On the Road with Grampa 2015

[misha]

I called Dolor on Wednesday night to see where they were. I got up Thursday morning and rode 125 miles north to meet Dolor and Pedro at the In-N-Out in Bakersfield for lunch. We then rode south and visited The Nethercutt Museum in Sylmar. They have many wonderful restored old cars there, I'm sure Dolor will post pictures. Then we ate lunch again then off to another stop. I spent all day with them and as always I had a great time. I am truly blessed to have such wonderful friends! Tomorrow, In-N-Out for lunch with the boys!

[Dolor]

GCFC Misha, it was a pleasure for us to have met you today in Bakersfield, and for sure, we had great time!



Thanks a lot for your friendship, and you know; if you take care of my children, you are saying that you love me!

You took a lot of care of Pedro!

[Dolor]

Capítulo 15 - 23/07/2015


Hoje o dia começou diferente pois antes das 8h:30 min, já estávamos colados em cima da Dream, para o nosso encontro com o Mike, em Bakersfield, nada além de 100 km, com um gostinho de final da nossa grande aventura pelo norte da Califórnia.



Chegamos alguns minutos antes, estacionamos, e felizmente, para não começarmos o nosso café da manhã com hambúrguer, havia um Starbucks Coffee, onde o Pedro atacou de suco de laranja com "muffin", daquele jeito de lamber os dedos, enquanto eu saboreei um delicioso croissant na manteiga com um balde de "cafe latte".

Bem, quanto ao Mike, não negou fogo e após finalizarmos, voltamos para o In N Out, onde devorou um "doble doble", sem dó nem piedade.


Clique nas fotos para ampliá-las!

Viajar ciceroneado por um nativo faz toda a diferença, pois apenas seguindo-o, literalmente colocando as mãos nas suas costas, fizemos a nossa primeira parada no "Pyramid Dam and Lake", onde pudemos ter uma noção, se esta é a expressão correta para o nível de simplicidade que o "Department of Water Resources", da Califórnia, apresenta neste "Visitor Center", numa excepcional panorâmica, traduzida nas imagens e interações, do grau de complexidade que é o sistema estadual de coleta, tratamento e distribuição da água.

Crescia dentro de mim, enquanto avançava pelas várias salas, o sentimento misto de admiração e de revolta, explicando; o primeiro por ver como cuidam deste recurso num estado paupérrimo dele, utilizando planejamento, obras perenes e vencendo obstáculos imensos, tais como a topografia, onde destacamos as montanhas a serem ultrapassadas, os desertos sedentos deste precioso líquido e para colocar uma pá de cal em cima de toda esta sorte de adversidades, ainda existe a preocupação com os terremotos, comuns na região, alguns catastróficos como bem registra a história.

Esta é uma preocupação constante e permanente nas mesas de trabalho na Califórnia; terremoto!



O segundo, não é muito difícil de traduzir, pois basta analisarmos a desgraça, prevista especialmente no estado de São Paulo, nosso...digamos...congênere, em função da importância que tem como a Califórnia, dentro do contexto nacional. Desperdícios, falta total de planejamento, portanto, de antecipação das suas soluções, enfim, jogo uma pequena acha de lenha nesta fogueira da incompetência tupiniquim.

Por que não se espelham no que funciona, nas experiência bem sucedidas dos vencedores em vez de ficarem se medindo com réguas cuja aferimento sabemos, de longe, não representam a medida exata das nossas necessidades?



Bem, esta estrutura levou...somente dois anos para ser construída, entre 1.968 e 1.970, para aumentar ainda mais o meu desespero!

Um belo passeio, mormente não apreciado pelos visitantes pelo desconhecimento da causa, como conosco, pois apesar de estarmos procurando informações sobre pontos de interesse, nunca havíamos ouvido a respeito desta atração.

Imperdível!

Ficamos um bom par de horas admirando toda esta amostra da complexidade que é o manuseio da água, especialmente numa época seca, como há muito não se vê na Califórnia!


