Vida nova, novos desafios!! - Valente Fazedor de Chuva SC!!!

[Allan Gustavo]

Continuando com a saga, vamos aos próximos registros...

Estava planejando um roteiro que me permitisse atingir a meta de 100 cidades/semestre, quando recebi uma notícia: meu velho amigo Michel havia acabado de retornar de um período de 6 anos morando no Japão, e havia deixado nossa querida Marília para passar uns dias na casa de sua mãe em Sombrio (SC). Neste caso juntou-se a fome (visita ao velho amigo e sua família) com a vontade de comer (Desafio Valente FC), sendo assim lá estava eu junto com a pretinha tomando o rumo do extremo sul do estado, naquela manhã com garoa de 07/12/2013. E desta vez, ao contrário dos outros tiros, como decidi de uma hora para outra não me restou muito tempo para planejamento, então GPS no celular e google maps foram os meus guias.
Esta garoa me acompanhou até Governador Celso Ramos, e dali em diante o tempo ficou nublado, porém sem chuva e sem muito calor, proporcionando um dia ideal para uma viagem de moto.
Chegando ao sul do estado, cerca de 3 horas após a partida de Balneário City, hora de começar a cumprir a agenda:

84/295 - Treze de Maio





A primeira para foi Treze de Maio, cidadezinha distante exatos 13 kms da BR-101. Comunidade de origem italiana, segundo os registros esta cidade possui uma das maiores imagens de Nossa Senhora de Aparecida existentes no Brasil, com cerca de 13 metros de altura. E pelo visto haveria algum evento neste final de semana, pois o palco já estava sendo preparado na praça central, porém como a agenda era longa logo estava de volta à BR-101.

85/295 - Sangão





Com a economia voltada para a cerâmica, setor que emprega grande parte da população local, Sangão possui esse nome em homenagem ao seu primeiro morador, o lavrador Manoel Francisco da Silva, que por conta de um riacho (sanga) que cortava as suas propriedades acabou denominando de Sangão a localidade.

86/295 - Morro da Fumaça







Em Morro da Fumaça a falta do planejamento começou a aparecer, pois precisei de ajuda para encontrar a Prefeitura (geralmente costumo viajar com os endereços para me achar facilmente nas cidades, mas dessa vez acabei não fazendo isso).
Localizada a Prefeitura, tive o prazer de ver uma composição de vagões cruzando a cidade na ferrovia que passa bem ao lado da prefeitura, o que pesquisando mais tarde notei se tratar da famosa Ferrovia Teresa Cristina, criada para o transporte do carvão produzido em Criciúma para o litoral.
O município é conhecido por ser sede de inúmeras olarias, e tem como curiosidade a presença de bielorussos como povos colonizadores da cidade.

87/295 - Içara





Também colonizadora por europeus, sendo a maioria de descendência italiana, a cidade ganhou este nome em virtude de grande ocorrência de uma palmeira da espécie Içara.
Em Içara, novamente penei para encontrar a prefeitura. Mas nesse caso vou eximir a minha falta de planejamento, pois que trânsito terrível de se andar. Não tive uma boa impressão dessa cidade, achei-a muito desorganizada. Mas chegando na prefeitura, a conversa com um morador local me tirou um pouco da má impressão. Era o sr. Jacir, que veio me perguntar sobre as rodas de liga leve (segundo ele, não aguenta mais ter que remendar câmera de pneus furados de sua Bros heheh), e conversando sobre os desafios notei mais uma vez o fascínio que estes desafios dos Fazedores de Chuva proporcionam nas pessoas. O melhor foi contando a minha história, quando disse que tinha 35.000 kms rodados com a pretinha, e destes quase 15.000 kms de estradas em 2 anos:

- Então você não tem residência fixa?
- Não, quem dera hahahhahaha

Quem dera não ter residência fixa, e viver na estrada, conhecendo novos lugares, culturas, pessoas, pena que o nosso dia a dia e condições não permitem, mas vamos com calma pois ainda tenho muito chão pela frente. E também é nessas horas que a gente reflete a insanidade que é encarar um desafio destes e, mais insano ainda, concluir que estou no caminho certo hehehe, fazendo o que desejo.
Após o boa sorte, e a recomendação de uma parada mais longa no Balneário Rincão, me despedi do novo amigo e bola pra frente.

88/295 - Balneário Rincão







Seguindo a recomendação do amigo, resolvi já fazer o registro de Balneário Rincão, porém não encontrei muita graça neste município. Talvez fosse o tempo que não estivesse dos melhores, mas eu achei o novo município meio sem sal, sem muita estrutura. Espero que seja só má-impressão, mas torço que com a emancipação o município possa se desenvolver adequadamente.
Recém-desmembrado de Içara, o novo município possui uma população de cerca de 11.00 pessoas, que se expande para 200.000 pessoas na alta temporada.

89/295 - Maracajá





Maracajá, cujo nome significa "Gato-do-mato no idioma indígena, situa-se à beira da BR-101. Com aproximadamente 7 mil habitantes, a sua colonização também possui marcas europeias, em especial de origem italiana, povos predominantes no sul da Santa & Bela.

Uma parada para abastecer a pretinha e as energias no Auto Posto Maracajá, e eis que encontro o território já demarcado por um de nós:



Mais uma vez é um prazer ver estes adesivos, em especial do Cardeal e Bandeirante que deixou sua marca aqui.

