A distância de um sonho...

[Jhonny]

O dia começou muito bem sexta-feira 22... Nem um perigo até então diferente das assustadoras “sextas-feiras 13”, de qualquer forma havia uma missão pela frente, o resgate do Soldado AMARELO, já praticado na semana anterior, porém nosso soldado foi novamente capturado pelo inimigo, dessa vez em coma, rebocado até a mecânica MOTO CAFÉ em Blumenau-SC.

Por sorte graças a influência da Flavi, conseguimos mais um carona e deixamos de lado o transporte pinga-pinga por meio da auto viação Catarinense que liga Pouso Redondo a Blumenau, e fomo de carona com a Tati, colega de trabalho da Flavi, batendo papo de Rio do Campo até a cidade galega...



Com mais ou menos 3 horas de viagem chegamos ao destino e adivinhem, ao meio dia, quando o MOTO CAFÉ está fechado para almoço, aproveitamos o fato para nos darmos ao luxo de almoçar em um local com muita, muita opção como foi o caso o Shopping Center Neumarket, que fica ao ladinho da mecânica.

Entre uma garfada e outra a angustia de resolver tudo o quanto antes e pegar a estrada com nossa AMARELA, afinal um motociclista sem sua moto é praticamente um animal selvagem dentro de uma gaiola.

Mas resolvemos o problema e depois de muito esperar...



Pagamos o que realmente acredito que não deveríamos pagar, mais R$ 450,00 por um concerto que eu, isso minha tola opinião, acredito que deveria ter sido resolvido há uma semana atrás, de qualquer forma insiro aqui a reclamação formal deixada à MOTO CAFÉ, para sua proprietária Viviane e mecânico Passarinho:

PERGUNTO-ME: Como após ter trocado todos os itens primordiais para o funcionamento elétrico 14.a.b.c da motocicleta, o mecânico não foi capaz de verificar a fiação e chicotes principais, tomando por base que estes também poderiam estar prejudicados, foi tratado de itens isolados, sem prestar atenção no sistema.
Tivemos a confiança de deslocarmos a moto de Itajaí, correndo risco de ficarmos na estrada para leva-la novamente ao MOTO CAFÉ, pois de fato confiamos nos serviços ali prestados, mesmo assim. Concluo que houve negligencia no trabalho do PASSARINHO, que mesmo quando solicitado sobre remover a instalação dos faróis, como descrito nos itens, 4, 6, 14.d não achou necessário fazer e nem sequer conferiu se o problema estava ali, se preocupando apenas com a troca de peças, custando 1.740,00 que de fato não trouxeram resultado, pois a moto novamente apresentou problemas elétricos.

Oh briga!

E à partir daí sim, seguimos alimentando nossa Inquieta alma com quilômetros de estrada, não demorou muito e antes de sairmos de Blumenau começaram os ditos sustos, quando uma freiada inesperada de um FIAT UNO quase nos coloca ao chão, aquela sensação terrível do coração tentando escapar pela boca, ninguém merece...

Tudo bem estamos de pé, vamos seguir... Em fim na bela BR 470, cada vez melhor, com mais carros, caminhões, buracos e sem dúvida, mais motoristas desatentos. Aproveito para deixar um recado: Nós motociclistas somos admiráveis, almas livres, que embelezam as paisagens, porém, somos mortais, assim como vocês, então pelo amor de Deus não cortem nossa frente...

Então seguimos viagem, mas dessa vez foi por pouco mesmo, estávamos muito próximos de um amigo AMARELO, ali pelas bandas de Indaial, logo na frente da UNIASSELVI, sinceramente desrespeitando os limites de distância e frenagem de nossa moto, quando um senhor de camioneta se acha no direito de “do nada” entrar na pista, por sorte o AMARELO não era outro motociclistas e sim um carro esportivo, mas a bagunça estava feita.



Um pequeno pouso na Parada do Beija Flor para deixar um pouco de lado todo aquele transito e bagunça e claro escapar do susto, substituindo-o por um pastel de palmito e um delicioso suco de uva, como de costume:



Aquele medo vai chegando e a vontade de chegar em casa aumentando, deixamos de lado a visita a algumas cidades a beira da BR 470, para o desafio Valente F.C. e seguimos viagem para Rio do Campo, antes que a noite baixasse valendo, afinal muitos compromissos nos aguardavam ainda para este dia, afinal no dia seguinte teríamos a comemoração do meu aniversário em um jantar para alguns amigos e parentes...

[Dolor]

Jhonny, temos que torcer para não se precisar de médico, advogado e nem de mecânico, isto não pelo problema de mais capacidade ou menos capacidade, mas sim da bucha em que se está metido quando precisamos deles.

