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Conhecendo Santa Catarina - 07/10/2012
Hoje é um dia especial, pois temos a felicidade de poder exercitar uma das facetas mais visíveis da cidadania, depositando o nosso voto naqueles que terão a obrigação de gerir os destinos das nossas cidades pelos próximos quatro anos.
Democracia não pode ser simplesmente atestada porque se exerce o direito do voto, mas sim, deve e tem que ser como nas sociedades mais desenvolvidas, o sistema de governo onde a prioridade é o cumprimento da lei.

Particularmente tenho me sentido acuado num país onde a violência urbana, a agressão contra os princípios básicos da moral e da ética, somados ao desrespeito dos direitos elementares de acesso dos cidadãos à boa educação e a digna saúde, façam parte do cotidiano, assim como, a banalização que a televisão e as músicas baratas fazem aos bons costumes e a vida.
Com estes pensamentos vamos arrancando lentamente, deixando para trás uma cidade que como tantas outras vai lutando de forma heróica para manter as suas tradições e procurando se vacinar, como se isto fosse possível, contra as contaminações negativas dos exemplos que a todo momento vem do topo da cadeia do poder, provavelmente fazendo um estrago tremendo nas cabeças brancas destes descendentes germânicos que cruzaram um oceano em busca de novas oportunidades.

Ainda vagarosamente fechamos novamente o círculo em volta da praça depositária de tantas lembranças e homenagens aos seus antepassados, cuja árvore da primavera, no seu centro, encerra para nós, todas as expectativas, sonhos e projetos dessa gente valente e corajosa que aqui plantou novas raízes.
Auf Wiedersehen, São Pedro de Alcântara!
144/295 - Águas Mornas - - Terra das Hortaliças e das Águas Termais 39º
Ainda aqui sentimos a presença germânica nas suas fronteiras especialmente pela árvore de maio, contendo os brasões das famílias que a ajudaram a se transformar num polo de convergência para aqueles que vem em busca de saúde, nas fontes de águas termais a temperaturas de 39º, um privilégio desta cidade que trás no seu nome este indicativo.

Na condição de quase milagrosa, as qualidades radioativas, termalidade e a baixa mineralização das águas desta cidade, a qualificam entre as melhores do mundo, sendo os seus usuários orientados a banhos de 15 minutos, com descanso de outros tantos, no máximo duas vezes ao dia.
De qualquer maneira a facilidade e a proximidade maior com um grande centro como a capital, já trás as suas influências negativas, que diferentemente daquela de onde partimos, esta se encontra emporcalhada com os tais santinhos dos candidatos desta eleição.

Isto denota uma falta de educação enorme daqueles que se propõem a melhorar o status atual, colocando na boca a palavra educação como se fosse uma mercadoria barata que se encontra à venda no boteco da esquina, aliás, boa parte deles com ocupação bem significativa, mesmo para a meia manhã deste dia cívico.
Vivem aqui nesta comunidade não mais do que 5.600 água-mornenses e não precisamos mais do que 39 km para alcança-la.
145/295 - Anitápolis - Paraíso dos Rios
Mesmo a BR 282 assume contornos muito delicados e agradáveis para se pilotar até o trevo de Rancho Queimado quando todo este prazer se potencializa na rodovia que nos leva para Anitápolis, em homenagem a Anita Garibaldi, a lagunense heroína dos dois mundos, que aqui tem o sotaque alemão acentuado.

Como já sabíamos do Restaurante Merio's Country, procuramos estar neste acesso por volta das 11:30 h, de sorte que as doze horas não haviam sonado o seu primeiro quarto e nós estávamos na estrada de novo, vibrando com esta sensação de que almoçar cedo nos encomprida a tarde, especialmente quando a mesa farta que nos foi apresentada não custou mais do que R$22,00 por pessoa.

