Salve, Suspensão!

[Tayna Pietra]

Agradeça a ela todas as vezes que passar por um buraco,lombada ou qualquer outro obstáculo. Ela não só ameniza o impacto na sua moto como alivia o tranco no seu corpo.



Talvez você nem se dê conta de quantas vezes ela salva sua pele. Um item tão fundamental não pode passar despercebido, por isso entenda como funciona e de que forma você deve cuidar da suspensão, que é o sistema de amortecimento da sua moto.

A suspensão é encontrada tanto na frente como na traseira do veículo. "Em geral, nas motocicletas entre 125 cc e 150 cc, o sistema frontal é constituído por molas internas, que ficam dentro de um tubo ou cilindro, também conhecido como "bengala", fluidos de suspensão (ATF) e retentores, enquanto que atrás existe um garfo acompanhado de dois amortecedores, especialmente nos modelos de 125 cc".



O segredo é a manutenção correta do óleo. Em contato com a mola, ele lubrifica a peça e faz com que os atritos da moto sejam diminuídos, chegando até o corpo do piloto de maneira bem mais leve. "As molas sem o óleo não minimizam os atritos"

Para algumas motos acima de 150 cc o sistema conta com o monochoque, ou seja, um amortecedor central e traseiro que funciona junto com seus braços oscilantes, responsáveis pela movimentação do garfo. Apesar de algumas diferenças, tanto a suspensão dianteira quanto a traseira exercem a mesma função. "Elas são fundamentais, pois assentam o veículo no chão, garantindo maior aderência da moto ao solo e mais estabilidade, principamente nas curvas".



A não ser que a sua cidade tenha ruas que sejam verdadeiros tapetões, lisinhas, sem buracos, ondulações nem lombadas (um sonho, hem?), você precisa, sim, se preocupar com a suspensão da sua moto. Os cuidados são simples, nada que possa fazer você perder o sono. Agora, se vacilar na manutenção, meu amigo, sua moto e sua coluna vão pagar caro por isso.

Não é tão comum a suspensão apresentar outros problemas que não aqueles relacionados à falta de óleo, por isso a importância das revisões periódicas. Sem óleo, o sistema perde a viscosidade, ou seja, fica sem a aderência necessária e passa a exercer um amortecimento duro, não mais suave como é o normal.



O óleo é responsável pela resistência e durabilidade da suspensão. Para se ter uma ideia, uma pancada mal amortecida pode causar danos à caixa de direção da moto, ao rolamento da roda, além, claro, de poder trazer dores no corpo ou causar um acidente, já que o tranco ao passar por um buraco é suficiente para que você perca o equilíbrio.

Então, colega moto profissional, não deixe de trocar o óleo no período correto, conforme determina o manual do proprietário, ok? E se você mora em um lugar quente, atenção redobrada! O calor tende a afinar o óleo e fazer com que ele se perca mais rapidamente da suspensão.



Se liga na bateria!

Todas elas são projetadas para ter um tempo mínimo de vida útil, normalmente maior que doze meses. Mas alguns cuidados ajudam a prolongar a eficiência da bateria da sua moto.

Boa parte do mercado de motocicletas já traz de fábrica as chamadas baterias livres de manutenção. Porém, ainda existem as convencionais, que precisam de água. Seja qual for a sua, é recomendado sempre consultar um profissional competente para avaliar a bateria.

Mesmo nas que utilizam água, a manutenção não deve ser feita pelo proprietário. "Primeiro, porque é necessário medir a densidade da solução dentro dela e isso só é feito com um aparelho chamado densímetro. Segundo, porque a água de torneira contém cloro e pode causar danos à estrutura das placas da bateria". Mas um cuidado é comum a qualquer bateria: ela nunca deve ser armazenada descarregada.

Se a moto ficar parada por muito tempo, é fundamental que seja ligada ao menos a cada dez dias!

Caso contrário, pode criar sulfatação nas placas, impedindo a reação eletroquímica e fazendo com que a bateria não forneça nem receba mais energia. E aí, só trocando!

Fonte: Revista Mundo Moto