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  1. #11
    Data de Ingresso
    Jun 2013
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    Balneário Camboriú, Santa Catarina
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    Iniciando o terceiro dia de viagem, um pequeno susto ainda na garagem do hotel: a Sahara, vulgo Jabiraca, deu uma gorfada de óleo durante a noite. Mas, após análise dos mecânicos do grupo (eu sou totalmente leigo nisso heheh), o problema não era grave, então sigamos em frente.

    Saindo de Osório, escolhemos seguir pela BR-101 até o seu final (ou início), ao invés de seguir pelo caminho mais comum que seria a BR-116. Com o dia bem bonito para viagem, sem uma nuvem no céu, deu para admirar melhor o parque eólico de Osório, e também os buracos que enfrentamos até Mostardas (RS). Se tivéssemos seguido no dia anterior por este trecho a noite com certeza teríamos uma dificuldade maior. Inclusive, passando por Mostardas e Tavares, uma paisagem bem bonita e característica da região, um terreno muito plano, que não conseguia se enxergar um único morro. Do lado direito, a lagoa dos Patos, do outro, o Oceano Atlântico, e a rodovia passando no meio desta estreita faixa de terra.

    Nessa tocada, com a rodovia em bem melhor estado, o grupo se dividiu em dois, ficando eu e o Rogério (com a Jabiraca) para trás. Parei no quilômetro 300 da rodovia para fazer o registro para mais um desafio dos Fazedores de Chuva (Rodoviário FC BR-101 – logo abro um tópico específico para ele), eis que o Rogério para e me pergunta se tem algum posto próximo, pois o grupo não parou nas cidades anteriores, e a sua moto estava com baixa autonomia. Como faltavam quase 100 kms para a próxima cidade (São José do Norte), resolvemos seguir e tentar com sorte achar algum vilarejo com combustível.

    Nessa tocada, encontramos o povoado de Bojuru, distrito de São José do Norte, onde havia um posto de combustível....fechado. Em contato com os locais, descobrimos que o posto estava fechado para almoço, e só abriria às 14:00 horas (eram 12:30 ainda). De nada adiantou ir a casa do dono do posto, ele só reabriria às 14 e ponto!

    Nessa espera, fomos procurar algo para comer, e acabamos com o estoque de pasteis da pequena padaria do vilarejo, juntamente com um grupo de jipeiros de Turvo (SC) que também esperavam a abertura do posto de combustível. Bojuru foi mais uma das surpresas da viagem, aquelas paradas inesperadas que só uma viagem de moto proporciona, um lugar de perrengues para a viagem, mas de muitas histórias pra contar, como a da própria dona da padaria, que prefere a calmaria do vilarejo a viver em São José do Norte, onde a violência te faz não confiar nas pessoas, segundo ela.

    Bojuru
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    Máquinas e pilotos abastecidos, hora de enrolar o cabo, pois ainda tínhamos 75 kms de distância para o porto de embarque da balsa que liga São José do Norte a Rio Grande, e tentarmos embarcar na balsa das 15:00, fato que acabou não ocorrendo, e tivemos que aguardar até 16:00, que era o último horário do dia. Nesta espera, fui até a prefeitura da cidade para fazer o registro dela, ainda para o desafio Rodoviário FC BR-101.

    São José do Norte
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    Desembarcando do outro lado da Lagoa dos Patos em Rio Grande (RS), ficou a dúvida: já eram 17:00, ficamos por aqui ou encaramos mais 250 kms até o Chuí? Decidimos seguir em frente para não atrasar mais a viagem. Depois de mais um erro meu (peguei a saída para a praia do Cassino ao invés da saída para Pelotas/Chuí – eita navegador bom que conseguiram para a viagem heheh), logo adentramos na BR-471, que nos levaria até o ponto mais extremo ao sul do Brasil.

