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46/497 Palmares do Sul-RS

A ocupação do território atual de Palmares do Sul é muito antiga. As primeiras famílias ocuparam essa região depois de abril de 1763, quando fugiram de Rio Grande face a invasão espanhola que tomou a cidade e também São José do Norte. A presença dessas famílias foi consolidada em 1773, quando os portugueses recuperaram o território até os limites do Chuí. Daí, as sesmarias foram povoadas por grandes manadas de gado vacum, cavalar e ovino, formando assim a base econômica da região até o ano de 1936. O município foi criado no período do Brasil Império, como distrito pertencente ao município de Vila da Conceição do Arroio, hoje chamado de Osório. Entre 1920 e 1950 ganhou importância com a implantação de um porto às margens do Rio Palmares, como também uma ferrovia até Osório. Formou-se, então, um entroncamento hidroferroviário que ligava Torres, Osório e Palmares do Sul com a capital Porto Alegre. O nome "Palmares" foi escolhido pelos primeiros moradores portugueses ainda no século XVIII, visto que nas redondezas havia grande quantidade de butiatuvas (ou butiatubas), cujo conjunto forma aquilo que os portugueses denominavam de "palmares". Na palavra butiatuba, "tuba" significa "lugar" e "butiá" significa "planta", na língua tupi-guarani. É uma planta da família das palmáceas, que se adaptam bem ao solo e ao clima da região. A adição do termo "do Sul" se deu porque, por volta de 1944, surgiu uma ordem federal de que não poderia haver, dentro de um estado ou país, cidades de nomes semelhantes. Assim, devido à revelia dos palmarenses, o nome do distrito de Palmares passou a ser Emílio Meyer. Somente em 1950 o nome original voltou a ser Palmares, agora agregado ao determinativo "do Sul". Isso ocorreu pois existe um município com o nome de Palmares, em Pernambuco, que por ser mais antigo teve o privilégio de permanecer com o seu nome original. Tal fato foi oficializado por lei da Câmara de Veradores de Osório por iniciativa de Antônio de Azevedo Pereira, morador de Palmares do Sul.
Referência: Pereira, Marco Antônio Velho - "O RINCÃO DOS PALMARES - Os Primeiros Palmarenses do Rio Grande do Sul". Editora Raupp, 1994, 1. ed., Porto Alegre, ISBN 85-908001-1-3.
Os campos que hoje compõem o município de Palmares do Sul foram doados por meio de sesmarias.
Localiza-se na latitude 30º15'28" sul e na longitude 50º30'35" oeste, e estende-se por planícies a 9 metros acima do nível do mar.
Sua população estimada em 2016 era de 11.431 habitantes, o que resulta na densidade demográfica de 12,55 hab/km². Possui uma área de 947,35 km².
São seus seis distritos: Granja Getúlio Vargas, Bacupari, Frei Sebastião, Butiatuva, Casa Velha e Quintão, esse último dividido em seis praias: Quintão, Quintão Velho, Dunas Altas, Rei do Peixe, Frade e Santa Rita.
O clima é subtropical úmido.
Os municípios limítrofes são Balneário Pinhal, Capivari do Sul e Mostardas.
Economia
Em 1936 foi introduzido o cultivo do arroz, cultura que mantém a cidade na condição de um dos principais municípios gaúchos produtores desse cereal. Durante todo o século XX surgiram em Palmares do Sul os "calipeiros", ou seja, os plantadores de eucaliptos que com o seu trabalho deram origem a silvicultura nas terras arenosas da beira-mar de Palmares do Sul, na planície costeira gaúcha. Nos anos 70 do século XX começaram, via incentivos fiscais do governo federal, as atividades de reflorestamento em larga escala no município. Hoje essa atividade econômica em Palmares do Sul é fator essencial para a economia local tanto em empregos gerados como arrecadação de tributos.
Parque Eólico de Palmares.
Está sendo construído um Parque de Energia Eólica, que quando concluído em 2012, deverá contar com 25 Aerogeradores e potência de 50MW. Atualmente já existe 15 aerogeradores em funcionamento. Esse parque trará impacto econômico positivo a riqueza do municipío.[6]
A construção do Parque Eólico de Palmares é financiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e visa a diversificação da matriz energética no Rio Grande do Sul com ênfase na geração de energia não poluente e renovável. A empresa exploradora tem garantido um contrato com duração de 20 anos para comercializar a energia produzida.[7]







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47/497 Capivari do Sul-RS

Cidade onde Giuseppe Garibaldi aportou para montar as estratégias da Revolução Farroupilha, em 1839.
Capivari significa, em língua indígena, capivara. Esse nome foi dado ao município pelo fato de existirem ali muitas capivaras às margens do Rio Capivari. A expressão "do Sul" foi acrescentada para diferenciá-lo de outro município brasileiro, no estado de São Paulo, que também possui o nome de Capivari.
Distrito criado com a denominação de Capivari, pela Lei Municipal nº 1.752/80, subordinado ao município de Osório.
Pela Lei Estadual nº 7.654/82, o distrito de Capivari foi transferido do município de Osório para o novo município de Palmares do Sul.
Elevado à categoria de município com a denominação de Capivari do Sul, pela Lei Estadual nº 10.634/95, desmembrado dos municípios de Osório e Palmares do Sul. Sede no atual distrito de Capivari do Sul (ex-localidade de Capivari).
Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 2 distritos: Rancho Velho e Santa Rosa.
Localiza-se a uma latitude 30º08'42" sul e a uma longitude 50º30'53" oeste, estando a uma altitude de 12 metros.
Possui uma área de 417,609 km² e sua população estimada em 2016 era de 4.320 habitantes.








