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  1. #1
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    Br - 230 / um grande desafio

    Vou iniciar esse post como o início da descrição da travessia do nosso imenso país de leste a oeste, mais precisamente na BR-230 no meses de junho e julho de 2013.
    Imenso esse país , assim como são as imensas riquezas e belezas que possuímos e que muitas vezes não damos o seu devido valor ... Amazônia , adiante ..
    Última edição por SARIS PINTO; 04-07-16 às 22:15.

  2. #2
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    Boa noite FC Saris Pinto,

    No aguardo das fotos e narrativas que irão, em muito, enriquecer essa aventura.

    Manda ver.

    Abração!!!

  3. #3
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    Instigante, desafiadora, provocadora, ahhhh BR-230, ainda quero lhe possuir... na minha Trudi 250. rsss
    Show de desafio, parabéns.

  4. #4
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    Obrigado !!!

  5. #5
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    Grande relato Saris, parabéns pelo incentivo que a todos nós causa... Para começar a programar o meu, gostaria de saber qual foi a época de realização do seu desafio?

  6. #6
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    Citação Postado originalmente por Hercilio_Junior Ver Post
    Grande relato Saris, parabéns pelo incentivo que a todos nós causa... Para começar a programar o meu, gostaria de saber qual foi a época de realização do seu desafio?
    Boa noite FC Hercilio.
    Iniciamos a nossa viagem no dia 22 de junho e concluímos a BR-230 no dia 05 de julho de 2013. A primeira pergunta que vem a mente é: 14 dias para percorrer 4300 kms vai dar uma média de 307 quilômetros por dia. Mas é tão pouco rodado!!! Por que tanto tempo? Porque não ficamos somente viajando na rodovia Transamazônica. Fomos até Tucuruí – PA e Santarém – PA, dispendendo tempo e desgaste físico. Houveram também as quedas das motocicletas, protestos e outros imprevistos que tornaram a viajem mais complexa.
    A época de julho foi escolhida por ser início da estiagem na Amazônia. Alguns preferem maio e outros os meses seguintes, até setembro ou outubro. De motocicleta é sempre importante avaliar o período da jornada.
    Eu prefiro no final do período das chuvas - julho - pois a poeira não é dominante nem as “poacas” se manifestam de forma mais perigosa na estrada.
    Abraços.
    Última edição por SARIS PINTO; 14-07-16 às 00:05.

  7. #7
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    A alvorada aos poucos despertava a selva ... Com a luz solar e o café da manhã já saboreado o momento nos convidava para seguir na estrada. Mas um fato pitoresco ocorreu: uma neblina densa se formou tornando o ar muito úmido, impossibilitando olhar com nitidez através da viseira do capacete. O dia foi raiando e a névoa se misturava com o pó da estrada. A viseira, antes embaçada, agora aos poucos foi se transformando em lama. Que trecho perigoso foi esse que percorremos!!! Nevoeiro na floresta amazônica... novidade que nunca imaginei presenciar.

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    HOTEL EM APUÍ - AM .............................. NEVOEIRO NA BR-230


    Conforme as primeiras horas do dia foram passando, a névoa se dissipou. Rumamos na BR-230 até encontrarmos a balsa seguinte. Agora era a travessia do rio Aripuanã. Uma curiosidade é que o Rio Aripuanã desde o nascedouro tem esse nome. Mas um pouco antes de cruzar a BR-230, o Aripuanã se encontra com o Rio Roosevelt que é o único rio brasileiro com nome de uma personalidade americana.

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    BALSA SOBRE O RIO ARIPUANÃ


    Aceleramos sempre atentos as condições físicas do Augusto em conduzir a sua motocicleta. Chegamos a uma fazenda que tinha porteiras fechadas em plena rodovia federal. Como alguém privatiza uma rodovia pública? Descobrimos que se tratava de um território indígena Tenharim Kagwahiva. Não havia espaço para romantismo nem humor no encontro entre índios e brancos; o negócio era simples: pagar 10 reais por motocicleta, não tirar fotografias nem parar no território, sair o mais rápido e mostrar o comprovante de pagamento na outra porteira. Foram nessas terras que em dezembro de 2013 a população de Humaitá protestou violentamente contra o desaparecimento de três homens. O três foram mortos em represália à morte do cacique da aldeia Campinho depois de ser atropelado por uma motocicleta, na Transamazônica. Por conta dessas mortes, houve ameaças de invasão à Terra Indígena, onde os índios ficaram acuados e isolados. O prédio da FUNAI foi incendiado, com destruição de casas indígenas. Enfim, atearam fogo no pedágio criado pelos índios na rodovia Transamazônica.

