-
Que show de fotos FC Tacio, essa estrada é uma riqueza para amantes da aventura e da pilotagem fora do asfalto, logo logo tbm concretizo esse sonho
Boa sorte na aventura, deixa a gente babando com as imagens hein
-
LÁBREA-AM 26/09/2014
Finalmente cheguei em Lábrea, aqui termina a Transamazônica!
Sempre soube que Transamazônica tem algo como 4.200 Quilômetros, sendo mais ou menos metade asfaltada e metade em estrada de terra. Chegando aqui vi que meu odômetro marcava 5.100 Km.

Como de Recife à Cabedelo, cidade onde começa a Transamazônica são 140 Km. Rodei nessa estrada quase 5.000 Km. Sendo que 2.373 foram em estrada de terra.
Hoje sai de Humaitá 8:30 Hs. São apenas duzentos quilômetros, mas a estrada é muito ruim, não tem movimento, mas é uma buraqueira só!

Além do que, ainda sedo, antes do sol esquentar e secar bem a estrada, está tinha partes bem lisas! Cheguei aqui 14:30 hs.

Cansado, com fome mas muito satisfeito por ter terminado a primeira parte deste desafio.

Agora, meu plano é quando chegar outra vez à Humaitá, pegar a BR-319 e chegar em Manaus!
Dai não sei ainda qual será meu roteiro de volta.

Embarcando na última balsa antes de chegar à Lábrea!
Abraços
Tácio
-
LÁBREA 27/09/2014
Hoje passei o dia em Lábrea. Viajei por três horas em uma voadora, pelos rios Purús e Ituxi, visitei uma aldeia indígena, que não anotei o nome e não lembro mais! Na volta, comi um bom peixe na brasa numa praia do Purús.

Tive ainda o prazer de, quando estava tomando um banho de rio, ver um grupo de golfinhos rosa encostar e começar um show quase na praia!

Amanhã volto à Humaitá e dai, se o tempo não mudar, continuar por terra para Manaus!

Lábrea é uma cidade com mais de quarenta mil habitantes que vivem como se estivessem em uma ilha remota.

De Humaitá, que já é possível chegar chegar por asfalto vindo de Porto Velho, são apenas 200 Km. Mas a estrada é terrível no verão e no inverno é quase impossível de transitar. Segundo de relatos das pessoas por aqui, as vezes um caminhão pode levar uma semana pra percorrer essa distância.
Abraços,
Tacio
-
De Recife até onde estou agora rodei 2.730 Km até a divisa do Tocantins com o Pará, só rodei por estradas de primeira, sem nenhum tipo de buraco ou remendos.

Sinalização horizontal, vertical e acostamentos sem defeito. Essa distância é aproximadamente a mesma entre Recife e São Paulo, mas nunca fui à São Paulo, pra não ter uma parte das estradas com buracos, outra parte cheia de remendos e muito pare e siga!

Quando entrei no Pará, logo de cima da ponte sobre Rio Tocantins já avistei o primeiro trecho de terra, mas foram apenas 10 quilômetros...

Mas terríveis, estava seco mas tão esburacados que poucas vezes consegui chegar aos 60 Km/hora.

Tinha planejado dormir em Marabá, pois tinha informações que nessa cidade acabaria o asfalto. Como cheguei muito cedo, fui tomar informações sobre a estrada...

Soube então que ainda tinha uns cinqüenta quilômetros de asfalto até Itupiranga, onde estou agora.

Sai apenas seis quilômetros da Transamazonica e vim comer um Pirarucu na beira do rio Tocanrins.

Interessante, que o nome Transamazônica, só encontrei no Km. Zero em Cabedelo e quando entrei no Tocantins.
Pelo sertão da Paraíba, Ceará, Piauí e Maranhão, quase ninguém nem sabe que a BR-230 é a Transamazônica!

Aqui no Para, já se ver placas, bares e restaurantes com o Nome Transamazônica!

Amanhã começo a parte de terra e pra completar, quando estava chegando aqui começou um toró que agora passou... Espero não ter muitas dificuldades no meu primeiro dia de viagem sem asfalto.

Tacio
Olha onde cheguei!
-
GCFC Curumim Feliz, e dizendo para os FC que estás na BR 230!
Na realidade indo para a Big Apple!
O meu coração acelera vendo esta tua grande aventura, desafiando o Rodoviário Fazedor de Chuva, exatamente por ela, a tão famosa e temida Transamazônica!
Estamos contigo e esperando as histórias serem contadas durante o Encontro dos Abraços, em Itajaí, logo logo, nos dias 14 e 15 de novembro.
Siga em paz!
Aprocheguem-se FC!
-
TRANSAMAZÔNICA 01/10/2014
Hoje fiquei em Manaus, ainda na casa de Rui Tiradentes.
Amanhã embarco para Santarém, de lá pretendo conhecer Fordlandia, uma cidade fundada por Henry Ford, na década de 20 e que hoje, mesmo abandonada ainda mantém características de uma cidade Americana.
De Fordlandia, sigo para Itaiatuba e pego novamente a Transamazônica ou volto à Santarém e pego um barco até Belém... Ainda não decidi meu roteiro de volta, talvez passe no Tocantins...
Ai, como diz meu querido Célio Avelino, quem tem destino certo é ônibus e quem tem hora pra chegar é avião!
Tacio
-
TRANSAMAZÓNICA 03/10/2014
Hoje cheguei à Santarém, embarquei ontem em Manaus já com um sufoco.

Precisei da ajuda de uns estivadores pra descer a moto por uma escadaria, pois além de íngreme, estava chovendo!

