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Resultados 71 a 80 de 108
  1. #71
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    Eu sou baiano, nascido em Salvador. A terra do axé, da diversidade, do dendê, da arte, da história e da folia! A terra da nossa gente boa.
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    52/417 Serrinha

    52/417

    Segundo pernoite!

    Sim, cheguei em Serrinha! Ponto H


    Era dia ainda e tratava-se de um Quinta-feira!
    Quinta do Motociclista.
    Eu tava em contato com a amiga de Juca que é de Serrinha e que me recepcionaria, porém ela ainda estava trabalhando.
    Ela me indicou uma pousada que ficava na praça mais movimentada da cidade, então eu cheguei na cidade e validei logo a prefeitura.
    Após a validação eu fui me acomodar na pousada e postar as fotos das prefeituras no meu instagram pra me lembrar qual prefeitura era de onde kkkk
    E por falar nisso, me sigaaam!! @edgarimprota https://www.instagram.com/edgarimprota/
    Eu tava sempre em contato com o meu amigo FC Bertoni que me indicou depois o uso do app Timestamp! Muito bom! Já sai a localização na foto com as coordenadas! Bertoni me ensinou como baixar partes do mapa offline tb e me ajudou bastante, mas eu quis ir postando no instagram para meus amigos acompanharem também... Foi legal porque eu passei por interiores que tinham gente de lá no meu insta, recebi várias dicas de lugares pra ir!


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    O encontro de moto tava marcado para 19:30 hrs e Vanessa Morena saía do trabalho às 18 hrs.
    Ela passou na pousada em que eu estava e me levou pra um dos bares que ficava perto da pousada.
    Conheci ela pessoalmente, tomamos umas cervejas e depois fomos pra o encontro onde conheci muita gente de Serrinha e região.
    Trocamos experiências e recebi muitas dicas de rotas até os municípios que eu faria no dia seguinte! Foi muito top e parecia que já nos conhecíamos a muito tempo! Motociclismo é isso! Obrigado a todos de Serrinha e região pela receptividade! TMJ!

    Ahhh! Estavam todos cientes da Motofeijoada que ia rolar em Nordestina e a galera de lá também ia!
    Achei massa! Eu já tinha combinado de encontrar a galera de Alagoinhas e agora eu também ia rever a galera de Serrinha no Domingo!! TOP!

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    A região onde se localiza o município de Serrinha inicialmente era habitada por remanescentes da tribo indígena Biritingas, quando no início do século XVII, os colonizadores portugueses abriram a estrada das boiadas que ligava a capital da colônia ao alto sertão do São Francisco.

    Em 1716, o local onde fica a cidade era um logradouro da fazenda Tamboatá, pertencente aos herdeiros do fidalgo Miguel de Saldanha. Em 1723, Joana Guedes e seu esposo, João Mascarenhas, venderam a propriedade ao português Bernardo da Silva. A sede da fazenda foi então transferida pare as adjacências de uma pequena serra, passando, dai em diante, a ser conhecida como Serrinha pelos comerciantes de gados e tropeiros que se destinavam ao rio São Francisco. O local tinha a finalidade de criar gado e servir de local de descanso de homens e animais. No período possuía dez casas de telha.

    Com o falecimento de Bernardo da Silva, seus herdeiros doaram um pedaço de terra a Santana, em nome da qual foi erguida uma capela (concluída em 1780), tornando-se freguesia em 1838. Surgiu o Município em 1876, após tornar-se centro comercial e agropecuário, recebeu foros de cidade. Foi desmembrado da Vila da Purificação dos Campos (Irará).

    A história da cidade pode ser dividida em 3 períodos: o primeiro, entre 1612 e 1891 quando a estrada das Boiadas foi criada; o segundo, após 1890 até 1969, quando Serrinha é elevada a cidade; e o terceiro, quando a cidade se expandiu até os dias de hoje.