Agora, haveria necessidade de teres trocado as peças que foram trocadas?

Se o problema persistiu, fica a grande dúvida!

Melhor se passar sem!

Infelizmente, neste momento ainda estamos na 470, um horror!

Nenhuma perspectiva de duplicar o que, num lugar civilizado, estaria sendo triplicado.

Que bom que estão em casa e em paz!

Abraços
Dolor e Angela

[Jhonny]

Grande Dolor!

De fato melhor nem pensar nestas peças, pelo menos o sistema elétrico está todo novo, todo mesmo:

Estator "Bobina" = 243,00
Retificador = 550,00
Bateria = 340,00
Revisão do chicote principal + Revisão do chicote frontal + Instalação dos faróis auxiliares + frete = 450,00
Remapeamento de injeção e BOX = 250,00
Box para deixá-la mais econômica "o que ainda não provou a validade" 15 km/l autonomia de uns 300 km apenas...

Mais uma coisinha ou outra e já chegamos a 2.200,00 gastos dentro do MOTOCAFÉ

Brinquedo para gente grande, de fato um quantia exagerada para revisão dos 50.000 km que foi o caso, mas o que realmente importa é que ela está de volta e a toda, afiada para Ushuaia, segundo o mecânico.

Tem muita lógica sua colocação:

temos que torcer para não se precisar de médico, advogado e nem de mecânico, isto não pelo problema de mais capacidade ou menos capacidade, mas sim da bucha em que se está metido quando precisamos deles.

[Jhonny]

Nada melhor que acordar com seu irmão mais velho rachando lenha, e aquele barulho da madeira ecoando pelo seu quarto, tudo isto antes das 07:30 da manhã de um sábado, um dos poucos dias da semana onde podemos dormir um pouquinho a mais...



Mais tudo bem esse é um fato que remonta o passado, lembrando-se das marretadas de meu pai quando este trabalhava na borracharia ao lado de nossa casa, eu geralmente era acordado pelo barulho das marretadas de ferro sobre os anéis e rodas de caminhões da vizinhança, se não era assim então era com seu saudoso chamado: JONATHAN...

Logo cedinho embarquei na AMARELA, levando em seu baú um item de extrema importância, as novas pastilhas de freio traseiro, para troca, como estou desarmado no quesito ferramentas utilizei as do Adilson Motos para resolver o enigma e em minutos fizemos a troca.

Mas este foi o dia, convidamos alguns parentes e amigo para participarem de um jantar, onde minha mãe queria muito comemorar meu aniversário, ocorrido na terça-feira 19 de junho e, os festejos de minha formatura, apresentada em posts passados, o dia seria corrido afinal tínhamos que aprontar tudo antes da chegada dos convidados, que começaram a se achegar ao meio dia:



Ansiosos aguardamos a chegada de minha irmã, sobrinha e cunhado, este que por sua vez trouxe duas latinhas para contribuir com a bebedeira da festa.



Gostamos da brincadeira do final de semana anterior e tentando matar a sede de andar de moto fomos “picar” o gramado atrás de casa em um vai e vem numa pequena pista de motocross improvisada e ali passamos boa parte da tarde.



E quando menos percebemos a noite já havia dado o ar “gelado” de sua graça, os convidados chegando aos poucos:



e assim fomos nos reunindo ao redor do fogão a lenha lá de casa... Em seguida aquela divisão, homens para churrasqueira e mulheres em volta do fogão, não cozinhando, sim se aquecendo...



Por fim todos à mesa, antes da bebedeira que fecharia a noite, claro com exceção de umas e outras que por nada abrem mão do calor do fogão a lenha... Não é Sonia?



Pouco a pouco fomos perdendo os parceiros, alguns pelo exagero, outros pelo chamado de suas esposas e ainda como nosso companheiro Thor, pelas garras de Morpheus.



E lá se foi mais um belo dia...

[Jhonny]

Um acordar sonolento típico do domingo um olhando para cara do outro imaginando o que poderemos fazer para este dia render, afinal temos tão pouco tempo para passarmos juntos, e assim despertamos a toda, depois de uma curta reunião familiar e um belo almoço partimos rumo a Colônia Ruthes...

Mas antes disso bateu uma curiosidade, como será que está a comunidade do Rio da Prata, há muito tempo não havia passado por ali, lembro que a torre de sua igreja era gigantesca, ou será que eu era pequeno, pois bem, quando somos menores, tudo é grande, imenso.



Tivemos um pequeno problema, o defletor instalado sobre a bolha da carenagem, exerce muito peso o que faz a carenagem dianteira chacoalhar inteira com os buracos e irregularidades da estrada de cascalho, por azar não havia levado o jogo de chaves então tivemos que tomar outra ação, andar com cautela, pois a carenagem balançava tanto que parecia romper a qualquer momento.



