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84/497 Cachoerinha-RS
Cachoeirinha é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se junto ao rio Gravataí, no sul do país.
O município fica situado em um ponto estratégico na região metropolitana, com acesso facilitado aos municípios vizinhos. O município faz divisa com Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, Gravataí e Alvorada. O feriado facultativo de Cachoeirinha é no dia 15 de Maio, dia da emancipação.
Cachoeirinha é conhecida por ter um grande distrito industrial e ter a sede de grandes empresas de diversos ramos. É um dos 9 únicos municípios gaúchos que tem um time de futebol na primeira divisão do Campeonato Gaúcho, desde que o Esporte Clube Cruzeiro se mudou de Porto Alegre para Cachoeirinha, onde construiu sua nova Arena no bairro Granja, com capacidade para 16 mil pessoas, a ser inaugurado em 2017.
Na década de 1970, Cachoeirinha foi um dos municípios gaúchos com maior crescimento populacional. Atualmente o município conta com 126.666 habitantes que se dividem em 44,018 km² de área territorial. A maioria absoluta da população mora na zona urbana, com apenas 700 moradores na chamada zona rural.
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85/497 Alvorada-RS

O município, antes 3° Distrito de Viamão, chamado de Passo do Feijó, emancipou-se no dia 17 de setembro de 1965, conforme a lei estadual nº 5026, e o nome de Alvorada, acredita-se que seja uma referência ao seu povo constituído em sua maioria por trabalhadores que acordavam nas primeiras horas da manhã para trabalhar na capital do Rio Grande do Sul (Porto Alegre). Entre as primeiras sesmarias concedidas do Sul, estão as de Cristóvão Pereira de Abreu, concedida em 23 de junho de 1775. Mais tarde esta mesma sesmaria foi entregue a João Batista Feijó, em 5 de maio de 1776, conforme dados do IBGE. Seria este o marco inicial da origem do povoamento da cidade de Alvorada.
O povoamento se dá pelas famílias vindas de Laguna, que se estabeleceram em Viamão. Com o passar do tempo, após o conhecimento da região, começaram também a ocupar áreas vizinhas. Nas propriedades existiam tambos de leite. A grande maioria eram dedicadas a produção de leite e hortifrutigranjeiros, que não eram muito variados. Serviam ao comércio, a economia de subsistência e alimentação dos animais. Os principais produtos cultivados eram: melão, melancia, aipim, mandioca, batata-doce, e outros.
O meio utilizado como transporte das mercadorias eram as carretas. As carretas já circulavam pelo estado no tempo dos Padres Jesuítas. Em 1737, o Brigadeiro José da Silva Paes, trouxe ferreiros, carpinteiros e madeira para fabricar carretas. Era o único veículo que poderia atravessar as campinas da fronteira do planalto. Oriundos da beira da Lagoa dos Barros e de outras localidades, vinham carroções de quatro rodas puxados por parilhas de cavalos, que traziam melado, rapadura e carvão.
Com o aumento da população e a afluência de carreteiros na região, surgiram as primeiras casas de comércio. Eram armazéns estabelecidos ao longo da estrada. Constituíam-se de prédios de madeira com chão batido, ali vendia-se o fumo, a cachaça, o arroz e miudezas, transformando-se em ponto de parada obrigatória para os carreteiros. Dentre estas casas, as mais importantes eram: o armazém do Sr. Anibal e os armazéns dos Srs. Lothario e Frederico Dihl. As embarcações vinham de vários lugares pelo Rio Gravataí, muitas paravam no Passo das Canoas, devido a dificuldade de acesso por via fluvial a Porto Alegre e redondezas, surgindo então a necessidade de uma estrada que facilitasse um deslocamento mais eficaz. Com a construção da estrada que liga Gravataí a Cachoeirinha e Porto Alegre, o Passo das Canoas foi desativado.
O início da educação deu-se através da contratação de professores, que as famílias de maior poder aquisitivo efetuavam. Eram contratados professores de Gravataí e Porto Alegre. A professora vinha dar aula para os filhos dos proprietários das fazendas. Ela fixava residência na fazenda que a contratava. Alguns desses proprietários proporcionavam o ensino não só aos seus filhos, mas também às crianças das redondezas. Com a preferência ao ensino público oficial, em 1886, na Vila de Viamão havia seis aulas públicas. Uma delas localizada no Passo da Figueira. Mais tarde, aproximadamente entre 1908 e 1910, têm-se conhecimento da escola de Augusta Agripina dos Santos, natural de Porto Alegre e professora estadual. Esta escola era aberta a comunidade, servindo a alunos de várias localidades, tais como Passo da Figueira, Passo do Feijó e adjacências. Em 1911, esta escola atendia a trinta e seis alunos, e localizava-se próxima a uma figueira na atual Av. Frederico Dihl.
