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Bolívia, HD na estrada!
Puerto Suarez
O sábado amanheceu chuvoso. Chuviscos, na verdade. Tudo conforme a previsão dos meteorologistas. Mas aquele 29 de setembro estava marcado para iniciarmos nossa viagem até La Paz, na Bolívia, para participarmos de mais um encontro de motos Harley Davidson, organizado pelos nossos amigos bolivianos, capitaneados por Maico, que ano passado nos recebeu com muita simpatia na sua cidade. Vamos voltar lá para revê-lo e tantos outros amigos que lá se encontrarão.

Parada para lanche, em Imabú - PR
Antes das dez de manhã já estávamos em Curitiba, onde nos encontramos com o Volnei, de Curitibanos, com quem dividiríamos a estrada. Nós em nossa Ultra 2009, e ele em sua Fat Boy 2011. Agora éramos duas motos, duas possantes Harleys, que com seus roncos inconfundíveis, espantaram qualquer ameaça de chuva.

Obras à frente!
Com tempo bom, muito sol, chegamos a Maringá, local previsto para o pernoite daquele dia. Ficamos no Hotel Ibis.
Domingo, 30 de setembro.
Saindo de Maringá, deixamos o nosso tradicional caminho até Presidente Prudente para, pela Raposo Tavares ir ao Mato Grosso do Sul, mais precisamente Campo Grande, para seguir por outra estrada, em direção a Nova Londrina, e dali passar para o Mato Grosso do Sul, cruzando o rio Paraná na represa Porto Primavera, saindo em Nova Andradina. Não é um bom caminho, apesar de ser alguns míseros quilômetros mais curto. Ocorre que por ali, na região do Pontal do Paranapanema, o asfalto é muito ruim. Por dezenas e dezenas de quilômetros, buracos e mais buracos na pista impedem velocidade superior a sessenta por hora, atrasando sobremaneira a viagem. Não indico este caminho para ninguém.

Retas intermináveis, no Mato Grosso do Sul
Pensávamos dormir em Campo Grande, mas como ganhamos uma hora devido ao fuso horário, resolvemos adiantar a viagem e fomos até Aquidauana, onde o Volnei teve a oportunidade de visitar o Rubens, seu colega de faculdade, que por lá reside. À noite ele nos recebe em sua casa, e na companhia de sua simpática esposa, nos brindam com suculento churrasco. Picanha acompanhada com mandioca cozida. E muita cerveja geladinha. Hummmmm! Bom demais.
Dormimos no hotel Beira-rio.

Em Aquidauana, com os amigos Neulma, Menatti e Rubens
Segunda-feira, 1º de outubro.
Logo pela manhã, uma agradável surpresa. Menatti e sua esposa Neulma de Campo Grande, nos encontram no hotel e se juntam a nós. Estão indo até La Paz visitar uns amigos. Ótimo, agora somos cinco pessoas em três motos.
Desde que entramos no Mato Grosso, tenho usado muito o piloto automático, aproveitando as longas retas e o excelente estado do asfalto. Muito prático.
Próximo ao meio dia chegamos a Corumbá e fomos logo para a passagem da fronteira. Primeiro precisamos “dar a saída” em nosso passaporte na polícia federal brasileira, para depois iniciar os trâmites junto às autoridades bolivianas. Mas para nossa surpresa hoje é feriado por lá, e está tudo fechado, inclusive a aduana, a imigração e o free shop. Pipocas!

Ponte sobre o Rio Paraguai

Chegamos à Bolivia!
Sem muitas opções do que fazer, fomos procurar um hotel. Escolhemos o El Pantanal, em Puerto Quijaro, o mesmo que nos hospedamos em 2005 quando por aqui passamos.
Agora só nos resta aguardar e amanhã cedo, o mais cedo possível, fazermos os trâmites fronteiriços e seguirmos viagem.
Última edição por Dolor; 03-10-12 às 01:11.
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La Paz
Terça-feira, 2 de outubro.
Era quase meio dia quando reiniciamos a viagem, escoltados por dois marinheiros da armada boliviana, armados até aos dentes, que iam no carro do nosso amigo Herlan, o tramitador indicado por Maico para nos ajudar com a documentação na fronteira e na aquisição de gasolina. Foi uma manhã de muitas atividades: fila para a imigração, fila para a fotocópia, fila para a aduana, mais fila para mais fotocópias, fila para obter autorização da polícia para transitar com as motos pela Bolívia, fila para isso, fila para aquilo...