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48/497 Osório-RS

Osório localiza-se em região de extrema importância histórica, considerando-se os primeiros tempos de proteção e colonização das terras extremas do território. No final do século XVII, a faixa litorânea tornou-se conhecida pelos paulistas e lagunenses que vinham em busca de gado. Também era o modo de chegar ao ponto das invasões castelhanas. O caminho ficou conhecido como Estrada da Laguna.
Em 16 de dezembro de 1857, o município de Osório emancipou-se de Santo Antônio da Patrulha, levando consigo uma vasta área, de Palmares do Sul a Torres. O colonizador e o imigrante alemão ou italiano foram se instalando nas redondezas de Conceição do Arroio.
Em 1934, sem consulta popular, Conceição do Arroio passa a chamar-se Osório, por ordem do interventor federal José Antônio Flores da Cunha, como forma de homenagear o marechal Manuel Luís Osório, patrono da Cavalaria nacional, ali nascido.
Localiza-se a uma latitude 29º53'12" sul e a uma longitude 50º16'11" oeste, estando a uma altitude de 16 metros. Possui uma área de 663,552 km².
Sua população era de 44.190 habitantes em 2016, segundo o IBGE. É o município mais importante do litoral norte do Rio Grande do Sul, sendo um grande polo para a planície costeira gaúcha em diversas categorias.
É conhecido como "Cidade das Lagoas", por ter uma rede de 23 lagoas, muitas delas interligadas, e "Cidade dos Bons Ventos", devido aos grandes ventos desta região.
Economia
Historicamente, no período de 1921 a 1960, a exploração das vias navegáveis de Osório a Torres transformou-se em um meio de comunicação e transporte de Osório-Torres, e foi importante para o desenvolvimento econômico, cultural e educacional, não só para o município de Osório como para todo o litoral norte.
Em razão dos ventos, em Osório foi construída em 2007 a segunda maior usina eólica da América Latina e terceira maior do mundo, o Parque Eólico de Osório, ficando atrás em tamanho apenas dos Estados Unidos da América e do Parque Eólico de Santa Vitória do Palmar, no mesmo estado do Rio Grande do Sul. No Brasil hoje é produzido pouco mais de 28 MW de energia eólica, em Osório são mais de 150 MW. Em complemento a isso, como destaque turístico, a sede do Aeroclube de Planadores Albatroz.
Turismo
Praias
Com seus dois balneários, Atlântida Sul e Mariápolis, é passagem para quem se dirige às demais cidades do litoral gaúcho.
Lagoas
Osório possui 23 lagoas em seu território, e entre essas há uma rede de lagoas interligadas por canais e rios, navegável até Torres, é um dos maiores complexos lagunares do Brasil com 29 lagoas. Possibilita a navegação a prática de esportes aquáticos e náuticos. Os ventos garantem o divertimento.
Mirante
No dia 16 de dezembro de 2009 foi inaugurado um mirante com visão de 360º no Morro da Borússia. O mirante é uma plataforma de 50 metros quadrados, garantindo uma visão privilegiada da faixa litorânea, do parque eólico e do complexo das lagoas, além da parte posterior do morro.
Eventos
Baile Municipal de Carnaval, em fevereiro/março; Rodeio Crioulo Internacional, Tafona da Canção Nativa, em março/abril; Micro Osório, Feira Agropecuária, em março/ abril; Festa do Divino Espírito Santo, em junho; Fórum Internacional de Educação e Feira do Livro, em agosto; Sesmaria da Poesia Gaúcha e Sesmaria da Poesia Estudantil, em setembro; Semana Farroupilha, em setembro; Festa de Nossa Senhora do Rosário – Maçambiques - em outubro; Festigula, durante o segundo semestre; Encontro Interestadual de Corais, em outubro; Festival Gaúcjo de Teatro Amador e Mostra Osoriense de Teatro Estudantil, em outubro; Semana da Consciência Negra, em novembro; Festa de Nossa Senhora da Conceição, em dezembro; Semana de Osório, em dezembro; e Festival de Terno de Reis e Natal Luz, também em dezembro.
Reveillon
No Reveillon de Osório: muitas pessoas vão até o Mirante. Na virada de 2009 - 2010, tinham mais ou menos 150 pessoas no mirante para ver os fogos de artificío das praias de Tramandaí, Capão da Canoa e Imbé. O mirante oferece uma vista panorâmica dessas praias. Todos os anos isso ocorre.
Monumentos e prédios históricos
Catedral Nossa Senhora da Conceição
É a segunda igreja do município, erguida no local onde foi construída a primeira, situada junto a Praça Nossa Senhora da Conceição.
Igreja Matriz Nossa Senhora do Caravaggio
Em 1987, foi construído o Salão Paroquial para atender a comunidade do bairro Caravágio. Sete anos depois, 1994, é criada a Igreja Nossa Senhora do Caravaggio, em homenagem à santa do mesmo nome. Em 2001, torna-se Igreja Matriz.