    Neste último trecho, alguns medos, dificuldades, e também surpresas, não necessariamente nessa ordem: o frio do anoitecer que já dava as caras, o grande movimento da rodovia, um pôr-do-sol que poucas vezes vi igual, se escondendo no horizonte dos pampas gaúchos, a quantidade de mosquitos que insistiam em bater e sujar a viseira do capacete, a estação ecológica do Taim, com seus banhados à beira da rodovia, ainda mais embelecidos pelo pôr-do-sol, as luzes piscantes das torres Eólicas, que agora já não produziam mais tanta admiração, pois tua presença na paisagem significava ventos acima do normal, o céu mais límpido e estrelado que já vi na minha vida, e enfim, a emoção de chegar a um lugar que já conhecíamos, porém apenas pelos livros (palavras do Luciano). Foram 250 kms dos mais variados tipos de sentimentos.

    Enfim, por volta das 20:30 enfim chegamos ao Chuí, onde montamos acampamento no Turis Firper Hotel, e logo fomos comer uma pizza e se adaptar novamente à cultura local, aos goles de uma uruguaya Patrícia.

    Mapa do 3º Dia
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    Vídeo do 3º Dia

  2. #12
    Data de Ingresso
    Jun 2013
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    Quarto dia de viagem, e o primeiro dia internacional.

    De manhã, agora com luz natural, foi possível conhecer melhor a cidade de Chuí, cidade porém que na minha opinião não apresenta muito destaque por oferecer, a não ser o fato de ser a última cidade ao sul do Brasil.

    Chuí
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    Não encontramos nenhum Caixa 24 horas na cidade, sendo assim o Luciano e o Fabiano voltaram 20 quilômetros até Santa Vitória do Palmar para encontrar uma agência do banco Santander. Na espera pelos dois, conhecemos o Zuzo, um comerciante descendente de árabes nascido em São Paulo que possui uma loja de confecções em Chuí, e nos ensinou muito sobre o dia-a-dia local, sobre o fato do comércio dali ser mais visitado pelos uruguaios, e no final nos deu uma ajuda sobre o câmbio de dinheiro por pesos uruguaios (conseguimos uma cotação de 1 real por 8,65 pesos), e também o seu contato para caso precisássemos de alguma coisa dentro do Uruguai. Cidadão muito gente boa, aprendemos bastante sobre a realidade de uma cidade brasileira vivida de forma uruguaia.

    Com o grupo reunido novamente em sua integralidade, rumamos para a Barra do Chuí onde o Brasil termina (ou começa):

    Cardeal 01/04 - Chuí

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    Chegando à Barra do Arroio Chuí, para nossa surpresa, não havia nenhuma placa indicando esta divisa, apenas uma ponte sobre o Arroio Chuí, na qual acabei sofrendo um acidente: trinquei parcialmente a lente esquerda dos óculos de grau, que me proporcionou um resto de viagem com um risco na lente (putz hahaha). Mas prejuízos à parte, cumpri mais uma parte de desafio dos Fazedores de Chuva, estava em um dos quatro extremos do Brasil.

    No caminho para a Barra de Chuí, mais um parque eólico, que garantiu belas paisagens e uma boa lembrança do lugar (nesse ponto ainda estávamos “de boa” com as torres eólicas hehehe).

    Voltando ao Chuí, parada para fotos na placa que indicava o país vizinho, chegou a hora de encarar La República Oriental Del Uruguay!!

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    Próximo à aduana, o último susto da Jabiraca: não me lembro bem o que aconteceu, algo com o paralama, mas novamente deu tudo certo, hora de dar entrada no país. Particularmente, minha primeira saída do país (tecnicamente segunda, pois já estive na fronteira Brasil-Argentina em Dionísio Cerqueira-SC, mas atravessei a pé nesta ocasião) e não sabia como seriam trâmites de aduana e tal, se iriam implicar, questionamentos, etc. Nada disso, em cerca de 15 minutos estávamos na estrada.

    E chegou a hora de enrolar o cabo em terras uruguayas. E que diferença na condição da rodovia, asfalto impecável na Ruta 9, aquela que iria nos levar até o nosso destino. Confirmamos o que dizem nos livros (e internet): pensem em um país plano, terras a perder de vista, e nenhum morro no horizonte. Uma parada para abastecimento em Rocha, e mais uma novidade para os próximos dias: os postos de combustíveis tem Wi-Fi. Que diferença do Brasil, nem houve necessidade de comprar um chip uruguaio para se manter conectado, bastava encontrar um posto de combustíveis, e naqueles em que não haviam sinal aberto solicitar por “La Clave” com este portunhol paulista radicado em Santa Catarina hehehehe.