Além da grande e gostosa variedade de sobromesas, a que mais gostamos foram os outros 35 km de pura magia, por entre uma vegetação que abusava dos tons de verde, transferindo para nós, praticamente solitários nesta última perna, toda a paz e a alegria da interação por entre montanhas e rios em forma de córregos, de águas cristalinas cujo relevo muito acidentado, nos levava por entre elevações que atingiam aproximadamente 1000 m de altitude.
A velocidade não excedeu os 60 km por hora, mesmo que tivéssemos o compromisso de estar de volta à Itajaí antes do término da votação, depois de visitarmos os outros municípios que estavam na nossa lista do dia.
Estar numa cidade de pouco mais de 3.200 anitapolitanos é sempre uma experiência muito agradável especialmente num dia como o de hoje, cuja expectativa sobre os resultados das eleições se sentia nos pequenos grupos de cochichos ao redor da praça principal, aliás, única.
146/295 - São Bonifácio - Capital Catarinense das Cachoeiras
Felizmente pudemos fazer todo o caminho novamente, uma vez que via asfalto, aqui é final de linha.
É conhecida como a Capital Catarinense das Cachoeiras, pois além de contar com uma bela natureza, exuberante em sua forma e variedade é formada por um relevo sinuoso, que transfere ao motociclista um prazer incrível de acompanhar os seus contornos também cobertos por uma vegetação rica nos seus tons de verde, municiada pela grande variedade de árvores, plantas e rios, sendo que um quarto do seu território está dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

Sua topografia iluminada pelo sol do início da tarde era um convite para a pilotagem de prazer, na rodovia quase que particular, haja vista a baixa movimentação, o que sem dúvida nenhuma acrescia ainda mais conforto, permitindo aos nossos ouvidos dividirem as ótimas músicas que nos embalavam e que tornavam este cenário um capítulo á parte do desafio Valente Fazedor de Chuva.

Para não começarmos uma guerra santa, acima Igreja Luterana e abaixo a Católica

A vida deve passar mais lentamente para os 3.000 sambonifacenses que tem o privilégio de viver aqui!
147/295 - São José
Aí é pra acabar!
Sinalização inexistente na horrível e congestionada BR 101 para indicar a saída para a prefeitura, que mesmo para nós conhecedores da região, o amontoado urbano vai nos retirando os elementos referenciais, não nos permitindo mais a visualização dos marcos orientativos para um bom tráfego dentro dos limites da cidade.

Um horror a constatação daquela velha teoria do quanto maior, pior, e sem nenhum aprofundamento, não moraríamos aqui, nem na área, mesmo que fosse de graça.
É a quarta maior cidade do estado com 210.000 josefenses e a conurbação entre Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro e Biguaçu entre outras, torna esta área metropolitana a maior de Santa Catarina, para mim, beirando o caos até porque há uma ligação quase umbilical com a capital, tornando a travessia do continente para a ilha e vice versa, especialmente nos horários de pico, um exercício de paciência, em vias de esgotamento.
Imagino!
Mesmo num dia com movimentação reduzida não nos furtamos de pensar nos absurdos que o país vai fazendo priorizando o circo travestido de copa do mundo e olimpíada em detrimento das necessidades visíveis em forma de chagas urbanas que vamos verificando em toda a extensão territorial deste imenso continente país, que nós seus habitantes, não foram as roupas vestidas, confundir-nos-iriam com os índios da descoberta, tal a alienação que demonstramos diante dos desfeitos e mal feitos a que somos submetidos.
O que será preciso para que nos mobilizemos para o verdadeiro grito de independência?
Fizemos a foto o mais rapidamente possível uma vez que a movimentação de policiais diante do fórum, nosso vizinho momentâneo, predizia a revoada dos envolvidos para o escrutínio do processo eleitoral em andamento, que tudo indicava deveria acontecer ali.
A sensação foi de fuga!
Ufa!
Assim, no final das quatro, mas ainda em tempo, sem correrias, cumprimos com o nosso dever cívico, lamentando todavia, que a possibilidade de renovação, do arejamento das idéias e do exercício de uma visão de futuro da nossa cidade não esteja sendo posta à prova, restando tão somente se cumprir com a tabela.

