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Rio Paraibuna: a caminho do encontro das águas ( parte II)
“Água não nasce, mas tem mãe!”

Essa frase é de um astuto caipira morador das barrancas do Rio Paraibuna, conforme nos conta o novo amigo, o Jornalista João Rural, da TV Chão Caipira, com quem tivemos o prazer de conhecer pessoalmente, por estarmos na mesma pousada em Cunha uma vez que, já nos conhecíamos via e-mail. E, é nesse velho fusca que o amigo João, percorre r percorreu todos os caminhos que cercam nosso Paraíba, Paraibuna, Paraitinga e demais rios da região.

Desta vez, não estaremos sós:

Nossos amigos 4x4 – do grupo de São José dos Campos - nos acompanharam, rio abaixo, pela região de Cunha - São Luiz do Paraitinga.
Não podemos deixar de destacar, que o espírito Nascente FC- Paraíba está contagiando várias pessoas inclusive, meu amado sogro Sérgio Miranda da Costa, que aos 83 anos não se conformou em ser mais um dos que
“podem fazer” e optou pelos “ poucos q o fazem” Parabéns, Sr Sérgio!

ah...tem o pequeno NFC Beco 
Montanha abaixo, as águas do Paraibuna nos levaram a lugares incríveis

por estradas de terra 
com bois e boiadas e boiadeiro “dos bons”

pontes de madeira
entre ranchos 
...a Estrada Real “perdida” entre nós (kkkk), 
e nós “perdidos” entre tantos vales e montanhas ( sem sinal de GPS, celulares e mapas) 
...seguindo as linhas de transmissão de energia elétrica, chegamos a um Mirante 
...o rio nos encontrando de vez em quando 
...abrindo e fechando porteiras com a chuva chegando... 
Enfim: Catuçaba, distrito de São Luiz do Paraitinga

Por aqui, turismo rural, pecuária e agricultura familiar e as artistas dos bordados de artesanato Sacro – a alta costura litúrgica - vestindo e adornando membros do clero de várias partes do mundo além de nada menos que o Papa João Paulo II e o manto que veste a “verdadeira” imagem de Nossa Senhora Aparecida, da Basílica Nacional.

Seguindo rio abaixo, aos poucos vamos chegando no asfalto ou melhor, na Rodovia dos Tamoios por onde o Paraibuna corre em paralelo por alguns quilometros até cruzar a rodovia e seguir p/ a represa de Paraibuna. 
Através da Tamoios, seguimos p/ São Luiz do Paraitinga a fim de almoçarmos. Ninguém é de ferro e, não estamos com o VFC Jacob que só dá uma parada para o jantar ( ao menos é o q dizem seus companheiros de desafios! Kkkkkkk)
Via telefone, durante a semana, entramos em contato com a Sandra,

dona do “Casa de Odesse” 
um restaurante afro-brasileiro que, na verdade não é propriamente um restaurante, é a “casa da gente” como sugere a simpática Sandra que tornou esse espaço, um cantinho gostoso de saborear uma comida preparada com carinho.
O cardápio que escolhemos:
Muqueca de cação, salada de feijão fradinho, pirão e, para os vegetarianos, uma muqueca de banana da terra DELICIOSA!!!!!!

São Luiz do Paraitinga está quase toda reerguida e restaurada depois da destruição de 4 anos atrás



Que gente...q brava gente!!!!
Chegamos com o mercado repleto de fantasias de fustão para colorir a cidade no carnaval lembrando que a vida continua...sempre continua!

Última edição por Sassa e Cuca; 08-03-14 às 19:27.
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Amigos NFC Sassa e Cuca,
Que bela surpresa!!!
Linda a aventura como um todo.
De arrepiar os locais e as histórias.
Obrigado pelo presente.
Façam e compartilhem mais, o que é bom num faz mal em excesso!!!
Abraços.
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CONTINUAÇÃO
O mapa abaixo indica as áreas percorridas nessa etapa ( sombreada em cor verde) e nossa trajetória é a linha vermelha com as setas do sentido do percurso.

São Luiz possui uma grande variedade de eventos para o ano todo e é uma cidade tombada pelo IPHAN – Intituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
São Luiz também está na história devido ao “homem que venceu a peste”: Oswaldo Cruz. A foto abaixo, é a casa onde ele nasceu em 1872. Uma casa com paredes em taipa-de-pilão e pau-a-pique onde hoje, é o Centro Cultural sobre a vida do cientista.