    Já entardecia, e um pouco antes de San Carlos entramos em direção ao litoral, onde poucos quilômetros nos separavam do destino do dia, Punta Del Este. E logo nesta cidade acabou a bateria da GoPro (resultado não filmei quase nada), e para variar errei novamente a entrada da cidade, onde nosso destino era as proximidades da península. Acho que vou me demitir da função de batedor do grupo hehehe, ainda bem que o Luciano nos ajudou bastante nessas horas. Logo estacionamos em frente ao Hostel Del Barcito, onde montamos nosso acampamento em Punta Del Este.

    Depois de nos instalarmos e descansarmos um pouco, bora conhecer a cidade nesta fria noite de outono, com a cidade bem vazia (fruto de ser baixa temporada). Compramos umas Patagônias no mercado para esquentar (intercâmbio cervejeiro), fomos ao monumento Los Dedos, entramos pelas ruas da península, e por fim desembarcamos no restaurante Le Soleil, para saborear uma bela parrillada (as fotos dizem por si), e tomar mais algumas Patrícias. Há boatos que alguns integrantes do grupo fizeram check-in no facebook no Casino Conrad, mas como disse, são apenas boatos hehehee.

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    Mapa do 4º Dia
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    Vídeo do 4º Dia

  3. #13
    Data de Ingresso
    Jun 2013
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    Quinto dia de viagem, enfim estamos no Uruguay.

    O dia amanheceu nublado em Punta Del Este. Tomamos o desayuno (café-da-manhã) no hostel, arrumamos a bagagens e sem pressa saímos para dar uma volta de moto pela cidade antes de ir embora. Primeiro uma volta pela península, novamente fotos em Los Dedos (agora de dia), e seguindo pela Rambla (mais uma descoberta, as avenidas de orla de praia no Uruguai são chamadas de “ramblas”) chegamos à espantosa Puente de La Barra. É realmente curioso descobrir o porquê essa ponte é toda ondulada. Não me lembro qual foi a conclusão que chegamos no momento, mas é muito legal passar por ela.

    Los Dedos
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    Puente de La Barra
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    Parada para fotos, encontramos um motociclista de Camaquã (RS), que estava vindo de Ushuaia-ARG. Esse andou hein hehehehe, disse que levou equipamento para acampar durante a viagem, mas o frio dessa época o fez descartar a ideia.

    Voltando pela Rambla, tomamos o rumo da capital seguindo pela Ruta Interbalnearia, que logo na saída de Punta Del Este passa costeando o mar em Punta Ballena, uma paisagem bem bonita. Em uma parada para abastecer em um posto Ancap, mais um encontro com brasileños: um ônibus de excursão de Cascavel (PR). E assim seguimos por uma excelente rodovia duplicada até Montevideo, uma viagem bem tranquila, onde, ao chegar aos arredores do aeroporto, ao invés de seguir pela Av. de Las Américas (que nos levaria às Ramblas da cidade), segui pelo Camino Carrasco, corrigindo o caminho ao perguntar em uma borracharia. Mais uma para a minha conta hehehe.

    Seguindo pela Av. Itália, chegamos às proximidades do lendário estádio Centenário, onde paramos para fotos. Uma breve observação: originalmente neste dia teríamos Nacional-URU x Chapecoense pela Libertadores, era um jogo o qual gostaria de assistir, porém o adiaram para dois dias depois, então abortamos a ideia. No dia seguinte haveria Peñarol-URU x Palmeiras, mas esse não me interessava hahahaha.

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    Como já eram por volta de 13:00, seguimos em direção à Ciudad Vieja, depois de acertarmos o caminho para a Rambla que nos levaria até lá. Uma hora depois, desembarcamos nas proximidades do Mercado Del Puerto. Mercado Del Puerto é um lugar que vale muito a pena ir. É turístico? Sim. É um pouco mais caro? Também. Mas vale a pena a visita. Artesanatos, alfajores (que quando cheguei ao Brasil descobri que estavam vencidos, mas tudo bem heheh), camisetas (inclusive com apologia à maconha hehehe), produtos locais, e o baby beef mais macio que já comi na vida.