Colégio Salesiano com muitas seções eleitorais
O destaque em Itajaí, pelos caminhos que percorremos foi de muita calma, ordem e limpeza na cidade, demonstrando com isto, uma evolução nos princípios básicos da educação e da civilidade.

Total percorrido : 327 km - Total geral : 7.649 km
Última edição por Dolor; 11-10-12 às 21:12.
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Sinalização em São José !!!
Amigo GCFC Dolor !!!!
A dificuldade que você encontrou com as placas indicativas em São José foi porque as placas indicam a direção para a NOVA PREFEITURA de São José que está lindamente instalada na Beira-Mar daquele município, e você tinha como a prefeitura esse prédio antigo.
Esse prédio onde você fez a foto, realmente foi a prefeitura até uns 90 dias atrás, quando foi doado ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina e abrigará de forma conscentrada todas as varas da comarca de São José.
No último jantar que estivemos juntos no Iate Clube, eu comentei com você sobre a nova prefeitura de São José, e que o FC PHD Chico também tinha fotografado o prédio errado.
Abraço !
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Hummmmm! Vamos ter que voltar lá!
Obrigado e claro, não me lembrei da observação.
Prontos para mais um tiro?
Acho que vamos ficar em casa descansando e dar um tempo no desafio....cara mentiroso...querendo te derrubar, pois estaremos saindo amanhã de manhã para São Bento e região, quando pretendemos fazer umas...5 ou 6 cidades...sacanagem de novo, pois a pretensão é matarmos umas 25.
Abraços
Dolor
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Grande Mentor !!!
Amanhã estaremos, se a chuva permitir, saindo para dar mais um tiro longo, desde vez rumo ao extremo oeste do nosso lindo estado.
Estamos muito felizes, pois teremos a companhia do FC Jhonny e sua amada Flavi, e alguns quilômetros a frente se juntarão o FC Francisco e sua amada Karol !!!
Desejo que sua jornada deste fim de semana seja maravilhosa, e que o batismo do FC PHD Chiquinho seja muito prazeroso !!!
Grande Abraço,
Jackson e Ana Paola
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Ah! É verdade! Ele me falou.
Inclusive comentei que quando da nossa ida para os Caminhos da Fronteira, 18 cidades, ficamos baseados em São Miguel do Oeste, dando um tiro para o sul em direção à Itapiranga, onde fizemos aquela área, voltamos, jantamos muito bem no Forno a Lenha, meia quadra do Hotel San Willas e no outro dia fomos para o norte, Dionisio Cerqueira e área, "matando" inclusive, em ambos os lados, algumas cidades do Grande Oeste que estavam no caminho.
No total fizemos 26 cidades e foi muito bom.
Desejamos que vocês tenham em cada quilômetro percorrido muitas felicidades e que este desafio sirva para aproxima-los cada vez mais um do outro.
Somos movidos a relacionamentos!
Boa viagem e permanecemos na escuta!
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Conhecendo Santa Catarina - 12/10/2012
Como vem acontecendo ultimamente o tempo não tem dado tréguas em todos os sentidos, seja através dos ponteiros do relógio ou das nuvens pesadas que insistem em permanecer na região litorânea de Santa Catarina, onde as chuvas tem sido uma constante.

