A distância de um sonho...

[Dolor]

Jhonny, quando começou a tocar o hino dos FC uma onda de emoção, daquela que a gente sente percorrendo o coração, aconteceu comigo, pois além da filmagem, deste fundo musical, o que me chamou muito a atenção, foram as fotos da linda cumplicidade entre o casal.

Quando "caímos" na estrada, este é o ambiente que procuramos cujo grande saldo positivo, é o bom relacionamento.

Parabéns para vocês e para todos os FC que estão na estrada, pela oportunidade que se dão de viverem momentos tão bonitos e de tanta harmonia.

E para nós, o privilégio de podermos participar destes quilômetros de tanta intensidade e felicidade.

Aprocheguem-se Fazedores!

[Jhonny]

E continuando nossa odisseia pelos interiores de Santa Catarina, depois daquela bela recepção em Vitor Meireles e um café para espantar a sonolência e forrar o estomago, seguimos para Dona Emma, mas antes uma parada para abastecimento em um posto Shell, perdido no meio do caminho, com um atendimento pra lá de descontraído;



Depois de encher, "até a boca" o tanquinho de 22 litros da AMARELA, seguimos viagem e fomos surpreendidos com uma paisagem inusitada, o Grand Canyon, isto mesmo, um Grand Canyon Tupiniquim, como portal da cidade de Dona Emma;



Dona Emma que cidade e tirando o Grand Canyon contamos com outros pontos maravilhosos, o que mais nos chamou atenção sem dúvida foi a gruta de Nossa Sra. de Fátima, um lugar maravilhoso, onde pretendemos visitar com mais tempo para quem sabe um camping em algum final de semana;



Entre as belezas ainda temos a arquitetura local, típica dos povos europeus colonizadores do nosso vale;



E claro tivemos a honra de sermos recebidos por um motociclista da cidade;



E registrar para a eternidade uma das mais belas fotos da viagem, essa exposta ao fundo, em posição de shutdown, na frente da prefeitura de Dona Emma, falando mais sobre a cidade, é típica do vale, com pequenas propriedades rurais com base na subsistência, mas com um toque todo especial aos detalhes, a cidade é linda, organizada e o povo fantástico, com belas cachoeiras e uma praça na prefeitura de dar inveja, mas isto vocês verão ver pessoalmente, por enquanto admirem outra paisagem;



Brincadeiras a parte, antes que alguém comente eu sei que a melhor é a que eu estou deitado, aparecendo pouco... E correndo atrás do tempo, visto que tínhamos uma reunião marcada para o começo da tarde em Rio do Campo - SC, seguimos para as maiores cidades da região, Presidente Getúlio e Ibirama;

Presidente Getúlio marcou um trecho de minha vida, minha formação acadêmica como bacharel em marketing, visto que devido ao atraso em minha formação tive que apresentar o TCC nesta cidade no campus da UNIDAVI, com alunos e professores Getulienses;



Pedimos desculpas aos munícipes e a administração local, mas não havia melhor lugar para foto por tanto tivemos que subir a calçada e registrar da melhor maneira possível esta linda construção acompanhada por uma obra de arte capaz de trazer tranquilidade momentânea a qualquer Alma Inquieta;



Mas haja tempo para aproveitar tantas belezas, pois quando menos percebemos já eram 10:30 AM e um compromisso inadiável pela frente, SENTAMOS A PUA na pobre AMARELA, que depois de tanto cascalho estava se deliciando com o asfalto e pouco antes da BR 470 encontramos a bela Ibirama;



E põe bela nisso, nunca havíamos adentrado as ruelas da cidade, porém uma magnifica construção nos chamou de longe, entre carros e caças encontramos o caminho e a emoção foi como se tivéssemos acertado as três figuras da raspadinha, sabe estas vendidas em lotéricas por ai, quando levantamos os olhos lá estava ela, nos encantamos tanto que deixamos espaço para três fotos:







Magnifica, mas essa aceleração toda estava nos cansando, principalmente a mim, que depois de pilotar com tanta cautela no cascalho já estava ficando com os braços cansados e imaginei que um pequeno cochilo na escada da prefeitura cairia muito bem, como um típico vagabundo, deixamos de lado a pressa e aproveitamos um pouco mais Ibirama, circulando em algumas ruas, distribuindo uns acenos e mexendo com o povo, que deveriam estar prestes a chamar a polícia para remover aquele elemento da porta da prefeitura;



Mas não foi dessa vez, talvez saímos antes da chegada deles, e com classe, todo mundo olhando...

