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266/497 Garibaldi-RS
Localiza-se a uma latitude 29º15'22" sul e a uma longitude 51º32'01" oeste, estando a uma altitude de 617 metros. Sua população estimada, em 2016, era de 33.384 habitantes.

História
Antes da colonização europeia da região, a atual região ocupada pelo município era território habitados pelas etnias indígenas dos caingangues e guaranis.
Garibaldi guarda, em sua arquitetura antiga, nas igrejas que representam o centro dos povoados, nos capitéis de beira de estradas do interior, pedaços de história de sua origem e de seu povoamento. Privilegiada em belezas naturais, localiza-se na região denominada Encosta Superior do Nordeste, no Rio Grande do Sul.
Surge, em 1870, a Colônia Conde d'Eu, em homenagem ao genro do imperador, casado com a Princesa Isabel.
Na segunda metade do século XIX, os imigrantes chegavam ao Rio de Janeiro e eram confinados na Ilha das Flores, e seguiam viagem ao Sul em vapores de precárias condições. Chegando em Porto Alegre, eram encaminhados para alojamentos superlotados, seguindo em barcos até Montenegro. Para chegar em Conde d'Eu, a viagem poderia durar até três dias por uma estrada que muitas vezes não permitia a passagem das carroças, fazendo com que as pessoas tivessem de carregar suas bagagens, utensílios e alimentos nas costas por longos trechos.
Entre julho e agosto de 1870, chegaram cerca de 15 famílias prussianas (alemãs), que aqui encontraram alguns portugueses e índios kaingangs. Estes imigrantes recebiam do governo ajuda para construir sua casa e ferramentas para iniciar a lavoura. Viviam da troca de víveres e tarefas diversas, sendo que o trabalho em construção de estradas era remunerado pelo governo, porém o pagamento demorava muito a chegar aos trabalhadores.
Em 1874, com a abertura duma picada em Figueira de Mello, houve um aumento do fluxo de imigrantes. E iniciou a vinda dos imigrantes italianos, provenientes em sua maioria do Norte da Itália.
Os colonos tiveram que mover guerra contra as feras e animais selvagens: suçuaranas, onças, antas, graxains, cobras peçonhentas, entre outras. Fizeram a derrubada das matas, construíram suas casas primeiramente em madeira e depois em alvenaria; organizaram ricas e amplas lavouras de trigo, milho, cevada e aveia, além da videira.
Procuravam se agrupar nas práticas religiosas, erguendo capelas, onde se encontravam para rezar, conviver, celebrar e esquecer da saudade da pátria longínqua.
Com o progresso da colônia, começou o processo de emancipação. Em 12 de abril de 1884, a Colônia Conde d'Eu foi elevada à categoria de freguesia (Freguesia de São Pedro). Em 31 de outubro de 1900, a freguesia se emancipou e foi batizada com o nome de Garibaldi, em homenagem ao herói farroupilha Giuseppe Garibaldi.
Considera-se a enorme importância no desenvolvimento e história de Garibaldi a chegada das famílias sírias: Koff, Nehme, Mereb, Lahude e Nejar, que desenvolveram o centro desta cidade com suas grandes casas comerciais.
O tropeirismo também teve importância fundamental no desenvolvimento de Garibaldi, pois uma das principais rotas birivas do Rio Grande do Sul foi a Estrada Buarque de Macedo, que ligava Lagoa Vermelha a Montenegro. Grandes casas comerciais e hotéis se desenvolveram ao largo desta estrada, com paradouro também para os animais, bem como a criação da alfândega (que denomina, hoje, o bairro onde estava localizada), onde eram fiscalizados as tropas ou os produtos comercializados. Muitos tropeiros já eram recebidos aqui como membros da família, e se habituaram ao modo de vida dos colonos, acabando por fazer de Garibaldi não só seu ponto de passagem, mas também sua moradia, como Manoel da Silva, Hermenegildo Bento de Almeida Mascarenhas, Manuel Carlos de Mello, Tertuliano Varella, Silvério Araújo, e Custódio Nunes.
Economia
Sua colonização foi feita por uma mistura de etnias europeias, mas, apesar da diversificação, a cultura italiana predomina. É a "terra do espumante". As vinícolas são as maiores atrações: 80% do espumante e 60% do vinho nacional são fabricadas na região de Garibaldi e Bento Gonçalves. Vinícolas como "Chandon", "Cooperativa Vinícola Garibaldi", dentre outras, permitem a visitação e degustação.
