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Transamasônica
Oi Pessoal!
Comecei hoje uma nova viagem, desta vez vou fazer toda Transamazônica!

Devo passar um pouco mais de 30 dias nessa viagem que tem, de ida e volta, aproximadamente 8.400 Quilômetros, sendo que aproximadamente 50% é de estrada sem pavimento.
Essa época, é verão no Amazonas, espero pegar pouca chuva quando chegar na parte de terra.

Hoje e amanhã viajo com Célio, Josué e Olinto, eles estão indo para o encontro de motos de Triunfo, mas vieram pela Paraíba, já que a Transamazônica começa em Cabedelo, apenas para me acompanhar nesses dois dias.
Abaixo, as fotos que tiramos hoje no quilômetro zero da Transamazônica e o link do meu Spot para que a qualquer momento você possa ver onde estou.
Onde estou!
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Transamazônica
Hoje depois do almoço me separei de Célio, Josué e Olinto, eles foram para Triunfo em Pernambuco e eu continuei pela BR-230 ( Transamazônica ). Cedo, quando saímos de João Pessoa, estava chovendo e choveu por toda manhã. Quando passamos por Campina Grande estava fazendo até frio, depois do almoço, quando já estava só fez um calor de torá, no mostrador da moto marcava 37 graus.

Sem contar que como rodo sempre para o oeste, quando passa das duas horas já começa o sol de frente!
Por aqui, a amazônica é um tapete, já estou ancioso pra chegar na parte de terra, onde começa a brincadeira!
Hoje cheguei à Cajazeiras, no sertão da Paraíba.
Entre no link abaixo para ver onde estou!
http://share.findmespot.com/shared/f...x7tZLomPQYjQeI
Abraços,
Tacio
Última edição por Dolor; 13-09-14 às 00:57.
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GCFC Curumim Feliz, que alegria saber desta imensa estrada te esperando!
Gostaria imensamente de estar junto com vocês, mas não faltarão oportunidades para rodar ao lado dessas feras e quando li o teu tópico, tu nem vais acreditar; eu estava me lembrando de ti!
Desde já estamos na contagem regressiva para tê-los no Encontro dos Abraços, em Itajaí.
Para não atrasares, o certo seria chegar em Itajaí pelo menos com umas duas semanas de antecedência.

Nos leve nesta grande cruzada!
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Ontem, quando entrei no Ceará, a danada da Transamazônica desapareceu, rodei muito procurando, e encontrei um pedaço sem pavimento, rodei um pouco e a estrada acaba em Lavras da Mangaveira, uma pequena cidade no sertão do Ceará.

Voltei e peguei a BR-116, quando um Policial Rodoviário Federal me confirmou que ela acaba mesmo e só reaparece em Campos Sales mais de cem quilômetros na frente. Rodei então pela 116 até Salgueiro, pois sabia que na estrada para Ouricuri tinha uma placa grande indicando a Transamazônica.

Rodei o muito fora do roteiro e quando cheguei à Ouricuri constatei que a placa não existe mais. Aproveitei e fui rever amigos e parentes em Exu.

Dormi em Araripina e quando sai hoje já na BR-316 no Piauí, vi uma placa indicando uma entrada pra Campos Sales, vi no GPS que estava a apenas 60 Km. Entrei e vi que a BR-320 (Transamazônica) recomeça mesmo nesta cidade. Voltei pela BR-320 que novamente desaparece voltando a aparecer quando entra para Floriano, onde estou agora.

Entre no Link abaixo e veja minha viagem com atualizações a cada 10 minutos
Estou aqui!
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Hoje começou a parte de terra, no início a estrada parecia boa, mas estava muito lisa porque tinha chovida na noite anterior.

Em alguns trechos, era tão liso, tão liso que dava pra sentir a traseira da motocicleta saindo de lado. Tão liso, que se colocasse o pé no chão seria queda na certa, se tentasse parar, também seria chão.
Passei alguns quilômetros sentindo gosto de terra na boca!