Biblioteca Pública Municipal Fernandes Bastos
A Biblioteca Pública Municipal funciona desde 1985 no prédio antigo da Prefeitura, que foi construído em meados do século XIX. Ela conta com um grande acervo literário e um bom espaço para estudos, pesquisas e lazer. Apresenta a Sala Verde cujo acervo é voltado ao meio ambiente e a Sala de Leitura Infantil, voltada ao público mirim.
Casas das Antenas
As paredes externas de cinco casas, que abrigam antenas no Morro da Borússia, receberam pinturas em estilo grafite. Essas pinturas expressam, artisticamente, as etnias do município que o colonizaram, como os moçambiques e aspectos atuais do cotidiano, tais como os visitantes e praticantes do voo livre. É a arte retratando o passado, a história da cidade e, ao mesmo tempo, contemplando o presente, o mundo contemporâneo.
Largo dos Estudantes Sônia Chemale
Ao lado da Biblioteca Municipal está situado o Largo dos Estudantes, que foi inaugurado em 1996. Possui uma bela área de lazer com um palco para a realização de espetáculos, espaço para as crianças brincarem e adolescentes e adultos passearem.
Mirante do Morro da Borússia
Acesso asfaltado pela estrada Romildo Bolzan. Na estrurura é possível apreciar a serra, as lagoas, o mar, a sede da cidade, as praias vizinhas e o Parque Eólico. A lindíssima vista também compensa a subida através de uma trilha ecológica que vai da base até o topo do morro.
Monumento do Sesquicentenário
O Monumento foi inaugurado em 15 de dezembro de 2007 em comemoração aos 150 anos do município e representa em sua arte, a evolução das antigas carretas de boi até as modernas instalações do Parque Eólico. O Município de Osório (antiga Conceição do Arroio) emancipou-se de Santo Antônio da Patrulha em 16 de dezembro de 1857. Está localizado na RS 030, entrada da Rua Marechal Floriano Peixoto.
Muro “As Sete Maravilhas de Osório"
A pintura do muro retrata as maravilhas de Osório, expressando as belezas do município e resgatando a sua história guardada na memória, nas fotografias, nos livros e nos jornais. Foi uma homenagem das Escolas Municipais aos 150 anos da cidade, realizando uma reeleitura de monumentos antigos, pontos e prédios históricos, espaços de lazer esquecidos, que renascem no retrato do muro através da arte. O Muro está localizado na Rua Santos Dumont em frente a praça do Bairro Albatroz, no muro da garagem de máquinas da Prefeitura.
Museu Antropológico de Osório Leonel Montovani
O museu osoriense foi inaugurado em 1982, e hoje, está locado no segundo piso do prédio da Biblioteca Municipal. É a sede do Pólo Cultural do Litoral Norte do RS. Dispõe de um acervo com cerca de 200 objetos, resgatando a cultura dos antepassados da região, a açoriana e a afro-brasileira (Maçambiques); bem como, sua evolução e o conhecimento da história de outras regiões, através de amostras, exposições permanentes e itinerantes.
Museu da Via Férrea
O Museu foi inaugurado em 19 de maio de 2008 e é uma cópia fiel da estação que existia no mesmo local. Apresenta um pouco da história do transporte ferroviário na região, com réplicas de locomotivas, fotos históricas, maquetes e objetos ligados ao transporte ferroviário. Também mostra a história da navegação lacustre com fotos do antigo porto.
Parque Municipal de Rodeios Jorge Dariva
O Parque de Rodeio ocupa uma área de 20 hectares arborizado com mata nativa. Foi fundado em 1975, no antigo Jóquei Clube do município. É um espaço destinado à realização de grandes eventos culturais ligados às tradições gaúchas; entre elas, o Rodeio Crioulo Internacional com provas campeiras e apresentações artísticas. Possui uma boa infraestrutura para atender os visitantes e o campista; um anfiteatro, parcialmente coberto; sanitários e churrasqueiras.
Praça das Carretas
Praça de excelente infraestrutura para o lazer e recreação. Possui um amplo calçadão; pracinha para as crianças; quadras de esportes; cancha de bocha; aparelhos de ginástica ao ar livre; bancos para descanso e sanitários. Com área arborizada, agradável para o convívio familiar e poder tomar o chimarrão. Os Carreteiros, viajantes provindos das estâncias, no final do século XIX ali paravam para o descanso ou pernoite, o que explica o nome da praça.
Praça Nossa Senhora da Conceição
Praça situada no centro da cidade, em frente à Catedral, possui o monumento em homenagem ao General Osório - filho ilustre na história do município -. Preserva várias espécies vegetais, com calçadão que propicia a sua travessia e oferece descanso à sombra de suas árvores centenárias.