    Em 1º de junho de 1838, a lei nº 67 criou o Distrito de Paz de Serrinha, e levou a capela à categoria, com paróquia própria, pelo Arcebispo D. Romualdo Antônio Seixas. Pela Lei Provincial nº 1.069 de 13 de junho de 1876, foi o Arraial de Serrinha elevado à categoria de Vila e criado o Município de Serrinha, com território desmembrado da Vila da Purificação dos Campos, sendo instalado a 11 de janeiro de 1877. A Vila de Serrinha recebeu foros de "cidade" pelo Ato estadual de 30 de junho de 1891, assinado pelo Barão de Lucena, fato que constou da data de 4 de junho de 1891 do Conselho Municipal de Serrinha. A instalação solene da cidade ocorreu em 30 de agosto de 1891, segundo consta da Ata do Conselho Municipal de Serrinha do referido dia.

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    Última edição por Improta; 26-02-21 às 10:26.

  2. #72
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    Bom dia FC Improta,

    Muito legal seu tópico com imagens e narrativas da aventura, parabéns!!!

    Continue assim para nosso deleite e muito obrigado.

    Abração.

  3. #73
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    Citação Postado originalmente por Gilmar Dessaune Ver Post
    Bom dia FC Improta,

    Muito legal seu tópico com imagens e narrativas da aventura, parabéns!!!

    Continue assim para nosso deleite e muito obrigado.

    Abração.
    Bom dia FC Gilmar!!

    Obrigado pelo feedback!
    Pode deixar que será um prazer pra mim continuar com as narrativas!
    É uma maneira de fazer vocês participarem da minha aventura e "futucando" aqui no fórum eu vi que tem como visualizar o tópico como versão para impressão. A minha intenção é imprimir tudo depois que eu finalizar o desafio e encadernar pra eu guardar com muito carinho essa conquista e me lembrar da aventura sempre que ler!!

    Abração

  4. #74
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    53/417 Teofilândia

    53/417

    Salve, Fazedores de Chuva!

    SEXTOUUU!

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    Então...
    Montei minha rota e mudei algumas coisas de acordo com o que absorvi com as dicas dos meus amigos de Serrinha!
    O destino final era Jacobina!

    Me aconselharam o seguinte:

    Subir Teofilândia até Araci e voltar pra Serrinha.
    Depois ir de Serrinha até Biritinga e voltar pra Serrinha.
    Ir de Serrinha até Lamarão e seguir até Água Fria. Voltar pra Serrinha.
    Agora sim voltaria para minha rota normal descendo Santa Bábara.
    Riachão do Jacuípe.
    Nova Fátima.
    Gavião.
    Capim Grosso.
    Jacobina.

    Nessas idas e vindas pra Serrinha marquei com Vanessa de almoçar no bar da irmã dela, mas não deu certo...Então fiz um lanche em Santa Bábara e segui viagem.

    Mas pra dar inicio a essa rota eu comecei de manhã por Teofilândia!

    Esse crochê todo tava dando no maps 490 km e 10 hrs de viagem. Vamos por partes!

    "Subir Teofilândia até Araci e voltar pra Serrinha"

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    Aproximadamente em 1723, devido a uma seca que atingiu a região, alguns vaqueiros da antiga fazenda chamada de Vargem de Baixo, de propriedade dos irmãos João Manoel e Manoel João da Silva, saíram em busca de água e alimento para o gado. Cansados, os vaqueiros pararam próximo a uma vereda (caminho estreito no meio da caatinga), e dormiram. Ao acordarem e não encontrarem o gado, seguiram seu rastro e descobriram um lajedo (afloramento rochoso), que em suas pequenas cavidades acumulava água, formando caldeirões ou tanques de pedras. Lá estavam não só os animais que eles pastoreavam, mas também outros, pastando e bebendo dos tanques. Ao retornarem à fazenda, avisaram aos patrões, que haviam encontrado um caldeirão, ou Tanque de Pedras.

    Os irmãos João Manoel e Manoel João transformaram o lugar em mais uma fazenda, provocando o crescimento imediato do local. Muitos anos depois a fazenda foi aberta; José Santiago de Oliveira construiu a primeira casa e outras vieram em seguida. Com a chegada de mais moradores, o local passou a ser chamado de Arraial de Pedras. Em 1953 foi transformado em distrito com o nome de Itapiru, que pertencia a Serrinha. Alguns anos depois, foi elevado à categoria de cidade e denominado Teofilândia, em homenagem a um filho da localidade, o contador do Estado Joaquim Teófilo de Oliveira.