As 8:00 h nos encontramos, o Chiquinho, sua namorada Francis, a Angela e eu na frente da Panificadora Tutis, para o café da manhã, atualização das conversas e última passada de olhos no roteiro para estes próximos dias.
Com tudo em cima depois das despedidas, uma vez que a Francis não poderia nos acompanhar, seguimos em direção à BR 101, com todos os indicativos que não chegaríamos em Itajaí sem a presença, como disse o Chiquinho, da nossa sexta companhia, pois a turma era composta pelos três motociclistas, mais a Lindona, a Bonitona e ela, a chuva.
148/295 - Garuva - Paraíso das Águas
Dito e feito, nem chegamos no limite da cidade e tivemos a companhia do nosso sexto personagem que se fez mais pesado do que deveria, pois vinha a cântaros o que nos dosava num grau de cuidado bem maior, que aliado a péssima drenagem da 101, recebíamos tanto o banho que vinha de cima, como aquele proporcionado pelo spray dos veículos da frente e, volta e meia, do outro lado da pista que como a nossa, fazia as suas poças facilitando para os menos avisados a possibilidade da aquaplanagem, que nada mais é do que a perda de contato dos pneus com a pista, motivada pela camada, neste caso, de água, que impede os pneus de fazerem a drenagem pelos seus sulcos.

Um perigo!
Mesmo com toda esta preocupação em mente a viagem até Garuva, litoral norte, foi excelente e chegamos na nossa primeira prefeitura do dia, em perfeitas condições e claro, felizes por estarmos fazendo esta pernada juntos.

Cerca de 15.000 garuvenses vivem no município que tem seu nome oriundo de um tipo de árvore que havia nos seus domínios e que dista do nosso ponto de partida do dia 132 km.

A registrar que normalmente chove muito na região posto que fica ao pés da Serra do Mar, sendo também uma grande produtora de banana.
Do que vimos a cidade está judiada!
149/295 - Campo Alegre - Paraíso da Serra
Foram 69 km de satisfação em direção ao interior com a chuva dando alguma trégua permitindo desta maneira que pudéssemos apreciar as belas propriedades, muitas delas, segunda informações colhidas, da gente caprichosa de Joinville que tem nesta região as suas casas de campo.

Lindas!
Subir a Serra da Da. Francisco é fazer parte daquelas densas matas e verdes montanhas, onde aparecem as altivas araucárias, dando um ar de nobreza aos olhos dos viajantes, que no nosso caso não ficaram ainda mais brilhantes por causa da densa névoa que se abatia, impedindo-nos de desfrutar de tanta mansidão que provavelmente seria embalada ainda pelos sons das cascatas que se avolumam ainda mais, com a água extra trazida pelas chuvas.

Imaginamos que dentro de mais poucas semanas tudo isto ficará ainda melhor, emoldurado pela grande quantidade de hortênsias, que segundo Mario Quintana, são couve flores pintadas de rosa, que se preparam para colorir o caminho.
Uma questão de pouco tempo!
Em torno de 12.000 campo-alegrenses desfrutam desta cidade que consideramos bem cuidada.
150/295 - São Bento do Sul Capital Nacional dos Móveis
Não sabemos ao certo se depois de todas as variações cambiais, invasão das importações e manutenção, como em todo o país, dos custos absurdos de produção, o slogan ainda esteja atualizado.

Vamos torcer para que sim, pois é uma cidade com uma grande capacidade de trabalho, herança dos seus primeiros habitantes que vieram de países como a Áustria, Bavária, Prússia, Polônia e Saxônia entre outros, e que enfrentaram uma dura realidade quando foram interiorizados numa região de mata virgem e floresta fechada, úmida, bem diferente das suas cidades de origem que teve no extrativismo, especialmente da madeira o seu desabrochar, culminando nos dias atuais como sede de empresas líderes nas suas áreas, tanto textil, cerâmica, metalúrgica e plástico.

A tenacidade é um dos bons componentes dos seus 75.000 são bentenses que habitam os seus limites.
É uma cidade que orgulha Santa Catarina!
151/295 - Rio Negrinho
Destarte tantos atrativos que esta cidade oferece, entre eles um passeio de Maria Fumaça que acontece no segundo sábado de cada mês, muito interessante se levantar que a empresa Móveis Cimo teve a sua origem aqui nestas terras e se tornou a maior fabricante de móveis da América Latina, produzindo produtos da mais alta qualidade e design.