Somente através da educação é possível esta queda no consumo

Para finalizar esta experiência e nos deixar ainda mais perplexos e porque não, raivosos, as casas, prédios e demais construções no estado da Califórnia, pasmem, não tem caixas d'agua!


O diâmetro das tubulações que cortam o estado é maior do que 4m de diâmetro

Dá para crer que o abastecimento de água é direto da rede, totalmente pressurizada?


Como a tubulação que se vê ao fundo

E que existem dezenas de "vendedores de água" pelo estado?

Uma casa, e aqui todas elas têm jardim, além de não nascer um pé de mato se não houver irrigação, gasta, com quatro pessoas, uma média de U$50 mensalmente!

Por favor, esqueçamos o câmbio e façamos a paridade entre as moedas!

Coisas do cotidiano que às vezes não nos damos conta e nem imaginamos como funciona, não é verdade?

Sem caixa d'agua...daí é pra chorar!



Secando as lágrimas desta inconformidade, levantamos barraca para o nosso próximo destino, "Nethercutt Museum", em Sylmar, um verdadeiro paraíso das almas boas, iniciativa do casal J.B e Dorothy Nethercutt, proprietários da marca de cosméticos Merle, cujos produtos onde encontrar, comprarei, como forma de mostrar a minha gratidão e reconhecimento pelo belíssimo trabalho deles com esta obra memorável, onde os apaixonados pelo mundo das quatro rodas tem o seu clímax diante das obras de arte aqui estacionadas.

Além de tudo o custo da admissão é zero!



Um prato cheio, com entrada servida "a la Bugatti", passando na bandeja guloseimas como Mercedes Benz, Packard, Pierce-Arrow, Talbot-Lago e claro, um sortimento de Rolls-Royce, de jogar qualquer regime no espaço.



Um excesso de calorias servidos em doses cavalares de bem gosto!

Esta é outra atração que não pode deixar de ser visitada e saboreada!



Claro, havia espaço para mais um hambúrguer com gosto de café da tarde, reforçando a musculatura para terminarmos esta nossa jornada fazendo umas comprinhas básicas.

Ah! Sempre elas!

Fomos à luta, não ficamos decepcionados e a oferta de tudo, aliada as novidades, aos brinquedos eletrônicos saltando aos olhos, ficam limitados, ainda bem, ao espaço que temos na moto, sem falar na carteira, de tão magra, dança no bolso.



Foi, sem dúvida, um belo e proveitoso dia!

[Dolor]

Capitulo 16 - 24/07/2015


Hoje o dia promete ser um tiroteio!

Literalmente, pois desde a nossa chegada ficou, nossa!, já faz duas semanas, combinado que nesta sexta iríamos para Burro Canyon Shooting Park, em San Gabriel, local mais que preferido pelo pessoal da área para praticarem a grande mania nacional; tiro!



É impressionante a quantidade de pessoas e a qualidade das armas, alguns com verdadeiros arsenais, passando o dia atirando, como hobby ou mesmo como pratica profissional, utilizando modernos equipamentos para aferirem a precisão dos seus tiros, fazendo anotações e correções, pois, com o pagamento de U$12,00, por cabeça, podem passar o dia inteiro mergulhados neste passatempo, já inserido na circulação sanguínea.



Também, como no nosso caso, pode-se alugar os suportes para a colocação dos alvos, por U$2,00, ou seja, tudo é pago, como deve ser, mas ninguém é esfolado!



Inclusive a munição esquecida, pode ser adquirida, por preços absolutamente de mercado!