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    Última edição por Improta; 06-03-21 às 10:09. Razão: contagem errada

  5. #75
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    54/417 Araci

    54/417

    "Subir Teofilândia até Araci e voltar pra Serrinha"

    Vamo seguir até Araci! Ponto C

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    Araci foi fundada por José Ferreira de Carvalho, em 1812. Era conhecida como a cidade do Raso, antes da emancipação pertenceu a cidade de Tucano. O município se originou na sede da Fazenda Raso, onde foi formando-se um povoado em torno de uma capela. A fazenda então localizada no município de Serrinha de onde, mais tarde, foi desmembrada, tornando-se um distrito chamado Nossa Senhora da Conceição do Raso.

    O município se desmembrou pelo fato de estar se desenvolvendo na agropecuária e no comércio, podendo sustentar suas despesas. Isso ocorreu em 13 de dezembro de 1890, elevado à categoria de vila. Pela Lei Estadual nº 575, de 21 de setembro de 1904, o município passou a se chamar Araci, mas fora extinto pelo Decreto-lei Estadual nº 7.479, de 8 de julho de 1931 após decair em seus trabalhos sustentáveis. A partir da extinção, Araci foi novamente anexada a Serrinha. Em 14 de novembro de 1956, pela Lei Estadual nº 863, Araci foi restaurada e elevada à cidade se separando novamente de Serrinha.

    Outra versão indica que Araci pertencia ao município da Purificação dos Campos (atual Irará), com o desmembramento da Vila Serrinha com o município da Purificação dos Campos por volta 1876, Araci deixa de pertencer a Irará. Então a Fazenda Raso se localizava em 1890 na Vila Serrinha e não no município Serrinha, pois Serrinha só veio se tornar município em 1891. Assim como Serrinha e Araci, também pertenceram ao município da Purificação dos Campos as atuais cidades; Coité, Teofilândia, Água Fria, Barrocas, Lamarão, Santanópolis Ouriçangas, Pedrâo e Coração de Maria.

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    Última edição por Improta; 06-03-21 às 10:09. Razão: Contagem errada

  6. #76
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    55/417 Biritinga

    55/417

    Depois de Araci voltamos pra Serrinha.
    Agora o destino era Biritinga! Ponto E

    Pulamos para a parte: "Depois ir de Serrinha até Biritinga e voltar pra Serrinha"


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    E lá vamos nós!

    Biritinga, nome indígena que significa: Biri - Cana silvestre e Tinga ? Branca.
    Em 1822, o Senhor João Pedreira Lobo fundou em terras pertencentes à Sesmaria de Biritinga a Fazenda Bebedouro, 9 km distante da atual cidade de Biritinga. Em 1864 já havia um pequeno núcleo que pertencia ao município de Inhambupe, sendo criado distrito pela lei provincial nº 1.267 de 8 de abril de 1873 com a abertura da estrada real pelo agrimensor provinciano Joaquim Nobre da Silva Basto, ligando Alagoinhas a Monte Santo, a mesma passou a cortar as terras hoje pertencentes ao atual município de Biritinga num lugar denominado Manga.
    Devido a existência de água em abundância e neste lugar haver um grande pé de manga, cuja árvore foi transformada em pouso de tropeiros e viajantes.
    No entanto existe uma polêmica de que o nome manga vem do local descampado onde os animais dos tropeiros pastavam, com o movimento da estrada, para ali foram atraídos os primeiros moradores onde fixaram residência entre muitos o casal Manoel Pedreira Pinho e Maria Joaquina de Jesus, construindo a sua primeira casa comercial.
    Surgindo o povoado de Manga pelo ato estadual de 16 de abril de abril de 1890, o distrito de Biritinga foi anexado ao município de Serrinha dois meses depois do ato estadual, outro de 6 de junho do mesmo ano fez origem, Inhambupe, mas não foi executado.
    Foi então transferida a sede do distrito para o lugar denominado Manga, com o nome de Biritinga.
    Em abril de 1891, foi criado o cartório de Paz, sendo o primeiro escrivão Manoel Pereira de Santana e o Juiz de Paz Francisco Pereira Lobo.
    Foram doados pelo Sr. Antonio Martins de Cerqueira muitos metros quadrados de terras para a construção da capela de Nossa Senhora de Belém, cujas primeiras pedras foram postas pelo Sr. Antonio Vicente Mendes Maciel, conhecido pelo nome de Antonio Conselheiro.
    Em 1919 foi criada a paróquia de manga e seu primeiro vigário foi Fábio Moreira, ficando assim como distrito de Serrinha muitos anos; em 13 de abril de 1962 passou a categoria de cidade pela lei nº 1684 de 23 de abril de 1962; Diário Oficial de 25 de abril de 1962, com o nome de Biritinga.