Rumo a BR 470, por sorte um pequeno trecho, passando por Rio do Sul e acessando o pórtico a terra do queijo, rumo a Laurentino e Rio do Oeste, com intenção de quem sabe pegar uma estrada pouco conhecida que nos levaria diretamente a Taió;



Sendo assim uma breve parada para marcar o caminho em Laurentino, colonizada inicialmente por um Açoriano, o Sr. João Wenceslau Pereira, porém destaca-se por clamar as origens Italianas, com culinária, cultura e vários descendentes morando na região, Laurentino já me chamou muito a atenção quando pequeno, onde uma ou duas vezes participamos de festejos regionais na cidade, porém desta vez achei a cidade apagada, talvez pela pressa, talvez pelo clima, ou quem sabe, discutíamos isto no momento da foto;



E para fechar com chave de ouro as poses e registros fotográficos do Valente Fazedor de Chuva, nada melhor que;





Várias poses em frente a prefeitura de Rio do Oeste, que achamos simplesmente linda, um lugar fantástico que recomendo, do fundo do coração ainda mais para aqueles que gostam das coisas simples, como o delicioso almoço no restaurante La Bodeghita;



Recomendação de nosso amigo Glauco, que está com um novo empreendimento na cidade de Rio do Oeste e quem diria, só nos tocamos disso quando passamos na frente da farmácia e vimos sua esposa Cris, que bom revê-lo meu amigo e melhor ainda saber que podemos contar com mais um pouso e cerveja gelada, fora de Rio do Campo;



Glauco divulgue nosso site, compartilhe com seus novos amigos ai de Rio do Oeste e mais que isto, sei que seu tempo está curto mas se possível viva esta aventura conosco seja um VALENTE FAZEDOR DE CHUVA, são apenas 293 cidades, "Qualquer um pode fazer, porém poucos o fazem..."



Seguimos viagem pela estada do Angico, afinal segundo os moradores de Rio do Oeste o acesso a Taió estava terrível, então fomos direto a comunidade de Aterrado Torto, Pouso Redondo, em uma linda estrada entre as arrozeiras e propriedades rurais, que em breve colocaremos em um vídeo;

No vai e vem da estada do Angico entre cascalho, curva e morros, então vamos reduzir uma marcha e de repente, cadê o pedal de marchas... Abduzido, simplesmente sumiu, por pouco não tivemos que caminhar para solicitar ajuda do Glauco, mas dessa vez para empurrar a moto, pois é, a AMARELA teve um pequeno problema... Mas desta vez eu não a culpo...



O impacto de alguma pedra fez com que a "arruela travante" da alavanca de marchas soltasse e o pedal acabou caindo, menos mal que este ficou pendurado, e por pouco não apontou para o chão arrancando todo o sistema fora, tive que caminhar para procurar a peça que soltou, "sem chance", afinal é pequena e no cascalho certamente ficaria camuflada;



De fato, além da habilitação e documentos da moto, sempre carrego comigo um item obrigatório o tal do "ENFORCA GATO, LINGUA DE SOGRA, ou como dizem alguns Matuchos, TURILAPE", que salvou nossa viagem;



Que final de semana intenso e a pressa havia voltado, aceleramos o possível para chegar em Rio do Campo, e quando atingimos o objetivo, adivinhem, encontramos o César, em Seguida Fátima e Vagner, os demais integrantes do M.C. Chacal da Serra se deram ao luxo de não aparecer e ficar dormindo pois haviam bebido muito no dia anterior, típico desinteresse afinal, não foi trabalho, perda de um parente, amigo ou ainda compromisso importante, apenas a bebedeira, teremos que rever nosso conceito...



Pelo menos nós estamos firmes, César, Fátima, Vagner e minha excelentíssima companheira Flavi. Falando nisso César, aguardamos seu cadastro no site dos Fazedores de Chuva, para que possa compartilhar suas aventuras e se juntar as nossas.