Fila para fazer a imigração.
Mas finalmente estamos na estrada. Ninguém lembra que já é hora de almoço, que ninguém bebeu água, que ninguém comprou alguns biscoitos para comer, já que vamos atravessar uma região bastante deserta, de poucos ou quase nenhum recurso.
Rodar pela Ruta 4 da Bolívia é uma beleza. Longas retas, curvas com boa inclinação, estrada sem buracos, pouco movimento, e nada de lombadas.

Belas paisagens ao longo da Ruta 4
Em San José de Chiquitos nos despedimos de nossa escolta que retorna para a fronteira. Agora estamos sós. Mas não vê nenhum sinal de perigo. A pavimentação da estrada não está totalmente concluída. Faltam apenas uns poucos quilômetros, onde o trânsito é feito por desvio em bom estado.
Já era noite quando chegamos a Santa Cruz de La Sierra. Cansados, famintos, mas com aquele gostinho de ter vencido um trecho bastante inóspito.
Referente à gasolina, cabe uma observação: conforme nos foi explicado, o combustível é subsidiado para uso dos bolivianos. Para os estrangeiros, deverá ser vendido a preços internacionais. Ocorre que, por medo, ou por ignorância, alguns postos se recusam a vender a gasolina para nós, alegando não saberem como proceder. Daí a dificuldade.

Hotel Camino Real, em Cochabamba
Em Santa Cruz, nos hospedamos no Hotel Camino Real. Muito bom.
Quarta-feira, 3 de outubro.
Amanheceu chovendo, e por mais que fosse a nossa torcida, a chuva só fazia aumentar. Solução: vestir capa de chuva.
Rodamos uma centena de quilômetros e o tempo melhorou. Em Villa Tunari aproveitamos a parada para colocar roupas quentes, pois ali começa a subida da cordilheira. Até Cochabamba a estrada sobe a cerca de 4.200 MSNM. E como estava frio.

Nevoeiro na montanha
Em Cochabamba nos hospedamos no Hotel Portales.
Quinta-feira, 4 de outubro. Último trecho da viagem até La Paz. Manhã de sol anunciando que teremos uma excelente dia para viajar. Bastante agasalhados, não tivemos dificuldade em vencer o trecho, apesar do frio que fazia nas partes mais altas.

Em algum trecho próximo a La Paz

Chegando a La Paz
Quase chegando em La Paz, um ponto de reunião para sermos conduzidos por policiais até o Hotel Radisson, onde ficaremos nos próximos dias, participando desse encontro de motociclistas, que muito promete.
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Ruta de Altura
Sexta-feira, 5 de outubro.
Hoje o dia começou diferente: pela primeira vez, nesta viagem, não precisamos arrumar as malas para partir. Vamos ficar por aqui participando do Terceiro Encontro Internacional Harley Davidson de La Paz, Bolívia, denominado Ruta de Altura.
A abertura foi ontem à noite, aqui mesmo no hotel Radisson onde estamos hospedados, com uma Cena de Bienvenida. Excelente comida, regada a muita cerveja Huari e música ao vivo. O animado baile avançou pela madrugada.

Mesa de brasileiros: Gibóia, Fiapo, Ângela, Maria da Graça, Jacaré, Volnei e nós

Com Maico Barragán, organizador do evento
E hoje a programação continuou com uma “Salteñada” aqui mesmo em frente ao hotel: nada mais do que reunião do pessoal para conversar, trocar ideias, contar as últimas novidades, viagens, motos, acessórios, amigos, música, cerveja e salteñas, uma espécie de empanada, recheada com pedaços delicados de frango ou carne, em molho agridoce e picante. Gostei!

Caravana a Rio Abajo
Em seguida partimos para um passeio em moto, até a localidade chamada Rio Abajo, onde na Casa de Campo Flor de Lis nos foi servido um delicioso almoço campestre, animado por música típica boliviana executada por excelente conjunto, além de apresentação de danças folclóricas com personagens ricamente vestidos com roupas muito coloridas. Magnífico!

Que forma estranha de servir um drink!

É nós, na Casa de Campo Flor de Lis

Caravana retornando ao hotel
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Yungastock
Sábado, 6 de outubro.
Não poderia deixar de mencionar o jantar de ontem, que estava muito bom. Foi num restaurante chamado Factory, especializado em comida mexicana. E de entrada nos foi servido um gigantesco prato com totopos, guacamole, queijo derretido, chiles, e frijoles picantes, e na sequência, costeletas de porco ao molho barbecue, e asas de frango com molho agridoce/picante. E para acompanhar, o delicioso chopp Paceña, a famosa cerveja de La Paz. Animando a festa, excelente conjunto de jazz, blues e rock.