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    Última edição por Improta; 06-03-21 às 10:09.

  7. #77
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    56/417 Lamarão

    56/417

    Voltei pra Serrinha e já eram 12 hrs.
    Eu tinha marcado de ir almoçar no bar da irmã da Vanessa, mas aconteceu um imprevisto no trabalho dela e ela não pôde ir...
    Decidi pular para a outra parte:
    "Ir de Serrinha até Lamarão e seguir até Água Fria. Voltar pra Serrinha."

    O sol tava de lascar e a parte da rodovia tava com desvios por conta de obras de duplicação. Tava muito engarrafado e tratava-se de uma rodovia federal, havia algumas viaturas da PRF em locais estratégicos e a pista estava engarrafada com muitas carretas. Eu não podia ultrapassar porque era faixa contínua, decidi então parar em uma barraquinha na beira da estrada para filar uma sombra e beber uma água, daí então seguir até o município de Lamarão! Ponto G

    Nessa altura a minha moto já estava bem suja e os nativos, barraqueiros e motoristas perceberam que eu estava longe de casa e puxaram algum papo. Aproveitei a deixa e falei que tava indo para Água Fria e perguntei qual o melhor percurso. Eles me disseram que todos os acessos até lá eram ruins e que o menos pior era por Lamarão. Decidi seguir o planejado e meti o pé na estrada!

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    Habitado inicialmente pelos índios biritingas, o sitio onde hoje se erque Lamarão tem como primeira referência de presença branca o estabelecimento dos irmãos Antônio e José Celestino de Oliveira, os quais construíram moradia em ponto que mais tarde viria a ser povoado de tropeiros e viajantes, que na época se deslocavam de Nova Rainha (atual cidade de Senhor do Bonfim) para Santo Amaro transportando mercadorias para vender. O nome Lamarão originou-se de uma lagoa temporária que havia no local mais baixo da cidade, normalmente um lamaçal pelos períodos constantes de estiagem. Após ter secado totalmente, o local continou sendo denominado como Lamarão.

    Até 1962 Lamarão pertenceu a distrito do municipio de Serrinha, e para conhecer sua história, há que se reportar ao histórico desse municipio.
    Em 1716, a cidade de Serrinha era logradouro da Fazenda Taboatá, que pertencia aos herdeiros do fidalgo Manoel de Saldanha, adquirida pelo Sr. Bernardo da Silva.
    Este transferiu a sede da Fazenda para o povoado denominado Serrinha, construindo ali casa de telhas, passando a ser considerado o seu fundador.
    Após o falecimento do Sr. Bernardo da Silva, em 1763, seus herdeiros, a seu pedido, doaram uma légua de terras à Senhora Santana cuja capela lhe era dedicada.
    O Povoado de Serrinha pertencia ao municipio de Água Fria, e a capela de Santana era filiada à freguesia de São José de Água Fria.
    Serrinha foi criada como distrito de paz, pela lei provincial nº 67, de 18 de julho de 1838, que também elevou a capela à categoria de Freguesia de Senhora Santana de Serrinha, canonizada pelo arcebispo D. Romualdo Antonio de Seixas.
    Em 1876, pela Lei Provincial nº 1.069 de 13 de Junho, o arraial foi elevado à categoria de vila e criado o municipio de Serrinha.
    A vila de Serrinha recebeu foros de cidade pelo Ato Estadual de 30 de junho de 1891, fato que logo depois constou da ata do Conselho Municipal de Serrinha, de 04 de julho.
    A instalação da cidade ocorreu em 30 de Julho de 1891, de acordo com a ata do conselho municipal de Serrinha, do referido dia.
    Na divisão administrativa de 1911 o municipio aparece formado pelo distrito da sede. Em 1920 já era constituido dos distritos de Serrinha, Biritinga, Pedras e Lamarão este último criado pela lei municipal nº 148, de 14 de Agosto de 1922, aprovada pela Lei Estadual nº 1631, de 26 de Julho de 1923. Nas divisões administrativas seguintes até 1938 o municipio de Serrinha aparece formado por quatro distritos: Serrinha, Biritinga, Lamarão e Araci.
    Sua emacipação politico-administrativa se deu através da Lei Estadual nº 1737, de 20 de julho de 1962.

