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    Toda gasolina será aditivada!

    Acabará a gasolina comum não aditivada no Brasil, e já tem data marcada para isso ocorrer.

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    Imagem que sairá de cena em breve, gasolinas comum e aditivada.



    No despertar do primeiro dia de 2014 entra em vigor a Resolução nº 38 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de 9/12/09, a qual estabelece que toda a gasolina vendida no Brasil deverá ter, no máximo, 50 partes por milhão (ppm) de enxofre (S-50) e conter uma quantidade de detergentes e dispersantes suficiente para retardar a formação de depósitos nas válvulas de admissão dos motores. Em outras palavras, toda gasolina será aditivada, lembrando que as gasolinas premium e Podium, esta exclusiva da Petrobrás, sempre o foram.

    Atualmente a gasolina brasileira tem teor de enxofre exageradamente alto, 1.000 ppm, exceto a Podium, de apenas 30 ppm (S-30). Na combustão é produzido o dióxido de enxofre (SO2), gás incolor e não inflamável, porém altamente irritante das vias respiratórias, além de ser o causador da chuva ácida que deteriora materiais como monumentos, construções em geral e até a pintura dos veículos.

    A Resolução determina também a redução de benzeno e dos hidrocarbonetos aromáticos e olefínicos, além de incluir os parâmetros de teores de fósforo, silício e hidrocarbonetos saturados.

    Essas medidas atendem à Fase L-6 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), estabelecida pela Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 415, de 24 de setembro de 2009, que impôs limites mais restritos para os níveis de emissões de motores ciclo Otto a partir de 2014.

    O importante é que a partir do ano que vem o Brasil estará nivelado com os principais países quanto à especificação da gasolina, exceto quanto ao seu teor de álcool.

    A surpresa, porém, é que não existirá apenas uma gasolina comum aditivada. Uma das determinações do novo regulamento é a inclusão de característica que determine um limite máximo de depósito nas válvulas de admissão e uma qualidade mínima necessária para a sua adequação ao uso, os quais deverão ser atendidos para toda gasolina automobilística brasileira.

    Assim, continua a haver possibilidade de diferenciação entre gasolinas comuns, como é hoje, visto os diferentes benefícios presentes em cada uma quanto ao desempenho nos motores. Porém, não havendo diferença para a nova gasolina comum básica, será necessária a comprovação de outras vantagens.

    Curiosamente, existiu esquema idêntico na gasolina Texaco durante alguns anos (a Texaco brasileira foi absorvida pela Ipiranga cinco anos atrás). Havia as gasolinas comuns Texaco Especial C com Techron e a Texaco Plus com Techron, o que mudava era a carga de aditivo, na primeira destinada a “manter limpo” e na segunda, “limpar” o motor (o "C" se referia à gasolina brasileira com álcool).

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    Segundo a Gerência de Comunicação do Abastecimento da Petrobrás, a gasolina-base S-50 que sairá das refinarias terá novas características, como os teores mais baixos de aromáticos e de enxofre. Sua composição final pode variar conforme o fornecedor e os aditivos utilizados deverão ser adequados a essa nova gasolina. O desenvolvimento dos aditivos cabe a seus fabricantes e são comercializados globalmente por empresas multinacionais.

    Normalmente, a formulação de uma gasolina aditivada depende da companhia distribuidora que a comercializa, podendo o aditivo ser um pacote de outros componentes (anticorrosivo, demulsificante, redutor de atrito etc.). A composição exata dos aditivos não é revelada pelos fabricantes. Entretanto, pode-se dizer que, de modo geral, o aditivo contém uma substância ativa (polímero), um fluidizante (óleo mineral) e solventes para facilitar sua dissolução na gasolina.

    Ainda conforme a Petrobrás, dependendo da concentração do elemento ativo, os efeitos do aditivo serão manter limpo ou limpar o motor – como na gasolina Texaco.

