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Palm Springs

Segunda-feira, 2 de setembro
Pássaros se encarregaram de fazer nossa alvorada. Os mais variados e belos cantos de pássaros nos acordaram na tranquilidade do Fern Valley Inn. Vontade de ficar mais alguns dias, fazer cami-nhadas pelas matas de pinus nativos, observar animais silvestres, respirar ar puro. Mas, a estrada nos chama. Ainda temos muito para percorrer.


Nosso destino para hoje é Palm Springs, nada mais que uma dezena de milhas em linha reta. Mas as intransponíveis San Jacinto Mountains nos obrigam fazer uma volta de quase noventa milhas. E para tanto, tomamos a rodovia estadual 74. Bastante sinuosa, piso de asfalto perfeito, fazem do dirigir um raro prazer. Por ela atingimos a I-10 (Interstate Highway), rodovia federal, com quatro pistas em cada sentido, e depois pela estadual 111 chegamos ao nosso destino.



Observo grande movimento de veículos em direção a Los Angeles, pois hoje termina o final de semana prolongado, por conta do Labor Day, e muitos já estão retornando mais cedo, para evitar o grande movimento que deverá haver na parte da tarde.
Em Palm Springs estamos hospedados no Red Roof Inn.
Com satisfação, noto que tudo voltou ao normal, ou seja, os hotéis estão com bastante vagas, os preços voltaram aos padrões habituais, e a vida segue. O boom do final de semana prolongado acabou. Bom para nós.
A cidade está quase vazia. A grande maioria dos visitantes se foi, e os poucos que ficaram foram todos para o In-N-Out Burguers. Uma loucura! Fila no Drive, fila para o pedido, e disputa por uma mesa “in”, porque “out” está um calor insuportável. Mas também pudera, por doze dólares, dois deliciosos hambúrgueres duplos, com batatas fritas e baldes e mais baldes de refri.




Palm Springs foi construída no Vale Coachella, onde em 1853 foi encontrada a chave para o seu desenvolvimento: uma fonte de água mineral borbulhando no meio do deserto. A cidade cresceu, tornou-se o refúgio de inverno dos ricos e famosos, e viu nascer ao seu redor outras, que atualmente abrigam as propriedades e os hotéis mais famosos, como Cathedral City, Rancho Grande, Palm Desert, Indian Wells e La Quinta.
Como o próprio nome sugere, é uma terra de muitas palmeiras. Entretanto, somente uma das variedades é nativa da Califórnia, chamada leque do deserto, que cresce em recantos nas montanhas. Diferente da maioria das palmeiras, suas folhas não se soltam do tronco. Elas se dobram e formam uma espécie de saia que protegem o protegem.



Mas nem só de hamburgeres se vive por aqui. Tem muita comida deliciosa, divina, para se comer “de joelhos”. Jantamos no Lulu California Bistro, bem ali, na calçada da fama, no centro de Palm Springs. No cardápio, Caesar Salad precedendo um Meatloaf à La Lulu (Chef Arturo´s redglazed Angus beef Meatloaf – topped with your choice of a tangy tomato sauce – with Yukon Gold mashed potatoes and fresh seasonal vegetales) para este FC, e um “Grilled Pork Chop (topped with maple syrup and baked Apple glaze, served with Yukon Gold mashed potatoes and fresh seasonal vegetabbles) para minha Adelita, e finalizando, a sobremesa: Flourless Triple Chocolate Cake. Vejam as fotos, e babem…

Última edição por Osmar; 03-09-13 às 23:48.
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El Diablo Rojo

Terça-feira, 3 de setembro
Grandes novidades para hoje. A partir de agora, será nossa companhia e meio de transporte, El Diablo Rojo. Sim, um potente Dodge Avenger 2014, zero Km, vermelho como o sangue, valente como poucos.
Depois de rodarmos cerca de 456 milhas com o Chrysler 200, desde sexta-feira passada, eis que aparece no painel do carro, aviso para trocar o óleo: change oil. A princípio pensei em levar ele a uma oficina, ou algo semelhante, para fazer a troca requerida. Ora, ora, mas isso não me parece certo. Então fomos até a locadora, aqui mesmo no aeroporto de Palm Springs, e de pronto o pessoal resolveu o problema: em vez de trocar o óleo do carro, trocaram o carro. E para nossa alegria, o similar disponível era o Dodge Avenger, com apenas e tão somente 147 milhas rodadas. Esta seria sua segunda locação. Beleza! Parabéns pela eficiência e cortesia do pessoal da Alamo.