Contrastando com a sofisticação do espumante, Garibaldi é o maior produtor de frango do Rio Grande do Sul e segundo do Brasil.
Existem prédios históricos como o antigo prédio da Biblioteca Pública, à Rua Buarque de Macedo, que é a parte mais antiga da cidade, assim como a Piccola Garibaldi (traduzido do italiano, "Pequena Garibaldi") - réplica da cidade no início do século XX. Para gastar o excesso de espumante, pode se fazer passeios de jipe entre parreiras e mata nativa.
Cidade-irmã
Garibaldi é geminada com a cidade de:
Itália Conegliano, na Itália
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267/497 Carlos Barbosa-RS
Carlos Barbosa é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Seu nome é uma homenagem a Carlos Barbosa Gonçalves, governador do estado durante a República Velha. É, sobretudo graças à equipe ACBF, a Capital Nacional do Futsal.[6]
No município, localizam-se as sedes das indústrias Tramontina e Cooperativa Santa Clara, que possibilitaram uma mudança significativa na economia local e comércio.

História
A história de Carlos Barbosa começa por volta de 1855, com a vinda dos primeiros imigrantes alemães. Mas, o maior impulso ao desenvolvimento da localidade aconteceu na década de 1870, com a chegada dos imigrantes italianos, que constituíam o grupo mais numeroso que aqui se estabeleceu, fixando-se em quase todas as localidades do município. São procedentes de oito regiões da Itália, sendo que a maior parte veio do Vêneto e da Lombardia.
Primeira Secção do Caminho Geral, Trinta e Cinco e Santa Luiza, foram os primeiros nomes dados à localidade. Em 25 de janeiro de 1910, o intendente de Garibaldi deu-lhe a denominação oficial e definitiva, de Carlos Barbosa, em homenagem ao então Governador do Estado, Carlos Barbosa Gonçalves, em cuja gestão (1909 a 1913) foi construída a ferrovia Montenegro-Caxias do Sul.
Em 25 de setembro de 1959, foi assinado pelo então governador do estado Leonel Brizola, o decreto de criação do novo município de Carlos Barbosa.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 29º17'51" sul e a uma longitude 51º30'13" oeste, estando a uma altitude de 676 metros. Possui uma área de 208,16 km². No censo de 2010 foi registrado a população de 25.101 habitantes.
Economia
A economia do município baseia-se principalmente no setor industrial onde destaca-se na produção de talheres, panelas, pias e equipamentos elétricos (Tramontina), calçados, esquadrias de madeira, móveis, leite e derivados (Cooperativa Santa Clara), entre outros.
Na agropecuária destaca-se a criação de gado leiteiro e a cultura de batata e milho, entre outras.
Turismo
As atividades turísticas do município estão fundamentadas na natureza exuberante, característica da região, bem como nos atrativos históricos deixados pelos imigrantes. Recentemente a administração municipal, através de concurso público, oficializou a logomarca turística do município de Carlos barbosa, incentivando assim o fortalecimento da identidade visual da cidade.
A Marca possui como foco principal os trilhos e a Estação Ferroviária de Carlos Barbosa, juntamente com a caixa d’água que abastecia todo o município, símbolos históricos do desenvolvimento do município. Também inserida nesta composição está a torre, elemento marcante do centro da cidade e muito apreciada pelos barbosenses e turistas.
Ao lado da Estação estão três faixas que possuem significados específicos, e que traduzem o desenvolvimento do município. A faixa cinza representa o metal, remetendo às antigas ferramentas inicialmente fabricadas pela Tramontina e sua representatividade para a economia de Carlos Barbosa, bem como todas as outras indústrias metalúrgicas que aqui se firmaram. A faixa laranja faz alusão à ACBF, reconhecida mundialmente por suas conquistas esportivas. Por fim, a faixa amarela representa os deliciosos queijos que Carlos Barbosa produz, provenientes da significativa produção leiteira da cidade.
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268/497 Caxias do Sul-RS
Área 1 643,913 km²
Área urbana 65,5 km²
População 504 069 hab. (BR: 47º RS: 2º) – est. IBGE/2018

Caxias do Sul é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se no nordeste do estado a uma altitude de 817 sobre o nível do mar, sendo a cidade mais importante da Serra Gaúcha; a segunda cidade gaúcha mais populosa, superada apenas pela capital Porto Alegre; e a 47º maior cidade Brasileira.