Sendo assim, completamos as cidades de:

1.Santa. Terezinha; 2.Taió; 3.Pouso Redondo; 4.Agronômica; 5.Rio do Sul; 6.Lontras; 7.Apiúna; 8.Ascurra; 9.Indaial; 10.Blumenau; 11.Gaspar; 12.Ilhota; 13.Salete; 14.Witmarsum; 15.Vitor Meireles; 16.Dona Emma; 17. Presidente Getúlio; 18. Ibirama; 19.Laurentino; 20.Rio do Oeste,

[Dolor]

Quantas lembranças vieram à minha cabeça com a simples menção do nome da cidade de Presidente Getúlio, das minhas férias na casa do meu tio Tito que morava lá.

Pegávamos a Maria Fumaça em Itajaí e tínhamos o dia todo de viagem até este nosso destino, lembrando ainda que num lugar chamado de Subida, aguardávamos que uma litorina "engatasse" o trem para ajuda-lo a subir a serra.

Quanta fuligem, quanta ansiedade e quanto amor dentro daquele trem com o meu pai!

Que saudade!



E lá se vão mais de cinquenta anos...e não esqueço destas férias inesquecíveis, com o Tio Tito pegando um pelo do rabo do cavalo e colocando numa bacia, dizendo que se ficássemos olhando fixamente ele se transformaria numa cobra, e nós, hipnotizados, gritávamos, chamando-o quando havia um pequeno movimento na água e ele se movimentava, dizendo que estava, finalmente, se transformando numa serpente.

Quanta inocência e quanta alegria!

Os refrigerantes que ganhávamos de um amiguinho, cujos país ou trabalhavam ou eram os proprietários de uma fábrica de refrigerantes chamada Boos Ax!

Bem, tenho que deixar estas lembranças para quando for a minha vez de visitar Presidente Getúlio...e enquanto isso, agradecer a tua generosidade e intimidade com que relatas os teus passos rumo ao Valente Fazedor de Chuva!

Beijos para vocês e que ao final, quem sabe Flaví, não teremos os panos "ajuntados"!

Te coça FC!

[Jhonny]

Para complementar a última postagem nada melhor que um vídeo amador com as belas imagens dos locais que visitamos, espero que este preencha algumas lacunas da postagem e acima de tudo apresente este maravilhoso caminho para quem não o conhece:



Aproveitem, até logo!

[Dolor]

Vou criar vergonha e instalar a minha Hero na moto ou no capacete.

Muito bacana o jeito de apresentar esta etapa do Valente FC!

Abraços
Dolor

[Jhonny]

G.C.F.C. Dolor, tive problemas quando instalada na moto devido as fortes vibrações do motor em V, mas acredito que a BONITONA não terá este problema, outra vantagem da instalação no capacete é a capacidade de direcionamento, afinal para onde olhar estará filmando...

Grande Cacique, muito boa nossa conversa hoje e melhor ainda saber que todos estão bem...

Um grande abraço e até logo!

[Jhonny]

E foi no primeiro dia do mês que "ensaquei a viola" e me despedi de Santa Catarina, como sempre uma mala e uma mochila, desta vez identificada visando "fisgar" Fazedores e Fazedoras de chuva, pelos aeroportos no caminho:



Registrando a saída de Florianópolis - SC, rumo a Brasília via voo direto da TAM, as 06:30 da matina, um caminho rápido porém muito menos prazeroso do que estar sobre a moto, ainda mais com a maravilhosa companhia da Flavi, que como toda viagem que faço a trabalho, ficou em casa.

Brasília não traz mais novidades e aquele calafrio de ter que andar na cidade grande sumiu depois da segunda ou terceira rua errada, "como sempre", a primeira para foi para o café, alguns quilômetros distante do centro, na saída para Planaltina, onde como de costume, juntei aos demais brasões de M.C. o nosso o brasão dos Fazedores de Chuva, embelezando e destacando-se entre tantos outros:



Café tomado e muito, muito chão pela frente, afinal de Brasília - DF, até meu destino da semana L.E.M "Luis Eduardo Magalhães" - BA, faltavam aproximadamente 500 km e já eram 10:00 horas, por sorte fiquei sabendo que na Bahia nesta data, 02-07-2012, se comemora a independência da Bahia, sendo assim havia um feriado para complicar e facilitar o dia.