Jantar no Factory: comida mexicana e chopp Paceña
Hoje foi dia de descanso para a Ultra. A organização do evento colocou ônibus à disposição dos interessados para o deslocamento até o local das atividades. Mesmo assim, a maioria dos participantes foi de moto, em caravana escoltados por motociclistas da Polícia Boliviana. Na programação, deslocamento até a região de Yungas (onde fica a cidade de Coroico, famosa pela Ruta de La Muerte), num local denominado “Campamento Yungastock”, rememorando Woodstock, onde tivemos a apresentação de três conjuntos musicais, incluindo um de música e dança folclórica afroboliviana. E claro, muita comida e muita bebida. E para quem estava em bus, melhor ainda.

Bus para Los Yungas

Olha nós aí!

Dança folclórica Afroboliviana

Com meu amigo Juan Jo, de La Paz: Óleo HD corre em suas veias
À noite, cena show de clausura aqui mesmo no hotel, com um concerto em homenagem a Pink Floyd, os agradecimentos e homenagens a todos os colaboradores e participantes.

Mesa de brasileiros. Da esquerda, Jacaré, Jibóia, Maria da Graça, Volnei, Fiapo, Modolon, Ângela, e nós.
Amanhã seguiremos viagem, com uma pequena alteração em nosso roteiro. Nosso objetivo é Arica, no Chile, mas tendo em vista obras no lado chileno da ruta passando por Tambo Quemado, que seria o caminho mais curto, vamos sair da Bolivia por Desaguadero, entrar no Peru, descer a cordilheira até Moquegua, passar por Tacna para depois cruzar a fronteira e chegar a Arica.
Referente ao encontro Ruta de Altura, somente temos a elogiar a excelente organização, que se preocupou com tudo nos mínimos detalhes, e que tudo saiu na perfeição.
“É una historia que se escribe com huevos!
Última edição por Dolor; 07-10-12 às 22:08.
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Tacna
Domingo, 6 de outubro.
Hoje quando descemos para o café da manhã, encontramos poucos participantes do encontro no restaurante do hotel. Será porquê? Olhei para o relógio e vi que já passava das oito. Claro, a maioria já seguiu destino. Só os desocupados acordam tarde, tomam café tarde, e saem para viajar tarde. De preferência depois que o sol já esquentou a terra.

Gasolina com preço diferenciado para veículos com placa estrangeira
Arrumamos a poderosa para reiniciar a jornada de volta, digo, a continuação da jornada. Despedimos-nos de alguns companheiros que ainda estavam por ali e seguimos viagem. Nosso primeiro obstáculo estava bem próximo: El Alto. Apesar de ser domingo, a rodovia que corta a cidade já estava totalmente congestionada, tomada por centenas, milhares de vans em busca de passageiros, e por outros tantos milhares de passageiros à procura de uma condução. E isso acaba em congestionamento, porque as vans param em qualquer lugar para recolher ou descer um passageiro, resultando paradas em filas duplas, triplas...
Buzinadas prá cá, buzinadas prá lá, arranca e pára centenas de vezes, e em aproximadamente uma hora conseguimos vencer os cinco quilômetros do congestionamento.
Mais outra hora, e já estamos em Desaguadero fazendo os trâmites fronteiriços. Foi muito tranquilo, tanto para sair da Bolívia quanto para entrar no Peru. Funcionários atenciosos, ágeis, e nada de filas.

Desaguadero, no Peru
Uma curiosidade: muita gente vendendo gasolina em bombonas, no lado peruano, bem ao lado dos postos de gasolina regularmente instalados. E vendem mais barato. Acho que é gasolina contrabandeada da Bolivia...
De Desaguadero seguimos para Moquegua, por excelente rodovia, pouco movimentada. Paisagem magnífica, muitos rebanhos de alpacas, com seus pacientes pastores cuidando para que não atravessem a rodovia. Ainda bem. Nesse trecho, a rodovia passa a 4.800 metros sobre o nível do mar. Paradinha para foto, bem rápida, e vamos em frente, pois a falta de ar maltrata a gente.

Alpacas

Chegamos bem alto!

