Página 2 de 4 PrimeiroPrimeiro 1234 ÚltimoÚltimo
Resultados 11 a 20 de 32
  1. #11
    Data de Ingresso
    Apr 2013
    Localização
    Morrinhos - GO
    Posts
    203
    Antes de chegarmos a San Jose de Chiquitos, uma linda paisagem nos deixou encantados, uma visão de vários maciços rochosos estilo Grand Canyon na região de um município chamado Chochis, naquele ponto a Bolívia já mostrando suas belezas naturais. Uma delas era uma imensa rocha, com uns 200 metros de altura, estilo um monólito circular, destacava-se a distância sendo contornava pela estrada dando a impressão de que não era circular e sim constantemente acompanhando a estrada, só percebemos seu formato ao vermos no hotel um quadro exibindo-a, mostrei a minha filha por onde passamos ela olhou a estrada e pensou ser um caminho de trem de ferro, depois de uma análise minuciosa foi que ela concordou comigo de que foi por onde passamos com a moto.
    Seguindo a viagem rumo a Santa Cruz de La Sierra, onde pernoitaríamos encontramos vários carros com brasileiros e inclusive fizemos amizade com algumas dessas pessoas que estavam indo também para a mesma cidade que nós, iriam pra uma formatura de uma das filhas. Parece-me que em Santa Cruz existem vários brasileiros fazendo faculdade, não sei a razão mas imagino que o baixo custo de vida e facilidade para estudar sejam os grandes atrativos.
    Pelo caminho vi algumas pessoas que se destacavam na multidão de bolivianos, o diferencial era seu vestuário e comportamento. Os homens vestiam macacão, camisas com mangas longas e boné, desde os mais jovens até o mais idosos, as mulheres com vestidos feitos a mão e não pronunciavam uma palavra sequer. Peguntei a um amigo morador e estudante em Santa Cruz quem eram essas pessoas e ele me disse que se tratavam dos menonitas, e segundo o mesmo esse povo se envolve com trabalhos na agricultura e possuem regras e costumes próprios, um desses costumes é subjugar as mulheres sendo comum algumas fugas das mesmas com intuito de libertarem-se e procurar uma condição de vida melhor.
    Em San Jose do Chiquitos tomamos um cafe da manhã na rua, alias em nenhum hotel boliviano era servido. Então é comum por la as pessoas colocarem nas portas de suas casas, uma mesa com comida e bebida a venda, paramos e conhecemos uma gostosura boliviana, "empanada", muito se parece com esfirra, porém achamos muito saborosa, gostamos tanto que a todo momento que paravamos para lanchar era nossa primeira opção, na noite anterior comemos um prato tipico, "pollo com papa frita", frango com batata frita. Nossa! Comemos tanto que chegou um momento na viagem que ja não aguentávamos mais a frase Pollo com papa frita... kkkkk

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         IMG-20171229-WA0074.jpg
Visualizações:	1
Tamanho: 	46,3 KB
ID:      	136027
    Pollo com papa frita

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         20171208_084140.jpg
Visualizações:	3
Tamanho: 	61,8 KB
ID:      	136028
    Café da manha, olha a empanada.

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         chochis.jpg
Visualizações:	1
Tamanho: 	31,3 KB
ID:      	136029
    Chochis

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         IMG-20171207-WA0029.jpg
Visualizações:	1
Tamanho: 	32,1 KB
ID:      	136030
    Estrada boliviana, ruta 4, pavimento de concreto.
    O sonho é o combust

