Um sonho poder ser um gcfc!!!!!

**JAILSON** · 09-12-24, 02:09

Depois de uma chegada super calorosa no dia anterior pelo meu novo amigo Gerson, era hora de aproveitar o dia e dar um trato na Guerreira! Estamos entrando do 102º da Expedição América - Uma Aventura aos Extremos e o dia havia sido reservado para procurar um pneu dianteiro para Guerreira, e fazer a troca de óleo! Depois de uma noite com muito bate papo, boas conversas e algumas garrafas de vinhos, acordo às 8 horas no meu canto que foi preparado para eu ficar, e que foi super aconchegante, já que fazia muito tempo que não sabia o que era dormir em um lar! Acordo com seus dois cachorrinhos minúsculos me cheirando, e em seguida já pego minhas roupas cheirosas que ficaram na secadora de roupa durante a noite! Pronto! Roupas limpas que já faziam algum tempo que não às tinhas dessa forma! Saímos eu e o Gerson para tomar um café ali próximo, pois seus meninos tinham saído para escola! Em seguida retornamos para sua casa, e ele saiu para ir até o seu local de trabalho e eu, por volta de 11 horas da manhã saio em busca de uma loja para comprar um pneu dianteiro já que eu tinha feito a troca pela última vez em Cali na Colômbia! Fui em dois locais indicados e depois de ver os valores e o custo da troca, mudei de ideia rapidinho e decidi rodar mais 3.300 km até Fairbanks, onde faria a troca dos dois pneus para chegar com segurança em Prudhoe Bay! Em seguida vou até uma loja de peças e conserto de motos, e compro o filtro de óleo e o inseparável Óleo Mutul que foi o que usei em toda a Expedição! O pessoal da 3 - D Cycles me atendeu super bem e ficaram extremamente contentes em me receber naquele momento, achando superinteressante um brasileiro passar por ali, pois para eles era um fato raríssimo um motociclista brasileiro, vindo do Brasil, passar em sua loja! Pego os 3 litros de óleo e o filtro, e me dirijo até a oficina do amigo do Gerson que ficava a 6 quilômetros dali! Antes, paro comer algo e em seguida nos encontramos às 14h conforme tínhamos combinado! Chegando no endereço que ele havia me passado, lá estava ele conversando com o seu amigo mecânico, um indiano e outro amigo com um turbante na cabeça e com sua vasta barba! Como eles tem o hábito de agendar todos os serviços antes, o meu caso foi extremamente atípico, pois não tínhamos reservado com antecedência, mas ele tinha dito ao Gerson que eu poderia levar a Guerreira até ele que faria o serviço! Mas não esperava que demorasse tanto, já que para ele, estaria fazendo apenas um favor para mim, e eu deveria aguardá-lo tão logo tivesse tempo suficiente! Em resumo, ficamos 3 horas ali para resolver o problema da porta da garagem e depois, em pouco menos de 1 hora, fizemos a troca de óleo, filtro, reaperto da relação e um check up nos freios. Guerreira devidamente pronta para ir até o Alaska! Voltamos para sua casa, deixamos a Guerreira e saímos para conhecer um pouco de Abbostsford com ele me contando em detalhes a qualidade de vida de se viver naquela cidade! Paramos em uma pizzaria, junto com seus dois filhos e depois retornamos à sua casa para continuar o bate papo que não acabava! Fui para cama novamente lá pela 1 hora da manhã, para que no dia seguinte pudesse seguir a subir o Canadá rumo ao meu objetivo que já estava ficando muito próximo de conquistar! Acordo no 103º dia para mais um dia de estrada! Dessa vez, seriam quase 600 quilômetros até Williams Lake, mas antes, passaria por Vancouver para conhecer um pouquinho dessa importante cidade canadense do lado oeste! Depois de me despedir do Breno que não iria conosco até o café da manhã, organizo toda a minha bagagem novamente na Guerreira, coloco minha roupa de pilotagem e saímos até um complexo comercial bem perto da sua casa, para tomar um café reforçado, e em seguida seguir a diante! Ficamos até um pouco antes de 10 horas conversando, e já estava começando a sentir falta daquele importante momento que estava vivendo na Expedição, pois estava junto de um cara super do bem e volto a dizer, junto com uma família! Me despeço dele e do seu menino Matheus, e subo na Guerreira com um nó na garganta, com eles me acompanhando com seu carro até a saída da cidade! Foi um momento difícil para mim, pois sabia que não teria uma outra oportunidade dessa até o final da Expedição! Mas eu precisava continuar, e minha próxima parada seria Vancouver que estava a pouco menos de 80 quilômetros! Pego a Trans-Canada 1, uma rodovia que corta de oeste a leste