Por sorte encontramos uma mecânica com as portas abertas em Sta. Terezinha e lá removemos o bendito defletor, com aquela gana, afinal já tomamos um susto com ele na viagem ao Uruguai, onde partiu a bolha, uma rachadura de praticamente 8 cm, após isto reforçada por um “aplique” de acrílico.
Sem defletor o caminho estava livre até a Colônia Ruthes, rumo à casa dos país da Flavi. Para marcarmos presença na comemoração do aniversário de sua Mãe a Dona Inês...



Aproveitamos a visita para verificar nossas mudas, que somavam 200, mas já com uma perda de 12% que serão replantadas na primeira oportunidade.



Entre o vai e vem e algumas conversas, conseguimos flagrar uma foto rara a de meu cunhado, irmão da Flavi o Fábio, “bicho do mato” foge de qualquer câmera, mas desta vez ele estava concentrado identificando os componentes de fabricação da minha luva e, FLASH...



E depois de tantos comes e bebes entre doces e salgados nada melhor que lagartear, batendo um papo com o Lalo, Sr. Geraldo, ícone do desenvolvimento da Colônia Ruthes, um dos pioneiros, também estava presente o Vagner, e o desconhecido em pé no lado esquerdo da foto, primo, amigo ou vizinho do Lalo, agora não me recordo.



O final do domingo foi naquele estilo melancólico e depressivo típico dos domingos que antecedem a despedida para uma semana longe de casa em Lages-SC, já pensando na distância ainda maior que nos separara na próxima, um mês, rodando o nordeste do Brasil, retornando apenas no final de julho.

[Dolor]

Jhonny, o grande patrimônio é este que orbita em tua volta: a família.

Parabéns pela convivência, cumplicidade e generosidade de dividires conosco momentos tão particulares e tão íntimos.

Acho que agora passamos na frente de vocês, se não na atualização do post, mas pelo número de cidades visitadas no nosso programa Valente Fazedor de Chuva!

Nesta quarta começaremos a fazer a atualização e posso adiantar que rodamos por....pena...acabou a tinta.

Ficará para a atualização!

Abraços

Dolor e Angela

[Paula]

Bom dia, Jhonny!

Quantas "prefeituras" em SC já visitaram? Durante este último final de semana também conseguimos avançar um pouquinho mais no nosso Desafio de Valentes Fazedores de Chuva! É muito divertido, não é? Estamos adorando!Logo, logo as fotos estarão no Site!
Se tiverem alguma dica das cidades por onde estão passando, por favor nos passem, ok? Sabe como é, somos pobres mas não somos orgulhosos...
Muito legais os teus relatos!
Boa sorte na estrada e continuem mandando notícias!
No próximo encontro anual dos Fazedores também teremos nossas histórias para contar!!

Um abraço e boa viagem!
Paula

[Jhonny]

Sacanagem de alguns Grandes Caciques Fazedores de Chuva, criar a curiosidade nos leitores... Fazer o que, mas nem tudo está perdido e o primeiro título de VALENTE F.C. independente de quem for, estará em boas mãos, afinal, todos estão desempenhando um ótimo papel, os Fazedores de Chuva, Cristal no ES, Papalardo no GO, Marcio no PR, Paula em SC e o G.C.F.C Dolor também neste estado.

Eis ai um desafio que realmente agitou o povo e trouxe muitos adeptos...

Paula, nós visitamos apenas 12 prefeituras, durante o caminho a Balneário Camboriú, onde visitamos a sede mundial dos Fazedores de Chuva, quando chegamos porém nos deparamos com um problema na moto que impossibilitou nosso trajeto de volta pela capital e em seguida Alfredo Wagner no interior do estado...

1.Santa. Terezinha; 2.Taió; 3.Pouso Redondo; 4.Agronômica; 5.Rio do Sul; 6.Lontras; 7.Apiúna; 8.Ascurra; 9.Indaial; 10.Blumenau; 11.Gaspar; 12.Ilhota, todas são lindas cidades e recomendo que as visite, Rio do Campo, nossa cidade não está entre elas pois estou guardando para uma ocasião especial como a visita de um Fazedor de Chuva ou ainda de um Grande Cacique...



Certamente estes novos desafios trarão muita história e assunto para inúmeras conversas. Grande abraço Paulo, até logo, nos vemos na estrada!