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49/497 Caraá-RS
Caraá é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, onde se encontra a nascente do rio dos Sinos. Originou-se de Santo Antônio da Patrulha, sendo emancipado e decretado criado em 28 de dezembro de 1995, através da Lei Estadual nº 10.641. O Município foi instalado no dia 1 de janeiro de 1997.

Os primeiros habitantes de Caraá foram os indígenas que deram o nome à localidade, devido à farta existência de um produto que servia de matéria prima para seus artesanatos, esse produto, era uma planta, que denominava caraá, uma taquara fina utilizada para ornamentação.
Bem mais tarde chegaram os luso-açorianos, iniciando um povoamento esparso, principalmente nas trilhas de tropeiros que desciam a serra em busca das terras baixas do litoral, para se dirigirem a São Paulo. Sua colonização começou com a chegada dos imigrantes e com os incentivos do Governo Federal, transformando-se o lugar na chamada Vila Nova em 1888, que levou mais progresso para o hoje município de Caraá, através dos muitos imigrantes, principalmente italianos que em Caraá se estabeleceram.
Geografia
O centro da cidade localiza-se a uma latitude 29º47'24" sul e a uma longitude 50º26'06" oeste, estando a uma altitude de 38 metros.
O município de Caraá tem uma extensão de 292,5 km² de área, fica situado na Região Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul, entre a serra, a metrópole e o mar; limitando-se ao norte, com o Município de Maquiné; ao sul, Santo Antônio da Patrulha; a leste, com Osório; e a oeste, com Riozinho. Segundo o censo realizando em 2016, a população total da cidade é de 7.918 habitantes, com uma densidade demográfica de 24,8 hab/km². A taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais (2010) é de 11,98 %. A expectativa de vida ao nascer (2000) é de 74,05 anos. O coeficiente de mortalidade infantil (2010) é de 17,86 por mil nascidos vivos.
Município eminentemente agrícola tem como produção primária a cana-de-açúcar, típica da região, e a consequente fabricação artesanal do açúcar mascavo e da cachaça. Os produtos hortigranjeiros, especialmente o repolho, a beterraba, o tomate, entre outros, as lavouras de médio porte de feijão, milho, fumo, arroz, aipim, batata-doce e as pequenas lavouras de subsistência como convém a uma região tipicamente de minifúndio, somados ao bom parque de produção de suínos e gado bovino, completam a base econômica do Município.
População
A composição étnica da população caraense é formada por uma mescla de várias raças, como: alemães, portugueses, poloneses e grande maioria italianos.









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50/497 Santo Antônio da Patrulha-RS

História
Em 1760 foi elevada à condição de freguesia, em 1809 passa a vila e em 3 de abril de 1811 foi instalado o Município de Santo Antônio da Patrulha, que recebeu essa denominação em função das patrulhas instaladas em seu território objetivando a cobrança de impostos para a Coroa. É, ao lado de Porto Alegre, Rio Pardo e Rio Grande um dos quatro primeiros municípios do Estado.
As origens desse povoado remontam à própria história do Estado. Com a fundação da Colônia de Sacramento em 1680, cresce o interesse dos colonizadores portugueses em povoar e defender o território meridional do Brasil. Por volta de 1736 é aberta por Cristóvão Pereira de Abreu a Estrada dos Tropeiros. Devido ao contrabando de gado que passava por essa estrada, surgiu um "Registro" ou "Guarda", mais tarde chamada patrulha. Essa fiscalizava e cobrava impostos dos rebanhos que passavam por ali e seguiam para Sorocaba e Minas Gerais.
Esse aquartelamento, é responsável por parte do nome do município, que antes se chamava Guarda Velha de Viamão. No início de 1743, se estabelece efetivamente na atual sede do município com "roças e casas", Inácio José de Mendonça e Silva, que servia como soldado nessa "Guarda". Ele e sua esposa, Margarida Exaltação da Cruz são considerados os fundadores do município, pois resolveram construir em suas terras uma Capela onde hoje localiza-se a Pira, na Av. Borges de Medeiros. A Capela levara o nome de Santo Antônio, e, em volta dessa, começa a surgir um povoado.
Em 1760, foi inaugurada a Capela Curada de Santo Antônio da Guarda Velha de Viamão, e no seu entorno passou a organizar-se uma vida administrativa e social. Esse núcleo que atendia todo o Litoral Norte e parte da Serra aos poucos foi crescendo e em 1809 participou da divisão do Estado em quatro municípios.
A presença de casais açorianos em Santo Antônio da Patrulha deu-se por volta de 1760, sendo alguns fugidos de Rio Grande devido a invasão de espanhóis e outros avulsos. Mas só em 1771 que oficialmente o Governador da Capitania recebeu ordens de assentar casais açorianos em Santo Antônio da Patrulha. Recebiam - DATAS - pedaços de terra de tamanho variável. Segundo o Monsenhor Ruben Neis, foram 28 casais que se localizaram entre a sede do povoado (hoje a Vila de Santo Antônio da Patrulha) e as terras da Lagoa dos Barros. Alguns imigrantes abandonaram suas datas buscando terras em outras localidades, enquanto outros ilhéus ou descendentes os sucediam. A partir daí torna-se morfologicamente definido o primeiro núcleo de povoamento, que é hoje um núcleo histórico localizado na Cidade Alta.
Os Campos do Litoral Norte do Rio Grande do Sul favorecem a criação de rebanhos bovinos e equinos e, a partir de 1743, são distribuídas as primeiras sesmarias, geralmente a paulistas e lagunistas, nos Campos de Tramandaí, como era referido o Litoral Norte do Rio Grande do Sul na época.[6].
Localiza-se a 29º49'03" de latitude sul e 50º31'11" de longitude oeste, a uma altitude de 131 metros. Sua população estimada em 2017 era de 42.333 habitantes.
Possui uma área de 1069,3 km². É um município que conta com as águas do rio dos Sinos e da lagoa dos Barros.