  2. #12
    Data de Ingresso
    Apr 2013
    Localização
    Morrinhos - GO
    Posts
    203
    Em Santa Cruz de La Sierra fomos “cambiar” dinheiro, tarefa que não foi nada fácil pois não temos mapas da bolivia e os caminhos eram feitos por placas e informações das pessoas pelo caminho. Para fazer a compra de “bolivianos” encontrei uma dificuldade e acho que fiquei desorientado pois não sabia como estacionar a moto nas ruas, não podia pô-la perpendicular ou paralelo à calçada, pois cada um me dava uma informação diferente. Então a solução foi pagar e deixar em um estacionamento privado. Porem antes de adentrar na cidade encontramos um banco às margens da rodovia, la tentamos fazer a troca de Real para Boliviano, seria possível se tivéssemos com passaporte, documentos que não adquirimos por falta de dinheiro, seriam algo em torno de 160 dólares a menos, e poderiam mesmo fazer alguma falta.
    Voltando a estrada a moto tinha boa autonomia de combustível e procurei sempre andar com o tanque com pelo menos metade, então fui até um posto tentar abastecer e la entendi que a região estava começando a passar por uma crise de falta de abastecimento de combustíveis, esse fato me preocupou, pois ainda faltava um longo trecho de Bolívia para trafegar, meu consolo foi estar indo para as grandes cidades e com certeza por la encontraria gasolina em algum posto.
    Neste dia aprendi uma grande lição no trânsito que me serviu para todos os países andinos por onde passamos. Notei que nas estradas nenhum veículo respeitava nossa moto, então um motociclista me ensinou como andar e ser respeitado, trafegando pelo acostamento, o que é literalmente condenado, criticado e ilegal aqui no Brasil é a solução para se andar bem e com segurança por lá, então passei a fazer o mesmo e nossos problemas estradeiros acabaram, ainda bem porque o transito estava lento e pesado, começamos a subir a cordilheira dos andes, nesse trecho muitas curvas e a floresta amazônica dando um verdadeiro espetáculo, imponente, árvores gigantes, densa, clima quente e úmido, nos deixando impressionados e encantados com tamanho poder e beleza. Minha filha já começou a dar sinais de problemas de saúde, a sinusite estava mostrando que os dias vindouros seriam bem difíceis, nos hotéis onde dormimos e dormiríamos possuíam ar-condicionado, item essencial para ter noites tranquilas, porém esse aparelho prejudicava a fernanda e sem ele não conseguíamos dormir, então realmente esse problema respiratório iria por em prova nossa vontade de continuar viajando.

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         IMG-20171229-WA0079.jpg
Visualizações:	2
Tamanho: 	59,9 KB
ID:      	136031
    moto no acostamento e com uma especie de guarda chuva que so protege mesmo é do sol.

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         IMG-20171229-WA0081.jpg
Visualizações:	2
Tamanho: 	72,4 KB
ID:      	136032
    floresta amazonica na bolivia

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         IMG-20171229-WA0085.jpg
Visualizações:	2
Tamanho: 	37,7 KB
ID:      	136033
    Caldo de frango, na verdade agua com tempero e arroz, um baita pedaço de frango.
    Nao achei saboroso.
    O sonho é o combust

  3. #13
    Data de Ingresso
    Apr 2013
    Localização
    Morrinhos - GO
    Posts
    203
    Paramos para pernoitar em Santa Fé, em um hotel a beira da estrada o barulho por causa do movimento intenso seria um desafio para conseguir desligar e dormir, tomamos um banho em um banheiro terrível, pois a água não estava na temperatura que queríamos. Como de costume saímos a caminhar para melhorar as dores pelo corpo. No caminho até a praça central da cidade encontramos uma senhora tipicamente vestida estava vendendo umas frutinhas amarelas, minha filha estava curiosa pra conhecer e experimentar mais uma comida típica do país. Estava sendo vendido um saco imenso com no mínimo 50 frutinhas por 10 bolivianos, então como não podemos levar carga na moto e só queríamos conhecer o fruto, ofereci 5 bols em 5 frutinhas, mas a senhora achou que estava fazendo algo errado e nos deu umas 20 pelo preço que ofereci e ensinou como abrir para saborea-la, fiquei pensando se fosse no Brasil como seria tratada essa situação. Então na praça paramos e começamos a comer, meio azedo meio adocicada, lembrando uma pitanga fruto do cerrado. A seguir jantamos, eu como sempre experimentando uma comida nova então preferi um sanduiche e arrependi pois o tempero nada me agradou.
    Quero abrir um espaço aqui para mencionar duas coisas que começaram a nos chatear, banheiro e wifi. Chegávamos nos locais para pernoitar, víamos anúncio de água quente e sinal wifi, e o comum era ter somente uma ou outra, nunca ambas, chegamos a um ponto que falei que antes de adentrar gostaria de testar chuveiro e sinal de internet, fizemos isso mas parecia piada, funcionava bem até usarmos depois começavam os problemas, quero mencionar isso abaixo, mas alguns lugares creio ter esquecido.

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         IMG-20171230-WA0000.jpg
Visualizações:	0
Tamanho: 	38,8 KB
ID:      	136043
    Achachairu, a fruta mencionada no texto.