    Estômago cheio, demos por encerrada a nossa visita digamos relâmpago à capital e seguimos em direção à Colonia Del Sacramento. Mas como, viajaram milhares de quilômetros para uma visita relâmpago? Minha opinião: viagem de reconhecimento de terreno hehehehe espero em breve poder voltar para conhecer o país com mais calma, de preferência em um período de clima mais quente.

    Na saída de Montevideo, começou uma chuva fraca, nos obrigando a uma parada em um posto para colocar as capas de chuva, onde aproveitamos para abastecer. E os 180 quilômetros pareciam ser tranquilos, porém encontramos uma surpresa no caminho: uma tempestade com ventos. E que ventos, vento lateral, parecia estar penteando a grama na beira da rodovia. Chuva considerável, e para fechar o pacote, tudo isso veio depois de ter anoitecido. Duas horas para andar 40 quilômetros, momentos de tensão. Como postei em meu facebook neste dia, a chegada à Colonia foi na ponta dos dedos: chuva, frio, e a constatação de que o vento sul manezinho é brisa perto dos ventos daqui hehehe. Não deu nem para perceber a beleza da cidade neste momento. Diante desse pacote completo, ao chegar em Colonia montamos acampamento no primeiro hotel que apareceu pela frente: Hotel Leoncia. Saiu um pouco salgado, mas depois de um dia intenso foi mais que merecido.

    Para fechar o dia, no momento do check-in perguntamos ao recepcionista sobre restaurante/lancheria, e entendemos que teria no próprio hotel. Sendo assim, para combinar com o clima, desci sem jaqueta, de bermuda e chinelo, já que não precisaria sair do hotel. Ao descer descobrimos que a lancheria ficava a dois quarteirões dali. A preguiça de subir bateu, então nada mais normal do que sair desse jeito na chuva e no frio de 7ºC. Frio é para os fracos heheheheh e também depois de umas Patrícias logo o frio iria passar.

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    Mapa do 5º Dia
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    Vídeo do 5º Dia

  4. #14
    Data de Ingresso
    Jun 2013
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    Sexto dia de viagem, o começo do retorno.

    Fazendo valer o ditado, “depois da tempestade vem a bonança”. Depois da tempestade do dia anterior, o dia amanheceu sem nenhuma nuvem no céu. Mas andando pela cidade, folhas e folhas de Maple (aquela folha da bandeira do Canadá) caídas pela rua lembravam a passagem da tempestade do dia anterior.

    Depois de enrolarmos para o café da manhã e a saída do hotel, por volta das 09:00 saímos para conhecer um pouco da cidade, seguindo até o final Av. General Flores para conhecer a rambla, com as águas barrentas do Rio de La Plata, e a praça do Farol de Colonia Del Sacramento, lugares que valeram a pena conhecer, mesmo com os ventos implacáveis e o frio daquela manhã. As fotos falam por si só.

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    Em seguida, nos despedimos da cidade pela Ruta 1, e aí sim pudemos ver como é bonito a chegada à cidade, com bastantes árvores formando uma espécie de “corredor” na Ruta. Como o vento estava sentido leste, neste momento estava a nosso favor, a viagem começou bem. Até o momento em que dobramos à esquerda na Ruta 2, em Rosario....quando o vento se tornou lateral. Dali em diante, velocidade máxima era 80 km/h...o vento estava forte que não deixava desenvolver uma velocidade maior, e assim fomos seguindo aos poucos, passando por Trinidad e por Durazno, onde encontramos a Ruta 5 que nos levaria de volta ao Brasil.

    O pessoal optou por abastecer em Trinidad, e neste momento resolvi não abastecer pois achei que havíamos recém saído de Colonia. Por esse desencontro, e como andaríamos um bocado por um bom trecho até Tacuarembó, resolvi parar para abastecer em um posto Ancap perto de Paso de Los Toros. No entanto, a galera seguiu diante, e dessa situação surgiram dois fatos memoráveis (para mim):

    - O diálogo meu com o frentista, resumido a um “complieta” (apontando o dedo para o tanque) e um “gracias” no final kkkkk;
    - Andar sozinho por um bom trecho por terras uruguaias, com pastos a perder de vista (e torres eólicas também), e quase nenhum trânsito, uma sensação indescritível de ter a estrada só para mim.