Mais tarde, na estrada seca, pode-se pilotar tranqüilamente entre 80 e 90 Km/H. Velocidade que estou seguindo em boa parte do tempo. Daria até pra ir um pouco mais, no entanto se precisa de freio de emergência, talvez fique difícil de parar sem uma boa queda. Mais devagar do que isso, fica muito desconfortável, por causa das muitas costelas buracos da estrada!

Hoje passei por uma boiada que esta viajando a mais de 100 dias, são 1300 bois guiadas por 7 vaqueiros.

Eles levam uma carroça com mantimentos e uma tropa de 20 burros que ficam revezando no trabalho.
Hoje rodei 480 Km. Era para ter dormido em Novo Repartimento, mas cheguei cedo nesta cidade e tinha pego uma parte com asfalto... Avaliei mal! A tarde a viagem não rendeu e cheguei em Altamira 18:30 hs, ainda bem que aqui neste horário ainda é claro!

Espero que eu não tenha nenhum problema pra terminar essa viagem, pois essa estrada é bonita e gostosa!!!!!
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Transamazônica 20/09
Ontem sai de Ruropólis e precisava que dormir em Itaituba que fica a apenas 150 Km. Pois a próxima cidade boa pra dormir é Jacareacanga, e esta são mais 360 Quilômetros e não tinha como eu alcançar.

Ontem, também foi um dia complicado, pois além do calor, o movimento de carretas aumentou consideravelmente e a poeira era insuportável.

Mais de uma vez vi algumas carretas, que depois de patinarem nas subidas, o motorista tenta descer de ré, perdem o controle e muitas vezes a carreta fecha a estrada, outras vezes saem fora. Passei por mais de uma fechando a estrada que por sorte dava passagem para moto! No entanto, formam filas de carretas e camionetas paradas por horas até conseguirem remover as carretas atravessadas, Fiquei sabendo depois, que essas carretas neste trecho, estão de vindo com a safra do norte de Mato Grosso até o Porto de Santarém, por isso o movimento tão grande nesta parte da estrada.

Quando cheguei em Itaituba tinha passado um pouco do meio dia. No almoço, conheci um cara que me falou do Parque Nacional da Amazônia que fica a 55 Km de distância e no caminho para Jacareacanga. Eu poderia ir até lá e conversando com guarda parque, esse deixaria eu pernoitar por lá.
Fui até o parque e omo tudo nessa região é superlativo, o Parque Nacional não fica pra trás. O guarda parque me informou que originalmente este parque tinha 1.200.000 hequitares e que a Transamazonica tem 100 Km. Dentro do Parque.

Ponte pronta há tempo faltando somente as cabeceiras
Aqui, quando cheguei, encontrei também, fazendo um trabalho nesta região, um grupo da polícia ambiental. Estes, já me convidaram para jantar! Dormi em um redário ( local aberto, próprio para armar redes) a beira do rio Tapajós.

Olha o pó que fica na estrada, as vezes tem buraco e não conseguimos ver!
Hoje a estrada mudou muito, estava lindíssima com muitas curvas, subidas e decidas e sem carretas, na verdade sem movimento nenhum. No entrando, quando faltavam 80 quilômetros para chegar à Jacareacanga, onde estou agora, começou a chover e ficou muito lisa, eram 14:30 hs. E só faltavam 80 Quilômetros. Quanto cheguei já passavas das 18:00 hs.

Levei quase 4 horas pra fazer esse últimos 80 Km.
Hoje foi muito duro, rodei pouco mais de 300 Km e cheguei morto!
Tacio
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Que show de fotos FC Tacio, essa estrada é uma riqueza para amantes da aventura e da pilotagem fora do asfalto, logo logo tbm concretizo esse sonho
Boa sorte na aventura, deixa a gente babando com as imagens hein
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LÁBREA-AM 26/09/2014
Finalmente cheguei em Lábrea, aqui termina a Transamazônica!
Sempre soube que Transamazônica tem algo como 4.200 Quilômetros, sendo mais ou menos metade asfaltada e metade em estrada de terra. Chegando aqui vi que meu odômetro marcava 5.100 Km.

