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  1. #1
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    De motocicleta pelo Rio Tiete com Marcia e Elton

    Na busca incessante por novos destinos e desafios, foi com grande satisfação que recebemos a noticia de que fazer a rota do Rio Tiete de motocicleta agora era um desafio dos Fazedores de Chuva. Márcia e eu decidimos fazer o desafio no encontro dos Fazedores que houve em Vitoria no final de 2012 e já na viagem de volta fizemos as primeiras cidades do famoso rio.

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    Aproveito para colocar um resumo do que é o Rio Tiete para o Estado de São Paulo aqui abaixo, de um texto que não é meu mas achei muito bem escrito.
    O rio Tietê nasce a uma altitude de 1.030 metros da Serra do Mar, no município paulista de Salesópolis, a 22 km do oceano Atlântico e a 96 km da Capital. Ao contrário de outros rios, ele subverte a natureza: como não consegue vencer os picos rochosos rumo ao litoral, em vez de buscar o mar - como a maior parte dos rios que corre para o mar – o Tietê atravessa a Região Metropolitana de São Paulo e segue para o interior do Estado, desaguando posteriormente no rio Paraná, num percurso de quase 1.100 km.

    A nascente do Tietê, apesar de encontrada num passado recente, possui importância histórica e econômica diretamente relacionada às conquistas territoriais, realizadas pelos Bandeirantes que desbravavam os sertões, fundando povoados e cidades ao longo de suas margens.

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    O rio Tietê percorre 1.100 quilômetros, até o município de Itapura, em sua foz no rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso do Sul. Banha 62 municípios ribeirinhos e sua bacia compreende seis sub-bacias hidrográficas: Alto Tietê, onde está inserida a Região Metropolitana de São Paulo; Piracicaba; Sorocaba/Médio Tietê; Tietê/Jacaré; Tietê/Batalha e Baixo Tietê.

    O lançamento de esgotos industriais inicia-se a 45 km da nascente na cidade de Mogi das Cruzes. Na zona metropolitana o rio encontra o mais complexo urbano-industrial do país, e conhece um de seus trechos mais poluídos, a foz do Tamanduateí.
    O Tietê passou a ser considerado o curso d’água que, melhor do que qualquer outro monumento, representava o espírito da capital dos paulistas, mesmo sendo o curso preferencial de escoamento dos esgotos urbanos.

    "Para contar sua história, é preciso lembrar inicialmente da evolução de São Paulo", como o diz o historiador Fausto Henrique Gomes Nogueira. São Paulo e o Tietê estão intimamente ligados, pela história, pela geografia, pela cultura, e também pelas dificuldades. Símbolo da cidade, trata-se de um personagem fundamental durante os períodos econômico das bandeiras, monções, da cafeicultura e da industrialização.
    Durante muitos anos, o rio foi a única via de acesso ao interior da província de São Paulo e, embora não navegável em alguns trechos, se tornou o caminho mais rápido para se atingir o Estado do Mato Grosso. Além de sua importância histórica, possui considerável significado econômico, ligado principalmente à produção de energia hidroelétrica imprescindível para o maior parque industrial da América do Sul. Também foi um local de lazer e entretenimento, porém, desrespeitado pela cidade, se transformou em “esgoto a céu aberto”.

    São Paulo foi fundada em 25 de janeiro de 1554, quando se ergueu o colégio dos jesuítas em local alto - uma colina com visão abrangente e excelente para a segurança - que deu origem ao povoado de São Paulo de Piratininga, cercado pelos rios Tamanduateí e Anhangabaú, e próximo ao rio "Anhembi" que “corre de costas para o mar”.

    Até o século XVII, o Tietê era chamado de Anhembi. Historiadores e homens da época consideram que o nome é derivado de uma ave muito comum na região, as anhumas, significando rio das Anhumas. Com o passar do tempo, percebe-se que o Tietê é um local de incursão, tendo em vista a pobreza da capitania, pouco ligada à metrópole. O sertão parece fornecer a possibilidade de riqueza. O rio era misterioso, pois corria terra à dentro. Inicia-se o Ciclo das Monções.