    Após reencontrar o grupo, uma nova parada para abastecimento em Tacuarembó, e logo a noite foi chegando à estrada, trazendo novamente belas paisagens nesta viagem. Por fim, chegamos a Rivera por volta das 19:00 hrs, onde demos saída do Uruguai e entramos em território brasileiro em Santana do Livramento (RS), onde nos instalamos na Pousada Solare para o pernoite, e para manter a tradição (porque não), tomamos algumas Polar’s em uma lancheria próxima à Praça Internacional.

    Mapa do 6º Dia
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    Vídeo do 6º Dia

  5. #15
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    De volta ao Brasil, penúltimo dia de viagem, esse foi o dia em que parte do grupo se desfez.

    O início do dia foi bem típico de massa de ar seco: céu azul, porém temperatura de 7ºC. Até cogitei neste dia enfrentar os 1.000 quilômetros que separavam Santana do Livramento (RS) de Balneário Camboriú (SC), porém com o frio enrolamos um pouco para sair do hotel e acabamos pegando a estrada perto das 10:00.

    Após alcançarmos a BR-290 em Rosário do Sul, minha última atribuição seria deixar o grupo no trevo da RS-640 para Cacequi, de onde iriam para São Borja (RS), para entrar na Argentina e chegar a Foz do Iguaçu (PR) no dia seguinte. Depois de todas as entradas que errei na viagem, iria eu acertar este último trevo? Claro que não né, acabamos passando batido e os deixei no trevo da BR-158 para Santa Maria (RS), uns 30 quilômetros para frente de onde ficariam.

    Gostaria de novamente agradecer o grupo que formamos, foi uma viagem bem bacana. Como disse em meu facebook: “Hora de desmanchar a equipe e seguir meu rumo de volta ao litoral...galera muito bom viajar com vocês...que venha a próxima...sem torres eólicas por perto de preferência hahahahah valeu!”

    Dali em diante, rasguei o Rio Grande do Sul pela BR-290, mais conhecida por Rodovia Osvaldo Aranha, com paradas para abastecimento em Santa Margarida do Sul (RS) e Pântano Grande (RS), onde decidi parar em Porto Alegre (RS) ao invés de seguir viagem.

    Capital 03/27 - Porto Alegre (RS)

    Palácio Piratini
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    Porto Alegre, uma cidade a qual era uma vontade antiga conhece-la, e também aproveitaria para fazer o registro para o desafio Bandeirante Fazedor de Chuva.

    Para aproveitar bem o restante do dia, acabei me instalando no primeiro hotel que vi (Íbis Budget), que proporcionou um belo pôr-do-sol no Guaíba. Mal fiz check-in no hotel já saí a pé para ir ao Palácio Piratini (sede do governo estadual) fazer o registro para o desafio, e andei pelo centro em geral.

    Lago Guaíba
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    Como desde adolescente sempre ouvi muito bandas de rock gaúcho, para mim foi um prazer relembrar algumas delas, como por exemplo, atravessando a Osvaldo Aranha e entrando no Parque Farroupilha (Amigo Punk), ou mesmo encontrando a escadaria onde o finado Júpiter Maçã gravou o clipe da Marchinha Psicótica de Dr. Soup. Nostalgia de tempos que não vivi hehehehe.

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    Já era noite quando parei em um barzinho no Bom Fim para comer alguma coisa e tomar alguns tragos, e como o cansaço falou mais alto voltei para o hotel, tomando de saideira o clássico latão de Polar, e assim encerrei mais um dia.

    E os caras, por onde andaram neste dia? Dormiram em Posadas-ARG, creio que até lá não erraram mais nenhuma entrada de cidade, porque será? Kkkkkkkkkk.

    Mapa do 7º Dia
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    Vídeo do 7º Dia

  6. #16
    Data de Ingresso
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    Último dia de viagem, hora de voltar para casa.