Curvas...
Depois de uma infinidade de curvas, chegamos a Moquegua. Como ainda estava muito claro, com sol alto, resolvemos seguir em frente. Até Tacna, são muitas retas e bom pavimento. Um descanso para as mãos: para a esquerda que não precisa acionar a embreagem para a troca de marchas, e para a direita que não precisa acelerar, deixando isso a cargo do piloto automático.

Retas...
Ainda tinha sol quando chegamos a Tacna. Resolvemos ficar por aqui para pernoitar, deixando para amanhã, os trâmites fronteiriços para entrar no Chile.
Estamos hospedados no Gran Hotel Tacna.
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GCFC Osmar e Terezinha, estamos grudados em vocês e nos deliciando com este altiplano andino.
Lindo!
Desejamos que continuem desfrutando deste privilégio de fazerem o que "qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..." como reza o mandamento dos FC.
Voltem em paz porque Vitória os espera!
Abraços
Dolor e Angela
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Iquique
Segunda-feira, 8 de outubro.
Como sempre acontece quando estamos viajando, acordamos cedo: eram oito da manhã quando fomos desayunar, e conseguimos sair do hotel antes das nove da manhã. Estamos melhorando!

Preparando para reiniciar a viagem

Controle fronteiriço chileno
A fronteira está logo ali. Para sair do Peru, não levo mais do que alguns minutos. Tudo muito simples. Quando me liberam, respiro aliviado. Estava preocupado com o seguro SOAT, que ano passado exigiram quando entrei no Peru. Desta vez, não. Achei estranho. Em todo caso...
Os trâmites na aduana Chile são um pouco complicados: nada de frutas, nada de vegetais, nada de nada. Jogamos no lixo alguns damascos secos, ameixas secos e amêndoas. Tudo prá não complicar. Até um ramo de folhas de eucalipto, que trazia no tourpack para eliminar odores, foi ao lixo. Caracas! Nossa bagagem tem que passar pelo scaner.
Mas enfim, passamos.

Gasolina aqui não é tão barata...
Em Arica, fomos ao centro em busca de uma loja de câmbio pra trocar os “soles” que trazíamos, já que na fronteira não existia cambista. Perdemos quase uma hora.
Agora, o deserto mais seco do mundo pela frente.

Aspecto do deserto mais seco do mundo

Bem, não tão seco assim!
Passamos num posto COPEC para abastecer, e saborear um delicioso hotdog com salsa de palta, encher o tanque, e ir ao baño. Grátis. Incrível!

Ora subindo, ora descendo...
Agora temos pela frente a ruta 5, a famosa Panamerica. São trezentos e tantos quilômetros até Iquique, sem abastecimento, mas vamos lá! O asfalto está em ótimo estado, pouco movimento, então mantenho o piloto automático em velocidade cruzeiro de cento e quarenta por hora e assim, posso relaxar. Há que se tomar cuidado com os “carabineros”, a polícia chilena, que cuidam da rodovia. Dizem que os caras são implacáveis!

Logo, logo chegamos a Iquique. Conseguimos vaga no Hotel Terrado (www.terrado.cl), em um apartamento de frente para o mar. Digo, para o Pacífico. Que vista magnífica! Mas que pena, o dia está nublado, não veremos o por do sol!

Em um minuto deixamos nossas malas no Ap. e seguimos em moto para a Zona Franca, fazer algumas comprinhas. Muitas lojas, muita gente, mas como sempre meu anjo da guarda me policia, e no momento de comprar, ouço aquela voz que vem lá de longe dizendo: Osmar tens certeza que precisas disso? Somente deves comprar aquilo que se agarra em você, aquilo que pula em seu carrinho de compras, aquilo que tanto queres?
Então, volto sem comprar nada!
Nada também não. Compramos uma máquina fotográfica novinha, marca Cannon, último modelo, com muitos recursos. Uau! E um cartão de memória bem grandão, para guardar muitas fotos. Agora minha “Adelita” tem em mãos uma ferramenta moderna para documentar nossas viagens. Vamos ver!
E mais, antes de ir para o hotel, num super e compramos duas chirimoyas (espécie de fruta do conde natural dos Andes), e uma Canada Dry Ginger Ale Light. Delícia! E um Leon de Tarapacá Carmenere 2011, e um queso mantecoso. Hummmm!!!!
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Grandes Caciques Dolor e Ângela! A viagem está maravilhosa, porém melhor seria se vocês estivessem aqui.
Abraços,
Osmar e Terezinha
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Calama
Terça-feira, 9 de outubro.
Saímos de Iquique em direção a Tocopilla pela Ruta 1, que vai margeando o Pacífico, espremida entre o oceano e a pré-cordilheira.

