De Minas para Itajaí, para abraçar e fazer amigos

[Sergio Furnas]

X Encontro Internacional dos Fazedores de Chuva
O Encontro dos Abraços

A quinta feira, véspera da data de início do encontro amanheceu sisuda, com cara de poucos amigos motociclistas, parecendo disposta a resolver num único dia a seca que assola o sudeste do Brasil. Liguei a motocicleta às sete da manhã e conforme combinado com meus amigos FC Ivan e FC Mandello e me juntei a eles ainda no portão de casa. A GoPro registrou o primeiro momento da viagem e a cara fechada do tempo.

Fig. 1 - Na porta da minha garagem, encontrando os amigos


Fig. 2 - Na estrada, as nuvens carrancudas

O FC Reynaldo encontraríamos logo mais, por volta das 7:30h, na Rodovia MG-50, trevo de Passos-MG. Enquanto seguíamos viagem, ia pensando: ... bem essa chuvarada que se anuncia deve ser em razão da movimentação dos Fazedores de Chuva em direção a Itajaí, Nada mais lógico. Ou insano!

Fig. 3 - FC Mandello, Ivan e Sergio


Fig. 4 - Em Passos o FC Reynaldo se juntou ao grupo

Esse tempo bom nos acompanhou até Curitiba, via Serra de Piedade, onde uma garoa teimava em deixar a pista molhada. Todo juízo em uso nesse momento. Na Regis, fomos lavados por uma hora até chegar a Curitiba. Acredito que deve ter sido para a depuração dos espíritos dos pilotos e dar cara de aventura às guerreiras de duas rodas, que estavam reluzentes até então.

Fig. 5 - Em Piedade-SP as primeiras curvas molhadas


Fig. 6 - Encontro o grupo de FC Caliento, de Ribeirão


Fig. 7 - 100 km de aguaceiro na BR 116


Fig. 8 - Jantar com amigos de estrada, em Curitiba

Pernoitamos em Curitiba, num hotel do centro da Cidade. Nesta oportunidade jantamos com o amigo Erik que seguia para Ushuaia em viagem solo. Fez parte da ceia os amigos desta viagem e mais velhos amigos de estrada, Fernando Escorsin e o cunhado do Erik.
Pela manhã, as oito da madrugada, tomamos café e fizemos o apronto pra viagem. E nossa companheira? Apareceu sem avisar. Começou a chover pra valer e aí, como ela não era convidada, fizemos de conta que havíamos desistido da viagem. Passados uns 40 minutos ela se mandou, não sei se de trem ou de ônibus.

Fig. 9 - Esperando a dona chuva ir embora

Tomamos as rédeas das poderosas e saímos de fininho, sem chuva, com a proa apontada para Itajaí. O sol foi nosso companheiro nessa jornada. Temperatura por volta de 12 graus em Curitiba e aquecendo à medida que aproximávamos do litoral. Viajar com a temperatura entre 10 e 15ºC acho perfeito, pois o agasalho protege bem do frio e de possíveis tombos. Agora, com a temperatura na casa dos 30ºC não há como não retirar as jaquetas e calças de cordura, que nos protegem em caso de queda. Fazer o que, vou até onde aguento.
Daí em diante o sol reinou absoluto durante os dias que se seguiram. Acho mesmo que foi providenciado pelos grandes caciques Fazedores de Chuva.
Chegamos a Itajaí as 13:15 horas, a tempo de descarregar as bagagens, tomar um banho rápido e seguir para o credenciamento.
No Centro de Convenções encontramos amigos e, principalmente, fizemos novos.

Fig. 10 - Ao Centro o GCFC Artur Albuquerque

Alegria total. Gente bonita e animada, todos com os mesmos propósitos e ideias. Aventura, viagem, motocicleta, abraços, muitos abraços. Muita historia pra contar, histórias passadas, futuras e presentes, todas com o principal molho, VIAGEM.

Fig. 11 - Os competentes anfitriões, Ângela e Dolor

Nossos desafios presentes e futuros.
Este ano fomos a Ushuaia e no ano que vem Alasca. O suporte destes GCFC é indispensável para o sucesso da empreitada. Ushuaia foi assim. Ao voltarmos até combinei com o FC Ivan, para que quando retornássemos falaríamos das grandes dificuldades que teríamos enfrentados; ventos fortes, rípios arrepiantes, chuva, gelo, etc. Tudo que os não-aventureiros nos diziam que encontraríamos. Tudo conversa mole; foi muito fácil cumprir esta tarefa. Difícil foi ligar a moto no primeiro dia. Daí somente a alegria de ver a quilometragem crescer, as paisagens maravilhosas em “hight definition” na viseira de nossos capacetes, os vinhos, carnes, o povo argentino amável e hospitaleiro, e as paisagens então...

Fig. 12 - Próxima tarefa a conquista do Alasca


Fig. 13 - Em seguida Cardeal ou Bandeirante

Voltando ao X Encontro, lembro-me dos jantares, dos rolés de motocicleta pelas praias, escoltado por harleiros da Polícia Rodoviária Federal (obrigado por nos proteger sempre). Tudo magnífico.
Para a noite de sábado foi programado um jantar dançante onde aqueles FC que tiveram alguma conquista no último ano foram agraciados com a diplomação e mimos alusivos ao feito.
Foram ainda apresentadas as delegações dos diversos países que compareceram. Entraram com seus pavilhões nacionais e os despuseram em um cabide especialmente montado, em frente ao palco. Linda cerimônia. A delegação do México foi a mais animada.

Fig. 14 - Estados Unidos, Argentina, Equador, Brasil, México, Chile e Paraguai


Fig. 15 - Escritório dos Fazedores de Chuva


Fig. 16 - Fraternidade e congraçamento


Fig. 17 - Aprimoramento das relações pessoais

O domingo na sede dos Fazedores de Chuva foi irretocável. Quem não foi, perdeu.
Já a segunda feira, foi dia de retornar à base. A curiosidade sobre o local do próximo encontro veio na garupa.
Obrigado organizadores, obrigado amigos, obrigado anfitriões. Até por aí, qualquer dia desses.

FC Sérgio Furnas
As principais fotos que fiz neste evento se encontram na minha página www.facebook.com/sergiofurnas