    As monções eram expedições fluviais povoadoras e comerciais que partiam do porto de Araritaguaba, na cidade paulista de Porto Feliz, região de Sorocaba. A expressão significa vento favorável à navegação. A descoberta das minas nas cercanias de Cuiabá iniciou o período de grande euforia das Monções. Nessa época, o Tietê foi o caminho dos aventureiros que, em busca do sonho dourado, fundavam povoados à sua margem. Na manhã da partida era rezada uma missa para o sucesso da missão. Todos iam ao porto onde as embarcações recebiam a benção.


    A imaginação supersticiosa dos caboclos mamelucos envolvia a existência de lendas sobre o rio Tietê com seus seres sobrenaturais como o “Monstro de Pirataca”, representado por uma enorme serpente que habitava as profundezas escuras à jusante no salto de Avanhandava e que devorava homens com apetite voraz. Havia também a “Canoa fantasma” que aparecia soturnamente nas manhãs nevoentas com sua tétrica tripulação ora subindo ou descendo o rio e desaparecendo misteriosamente.

    O rio foi importante até o século XIX quando homens preferem as tropas de mulas, menos perigosas. No final do século XIX e início do XX desenvolveu-se a prática esportiva e, embora a poluição já fosse um problema no Tietê nas primeiras décadas do século XX, ainda não havia comprometido tão grave.
    Na região da capital o rio permitia em muitos trechos a recreação, principalmente com os clubes localizados junto à Ponte Grande, durante muito tempo um “local pitoresco e aprazível”, onde grande parte da população desfrutou de momentos inesquecíveis. O Tietê ganhou fama como área de lazer, reunindo nos finais de semana centenas de pessoas ávidas por diversão.

    O lazer combinava-se com a prática da pescaria e dos esportes aquáticos. Suas margens, acima de tudo eram um espaço de festa: piqueniques, partidas de futebol, serenatas, pescarias, esportes náuticos, como provas de remo e de natação. Situados junto à Ponte Grande, foram surgindo diversos clubes de regatas, atraídos pela beleza do local. Possuíam portões para embarque e desembarque em canoas, piscinas naturais e “cochos”, cercadinhos de madeira feitos dentro do próprio rio, perto da margem, nos quais instrutores dos clubes ensinavam crianças e adultos a nadar.
    Nas primeiras décadas do século XX, desenvolveu-se o mito “São Paulo não pode parar”. Este processo de ocupação territorial e de industrialização ocorreu de forma “caótica”, não levando em consideração a sustentabilidade da cidade e sua qualidade de vida. O meio ambiente acabou sofrendo as marcas deixadas por esse “progresso”, com a ocupação de vales e escarpas, contribuindo para a impermeabilização dos terrenos.
    A preocupação com a retificação do Tietê é bem antiga. Em 1866, o então presidente da Província de São Paulo, João Alfredo Correia de Oliveira, afirmava sua necessidade, a fim de utilizar os terreno das várzeas do Tamanduateí e do Tietê.

    No final do século XIX a administração pública encarregou-se da organização de uma Comissão de Saneamento que estabeleceu o Tietê como responsável pelas cheias. Já na década de 20, surgiu a Companhia de Melhoramentos de São Paulo que reuniu sanitaristas e engenheiros que defenderam a necessidade de retificação do curso sinuoso do rio, além do desassoreamento de seu leito. No comando dos trabalhos estava o engenheiro sanitarista Francisco Rodrigues Saturnino de Brito, autor de diversos estudos sobre o Tietê.


    A várzea do Tietê não foi mantida, fez-se a canalização, e o rio sofreu com a instalação de empresas ao longo de suas margens. Assim, o processo de destruição da paisagem natural se baseou na ocupação do seu leito maior e no confinamento de suas águas em estreitos canais retificados. A ideia era construir uma avenida paralela ao canal do rio, uma rodovia urbana.

    A opção escolhida foi intensificar a velocidade de vazão das águas, aumentando a declividade com a retificação do rio; e, depois, aterrar o máximo possível o antigo leito maior (as várzeas), a fim de , posteriormente, depois lotear e vender áreas públicas.