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    Última edição por Improta; 06-03-21 às 10:10.

  8. #78
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    Thumbs up 57/417 Água Fria

    57/417

    Segui o planejado e parti para Água Fria! Ponto H

    "Ir de Serrinha até Lamarão e seguir até Água Fria. Voltar pra Serrinha."

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    Simplesmente não existe sinalização de como sair de Lamarão até Água Fria...
    Você simplesmente segue o fluxo da pista em que você entrou na cidade.

    Muitas pessoas me perguntaram qual foi o município que eu mais gostei de visitar até o momento e até hoje eu não consigo responder essa pergunta.
    Acredito que vivi experiências diferentes em cada município e gostei deles de formas diferentes. Mas uma coisa eu posso dizer, irmãos...
    Se me perguntarem qual foi o município que eu mais odiei... Água Fria é o primeiro que vem na minha mente! hahahaha
    Não pelo município em si, mas pelo acesso.
    Eu estava preparado porque meus amigos me avisaram, eu sabia que era ruim...mas não tinha noção que era tããão ruim assim kkkkkk
    Sem dúvida foi a etapa mais difícil do VFC até o momento!
    Por falta de sinalização eu parei em um ponto de mototáxi e perguntei a um mototaxista como eu fazia para chegar até Água Fria e perguntei como tava a estrada.

    Ele me respondeu: "Viiiixe, irmão... Tá ruim demais! Mas você com essa moto aí chega lá! É areião puro, mas dá pra chegar!"
    Daí eu perguntei: "São quantos km até lá?"
    Ele: "Rapaz... uns 6km por aí!"

    Eu pensei comigo... 6km tá suave! Simbora !!
    Ele me deu as coordenadas de como chegar na rodovia e eu fui.
    Na saída pra rodovia já começava a estrada de chão, mas estava suave... Tinha um posto de gasolina, resolvi parar e abastecer. Juca me disse que era pra ir abastecido porque a estrada era deserta e não tinha recursos durante o percurso. Apesar de ser só 6 km, preferi confiar na dica do meu amigo.
    Quando parei no posto, perguntei na administração qts kms eram até lá. O frentistas me respondeu "8km!", a administradora falou "15km"... Eu fiquei meio desconfiado e só fui! Zerei o tripB da moto e caí pra dentro.

    Começou suave, porém alguns kms depois... MERMÃÃÃO! kkkkkk
    Só lembrei do mototáxi... AREIÃÃO puro! kkkkk
    O sol não ajudava, mas eu tava determinado.
    A pista realmente era deserta, mas a cada 3km mais ou menos tinham umas casinhas com a galera morando.

    A moto tava pesada e era muita, mas muita areia. Eu não conseguia andar nem a 30 km/h. Minha primeira moto de alta cilindrada e eu não tenho experiência em offroad, fiquei com receio de tombar e me lascar pra levantar a moto depois. Até porque quase nunca passava um carro pela rodovia pra me ajudar caso acontecesse.

    Não vou mentir... A única coisa que passava pela minha cabeça era : "Quem foi o boi que emancipou essa zorra desse município?" kkkkkkkkkkk
    Rapaz, peguei um trecho que parecia duna kkkk
    Eu tava apertado pra fazer xixi, mas não tinha como parar a moto no pézinho. Imagine aí que eu quase me mijei kkkkkk

    Depois que rodei 12km vi um cara andando de cavalo, encostei nele e perguntei quantos km faltavam e adivinhem o que ele me falou?
    "Ahh, tá faltando uns 8km até lá!" kkkkkk

    Eu sei que no final de tudo até a prefeitura eu percorri 21km, mas ainda tinha a volta totalizando 42km. A volta foi mais rápido, mas mesmo assim perdi muito tempo em Água Fria e o caminho até Jacobina era longo. Validei a prefeitura e meti o pé! levei cerca de 2 hrs e pouco pra chegar em Lamarão novamente.