Mesmo com o ritmo corrido de minha Alma Inquieta, aproveitei o trecho para fazer algumas fotos que provam a existência de um tipo diferente de ouro na Bahia, o "ouro branco", a riqueza do algodão, em colheita nesta época e este ano com equipamentos super desenvolvidos, que deixam o algodão colhido assim:



Uma semana em L.E.M - BA e minha Alma já gritava por estrada, afinal o caminho estava se alongando e dali surgiu o compromisso de visitar clientes em Aracaju - SE, a capital Sergipana, que tem sofrido nos últimos anos graves secas levando a perda de produtividade na lavora em até 50%, o caminho para Aracaju é incrível, paisagens magnificas, uma rota única, sem igual. 1132 km, de formas, relevos, retas e serras. Seguindo pela BR 242, com uma rápida passagem na BR 116 e finalizando em Aracaju - SE pela BR 101.



"A BR 116 é um perigo neste trecho."

Paisagens que lembram os antigos e atuais filmes de velho oeste, o que nos referencia aos relevos americanos que podemos prestigiar nestes filmes;



E claro em um ambiente como este não poderia deixar de na cidade de Seabra - BA, as margens da BR 242, registrar a passagem de um Fazedor de Chuva, posto parada de muitos motociclistas:



Praticamente metade do caminho percorrido, em seguida trago novidades da parte mais bonita da aventura;



Até breve!

[Dolor]

Obrigado pela dica de instalação da Hero e parabéns pelo relato tão agradável de ser lido.

Bom trabalho e continue, além de demarcar o território dos FC, a nos alegrar com as tuas histórias.

Abraços
Dolor

[Jhonny]

G.C.F.C Dolor, convenhamos, falta uma moto. Tudo bem quem não tem cão caça com gato, na falta deste com lebre e assim vai, o que não podemos é nos dar ao luxo de simplesmente não caçar...

Mas tanto a Flavi, quanto a AMARELA, fazem falta, ainda mais aqui neste litoral Sergipano...

[Jhonny]

A Chapada Diamantina, um lugar capaz de voltar o homem a si mesmo, aos seu mais internos instintos, um lugar para relaxar, meditar, algo que torna a viagem ainda mais magnifica.



Passagem obrigatória para quem pretende atravessar a Bahia de L.E.M até o litoral...



Estas esculturas naturais me impressionam, mesmo com tantas serras, vales, e as grotas que convivemos no sul, mais precisamente em SC, estas formações são completamente diferentes, solitárias, imponentes, guardiões do cerrado:



E quando surgem os cactos então... Ai sim parece que somos transportados para as terras mexicanas dos tantos filmes que certamente assim como eu já assistiram, e são muitos, por todos os cantos:



Em plena rodovia fui testemunho de muitas imprudências, motos e mais motos com seus pilotos desequipados, carregando capacetes como cotoveleiras, ou ainda sem ao menos isso, como se fosse resolver, uma cena comum no sertão, não é a toa que os números de mortos por acidentes motociclísticos são tão alarmantes na região:



Mas os quilômetros foram passando e o sono chegando, o que impossibilitou minha chegada no mesmo dia em Aracaju, digo que o sono trouxe o beneficio de conhecer a cidade de Alagoinhas, praticamente na divisa com o Sergipe, as margens da BR 101, uma linda cidade com muita história e muitas ruínas, aproximadamente 140.000 habitantes, fundada em 1852:



E com o sono chega a fome, para repor as energias depois de tantos quilômetros rodados com minha gaiola de quatro rodas, nada melhor que um prato tradicional, Cuscuz recheado com carne seca e queijo:



E assim quando menos esperei estava no destino "parcial", um rápido acordar acompanhado por um belo café da manhã e mais alguns quilômetros me levaram a capital Sergipana, Aracaju, com seus ritmos, sotaques e cores:


Fonte:http://www.turismobrasil.gov.br

De fato, seja de carro, de moto, ônibus, caminhão ou a pé, o mais importante de tudo isso é o contagio, essa doença da liberdade, deve ser passada para frente, sem medo, sem ambição, apenas pelo prazer de fazê-lo, como meu amigo Ronaldo "Brother" que sem camisa se obrigou a pegar uma emprestada e adivinhem, fomo propagando essa onda motociclística, mesmo que com uma camiseta promocional dos Víboras:



Fazedores de Chuva, aproveitem a leitura, em breve trataremos de viagens motociclísticas, grande abraço a todos, nos vemos na estrada!