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         IMG-20171230-WA0001.jpg
Visualizações:	0
Tamanho: 	23,9 KB
ID:      	136044
    O sonho é o combust

  4. #14
    Data de Ingresso
    Apr 2013
    Localização
    Morrinhos - GO
    Posts
    203
    A subida da cordilheira dos andes inicia-se oficialmente no trecho entre Santa Fé e Cochabamba, nesse caminho começaram os desafios da viagem, curvas constantes, a estrada que era perfeita já apresenta remendos e obras pelo percurso, a floresta amazônica mostra sua imponência, árvores gigantes que nas montanhas pareciam ainda maiores e a chuva era forte e o frio começava a torturar. Passamos por um túnel “macabro” algo que não deveria existir no mundo, era todo cavado na rocha não tinha sinalização horizontal ou vertical, nenhuma iluminação, a rocha toda úmida refletia o farol da moto e tudo se transformava numa escuridão total, assustei com aquela falta de rumo, notei a minha direita ratos grandes, dignos de amedrontar um gato, eles corriam pros lados seguindo um pequeno curso de água, então vi que onde eles estavam era a lateral da estrada, daí que me orientei por eles e segui até sair do túnel que deveria ter uns 500 metros de muito medo. Então todas essas combinações tornaram esse percurso difícil e lento, consumimos quase o dia todo apenas nesse trecho com pouco mais de 300 km. No almoço já começamos a enjoar da comida “estrangeira”, tempero diferente que não consigo descrever, os pratos eram compostos de entrada com um caldo com bastante água temperada e alguns pedaços de verdura e arroz, parecendo uma sopa de arroz, depois vem o principal que normalmente era carne com algum outro componente e suco ou chá. Minha filha não come porco e nem peixe, carne vermelha também não com medo de ser lhama, então sobrou-nos repetidamente “pollo com papa frita”, frango com batata frita. Chegamos em Cochabamba já escurecendo, tamanho foram as dificuldades do dia.
    Chegando no hostel tive um grande susto. Dei uma olhada geral no estado da moto e notei que o liquido de arrefecimento foi todo embora, fiquei extremamente preocupado pois estava muito longe de casa e um problema como este poderia acabar com a viagem. Mas no outro dia cedo vi que fiz a leitura errada e fiquei bem mais tranquilo. A noite fomos jantar e também a uma farmácia onde minha filha, já sentindo a viagem estava com o nariz entupido e mal conseguindo respirar, estava também com uma cólica renal. A gente meio perdido entre o que a farmacêutica dizia pois o espanhol dela não era fácil de entender, então uma mulher falou em um bom português qual o melhor remédio, então falei pra fernanda, “vamos então ficar com este que ela falou, e a mulher fala português hein!”, ela riu e nos contou que era brasileira e já não conseguia falar nosso idioma com fluência. Minha garupa nesse ponto da viagem começou muito a me preocupar, pois não estava respirando bem e tínhamos trechos de grande altitude pela frente com ar rarefeito, respirar portanto era algo fundamental e como ela se encontrava, essa tarefa parecia impossível. Voltar seria uma solução? Me fiz essa pergunta várias vezes pelos dias que se seguiram, então apartir daquele local nossa viagem começou a deixar de ser passeio e se transformou em uma verdadeira aventura, onde experimentamos e conhecemos nosso limites físico e emocional.
    Como falei anteriormente wifi e chuveiro seria uma de nossas sinas, em Cochabamba o sinal wifi era inconstante, na maior parte do tempo ficamos sem esse recurso o que nos salvou foi ter adquirido na entrada da Bolívia um chip de celular com crédito suficiente pra atravessar o país. O chuveiro dava medo tomar banho, quando ligava a água saía pra todos os lados, inclusive vazando deixando a gente com medo de ser eletrocutado, reclamamos e o funcionário foi lá, deu um apertozinho e achou que tinha resolvido, mas o problema continuou então o jeito foi enfrentar.

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         Screenshot_20181119-221924_Lite.jpg
Visualizações:	4
Tamanho: 	62,4 KB
ID:      	137589

    Esta postagem minha filha pôs no facebook dela. Quando vi achei que valeu a pena todo o sofrimento dessa viagem.
    E faria tudo outra vez.
    Última edição por Joverany; 19-11-18 às 22:28.
    O sonho é o combust

  5. #15
    Data de Ingresso
    Jul 2018
    Localização
    Arapiraca, localizada no agreste alagoano
    Posts
    53
    Muito bacana RFC Joverany!!!

    Continue postando as lembranças!