Imbatível em alguns segmentos, teve entre outras razões para o seu ocaso, a falta de entendimento entre os seus acionistas, alguns parentes, desmandos, falta de atualização tecnológica, sendo o lançamento da novidade chamada aglomerado, um dos motivos para o início da sua queda, uma vez que fabricava os seus móveis praticamente com madeira maciça, não deixou de ser, um dos esteios de desenvolvimento de Rio Negrinho e região.

Muitas lacunas precisam ser preenchidas e entendidas, como a doação de extensas áreas de terra para que a empresa continuasse nos seus domínios, a torre de babel construída pelos seus diretores e a guerrilha fomentada pela família Luftalla, por baixo dos panos ao comprar ações dos pequenos acionistas, acabou por levar a empresa como um todo à falência decretada em 1.982, depois do milagre brasileiro, feito as custas do erário público.

Incêndios na unidade de Joinville em 1.971 e menos de seis meses depois na fábrica de Rio Negrinho, onde pereceram várias pessoas foram os ingredientes que também colaboraram para o fechamento das suas portas.
Tudo em meio a muita fumaça!

Aliás, todos os anos no mês de abril, esta chaminé que continua como símbolo e porque não mausoléus daqueles que foram consumidos pelos chamas, soam sinos de lembranças destes tempos áureos e tristes de uma era.
Pisar no entorno da prefeitura municipal, exatamente onde funcionava uma imensa fábrica, é sentir uma parte importante da história desta empresa que nos orgulhou, como catarinenses e brasileiros.
Tudo virou cinzas!

Total percorrido : 238 km - Total geral : 7.887 km
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A todo vapor Grande Cacique...
Contávamos com sua visita a Rio do Campo, neste final de semana, mas pelo visto ficará para outra data! Tudo indica que a viagem foi maravilhoso em especial pelo sorrisos estampado nos rostos... Vem cá F.C Chiquinho, que negocio é esse de trocar a namorada pela bagagem?
Também curtimos a folga do final de semana e rodamos para o Oste conforme já havíamos conversado, porém pela falta de tempo e organização da festa surpresa da Flavi tivemos que nos ater ao Vale do Contestado e um pedaço do Grande Oeste, deixando os caminhos mais distantes para aqueles com mais sede de aventura.
Ansiosos como sempre, aguardamos as postagens sobre o restante do feriado, pois tenho certeza que não voltasse para casa antes do domingo e algo me diz que ainda esta pelas estradas, estou certo?
Um grande abraço a todos, repasse a Angela e ao F.C. Chiquinho, boa viagem e até logo!
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Calma Jhonny, não foi uma troca de namorada por bagagem.
Na verdade, ela tinha um compromisso já marcado para esta data, e como estou em fase de aprendiz de pilotagem, acho melhor pegar uma prática antes.
Forte abraço e sucesso no desafio.
FC Chiquinho
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Conhecendo Santa Catarina 12/10/2012 - Parte 2
152/295 - Mafra - Pérola do Planalto
Mafra está incluída no planalto norte catarinense onde as altitudes variam de 800 a 1.100 em média, com a presença bem marcante da araucária, a árvore mais conhecida como símbolo do Paraná, sendo o Rio Negro, o divisor entre os dois estados.

Rodamos 64 km para chegar a uma cidade que não nos motivou, não sei se porque era feriado e a pouca movimentação foi determinante para este sentimento.

Aparentemente nada de especial até porque a chuvinha fina que começou nos empurrou para fora da cidade onde habitam mais ou menos 53.000 mafrenses, cujo nome emprestaram do Dr.Manoel da Silva Mafra um árduo defensor do território catarinense durante o Contestado.
153/295 - Três Barras
As distâncias entre as cidades, especialmente aqui nesta parte do planalto, são maiores do que em outras regiões, o que nos obrigou a rodar mais 64 km para alcançarmos Três Barras, com seus pouco mais de 13.000 barrenses, palco da Guerra do Contestado, apesar da ausência de embates, foi sede da maior serraria da América Latina, a Southern Brazil Lumber and Colonization Company, que merecerá um capítulo à parte aqui no Conhecendo Santa Catarina, pela imensa devastação que provocou no estado, quando dezenas de milhares de hectares de madeira foram extraídas para a fabricação, especialmente de casas, nos Estados Unidos.

