Desafios do Cardeal Fazedor de Chuva

[Cezar Riva]

Transcrevo reportagem do Jornal Folha de Boa Vista de 18/07/2013 sobre a região do Uiramutã, onde fica o extremo norte do Brasil (Monte Caburai), um dos objetivos de todo Cardeal Fazedor de Chuvas. As chuvas em Roraima se estendem de abril até setembro, dificultando o acesso àquela região.


Chuvas arrastam pontes e abrem crateras em Normandia e Uiramutã




Foto: Divulgação


Enxurrada abriu esta cratera na RR-319, em Uiramutã, cena que se repete anualmente

AMILCAR JÚNIOR

Moradores de comunidades indígenas de Normandia e Uiramutã, a 190 e 300 quilômetros da Capital, respectivamente pela BR-174, a Nordeste de Roraima, alegam que estão isolados porque a água das chuvas já destruiu e arrastou três pontes de madeira e também abriu crateras nas RRs 319 e 340.

Ontem à tarde, os moradores enviaram fotografias para Folha mostrando a precária situação das rodovias e das pontes. Das sete pontes na região, os moradores afirmam que três já foram arrastadas pelas águas pluviais. “Precisamos de ajuda, pois estamos isolados. Temos que recorrer a atalhos perigosos até chegar a outras rodovias, pegando outros municípios”, lamentou um morador, que preferiu não se identificar.

Não bastassem as pontes quebradas, os moradores também denunciaram a ineficiência nos serviços prestados pela balsa na região do Passarão, zona rural de Boa Vista, administrada pelo Governo do Estado, que “vive quebrada”. “A gente tem que desembolsar mais para chegar à nossa comunidade por Normandia”, detalhou o morador.



Ponte destruída pela chuva na RR-319 complica ainda mais a situação dos moradores de áreas indígenas

A situação é mais crítica na RR-319, que virou um grande lamaçal. A rodovia corta Uiramutã e vai até Normandia. Os buracos e atoleiros estão por quase toda a sua extensão. “Nossa produção de frutas e leguminosas está estragando porque não temos como escoar. É precário o estado de conservação da rodovia. Cadê a pavimentação e o asfaltamento que aparecem na TV?”, questionou.

SEINF – A Folha tentou contato ontem à tarde, por telefone, com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf), mas as ligações só caíam em caixa postal. (AJ)

[Dolor]

Fazedores, sinto na matéria a desolação e o sentimento de abando e descaso, nas palavras do produtor, mais uma vítima do desta política perversa a qual estamos submetidos.

As chuvas fazem parte do cenário desta região, portanto, cuidados extras precisam e devem ser tomados quando dos projetos, não importa em que área, e nas suas execuções.

É a hipocrisia imperando no nosso país!