    Mas como eu disse... Tudo é experiência! Vou me lembrar desse município por muito tempo.

    Município criado por força de Resolução Régia de 28.04.1727 com o nome de Vila de São João Batista de Água Fria. Posteriormente, Decreto Imperial de 1832 fez mudar sua sede para o arraial de Purificação (atual Irará), não tendo, porém, sido executado. Em 1842, Resolução Provincial extinguia o município e criava o de Purificação de Campos (atual Irará). O município foi restaurado por Lei Estadual de 13.07.1962, com território desmembrado de Irará. A sede, criada freguesia pelo Alvará Régio de 11.04.1718, o nome de São João Batista de Água Fria, foi elevada à categoria de cidade quando da lei que restaurava o município (PFL BAHIA, 2006).As terras onde hoje é o atual Município de Água Fria, eram habitadas por índios tapuias, cuja aldeia foi encontrada por Padres da Companhia de Jesus ? Jesuítas ? que, encantados com a fertilidade de suas terras e abundância de água e densa floresta, aqui se instalaram em meados de junho de 1562, razão pela qual, escolheram como Padroeiro São João Batista, iniciaram a catequese dos índios e iniciaram também a construção da Igreja que ainda hoje domina a paisagem e impressiona pela imponência.

    Foi construída por índios domesticados e escravos vindos da África nos porões dos navios negreiros no inicio do século XVI, época em que também vieram colonos portugueses para colonizar a nova terra.

    Os tapuias que habitavam a terra foram dizimados pelo sertanista João Peixoto Viegas que os caçava e os marcava a ferro para o trabalho escravo nas fazendas de criação de gado, quando adquirira a sesmaria e a ocupou.

    Água Fria recebeu esse nome por causa da temperatura de suas águas com a qual se abasteciam tropeiros comandados por Garcia D`Ávila com suas entradas desbravando o sertão a caminho do Piauí pela estrada real do Pindá ou estrada real dos Ávilas.

    O que me manteve naquela estrada foi que durante a minha jornada até lá passaram alguns carros da prefeitura na rodovia. Enfim, consegui tirar a minha sofrida foto na prefeitura e validar aquele lugar!
    E o mais engraçado é que quando você chega no município é tudo tão perfeitamente asfaltado que parece piada kkkkk
    Não tem um buraquinho na cidade, acreditam?

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  9. #79
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    58/417 Santa Bábara

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    Agora começa a nova camada do mapa!
    Nós temos Santa Bárbara como ponto A.
    O destino final é Jacobina, perdi muito tempo em Água Fria e já eram cerca de 15 hrs. Será que dá tempo de fazer 6 prefeituras e chegar antes de escurecer? Veremos!

    Saí de Água Fria, voltei para Lamarão e voltei pra BR-116. Ao invés de subir sentido Serrinha eu desci sentido a BR-324 pra ir em direção a Jacobina.
    Na descida da 116 eu entrei no municipio de Santa Bárbara!

    Fiz uma parada pra um lanche.

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    Dos seus primeiros moradores, conta-se que foram os portugueses a se estabelecer, criando fazendas de gado, contando com a presença de escravos negros, colonos, brancos e pardos, índios e posseiros, emergindo desta convivência a cultura sertaneja.

    O território de Santa Bárbara era o povoado de Feira de Santana, com o nome de Freguesia de Santa Bárbara desde 1833, recebendo a denominação de Distrito, através da Constituição Republicana de 1891. Em 1943, um decreto do então presidente Getúlio Vargas eliminou várias cidades e vilas homônimas no Brasil e, como havia muitas cidades com o nome Santa Bárbara, a localidade passou a se chamar-se pelo topônimo de Pacatu. A comunidade não ficou satisfeita com este nome e continuou a utilizar a antiga denominação. No ato da emancipação, possibilitou-se o retorno do seu nome de origem - Santa Bárbara.

