pensando dentro do capacete sobre o quanto somos influenciados por metas. As metas nos dão energia; as metas nos dão vigor físico; as metas nos provem os recursos financeiros , alimentação, vestuário e sobrevivência. Se você se impõe metas diária, consegue; se estabelece metas a longo prazo, também.
    Durante a viagem muitos motociclistas meio que menosprezaram minha moto e meu estilo de viagem. Quando dizia que estava fazendo uma viagem de U$ 80, riam ou duvidavam. Muitos perguntavam: “porque não trocou de moto?” e eu respondia: porque meus recursos não permitem e eu amo a Celestina”.

    Hoje não pegamos chuva por isso a viagem foi ótima. Dos 150 km rodados pegamos uns 30 km de asfalto, uns 10 em recuperação que exigiu redução da velocidade e a outra parte uma estrada não pavimentada estava um tapete, permitindo andar a 80 ou mais. Andei nessa velocidade porque sou medroso.
    A cidade de Dadhorse não tem atrativo nenhum e somente dois hoteis cujo mais barato custa U$ 230,00 por acomodação. Trata-se da cidade das máquinas e dos galpões. Tem mais máquina, caminhão e camionetas do que gente. Grandes empresas de petróleo e suas terceirazadas estão instaladas aqui. Para todo lado que voce vira tem uma placa ou um vigilante proibindo a entrada.

    Por essas razões, nós e mais outros quatro motociclistas resolvemos empreender volta. Entre eles duas mulheres cada uma pilotando sua BMW e viajando sozinhas fazendo o trecho Panamá Prudue Bay. Depois de rodar uns 200 km de volta parei para acampar e elas continuaram. Já era mais de 20 hs e eu estava cansado e elas não. Tornei-me seus fãs

  7. #107
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    Queridos Sinomar e Edivânia:

    Há pouco tomei conhecimento da grande viagem que vocês estão empreendendo e, é claro, li todo o relato, embarquei de imediato nesta aventura, me diverti muito e com muita alegria e honra, tenho o prazer de passar os fundamentos que norteiam os Fazedores de Chuva, organização que agrupa todas as pessoas que tem a aventura nos seus corações, especialmente sobre duas rodas.

    Vocês fazem por merecer todas as honrarias deste grupo, que a partir do cumprimento do trajeto entre Ushuaia e Prudhoe Bay, incluindo pelo menos 6 países da América do Sul, entre eles a Colombia, exclusivamente sobre uma moto, habilitam-se a serem reconhecidos onde quer que estejam, como Grandes Caciques Fazedores de Chuva.

    A Edivânia cumpriu com grande valentia e determinação, o que dizes com muita propriedade na apresentação das motivações que os levaram a fazer esta viagem, especialmente na terceira, "a do cunho maldoso da inveja", claro que a saudável, juntamente contigo, a essência do slogan dos Fazedores de Chuva: "Qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..." e por isto ela recebe o título que estas valentes mulheres fazem por merecer, de serem chamadas de Adelitas.

    Oportuno registrar também a valentia da Celestina!

    Que amada!

    Parabéns muito especial para a Adelita Edivânia e para ti Sinomar, que a partir de hoje passarás a ser chamado de Grande Cacique Fazedor de Chuva O Velho Doido!

    Segue abaixo o que é a essência do espírito dos Fazedores de Chuva!

    Leiam com muita atenção, releiam, respirem fundo, sintam-se muito queridos e muito bem acolhidos por todos nós!

    Vocês estão em casa!


    FAZEDORES DE CHUVA


    Uma Moto, um Mapa, um Passaporte, algumas Roupas,

    um punhado de Moedas, muita Coragem, uma Alma Inquieta, um Sonho...


    Nasce um Guerreiro!


    A Moto é para sentir o vento, a liberdade...

    O Mapa é para demarcar territórios, conquistar...

    O Passaporte é o símbolo, o registro, a prova!

    As Roupas protegem, aquecem, acolhem...

    As Moedas são para alimentar o corpo!

    A Coragem é para cruzar as três Américas com todos os seus mistérios,

    belezas e perigos na solidão de duas rodas...

    A Alma Inquieta é para deixar para trás o conforto e a segurança que só

    a rotina perto dos que bem queremos pode nos proporcionar...


    “O Sonho é para realizar o que qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem...”


    Parabéns, Sinomar e Edivânia,

    GRANDES CACIQUES FAZEDORES DE CHUVA

    Sejam bem vindos à elite do Motociclismo Mundial!


    Finalmente, aproveito para lembrar que no período entre 17 e 20 de novembro próximo, teremos o nosso VII Encontro Internacional dos Fazedores de Chuva, em Guanajuato, México, onde, desde já, esperamos por vocês.

    Informações a respeito dos Fazedores de Chuva, poderá ser encontrada no site: www.fazedoresdechuva.com ,que está à disposição, inclusive, para a divulgação da viagem de vocês no nosso Forum.


    Abraços e beijos
    Dolor e Angela
    Fazedores de Chuva
    Presidente
    Última edição por Dolor; 02-10-11 às 11:59.

