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Gaúcho em Terras Amapaenses
Amapá é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado a nordeste da Região Norte, no Platô das Guianas. O seu território é de 142 828,521 km², o que o torna o 18º maior estado do Brasil. É limitado pelo estado do Pará, a oeste e sul; pela Guiana Francesa, a norte; pelo Oceano Atlântico a nordeste; pela foz do Rio Amazonas, a leste; e pelo Suriname, a noroeste.
População: 751.000 (2014)
Área: 142.800 km² (55.140 milhas quadradas)
Capital: Macapá
O Amapá é composto por 16 municípios dentre eles destacamos a capital Macapá, juntamente com Santana, Mazagão, Pracuuba, Cutias, Tartarugalzinho, Porto Grande, Serra do Navio, Calçoene, Amapá, Pedra Branca do Amapari, Vitória do Jari, Laranjal do Jari, Ferreira Gomes, Oiapoque e Itaubal do Piririm.
A História do Amapá tem início antes mesmo do Descobrimento do Brasil.
A região do atual estado do Amapá foi, anteriormente à chegada dos primeiros exploradores europeus no século XVI, originalmente povoada por grupos indígenas das etnias waiãpi, palikur (no norte e noroeste), maracá-cunani e tucuju (ambos extintos; no sudeste amapaense), incluídos nos troncos linguísticos aruaque e caribe. Vestígios da ocupação humana pré-colombiana podem ser verificados nos sítios arqueológicos de cerâmicas maracá-cunani e no Parque Arqueológico do Solstício a "Stonehenge do Amapá", em Calçoene, que data de pelo menos 2.000 anos.
O Amapá era bastante populoso na América do Sul no período pré-Colonial devido as áreas para plantio, onde se desenvolveram técnicas milenares. Usavam artefatos de madeira para erguer montes de terras circulares sobre as regiões alagadas, como nos municípios de Calçoene, Amapá, Pracuuba e Oiapoque. Promovendo sistemas de produções agrícolas avançados; que também eram realizados no Suriname e na Bolívia.
Em sua obra "A Descoberta da Guiana", o navegador e explorador britânico sir Walter Raleigh descreveu uma "Província da Amapaia" como uma terra "maravilhosa e rica em ouro", povoada por indígenas chamados "anebas" que teriam presenteado o espanhol Antonio de Berreo com várias joias daquele metal:
“A Província da Amapaia é um terreno muito plano e pantanoso próximo ao rio; e por causa da água barrenta que se espraia em pequenas ramificações por entre a terra úmida, lá crescem vermes e serpentes venenosas. (...) Berreo esperava que a Guiana fosse mil milhas mais próxima do que calhou de ser ao final; por meios dos quais suportaram tanta carência e tanta fome, oprimidos com doenças dolorosas, e todas as desgraças que se pode imaginar, perguntei àqueles na Guiana que haviam viajado pela Amapaia, como sobreviveram com aquela água parda ou rubra quando andaram por lá; e disseram-me que após o sol estar no meio do céu, eles costumavam encher seus potes e pás com aquela água, mas antes disso ou até o crepúsculo era perigosa de beber e, à noite, forte veneno.”
Raleigh narra ainda como o rival espanhol tentou sair da região para tomar a cidade mítica de Eldorado (que então se acreditava ficar na Guiana) e não conseguiu, barrado pelo que seria hoje chamada de Serra Tumucumaque:
“Desta província Berreo se apressou em sair tão logo a primavera e o início do verão aparecera, e buscou sua entrada nas fronteiras do Orinoco pelo lado sul; mas lá havia uma cordilheira de montanhas tão altas e impenetráveis, que ele não pôde por modo algum marchar sobre elas (...); e mais, para sua desvantagem, os caciques e reis da Amapaia haviam dado saber de seu propósito aos guianeses, e que ele queria saquear e conquistar o império, por esperar sua tão grande abundância e quantidade de ouro. Ele passou pelas desembocaduras de vários grandes rios que caem no Orinoco tanto do norte quanto do sul, que evito listar, por enfado, e porque são mais prazerosos de descrever do que de ler. ”
Embora várias destas características sejam condizentes com o território do Amapá, no entanto a interpretação da historiografia oficial situa esta terra de "Amapaia" junto ao vale do rio Orinoco, no leste da Venezuela.