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51/497 Glorinha-RS

Pertence à Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre e à Microrregião Porto Alegre. É um município que conta com as águas dos rios Gravataí e dos Sinos.
O município apresentou o segundo maior crescimento do PIB entre os municípios gaúchos (1996-2006), com taxas de 1.583,32%.
Área 323,641 km² [2]
População 7 588 hab. est. IBGE/2016[3]
Densidade 23,45 hab./km²
Altitude 54 m
Clima temperado




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52/497 Gravataí-RS

Gravataí é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul pertencente à microrregião de Porto Alegre e Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre, localizando-se a norte da capital do estado, distando desta cerca de 23 km, sendo um dos 32 integrantes da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). Ocupa uma área de 463,758 km², sendo 121,37 km² em perímetro urbano,[9] e sua população foi contada no ano de 2016 em 273 742 habitantes, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,[10] classificado então como o sexto mais populoso do estado e o terceiro da RMPA.[10]
A sede tem uma temperatura média anual de 20,1°C e na vegetação do município predomina a mata atlântica. Com uma taxa de urbanização da ordem de 91%, o município contava, em 2009, com 71 estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,736, considerando elevado se comparado ao país.[6]
Gravataí foi originalmente fundada em 1763, embora a emancipação oficial tenha vindo somente em 1880. A versão de sua etimologia é a de que o nome seja uma junção entre o nome de uma espécie de Apiácea (antiga Umbelífera), gravatá, que existia em abundância na região, e a palavra hy, que na língua guarani significa rio.[11] Atualmente sua principal fonte de renda é o setor industrial, tendo o Complexo Industrial Automotivo de Gravataí da General Motors como importante fonte de lucros, fazendo da cidade um polo da indústria metal-mecânico brasileira.[12]
O município conta ainda com uma importante tradição cultural, que vai desde o seu artesanato até o teatro, a música e o esporte. Um dos principais e o mais tradicional clube de futebol é o Cerâmica Atlético Clube, fundado em abril de 1950.[13] Gravataí também é sede de diversos eventos anuais, como a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a Festa das Bromélias e a Volta Ciclística Internacional de Gravataí, além de possuir diversos pontos turísticos, como o Museu Municipal Agostinho Martha, cujo acervo conta a história colonial da região do Vale do Rio Gravataí.
Ao expandir seus domínios para o sul da América no século XVIII, a Coroa Portuguesa concedia cartas de sesmarias a quem já habitava a região, com o intuito de povoá-la. Pedro Gonçalves Sandoval, natural de Lima (Peru), recebeu a primeira sesmaria, pois já habitava o chamado rincão de Gravataí, nos campos de Viamão.[15] Nesta época, o capitão João Lourenço Veloso também recebeu sua sesmaria, dando posse das terras que habitava no mesmo rincão, mais a nordeste, próximo ao Morro Itacolomi. Parte dessas terras seria comprada pela coroa portuguesa para assentamento da então Aldeia dos Anjos. Era o primeiro arranchamento da aldeia, transferido posteriormente para as atuais terras centrais de Gravataí.[15]
Desde tempos pré-coloniais que Portugal e Espanha avançavam um no território de outro; por esse motivo em 1750 assinaram o Tratado de Madrid, estipulando que Portugal devolveria a Colônia do Sacramento, fundada em território espanhol em troca dos Sete Povos das Missões, mais a nordeste. Para povoar os Sete Povos das Missões, os portugueses trariam colonos do superpovoado arquipélago dos Açores. Como consequência do acordo e do posterior Tratado de Santo Ildefonso (1777), os guaranis que habitavam os Sete Povos das Missões deveriam deixar a região. Como os índios não aceitaram abandonar as terras, teve início a Guerra Guaranítica. Em consequência da guerra, milhares de índios fugiram para o território português, estabelecendo-se nas imediações do Rio Pardo, atualmente rio Santa Maria. Desse contingente de refugiados, cerca de mil índios guaranis foram trazidos, em 1762, pelo Capitão Antônio Pinto Carneiro para as proximidades do rio Gravataí, dando início ao povoamento da Aldeia dos Anjos. Note-se que a Aldeia já existia de fato antes de sua data oficial de fundação, em 8 de abril de 1763. Com a confusão gerada pela Guerra Guaranítica, os colonos açorianos que originalmente seriam assentados nos Sete Povos das Missões tiveram que ocupar outras áreas, ou seja, o Vale do rio Jacuí (centro do estado) e o Vale do rio Gravataí.[15]
Com a chegada de José Marcelino de Figueiredo, Governador da Província de São Pedro, em 1772, a Aldeia dos Anjos começou a se desenvolver. José Marcelino de Figueiredo urbanizou o aldeamento, construindo escolas, olarias e moinhos. Os índios Tapes, foragidos das Missões Jesuíticas do Uruguai, foram estabelecidos em Gravataí por Marcelino de Figueiredo, que os fez aprender a cultura do trigo a que mais tarde se dedicaram.