  6. #16
    Data de Ingresso
    Apr 2013
    Localização
    Morrinhos - GO
    Posts
    203
    O caminho entre Cochabamba e La Paz, nos mostrou dificuldades que encontraríamos em toda a viagem, subindo a cordilheira o frio começou a torturar e pra todo lado que olhávamos a chuva estava a nossa espreita. Então no topo do local entramos em uma nuvem, mais uma vez na vida estávamos passeando de moto nas nuvens, paramos pra almoçar em um restaurante a beira da estrada, qualquer comida que eu pedisse não me agradava, já estava cansado da comida estrangeira e pratos desconhecidos tornava o almoço um desafio. No local chegou um comboio de motociclistas de Cochabamba que estavam a realizando um passeio, procuramos conversar, pedir informações e orientações como sempre fazemos no Brasil, espírito de irmandade, mas pra minha surpresa eles mal falavam com a gente fiquei meio incrédulo e decepcionado. Seguindo a viagem até um posto de pedágio onde começou uma chuva forte e com granizo. Observamos sempre nos postos de pedágios uma grande quantidade de vendedores ambulantes com barracas de comida e bebidas, a única comida que nos agradava era “empanada”, uma espécie de massa de pastel recheada com carne, lembrava empada brasileira e tomei nessas barracas sucos de vários sabores, nem sei falar quais eram uns eram bons e outros terríveis.
    Fomos vestir os equipamentos de chuva, a Fernanda precisava de ajuda pra vestir a calça, pois estava literalmente sofrendo com mal da montanha, muita falta de ar, nariz entupido e a sinusite dela não aliviava, ela estava muito mal, fraca e com vertigens, me deixando preocupado e o tempo todo querendo abortar a viagem, pra chegar a baixas altitudes, assim quem sabe ela melhoraria, eu estava mesmo com medo dela não se aclimatar e não suportar o longo trecho de grande altitude.

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         Screenshot_20181121-204626_Video Player.jpg
Visualizações:	1
Tamanho: 	53,5 KB
ID:      	137852

    Foto tirada no restaurante "na nuvem" onde almoçamos.

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         002.jpg
Visualizações:	1
Tamanho: 	33,8 KB
ID:      	137855
    Última edição por Joverany; 21-11-18 às 21:07.
    O sonho é o combust

  7. #17
    Data de Ingresso
    Apr 2013
    Localização
    Morrinhos - GO
    Posts
    203
    A chuva que pegamos nesta região foi longa, fria e forte. A temperatura no termômetro da moto desceu até 8 graus, depois de uns 2km o asfalto acabou e veio lama, cascalho e barro, a estrada era boa, mas minha moto estava pesada e com pneus nada apropriados pra aquele tipo de terreno, a tensão e o medo de cair tomou conta me obrigando a triplicar os cuidados. Em um trecho bastante plano a estrada sumiu e em seu lugar um imenso lago, então parei a moto, chovia fino e ventava muito frio, fiquei ali parado a espera de que algum veículo passasse pra termos uma noção da profundidade daquela “lamina de água” por uns 15 minutos ficamos ali e nenhum veículo passou então jeito foi pegar um pedaço de pau e ir tateando o local e vendo sua profundidade, deveria ter uns 200 metros de comprimento, vi que dava pra passar coma moto, então entramos na água, em boa parte os baús laterais e meus pés estavam cobertos com aquela lama, encharcando e congelando-os, assim que passamos olhei pros lados e um fato que encantou foi ver as montanhas brancas de granizo, algo muito bonito de se ver, pra todo lado que olhava estava tudo branco parecendo neve, essa visão nos fez esquecer um pouco o sofrimento. Depois que a chuva parou seguimos no frio, agora quem nos torturava era as costelas de vaca na estrada e poeira, sempre fomos ultrapassados por veículos com velocidade maior, ou cruzando com caminhões fazendo a gente sumir na poeira, poderia acelerar e até acelerei algumas vezes mas me lembrava que estava quase 5 mil quilômetros de casa, então não poderia me dar o luxo de arriscar, sofrer uma queda naquela situação não poderia nunca acontecer, fazer trilha, pegar estradas de chão, lama ou barro perto de casa, no raio de alcance da seguradora ou no raio de alcance da esposa é muito fácil. Ali estava com muita carga, garupa e a integridade física da Fernanda era minha responsabilidade. Seguimos por esse trecho de chão até Caracolo. Nesta cidade lubrifiquei a corrente da moto e fui num posto comprar gasolina, quando voltei minha filha tinha feito amizade com um motociclista, era proprietário de uma Ducati, esse sim era irmão, Fernanda prostada no chão por conta do soroche, eu muito preocupado com a situação dela, já estava assim a dias e parecia não melhorar mais, nosso novo amigo tentou a todo custo até encontrar um remédio pra resolver os sintomas do mal da montanha, chamava sorochepil, minha filha tomou e a promessa era que depois de duas horas estava bem, infelizmente não foi o que aconteceu, poucos quilômetros a frente ela vomitou e o remédio foi embora junto.