Embora Portugal monopolizasse a exploração das riquezas brasileiras e a terras amapaenses “pertencessem” à coroa espanhola neste período, segundo o Tratado de Tordesilhas (1494), em certos períodos, holandeses, ingleses e franceses também tentaram apropriar-se dessa região em busca de suas riquezas naturais e de sua posição geográfica estratégica, despertando uma disputa marcante entre as nações européias desde o século XVI até a consolidação brasileira definitiva no século XX.
Quanto aos holandeses, desde 1599 já encontravam-se instalados no território amazônico, antes mesmo de Belém haver sido fundada pelos portugueses, ocorrido em 1616.
Última edição por Quinhones; 19-11-21 às 13:45.
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1/16 Oiapoque-AP
Oiapoque é um município brasileiro do estado do Amapá, Região Norte do país, na fronteira com a Guiana Francesa. Por ser a principal cidade do norte amapaense, recebeu a alcunha de Capital do Norte do Amapá.
O município de Oiapoque, de acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Oiapoque-Porto Grande e Imediata de Oiapoque. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Oiapoque, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Norte do Amapá.
O município de Oiapoque está localizado na parte mais setentrional do estado do Amapá. Limita-se ao norte com a Guiana Francesa, ao sul com os municípios de Calçoene, Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari. Ao leste é banhado pelo Oceano Atlântico e a oeste faz fronteira com o município de Laranjal do Jari.
Área total: 22 625,286 km²
•Área urbana est. Embrapa: 7,511 km²
População total (estimativa IBGE/2021): 28 534 hab.
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2/16 Calçoene-AP
Calçoene é um município brasileiro no estado do Amapá, na região norte do país. Área total 14.231,783 km² e sua população estimada em 2017 era de 10.525 habitantes.
A Vila de Calçoene iniciou em frente à cachoeira do Firmino, como era conhecido antigamente o povoado que originou o município, era parte da província do Grão-Pará. Seus moradores viviam, basicamente, da exploração do ouro, nas minas do Lourenço - por isso o nome da vila.
No final do século XIX, foi implantada na região uma colônia de imigrantes russos, no contexto de esforço de povoamento do território brasileiro por braços assalariados provindos da Europa, como ocorreu no mesmo período nas regiões Centro-Sul do Brasil.
O governo do território, após invasão por parte do governo de Caiena, resolveu retomar o povoado e suas terras, decretando a reincorporação da vila ao estado. Em 22 de dezembro de 1956, ocorreu a emancipação da vila pela Lei de Criação Nº 3.056, que passou a se chamar Calçoene - calço (cunha), ene (norte).
Etimologicamente, a palavra Calçoene significa “Cunha do Norte”. O nome nasceu de uma nomenclatura, formada pela Fazenda Nacional, no início do século, para designar as área de garimpo do Amapá. Seus limites são o oceano Atlântico a norte e leste, Amapá e Pracuuba a sudeste, Serra do Navio a oeste e Oiapoque a noroeste.
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3/16 Tartarugalzinho-AP
Tartarugalzinho é um município brasileiro do estado do Amapá, Região Norte do país. Sua população, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, era de 15 665 habitantes em 2016.
População: 17.770 (2020) - Área: 6.712 km² (2.592 milhas quadradas)
Tartarugalzinho foi elevado à categoria de município em 17 de dezembro de 1987, conforme a Lei nº 7639. Antigos moradores contam que o primeiro povoado a se originar foi o de Tartarugal Grande, que ficava às margens de um rio com o mesmo nome. No entanto, o fato desse rio apresentar bastante quedas d'água, dificultando o transporte, fez com que alguns moradores se mudassem para outro lugar, que denominaram de Tartarugalzinho, por se tratar de um afluente do rio Tartarugal Grande, onde as dificuldades de transporte, tanto dos moradores quanto do gado via fluvial, estavam equacionadas.
Suas origens e desenvolvimento estão ligados a sua disposição geográfica como local de referência no trânsito da BR-156 que, ainda hoje, continua com a oferta de serviços, incluindo alimentação, combustível e venda de produtos diversos. Aliado a esse contexto, destaca-se o desenvolvimento da pecuária em suas áreas inundáveis ainda como uma de suas principais bases produtivas.
Com a descoberta de ouro nos arredores da atual sede do município, há um redirecionamento de seu curso normal de vida com consequências marcantes em nível populacional, qualidade ambiental e de vida econômica e social. Outro fator responsável pelo povoamento foi a instalação da AMCEL, empresa de plantação e extração de pinho, substituída, posteriormente, pela multinacional - também do setor de celulose - Chamflora.
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