Ao longo de sua história, Caxias já foi conhecida como Campo dos Bugres (até 1877), Colônia de Caxias (1877-1884) e Santa Teresa de Caxias (1884-1890)[1]. A cidade foi erguida onde o Planalto de Vacaria começa a se fragmentar em vários vales, sulcados por pequenos cursos de água, com o resultado de ter uma topografia bastante acidentada na sua parte sul. A área era habitada por índios caigangues desde tempos imemoriais, mas estes foram desalojados violentamente pelos chamados "bugreiros"[12] abrindo espaço, no fim do século XIX, para que o governo do Império do Brasil decidisse colonizar a região com uma população europeia. Desta forma, milhares de imigrantes, em sua maioria italianos da região do Vêneto, mas com alguns integrantes de outras origens como alemães, franceses, espanhóis e polacos, cruzaram o mar e subiram a Serra Gaúcha, desbravando uma área ainda quase inteiramente virgem.
Depois de um início cheio de dificuldades e privações, os imigrantes conseguiram estabelecer uma próspera cidade, com uma economia baseada inicialmente na exploração de produtos agropecuários, com destaque para a uva e o vinho, cujo sucesso se mede na rápida expansão do comércio e da indústria na primeira metade do século XX. Ao mesmo tempo, as raízes rurais e étnicas da comunidade começaram a perder importância relativa no panorama econômico e cultural, à medida que a urbanização avançava, formava-se uma elite urbana ilustrada e a cidade se abria para uma maior integração com o resto do Brasil. Durante o primeiro governo de Getúlio Vargas houve uma séria crise entre os imigrantes e seus primeiros descendentes e o meio brasileiro, quando o nacionalismo foi enfatizado e as manifestações culturais e políticas de raiz étnica estrangeira foram severamente reprimidas. Depois da Segunda Guerra Mundial a situação foi apaziguada, e brasileiros e estrangeiros passaram a trabalhar concordes para o bem comum.
Desde então, a cidade cresceu aceleradamente, multiplicando sua população, atingindo altos índices de desenvolvimento econômico e humano e tornando sua economia uma das mais dinâmicas do Brasil, presente em muitos mercados internacionais. Também sua cultura se internacionalizou, dispondo de várias instituições de ensino superior e apresentando uma significativa vida artística e cultural em suas mais variadas manifestações, ao mesmo tempo em que passava a experimentar problemas típicos de cidades com alta taxa de crescimento, como a poluição, surgimento de favelas e aumento na criminalidade.
Origens e colonização
Antes da chegada dos imigrantes italianos, no século XIX, a região era habitada por índios caingangues. Daí, vem sua denominação antiga: Campo dos Bugres. Por ali, também passavam tropeiros em seus deslocamentos entre o sul do estado e o centro do país. Na região, os jesuítas tentaram fundar algumas reduções, embora sem sucesso.[13][14]
Na segunda metade do século XIX, em virtude da guerra de unificação italiana, aquele país europeu se encontrava em grave crise social e econômica, e os agricultores empobrecidos já não conseguiam garantir a subsistência. Nesta época, o governo imperial do Brasil decidiu empreender a colonização de áreas desabitadas do sul do país, incentivando a vinda de imigrantes da Itália, após o sucesso da iniciativa semelhante com o elemento germânico.[15] A área escolhida era então conhecida como Fundos de Nova Palmira, região formada por terras devolutas, delimitadas pelos Campos de Cima da Serra, ao norte e pela região dos vales, ao sul, de colonização alemã.[16]
O núcleo urbano primitivo da cidade em torno de 1886
Em 1875, chegaram os primeiros colonos, em sua grande parte oriundos da região do Vêneto, após enfrentarem a árdua travessia do Oceano Atlântico, que durava cerca de um mês, em navios superlotados e onde as mortes por doenças e más condições gerais eram comuns. Inicialmente, os imigrantes aportavam no Rio de Janeiro, onde permaneciam em quarentena na Casa dos Imigrantes.[13][17] Embarcavam em um vapor até o sul, chegando a Porto Alegre, onde eram encaminhados ao antigo Porto Guimarães, hoje o município de São Sebastião do Caí. Em seguida, subiam a serra, atravessando a região ainda praticamente selvagem, até chegarem ao seu destino: a área onde, hoje, é Nova Milano. Dali, se transferiram, a partir de 1876, para a chamada Sede Dante, local da futura Caxias do Sul, o centro administrativo da colônia, a primeira a ser demarcada na região, onde eram recebidos num barracão de madeira - donde o epíteto Barracão também atribuído à pequena sede colonial. Depois, distribuíram-se nos lotes rurais a eles atribuídos pelo governo. Um ano depois, já se encontravam, no local, cerca de 2 000 colonos.[13][18][19] Em 11 de abril de 1877, a denominação oficial do lugar passou a ser Colônia Caxias, em homenagem ao Duque de Caxias.[13]