[Jhonny]

E para encerrar o mês com chave de ouro a grande máxima do título deste post, afinal foi cedo mesmo, com a cara e coragem afinal não tinhamos nem ideia de como o dia iria se comportar visto que temos, muita, muita névoa na região nesta época do ano. Mas "Qualquer um pode fazer, porém poucos o fazem..." e neste embalo acordamos o Thor e ligamos nossa AMARELA, reparem a sonolência do companheiro, podem perceber que não quisemos abusar dele tirando uma foto com flash logo pela manhã;



Ainda com sinais de letargia, embarcamos na moto rumo a nossa primeira parada a cidade de Salete, o caminho nos ofereceu algumas retas maravilhosas de asfalto, seguido pela imprevisível estrada de cascalho, por sorte bem compactada o que ajudou e muito a manter a estabilidade da moto, mesmo com tanta neblina;



Enquanto imaginávamos que a neblina ia cessar dando lugar ao sol que se escondia por traz da névoa, fomos chegando a Salete, e mesmo aguardando para fazer a melhor foto possível não tivemos tanta sorte e ao fundo como coadjuvante lá está ela a NEBLINA;



Aqui em Rio do Campo, no inverno geralmente utilizo a seguinte expressão, "Liguem suas motos, ronquem os motores, não deixe que o frio domine o seu coração", mas com a névoa é diferente, você se molha, abana, assopra e ela ainda esta ali, impedindo sua visão, muitas vezes obrigando a parada, mas não para nós obstinados a chegar no Santuário erguido em nome daquela que emprestou seu nome a cidade, Nossa Sra. da Salete, ali sim estavamos literalmente sobre as nuvens, o céu desceu neste dia, então ficamos mais perto do divino, pedindo a graça de seguros chegarmos ao nosso destino, o que está cada vez mais difícil se pensarmos que mais a frente enfrentaríamos a BR 470;



Aproveito para compartilhar com vocês o link de acesso a uma pequena filmagem onde fiz uma panorâmica da capela do santuário, assim como da neblina;

Com um pouquinho de receio aos km de cascalho que teríamos pela frente seguimos para a próxima cidade Witmarsun e haja cascalho, dessa vez alternando entre solto e compactado, exatamente nesta ordem, pregando peças nossa AMARELA estava típica a loira daquele grupo da boquinha da garrafa, rebolando e a pilotagem ficando cada vez mais imprecisa;



Esta caminho relembra uma das últimas viagem que fizemos juntos, meus pais e eu, ainda quando Jovem onde aproveitamos para visitar a barragem Norte em José Boiteux, responsável pela manutenção hidrográfica do Vale do Itajaí, juntamente com as barragens Oeste e Sul, para mais informações peço que acessem o site do DEINFRA-SC



São as lembranças que nos dão forças para seguir em frente, tantos fatos que nos tornam melhores e voltando ao desafio, ali estávamos nós em Witmarsum, tentando sequestrar a placa de identificação da prefeitura para em seguida pedir resgate;



Infelizmente era mais pesada do que imaginávamos, tudo bem fica para próxima, enquanto isso vamos dar um pulinho em Vitor Meireles, ligada a Witmarsum por uma serra fantástica, um cidade bem guardada pelo verde e os altos relevos do vale;



Cidades com um povo sorridente e super educado, essa foi nossa impressão e realmente o povo foi fantástico em nos recepcionar, ainda mais com um alô do "perfil da cidade" que recebemos no Facebook sem nem sequer esperar, agradecendo pela nossa visita. Somos nós que lhe agradecemos do fundo do coração, pela educação, pelos sorrisos e pela parceria disposta aos motociclistas que a visitam;



Aproveitamos aqui para repassar o convite e quem quiser visitar esta cidade que o faça em uma data mais que especial, durante seu encontro motociclístico, conforme o banner abaixo;



Que recepção, digna de um Fazedor de Chuva, e assim com dor no coração por ter que seguir viagem sem aproveitar melhor a cidade, registramos com ajuda a foto na frente da prefeitura municipal de Vitor Meireles;



Sendo assim encerramos esta primeira parte com o seguinte saldo:

1.Santa. Terezinha; 2.Taió; 3.Pouso Redondo; 4.Agronômica; 5.Rio do Sul; 6.Lontras; 7.Apiúna; 8.Ascurra; 9.Indaial; 10.Blumenau; 11.Gaspar; 12.Ilhota; 13.Salete; 14.Witmarsum; 15.Vitor Meireles:

Em seguida continuaremos com as aventuras deste dia...

[Jhonny]

Segue vídeo desta primeira empreitada de Rio do Campo a Vitor Meireles - SC:



Neste caso não é Aja cascalho, pois o Aja deriva de Agir e sim Haja, pois é derivativo do verbo Haver...
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/haja-ou-aja.htm