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53/497 Nova Santa Rita-RS

A região onde o território de Nova Santa Rita está localizado era habitada por índios carijós, taba do tronco tupi, até o início das primeiras incursões de bandeirantes e de tropeiros, a partir de 1732. As incursões eram realizadas no propósito de buscar escravos indígenas e caçar gado, mulas e cavalos xucros. Mais tarde, os tropeiros passaram a se radicar no Sul do Brasil, transformando-se em estancieiros e solicitando a concessão de sesmarias.
A partir de 1824 os colonizadores alemães começaram a povoar a região costeira ao Rio dos Sinos. Com o crescimento da população nessa região, em 1º de abril de 1846 foi fundado o município de São Leopoldo.
Santana do Rio dos Sinos - São Leopoldo
A região de Nova Santa Rita era denominada de Picada do Vicente, com núcleos populacionais concentrados apenas às margens dos rios dos Sinos e Caí. Essa localidade pertencia a Santana do Rio dos Sinos (hoje, Capela de Santana), que, na época, era 3º Distrito de São Leopoldo.
Em 1 de maio de 1875, Santana do Rio dos Sinos é emancipada de São Leopoldo, junto com a Vila de São Sebastião do Caí e a Freguesia de São José do Hortêncio, formando o município de São Sebastião do Caí. Dessa forma, Picada do Vicente passou a ser 6º Distrito de São Sebastião do Caí.
De Picada do Vicente a Santa Rita
A partir de 1875, famílias vindas de Portugal passaram a se estabelecer nas regiões mais altas de Picada do Vicente, não próximas aos rios Caí, Jacuí e dos Sinos.
Em 11 de fevereiro de 1884, Justino de Souza Baptista e sua mulher Rita Carolina Martins doaram uma área de terras para a construção de uma igreja que fosse dedicada a Santa Rita, a qual Rita era devota. Com o apoio de famílias portuguesas e alemãs recém-chegadas, o templo começou a ser erguido e uma imagem de Santa Rita foi encomendada de Portugal por Justino Baptista.
A inauguração da capela se deu em 22 de outubro de 1896, sendo constituída de um altar, um confessionário, a imagem de Santa Rita, alguns bancos, a via-sacra e um órgão. O atendimento religioso era prestado por padres vindos da Paróquia Santa Ana, de Santana do Rio dos Sinos.
Com o tempo, a localidade foi crescendo, bem como as devoções religiosas, o que fez com que o lugar passasse a ser denominado de Santa Rita.
Em 1891 foi erguido o primeiro templo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, em área doada por Zeferino José de Moraes Fraga. Curiosamente, a área doada para a Igreja Anglicana ficava próxima às terras doadas por Justino Baptista à Igreja Católica, o que gerou, nos primeiros tempos, pequenos conflitos entre católicos e anglicanos.
Em 27 de junho de 1939, é fundado o município de Canoas, que acabou absorvendo em seu território toda a área de Santa Rita, antes pertencente a São Sebastião do Caí. Dessa forma, Santa Rita passou a ser 2º Distrito de Canoas.
Crescimento do 2º Distrito de Canoas
Até o final da década de 1940, a principal atividade desenvolvida no território de Santa Rita era a agricultura, com o cultivo de aipim, melancia, melão, pepino, moranga e hortaliças. Ao longo das margens dos rios Caí e dos Sinos, haviam olarias que estabeleciam pequenos vilarejos de empregados, proporcionando o desenvolvimento de comércios locais. Na localidade denominada Caju, havia pequenos moinhos de trigo e milho, que eram despachados para diversas localidades pelo pequeno porto existente junto ao Rio dos Sinos.
A partir da década de 1950, uma indústria produtora de cimento, pertencente à Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, estabeleceu-se na localidade de Morretes, desenvolvendo a localidade através da geração de empregos diretos e indiretos. Atualmente, a fábrica pertence ao grupo InterCement.
Em 1972 foi inaugurado o primeiro trecho da Rodovia BR 386, que compreendia um traçado entre os municípios de Canoas e Tabaí. A nova estrada facilitou o transporte de mercadorias e o deslocamento das pessoas de Santa Rita para outras localidades, uma vez que o acesso ao município só era possível, por terra, a partir de Portão ou Capela de Santana. Para ir para Canoas, Porto Alegre, Montenegro ou Triunfo, era necessário fazer travessia por balsa ou viajar em barcos a vapor ou a gasolina que percorriam os rios Caí e dos Sinos.
Outro fator importante com a inauguração da Rodovia BR 386 foi o estabelecimento de empresas ao longo da estrada, que passaram a gerar empregos e a desenvolver o comércio local.
A luta pela emancipação e a criação do município
Mesmo com considerável desenvolvimento a partir da década de 1970, o então 2º Distrito de Canoas enfrentava sérios problemas como a falta de infraestrutura de estradas, transporte público e acesso a serviços públicos. Por ter população inferior a de outros bairros de Canoas, as demandas de Santa Rita nem sempre tinham prioridade na pauta de resoluções dos poderes públicos.
Em 1987, um movimento emancipacionista foi formado no intuito de tornar Santa Rita um novo município. O plebiscito realizado acabou decidindo pela não separação de Santa Rita de Canoas.
Em 1991, uma nova comissão pró-emancipação foi formada e o plebiscito realizado em 10 de novembro obteve vitória pela emancipação, com mais de 64% dos votos válidos.
Em 20 de março de 1992, através da Lei Estadual nº 9.585/1992, sancionada pelo governador Alceu Collares, foi criado o município de Nova Santa Rita. Em 3 de outubro do mesmo ano foi realizada a eleição municipal que elegeu o primeiro prefeito da nova cidade, Odone Machado Ramos, e a primeira legislatura da Câmara Municipal, composta por nove vereadores.
Geografia
Pertence à Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre e à Microrregião Porto Alegre. Limita-se com os seguintes municípios: Canoas, Esteio, Portão, Montenegro, Triunfo e Sapucaia do Sul. É banhada pelos rios Caí, Sinos e Jacuí.
O município conta com as águas do Rio dos Sinos. A principal via de acesso do município é a BR-386.
Área 217,868 km² [2]
População 26 086 hab. est. IBGE/2016[3]
Densidade 119,73 hab./km²



