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Arcaicos freios a tambor e pneu com câmara persistem nas motos!
Colunista mostra as vantagens de freio a disco e pneus sem câmara.
Mesmo mais caros, itens valem a pena por maior segurança.

Comparação do freio a disco e a tambor
Desde 1ª de janeiro de 2014 todos os automóveis novos no Brasil são equipados com airbag e freios ABS. Tal modernidade tecnológica chegou por decreto, tendo sido necessário criar uma lei para que as indústrias colocassem estes fundamentais equipamentos de segurança em 100% da frota comercializada.
Nos EUA há 17 anos o airbag é obrigatório e na Europa, independentemente de haver ou não lei, é raríssimo ver um carro sem tais acessórios. Lá, de fato, o que falou mais alto foi a consciência coletiva dos usuários, que cientes de que esses equipamentos salvam vidas, foram progressivamente sendo atendidos pela antenada indústria.
Aqui no Brasil os mesmos fabricantes esperaram a lei para colocar airbag e ABS em 100% dos carros exatamente por serem antenados, como na Europa, América do Norte ou Japão. Deste modo sabem bem que boa parcela de nossos consumidores menospreza tais itens, preferindo, infelizmente o sonzão maneiro ou a roda show. É ou não é assim mesmo?
O que tem isso a ver tudo isso com motocicletas? Simples: o fato de existirem equipamentos dedicados a elas que também proporcionam indiscutível aumento de segurança, mas que infelizmente, não estão na totalidade das motos aqui vendidas.

Pneus sem câmaras internas são mais seguros
Não, não estamos falando do airbag ou ABS para moto (que será obrigatório nos modelos acima de 125cc vendidos na Europa à partir de 2016) mas sim de equipamentos bem mais prosaicos e simples, como o freio a disco dianteiro e os pneus sem câmara.
Eliminar o anacrônico freio a tambor da frente de absolutamente todas as motos e disseminar o uso dos pneus sem câmara já contribuiria para um incremento de segurança enorme, no entanto há barreiras, e a principal delas talvez seja o desconhecimento e despreparo de nossos consumidores.
Freio a tambor x disco
Fato: uma enorme legião de motociclistas brasileiros não sabe como frear corretamente uma moto. Como já comentado aqui em colunas anteriores, no Brasil é muito difundida a prática de usar de modo mais intenso o freio traseiro, relegando ao dianteiro um papel praticamente nulo, ou mínimo, quando o procedimento correto é exatamente o oposto.
Usando mais intensamente o freio de trás do que o da frente, a motocicleta simplesmente não consegue parar no menor espaço que poderia. O medo de capotar é a razão alegada para não usar o freio dianteiro como se deve, balela esta incentivada inclusive por grande parte dos “instrutores” de nossos pífios CFC, Centro de Formação de Condutores, o nome chique dado para auto e moto-escolas que nada mais fazem do que treinar alunos para passar no exame da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e não em habilitar as pessoas à condução no mundo real.
Nesse cenário onde burocracia misturada a cartel se sobrepõe às reais boas práticas ao volante ou guidão, o candidato menos atento adquire vício e convicção de que frear usando a manete direita é um risco e... dá-lhe pedal! E o que fazem as fabricantes? Ficam entre a panela e o fogo. Atendem o que desinformados consumidores querem, oferecendo motos menos seguras a um custo menor, já que apesar da margem ser mínima, freios a tambor custam menos.
Porém, é realmente verdade que freios a tambor funcionam mal? Nem sempre: quando novos ou mantidos com manutenção rigorosa são até que razoáveis, todavia, tempo de uso e desgaste entre outros fatores (lonas de má qualidade, chuva) fazem a ação de frenagem de um freio a tambor se deteriorar de maneira muito mais drástica do que a de um freio a disco.
Não há contestação possível para tal realidade, e em um cenário onde a segurança fosse prioridade, só seria admissível a existência de freios a tambor para equipar rodas traseiras justamente pelo papel coadjuvante e não principal que elas tem na ação de reduzir a velocidade de qualquer veículo, ou quiçá em motonetas e ciclomotores que não superassem velocidades máximas em torno dos 50 ou 60 km/h.
Pneus com câmara são mais perigosos
Quanto aos pneus sem câmara, eles são uma verdadeira benção dos céus, anjos da guarda de qualquer motociclista pois se esvaziam de forma mais lenta e gradual em caso de furo do que os pneus com câmaras de ar. E disso sabe bem todo motociclista que teve um pneu (com câmara!) furado na vida: o susto é grande pois imprevistamente a moto começa a balançar, e se isso acontecer em um trecho de reta em baixa velocidade, tudo tende a terminar bem. Basta desacelerar sem exagero já que frear forte nesta situação é tombo certo. Mas em velocidades mais elevadas e em curva, se um pneu com câmara fura além de talento será necessária uma sorte incomum para não perder o controle da motocicleta.
Se é tão salvador da pátria e peles da turma do guidão, por qual motivo pneus sem câmara não são equipamento padrão em todas as motos? Ah, aí vem ele de novo, o malvado custo: na verdade não dos pneus em si, mas sim das rodas, que devem ser apropriadas para eles, e infelizmente mais caras que rodas convencionais.
Em geral tais rodas devem ser feitas de liga leve, material mais nobre e caro que o aço usado na maioria das rodas convencionais, as raiadas, inadequadas não por conta do material usado, mas sim por que os raios transpassam o aro, o que provoca a perda do ar. Já existem rodas raiadas apropriadas para uso de pneus sem câmara, mas estas são dedicadas a motos de média ou alta cilindrada, se valendo de uma tecnologia que ainda não premiou a produção das básicas 125 ou 150cc, o grosso da frota de nossas ruas.
ABS também é indicado
É claro que o sistema ABS também seria ótimo nas pequenas motos, mas este sim as encareceria de modo significativo, bem mais que o freio a disco ou o pneus anjo da guarda. Outra tecnologia muito desejável especialmente para as motocicletas menores, favoritas dos iniciantes nas artes do guidão, seria a frenagem combinada, aquela na qual o acionamento do pedal ou manete sempre implica em atuação dos freios de ambas as rodas.
Batizado de CBS (Combined Brake System) tal sistema é bem mais barato do que o ABS mas, ainda assim, implicaria em um pequeno incremento na complexidade construtiva e, consequentemente, custo maior. Quando associado ao ABS, o sistema de frenagem combinada transforma-se no mais eficaz dispositivo de freios que há, porém, imaginar tudo isso equipando as mais vendidas motocicletas do Brasil ainda é utopia.
Falta ao nosso consumidor conhecimento de tais equipamentos e manter a competitividade em uma faixa de mercado onde a margem de lucro não é exatamente grande não motiva a indústria à incorporar tais itens. Seria o caso de determinar tudo isso por decreto, criando uma lei, como aconteceu nos carros?
Fonte: G1
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Tayná Pietra:
A matéria é tendenciosa:
Nem sempre se freia 70%X30%;
Quem anda na beira da praia como pescadores que conheci, preferem freio a tambor, a areia e a maresia acabam com os discos rapidamente.
Rodas precisam seguir as leis da Física;
Pneus dependem de onde se está usando;
Freio ABS em motocicleta na minha opinião é uma *****.
Se me desculpe, escrevi três laudas explicando cada item acima e, quando fui publicar, "sumiu".
Alexandre.
Última edição por Proftel; 12-03-14 às 23:38.
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