Dá gosto de ver a obediência às ordens do "ranger" responsável pelo setor, com a responsabilidade de checar todos os equipamentos e munições antes de iniciar o...digamos...tiroteio, proibindo a utilização tanto de um quanto de outro, dependendo do caso. Por exemplo, o Mike levou um fuzil que parecia um canhão, da Segunda Guerra Mundial, sem problemas quanto a sua utilização, mas fomos impedidos de usar a munição levada, pois, pelo que entendi, havia alguma coisa a mais no ar do que chumbo na bala, lá na ponta, como aço, podendo, ao ricochetear nas pedras, provocar faíscas indesejadas e ocasionar um incêndio na mata rasteira nos fundos do lugar onde estávamos.

Achamos um pouco exagerado...mas...

Não há a mínima possibilidade de discussão e a aceitação é imediata, com ele ordenando que tanto a arma quanto a munição fossem colocadas de volta no porta malas do carro, sendo prontamente atendido!



A partir daí foi só alegria para o Pedro, e por tabela, claro, para mim, vendo-o feliz daquela maneira, voltando a este local, nosso conhecido de outra data.

Foi força de tiro, de vários calibres, todos com rifles, sua preferência, e como tudo é setorizado, aonde estávamos somente este tipo de arma era permitida.

Digamos...a elite!



Enquanto isso, suspeito por ser favorável ao armamento, delirando, lembro como ficamos reféns da hipocrisia que nos governa e nos ofende, nos colocando sempre como cidadãos de segunda categoria, isto se não estiver sendo generoso nesta classificação, restritos que estamos quanto a este esporte.

Viajando, nem vou falar a respeito, mas bebida alcoólica, nem pensar, ruídos, fora o do próprio tiroteio, questão vencida, cada um na sua, conscientes de seus espaços e dos seus limites, sobrando como resultado um ambiente respeitoso, pleno de cidadania e consequentemente
de dignidade. O ar neste tipo de ambiente cidadão é diferente daquele ao qual estamos acostumados no nosso país, onde pensamos somente nas vantagens pessoais, com o limite que separa o território do vizinho invadido constantemente, produzimos a selvageria social à qual vamos nos acomodando, pois nem de longe estamos no castelo da rainha da Inglaterra, com as pessoas chegando de carruagem, vestindo fraque e cartola, mas, no meio de um vale árido, cujos presentes, numa observação rasteira, são seres absolutamente comuns, alguns até exagerados nas suas apresentações pessoais, cujas profissões não faço a menor ideia, mas que jogam num coletivo individual, se é possível esta minha tese, permitindo desta forma, a criação da boa convivência territorial pacífica.



Resumindo, cada um na sua!



Voltando à terra, o Pedro, sempre atento às explicações dadas pelo Mike, deu bons tiros, não perdeu a concentração e deixamos o local com a barriga querendo ser transformada em alvo das boas mordidas nos hambúrgueres que haveriam de municiar os nossos apetites!



As dentadas pareciam tiros de metralhadora e em instantes os "doble doble" foram disparados pelos goles generosos de Coca, acertando a fome, na mosca!

Oh! Tiro certeiro!



Outro, agora de canhão, foi para o segundo tempo do dia, as compras em Rancho Cucamonga, no Victoria Garden, ótimo, e depois miramos no Ontario Mill, nosso preferido, quando percebemos estarmos somente com balas de festim!

Ou seja, munição curta!



Mas como o que interessa é a companhia, aproveitamos o encontro e convivência neste segundo shopping com o FC Plin, meio americano, meio gaúcho, resultando numa figura ímpar, cujos olhares e atenções para o Pedro, enchem o meu coração de alegria e de agradecimento.

Quando nos despedimos, hoje já era quase amanhã, e praticamente fechamos o Restaurante Market Broiller, sempre uma grande pedida quando na área.

Que maravilha poder ter convivido com o Pedro mais vinte e quatro horas sem perder um segundo sequer!



Um privilégio!

[Paula]

Bom dia, Pai!

Estamos ansiosos esperando a chegada de vocês com os nossos corações transbordando de amor e de saudades! Obrigada por proporcionar ao Pedro esta viagem que ele mesmo já descreve como inesquecível… Estes momentos de convivência que serão aos poucos transformados em lembranças são os mais valiosos "tijolos" deste processo permanente de construção do seu caráter… Eu te amo e te admiro mais e mais a cada dia!!