    O Tietê foi, assim, progressivamente sufocado pelo suposto “progresso” com a ocupação de suas várzeas, ocupação territorial, demográfica e industrial, sem controle. Os loteamentos se sucederam sem respeitar uma lógica ordenadora da cidade, mas levando-se em consideração apenas os interesses econômicos.

    A partir daí, o rio caracterizou-se por problemas, os mais famosos: enchentes e poluição. As enchentes sempre foram constantes. O Tietê invadia suas várzeas e formava depósitos de moscas e pernilongos. Ocorreram enchentes históricas como a catastrófica de 1929 e, sucessivamente, os paulistanos sofrem com as cheias principalmente pela intensa urbanização que reduziu a área de absorção das chuvas, e por muitos planejadores terem desprezado a distribuição lógica das áreas de contenção das águas fluviais.

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    No que se refere à poluição do rio, embora hajam considerações a respeito já no século XVII, sobre exploração de ouro, o problema se agravou com o processo de industrialização. A cidade cresceu de forma desorganizada, sendo descarregados os esgotos industriais e ocupadas as suas várzeas. Nos anos 40 e 50 a situação fica ainda pior, quando o prefeito Adhemar de Barros resolveu interligar as redes de esgoto sanitários da cidade, fazendo-as desembocarem no Tietê.

    No início dos anos 80 já era um rio imundo e mal cheiroso. Os biólogos assinalam que o Tietê foi submetido a dois processos: poluição e contaminação. Quem contribui para a poluição? Esgotos industriais, mas também a população principalmente utilizando o rio como depósito de todo tipo de coisa.
    Extraído do site SP.gov.br

    Grande Cacique Fazedor de Chuva

    Prudhoe Bay, Alaska - Ushuaia, Argentina em um mesmo ano:2010
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  2. #2
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    Belo relato, bela viagem.

    Eu não ficaria assim tão céptico quanto às "Lendas do Tietê", li barbaridades sobre pragas de baratas que comiam gente quando eles acampavam subindo o Rio nos idos de 1.700/1.800 (coisa real, está em livros).

    Parabéns!

    Alexandre.

  3. #3
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    GCFC Elton e Márcia, um prazer vê-los assim bonitos, obviamente, neste caso o plural é singular e feminino, desafiando o Rio Tietê, cuja apresentação e pesquisa foi primorosa com um panorâmica muito interessante sobre este nosso símbolo nacional, pois neste caso, São Paulo é plural, patrimônio de todos nós, nosso orgulho.

    Adorei! A leitura foi muito agradável e ajudou a colocar gasolina na minha fogueira que arde, me empurrando para uma jornada ao longo do Tietê, com todos os que o desafiam.

    Será um grande evento e em pouco tempo devo estar reavendo a minha carta de alforria e mesmo que não a consiga de imediato, o Rio Tietê será transformado no meu quilombo, onde faremos, literalmente no plural, uma pernada juntos.

    Queremos a Angela e eu abraçar esta turma de desafiantes Nascente FC, incluindo no roteiro todas as delícias culinárias que aos poucos vai nos aguando a boca, especialmente vindas dos ótimos FC Sassa, Cuca, Janjão, Jacob...

    Finalmente, acho que neste final de semana, distante somente dois dias, o Tietê se unirá ao Rio Itajaí-açu, não é verdade?

  4. #4
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    Sep 2012
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    Que bom, tem mais gente no caminho das águas do nosso Tietê!

    Sejam bem vindos e dia 10/5, estaremos na estrada novamente. Não sabemos o que está acontecendo neste ano mas, a coisa tá corrida e confusa!!!! Quer dizer, provavelmente a reforma em casa, esteja consumindo mais do que desejávamos, certo? É aquela coisa " já que está sendo feito isso, que tal fazer aquilo?" e assim, a coisa não acaba nunca!!!!! Socorro que bagunça!!!!