Avenida próximo ao aeroporto, em Palm Springs

Palm Springs

Palm Springs

Painel, em Indio

Palmeiras do deserto
De carrão novo, nos achando “meio” donos do mundo, prosseguimos com o passeio. Seguimos pela California 111, percorrendo todas as cidades do Coachella Valley. Uma mais bonita que a outra. Que maravilha a capacidade dos americanos em fazer brotar vida muito verde nesse deserto escaldante. As cidades são todas emendadas umas nas outras, ligadas pela rodovia bastante espaçosa, com trânsito muito disciplinado, que aliás é a constante em todas as estradas deste país. Uma após outra, as cidades se sucederam, até chegarmos em Indio, onde tomamos a I-10 e seguimos em direção Oeste até Calimesa, onde saímos por estrada secundária até Yucaipa e dali seguimos até Big Bear City, às margens do lago de mesmo nome. Estrada bonita, pista simples mas bem cuidada, bem sinalizada, muitas curvas, pois transpõe as San Bernardino Mountains, com passagem a 8.443 pés, equivalente a 2.573 metros. El Diablo Rojo venceu as subidas e as curvas com muita galhardia.

Yucaipa

Estranha placa, virada para fora da estrada...

Ah! Sim, claro, compreendi.

San Bernardino Mountains

Quase chegando1
Em Bib Bear City estamos hospedados no Knight´s Inn, excelente custo x benefício.
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Fazedores, isto é que é vida: em vez de trocar o óleo do carro, o que faz?
Troca o carro!
Padrão GCFC BFC CFC!
Parabéns e obrigado pela carona, especialmente de carro novo, recebido numa agência e trocado em outra, tudo sem cerimonia nem incomodação.
Viva a América!
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Big Bear City

Quarta-feira, 4 de setembro
Resolvemos ficar por aqui o dia de hoje, eis que a cidade nos parece muito agradável. E é. Pela manhã percorremos a pé as principais ruas do centro, onde estão concentradas dezenas de lojas de lembranças. A figura do urso, sem dúvida, é a grande atração. Está por tudo. Estátuas, camisetas, toalhas, nomes das lojas, e por aí vai. Acho que no passado deveria existir uma grande quantidade deles por aqui.
Big Bear City é uma área de turismo muito concorrida, às margens do lago Big Bear, e é perfeita para esportes como pesca, vela, natação e no inverno, patinação no gelo.

No inverno fica mais ou menos assim!




Jack in the Box, porque ninguém é de ferro!

Chuva de granizo. Escureceu tudo por aqui!

Embarcando...
Na parte da tarde, tour pelo lago a bordo do barco Miss Liberty, quando tivemos a oportunidade de observar as magníficas construções de residências nas margens, todas no estilo de toras na horizontal, como eram feitas as cabanas antigamente.
Terminado o passeio de barco, que contornou todo o lago, repetimos o passeio, agora de carro, com El Diablo Rojo, pela rodovia que faz todo o contorno. Maravilha!













Sobre o Miss Liberty
É um barco construído em 1994 e totalmente remodelado em 2006. Senhorita Liberdade possui um deck superior totalmente sombreado. O salão principal aquecido e totalmente fechado oferece vistas pitorescas, banheiros modernos e áreas de estar para pequenos grupos.
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Barstow

Quinta-feira, 5 de setembro
Ainda tínhamos mais um importante ponto para visitar em Big Bear Lake: o Snow Summit, a montanha mais alta da região, onde no inverno é praticado esqui, e no verão, descida em bicicleta. Teleférico nos leva ao topo com 8.200 pés, donde se tem impressionante vista do lago.

Casa de paredes tipo toras deitadas, típica na região



Equipo para fazer neve artificialmente

No cume da montanha

Vista do lago


Pista de esqui
Bem, está na hora de seguirmos em frente. Pela California 18, rodovia de pista simples mas com pavimento impecável, seguimos até Victorville, onde encontramos um belo museu da Route 66. E dali, pela I-15 chegamos a Barstow onde pretendemos pernoitar. Mas, como ainda há tempo suficiente, fomos um pouco adiante, algo como uns 18 quilômetros, conhecer Calico (Ghost Town).

A California 18, cortando o deserto

Dúvida cruel. Qual delas? (No Del Taco)


Calico, uma cidade fantasma, tem casas do século XIX autênticas, e outras restauradas/reconstruídas, surgiu por volta de 1881 com a descoberta de prata nas montanhas da região. Chegou a ter 1.200 habitantes em 1887. Em 2001, apenas 8.
Retornamos a Barstow e nos hospedamos no Super 8. Novo e muito acolhedor.







Aviso afixado no quadro em frente ao prédio da Prefeitura de Calico
À noite, uma comemoração especial para nós: 43 anos de casamento. Neste dia 5 de setembro, do ano de 1970, casamos em Florianópolis, na igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem. O amor que nos uniu naquele dia permanece até hoje, inabalável, fortalecendo cada vez mais a cumplicidade entre nós. Obrigado minha querida Terezinha, pela agradável companhia nestes anos todos. Espero poder continuar retribuindo tanta dedicação, carinho e amor como tens por mim.