Os loteamentos iniciaram por volta de 1940, tendo como uma de suas principais causas, o crescimento populacional das cidades vizinhas. Um dos primeiros loteamentos criado na região, foi o da vila Passo do Feijó. O loteamento foi aberto por um russo que dividiu as terras em pequenos terrenos. Em 22 de setembro de 1952, a prefeitura municipal de Viamão institui oficialmente o distrito de Passo do Feijó, apenas um ano antes de seu vizinho Passo do Sabão[9]. Surgiam também no distrito os loteamentos da Vila São Pedro e sucessivamente outros. Até a emancipação, ocorrida em 1965, o Passo do Feijó e o Passo da Figueira totalizavam 47 loteamentos.
Neste período, das décadas de 1960 a 1970, consolidaram-se algumas áreas preferenciais, onde os vazios urbanos foram sendo preenchidos. O crescimento do comércio e dos serviços se deu naturalmente ao longo da Av. Pres. Getúlio Vargas, notadamente naqueles pequenos centros instalados na década de 50. A instalação de prédios públicos, Prefeitura, Posto de Saúde, Brigada Militar, Correio, grandes escolas, se deu entre os núcleos já citados da Vila Passo do Feijó e aquele junto a empresa de ônibus. Esta ocupação se deu em decorrência de ação das Administrações Municipais, fato que determinou o preenchimento dos vazios entre estres dois centros, diminuindo a importância dos demais.
De 1970 a 1980, ocorreu o fenômeno de origem externa que veio a determinar grandes mudanças na estrutura do Município. O advento do Banco Nacional da Habitação (BNH), com grande volume de recursos para financiar habitações populares, interferiu no processo natural de crescimento da cidade. Grandes núcleos habitacionais foram projetados e alguns realizados. Estes novos loteamentos já dispunham de alguma infra-estrutura, embora esta de pouca durabilidade. A arrecadação municipal cresceu e também a população e o nível de exigência. Foram dados os primeiros passos na busca da industrialização e implantadas algumas obras de esgoto e pavimentação, na parte antiga da cidade, reforçando principalmente os núcleos da Vila Americana e Piratini.
Com o Município semi-desenhado, os anos 80 tem a enfrentar o fim da era BNH. Grandes conjuntos estão inacabados e a pressão por moradia é grande, sensibilizando as forças políticas. Da crise BNH ao fenômeno das ocupações a distância era demasiado curta. As empresas incorporadoras estavam falidas e o seu Patrimônio Imobiliário constituído com Recursos Públicos, estavam disponíveis.[10]
Demografia
População residente: 195.673 hab. Atual=207 392 hab. est. IBGE/2016[3]
População residente rural: 0 pessoas (não há zona rural)
Homens: 95.080 homens
Mulheres: 100.593 mulheres
Densidade demográfica: 2.743,94 hab/km²
Mortalidade infantil: 9,8 por mil (até 1 ano)
Fecundidade: 2,2 filhos por mulher
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,699 - Médio
IDH-M Educação: 0,564
IDH-M Longevidade: 0,874
IDH-M Renda: 0,694
Fonte: Atlas Brasil/PNUD [19]
PIB: R$ 1.697.860 mil[20]
PIB Per Capita: R$ 10.637[16]
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86/497 Viamão-RS

Viamão é um município brasileiro estado do Rio Grande do Sul, do qual é o sétimo mais populoso, com estimada de 251 033 habitantes em 2017. É o maior município em extensão territorial da Região Metropolitana de Porto Alegre.