[Dolor]

Capítulo 17 - 25/07/2015

Já era hoje, quando finalmente ontem, deitamos o esqueleto no honesto Americas Best Value Inn, por U$75,00, em Ontario, incluindo o café da manhã, tipo continental, o suficiente para o nosso apetite matinal.

O programa para este sábado estava dividido em três partes:



a - visitar a Richard Nixon Library and Birthplace, em Yorba Linda, o que fizemos na companhia do GCFC Mike e o FC Plin, que iria nos encontrar lá, proporcionando ao Pedro a oportunidade de conhecer mais uma, pois há algum tempo havíamos mergulhado na Ronald Reagan Library, um monumento à parte.



Bem, voltando à esta do dia, ela trás consigo aquela condição de ser interpretada como um templo de cultivo à personalidade do líder que lhe empresta o nome, guardando detalhes da sua vida particular e política. Estamos numa construção à altura do seu homenageado, com amplos jardins, fontes, anfiteatro, enfim, em prédio cheio de personalidade e bom gosto indiscutível, erigida com a força da admiração dos seus correligionários, eleitores e admiradores, não havendo um só centavo de dinheiro do contribuinte, bem como a sua gestão é feita com a participação ativa de voluntários, apaixonados pela história do seu presidente, cuja vida política em Washington DC, foi longa e marcada especialmente pela sua renúncia, no famoso caso Watergate, quando numa pincelada, para relembrar, dois repórteres investigaram durante alguns meses a espionagem dos Republicanos sobre a sede dos Democratas, no edifício cujo nome era o próprio do rolo, mas o pior, o grande problema, foi a acusação de que Nixon sabia de tudo. Como mérito, entre outros, do seu governo, assinou o término da Guerra do Vietnã.

Como registro, a vitória dele foi demolidora, pois venceu em 48 dos 50 estados!



Circulamos entre os seus pertences e registros históricos com os olhos percorrendo mais do que os arquivos existentes, mas a forma como as pessoas silenciosamente prestam as suas homenagens a este personagem da história mundial.



São olhares e gestos carregados por uma admiração profunda, contemplativos, cujo ápice registrado foi em frente aos túmulos do casal Nixon, quando as pessoas retiravam os seus chapéus e bonés, selando com respeito profundo, esta relação sobre a qual estamos comentando.



Como ilustração, quis o destino, numa daquelas suas combinações, mais para conspiração, que a filha mais jovem, Júlia Nixon, casasse com o neto do ex presidente Eisenhower, de quem o presidente Nixon foi vice presidente durante os dois mandatos.

Neste caso, choveu pra cima!



Tivemos a oportunidade de circular dentro da casa onde ele nasceu, construída em 1.912, recém centenária, nos permitindo uma pequena viagem no tempo, onde pudemos perceber o conforto que uma família da classe média baixa usufruia, adquirindo-a em forma de “kit” e montada com manual de instrução, tão característico da cultura americana.
Enquanto isso aqui, nem as pré fabricadas decolaram…já no século XXI...



Também, de um modo geral não lemos manual de instrução...nem o da televisão recém adquirida!

b - com o trio de motos formado, nos dirigimos, o GCFC Mike, o FC Plin, o Pedro e eu, para a casa dos FC Stobobrob e Steph, que estavam oferecendo um churrasco para os membros do Valkyrie Riders Cruisier Club, do qual faço parte há anos, para nossa felicidade, ali mesmo em Yorba Linda, onde nos reunimos agradavelmente sob o guarda chuva do motociclismo, tendo o Pedro respondido a uma série de questionamentos sobre as viagens dele, a escola, projetos, enfim, todos sempre querem saber alguma coisa a mais a respeito dos lugares onde se vive.