Um barco fabuloso e novinho, em sua segunda viagem, de ferro, com quatro pisos, sem luxo ou sofisticação, com 79 camarotes, refeitório, cinema e espaço para 1.321 redes, capacidade total 1.400 passageiros. Segundo o comandante, este barco construído em Santarém custou R$ 10.600.000,00
Uma passagem nas redes custa essa época R$ 100,00 e nas férias R$ 150,00 Uma Coca Cola ou uma cerveja custa R$ 4,00

É interessante ver as pessoas que viajam nas redes, pois passam o dia deitado, levantam-se apenas pra comer ou ir aos banheiros, alguns que trazem comida e comem na própria rede.

Saímos de Manaus ontem as 13:00 hs. Navegando pelo Rio Negro, passamos no encontro das águas com o rio Solimões e a partir dai navegamos no Rio Amazonas.
Chegamos à Santarém as 21:00 hs. 32 horas de viagem!
-
FORDLANDIA 04/10/2014
Visitei hoje a cidade que em 1928 Henry Ford fundou na Amazônia brasileira.

Com a idéia de não depender mais de fornecedores de borracha para pneus dos caros, Henry Ford construío no Pará, uma cidade com características americanas, com energia elétrica, toda saneada, com água encanada e tratada em todas as casa e iluminação pública com a fiação subterrânea.

Ainda se vê muito das casas e galpões originais, com telhas de ferro com uma cobertura que parece piche. Impressionante a oficina de tornearia é a estação de tratamento de água, hoje abandonada.

Com prof. Magno meu guia na Fordlândia
Uma rede de hidrantes com ainda muitos pontos visíveis.

Visitei a casa que foi construída para o Próprio Henry Ford, que nunca visitou a Amazonia por medo das doenças tropicais, mas um filho esteve em Fordlandia e teve um filho brasileiro.

Visitei a casa onde hoje mora o prefeito e foi um grande restaurante com padaria.

Casa com telhado de ferro
Além de uma grande serraria, pois no o acordo com o governo brasileiro, ele tinha direito a explorar toda área do projeto...
Fiquei sabendo que o primeiro protesto e reivindicação de trabalhadores brasileiros, não foi por salários, já que eram bem pagos e sim pela comida que também era de estilo americano e isso não foi possível para a os operários, em sua maioria nordestinos que não dispensavam principalmente farinha e feijão!

Casa conjugada
Pena que não vim de moto, me falaram que, como em muitas cidades da Amazônia, só é possível chegar de barco.
Mas chegando, procurei saber e me informaram que são apenas 200 quilômetros de Itaituba, onde já passei nessa viagem e a 400 quilômetros de Santarém, onde estou agora, e a estrada, não chovendo é razoável.

De barco, foram nove horas de viagem, quatro horas e meia pra chegar e quase mesmo tempo pra voltar em uma lancha rápida pelo rio Tapajós...

Meio saco, mas valeu a pena!
Última edição por Dolor; 06-10-14 às 15:42.
-
TRANSAMAZÔNICA 08/10/2014
Agora na volta, a viagem está rendendo mais, tanto por estar mais seco, na ida peguei muitos trechos molhados, pois quase toda noite chovia e a estrada só secava a tarde.

Também porque tenho parado menos pra fotografar. Mas essa estrada espetacular, não deixa de surpreender... Hoje vi em dois pontos nas subidas maiores, uns tratores que ficam rebocando as carretas, que mesmo com as estradas completamente secas, não conseguem subir.

As vezes eles rebocam duas carretas ao mesmo tempo, elas também ficam tracionando e Por esse serviço, cada carreteiro paga R$ 100,00 .

Vi também outra vez, agora uma cegonha, separ e fechar a estrada até aparecer outra carreta no sentido contrário com um cabo e rebocar.

Hoje saí da Transamazônica, peguei uma estrada que leva à Tucuruí, nesta foram setenta quilômetros de terra com muita poeira, mas acho que por aqui termina a parte de terra, amanhã devo chegar em Belém, onde visitarei alguns amigos!
-
TRANSAMAZÔNICA 06/10/2014
Ainda em Santarém, fui visitar ontem o mercado de peixe e depois fui às duas Praias mais famosas da Cidade.

A primeira, Alter do Chão, onde almocei um belo tambaqui na brasa.

Chegando em Alter do Chão
Eu já conhecia Alter do Chão, mas é muito bonita e impressionante ver essa praia de rio com areia mais branca que a areia das praias do mar. Além claro de um banho fantástico no rio Tapajós.

Depois do almoço, fui conhecer a praia de Ponta de Pedras, que fica na parte mais larga do rio. Vendo as fotos, é impossível distinguir essa praia de uma praia do mar. Tanto pela largura do rio como pelas marolas que parece o mar quando a maré começa a subir!

Meu plano, era era colocar a moto num barco pra Belém e para não fazer mais esse percurso de barco iria de avião. Acontece que quando cheguei hoje ao porto, soube que só haveria navio pra Belém na próxima quarta, com mais dois dias de viagem, só receberia a moto na Sexta.

Resolvi então vir rodando até Ruropólis, são apenas 220 quilômetros e agora estou de volta à Transamazônica.
PS: Esta postarem acabou sendo feita atrasada, mas vale a vontade de mostrar todas as belezas encontradas pelo meio do caminho nesta viagem fantástica.
Permissões de Postagem
- Você não pode iniciar novos tópicos
- Você não pode enviar respostas
- Você não pode enviar anexos
- Você não pode editar suas mensagens
-
Regras do Fórum