No século XVIII a região do atual estado do Rio Grande do Sul deixou de ser somente uma zona de passagem entre Laguna e a Colônia do Sacramento (atual cidade de Colônia no Uruguai). Devido à farta presença do gado vacum trazido pelos jesuítas em 1680 às Missões, que já se havia espalhado pelo Continente de São Pedro, vários colonizadores se fixaram nas terras propícias à pecuária e ao plantio.[6]
Os chamados Campos de Viamão abrangiam uma imensa área no nordeste do atual Rio Grande do Sul. Os tais campos correspondiam às terras situadas ao sul do rio Mampituba, tendo ao leste o oceano Atlântico e a oeste e a sul a baliza fluvial do Guaíba e da lagoa dos Patos. Para os paulistas e lagunistas que exploraram o Rio Grande a partir do "Caminho da Praia", os campos eram todas as planícies despovoadas à margem esquerda do Rio de São Pedro. Nessa região se estabeleceram os mais antigos povoadores do Continente, que inicialmente povoaram seus campos de animais, para só depois trazerem suas famílias. Posteriormente, com o desenvolvimento populacional, foi criada a freguesia de Viamão (1747), desmembrada de Laguna. A freguesia de Viamão deu origem, nas décadas seguintes, a diversas outras freguesias, como Triunfo (1756), Santo Antônio da Patrulha (1763) e Porto Alegre (1772), entre outras. [7]
No ano de 1725, Cosme da Silveira, filho de António Silveira de Ávila, natural do Conselho da Calheta, ilha de São Jorge, Açores, Portugal, Capitão-mor da referida localidade da Calheta, na ilha de São Jorge, integrou a frota de João de Magalhães, nomeado capitão pelo seu sogro Francisco de Brito Peixoto. Instalou-se nas cercanias do atual município de Viamão. Outro marco foi a chegada e fixação de residência de Francisco Carvalho da Cunha, em 1741, no sítio Estância Grande, onde foi erguida a capela da Nossa Senhora da Conceição.[6]
A partir dos primeiros colonizadores, a chegada dos açorianos deu o impulso definitivo no povoamento da região. Em 1747 foi elevada à categoria de freguesia. Com a invasão da cidade do Rio Grande, único porto marítimo e Capital da província, pelo espanhol Pedro de Cevallos, governador de Buenos Aires 1766, a sede do governo da capitania teve de ser transferida para Viamão. A cidade conservou-se como sede do governo até 1773. Nesta época, a sede foi transferida para Porto dos Casais (atual Porto Alegre), já que esta localidade tinha um porto, ainda que não marítimo, o que facilitava tanto a proteção do domínio - então ameaçado - português na própria região, quanto à preparação de uma possível retomada de Rio Grande. E o Porto de Viamão (Porto Alegre), de qualquer forma, era por onde saiam todas as mercadorias, dali para Rio Grande e de Rio Grande para todo (o resto) do Brasil. No ano de 1880, Porto Alegre separou-se de Viamão.
Em 1889, com o advento da República e a dissolução das Câmaras Municipais como sede do poder executivo local (municipal), é eleito seu primeiro prefeito, o Tenente-Coronel Tristão José de Fraga, que anteriormente já era o presidente da Câmara Municipal já mencionada. Seu segundo prefeito será o Coronel Felisberto Luiz de Barcellos.
Da importância econômica da região, por ser sede das primeiras estâncias de criação de gado, originou-se o comércio e transporte da carne de gado (charque) e couro para Laguna e São Paulo. As três rotas comerciais da época iniciavam-se onde é hoje o município de Viamão, conhecida como o Caminho do Viamão. A principal delas, a Estrada Real, saía dali e passava por Vacaria, Lages, Curitibanos, Papanduva, Rio Negro, Campo do Tenente, Lapa, Palmeira, Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Jaguariaíva, Itararé, chegando a Sorocaba. Outra rota era através do litoral até Laguna.
A origem do nome Viamão é controversa. A versão mais comum é de que a partir dos morros da região e do topo da igreja matriz, é possível se avistar o rio Guaíba e seus cinco rios afluentes: Jacuí, Caí, Gravataí, Taquari e dos Sinos, que formam uma mão aberta. Daí a frase: "Vi a mão". Já a versão mais provável, seria originária do nome "ibiamon", que significa "Terras de Ibias" (pássaros). Outros afirmam que seria uma passagem entre montes, o que chamavam de via-monte. E existe ainda o relato de que teria como origem o antigo nome da província de Guimarães, em Portugal: Viamara.[6]
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87/497 Eldorado do Sul-RS

A bandeira do município de Eldorado do Sul tem a seguinte representação simbólica: a roda dentada representa a atividade industrial do município, os verdes campos representam os campos, a cabeça bovina representa a atividade agropastoril, os cachos de sementes representam a produção agrícola do município e a edificação sobre o brasão representa a fachada do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor - IPVDF, tradicional instituição do governo do Estado localizada em Eldorado do Sul.[5]
O município de Eldorado do Sul nasceu na metade do século XVIII. O território onde está situado foi inicialmente ocupado por estancieiros açorianos pertencentes ao grupo pioneiro de Jerônimo de Ornellas.