Lagarteamos, jogamos conversa fora e nos deliciamos com o típico "American BBQ", composto pela famosa churrasqueira a gás, muitos hambúrgueres assando, com a participação de cada um levando um prato, complementando desta forma a festa.

Adoçamos a vida dos nossos amigos com chocolate Garoto e Sonho de Valsa para a sobremesa, com alguns dos presentes já viciados nestas guloseimas!

Totalmente diferente daquilo que conhecemos por um churrasco, mas convém lembrar, as festas aqui tem um detalhe bem diferente das nossas conterrâneas, pois além de terem hora para começar, também tem hora para terminar, com as bebidas sendo consumidas com muita discrição, neste caso, por uns dois ou três que tomaram meio copo de cerveja, sem a exposição das embalagens e dentro dos limites aceitáveis pela legislação do trânsito, normalmente no viés da tolerância zero.

Mesmo assim fico pensando com os meus botões; se o consumo de álcool nos Estados Unidos é um dos maiores do mundo, se não for o primeiro, onde essa gente bebe?



Por certo há uma criação grande de gambás caseiros, pois nos restaurantes o consumo é quase imperceptível, nos "fast food" inexistente, nas ruas nem pensar, com raras exceções como Las Vegas e New Orleans, dentre as poucas que permitem o seu consumo fora das quatro paredes, enquanto outras, como Nova Iorque, nem mesmo dentro dos famosos sacos pardos é mais permitido entornar o caldo a céu aberto.

Beber em posto de gasolina então, nem pensar, pois abrindo um parênteses, numa oportunidade há alguns anos, ao pararmos para o abastecimento da moto, presenciamos a Angela e eu, enquanto aguardávamos a nossa vez para pagamento das despesas efetuadas, a caixa negar a venda de uma embalagem com algumas cervejas, alegando, quando questionada da sua negativa, que ele, o cliente, aparentava estar alcoolizado, e para nossa surpresa, a criatura baixou a cabeça, deixou as bebidas ali mesmo no balcão e se retirou, ouvindo um grito seu, de raiva, lá fora enquanto se afastava, claro, caminhando.

Outra vez, um amigo que nos acompanhava, aproveitando o calor, comprou uma cerveja e ao tentar abri-la enquanto se dirigia para o exterior da conveniência, foi advertido fortemente pela funcionária que ao perceber a sua intenção, o seguiu e imediatamente o proibiu de abrir a lata.

Foi curta e grossa, pois se a polícia flagrar alguém bebendo nas dependências do posto de gasolina, o estabelecimento perde a sua licença para vender bebida alcoólica.

É assim que a coisa funciona!

Igual no Brasil, onde para minha inconformidade, fazem os tais dos "esquentas" ao redor das bombas de gasolina, fumam toda a sorte de cigarros, inclusive o do capeta, enchem o tanque com água que passarinho não bebe, para em seguida saírem dirigindo como se estivessem em casa, com as famílias, vítimas dessas infâmias, pagando com lágrimas esta conta da irresponsabilidade, complacência e impunidade.

São reflexões que não me furto em fazer, chamando a atenção dos nossos FC, para a forma equivocada como caminhamos, na contra mão da racionalidade e dos bons costumes praticadas por estas nações desenvolvidas.



Todavia, também tem os seus problemas, sei disso, porém, os cidadãos daqui não vivem sobressaltados como os nossos, sempre assustados e emparedados com a possibilidade diária e constante da violência que só não é gratuita, em função do alto preço pago com a nossa tranquilidade e paz perdidas.

E isto não tem preço!


Com Steph

Para complementar, as motos estavam estacionadas na rua, com as chaves nas ignições e somente não ficaram os capacetes e penduricalhos em cima, pela possibilidade de derreterem debaixo do sol implacável, agora dizendo presente para o verão.

c - nos despedimos e nos espalhamos, seguindo o Pedro e eu para o nosso carma de comprarmos os presentinhos faltantes para as crianças pequenas e para aquelas outras, já criadas!