    Em geral, as gasolinas aditivadas atuais adotam a carga de aditivos para manter limpo, enquanto os aditivos de limpeza são aqueles vendidos em pequenos frascos nos postos. A principal diferença é que as novas gasolinas deverão apresentar a comprovação do efeito de manutenção de limpeza do motor, porque só será permitido o uso de aditivos que apresentem determinado nível de desempenho em teste definido por norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

    Para o Brasil, o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), criado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro para atender às demandas tecnológicas relacionadas aos projetos da Petrobrás, desenvolveu uma metodologia para avaliação de gasolinas com diferentes teores de álcool, a NBR 16038:2012, “Medição de depósitos em válvulas de admissão em motor de ignição por centelha". Isso porque nos carros flex gasolina e álcool podem ser misturados em qualquer proporção, não é um combustível ou outro. O método indicado permite avaliar se o funcionamento do aditivo é adequado e será exigido quando do registro junto à ANP, necessário para a comercialização deste tipo de produto.

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    O Cenpes precisou desenvolver metodologia de avaliação da nossa gasolina com álcool e sua mistura variável nos tanques dos veículos .

    A presença dos detergentes e dispersantes, como hoje nas gasolinas que os contêm, não altera o rendimento energético do combustível. O teor de álcool na gasolina, de 20% a 25%, também continua inalterado, pois se trata de lei federal. No entanto, o benefício no desempenho poderá ser observado em médio e longo prazo, já que a nova gasolina aditivada terá a função de reduzir drasticamente depósitos nas válvulas de admissão que afetam a entrada da mistura ar-combustível nos cilindros e sua queima, os quais comprometem o rendimento do motor e o seu nível de suas emissões ao longo de sua vida útil

    Quanto à possibilidade de motores que nunca usaram gasolina aditivada apresentarem problemas de entupimento dos bicos injetores causados pela liberação de impurezas presentes no tanque de combustível, decorrente dos agentes contidos na nova gasolina, a ANP afirma que, pelas informações vindas da indústria automobilística, incentivadora da medida, uma vez que toda a gasolina receberá os detergentes e dispersantes de forma regular e controlada, garantindo um desempenho mínimo, a limpeza dos depósitos pré-existentes ocorrerá de forma gradual, com riscos mínimos de ocorrer falhas nas válvulas de injeção (injetores) dos motores, que por sua vez se manterão rigorosamente limpos.

    Para a Petrobrás, o efeito de limpeza deverá ser bem lento, já que a carga mínima do aditivo será para manter limpo e não limpar.

    Em relação a possíveis alterações nos preços das novas gasolinas para o consumidor, a ANP não faz uma previsão conclusiva, esclarecendo que essa é uma determinação estabelecida pela livre concorrência. Entretanto, conforme informações apresentadas ao órgão pelos produtores de aditivos, grande parte do impacto no preço final das gasolinas aditivadas decorre dos investimentos em ações de marketing para o produto diferenciado.

    É claro que deverá haver aumento de preço, embora nada significativo ou muito diferente do que existe hoje entre as gasolinas comum e comum aditivada, R$ 0,20 de diferença, podendo até ser menos devido ao volume. Mas que essa da ANP foi do tipo “não me comprometa”, tirar o corpo fora, foi. Totalmente desnecessário diante de um assunto de tamanha importância para o meio ambiente devido ao melhor funcionamento dos motores por quilometragem bem maior.

    Bem-vindos ao admirável mundo da gasolina exclusivamente aditivada, brasileiros e brasileiras.

    Nota: Post baseado em informações contidas na revista Engenharia Automotiva e Aeroespacial, da SAE Brasil, edição 54, abril/maio/junho de 2013, reportagem "Aí vem a gasolina S-50", autor Fábio Ometto.

  2. #2
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    Excelente notícia!

    Agora só falta acabar com a gasolina "batizada"!

    hehe.

    :-)

  3. #3
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    Será que um dia irão diminuir a quantidade de alcool na gasolina também???
    O sonho é o combust

  4. #4
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    Boa FC Proftel!

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