A partir de 1930, a região à margem direita do Rio Guaíba passou a servir de balneário turístico à população de Porto Alegre e de porto para os barcos que vinham para a capital, como meio de transporte. Por volta de 1960, a área passou a ser habitada por colonizadores de origem alemã, que deram à localidade o nome de Balneário Sans Souci.
A região era composta de propriedades particulares que se dedicavam integralmente à pecuária e à cultura do arroz até a década de 1960. Nesse período as áreas passaram a ser fracionadas em chácaras e lotes menores e vendidas para fins de moradia. Pela sua proximidade com a capital, 11 km, e devido ao seu fácil acesso através da BR-116, que há pouco tempo havia sido construída, houve um incremento na procura por terrenos nesta localidade, dando origem à “Vila Medianeira”.
O crescimento populacional nestas regiões foi intenso na década de 70 e início da década de 80. Após anos de reivindicações, em 1985 começaram os trabalhos oficiais de emancipação da cidade, que buscavam a melhoria das condições e o desenvolvimento urbano para os bairros Medianeira, Itaí, Bom Retiro e Guaíba Country Club. Após anos de mobilização, o trabalho de conquista da emancipação foi recompensado com o desmembramento destas áreas do Município de Guaíba. Em 8 de junho de 1988 é criado o Município de Eldorado do Sul.
O nome escolhido para a região emancipada, “Eldorado”, é de origem espanhola e significa “Terra do Ouro”, país imaginário que se dizia existir na América Meridional, lugar pródigo em delícias e riquezas.
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88/497 Arroio dos Ratos-RS

Arroio dos Ratos é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Graças ao seu solo, é conhecido nacionalmente como o Berço da Indústria Carbonífera Nacional e a Capital Nacional da Melancia. O município localiza-se a 55 quilômetros de Porto Alegre, a leste do estado, sendo cortado pela Rodovia Osvaldo Aranha, popular BR-290 e um dos célebres caminhos do Mercosul, fazendo-se integrante da região geoeconômica da Metade Sul.
Com uma área total de 425,9 km² e uma população de 14.166 habitantes<, Arroio dos Ratos apresenta um dos menores índices de densidade demográfica da Região Carbonífera, diferente da realidade encontrada nos tempos áureos da extração do carvão mineral. Neste mesmo município foi aberta a primeira mina de carvão da América Latina, pioneirismo que consagrou-o como Berço da Indústria Carbonífera Nacional.
É destacável, sobretudo, que por décadas, Arroio dos Ratos foi o principal polo da indústria carbonífera do Brasil e forneceu, por muitos anos, o carvão queimado pela Usina do Gasômetro de Porto Alegre, sendo então um dos principais responsáveis pela energia usada pela capital do Rio Grande do Sul. Entretanto, a escassez e desvalorização do minério como fonte energética, deu fim a hegemonia deste ramo e levou o município a buscar novas atividades econômicas, tais como a pecuária e a agricultura. Este último meio econômico, que recentemente recolocara o município de Arroio dos Ratos em evidência no país, através da produção relevante da melancia, recebendo o título de Capital Nacional da Melancia. Anualmente, o município celebra a safra da fruta mais característica da Região Carbonífera com a tradicional Festa da Melancia de Arroio dos Ratos.
Área 50 km² [3]
População 14 227 hab. est. IBGE/2016[4]
Densidade 284,54 hab./km²
Altitude 69 m

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89/497 Butiá-RS

A história de Butiá está ligada diretamente com a descoberta das primeiras jazidas de Carvão Mineral no Brasil. Por volta do ano de 1795 um anônimo soldado português, natural de Rio Pardo, que vagava pelo sítio do Curral Alto, encontrou as primeiras amostras de carvão mineral em solo nacional, Esta localidade hoje fica no município de Minas do Leão, antigo distrito de Butiá, emancipado em 1990.
Em 1807, a descoberta também foi atribuída à José Fonseca Souza e Pinto, que enviou amos-tras para o Rio de Janeiro. Dois anos mais tarde, em 1809 o Sr. Antônio Xavier de Azambuja, proprietário de terras próximo ao sítio do Curral Alto enviou amostras para o Rei Dom João VI, para definir estudos sobre a sua utilização. Em 1839 o presidente da Província Rio-Grandense, Conselheiro Saturnino de Souza Oliveira, definiu as jazidas do Curral Alto como “um combustível sem aplicação imediata”.