Ruta 1
Estrada boa, pavimento em excelentes condições, pouco movimento, mas com muitos controladores eletrônicos de velocidade. Não dava para passar de cem por hora, que corria-se o risco de dar de cara com um carabinero disposto a multar os mais afoitos. Então, piloto automático em cem e vamos curtir a paisagem. Que por sinal é muito bonita. Olhando-se para a direita, o azul do mar; para a esquerda, altas escarpas de areia e pedra. Nada de vegetação.

Tocopilla. Ao fundo, trem carregando minério

Subindo para o altiplano
Depois de Tocopilla, tomamos a Ruta 24 em direção a San Pedro de Atacama, onde pretendíamos dormir hoje. Pois é, pretendíamos. Passando por Calama, resolvemos entrar na cidade e nos informar sobre visita a Chuquicamata, a maior mina de cobre do mundo. E não deu outra.

Depósito de residuos da mina Chuquicamata
No órgão de turismo da prefeitura nos informam que, uma vez por dia, um ônibus leva os interessados em conhecer a mina. Sai às treze e trinta. Que pena, o de hoje já saiu. Para amanhã temos vagas. Então bota nosso nome na lista. E de quebra, a atenciosa funcionária ainda nos ajudou a encontrar hotel. Sim, porque hotel por aqui é coisa rara. Todos estão ocupados por pessoas que vêm fazer trabalhos na mina.
Tarde de descanso.

Jantinha básica: einsbein com aji chileno e uma Kunstman Torobayo
Estamos no Hotel Olimpo. Pequeno, discreto, porém confortável e com garagem para a bonitona.
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Chuquicamata
Quarta-feira, 10 de outubro.
Manhã de folga, aproveitamos para fazer aquilo que mais gostamos: nada. Ou melhor, colocar o sono em dia, e nos preparar para a visita, logo mais à tarde, à mina Chuquicamata.
Iremos em ônibus que sai do Centro de Visitas da Codelco (Corporacion Nacional Del Cobre), Av. Ganaderos esquina com Av. Central Sur, em Calama, às 13:30 horas, onde podem ser agendadas as visitas. Também é possível agendar visitas à mina, na oficina da Corporacion Cultural y Turismo de Calama, bem em frente ao edifício da Municipalidad de Calama, na rua Latorre esquina com Vicuña Mackenna. A visita é grátis.

Vila Chuquicamata (atualmente desocupada)

Minérios extraídos em Chuquicamata: óxido de cobre e sulfato de cobre
A mina de Chuquicamata é a maior mina de cobre a céu aberto do mundo e está localizada próxima a cidade de Calama em pleno deserto do Atacama, no norte do Chile.
A escavação da cratera principal foi iniciada em 1882 e hoje atinge dimensões incríveis.
Tem 6 quilômetros de comprimento, 4 de largura e uma profundidade de 900 metros.

Vista da mina. Observe-se os caminhões carregando o minério
O mineral é retirado durante as 24 horas do dia, 7 dias por semana e o entulho resultante do processamento forma montanhas artificiais com mais de 150 metros de altura.
De sua cratera saem 600 mil toneladas por dia de material sendo que somente 1/3 disto é de mineral.
Para movimentar tanto material, é usada uma frota com 130 caminhões gigantes, cada um com 7 metros de altura e 8 de largura, e podem suportar até 330 toneladas. Só os pneus pesam 3 toneladas e medem mais de 3 metros de diâmetro.

Caminhão Komatsu, usado para transportar o minério

Caminhão em ação
A mina de Chuqui, como é carinhosamente chamada é uma impressionante demonstração da habilidade do homem em um ambiente tão hostil como o deserto do Atacama.
Aqui trabalham cerca de 18 mil pessoas, sendo 6 mil empregados da empresa que é controlada pelo governo, e 12 mil terceirizados. Deste total, trinta por cento de mulheres.

Visitantes ilustres
A partir de 2014, a exploração deverá ser em forma de mina subterrânea, o que diminuirá sensivelmente o custo com o transporte do material, que será através de esteiras, abandonando-se os caminhões caros e gastadores (cada um gasta cerca de 5 mil litros de diesel por dia).
O cobre produzido é embarcado em trem e levado para o porto de Antofagasta para ser exportado. A Ásia é o maior comprador.

E depois de ver tanta grandiosidade, nada como um lanchinho: Sanduiche Pierna de Jamon Praga Italiana, com Aji Chileno e um Capuccino,
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