Grande parte das bicicletas elétricas vendidas no Brasil é fabricada fora, principalmente na China. Pensando nisso, os irmãos Rogério e Renato Rovito e o amigo Alexandre Lima fundaram a Evolubike, empresa totalmente voltada à fabricação de bicicletas elétricas.
Cada modelo é desenvolvido pelos empreendedores e só o motor e a bateria são importados da China. O grande diferencial das bicicletas montadas no Brasil é o design, pois os brasileiros têm o biótipo diferente dos chineses e, de acordo com Rogério, eles vislumbraram a importância de ter um produto especialmente desenhado para o consumidor nacional.
De acordo com o instituto americano de pesquisa ambiental, Pike Research, atualmente existem 17 milhões de bicicletas e motos elétricas no mundo, e ainda prevê um aumento para 138 milhões até 2017. A marca Evolubike possui hoje três modelos de bicicleta com valores variados entre R$3 mil e R$3,6 mil e que chegam a uma velocidade de 40Km/h. Os amigos Rogério, Renato e Alexandre investiram R$ 700 mil no empreendimento e garantiram retorno de R$ 1,5 milhão só no ano passado, com 750 unidades vendidas. Para este ano, a principal estratégia para dobrar o faturamento, é o Toten de recarga para as bicicletas elétricas com funcionamento a base de energia solar e pode funcionar acoplado a postes elétricos nas ruas – o teste já foi realizado em Aparecida, interior de São Paulo e também em Moema, Zona Sul da Capital. Além do Toten, outra grande aposta da empresa é um modelo dobrável de bicicleta que pode até ser guardado dentro de uma mochila.
O único problema que a Evolubike terá de enfrentar é a legislação brasileira que classifica como ciclomotores as bicicletas elétricas – diferente de outros países. Segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) veículos de duas rodas que alcançam velocidades acima de 25 Km/h devem ser licenciados e seus condutores devem ter mais de 18 anos, além de possuir uma Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC).*Mesmo assim, os sócios querem lançar a primeira loja própria e expandí-la através do negócio de franquias, e também ampliar a fábrica até 2014. De acordo com Rogério Rovito, é um mercado ainda novo, mas que cresce a cada ano.