Uma nova jazida acabaria sendo descoberta em 1847 na fazenda da Boa Vista, junto ao Cerro do Roque de propriedade da família do senhor Assis Almeida. Amostras desta propriedade também foram enviadas para análise.
Somente em 1853, o Presidente da Província, Luiz Vieira Cansação Sinimbú - o Visconde de Sinimbú após apresentar relatórios detalhados e visionários sobre as jazidas encontradas, conseguiu do Império o financiamento para início de uma pesquisa aprofundada, onde contatou o mineiro inglês James Johnson que estudou todo interior da nossa região a partir do rio Jacuí. O início da mineração aconteceu em 1886 na localidade de Faxinal, atual município de Arroio dos Ratos, sua importância foi tanta para o Império, que para a inauguração de mais um poço em 1887 estiveram presentes a Princesa Isabel e seu marido Conde D’Eu para prestigiar o momento de relevância histórica para a Coroa.
Exploração da jazida
No ano de 1881 é que a história da exploração carbonífera em Butiá começou a ser escrita por Nicácio Machado, juntamente com o Tenente Coronel Antônio Patrício Azambuja e Gaspar Menezes, através de conces-são imperial para explorar carvão. O responsável técnico era o engenheiro Eugênio Dänhe. Foi encontrado ferro e carvão de ótima qualidade nas proximidades do arroio dos Cachorros.
Porém, os trabalhos duraram somente até 1882, quan-do a empresa Holzweissig Companhia, que possuía os direitos de mineração em Arroio dos Ratos, através de decreto imperial, cassou a autorização de Nicácio Machado que teve que abandonar suas pesquisas e suas descobertas.Pelo período de 23 anos,compreendido entre 1882 a 1905, não há registros, nem sabe-se ao certo o que aconteceu com a nossa história. Apenas sabemos que em nosso país houve a passagem da Monarquia para a República.
Então, em 1906, ressurge Nicácio Machado com um pedido à Intendência Municipal de São Jerônimo para concessão de exploração, pesquisa e construção de uma estrada férrea para transporte do carvãoque seria explorado. Somente o pedido da estrada férrea foi negado. Abraçaram a causa com suas economias a fim de financiar o espírito desbravador de Nicácio Machado, o engenheiro Guilherme Kru-mel, irmão do engenheiro Eugênio Dänhe, o ferreiro Felipe Steigleder e o jovem Luiz Custódio de Souza.
O poço que foi aberto e chegou a mais de 60 metros de profundidade e algumas galerias. O carvão extraído era levado por dezenas de carroças até o porto de São Jerônimo e de lá por pequenas lanchas até Porto Alegre.
Em 1915 Alfredo Wiedmann, associa-se a Nicácio Machado e com capital estrangeiro fundam a Companhia Hulha Rio-Grandense, que seguiria investindo nos projetos de Nicácio Machado e na exploração do poço que já estava aberto. As dificuldades começaram a aparecer e, prestes a iniciar uma crise, surgiu a figura do Dr. Buarque de Macedo. Excelente administrador, Dr. Buarque deu nova vida e rumos à mineração carvoeira, reorganizando a Mina de Butiá e mudando de vez a nossa história.
Além de alterar o nome da empresa para Companhia Carbonífera Rio-Grandense, em 1917 abriu o primeiro poço voltado à mineração comercial, denominado Poço 1 – Borges de Medeiros, batizado com o nome do governador do Rio Grande do Sul da época.
Em 1917 também foi conquistado o sonhado ramal férreo, que transportava o carvão explorado até o porto do Conde, afluente da margem direita do rio Jacuí.
Com a produção crescente o carvão mineral começou a chamar atenção no cenário nacional, a tal ponto que em 1932 o Grupo Capitalista Martineli adquiriu todas as propriedades da mina de Butiá, sob a direção de Roberto Cardoso. Através dele a Carbonífera Rio-Grandense tornou-se uma das maiores em-presas mineradoras do Brasil. A demanda cresceu tanto que um novo poço precisou ser aberto rapidamente. Com um projeto inovador, este poço foi construído em plano inclinado, com correia sem fimm, o primeiro deste tipo em território nacional. Assim, em 1935, inaugurava-se o Poço 2 – Farroupilha, em homenagem ao centenário da guerra dos farrapos.