    O dia novamente amanheceu com céu azul e frio, assim enrolei um pouco para sair do hotel, deixando Porto Alegre perto das 10:00, passando antes no Estádio Beira-Rio, do Internacional (sem clubismo hein hehehe aqui é Avaí nego).

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    Logo saí na freeway e aproveitei bem suas quatro pistas no sentido litoral, sem maiores destaques, e logo quando vi já estava na divisa com o meu estado, Santa Catarina. Hora para mais um registro dos fazedores de chuva, para o desafio Rodoviário BR-101, na divisa entre os estados.

    Uma parada para abastecimento em Sombrio (SC), e a viagem parecia tranquila, por volta das 16:00 estaria em casa, porém uma surpresa no caminho: uma manifestação de mineiros em Içara (SC) estava bloqueando a BR-101 nos dois lados. Tentei argumentar, mas não houve negociação.

    Nisso chegou um senhor com uma Lander, perguntou quanto tempo estava esperando e tal, e também tentou conversar com os manifestantes. Quando voltou, veio tentar me convencer a cortar caminho por uma trilha que tinha dentro da fazenda ao lado da BR. Olhando a trilha parecia mais um banhado heheheh achei melhor não arriscar. E lá se foi ele, pois não podia esperar para chegar ao destino: estava indo pescar na praia do Camacho em Jaguaruna (SC) hhehehe senhorzinho gente boa.

    Depois de esperar por cerca de meia hora e vendo que a manifestação não iria acabar tão cedo, resolvi voltar na contramão e desviar por dentro de Içara (SC), saindo em Morro da Fumaça (SC) e voltando a BR a frente da manifestação. Deu certo, ufa!

    Depois disso, vim embora sem maiores destaques, apenas mais uma parada em Imbituba (SC) para registro da placa do Km 300 da BR-101 (mais um registro para o Rodoviário FC BR-101), e perto das 17:30 enfim estava desembarcando na minha querida BC, com a alma lavada, a gratidão dos lugares visitados, das pessoas conhecidas, das histórias ouvidas, e do companheirismo da equipe.

    E o prêmio foi abrir uma geladíssima Eisenbahn na orla da praia. Ein Prosit!

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    Os caras seguiram sua saga indo para Foz do Iguaçu, onde o Kinho não encontrou sua jaqueta de couro (tá vendo, devia ter comprado em Maracajá hehehehe), e no dia seguinte desembarcaram em Marília.

    A única certeza depois disso foi de fato concretizada: a viagem não saiu da cabeça por um bom tempo (se bobear até hoje)!

    Mapa do último dia
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    Vídeo do último dia

  7. #17
    Data de Ingresso
    Jun 2013
    Localização
    Balneário Camboriú, Santa Catarina
    Posts
    139
    No balanço da viagem, esta pernada rendeu 3.422 kms:
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    Quanto ao mapa, completei todos os lugares da região Sul:
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    3 Capitais, 1 Ponto Cardeal e 1.302 kms rodados até essa postagem!

    Digo até esta postagem pois também já visitei Belo Horizonte, em Outubro do ano passado (viagem a qual logo postarei aqui no site), e tenho uma viagem marcada para o sul da Bahia no feriado do dia 15/11 (acompanhar um amigo que irá levar uma moto para seu cunhado), na qual pretendo visitar Vitória, e dependendo do roteiro a ser percorrido (estou aguardando a confirmação de outro amigo), visitar o Rio de Janeiro, ou São Paulo (ou as duas capitais, porque não hehehe).

    Esse ano acabei direcionando meu guidão para outro lado, este mesmo grupo da viagem para o Uruguai chegou ao Pacífico no mês de Maio, precisamente no Deserto do Atacama, no Chile, outra viagem que não sai da memória até agora, e assim acabei deixando de lado as viagens pelo Bandeirante e Cardeal.

    Mas o importante é, depois de algum tempo parado, voltar a fazer o que "Qualquer um pode fazer, porém poucos o fazem".

    Grande abraço a todos e boas estradas para nós!
    Última edição por Allan Gustavo; 07-10-18 às 20:44.

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