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54/497 Tabaí-RS

Localiza-se a uma latitude 29º38'35" sul e a uma longitude 51º40'56" oeste, estando a uma altitude de 79 metros. Sua população estimada em 2010 era de 4.131 habitantes.
Base econômica
Tabaí tem sua economia baseada no agrosilvopastoril, onde predomina a pequena propriedade rural diversificada. Na agricultura destacam-se os cultivos de milho, mandioca, cana-de-açúcar, laranja, feijão, fumo, hortifrutigranjeiros e melancia. Na pecuária predomina o gado de leite e corte, com 4.000 cabeças. A produção de leite aproxima-se dos 1.945 milhões de litros/ano. A piscicultura e suinocultura também vem ganhando importância na economia do município. Na silvicultura destacam-se o cultivo de acácia-negra, com área de plantio de 2.120 hectares, com produção de 160 metros stereo/hectare e mais de 15 toneladas de casca. A produção de eucaliptos ocupa uma área de 3.405 hectares, com produção de 300 metros stereo/hectare. Outra produção que merece atenção é a do carvão vegetal que, atualmente está sendo cadastrada pelo órgão ambiental municipal. Indústria, Comércio e Serviços: existem indústrias de calçados, materiais plásticos, beneficiamento de madeira, carvão vegetal, entre outras. O comércio apresenta lojas como padarias, agropecuárias, oficinas mecânicas, farmácias, açougues, entre outras.