Os caras eram tão folgados que dentro dos seus limites tinham as suas próprias leis sob o manto daquelas americanas, pode?
É preciso ser muito índio para se aceitar este tipo de domínio!

Aí quando a folga é muito grande e provavelmente muita gente ganhou muito dinheiro, o governo de Getúlio, em 1.938 estatizou a madeireira e quase 2.000 empregados, gente que não acaba mais, especialmente para tanto tempo atrás, ficou sem emprego, sem salário desemprego e nem bolsa família.
E sobreviveram!
Os desmandos no nosso país vem de longe!
154/295 - Ireneópolis
Esta quase nos passou desapercebida por qualquer razão, mas por sorte checando através do mapa o nosso giro pelo planalto, percebemos a terra de Irineu, isolada por 61 km, como falamos há pouco outra boa distância entre uma cidade e outra, onde vivem 11.000 ireneopolitanos, em cujo nome faltou o sobrenome Bornhausen, governador do estado, o homenageado.

Nada de especial a não ser o fato te ter pertencido ao estado do Paraná até que se acertou os limites territoriais entre ambos, por força da Guerra do Contestado, cujo pano de fundo também foram motivos religiosos.
Como vem se matando em nome de Deus!

Linda propriedade na entrada da cidade
155/295 - Bela Vista do Toldo
Sinceramente, não vi nenhum toldo que justificasse o prefixo bela vista, mas, diz a história que foi assim, só não sei de que tipo de toldos os jagunços e tropeiros quando aqui chegaram viram para se extasiarem a ponto de batizarem um lugar com um nome esquisito como este.
Bem, tem gosto para tudo!

Esta cidade também não estava no nosso roteiro e foi...digamos...mais uma descoberta, pois até então nunca ouvira falar deste município que nem de longe eu exclamaria: que bela vista do toldo estou tendo, pois se nem a prefeitura tinha um para nos incitar a tal.
Pouco mais de 6.000 bela vistenses vivem embaixo deste toldo.
156/295 - Canoinhas - Capital da Erva-mate
Ainda bem que estávamos somente há 15 km de distância pois a noite já havia dito presente.

Prestação de contas da prefeitura na praça principal
Interessante que enquanto procurávamos a prefeitura, por sinal bonita, um carro se aproximou, cujo motorista depois de se apresentar como motociclista, se ofereceu para nos ajudar no que precisássemos.
Coisas da motocicleta e dos bons motociclistas!

Como destaque convém lembrar que é uma das cidades mais frias do país. No inverno, Canoinhas amanhece envolta em névoa e com seus campos cobertos de geada, característica de todo o planalto, rico em araucárias que nos áureos tempos foram praticamente dizimadas tamanha a sede, ou fome, por esta atividade primária.
Praticamente exportávamos em toras.
Uma vergonha!

Casa de madeira da época de ouro dela
A respeito do lema da cidade, fica uma dúvida, pois segundo relatórios locais, a erva mate é responsável por somente 2% das atividades econômicas do município onde habitam 55.000 canoinhenses.
Daí fica a dúvida!

Total percorrido : 229 km - Total geral : 8.116 km
Última edição por Dolor; 16-10-12 às 08:26.
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Dessa forma F.C. Chiquinho, está perdoado, lhe questionei pois tenho um piolho de garupa e não consigo mais andar sem ela, na verdade, andar sem garupa não tem graça, para os já acostumados com o fato...
Em processo de aprendizagem mas com uma bela moto como podemos perceber, sua HD é linda e não poderia contar com professores melhores...
E quanto a viagem a Vitória, pretende sair quando?
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