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Motos que serão destaque no Salão de Milão 2013!
Evento italiano, o mais importante do ano, começa no próximo dia 5.

Área do Salão de Milão, mais importante evento voltado para motos no mundo!
A partir da próxima terça-feira (5), Milão, a grande cidade do norte da Itália, será a capital mundial da motocicleta. O motivo? Simples: o 71º Eicma – Esposizione Internazionale del Ciclo e Motociclo –, vulgarmente conhecido como Salão de Milão, abrirá as portas à imprensa e, posteriormente, ao público e a profissionais do setor vindos de todas as partes do planeta.
O primeiro Eicma foi realizado em 1914 e desde então, nada menos do que 70 edições levaram o que há de melhor e novo na indústria motociclística mundial. Milão estabeleceu uma cadência bienal de 1957 até 1997, se alternando com o Salão de Colônia (Alemanha), como principal mostra do segmento motociclístico.
Houve época em que outros salões mundiais, entre os quais o Salão de Paris, na França, buscaram roubar os holofotes da mídia. Todavia, uma conjunção de fatores fez com que Milão se fortalecesse. Desde que passou a ser anual, há 16 anos, ele é O SALÃO, maior passarela das melhores novidades de duas rodas.
Explica parte deste protagonismo o fato de a Itália ter conseguido preservar algumas de suas históricas marcas de motocicletas após a verdadeira invasão das motos japonesas, ocorrida nos anos de 1960 e 1970.
As lendárias Gilera, Guzzi, Ducati, Morini, e Laverda, entre outras, sobreviveram a duras penas. Hoje as principais motos italianas estão sob a asa do forte grupo Piaggio (Vespa, Gilera, Guzzi e a vibrante Aprilia), da Ducati (desde o começo deste ano de propriedade da alemã Audi), da Benelli (donos chineses, Qjian Jiang), e da renascida e cada vez mais ativa MV Agusta.
O pavilhão onde se realiza a feira, em Rho, periferia de Milão, é tudo o que o Anhembi, onde o Salão das Duas Rodas acaba de ser realizado, gostaria de ser: moderno, prático, imponente, bonito e espaçoso. O visitante desembarca dos vagões do metrô milanês literalmente dentro da feira. O preço do ingresso é de 18 euros (cerca de R$ 50) e menores de 12 anos pagam 12 euros, assim como os filiados à Federação Motociclística Italiana. E para quem vai de carro ou moto, vagas de estacionamento não faltam. E, para motos, são grátis...
O que esperar...
Para o público que terá o privilégio de estar na feira milanesa, novidades não faltarão. A alemã BMW trará sua curiosa naked (moto sem carenagem) vintage R nineT assim como a versão Adventure da R 1200GS, mas há quem aguarde também uma R 1200 RT com o novo motor de refrigeração mista que estreou nas GS no começo de 2013.
Porém, a rainha do estande deverá ser a versão naked da superesportiva S 1000 RR
Italianas
Ao lado da Ducati 899 Panigale e 1199 Superleggera, deverá ser vista uma novíssima Monster 1200 e talvez a esperada revisitação da lendária Ducati Scrambler dos anos 1970.
A MV Agusta Rivale, já mostrada em São Paulo, terá a seu lado a Turismo Veloce, também 800cc.

Ducati 1199 Superleggera
Japonesas
Da Honda sempre se espera grandes lançamentos. No Eicma do ano passado vieram as CB 500 em três versões, já lançadas no Brasil. Para agora, a "fofoca" é a possibilidade de ver uma Hornet nova, com motor 650, e uma CBR 600F reformulada com este mesmo motor mais potente. A CTX 1300, com o propulsor da Pan European, é a novidade para os amantes das touring-custom (no caso, uma moto grande de perfil turístico), mas nada é tão esperado quanto uma CBR 1000RR Fireblade 100% nova. Outra possibilidade é ver em terras europeias a CBR 300R, já exibida na Ásia.

Honda CBR 300 R
A Kawasaki mostrará seu scooter J300 e as novas Z 1000 e Z 1000SX. Suzuki? A nova V-Strom 1000 é certeza. Da Yamaha se espera uma sequência de sua família de motos com motor tricilíndrico, cuja pioneira é a naked FZ-09, chamada MT-09 no mercado europeu, já vista inclusive aqui no Salão de SP.
A hipótese mais forte é termos uma FZ-09S dotada de semicarenagem. Outra possibilidade é o lançamento de inéditas bicilíndricas FZ-07 (ou MT-07) formando um quarteto: naked, crossover, esportiva e semicarenada. E quem achou essa fórmula parecida com as novas Honda 500 (e as NC 700) está certo.

Kawasaki J300
As europeias KTM e Husqvarna também vêm com novas motos: a primeira com a bestial Super Duke 1290 R, de 180 cavalos de potência, enquanto a segunda inaugura uma linha 100% nova de motos fora-de-estrada.
Há também boa chance de vermos uma surpresa por parte da Triumph: a pequena 250 ou 300cc monocilíndrica que teria na mira mercados de países emergentes como Índia e... Brasil.

KTM 1290 Super Duke
Brasileiros no salão
Nesta 71ª edição já estão confirmados mais de mil expositores - entre eles estará, como de hábito, Renato Breda, dono da fábrica de acessórios Circuit e mais antigo expositor do país do salão.
Pioneiro entre os brasileiros do segmento moto que cruzaram o Atlântico, Breda conseguiu fazer sua marca - cuja fábrica é em Pindamonhangaba (SP) - não apenas ter uma sucursal na Itália, como está em vias de abrir filial nos EUA.

O brasileiro Renato Breda (esq.), junto a Jorge Negretti, veterano campeão do motocross nacional.
No Salão das Duas Rodas, o empresário fez um paralelo entre o Salão de Milão e o realizado em São Paulo, destacando um grave problema: os custos. Há mais de duas décadas com estande em Milão, para ele é incompreensível ser mais caro participar do salão brasileiro do que do italiano sem que haja mais vantagens ao expositor. “No Brasil, o expositor médio ou pequeno como eu parece estar fazendo um grande favor aos organizadores da feira ao participar do salão. Temos muitos deveres, gastos exorbitantes e nossos direitos são quase nulos", afirma.
"No Eicma, escolho um lugar na planta e lá sei que vou ficar. Aqui [em São Paulo] o espaço que comprei dois anos atrás não é esse onde estou agora. Esse é apenas um pequeno exemplo dos problemas. O que salva é que o brasileiro é apaixonado por motos e comparece, mesmo sofrendo como o restante dos expositores por causa da infraestrutura ruim do Anhembi, dos preços exagerados e de uma organização aproximativa. Tenho certeza de que nosso salão poderia ter bem mais expositores e, consequentemente, público, se as condições fossem mais justas, como é no Eicma.”
Fonte: G1
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