Mas, vamos seguir viagem pq se deixar...tem tanta coisa p/ mostrar e contar dessa pequena grande cidade que, “um dedinho de prosa só, não vai dar!”
Observação: retornaremos a São Luiz quando formos percorrer o Rio Paraitinga e postarmos a foto na Prefeitura
Saindo de São Luiz pela Rodovia Oswaldo Cruz sentido Taubaté, logo adiante encontraremos o trevo para seguir p/ os municípios de Redenção da Serra e Natividade da Serra.
Perto do trevo, demos uma paradinho no Alambique da "Caninha do Mato Dentro" pois, apesar de não bebermos, fomos comprar uma garrafinha da boa cachaça para presentearmos nosso Cacique Dolor, na nossa ida à sede dos FCs

...de volta para a estrada, passamos por Redenção e seguimos p/ Natividade pois,
apenas ela, é banhada pelo Rio Paraibuna que deságua na represa.
Em Natividade, depois de cruzarmos a represa, por estradas de terra, seguimos para os bairros de Pouso Alto, Bairro Alto, Pouso Altinho e Vargem Grande para depois de uns 80km, retornarmos à Rodovia Oswaldo Cruz.

Nesse trajeto, o Rio Paraibuna brinca de esconde-esconde conosco! 

Pouso Altinho 
...e lá vai o esconde-esconde 
Bairro de Vargem Grande 
Vcs pensam que terminamos essa etapa? Em 23/3, na cidade de Paraibuna, participaremos do evento "Encontro das Águas" Nascentes do Paraíba ( dia instituído pela Lei 2522/2010), então, por ora, vamos ficando por aqui!!!!!!
Última edição por Sassa e Cuca; 09-03-14 às 10:20.
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Falamos tanto da beleza dessa região da Serra do Mar e a da Bocaina, que precisamos compartilhar mais um pouco de todo esplendor com todos vcs:
vejam que bela foto recebemos, com a deslumbrante vista da Pedra da Macela, em Cunha, onde avistamos o litoral do Rio de Janeiro, na região de Paraty e Angra.

Muito lindo, e o fundo parece uma mina de ouro reluzente!!
abçs NFC Sassa e Cuca
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NATIVIDADE DA SERRA
Depois de tantas idas e vindas para ser ou não um município pois ora era uma vila da comarca de Jacareí, ora de Taubaté, chegou a pertencer a Paraibuna...pode-se dizer, que na verdade, a pequena Natividade da Serra é um exemplo de tenacidade na luta para a sobrevivência sobre as comarcas, de seu nome e categoria e até, de ser totalmente demolida para dar lugar à represa de Paraibuna e ter sido reconstruída em outro local! Corajosa!!!!!

Depois de 150 anos de tantas idas e vindas, quando tudo parecida acomodado, os moradores receberam a notícia de que deveriam deixar suas casas. Tempo de recomeçar: a nova cidade começou a ser construída em 1973. Pouco depois da pedra fundamental – onde hoje se encontra a Igreja matriz – ter sido colocada, uma gigantesca tromba d’água caiu sobre a cidade e apressou a mudança dos moradores, com a “confirmação dos céus” de que ali não era mesmo o seu lugar! ( é o que a gente ainda ouve dos antigos moradores que contam esse fato assustados com o ocorrido).
Ah...apesar de linda, a represa inundou quantos sonhos? Quantas histórias? No museu da cidade podemos ver algumas fotos feitas por mergulhadores, onde podemos, através das ruínas da igreja matriz e de outras construções, a área submersa.
O Rio Paraibuna, nas proximidades do bairro Vargem Grande, apresenta várias corredeiras, próprias p/ esportes radicais, principalmente na Cachoeira do Funil.


Observação: a maior parte desses caminhos são por terra mas, temos q dizer que a estrada que liga São Luiz do Paraitinga a Redenção e Natividade da Serra - Estrada do Pinheirinho - , é um verdadeiro tapete p/ as motos, bem asfaltada e sinalizada, com curvas sinuosas, bem legais! E a paisagem então??? Vale a pena.
Daqui, vamos voltar a nos encontrar em Paraibuna,na festa das águas do dia 23/3. Até!
Última edição por Sassa e Cuca; 12-03-14 às 07:37.
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