    Elton e Márcia, ambos são muito bonitos, ok? Gostaríamos de encontrá-los pelo caminho, tá?

    Abçs

    Sassa e Cuca

  5. #5
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    Vamos tentar fazermos uma pernada juntos Sassa e Cuca!!!
    ainda nao tenho a data para a proxima saida, mas te aviso.

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  6. #6
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    Salesópolis - De motocicleta pelo Rio Tiete com Marcia e Elton

    Chegamos nessa pitoresca cidade já no final da tarde e por sorte poucos minutos antes de uma chuva de verão torrencial. Alojamos-nos no melhor hotel da cidade!!!!. Não posso dizer que era o único, pois tem uma pensão do outro lado da praça, mas era o melhor hotel da cidade de Salesopolis. E fomos jantar num restaurante muito gostoso a poucos blocos do hotel. Fomos a pé e na volta pegamos um pouco de chuva ainda.


    Isso nos deixou preocupados, pois sabíamos que para o dia seguinte ira ter um trecho razoável de terra que se estivesse com lama iria tornar a aventura bem interessante...
    Pela manha saímos e fomos em direção a nascente do rio tiete. A estrada é boa e com paisagens campestres muito bonitas. A entrada para a nascente é razoavelmente sinalizada, se você sabe qual a direção a tomar. Tivemos que perguntar somente uma vez.










    Ao chegarmos lá, éramos os únicos turistas no local. Fomos muito bem recebidos pela equipe que mantém o local e tivemos uma rápida instrução sobre o que é o Rio Tiete, aonde ele fica sujo, aonde volta a ficar limpo, e como ele é utilizado. Bastante agradável o local.





    Tiramos varias fotos, filmamos, fiquei sabendo que naquele dia o rio estava com vazão de 3400 litros por hora (achei bastante...) e tocamos o pé na estrada.

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    Salesópolis é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na região metropolitana da capital paulista. A população estimada em 2009 era de 16 041 e a área é de 426 km², o que resulta numa densidade demográfica de 37,3 hab/km².
    Abriga a Estação Biológica de Boraceia, com 96 ha e situada em área de proteção de mananciais, que é administrada pelo Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Esta estação é uma das duas únicas localidades onde ainda ocorre uma árvore da Mata Atlântica ameaçada de extinção, a Buchenavia rabelloana.
    É município desde 1857. Salesópolis é uma palavra composta que quer dizer: Cidade de Sales. Foi uma homenagem ao Presidente da República, Dr. Manoel Ferraz de Campos Sales, quando da sua visita.

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  7. #7
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    Biritiba Mirim - De motocicleta pelo Rio Tiete com Marcia e Elton

    No caminho para Biritiba Mirim, passamos pela famosa represa da Usina Hidrelétrica de Salesópolis – feita em 1914



    A barragem foi construída no topo da Cachoeira dos Freire, a maior queda d’água do Rio Tietê, com 74 metros de altura, localizada poucos quilômetros depois da nascente do principal rio paulista, ali mesmo em Salesópolis.

    A obra foi iniciada em 1911 pelo empresário de Mogi das Cruzes Ricardo Villela, que iria utilizar a energia gerada para abastecer sua indústria em Mogi das Cruzes. Antes da inauguração, em 1914, a usina foi vendida para a Empresa Força e Luz do Norte e passou a abastecer as cidades de Salesópolis, Mogi das Cruzes, Jambeiro e Caçapava.

    A usina foi desativada em 1988 em decorrência da má situação dos equipamentos após vários acidentes.

    A usina foi reativada, com apenas uma das duas turbinas, em 2007 após restauração feita pelo Grupo Bertin (frigoríficos), que atualmente administra o complexo. A energia produzida integra o sistema energético paulista.
    Normalmente não se pode entrar na represa sem avisar a administração antes, mas com um adesivo dos Fazedores de Chuva na mão, conseguimos convencer o guarda a nos dar um tour rápido, sem muitos detalhes, na parte da represa e também do radar meteorológico.


    A primeira e uma das raras placas indicando o Rio Tiete esta logo na entrada de Biritiba Mirim, bem como algumas esculturas em metal que enfeitam a cidade.





