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Alta produção - 23-06-2012 - Parte dois
É muita fissura!
Não queremos parar e temos contido, particularmente eu, o impulso da pilotagem mais rápida, apesar dos anos terem paulatinamente me dobrado para menos.
Temos curtido mais, com mais paciência, com mais sabor cada quilômetro e também, a preguiça, no quesito fotos, tem sido vencida.
Ótimo! Temos parado para muitas fotos, muitas poses, tudo pacientemente.
Se é da idade não sei, assim como não sei se em função deste detalhe, é o corpo quem tem respondido com mais calma e maturidade para a cabeça se aquietar, ou se é esta última, sempre dura, quem tem se curvado à esta nova realidade e respondido com mais sapiência e compreensão.
De qualquer maneira acho que é uma evolução!
023/293 - Ouro
Sou obrigado a pedir desculpas, inicialmente aos ourenses, e depois aos Fazedores pela minha ignorância, posto que, esta é mais uma cidade do meu estado, que infelizmente, não havia tomado conhecimento.
Não sei se nos fechamos muito em volta dos nossos umbigos e não conseguimos enxergar um palmo além do nariz, mas a verdade é esta. Ignorância, apesar de que a mídia, também não se ocupa em nos divulgar estas riquezas que nos cercam.
Bem fácil transferir a culpa para os outros, mas este programa Valente Fazedor de Chuva, está nos propiciando um mergulho, de verdade, nas entranhas do nosso estado, que pensávamos conhecer, e que agora, constatamos, que da missa, não conhecemos nem o terço.

Como praticamente todas as cidades do oeste do estado, teve a sua colonização impulsionada pela rede ferroviária, que trouxe os colonos, de descendência italiana e oriundos do Rio Grande do Sul, que é um estado, que também merece um detalhamento à parte pela sua importância dentro do contexto nacional, dada a característica de colonização, que tão bem caracterizam os nossos irmãos gaúchos.
Devemos muito ao Rio Grande do Sul, esta é a verdade!
Quanto a origem do nome, nada a ver com o precioso metal em si, mas com a possibilidade de cultivar o cereal mais importante da época, o trigo e cor amarela dos campos de trigais, deu origem ao nome do município.
Outro fator de grande importância neste meio oeste é o Rio do Peixe, que aqui neste caso, divide Ouro, com os seus 7.400 habitantes da sua vizinha e célula mãe, Capinzal.

Faz-se mister também se registrar a grande quantidade de máquinas em exposição na frente de boa parte das prefeituras da região, todas seladas com a identificação do PAC 2, tudo cheirando além de novo, a politicagem, posto que num sábado as máquinas foram colocadas em frente das prefeituras, que no caso aqui de Ouro, presenciamos a manobra do operador para estaciona-la na porta principal.
Cria juízo Brasil!
024/293 - Capinzal - Terra de amigos e de oportunidades!
Uma das ligações entre estas duas cidades é feita por uma ponte pênsil, com quase 85 m de extensão, que obviamente, é somente para pedestres.
Muito bem, após termos atravessado para o outro lado, através da ponte convencional, poucas centenas de metros adiante, paramos para perguntar para três meninas, todas por volta dos 10 anos, se ficava longe de onde estávamos a tal da ponte pênsil, que optamos por fazer a travessia aqui neste destino, quando para nossa surpresa, não souberam dizer onde era, porque nos disseram desconhecer o que estamos questionando.
Pensamos, não é possível que não a conheçam, depois da afirmativa de que eram de Capinzal. Então formulamos de outra maneira a questão, sobre uma ponte que só é possível atravessar a pé, etc... e para nosso gáudio, de imediato nos responderam, arguindo de uma forma bem singela; vocês querem saber da pinguela?

Demos boas gargalhadas, pois um dos cartões postais da região e motivo de orgulho, é a ponte pênsil aqui elevada a condição de pinguela!
Com quase 21.000 habitantes também tem a sua economia calçada na agro indústria, na madeira e com incursões na indústria metal mecânica, o que na minha opinião, este último ramo de atividade, o industrial de trasnformação, é quem produz riquezas em velocidades muito maiores do que o setor primário.

Tivemos ainda a oportunidade de celebrar novas amizades com um grupo de motociclistas que voltavam de um passeio pela região.
025/293 - Erval Velho
Pouco mais de 45 km nos distanciavam do nosso último destino e a noite nessa nova estação, se antecipa e já por volta das cinco e quarto, começa a escurecer, o que torna a viagem mais insegura, não só pelas condições da estrada que não inspira muita confiança, mas pela preocupação com animais na pista.

Seguimos muito bem e conseguimos fazer os registros desta cidade com características bem semelhantes das suas congêneres, pois tem na sua área urbana, pouco mais de 10% da área geográfica, ou seja, menos de 3 km2, para os 230 km2 da área rural.

Agrícola, pecuária leiteira, com vocação maior para a suinocultura e a avicultura, colonizada por gaúchos, de origem predominantemente italiana, com um total aproximado de 4.400 ervalhenses, fórmula predominante por aqui.
Como já reportamos, nos chamou a atenção, a retro escavadeira do PAC 2, em exposição no pátio da prefeitura pra fazer aquela propaganda, principalmente agora que chegou a hora de mostrar serviço.
026/293 - Herval d'Oeste - A Capital Catarinense da Alfafa
Agora já estava valendo a máxima, se cair, só se for para cima!

A noite já tinha chegado e como estávamos objetivando Joaçaba, não poderíamos deixar para trás A Capital Catarinense da Alfafa, cujo nome oriunda do título nobiliárquico do General Ozório, o Marquês de Herval, com praticamente as mesmas características, de ter a área territorial concentrada na zona rural, como a sua quase homônima Erval Velho, com a diferença de ter uma população bem maior, agora com 19.000 habitantes na parte urbana e na sua área rural, não mais do que 2.400 pessoas.

Claro que não tínhamos como tirar da foto, a retro escavadeira, mais uma do tal PAC 2, como que pedindo votos para o novo pleito que se avizinha, mas achamos interessante um painel que havia na área da câmara de vereadores, prestando conta das despesas e receita referente ao mês de maio passado, portanto, atual.

Belo exemplo que poderia ser seguido por todas as câmaras, prefeituras, governos estaduais, enfim, poderíamos ter divulgado o balancete sintético do que foram as entradas e saídas de cada mês, para que pudéssemos acompanhar o vai e vem do nosso rico e suado dinheiro.
Gostei!
Em tempo: comecei a ficar preocupado porque vai que os nossos ilustres resolvam começar a colocar painéis eletrônicos de milhões de reais e o tiro acabe saindo pela culatra!

Total percorrido : 102 km - Total geral : 1.804 km
Felizmente, como era só atravessar uma ponte sobre o Rio do Peixe, chegamos em Joaçaba, mas daí... é história para amanhã!
Última edição por Dolor; 30-06-12 às 02:20.
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