Como de Recife à Cabedelo, cidade onde começa a Transamazônica são 140 Km. Rodei nessa estrada quase 5.000 Km. Sendo que 2.373 foram em estrada de terra.
Hoje sai de Humaitá 8:30 Hs. São apenas duzentos quilômetros, mas a estrada é muito ruim, não tem movimento, mas é uma buraqueira só!

Além do que, ainda sedo, antes do sol esquentar e secar bem a estrada, está tinha partes bem lisas! Cheguei aqui 14:30 hs.

Cansado, com fome mas muito satisfeito por ter terminado a primeira parte deste desafio.

Agora, meu plano é quando chegar outra vez à Humaitá, pegar a BR-319 e chegar em Manaus!
Dai não sei ainda qual será meu roteiro de volta.

Embarcando na última balsa antes de chegar à Lábrea!
Abraços
Tácio
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LÁBREA 27/09/2014
Hoje passei o dia em Lábrea. Viajei por três horas em uma voadora, pelos rios Purús e Ituxi, visitei uma aldeia indígena, que não anotei o nome e não lembro mais! Na volta, comi um bom peixe na brasa numa praia do Purús.

Tive ainda o prazer de, quando estava tomando um banho de rio, ver um grupo de golfinhos rosa encostar e começar um show quase na praia!

Amanhã volto à Humaitá e dai, se o tempo não mudar, continuar por terra para Manaus!

Lábrea é uma cidade com mais de quarenta mil habitantes que vivem como se estivessem em uma ilha remota.

De Humaitá, que já é possível chegar chegar por asfalto vindo de Porto Velho, são apenas 200 Km. Mas a estrada é terrível no verão e no inverno é quase impossível de transitar. Segundo de relatos das pessoas por aqui, as vezes um caminhão pode levar uma semana pra percorrer essa distância.
Abraços,
Tacio
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De Recife até onde estou agora rodei 2.730 Km até a divisa do Tocantins com o Pará, só rodei por estradas de primeira, sem nenhum tipo de buraco ou remendos.

Sinalização horizontal, vertical e acostamentos sem defeito. Essa distância é aproximadamente a mesma entre Recife e São Paulo, mas nunca fui à São Paulo, pra não ter uma parte das estradas com buracos, outra parte cheia de remendos e muito pare e siga!

Quando entrei no Pará, logo de cima da ponte sobre Rio Tocantins já avistei o primeiro trecho de terra, mas foram apenas 10 quilômetros...

Mas terríveis, estava seco mas tão esburacados que poucas vezes consegui chegar aos 60 Km/hora.

Tinha planejado dormir em Marabá, pois tinha informações que nessa cidade acabaria o asfalto. Como cheguei muito cedo, fui tomar informações sobre a estrada...

Soube então que ainda tinha uns cinqüenta quilômetros de asfalto até Itupiranga, onde estou agora.

Sai apenas seis quilômetros da Transamazonica e vim comer um Pirarucu na beira do rio Tocanrins.

Interessante, que o nome Transamazônica, só encontrei no Km. Zero em Cabedelo e quando entrei no Tocantins.
Pelo sertão da Paraíba, Ceará, Piauí e Maranhão, quase ninguém nem sabe que a BR-230 é a Transamazônica!

Aqui no Para, já se ver placas, bares e restaurantes com o Nome Transamazônica!

Amanhã começo a parte de terra e pra completar, quando estava chegando aqui começou um toró que agora passou... Espero não ter muitas dificuldades no meu primeiro dia de viagem sem asfalto.

Tacio
Olha onde cheguei!
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