Desenvolvimento
Apesar de algum auxílio oficial, as condições iniciais foram muito difíceis. As famílias permaneciam em grande parte isoladas umas das outras pela ausência ou precariedade das estradas.[20] E além de desconhecerem totalmente o ambiente ainda selvagem em que foram lançados, o ferramental de que os colonos dispunham era primitivo e escasso, e as técnicas agrícolas trazidas da Itália não se adaptavam bem ao clima e solo locais. Enquanto a casa não ficava pronta e a agricultura não dava seus frutos, o sustento vinha da coleta, da caça e da venda da madeira derrubada. Somente o empenho de cada núcleo familiar possibilitou a sua sobrevivência nos primeiros tempos, e como ela dependia do número de braços existentes, as famílias tendiam a ser numerosas. Com isso a Colônia Caxias cresceu com rapidez, também pelo contínuo afluxo de novos imigrantes, e logo estruturou sua economia numa base de subsistência. Os produtos principais eram trigo, feijão e milho, seguidos pela batata-inglesa, cevada e centeio. Introduziram-se espécies frutíferas como castanheiras, marmeleiros, macieiras, pereiras, laranjeiras e cerejeiras, e se criavam galinhas, vacas, cabras, porcos, ovelhas e coelhos. Havia adicionalmente alguma produção de mel e de seda.[21]
Uma feira agrária na 3ª Légua, zona rural de Caxias, c. 1918
Apesar deste perfil, logo se verificou algum desenvolvimento comercial e industrial na sede urbana, em essência destinados a processar e fazer circular os excedentes da produção agropecuária, aparecendo algumas casas de secos e molhados, e pequenas fábricas como funilarias, carpintarias, marcenarias, olarias, ourivesarias, ferrarias, moinhos, selarias, sapatarias e alfaiatarias, que conferiam auto-suficiência à colônia emergente.[22][23] O resultado dessa atividade pôde ser visto em 1881 na primeira Feira Agro-Industrial, origem da moderna Festa da Uva, centralizando as pequenas feiras e festas agrárias e artesanais que se realizavam na zona rural.[24] Em 1883 existiam na colônia 93 estabelecimentos comerciais para uma população de 7.359 habitantes.[23]
Em 12 de abril de 1884 a colônia perdeu sua condição de Colônia da Coroa Imperial para ser anexada ao município de São Sebastião do Caí como seu 5º Distrito, quando já tinha uma população de 10.500 habitantes. Seu nome mudou para Freguesia de Santa Tereza de Caxias, definindo-a como unidade administrativa e como possuidora de uma paróquia própria. Em 30 de outubro de 1886 a Câmara Municipal de São Sebastião do Caí estabeleceu um Código de Posturas para a freguesia de Caxias e nomeou João Muratore como seu primeiro administrador distrital, mas a administração de facto ainda continuava nas mãos dos funcionários imperiais, que viam com desconfiança os italianos como administradores. Somente em 28 de junho de 1890 os italianos conseguiram postos de comando, iniciando uma tradição, que no entanto tardaria para se consolidar. Nessa data o Presidente do Estado, tendo emancipado o distrito no dia 20, elevando-o à condição de município autônomo, nomeou a primeira Junta Governativa de Caxias, composta pelos italianos Angelo Chitolina, Ernesto Marsiaj e Salvador Sartori.[25][26] Em 1895 as linhas do telégrafo já cruzavam a vila, e em 1906 foi inaugurada a primeira rede telefônica.
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269/497 Vale Real-RS
Localiza-se a uma latitude 29º23'54" sul e a uma longitude 51º15'13" oeste, estando a uma altitude de 450 metros. Sua população estimada em 2010 era de 5.121 habitantes.

História
Localizado ao pé da serra gaúcha, à margem direita do rio Caí, Vale Real foi colonizado por imigrantes ítalo-germânicos em meados do século XIX. O antigo nome de Vale Real era Kronenthal, assim chamada até 1938 quando houve uma proibição de se falar a língua alemã. Segundo estudos, o nome Kronenthal surgiu devido a geografia do município ser constituída por um imenso vale cercado por treze morros que formam uma verdadeira coroa natural. Vale Real seria imperfeitamente traduzido do alemão, já que Kronenthal significaria, literalmente: Vale da Coroa.
