BR-230 Um Sonho Realizado

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BR-230 Um Sonho Realizado

Expedição Transamazônica 2013 - BR-230 e BR-319 rod. Fantasma
Dia 11/07/13 Trecho Altamira PA x Rurópolis PA em busca do Rodoviário Fazedor de Chuva

Levantamos cedo, café da manhã, chovia desde 6 hs, arrumamos as tralhas e aguardamos o sol secar um pouco a pista. A chuva parou por volta das 7:30hs e saímos 9:30hs, primeiros 35km de asfalto foi legal, quando avistamos o barro paramos no acostamento e conversamos a respeito de seguir ou voltar para Altamira. Decidimos seguir em frente, devagar e sempre. A chuva havia estragado a pista de barro, a estrada virou um sabonete, mesmo assim seguíamos com muita dificuldade, principalmente eu que ainda estava com dores terríveis do acidentes de dois dias atrás. Meu medo era outro tombo sobre as costelas.

Ultrapassamos muitas barreiras com carros e caminhões atolados, meu para-lama dianteiro quebrou devido a quantidade de lama que o pneu acumulava. Desmontei e amarei junto as bagagens e seguimos viagem. Passadas as barreiras lentamente, com a frente da moto escorregando muito, chegamos em determinado ponto da estrada em que a pista estava seca, a chuva não tinha chegado ali, aceleramos as motos mais um pouco, para recuperar o tempo gasto no trecho lamacento. O pó voltou a nos incomodar deixando nossas roupas mais sujas e a secura na garganta e nariz.

Outro problema observado na minha moto foi a suspensão traseira, devido ao peso da bagagem, estar arrastando o pneu nas ferragens e destruindo o mesmo, tornando a moto instável quando passava em buracos ou desníveis de terreno.

A moto mostrou outra estabilidade com a nova configuração, faltava trocar o pneu dianteiro e resolver o problema na suspensão. Esse problema de suspensão foi criado pelo rebaixamento que fiz em Pelotas, trocando uma peça na ponta do amortecedor.

Chegamos em Rurópolis anoitecendo e nos hospedamos no Hotel Presidente Médice.

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Expedição Transamazônica 2013 - BR-230 e BR-319 rod. Fantasma
Dia 12/07/13 Trecho Rurópolis PA x Alter do Chão PA em busca do Rodoviário Fazedor de Chuva

Resolvemos ir até Alter do Chão, a visita a esse lugar não estava nos planos de viagem, como estávamos pertinho a 243km de distância, pegamos a BR-163 e seguimos em direção a Santarém, afinal já estávamos acostumados com estradas de barro. Chegando em Santarém cedo, providenciei um paralama de Lander para a moto, descansamos um pouco na loja, enquanto a moto estava sob a batuta do mecânico, após moto pronta fizemos um tour em Santarém e em seguida rumamos para Alter do Chão.

O distrito de Santarém fica a beira do Rio Tapajós, um lugar muito bonito, pena que o rio ainda estava cheio e não podemos ver as Ilhas com suas praias e bares fora da água.

A BR-163 nesse trecho estava muito esburacada e começou a danificar meu alforje lateral. Muita tráfego e poeira nesse trajeto.

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Expedição Transamazônica 2013 - BR-230 e BR-319 rod. Fantasma
Dia 13/07/13 Trecho Alter do Chão PA x Itaituba PA em busca do Rodoviário Fazedor de Chuva

Partimos de Alter do Chão encarando os primeiros 100km de asfalto, de volta a poeira e buracos seguimos em direção a Itaituba.

Fotos de Alter do Chão



Fotos da BR-163 e BR-230



Proza e descanso para um cigarrinho, com um senhor cego, que mora no meio do nada na BR-230.



Fotos da BR-230, mão suja de barro vermelho e chegada a travessia de balsa para Itaituba.



Fotos de espera da travessia, travessia e chegada no Hotel em Itaituba.

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Expedição Transamazônica 2013 - BR-230 e BR-319 rod. Fantasma
Dia 14/07/13 Trecho Itaituba PA x Jacareacanga PA em busca do Rodoviário Fazedor de Chuva

Trecho de terra bem longo, com subidas e descidas, muitas curvas, em torno de 408 km sem posto de gasolina. Saímos de Itaituba com gasolina reserva de 5L na bagagem, para abastecer pelo caminho. Estávamos trafegando em baixa velocidade e o consumo da moto Yamaha XTZ-250 girava em torno de 27,5 km/l, a reserva que levamos daria suficientemente para percorrer todo o caminho. Nesse trecho encontramos um comércio chamado de Amigo Garimpeiro(hotel, venda e restaurante) que aceitava ouro em pó como moeda de troca e um campo de pouso, onde eventualmente pode-se comprar gasolina.