    Aqui o rio Tiete ainda esta limpo.

    Biritiba Mirim é um município na Microrregião de Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil.
    O nome biritibamirim veio da língua tupi, significando "pequeno ajuntamento de juncos", através da junção de pi'ri, "Rhinchospora cephalotes" (um tipo de junco), tyba, "ajuntamento" e mirim, "pequeno".
    O território de Biritiba Mirim pertenceu a Mogi das Cruzes até o ano de 1963. Explorado durante muito tempo por sertanistas e bandeirantes, o local só veio a se constituir em povoado por volta de 1820. Desde o período colonial, moradores e representantes da administração de Mogi das Cruzes já andavam pela região, servida pelas águas do Rio Tietê - fonte segura de sobrevivência e de locomoção geográfica àqueles que se predispunham a desbravar matas tão fechadas. Não se pode negar que o local tenha sido ponto de passagem dos Bandeirantes e viajantes que expandiram os limites territoriais do Brasil Colonial e, consequentemente, dos domínios do rei de Portugal. Até 1820, o povoado que havia se formado em torno da Capela de São Benedito contava com um número muitas vezes maior de habitantes do que o do bairro de Santa Catarina, tanto é que em 1882 a administração de Mogi das Cruzes criou na localidade um distrito policial. Tornou-se município em 1964, quando se emancipou de Mogi das Cruzes.

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  8. #8
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    Mogi das Cruzes - De motocicleta pelo Rio Tiete com Marcia e Elton

    Após a rápida passada por Biritiba Mirim, nosso destino foi Mogi das Cruzes. As ruas aqui já são bem mais movimentadas, com transito intenso e muitos carros e pedestres.
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    O rio aqui esta razoável. Não exatamente limpo.

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    Mogi das Cruzes é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na microrregião de mesmo nome e na mesorregião de São Paulo. Mogi das Cruzes está localizado na região metropolitana da capital paulista. A população em 2010 segundo o Censo demográfico era de 387.779 habitantes, o que resulta em uma densidade demográfica de 543,65 hab/km². É também o maior e mais desenvolvido município da Região do Alto Tietê.
    O nome vem do tupi M'Boiji (ou M'Boîj), Rio que Serpenteia (referindo-se ao Tietê, o qual em seu alto curso cruza o município). Ao longo dos anos, a grafia M'Boijy foi alterada para Boigy, depois para Mogy, Mogi e finalmente para Moji.
    Segundo as normas ortográficas vigentes da língua portuguesa este topônimo deveria ser grafado Moji pois prescreve-se o uso da letra "j" para a grafia de palavras de origem tupi-guarani. Assim, tanto o dicionário Houaiss como o IBGE usam a grafia Moji. Historicamente, no entanto, o uso mais comum, apoiado pela administração pública e pela imprensa é Mogi para o nome da cidade. Dois outros municípios que usam o nome de Mogi são Mogi Guaçu e Mogi Mirim.
    Mogi das Cruzes começou como um povoado, por volta de 1560, servindo como um ponto de repouso aos bandeirantes e exploradores indo e vindo de São Paulo, entre eles Brás Cubas. Gaspar Vaz Guedes foi responsável pela abertura da primeira estrada entre a capital e Mogi, iniciando o povoado, posteriormente elevado à "Vila", com o nome "Vila de Sant'Ana de Mogi Mirim". O fato foi oficializado em 1º de setembro de 1611. Em 13 de março de 1865 foi elevada à cidade, e em 14 de abril de 1874 à comarca.
    Mogi das Cruzes acolhe colônias de todos os cantos do mundo, com destaque especial para a colonização japonesa, com uma grande quantidade de japoneses e seus descendentes (aproximadamente 8% segundo a prefeitura), que já estão em sua terceira geração no município. Além disso, o município possui uma considerável população nordestina, sendo que a maioria veio para Capital e depois mudou-se para Mogi das Cruzes em busca de qualidade de vida.

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  9. #9
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    Sassa e Cuca,
    aonde voces ja estao no roteiro?