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270/497 Alto Feliz-RS
Alto Feliz possui uma área de 79,173 km² e localiza-se a uma latitude 29º23'31" sul e a uma longitude 51º18'44" oeste, estando a uma altitude de 285 metros. O relevo é predominantemente montanhoso e ondulado. A população em 2016 era de 3.032 habitantes, com densidade demográfica de 36,84 hab/km².

História
A localidade de Alto Feliz nasceu com a criação da "Colônia Feliz". Os colonizadores alemães, que chegaram no ano de 1846, estabelecendo-se no alto de um morro denominado "Batatenberg" (Morro das Batatas). Lá construíram sua primeira igreja, que se tornaria Paróquia em 1877. Os protestantes ergueram a primeira escola, por volta de 1850, no mesmo núcleo de povoação. Os italianos chegaram após 1865 e estabeleceram-se mais ao norte. As duas etnias são as formadoras do povo de Alto Feliz.[6]
Por volta do ano de 1900, foi construída a estrada Júlio de Castilhos, única via de acesso entre Porto Alegre e a região norte do Estado. A povoação, antes localizada no Morro das Batatas, foi se concentrando ao longo da rodovia, assim deslocando o centro econômico social.[6] Em 20 de março de 1992 a localidade foi elevada a município pela Lei Estadual nº . 9623, desmembrando-se do município de origem, Feliz.[7]
O nome Alto Feliz é originário de "Obern Feliz" (Feliz Alta), utilizado já nos primórdios da colonização e relaciona-se com sua situação geográfica.
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271/497 Feliz-RS
Área 96,232 km² [2]
População 13,451 hab. est. IBGE/2018

História
Apesar dos vários motivos que podem ter levado o município a se chamar Feliz, uma das histórias é a mais aceita:
O início da colonização ocorre em 1846 com colonos provenientes das colônias mais antigas, como Dois Irmãos e São José do Hortêncio. Também no mesmo ano imigrantes alemães, vindos principalmente da região de Hunsrück, que compreende uma significativa parte do estado de Rheinland-Pfalz e considerável parte do norte do estado de Saarland, estado, este, que faz divisa com a França.
Quando estes imigrantes, vindos do Hunsrück, navegavam pelas calmas águas do Rio Caí, encontraram um clareira nas margens do rio. Ali se estabeleceram e decretaram "aqui estamos Felizes". Reza a lenda que desta frase surgiu o nome da cidade: Feliz.
População
Sua população é 80% de origem alemã, 10% de origem italiana e 10% de outras origens. Os traços da cultura germânica são explícitos em muitos pontos, como na arquitetura, culinária e, mais do que em qualquer lugar, nos traços étnicos dos felizenses. Porém, além dos germânicos, há também descendentes de italianos, poloneses, portugueses, suíços, austríacos, entre outras etnias minoritárias.
Língua minoritária
Uma intensa e evidente característica do município é a força que tem o idioma alemão, que prevalece tanto na zona urbana quanto na zona rural, onde ainda é possível encontrar moradores que falam apenas a língua germânica, especialmente o dialeto Hunsrückisch - também conhecido como Riograndenser Hunsrückisch, originado e falado na região de Hunsrück, no sudoeste da Alemanha, e nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, no sul do Brasil; também no estado do Espírito Santo, e em províncias argentinas vizinhas da colônia alemã brasileira. Vale ressaltar que há, ainda, vários dialetos similares ao Hunsrückisch tanto na Alemanha quanto no Brasil, como na região de Pomerode, em Santa Catarina.
Economia
Sua economia baseia-se na produção de calçados e na agricultura, onde predomina o cultivo de morango. O município é considerado o maior produtor de morangos e amoras do Rio Grande do Sul[6]. Atualmente,[quando?] destaca-se no setor metal-mecânico, tendo como empresas a Ramada,que fabrica ferramentas e a Hidrojet, empresa do mesmo setor.
Para garantir a produtividade, a administração municipal cria mecanismos de incentivo à produção e à permanência dos jovens no município. A Associação Círculo de Máquinas recebe 40% de retorno da efetivação da produção. Uma outra lei que entrará em vigor no ano que vem[quando?] prevê o incentivo aos maiores produtores com o retorno direto do valor das notas fiscais. Esse retorno será por meio de serviço e maquinário.