Estrada com muita poeira e cascalho, onde pela segunda vez comprei um terreno. Dessa vez foi a moto que sofreu um pouco. Quebrei espelho, ralou a capa do tanque, empenou a pedaleira do protetor de motor, ralou o baú e o alforge rasgou mais um bocado. Foi numa ladeiras em curva, quando atingi seu topo, na descida entrei em uma vala de chuva com cascalho no meio da pista e a frente da moto tremeu e escapou, eu e a moto no chão levantando muita poeira, de fazer o Walter que vinha de ferrolho, não ver onde estávamos na pista, sua preocupação era passar por cima de alguma coisa e também ir para o chão. Felizmente ele conseguiu parar sua moto. Escorreguei uns 15m e fui parar na beira da pista oposta, ileso, apenas com um rasgo na jaqueta. Levantei e com a ajuda do Walter giramos a moto, pois estava em uma ladeira, para melhorar a posição de içamento da máquina. Bati a poeira da roupa e seguimos viagem. O saldo do tombo foi positivo, pois eu ainda sentia muitas dores nas costelas e mesmo com o tombo a dor permanecia a mesma. Decidi trocar o pneu dianteiro na cidade destino, minha intenção era de melhorar a frente da moto que ainda estava com pneu original.

O calor continuava a nos perturbar e o pó a grudar na roupa.

Chegamos em Jacareacanga, distante uns 7km da BR-230, anoitecendo e fomos para o hotel.

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Expedição Transamazônica 2013 - BR-230 e BR-319 rod. Fantasma
Dia 15/07/13 Trecho Jacareacanga PA x Apuí AM em busca do Rodoviário Fazedor de Chuva

Em Jacareacanga não consegui trocar o pneu dianteiro, não havia lojas de moto, apenas oficinas meia boca para reparos rápidos. Mandei fazer o desempeno da pedaleira do protetor do motor.
Passamos por mais uma divisa de estado PAxAM e seguimos até Apuí.
As dores e a poeira me acompanharam nesse trecho. Eu esperava com ansiedade trafegar em asfalto, para dar um alivio na dor da costela, que me incomodava muito pilotando em terra. O que me fazia seguir era a esperança de melhorar das dores, quando fizéssemos a BR-319 até Porto Velho e seguíssemos para Mâncio Lima, a maior parte do trecho em asfalto. Faltavam apenas duas cidades para terminar a BR-230, três dias para sairmos de estrada de chão.
Chegamos em Apuí e fomos direto para um representante Yamaha, lá encontramos o que precisávamos, um bom mecânico. Comprei espelho, pneu dianteiro e consegui, apesar do horário avançado, trocar as peças e regular a suspensão traseira, que chegava ao seu final de curso em qualquer buraco na estrada. Foi feito limpeza de filtro de ar e outros reparos, como repor alguns parafusos e presilhas que a moto perdeu no meio do caminho. Motos enxutas fomos na busca de hotel.

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Expedição Transamazônica 2013 - BR-230 e BR-319 rod. Fantasma
Dia 16/07/13 Trecho Apuí AM x Humaitá AM em busca do Rodoviário Fazedor de Chuva

Trecho de estrada muito mexida por máquinas, pontes perigosas e travessia em balsa. Registrado um acidente sem gravidade na cabeceira de uma ponte.

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BR-230 Um Sonho Realizado

Expedição Transamazônica 2013 - BR-230 e BR-319 rod. Fantasma
Dia 17/07/13 Trecho Humaitá AM x Lábrea AM em busca do Rodoviário Fazedor de Chuva

Chegamos em Humaitá e fomos recebidos pelo ISF Rogério Paula, grande amigo e apoio nesta cidade, que nos conduziu ao Hotel Brasil no dia anterior. Um hotel meia boca, que lembro até hoje dos estrados da cama me pressionando as costelas doloridas. Fomos informados que o pior trecho da BR-230 seria até Lábrea. o motivo é que a cidade passa até por três meses de isolação, quando as chuvas são intensas. Tempo meio esquisito seguimos em frente a caminho de Lábrea. Muita atenção e excesso de zelo pelo equipamento e com relação a tombo. O trecho foi muito tranquilo chegando no destino sem chuva. Tivemos noticias que em Lábrea havia chovido muito forte, concluímos que foi apenas na cidade que o bicho pegou e as pessoas ficaram muito surpresas de a gente ter chegado sem muita lama nas motos.

O desafio de percorrer de moto toda a BR-230 termina em uma passarela de acesso a população ribeirinha, onde fizemos nossas comemorações. Foram 4223 km de Cabedelo até Lábrea de acordo com o projeto da BR.

E assim terminou o desafio do Rodoviário Fazedor de Chuva BR-230.


Onde terminou a estrada BR-230.



Comemoração do termino do desafio da BR-230 em Lábrea.

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Hoje consegui editar algumas postagens antigas, colocando as fotos pelo método de Basic Upload, muito demorado, pois só é possível colocar uma foto de cada vez.

Solicito ao administrador do site para consertar o botão 'Selecionar Arquivos" da ferramenta "Insert Imagem", está muito trabalhoso inserir imagens em tópicos.

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Rodoviário Fazedor de Chuva
E assim terminou o desafio da BR-230, um sonho realizado.

Fotos memoráveis:

Início em Cabedelo PB,



Fim em Lábrea AM,

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Agora certificado no X Encontro Internacional dos Fazedores de Chuva.