Combinamos, entretanto, com o Mike, de nos encontramos lá pelas nove da noite, hora do fechamento do shopping, no hotel, para onde ele levaria as nossas malas hospedadas na sua oficina, porém, acometido por uma indisposição que o jogou na cama, antes passando pelo trono, ficamos pendurados no plano B...bem...qual é ele mesmo?, pois precisávamos embalar tudo, uma vez que o nosso avião partirá na manhã desse domingo, já dizendo, pelo calendário, presente.

Procuramos deixar tudo separado, aquilo que o Pedro levaria na sua mala e eu na outra, para quando o Mike chegasse, por volta das oito da manhã, estaríamos com tudo pré arranjado, ganhando rapidez para rechear as malas.

Mesmo assim, já era duas e meia quando capotei, percebendo a do Pedro, poucos minutos antes, pois tanto ele quanto eu, com os corações mais acelerados do que o de costume, os sentíamos naquela cadência gostosa da pena provocada pelo misto de ter de partir, mas ao mesmo tempo, felizes por sabermos que temos para onde ir!

Como é bom este sentimento da volta para a toca!

[Dolor]

Capítulo 18 - 26/07/2015

Com tudo devidamente separado, apesar de termos somente uma mala para cada um e mais uma pequena sacola, acordamos bem mais cedo do que o habitual para aguardarmos o Mike, prometido para alguma coisa em torno das oito horas da manhã deste domingo de partida.

Como ele havia passado mal no final da tarde de ontem, ficou uma pontinha de dúvida a respeito da sua boa recuperação, mas como ele não é de negar fogo, ficamos totalmente relaxados, descemos para o nosso café da manhã, onde conheci, por intermédio do Pedro, um simpático casal octogenário, ele bem mais próximo da mudança de década do que ela, em altos papos, querendo saber todos os detalhes da viagem que fazíamos e interessados em virem para o Brasil, no que de pronto dei o meu cartão de visita acompanhado do convite para que viessem e se hospedassem na nossa casa.



Passava pouco das 8h:30 min quando vimos a caminhonete do Mike entrando no estacionamento do hotel e rapidamente ensacamos as nossas roupas e pequenas lembranças compradas para os nossos amados da toca e uma hora mais tarde partíamos em direção à “storage”, onde deixaríamos a Dream repousando juntamente com a Hataro até uma próxima vinda.

O coração derreteu um pouquinho mas ao mesmo tempo se recompôs diante da perspectiva de em “poucas muitas” horas, estaríamos correndo para os abraços que por certo estariam nos aguardando no aeroporto em Navegantes.



Mas não tenham nenhuma dúvida que o nosso último ato em território “yankee”, foi detonar mais hambúrguer carimbado "In N Out", com o Pedro, obviamente, estraçalhando com a última dentada, daquela tipo aguada, um “ doble doble”, incluindo as deliciosas batatas fritas, atendidos pelo “drive thru” e agora estacionados debaixo de uma sombra maravilhosa, um pouco mais à frente, na rua.

Ah¡ Los Angeles...



As nossas conversas com o Mike já assumiram, desde Ontario, o ritmo de despedida, com os olhos de todos marejando de vez em quando, em função da ótima convivência durante estas quase três semanas de ouro.

Já a bordo nos aninhamos, infelizmente um em frente ao outro, pois não conseguimos no trecho entre Los Angeles e Houston ficarmos lado a lado, mas não importa, pois somente o fato de ouvi-lo batendo papo com os seus vizinhos, me enchia de alegria, acelerou a nossa chegada e imediata conexão para São Paulo, onde chegamos com mais uns cem voos vindo de todas as partes do mundo, encarando uma fila quilométrica para a alfândega, onde ele foi liberado enquanto eu fui para a inspeção secundária, porém, o mais interessante foi ver o Pedro se sentindo perdido e pedindo para o fiscal permissão para entrar na área aonde eu estava, com a sua bagagem, enquanto eu não conseguia conter o riso diante da inocência dele.
Como não trazíamos nada fora das nossas cotas, isto dava a tranquilidade necessária para olhá-lo e vê-lo inocentemente se entregar nas mãos do verdugo.