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    TERRITÓRIO INDÍGENA NA BR-230 (PEDÁGIO)


    Após mais algumas horas de estrada e enfim chegamos ao Rio Madeira, anfitrião da cidade de Humaitá. A derradeira balsa. Mais um dia vencido. Faltava pouco para completar a BR-230. Fomos para o Hotel descansar e depois recepcionados pelo motociclista Rogério Minotauro, de Humaitá.

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    HOTEL EM HUMAITÁ-AM
    Última edição por SARIS PINTO; 13-07-16 às 02:05.

  8. #8
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    E eu vou acompanhar passo a passo,pois será d muito proveito p qundo for minha vez de chegar ne 230,boa sorte,q deus t guie

  9. #9
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    Boa tarde FC Saris Pinto,

    Por favor, faça a postagem de sua aventura para que possamos acompanhar tudo que vivenciou.

    Abração.

  10. #10
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    Tucuruí abriga a maior hidrelétrica genuinamente brasileira. Ouvi e vivi muitas histórias sobre a barragem, da sua construção e da Amazônia em si, pois morei quando criança em Tucuruí. Agora adulto foi uma grata surpresa retornar a antiga morada. Revi as vilas de moradores da obra que se tornaram permanentes para a manutenção da usina. Uma curiosidade é que a administração da hidrelétrica permite que automóvel particular transite para os dois lados do rio por cima da barragem. Como essa questão de segurança nacional e combate ao terrorismo estão tornando áreas estratégicas extremamente protegidas, provavelmente essa prática será proibida num futuro próximo.

    Mas Tucuruí não se encontrava na BR-230. Precisávamos retornar... Nossa meta era chegar a Altamira para mais um pernoite. Novamente a poeira na estrada se mostrou implacável e perigosa. Veículos com vários eixos tornavam as ultrapassagens uma verdadeira roleta russa. Acabamos andando aos pares e ficamos tão distantes que simplesmente nos perdemos uns dos outros.

    Percebemos que várias ladeiras da BR- 230 foram cortadas para que o maquinário da Usina Hidrelétrica de Belo Monte pudesse chegar mais rápido na obra. Porém, mesmo com a amenizada do sobe e desce, as descidas geralmente terminavam em curvas, e muitas vezes tinham pontes que somente caberiam um veiculo por vez. E as pontes teriam que ser bem analisadas para serem atravessadas; buracos, tábuas soltas, bitolas incompletas. Descobrimos na prática que na Amazônia a lógica da cidade do respeito ao pedestre, as bicicletas e aos demais veículos se inverte. Ou seja, o que tem prioridade na estrada amazônica é sempre o maior: o caminhão bitrem prevalece sobre o caminhão menor, que prevalece sobre o ônibus, que prevalece sobre o micro-ônibus, que prevalece sobre a caminhonete e assim vai sucessivamente. Como estávamos de moto, na cadeia de sobrevivência estávamos somente acima dos pedestres e dos demais animais que cruzavam a estrada. Dessa forma, não havia acordo com caminhões, o negócio era sair do meio ou acelerar tudo que fosse possível. Não achei emocionante nem engraçado esses momentos de tensão numa estrada coberta de poeira e buracos.

    Passamos por Pacajá – PA, abastecemos e seguimos até Anapu-PA, onde uma interminável fila de caminhões antecedia uma ponte obstruída por um protesto de moradores. Acabava de ser interrompida nossa viagem. O que fazer?

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    ANAPU - PA
    Última edição por SARIS PINTO; 09-07-16 às 00:35.

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