Para se fortalecer no mercado e tornar-se competitiva, em 1936 a Cia Estrada de Ferro e Minas de São Jerônimo, que administrava as jazidas de Arroio dos Ratos, fundiu-se com a Cia Carbonífera Rio Grandense, que administrava as jazidas de Butiá e formaram o CADEM – Consórcio Administrador de Empresas de Mineração. A consolidação financeira da empresa fez com que o nosso carvão salvasse o Brasil de um colapso energético, garantindo o funcionamento das locomotivas, dos barcos e das usinas termelétricas
do Gasômetro em Porto Alegre, e outras usinas e indústrias pelo interior do estado.
Evolução social e cultural
A partir da década de 40 inicia um grande salto para o pequeno distrito de Butiá que ainda pertencia ao município de São Jerônimo, cada vez mais pessoas começavam a chegar procurando emprego, principalmente imigrantes ingleses, poloneses e espanhois. Uma nova comunidade estava se formando e novas necessidades surgiam diariamente.
Da década de 40 a década de 60 foi o auge da mineração em Butiá, chegando a ser apelidada de "Capital Nacional do Carvão". Nesse período foram construídas escolas, igrejas, CTG's, clubes, postos de saúde, um hospital, ruas era abertas com frequência, e a cada novo poço de mineração aberto, surgia um novo conglomerado de casas e os primeiros bairros da cidade começavam a se formar.
Crise
Passada a Segunda Guerra Mundial a produção no carvão havia tido um pequeno decréscimo, porém até então, nada prejudicial para a economia local. Mas pegando todos de surpresa em setembro de 1951 Roberto Cardoso, renunciou o cargo de Diretor da Companhia Carbonífera. Somado a isso em 1953 o governo federal passa a incentivar a importação de óleo combustível, fazendo o carvão perder espaço no mercado interno, reduzindo gradativamente a produção. Em paralelo a isso, os trens da Viação Férrea, as usinas da CEEE e outras indústrias começaram a adaptar suas caldeiras para queima de óleo, não optando mais pelo uso do nosso carvão.
Em 1958 a crise tomou conta de vez de Butiá, os empregos diminuíram e as pessoas começaram a procurar centros industriais a fim de sobreviver. Foi então que um grupo de políticos butiaenses resolveu emancipar Butiá de São Jerônimo, apostando ser a única maneira de acabar com a crise, já que a população estava debandando e o município mãe São Jerônimo pouco estava preocupado com a situação de seu distrito.
Emancipação
Butiá foi o primeiro distrito a se emancipar de São Jerônimo. Elevado a categoria de cidade pela lei estadual nº 4574 em 9 de outubro de 1963 através de plebiscito, emancipando-se do território de São Jerônimo. Em 17 de julhode 1965, pela lei 4995, deixou de ser chamado de Minas do Butiá e passou a chamar-se apenas Butiá. Seu principal distrito, Minas do Leão, foi elevado à categoria de cidade em 20 de março de 1990. A padroeira do município de Butiá é Santa Terezinha, que é comemorada dia 1o de outubro, junto da semana de aniversário do município. Porém a maior festa católica do município acontece em 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara que é padroeira dos mineiros.A primeira legislação para a Câmara de Vereadores foi de 1964 a 1968.
Origem do nome
A palavra ‘butiá’ vem do tupi-guarani e está ligada a um grande misticismo indígena através de uma lenda. O pé de butiá também é considerada pelos índios uma árvore sagrada. Já o nome do nosso município não está atribuído à presença indígena na nossa região. Na realidade recebemos esse nome devido a um solitário pé de butiá que ficava próximo à fazenda de dona Luiza Severina de Souza, e pelos idos de 1834 esta planta isolada servia como ponto de referência a quem passava pelas estradas próximas a localidade.
Chegaram a chamar a localidade de Serra do Butiá, porém nunca houve cerro ou serra nesta parte do distrito, assim como não havia butiazais. Apenas acabamos herdando o nome da planta so-litária que marcava a localidade que anos maistarde seria o entorno da região onde Nicácio Machado iniciaria suas pesquisas para exploração do carvão mineral.
Características geográficas
Área 768,889 km² [2]
População 21 220 hab. est. IBGE/2016[3]
Densidade 27,6 hab./km²
Altitude 71 m
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90/497 Minas do Leão-RS

Localiza-se a uma latitude 30º07'36" sul e a uma longitude 52º02'51" oeste, estando a uma altitude de 64 metros acima do nível do mar.
Possui uma área de 426,24 km² e sua população, segundo o censo do IBGE[6] de 2010, era de 7 631 habitantes.