Em 2007 foi feita a devolução de 65 mil reais para os 165 produtores. Em parceria com o Sebrae, a Associação de Hortifrutigranjeiros montou um planejamento estratégico para buscar o incremento e qualidade dos produtos. Duas novidades foram o irrigamento por gotejamento e o cultivo de morangos semi-hidropônicos em estufas. Além disso, todo produtor recebe assessoria para melhor aproveitamento das colheitas e incremento das culturas, como plantação de uvas e ameixas, por exemplo.
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272/497 Linha Nova-RS
Localiza-se a uma latitude 29º28'03" sul e a uma longitude 51º12'03" oeste, estando a uma altitude de 365 metros.
Sua população estimada em 2010 era de 1 624 habitantes. Está situado a 87 quilômetros da capital, Porto Alegre.

Colonizada por alemães provenientes da região serrana do Hunsrück, na Renânia, sua primeira denominação foi o nome alemão "Neu Schneiss", que foi traduzido para o atual nome devido a campanha de nacionalização da ditadura Varguista.
História
Linha Nova foi povoada por imigrantes alemães a partir da década de 1840, tendo se tornado sede da primeira cervejaria do estado.
Pertenceu a São Sebastião do Caí até 1959, quando passou a fazer parte de Feliz. Emancipou-se no dia 20 de março de 1992.
Economia
O município é o maior produtor de couve-flor do estado, pois ultrapassou o antigo maior produtor: Caxias do Sul. Dois em cada três habitantes vivem da agricultura.
Cultura
Como é um município pequeno, praticamente todos os moradores se conhecem. A maioria comunga a mesma religião, a luterana, joga bolão e canastra na Associação Recreativa, bebe cerveja, dança e pratica tiro ao alvo. Para preservar tais valores, a única escola de ensino médio de Linha Nova, a Escola Estadual Pastor Heinrich Hunsche, procura repassar essa tradição aos jovens.[8]
Seu índice de criminalidade é o mais baixo de todo o Rio Grande do Sul, e os crimes registrados são basicamente pequenos furtos e casos esporádicos de estelionato. Ademais, os moradores colaboram com as ações policiais.
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273/497 Presidente Lucena-RS
Localiza-se a uma latitude 29º31'10" sul e a uma longitude 51º10'41" oeste, estando a uma altitude de 75 metros. Sua população estimada em 2017 é de 2.729 habitantes.
Possui uma área de 49,72 km².

História
A história de Presidente Lucena começa por volta de 1750, quando então a estrada Presidente Lucena começa a ser paulatinamente aberta pelos tropeiros, que tocavam o gado do Rio Grande do Sul para São Paulo. Em 25 de julho de 1824, chegaram os primeiros imigrantes alemães, provenientes da região do Hunsrück, na Real Feitoria do Linho Cânhamo, hoje São Leopoldo. A partir de 1826, após a chegada de mais mil imigrantes, se expandiram para a região ao norte de São Leopoldo, incluindo toda a atual área de Presidente Lucena.
As localidades de Linha Nova Baixa e Picada Schneider são as mais antigas do município. Em Linha Nova Baixa, o início da colonização se deu por volta de 1830, Picada Schneider surgiu em meados de 1845, quando a família de Peter Schneider se instalou na localidade. A localidade de Nova Vila, antes chamada Nova Alemanha, foi colonizada depois de 1850, sendo a família de Guilherme Exner a pioneira.[6] O local da sede do município, começou a ser povoada no final do século XIX e inicio do século XX. O pioneiro do distrito vem da região de São Sebastião do Caí,conhecido como Pedro Rammi e sua família. Eles fixam residência no meio da mata virgem, mais precisamente onde hoje está instalada a Sociedade Esportiva Soberano.
Em 1885, o Governo Provincial do Rio Grande do Sul ordenou a realização de estudos para a construção de uma estrada ligando o município de São Leopoldo à Colônia de Nova Petrópolis. Já em 1888 a picada, que posteriormente receberia o nome de Estrada Presidente Lucena, estava totalmente aberta, ela foi feita tendo como base na antiga rota deixada pelos tropeiros, utilizada para o escoamento do gado. Durante a administração do Cel. Guilherme Gaelzer Neto, intendente de São Leopoldo de 1902 a 1916, a estrada recebeu importantes melhorias e em 1913 foi concluída a sua abertura, deixando-a em condições para o tráfego de automóveis em toda sua extensão de 57 quilômetros. Foi o próprio Gaelzer a primeira pessoa a passar de automóvel pela Estrada Presidente Lucena.
Economia
Agropecuária
É a atividade econômica mais antiga do município e conserva muitas características da época de colonização, como pequenas propriedades rurais e policultura. Porém, a entrada de novas tecnologias agrícolas, como rotação de culturas, adubação, irrigação, entre outras, tem aumentado a produtividade e as lavouras vem deixando de serem de subsistência para se tornarem comerciais.
