Evento italiano, o mais importante do ano, começa no próximo dia 5.

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Área do Salão de Milão, mais importante evento voltado para motos no mundo!

A partir da próxima terça-feira (5), Milão, a grande cidade do norte da Itália, será a capital mundial da motocicleta. O motivo? Simples: o 71º Eicma – Esposizione Internazionale del Ciclo e Motociclo –, vulgarmente conhecido como Salão de Milão, abrirá as portas à imprensa e, posteriormente, ao público e a profissionais do setor vindos de todas as partes do planeta.
O primeiro Eicma foi realizado em 1914 e desde então, nada menos do que 70 edições levaram o que há de melhor e novo na indústria motociclística mundial. Milão estabeleceu uma cadência bienal de 1957 até 1997, se alternando com o Salão de Colônia (Alemanha), como principal mostra do segmento motociclístico.

Houve época em que outros salões mundiais, entre os quais o Salão de Paris, na França, buscaram roubar os holofotes da mídia. Todavia, uma conjunção de fatores fez com que Milão se fortalecesse. Desde que passou a ser anual, há 16 anos, ele é O SALÃO, maior passarela das melhores novidades de duas rodas.
Explica parte deste protagonismo o fato de a Itália ter conseguido preservar algumas de suas históricas marcas de motocicletas após a verdadeira invasão das motos japonesas, ocorrida nos anos de 1960 e 1970.
As lendárias Gilera, Guzzi, Ducati, Morini, e Laverda, entre outras, sobreviveram a duras penas. Hoje as principais motos italianas estão sob a asa do forte grupo Piaggio (Vespa, Gilera, Guzzi e a vibrante Aprilia), da Ducati (desde o começo deste ano de propriedade da alemã Audi), da Benelli (donos chineses, Qjian Jiang), e da renascida e cada vez mais ativa MV Agusta.

O pavilhão onde se realiza a feira, em Rho, periferia de Milão, é tudo o que o Anhembi, onde o Salão das Duas Rodas acaba de ser realizado, gostaria de ser: moderno, prático, imponente, bonito e espaçoso. O visitante desembarca dos vagões do metrô milanês literalmente dentro da feira. O preço do ingresso é de 18 euros (cerca de R$ 50) e menores de 12 anos pagam 12 euros, assim como os filiados à Federação Motociclística Italiana. E para quem vai de carro ou moto, vagas de estacionamento não faltam. E, para motos, são grátis...
O que esperar...

Para o público que terá o privilégio de estar na feira milanesa, novidades não faltarão. A alemã BMW trará sua curiosa naked (moto sem carenagem) vintage R nineT assim como a versão Adventure da R 1200GS, mas há quem aguarde também uma R 1200 RT com o novo motor de refrigeração mista que estreou nas GS no começo de 2013.

Porém, a rainha do estande deverá ser a versão naked da superesportiva S 1000 RR

Italianas
Ao lado da Ducati 899 Panigale e 1199 Superleggera, deverá ser vista uma novíssima Monster 1200 e talvez a esperada revisitação da lendária Ducati Scrambler dos anos 1970.
A MV Agusta Rivale, já mostrada em São Paulo, terá a seu lado a Turismo Veloce, também 800cc.

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Ducati 1199 Superleggera

Japonesas
Da Honda sempre se espera grandes lançamentos. No Eicma do ano passado vieram as CB 500 em três versões, já lançadas no Brasil. Para agora, a "fofoca" é a possibilidade de ver uma Hornet nova, com motor 650, e uma CBR 600F reformulada com este mesmo motor mais potente. A CTX 1300, com o propulsor da Pan European, é a novidade para os amantes das touring-custom (no caso, uma moto grande de perfil turístico), mas nada é tão esperado quanto uma CBR 1000RR Fireblade 100% nova. Outra possibilidade é ver em terras europeias a CBR 300R, já exibida na Ásia.

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Honda CBR 300 R

A Kawasaki mostrará seu scooter J300 e as novas Z 1000 e Z 1000SX. Suzuki? A nova V-Strom 1000 é certeza. Da Yamaha se espera uma sequência de sua família de motos com motor tricilíndrico, cuja pioneira é a naked FZ-09, chamada MT-09 no mercado europeu, já vista inclusive aqui no Salão de SP.
A hipótese mais forte é termos uma FZ-09S dotada de semicarenagem. Outra possibilidade é o lançamento de inéditas bicilíndricas FZ-07 (ou MT-07) formando um quarteto: naked, crossover, esportiva e semicarenada. E quem achou essa fórmula parecida com as novas Honda 500 (e as NC 700) está certo.

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Kawasaki J300

As europeias KTM e Husqvarna também vêm com novas motos: a primeira com a bestial Super Duke 1290 R, de 180 cavalos de potência, enquanto a segunda inaugura uma linha 100% nova de motos fora-de-estrada.
Há também boa chance de vermos uma surpresa por parte da Triumph: a pequena 250 ou 300cc monocilíndrica que teria na mira mercados de países emergentes como Índia e... Brasil.

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KTM 1290 Super Duke

Brasileiros no salão
Nesta 71ª edição já estão confirmados mais de mil expositores - entre eles estará, como de hábito, Renato Breda, dono da fábrica de acessórios Circuit e mais antigo expositor do país do salão.
Pioneiro entre os brasileiros do segmento moto que cruzaram o Atlântico, Breda conseguiu fazer sua marca - cuja fábrica é em Pindamonhangaba (SP) - não apenas ter uma sucursal na Itália, como está em vias de abrir filial nos EUA.

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O brasileiro Renato Breda (esq.), junto a Jorge Negretti, veterano campeão do motocross nacional.

No Salão das Duas Rodas, o empresário fez um paralelo entre o Salão de Milão e o realizado em São Paulo, destacando um grave problema: os custos. Há mais de duas décadas com estande em Milão, para ele é incompreensível ser mais caro participar do salão brasileiro do que do italiano sem que haja mais vantagens ao expositor. “No Brasil, o expositor médio ou pequeno como eu parece estar fazendo um grande favor aos organizadores da feira ao participar do salão. Temos muitos deveres, gastos exorbitantes e nossos direitos são quase nulos", afirma.

"No Eicma, escolho um lugar na planta e lá sei que vou ficar. Aqui [em São Paulo] o espaço que comprei dois anos atrás não é esse onde estou agora. Esse é apenas um pequeno exemplo dos problemas. O que salva é que o brasileiro é apaixonado por motos e comparece, mesmo sofrendo como o restante dos expositores por causa da infraestrutura ruim do Anhembi, dos preços exagerados e de uma organização aproximativa. Tenho certeza de que nosso salão poderia ter bem mais expositores e, consequentemente, público, se as condições fossem mais justas, como é no Eicma.”

Fonte: G1