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91/497 Pantano Grande-RS

Pantano Grande hoje é uma cidade independente, com autonomia para decidir aquilo que é melhor para si. Mas outrora as coisas eram diferentes: Pantano pertencia a Rio Pardo até 1987, mas a população tinha anseio de liberdade. Muito antes disso, em 1923, chegou ao atual Pantano Grande, o primeiro morador, chamado Miranda Machado da Rosa. Este construiu a primeira residência da localidade, onde hoje funciona a Estação Rodoviária e o Restaurante Paradouro V. O segundo a vir para a então vila, foi o Senhor João Dionísio, que construiu sua residência onde hoje fica a Serraria do Carolla. A economia da terra pantanosa era baseada na pecuária, com compra e venda de gado, além de comércio de carne e charque. Apenas em 1949 o calcário é descoberto. O conhecido Doutor Apélio de Quadros pediu aos seus funcionários que moessem a pedra de cal virgem, o que resultou no calcário. Quadros foi, então, o pioneiro da extração de calcário na localidade, o que hoje move boa parte da economia pantanense. Ainda em 1949, foi aberto, pelo Senhor Astom Marques, o primeiro posto de gasolina do distrito. Localizado estrategicamente e necessitando acompanhar o desenvolvimento das localidades vizinhas, Pantano Grande tomava, a cada dia, mais jeito de lugar desenvolvido. Em 19 de abril de 1955, foi inaugurada a Estação Rodoviária da Vila de Pantano Grande, onde hoje está localizada a redação do Jornal Tribuna, na Avenida Machado de Assis. Isto impulsionou a economia do vilarejo, visto que ônibus de todo Estado passaram a parar na localidade. Um ano após a inauguração da rodoviária, nesta mesma, foi instalado um telefone público, o que fez aumentar o movimento da rodoviária. Passados mais de 30 anos, a população do então distrito de Rio Pardo, Pantano Grande, resolveu montar uma Comissão Pró-emancipação, que iria lutar, junto ao Governo do Estado, a emancipação de Pantano Grande, fazendo deste lugar uma cidade. Tendo como Presidente o Senhor Erico Mario Raabe, a comissão conseguiu que se fizesse um plebiscito no então 5° Distrito de Rio Pardo, governado pelo Prefeito Bertholdo Affonso Pritsch. Quem governava o Rio Grande do Sul era Pedro Simon, atual Senador da República. O plebiscito aconteceu no dia 20 de setembro de 1987, em um Domingo. Resultados do plebiscito: SIM – 3.491; NÃO – 225; BRANCO: 09 e NULOS: 17. Finalmente, em 15 de dezembro de 1987 (data ostentada no Brasão do município), o Governador Pedro Simon sancionou a Lei 8.488, criando o município de Pantano Grande.
Área 847,613 km² [2]
População 9 887 hab. est. IBGE/2016[3]
Densidade 11,66 hab./km²
Altitude 100 m m
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92/497. Rio Pardo-RS

Rio Pardo é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localizado no pampa gaúcho, foi uma das primeiras vilas a serem criadas e sua história está intimamente ligada à formação do estado, dando origem a mais de 200 Municípios do Rio Grande do Sul. Teve um papel importante e estratégico como fortaleza de defesa da fronteira na conquista do território aos espanhóis, e daí seu moto de Tranqueira Invicta; Também foi palco da Guerra Guaranítica, em que um dos episódios mais conhecidos culminou com a prisão do lendário Sepé Tiaraju, e também da Revolução Farroupilha e da Guerra do Paraguai.
Sua origem é, desta forma, essencialmente a partir de eventos de disputas territoriais e, o passar do tempo, da colonização, que ajudou a construir uma identidade bastante peculiar, influenciada por aspectos culturais e econômicos. Povoada principalmente por açorianos, que fundaram famílias que se ligaram às mais ilustres do estado, tornou-se no século XIX centro de produção agrícola e pecuária de corte, transporte ferroviário, seu porto fluvial e um movimentado entreposto de comércio. Sua antiguidade deixou marcas ainda visíveis na cidade, em tradições e na sua rica arquitetura colonial, que fazem Rio Pardo uma cidade com atrações turísticas com características ímpares, trazendo arquitetos, historiadores, fotógrafos e interessados em turismo rural.[6]
Às margens do rio Jacuí, é um dos quatro municípios mais antigos do Rio Grande do Sul e de grande importância histórica, dando origem a mais de 200 outros Municípios. No século XVII e século XVIII, o município de Rio Pardo compreendia quase 157 mil quilômetros quadrados, mais da metade do território sul-rio-grandense. Era habitada pelos nativos tapes, que foram depois reduzidos pelos jesuítas espanhóis nas Missões Orientais do Tapes, por volta de 1633.Os bandeirantes paulistas fizeram três incursões para escravizar missioneiros, obrigando as missões da região a recuarem para a margem direita do rio Uruguai, apesar dos portugueses terem sido derrotados e expulsos na última incursão, quando da batalha de M'bororé. Em 1715, chegaram ao atual município os primeiros colonizadores portugueses avulsos. O forte Jesus, Maria, José do Rio Pardo, em 1752, foi construído com o intuito de ser a fortificação mais a oeste na chamada guerra Guaranítica - (1753-1756). Alguns anos após, chegaram os primeiros colonizadores açorianos, que foram povoando a cidade inicialmente em volta do forte. Foram estabelecidas plantações e fazendas criatórias, que sustentaram a economia e a sociedade regional.