  8. #108
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    04/08/2011 - Quinta-feira - 104o. dia
    Dedico este Post à minha amiga Iraci Goes. Ela não gosta de computador, portando não vai ler. Mas alguém pode contar-lhe. Ela tem como ponto positivo, a meu meu, o fato de gostar muito de si mesmo e da vida. Faz cada comida gostosa, ai que fome!!!

    Hoje foi nosso primeiro dia de retorno para casa. Na realidade para motociclista não existe retorno. A gente volta para casa, sempre que possível, por um caminho diferente, conhecendo novas cidades, novas culturas e outras paisagens.

    Hoje a chuva me pegou justamente na descida da serra, onde o piso acumula água e fica escorregadio. Sofri muito por uns 50 km, depois melhorou. Parece que estava chovendo desde o dia em que passamos de ida. Tinha muito barro velho.

    Chegando a Coldfoot tive duas surpresas boas. Quando entrei no café para devolver os galões que pegara emprestado, uma senhora puxou assunto e eu contei como tem sido minha viagem e por onde retornarei. Quando disse que minha viagem está sendo feita com recursos próprios e, por isso, não posso gastar mais que U$ 80 por dia ela logo me passou o contato do seu irmão em Nova York para eu acamapar.

    Na mesa ao lado tinha um motociclista que escutava e me convidou para comer com ele. Declinei da oferta informando para ele que na hora em que ele passou por nós na estrada, estávamos comendo um Hot Dog, feito lá mesmo. Como a mulher queria tirar uma foto junto da Celestina, deixei o motociclista e fui lá. Existe uma foto da Edivânia fritando Bacon, ovo e cozinhando salchichas para comermos com catchup.

    Após colocar a moto ao lado da bomba de gasolina as duas motos ficaram juntas e eu fui no caixa para liberarem meu abastecimento. Quando voltava a Edivânia vinha apressada para encontrar comigo e já foi dizendo: “aquele rapaz falou algo que não entendi; parece que ele quer abastecer nossa moto”. Chegando lá constatei que era isso mesmo. O cara me passou a mangueira e mandou eu encher meu tanque. Ganhei a gasolina do tanque e ainda coloquei mais um pouco nos galões.

    Ele aparece na foto com sua moto e seu nome é Jesse Turner e mora em Anchorage. Obrigado Jesse!

    Coldfoot tem duas bombas de gasolina, um café restaurante, um pequeno hotel e uma oficina. Acho que nenhuma residência. Mas tem um serviço de informação turística de primeiro mundo. Aliás o mais bonito em toda minha viagem.

    Saindo de lá logo na frente tivemos a felicidade de avistar um urso Marron (Grizzily).

  9. #109
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    05/08/2011 - sexta-feira - 105o. dia

    Dedico este Post ao Dr. Rafael Troncoso. Estudioso e criterioso médico dermatologista de Morrinhos. Ele que apaixonado por motocicleta mas vai fazer como seu pai: deixar para comprar uma depois de velho.

    A viagem de hoje não teve muitas novidades. Tenho que continuar reclamando ou elogiando a chuva; ela provoca medo e tensão, mas trás-nos emoção. Levantamos acampamento por volta do meio dia, por causa dela ou por causa da nossa preguiça em enfrentá-la. Quando vimos que ela não parava tomamos providência e enfrentamo-la. Quando estávamos terminando de amarrar as coisas na Celestina, estiou. Meu sofrimento antecipado pela estrada molhada foi enorme. Cada acordada que dava durante a noite (que aqui é dia) eu lembrava da mesma. Enquanto aguardava a estiagem para desarmar a barraca, sofria também. Porém, pegamos 100 km de asfalto e deu tempo para dar uma enxugada na estrada, possibilitando-me andar em torno de 60 km/h seguindo os rastros dos caminhões.

    Chegamos em Fairbanks às 19:00 hs, passamos num supermercado para comprar crossantes e fomos para a casa da Cindy. Chegando à residência, o Raimundo, seu marido, veio nos receber com um sorriso no rosto e dizendo: “tenho uma surpresa para vocês! Vou dar uma diária no melhor hotel da cidade, querem?”. “A única condição é que vocês divulguem o hotel em seu blog!”, arrematou ele.

    Às 22:30 estávamos entrando no lindo hotel cujas fotos aparecem no próximo Post. Depois de quatro dias sem tomar banho fiquei quase meia hora curtindo uma super ducha quentinha.

    Sobre ficar sem tomar banho gostaria de fazer uma alerta aos engraçadinhos que me mandam e-mail dizendo que ando fedido. Tem amigos meus que só dorme em bons hoteis e, suponho, toma banho diariamente. Porém, ficam dois meses sem lavar a roupa. Também aí no Brasil tem muita madame que, nos dias de frio, pula o banho.

    Estou igual aos de uma etnia que circula no Brasil: se minha mulher reclama por banho, eu parto para a ignorância e convenço-a ao contrário.

  10. #110
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    Pink´s Waterfront Lodge - Fairbanks

    Atenção motociclistas do Brasil! Chegando a Fairbanks procure o Hotel Pikes. A diária é mais barata que os pequenos cubículos da região e muito melhor, conforme podem ver pelas fotos.

    Ele fica em frente ao Aeroporto, logo na chegada de quem vem de Anchorage. A diária para duas pessoas custa U$ 195,00. www.pikeslodge.com.

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