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  10. #10
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    Suzano - De motocicleta pelo Rio Tiete com Marcia e Elton

    O rio já esta bem sujo aqui, mas ainda não esta fedido.
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    A Prefeitura é uma das mais modernas que já visitamos, com construção bonita e limpa.



    Suzano é um município brasileiro do estado de São Paulo, na Região Metropolitana de São Paulo, microrregião de Mogi das Cruzes. A população em 2010 segundo o Censo demográfico é 262.568 habitantes, o que resulta numa densidade demográfica de 1.275,43 hab/km².
    A emancipação política do município de Suzano ocorreu em no final da década de 1940, e desde então destaca-se na Região Metropolitana de São Paulo por ser um polo industrial, especialmente do setor químico. Quando se tornou município, Suzano já abrigava 563 indústrias e 5.274 empresas; juntando a isso o fato de ter um setor comercial diversificado, com centros comerciais nos distritos de Boa Vista e Palmeiras, além do Centro - que possui um shopping inclusive -, o município estava, em 2009, entre os vinte que mais arrecadam Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - (ICMS), no estado de São Paulo. O crescimento industrial de Suzano foi impulsionado no passado em razão de possuir locais disponíveis para a instalação de empresas e por ter acesso a rodovias que levam ao interior e litoral do estado. Diretamente por Suzano, passam as rodovias Índio Tibiriçá e Henrique Eroles. Suzano tem acesso direto à Ayrton Senna, e indireto á Mogi-Dutra e consequentemente a própria Dutra.
    Destaca-se ainda em Suzano a produção agrícola e de flores, além do esporte. Suzano recebeu por toda a sua história influência da cultura japonesa, tendo recebido várias famílias do Japão no movimento migratório do começo do século. Hoje essas famílias fazem parte da economia e política de Suzano. Atualmente os principais problemas enfrentados pelo município são decorrentes da explosão populacional que ocorreu em Suzano e em toda a Grande São Paulo. Um exemplo, é o fato de Suzano conseguir ser também ser o município mais rico da região (considerando o Produto Interno Bruto), mas também é o quarto município mais pobre da região e o décimo sexto do estado (considerando o PIB per capita). Isso ocorre porque a riqueza produzida na cidade fica concentrada em uma pequena parte da população.
    O fundador do povoado que viria a se transformar no município de Suzano foi o padre jesuíta Francisco Baruel, que tinha por missão a catequese dos indígenas, em meados de 1660. O Frei Baruel deu início à construção de uma capela, após disputas acirradas entre índios Pés Largos e os Guaianases, nativos daquela área, com o objetivo de apaziguar os ânimos dos indígenas. A construção atraiu novos moradores e logo se formou um povoado. O santuário foi reconstruído em 1750 pelo padre Antônio Souza e Oliveira, que deu a ele o nome de Nossa Senhora da Piedade de Taiaçupeba. 135 anos mais tarde, a capela foi transformada em igreja. Em 1895 a igreja ruiu por conta de uma forte chuva e somente com a chegada da família Bianchi foi reconstruída. Desde então a área passou a ser conhecida como Baruel - nome escolhido pela presença da família Barweel, que chegou a Suzano no século XVI.
    Na década 1870, foram implantados os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo - Rio de Janeiro. Alguns anos mais tarde, em 1879, estabeleceu-se na região Antônio Marques Figueira, feitor da Estrada de Ferro. Em 1885, chegou à região o seu irmão Tomé Marques Figueira, que muito contribuiu ao povoado. Em 1890, os dois irmãos mandaram elaborar a planta da cidade, trabalho executado pelo Conde Romariz. A primeira denominação da localidade foi "Vila da Concórdia", nomeada posteriormente de "Vila da Piedade". Com a encampação da ferrovia pela companhia Estrada de Ferro Central do Brasil, em 1891, houve a consolidação do vilarejo.