Quando das invasões espanholas, a partir de 1761, Rio Pardo nunca caiu, por isso sua alcunha : Tranqueira Invicta. Foi de Rio Pardo que, em 1801, partiu Borges do Canto e seus companheiros que, em aliança com parcialidades dissidentes dos guaranis missioneiros, insatisfeitas com a administração militar espanhola, conquistou as Missões para o império lusitano, que hoje representa 1/3 do estado. Após essa conquista, os guaranis missioneiros perderiam, em algumas décadas, o que restava das fazendas coletivas, em favor de latifundiários luso-brasileiros. Alguns historiadores contam que foi "no atalaia do Rio Pardo que se plasmou a alma guerreira dos rio-grandenses", visto que os Dragões (tropa de elite) estiveram em Rio Pardo de 1750 até 1823, portanto durante 83 anos.
Por estas razões, uma parte significativa das famílias do Rio Grande do Sul, com raízes no passado mais distante, tem ligação com esta cidade. Inclusive muitas famílias de proprietários vinham casar suas filhas com cadetes que vinham de todo o Brasil estudar na cidade. Em 1807, foi criada a Capitania de São Pedro e, em 7 de outubro de 1809, através do Decreto Real assinado por D. João VI, Rio Pardo foi elevado à condição de vila, com o nome de Vila do Príncipe. Em 31 de março de 1846, a vila de Rio Pardo foi elevada à categoria de cidade.
Além da importante participação na conquista da região das Missões, o município se destacou na Revolução Farroupilha (1835-1845) e na Guerra do Paraguai (1865). A seguir, vieram colonizar a região os imigrantes alemães e de outras origens. A economia de Rio Pardo esteve apoiada na criação animal, na agricultura e no comércio, fortemente movidos pela mão-de-obra africana e afrodescendente escravizada.
Características geográficas
Área 2 050,65 km² [2]
População 38 968 hab. est. IBGE/2016[3]
Densidade 19 hab./km²
Altitude 47 m
-
93/497 Cachoeira do Sul-RS

Cachoeira do Sul é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, do qual é o quinto mais antigo, emancipado de Rio Pardo e instalado em 1820. A origem de seu nome se deve a uma antiga cachoeira existente no Rio Jacuí, porém em seu lugar foi construída a Ponte do Fandango. Fisiograficamente, está na Depressão Central do Rio Grande do Sul, na área compreendida como Vale do Jacuí,[6] além de ser a principal e maior cidade do Conselho Regional de Desenvolvimento do Jacuí Centro e da Diocese de Cachoeira do Sul.
Atinge uma altitude média de 26 metros ao nível do mar. Encontra-se às margens da Rodovia Transbrasiliana (BR-153) e distancia-se 196 km da capital estadual, Porto Alegre. Em 2016 possui uma população de 86.600 habitantes,[7] sendo a maior cidade às margens do Rio Jacuí e tendo um de seus apelidos como "Princesa do Jacuí".
Cachoeira também ostenta o título de "Capital Nacional do Arroz", devido aos seus laços históricos com este grão. Em comemoração a isto, a cidade sedia a Feira Nacional do Arroz (Fenarroz), o maior evento orizícola das Américas e o segundo no mundo.[8] O município também é o maior produtor de noz-pecã da América Latina.[9] Possui diversos pontos turísticos, dentre os quais pode-se citar o Château d'Eau (cartão-postal da cidade) e a Ponte do Fandango, primeira ponte-barragem construída no Brasil, sobre o Rio Jacuí.
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