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55/497 Lajeado-RS

Lajeado é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, situado a 112km da capital, Porto Alegre.
Pertence à mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense e à Microrregião de Lajeado-Estrela, sendo sua cidade mais populosa. Com uma população estimada em 79.819 habitantes[5] distribuída em apenas 91,16 km², é uma das dez cidades com maior densidade populacional do estado.[6]
Com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,778,[7] Lajeado é a 16ª cidade com melhor qualidade de vida do estado, e, junto a Bento Gonçalves, é a terceira entre municípios com mais de 50 mil habitantes, atrás apenas de Porto Alegre e Caxias do Sul.
De acordo com o ranking da FIRJAN de cidades mais desenvolvidas do Brasil, Lajeado ocupa a 13ª posição, sendo a primeira do Rio Grande do Sul.[8][9] É apontada também como a 7ª melhor cidade para se viver após os 60 anos em cidades entre 50 e 100 mil habitantes, ocupando o primeiro posto dentre os municípios gaúchos, de acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.[10]
O nome Lajeado vem do ponto de referência que se dava às sesmarias. No Rio Taquari e no Arroio do Engenho, as águas formavam cascatas sobre lajeiros, daí o nome da cidade. Entretanto, em virtude da barragem de Bom Retiro do Sul, os lajeados do Taquari, bem como suas cascatas, estão submersos.
Antônio Fialho de Vargas foi o fundador e patriarca de Lajeado. Tendo sido um dos primeiros a estabelecer-se por Lajeado, adquirindo fazendas e estabelecido casa, senzala e demais dependências, além de ter promovido a colonização local. As terras foram inicialmente comercializadas pela imobiliária Batista Fialho & Cia.
Primeiramente, pertenceu o município de Lajeado ao de “Vila Príncipe” (Rio Pardo), criado pelo Alvará Régio de 27 de abril de 1809, juntamente com Porto Alegre, Rio Grande e Santo Antônio da Patrulha. Eclesiasticamente, ficou submetida à Freguesia de Taquari.
Uma vez criada a Freguesia de Estrela pela Lei 875 de 2 de abril de 1873, a ela foi incorporada o território de Lajeado pela Lei 916 de 24 de abril de 1874. Pela Lei 963 de 29 de março de 1875, foi instituído como 2° Distrito de paz da Freguesia de Estrela, compreendendo o território situado a margem direita do Rio Taquari (Lajeado, Arroio do Meio, Encantado e Guaporé).
Pela Lei 1.044 de 20 de maio de 1876 foi criado o município de Estrela, dele fazendo parte o Distrito de Lajeado.
Mais tarde em 27 de maio de 1881, pela Lei provincial 1351, foi criada uma freguesia no 2° Distrito de paz de Estrela, sob a invocação de Santo Inácio. Finalmente pelo Ato 57 de 26 de janeiro de 1891 foi criada a Vila de Lajeado, cuja instalação deu-se em 25 de fevereiro do mesmo ano.
Até 20 de outubro de 1891, a nova comunidade foi administrada por uma Junta Municipal, presidida por Frederico Henrique Jaeger. A 15 de novembro de 1891, foi empossado o 1° Conselho Municipal, e eleito o intendente Frederico Heineck.
A 20 de fevereiro de 1892, foi dissolvido o Conselho Municipal pelo então governador do Estado e nomeada uma Comissão para gerir os negócios da comunidade. A 19 de agosto de 1892, tomou posse do cargo de Intendente Provisório Bento Rodrigues da Rosa que administrou o município até 1894, quando foi substituído por Joaquim de Moraes Pereira. Em 1895 este foi substituído por Júlio May.
Pelo Decreto 618 de 6 de maio de 1903, instituiu a Comarca do Vale do Taquari, com sede em Lajeado, abrangendo o termo de Estrela.
Em 20 de dezembro de 1939, foi a Vila de Lajeado elevada à categoria de cidade.
Colonização de Lajeado
A colonização de Lajeado remonta a 1853, com o estabelecimento da Colônia Conventos, fundada por Antônio Fialho de Vargas. Ficava esta colônia situada no lugar denominado Conventos Velhos, próximo a atual sede do município, onde por volta de 1830 se estabelecera José Inácio Teixeira, “dono de muitos escravos” que construiu casas e adquiriu alguns lotes de terras repassando tudo para Antônio Fialho de Vargas. Em 1835 já havia muitos moradores em ambas as margens do Rio Taquari. Fialho de Vargas fez grandes derrubadas de matos e vendeu lotes de terras a pessoas de outros municípios que atraídos pela grande quantidade de terras para lavouras, mudaram-se e fixaram residência no território que aos poucos foi se desenvolvendo.
Em 1855 recebia a Colônia Conventos os primeiros imigrantes e, em 1857, já possuía 168 habitantes, dos quais 81 homens e 87 mulheres, sendo 49 deles chegados naquele ano da Europa. No ano seguinte chegavam mais 20 colonos, ficando assim distribuída a população segundo religião e a nacionalidade: 76 brasileiros e 112 alemães, sendo 71 católicos e 117 protestantes. Deste total, 100 eram do sexo masculino e 88 do feminino. A colônia produzia feijão, milho, batatas, trigo, favas e cevada.
No ano de 1860 a população já havia aumentado para 231 indivíduos.
Houve também imigração italiana, notadamente nos antigos distritos de Marques de Souza, Progresso e Fão, iniciada anos mais tarde. Também houve colonização de luso-brasileiros em menor escala.[11]



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