o Canadá, considerada entre as mais extensas do mundo com seus 8.030 quilômetros de extensão, e por volta de 11 horas, já estava no centro da cidade de Vancouver, com um trânsito supertranquilo! Vou primeiramente na Rogers Arena, onde tive um momento bacana ao fazer uma vídeo chamada com o meu filho Lucas, pois em um ano atrás ele tinha até este local para participar de um evento de videogame! Curtimos juntos aquele momento e em seguida fui até o principal ponto turístico da cidade, o Gastown Steam Clock, um relógio muito bonito e que funciona parcialmente a vapor e a cada 15 minutos apita e deixa todos os turistas encantados! Lá ao fazer minhas fotos turísticas e com minha roupa de pilotagem, encontro um grupo de brasileiros extremamente divertidos e depois de um rápido bate papo, trocamos telefones e até hoje estamos em contato! Hora de voltar até onde eu havia deixado a Guerreira e seguir a diante! Infelizmente, minha passagem por Vancouver foi a jato! Era uma cidade que eu tinha me programado para ficar, mas depois de minhas conversar com o Gerson, decidi mudar o meu roteiro que com certeza valeu muito mais a pena estes últimos 2 dias! Seguimos pilotando dentro dessa incrível cidade até chegar na saída que me levaria para Williams Lake! Pegamos a Canada 99, uma linda estrada por onde percorri por quase 340 quilômetros, para depois continuar pela Canada 97 até o meu destino final deste dia! Assim que saímos de Vancouver, a estrada já mostrava o que seria pela frente com suas lindas paisagens! Faço minha primeira parada para abastecimento no Canadá na cidade chamada Pemberton, 160 quilômetros depois de Vancouver! Abasteço a Guerreira e também o galão que levava comigo, pois de acordo com o Basecamp, que é o software que uso para abastecer com informações sobre as estradas o meu GPS Garmin, dizia que até a cidade de Williams Lake não teria mais postos de abastecimento, porém pesquisei também pelo Google Maps, e este dizia que em uma cidade chamada Clinton, teria o posto de gasolina! Na dúvida, preferi me precaver e enchi o galão! Seguimos em frente passando por paisagens incríveis, com lagos e montanhas, algumas inclusive ainda cobertas de neve, e muitos pinheiros me acompanhando por grande parte do percurso! Eu e a Guerreira estávamos curtindo e aproveitando a estrada, pois o movimento de carros e caminhões eram pequenos e isso deixava o momento propício para aproveitar a estrada! Era por volta das 17 horas, 4 horas a menos em relação ao Brasil, quando meu telefone toca e para minha surpresa era uma ligação de vídeo com meus amigos do tênis! Olhei ao meu redor e não pude acreditar que naquele ambiente inóspito poderia receber uma ligação de vídeos! Parei a Guerreira num local protegido e eu com meu capacete ouvindo-os pelo autofalante, batemos um papo agradável por alguns minutos, recebendo sempre palavras positivas e me dando força para seguir a diante. Foi um momento muito bacana naquela hora do dia! Sigo em frente e depois da parada em Pemberton, e uma pilotagem de 200 quilômetros e 3 horas passando por paisagens fantásticas, chego na pequena cidade de Clinton e lá estava o posto de combustível Petro Canadá! Acabei optando em deixar a gasolina no galão e abasteci novamente a Guerreira para seguir os próximos 170 quilômetros. Aproveitei para comer uma cuca de banana e tomei um delicioso mocaccino. Estávamos devidamente abastecidos e seguimos, parando em alguns momentos para registrar aquelas belas paisagens com fotos e vídeos e às 20 horas estávamos chegando no Valleyview Motel, em Williams Lake. Pego a chave com a pessoa que me recebeu gentilmente, e nesse dia acabei não saindo para comer, pois tinha algumas bolachas, Doritos e um molho inesquecível para não esquecer nunca mais daquele sabor! Compro uma Coca-Cola na geladeira da recepção do motel, e estava feito o meu jantar depois de um revigorante banho para brindar este maravilhoso dia de pilotagem passando por lugares fantásticos e que me deixaria na expectativa do que mais bonito poderia vir pela frente! Antes de ir dormir, perto de 2 horas da manhã no Brasil, meu querido irmão que a vida me deu, Baracho, que também é meu médico, me faz uma surpresa e me chama em uma vídeo chamada, onde estava ele com a camiseta da Expedição que tinha lhe presenteado antes de sair de Curitiba! Conversamos por um bom tempo, e em seguida fui descansar para que o dia seguinte, eu e a Guerreira pudéssemos percorrer mais um lindo trajeto rumo à Prudhoe Bay!!!