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Rio Tietê: Caudal; Volumoso - Nasce, cresce, morre, ressurge e se agiganta.




Nascer, morrer, ressuscitar e se agigantar
Esta é a minha definição para o Rio Tietê - Tietê que vem do tupi/guarani e quer dizer: CAUDAL; VOLUMOSO.
Aceitei o convite do amigo Everardo Passos Luz (Verô), e a proposta de desafio dos amigos Dolor e Gilmar. Então no dia 11 de dezembro de 2015 iniciamos a empreitada de visitar o Tietê, desde sua nascente na cidade de Salesópolis, até sua foz na cidade de Itapura, além destas duas, banhando mais outros 68 municípios paulistas.
Mas, o Tietê pode também ser chamado (por mim) de teimoso; nasce cerca de 20 quilômetros de distância das águas do Atlântico, mas insiste em percorrer 1.136 quilômetros até se encontrar com seu “irmão”, o Rio Paraná, na divisa com o Estado do Mato Grosso do Sul. “Paraná”, que também do tupi/guarani, quer dizer: IGUALMENTE ÁGUA GRANDE. Teimoso também, por que ainda “menino” encontra na Grande São Paulo o sufoco das descargas poluidoras e outras causas que o assola levando à morte. Mas encontra benevolência em diversos seus outros “irmãos”, como o Rio Piracicaba, por exemplo, que o ajuda a reaver a vida interior a fora.
Impressionante se ver um acanhado olho-d’água brotando simplório na Serra do Mar, crescer e gerar uma imensidão de turbinas nas tantas geradoras de energia elétrica, servir de atração turística oferecendo diversas e atraentes praias (por exemplo, Borborema, Adolfo, Itapura, etc.), mostrar vida em seu leito e em seu redor (pescadores imersos até dois terços de seus corpos desfrutando prazeres e diversões).
Ao se ouvir a expressão hidrovia, de súbito vem à mente “Tietê-Paraná”. Isso mesmo. É importantíssima via de transporte brasileira.
Para quem o subestimou, o Tietê mostrou sua força derrubando ponte, como em Birigui. Portanto, não errem nos cálculos para não contemplar tragédias.
Particularmente a mim, o Tietê apresentou a simplicidade, a humildade, a boa vontade e solicitude das pessoas; na tarefa de visitar e fotografar algum ponto do rio em cada um dos setenta municípios por ele banhado, contamos com pessoas que abriram as porteiras de suas chácaras, fazendas e até indústrias para nos possibilitar e facilitar o acesso, como por exemplo em Jumirim, em Mineiros do Tietê (Sr. André e seu capataz, José), Glicério (Sr. Milton), em Macatuba (o Sr Palácio – que se compara a uma tapera, dada sua humildade), além de administradores públicos que por vezes fizeram questão de abris as portas de suas prefeituras e câmaras e nos servir algo, ao menos uma água fresca. Em Botucatu contamos com a companhia do ilustre amigo motociclista, Rai – do Motoclube “Zuanado” - que nos acolheu em sua residência, ofereceu um café e nos conduziu à margem espraiada do rio.
Medidos no odômetro de minha motocicleta (XT 1200Z Ténéré), rodamos 3.971 Km, sendo 162 km em estradas de terra. Foram 7 dias. Destes, três vezes retornamos para pernoites em minha residência – Sorocaba, sendo os demais, em Reginópois, Birigui e José Bonifácio (no último dia, em Sorocaba, estava encerrada a aventura). Foram cerca de 85 horas percorrendo o desafio. Alegria, felicidade e prazer impar.
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