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         IMG-20171210-WA0027.jpg
Visualizações:	3
Tamanho: 	78,4 KB
ID:      	137859
    Trecho de terra entre cochabamba e caracolo. Existe uma estrada asfaltada, ou pelo menos existia
    mas estava em reforma e o asfalto foi todo arrancado.
    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         IMG-20171210-WA0028.jpg
Visualizações:	2
Tamanho: 	82,8 KB
ID:      	137861
    Este local é um cemiterio, uns 60 km de caracolo.
    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         Screenshot_20181121-211251_Video Player.jpg
Visualizações:	2
Tamanho: 	51,9 KB
ID:      	137863
    Fernanda Vomitando pouco depois de caracolo.
    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         IMG-20171213-WA0020.jpg
Visualizações:	2
Tamanho: 	50,1 KB
ID:      	137865
    Local dessa foto é proximo a Cochabamba.
    Última edição por Joverany; 21-11-18 às 21:25.
    O sonho é o combust

  8. #18
    Data de Ingresso
    Apr 2013
    Localização
    Morrinhos - GO
    Posts
    203
    Chegamos em La Paz quase escurecendo e na entrada da capital boliviana encontramos uma hospedagem e ali ficamos, minha filha mal conseguia subir as escadas até segundo andar do hotel, embora ofegante por também estar sentindo mal da montanha eu subi várias vezes levando as bagagens pro quarto onde passaríamos a noite. Convenci minha filha a ir comigo até um local onde jantar, na tentativa que ela melhorasse a respiração, não fomos longe, ela mal conseguiu andar 100 metros, apoiando em mim consegui leva-la de volta até a hospedagem deixei-a na cama e fui buscar comida, encontrei um restaurante que vendia uma especie de marmitex, pedaço de frango, e outras coisas, porém ela nem mexeu na vazilha dela. Banhamos, jantei e cama. Lembrando que nesse hotel wifi não funcionava o local onde estávamos era longe do roteador, mas o chuveiro era bom. Dormimos ansiosos porque no outro dia iríamos andar na famosa estrada da morte, a estrada mais perigosa do mundo.
    O sonho é o combust

  9. #19
    Data de Ingresso
    Apr 2013
    Localização
    Morrinhos - GO
    Posts
    203
    Saímos cedo pra conhecer a famosa rodovia, tivemos que atravessar toda La Paz, saindo da hospedagem víamos a nossa frente uma montanha coberta de neve e segundo o que falaram é eterno nunca houve degelo. Experimentei o trânsito dessa capital, foi demorado e lento pois caímos em um engarrafamento onde nenhum veículo conseguia caminhar, no Brasil numa situação dessa a gente vai costurando entre os carros e assim vencemos o congestionamento, mas como a Vstrom estava carregada os baús laterais impediam-me de fazer qualquer manobra pra andar, o resultado foi que demoramos quase duas horas apenas pra atravessar o centro da cidade, o dia começou frio e naquele momento o calor estava a pino então estávamos “cozinhando” dentro de tanta roupa. Na estrada encontramos o maior trecho de altitude até aquele momento, em torno de 4.600 metros, quando eu via a altitude aumentando meu desespero aumentava, eram ali dois sentimentos, medo da estrada da morte e preocupação com a saúde da Fernanda, pois a altitude estava fazendo mal ao extremo pra ela. Me lembro de viajarmos para o Chile no ano de 2015 quando ela passou bastante mal, mas conseguiu se aclimatar em menos de um dia, nessa viagem estava sentindo os problemas respiratórios há dias, talvez o que agravou foi o fato das noites quentes até Santa Cruz de la Sierra onde só dormia com ar-condicionado então a sinusite a atacou, atrapalhando e agravando os problemas com falta de ar. Eu ficava o tempo todo olhando a altitude e torcendo pra baixar, e parecia que cada montanha era um Everest de desafio.

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         [000039].jpg
Visualizações:	0
Tamanho: 	75,4 KB
ID:      	139156
    Rua de La Paz

    Clique na imagem para uma versão maior

Nome:	         [000060].jpg
Visualizações:	0
Tamanho: 	72,5 KB
ID:      	139157
    A caminho da estrada da morte, muitas estradinhas como essa.
    Última edição por Joverany; 27-11-18 às 22:02.
    O sonho é o combust

  10. #20
    Data de Ingresso
    Oct 2018
    Localização
    Fortaleza- Ceará Muitas praias e um povo hospitaleiro.
    Posts
    40
    Desafios fora e dentro de nós!! Esse é o fazedor de chuvas!! Sonho de muitos irmãos!! Vão na paz!!!

Página 2 de 4 PrimeiroPrimeiro 1234 ÚltimoÚltimo

Permissões de Postagem

  • Você não pode iniciar novos tópicos
  • Você não pode enviar respostas
  • Você não pode enviar anexos
  • Você não pode editar suas mensagens
  •