A agricultura do município é bem diversificada, destacam-se o cultivo de hortifrutigranjeiros, milho, cana-de-açúcar e o plantio de acácia-negra para extração do tanino e produção de lenha. Na pecuária, destacam-se os bovinos, sendo relevante a produção leiteira, os suínos e a avicultura de corte.
No município existem aproximadamente 410 propriedades rurais, com uma área média de 10 hectares. Por volta de 700 trabalhadores são empregados no setor primário, sendo grande parte associada ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ivoti, com extensão de base em Presidente Lucena.
Indústria
Mesmo sendo um município agrícola, a indústria é a principal atividade econômica do município. Destacam-se o abate de aves, a indústria calçadista, a produção de artefatos de cimento, indústrias de chimia colonial, indústrias de malhas, móveis, artefatos de madeira, metalurgia, beneficiamento de frutas, cachaça e rapadura. As principais indústrias são: Granja Pinheiros, Luz da Lua, Malhas Ellis, Iaraline Malhas, Schneider Artefatos de Cimento, T. R. Schneider & Cia. e Doces Petry.
Comércio e serviços
Em Presidente Lucena há um comércio consolidado, com opções e alternativas em diversas áreas, como mercados, padarias, açougues, restaurantes, lancherias, lojas de confecções, calçados e material de construção, floriculturas, farmácias, agropecuária, posto de combustíveis, etc… Na área de prestações de serviços; os profissionais autônomos na construção civil, escritório de contabilidade, a cooperativa de crédito Sicredi e oficinas mecânicas são as principais atividades.
Turismo
Presidente Lucena faz parte da Rota Romântica. As principais atrações turísticas do município são o núcleo histórico de Picada Schneider, a ponte férrea em Linha Nova Baixa, sobre o Rio Cadeia, e o Morro do Pedro numa altitude de 595 metros, de onde é possível avistar cidades do Vale dos Sinos.
As igrejas e casas em construídas em uma técnica denominada enxaimel, que preserva características germânicas do início da colonização. Além disso, 90% da população fala o dialeto hunsriqueano riograndense, o que garante a preservação da história e cultura dos colonizadores. O novo Centro Administrativo, seguindo o mesmo estilo de arquitetura, também tornou-se uma atração. Além disso, uma deliciosa gastronomia colonial alemã é mais um convite para quem quer conhecer o município.
Festa Tradicional
A festa mais tradicional da cidade é a Schmierfest, comemorada no segundo final de semana de novembro, a cada dois anos. Lá, o principal produto da cidade é colocado em visibilidade aos turistas: a famosa chimia de cana de açúcar, que dá nome à festa.
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274/497 São José do Hortêncio-RS
Localiza-se a uma latitude 29º31'50" sul e a uma longitude 51º14'53" oeste, estando a uma altitude de 100 metros, ultrapassando os 350 metros em seus pontos mais altos. Sua população estimada pelo IBGE para 1° de julho de 2017 era de 4.543 habitantes.

Hidrografia
O município é banhado pelo Rio Cadeia, e suas águas são usadas na agricultura, para pesca e banho. Também há arroios e diversos açudes.
Localização
O município está localizado na microrregião de Montenegro, no estado do Rio Grande do Sul. Sua Localização privilegiada se deve ao fato do município estar localizado no Vale do Caí, entre a Região Metropolitana de Porto Alegre e a Serra Gaúcha, que juntas formam o pólo econômico do estado. Faz parte do Conselho Regional de Desenvolvimento Vale do Caí (Corede Vale do Caí).
Subdivisões
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído do distrito Sede (São José do Hortêncio).
A zona rural é constituída pelas localidades de Arroio Bonito, Campestre, Capela do Rosário e Vila Dill.
História
O município faz parte da "velha colônia" alemã, e surgiu a partir da "interiorização" do processo de colonização alemã, iniciada na Feitoria do Linho Cânhamo, em São Leopoldo, em 25 de julho de 1824. Em 1826, com a vinda das primeiras levas de imigrantes alemães, foi formado o primeiro núcleo de moradores. Esses imigrantes se estabeleceram e começaram a trabalhar a terra, cultivando-a e extraindo dela sua subsistência, o que fez a localidade se desenvolver com o passar dos anos.