Querido, disse eu, contando isso ninguém nunca vai acreditar, que de livre e espontânea vontade te entregaste, literalmente, ao leão na sua toca, e uma vez fiscalizados, fomos imediatamente liberados para seguir em frente.

Como é bom estar com tudo em ordem!

Ufa!



Comentando com o Elton que nos aguardava para fazer o caminho inverso quando da nossa passagem por aqui no inicio da viagem, dávamos boas gargalhadas e chamávamos o Pedrinho de campeão, enquanto corríamos para o Aeroporto de Congonhas!

Campeão!



Pena não termos tido tempo para almoçar, pois o trânsito apesar de pesado, mesmo assim consumiu menos tempo do que perdemos quando deixamos o avião, em Guarulhos, pois o Pedro esqueceu o seu celular lá dentro e ao retornar reparei que ele entrou no “finger” errado. Imediatamente voltei, entrei no correto, um depois, e acompanhado por um tripulante fui até onde estávamos sentados e assim, ufa, pude recolher o telefone na bolsa da poltrona.
Tudo isto consumiu tempo e aquele cento de voos mencionados acima, era agora a barreira que me impedia de reencontrá-lo, o que aconteceu, sei lá... praticamente uma hora depois e outra para que eu pudesse encontrar o chip brasileiro do telefone, perdido dentro da minha mochila.

Enfim, coisas das idades!



Com tão boas e lindas lembranças nos nossos corações, durante o voo de regresso, agora fazendo as minhas viagens mentais, pensava na felicidade, no privilégio, em ter o Pedro, ali ao meu lado, sendo o seu ombro, literalmente de apoio, a sua companhia preferida, onde ele depositava toda a sua juventude e o que ela trazia consigo, os amigos, a paquera, as festas, enfim, dessa maneira orgulhoso, o meu desejo e tive de me controlar, era de pegá-lo no colo, apertá-lo como fazia quando recebemos essa benção dos céus e gritar bem alto o que somente podia sussurrar; Pedro, te amo, amor da minha vida, meu anjo amado, bálsamo da minha alma, e pedir em silêncio, que Deus sempre o mantivesse assim, desse jeito, educado, sensível, gentil... e... generoso nos seus... Vô, te amo, repetidos inúmeras vezes durante estes nossos dias de convivência intensa!

O meu coração transbordava pelos meus olhos!



Obrigado Querido, pela alegria proporcionada ao Vô, que nunca está só, porque a Vó e eu, conforme as tuas palavras, na última estrofe do verso escrito pelas mãos da tua Mãe, há anos, somos um só!



“Hoje trago esta florzinha
Como sinal do meu amor
E como sei que vocês são um só
Deseje também, por favor
Um bom dia da Vovó
Para o meu Vovô Dolor”

Querido, tive novamente os melhores dias de Avô da minha vida!



Obrigado e te amo!

[Paula]

Que coisa mais linda, Pai! Que o respeito por este amor seja sempre decisivo nos momentos onde ele tiver que decidir entre o certo e o errado…
A gratidão é hoje o sentimento que invade o meu coração! Muito, muito obrigada, Pai! Eu te amo!

[Gilmar Dessaune]

Bom dia Mestre GCFC, NFC e VFC Dolor,

Que maravilha de aventura com o Grandson Pedro.

Viagem inesquecível para ele e para você.

Que venham outras mais para que possamos curtir as imagens e narrativas tão ricas nos conteúdos quanto detalhadas, acrescidas da sua sensibilidade em viver e repassar para todos nós. Excelente leitura.

Parabéns!!!!