    O distrito de Santa Bárbara foi administrada por Francisco Valadares em diversas gestões, inclusive por nomeação do presidente Getúlio Vargas, em 1936. Porém anos depois havia a participação de outros líderes no quadro político da vila: João Maia, José Cordeiro, Donato José de Lima, Luis Pereira, Antônio Ferreira de Carvalho, Antônio Araujo e outros. Os administradores eram nomeados pelos prefeitos, por serem intermediários entre eles.

    Sua emancipação se deu através do Decreto Estadual nº 1576/61, de 14 de dezembro de 1961, quando foi desmembrada de Feira de Santana, sendo o autor do projeto o então Deputado Estadual Dr. Clodoaldo Campos, sendo o governador da Bahia, Dr. Juracy Montenegro de Magalhães. A assinatura do Decreto se deu no palácio do Governo, estando presentes os seguintes Barbarenses: Ayrton Freitas, Pedro Barreto, Martins Rodrigues, Dr. Carlos Valadares, Elzon Campos, Onésimo Campos, Mário Cunha, Francisco Valadares Filho, Beraldo José de Oliveira e Donato José de Lima.

    Em 1962 houve a primeira eleição em Santa Bárbara, seu primeiro prefeito foi Francisco Valadares da Silva, obtendo vitória nas urnas contra o seu opositor Armando Costa.

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    Última edição por Improta; 06-03-21 às 10:11.

  10. #80
    Data de Ingresso
    May 2020
    Localização
    Eu sou baiano, nascido em Salvador. A terra do axé, da diversidade, do dendê, da arte, da história e da folia! A terra da nossa gente boa.
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    59/417 Riachão do Jacuípe

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    Desci até a BR-324 e entrei sentido Tanquinho. Quando eu subi pra Serrinha eu validei esse município, por esse motivo segui direto até Riachão do Jacuípe! Ponto B

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    O município foi criado pela Lei Povincial nº. 1.823 de 1 de agosto de 1878. Elevado á categoria de vila com a denominação de Nossa Senhora da Conceição do Riachão do Jacuípe. Nesta data, o então distrito de Riachão foi elevado à categoria de vila (o que equivale a município atualmente).


    Segundo o historiador Luís Henrique Dias Tavares, a conquista do território baiano começou na primeira metade do século XVI.


    Diversos sertanistas penetraram no interior baiano, por volta do século XVII, com várias finalidades, tais como: guerrear com os índios, capturar índios ou escravos fugitivos, procurar minérios e pedras preciosas. Em consequência, recebiam grandes lotes de terras, denominadas sesmarias.

    A Casa da Ponte era o centro de uma propriedade de 160 léguas do Morro do Chapéu até o rio das Velhas e pertencia a Antônio Guedes de Brito, primeiro Conde da Ponte. Era doação do rei de Portugal em retribuição aos serviços prestados por seu pai na expulsão dos holandeses e a ele mesmo, concedendo-lhe o título de Mestre-de-Campo e Regente do São Francisco. Ele deveria expulsar ladrões de gado, contrabandistas de ouro, negros aquilombados e outros aventureiros.

    As terras do Conde da Ponte limitavam-se no município de Riachão do Jacuípe com as propriedades de João Peixoto Viegas, a terceira maior fortuna fundiária da Bahia no período colonial.

    Dessa sesmaria foi desmembrada uma área de terra para João dos Santos Cruz, que a transformou numa fazenda de criação de gado denominada Riachão.

    O tradicional histórico do município não oferece datas ou outras referências mais precisas em tomo da penetração primitiva. Apenas a tradição oral fornece elementos para a formação de algumas suposições mais prováveis, como a de terem sido remanescentes de alguma "bandeira" que aqui penetrou na fase colonial, século XVI.

    Seu povoamento deve-se à localização à margem esquerda do Rio Jacuípe, onde se verificou a fixação primitiva do elemento branco. Na região do rio Tocós foram encontrados vestígios da cultura indígena. A tradição oral informa ter sido ali o local de fixação de índios "tocóios", de onde derivou o nome do rio. O nome Jacuípe é de origem indígena, donde se conclui que o povoamento se deu, inicialmente, com os índios que se fixaram às margens dos rios Tocós e Jacuípe, onde desenvolveram uma agricultura de subsistência.

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    Última edição por Improta; 06-03-21 às 10:12.

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