    A via férrea que passa pelo Alto Tietê, conhecida na época como Estrada de Ferro do Norte ou São Paulo-Rio, foi construída por fazendeiros do Vale do Paraíba, com o propósito inicial de fazer o transporte do café. Na época, o local era conhecido como Guayó, mas anos mais tarde o nome foi alterado para Suzano em homenagem ao engenheiro Joaquim Augusto Suzano Brandão, que morava na central ferroviária. Como em todas as cidades da região, a estrada foi uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento da área, que a partir dos trilhos registrou um número bem maior de visitantes. Com isso, iniciou-se a implantação de várias indústrias, atraídas pelas vantagens do transporte mais eficaz e rápido dos trens. Em 1869 a estação de trens foi oficialmente construída.
    Em janeiro de 1897, foi realizada a primeira missa na nova igreja construída pelos irmãos Marques Figueira, passando a vila a ser conhecida por "São Sebastião do Guaió". As reivindicações por melhores nas instalações da parada de trens foram levadas ao engenheiro residente da ferrovia doutor Joaquim Augusto Suzano Brandão que, após desenvolver criterioso estudo, atendeu às reivindicações. Foi construída uma estação na localidade e a vila, a 11 de dezembro de 1908, passou a ser chamada oficialmente pelo nome de Suzano, em homenagem a ele. Em contrapartida, a rotina calma da estação ficou no passado. Com cerca de 18 mil usuários passando diariamente pela estação atualmente, o corre-corre e a agitação fazem parte do dia-a-dia nos trilhos.
    Em 1908, desembarcaram do cargueiro Kasato Maru, no porto de Santos, os primeiros imigrantes japoneses no Brasil. Eles foram convencidos por um japonês chamado Ryu Mizuno de que o trabalho de poucos anos nas lavouras de café brasileiras lhes daria fortuna suficiente para voltar ao Japão e viver tranquilamente o resto de seus dias. Em Suzano, a colônia mantém suas tradições e está inserida definitivamente em todos os setores do município.
    Apesar de ser a principal influência de cultura estrangeira, e de sua predominância, não foram apenas os descendentes de japoneses que criaram a atual identidade de Suzano. Muitas famílias de origem italiana também vieram para a cidade e serviram como base para a criação de alguns bairros e indústrias importantes na história de Suzano. Os Raffo foram uma delas. O italiano Giovanni Battista Raffo veio para Suzano em 1915. Para não perder os laços com sua terra natal, deu início à fabricação de vinho no porão da sua casa, em um sobrado na Rodovia índio Tibiriçá. Anos mais tarde, em 1962, ampliou a empresa e deu a ela o nome de Viti Vinícola Irmãos Raffo Ltda., e depois, Indústria de Bebidas Irmãos Raffo Ltda. Hoje o bairro é conhecido como Raffo.
    A partir do início do século XX, o povoado experimentou constante crescimento, com aumento expressivo de sua população, o que justificou sua elevação a categoria de Distrito, anexo ao município de Mogi das Cruzes, por meio da Lei Estadual nº 1705 de 27 de dezembro de 1919, promulgada pelo então presidente do estado de São Paulo, Altino Arantes. Também ficou registrado na história do município o dia 8 de dezembro de 1940, quando o então arcebispo de São Paulo, Dom José Gaspar d'Afonseca e Silva, determinou a elevação de Suzano a categoria de Paróquia, motivado pela importância do Distrito no contexto regional.
    Após um longo caminho, em 8 de dezembro de 1948, Suzano atingiu a condição de município por meio de sua emancipação de Mogi das Cruzes, através de lei sancionada pelo então governador do estado de São Paulo, Ademar Pereira de Barros. Em 14 de abril de 1958, foi criada por lei estadual a Comarca de Suzano, cuja instalação ocorreu em 26 de maio de 1962.

    Grande Cacique Fazedor de Chuva

    Prudhoe Bay, Alaska - Ushuaia, Argentina em um mesmo ano:2010
    Nascente FC-feito em 2013 com a Marcia
    Rodoviário FC - BR-153 e BR-101, ambos feitos em 2015 com a Marcia
    Iron Butt Association member feito em 2002 nos USA
    http://www.2wheelsadventure.com

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