Um generoso Prime Rib para compartir, nesta data tão especial para nós
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GCFC BFC CFC Osmar e Terezinha, parabéns por estas mais de quatro décadas de casamento, mais uma vez levando na íntegra o slogan dos FC: "qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..." , neste quesito, infelizmente, cada vez mais, raros, cumprem uma tabela desta dimensão.
Felicidade infinitas e continuem desfrutando a vida assim, juntos, dividindo o ar que respiram.
Se ainda estiverem em Barstow, no lugar daquele Del Taco publicado, há um outro, considerado o mais antigo em operação nos Estados Unidos, na 401 - N First Ave, na esquina com a Hutchison St, portanto, merecedor de uma pitada na "Del infierno", longe, muito longe, de ser uma ardida a tua altura, um grande comedor de pimenta.
Aproveitem e obrigado por nos permitirem estar com vocês!
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Grande Cacique, bom dia!
Infelizmente deixaremos a visita ao mais antigo Del Taco para a próxima. Já estamos de partida para Kingman...
Mas outros virão com certeza, e a "Del Inferno" também.
Forte abraço
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Kingman

Bagdad Cafe, em Newberry Springs
Sexta-feira, 6 de setembro
Em Barstow deixamos a I-15, que segue para Las Vegas, e tomamos a I-40 em direção a Needles, na divisa com o Arizona. Depois de rodarmos pouco mais de uma dúzia de milhas, chegamos a Newberry Springs, saímos da rodovia principal e tomamos a famosa Route 66, num dos poucos trechos ainda em razoáveis condições de tráfego, até Ludlow.


Interior do Bagdad Cafe

Portaria do bagdad Cafe. (Parece que Fazedores já passaram por aqui!)


Retornaríamos a ela mais tarde, já no Arizona, em Topok, com direito a passar por Oatman, cidadezinha típica dos tempos do faroeste, mas com grande movimentação de turistas, para depois chegarmos a Kingman, onde resolvemos pernoitar.
Estamos hospedados no Super 8.

Chegando no Arizona


Comércio local em Oatman, cortada pela Route 66

Esses burros são grande atração na cidadezinha

Trecho da Route 66, com direito a cruzar por um Ford Fairlane

Antigo posto de Gasolina, às margens da Route 66


Última edição por Osmar; 07-09-13 às 12:55.
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Flagstaff

Elvis em Seligman. E outras ilustres visitates
Sábado, 7 de setembro
Ainda em Kingman, hoje pela manhã fomos ao Visitor Center obter informações sobre o Estado do Arizona. Como esperado, fomos muito bem recebidos, e em poucos minutos já estávamos munidos de detalhado mapa rodoviário e vários folderes e revistas dos vários pontos turísticos do EStado – tudo free! Em destaque, uma revista dos mais importantes pontos do estado, outra com destaque especial para a Nação Navajo, e uma terceira, sobre o Grand Circle (esta envolve diversas atrações nos quatro estados do “Four Corners”: Arizona, New Mexico, Colorado e Utah. Agora temos bastante material para pesquisar e traçar nossos caminhos nos próximos dias.

Kingman, a Rota 66 passava por aqui

Visitor Center, sempre boas informações
Tem nos chamado à atenção nestes últimos dias, a intensa movimentação de trens de carga, próximo às rodovias por onde passamos. São composições puxadas por quatro ou cinco locomotivas, e com dezenas de vagões, tanto graneleiros, quanto de líquidos, como com contêineres. E aqui em Kingman, encontramos exposta uma gigantesca Maria-fumaça, fabricada em 1927, que, na época de operação, fazia o trecho entre Los Angeles e Kansas City, ida e volta, dez vezes por mês, tendo rodado 2.585.600 milhas, viajando a cerca de 60 milhas por hora. Fantástico!

A famosa locomotiva 3759, da EF Santa Fé

Para se ter uma idéia do tamanho.
Deixando Kingman, seguimos pela I-40 até Flagstaff, com direito a uma parada em Seligman, pequena cidade na Route 66, outrora importante ponto de parada, descanso e reabastecimento para os viajantes. Hoje tem vários museus e pontos de venda de recordações daquela época.

A I-40 no Arizona em meio a muito verde

Pequena parada em Seligman. Comércio na rua cental
Chegamos a Flagstaff debaixo de muita chuva. Muitos hotéis por aqui, mas os preços... Acho que é a proximidade do Grand Canyon que inflaciona.
Estamos hospedados no Super 8.

Parece que vai chover!

Quase chegando!
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Beleza de viagem , voces estão fazendo,curtam bastante,estamos aqui babando....srrsrsr
abração
FC Jacob
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