Até sua emancipação, pertencia a São Sebastião do Caí. O município de São José do Hortêncio foi criado pela Lei n° 8576 de 29 de abril de 1988. O primeiro prefeito do município, eleito em 1989, foi Egídio João Grohmann.
A etnia alemã é a predominante no município. As marcas da colonização alemã estão presentes no dia-a-dia de muitos hortencienses (o dialeto Hunsrück, a culinária, as danças e músicas). Também há descendentes de polacos.
Topônimo
Inicialmente era conhecida como "Linha Portuguesa" (em alemão: Portugieserschneiss). Depois "Picada do Cadeia", "Picada do Bernardino" (em alemão: Bernardinerschneiss) e "Freguesia de São José do Hortêncio".
São José é uma homenagem ao santo padroeiro da paróquia de Hortêncio, em homenagem a Hortêncio Leite de Oliveira, um português que tinha suas terras localizadas na via de acesso a localidade. Então, tornou-se popular dizer que ia-se para São José e que se passava pelas terras do Hortêncio. Assim, a denominação ficou estabelecida como São José do Hortêncio.
Terra do aipim
O município é conhecido como a Terra do aipim, e, por vezes, a Capital do aipim. Isso se deve pela grande produção de aipim e por este ser o principal produto agrícola municipal.

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275/497 São Sebastião do Caí-RS
Localiza-se a uma latitude 29º35'12" sul e a uma longitude 51º22'32" oeste, estando a uma altitude de 17 metros acima do nível do mar.
Tem uma área (2004) de 111,5 km² e sua população estimada em 2010 era de 21,944 habitantes, com densidade demográfica de 195,8 hab/km².

História
A região mostra indícios de presença de populações nativas, segundo MASSOM (1940), pertencentes às tribos tapes e guaiacanãs. A ocupação colonizadora se deu principalmente após o estabelecimento da Freguesia de Sant'Anna do Rio dos Sinos (Capela de Santana), em 1814, apesar da existência de presença portuguesa na região antes deste ano.
De origem portuguesa, a região que hoje se constitui como município, recebeu migrações de etnias nórdicas (principalmente alemã) após o estabelecimento da colônia de São José do Hortêncio, em 1848.
Emancipada de São Leopoldo em 1 de maio de 1875, a então Villa de São Sebastião do Cahy teve papel fundamental na recepção das levas de colonos italianos que se estabeleceram no Campo dos Bugres, que foi batizada de Caxias do Sul, devido ao seu porto ser o último atingível por naus de grande calado.
Os produtos chegavam de barco e o transporte terrestre era feito pelos caixeiros-viajantes, montados em mulas, que percorriam centenas de quilômetros trocando mercadorias manufaturadas por produtos agrícolas ou coloniais, que por sua vez voltavam a São Sebastião do Caí e eram enviados de barco a Porto Alegre e outros mercados.
O grande desenvolvimento da colonização italiana na Serra Gaúcha acelerou o crescimento econômico do município porque foi implantado na cidade o porto fluvial através do qual as mercadorias produzidas pelos imigrantes italianos eram exportadas para Porto Alegre. Isso ocasiionou uma fase de rápido desenvolvimento, tornando São Sebastião do Caí um dos mais importantes polos comerciais do estado. Essa fase brilhante da cidade durou até o ano de 1911, quando foi inaugurada a ferrovia que ligava Caxias do Sul a Porto Alegre. A partir de então a maior parte do transporte de mercadorias, e de pessoas, entre a colônia italiana de Caxias do Sul e Porto Alegre passou a ser feito através da ferrovia e isso prejudicou muito o desenvolvimento econômico do município.
A carreira do megaempresário Antonio Jacob Renner (conhecido como A. J. Renner) foi iniciada em São Sebastião do Caí, com a criação da fábrica de confecções que deu início a um verdadeiro império econômico erigido por esse empresário. Poucos anos depois da sua criação, a fábrica de A. J. Renner foi transferida para Porto Alegre.
Outra importante empresa caiense criada na época de ouro da economia da cidade foi a Carlos Henrique Oderich, inaugurada em 1909, Ela foi uma das primeiras empresas a produzir carne enlatada. Essa empresa continua ativa até hoje, exportando seus produtos para grande parte do mundo.
Nas décadas de 1980 foi instalada, na cidade, uma filial da empresa Azaléia dedicada à produção do tênis Olimpicus, que teve grande sucesso e proporcionou a São Sebastião do Caí uma nova fase de desenvolvimento acelerado. No ano de 2005, no entanto, a fábrica foi fechada devido ao abalo que a concorrência chinesa causou na produção brasileira de calçados.
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