[Allan Gustavo]

90/295 - Santa Rosa do Sul





Após Maracajá, toquei direto para a fronteira com o RS, e a primeira parada foi a agradável Santa Rosa do Sul, cidade com uma população de cerca de 8 mil habitantes, e muito bem conservada por sinal. Um fato curioso é que a cidade já foi chamada de Morro das Mortes, em virtude da morte de 2 imigrantes ocorrida em um morro da região no ano de 1732.

91/295 - São João do Sul





Um pequeno desvio da BR-101 à direita próximo da fronteira com o RS e logo estava em São João do Sul, outra cidade que impressiona pela organização. Chegando aqui, já estamos na região turística "Caminho dos Cânions", e assim já podemos avistar ao longe a Serra Geral Catarinense, e também os atrativos dos cânions que já começam a aparecer nas placas da estrada, no caminho da próxima cidade:



É, e antes mesmo de chegar a Praia Grande, e por conta das circunstâncias e dos panoramas observados, um pensamento tomava conta da cabeça: um dia haverei de voltar com mais tempo!

92/295 - Praia Grande



Acredito que a primeira pergunta que todos se fazem é: cadê a praia? Porém mesmo sem o mar, a cidade possui muita atrativos, em virtude da proximidade com a Serra Geral e os Cânions dos Aparados da Serra, já no estado vizinho. Sendo assim, a cidade possui muito apelo turístico, e com certeza haverei de voltar para explorá-la junto com os seus arredores com mais calma.
Antes que me esqueça, para satisfazer a curiosidade sobre o nome da cidade, ele deriva de uma grande praia que se formou no rio Mampituba, que corta o território da cidade delimitando também a divisa SC/RS.
E na praça central da cidade o clima natalino marcava presença:



93/295 - Passo de Torres



Enfim cheguei ao lugar mais esperado do dia. Desde quando morava em São Paulo esperava conhecer esta cidade esta região, logicamente com mais tempo, mas de qualquer forma o que vi bastou para ter vontade de voltar, pelas suas praias, lagoas, e também por Torres, do outro lado do rio Mampituba já no estado vizinho. Com quase 7 mil habitantes, a única coisa que talvez não me agradou na cidade foi a prefeitura, aliás quando vi não acreditei, um verdadeiro descaso.


Rio Mampituba - Divisa SC/RS

Unindo os dois estados existe também uma ponte pênsil, até subi para fazer algumas fotos, mas a cada passada a ponte tremia pra caramba, tanto que havia uma placa orientando sobre os riscos e de se respeitar o limite máximo de 15 pessoas por vez atravessando a ponte.



Feito esse registro, por volta de 3 horas da tarde, hora de retornar para Sombrio e finalizar o dia.

94/295 - Sombrio





Enfim, depois de 9 horas na estrada, chego ao destino final do dia. E que dia agradável, é interessante ver como 6 anos fazem diferença em nossas vidas. O irmão de meu velho amigo já está maior que nós (não passava de um gurizinho), o sobrinho quase com 10 anos, é meu caro estamos envelhecendo hahahaha mas foi uma tarde e noite bem legais, várias e várias histórias do final de adolescência lembradas, um prazer imenso estar na companhia de vocês, e fica o convite para virem à minha querida Balneário/Itajaí qualquer dia desses.
Voltando à cidade, é muito legal a paisagem da Lagoa de Sombrio, e a cidade também é bem organizada, uma boa impressão. Só não consegui decifrar a origem do nome onde, na hipótese mais encontrada, derivou de um campo com muitas sombras, onde os tropeiros paravam para descansar.

Sendo assim, encerro o sábado com o mapa do trajeto percorrido no dia:

[Allan Gustavo]

95/295 - Balneário Gaivota



Já no domingo de manhã, sai da Vila Boa Esperança em Sombrio às 8 horas, e cruzei a cidade e os 7 km até chegar no Balneário Gaivota. Assim como no Balneário Rincão (talvez um pouco até pior), não tive uma boa impressão logo de cara, mas dessa vez como o céu estava azulzinho, logo as impressões mudaram, pois o que dizer de um visual desses logo cedo:



É, talvez seja o tempo mesmo que não me deixei boas impressões em Rincão.
Balneário Gaivota também é uma cidade nova (emancipou-se de Sombrio em 1995), e entre suas principais atividades econômicas estão o turismo e a pesca. Um ponto positivo para a cidade é que suas praias não possuem problemas de balneabilidade, estando aptas durante o ano inteiro.

96/295 - Jacinto Machado





Voltando em direção à serra, cruzei Sombrio novamente, e segui em direção à Jacinto Machado por uma rodovia de péssima qualidade. Porém, a paisagem serrana de hoje estava incrível, por conta do céu limpo.
Situada dentro do Parque Nacional da Serra Geral, a cidade ganhou este nome em homenagem a Jacinto Machado Bittencourt, catarinense que defendeu o Brasil na Guerra do Paraguai.

97/295 - Ermo





Rodando agora por uma boa rodovia, logo cheguei a Ermo que, com todo o respeito, lembra o que chamamos em SP de cidade de primeira: tu engata a segunda já acabou a cidade. Brincadeiras à parte, ta aí mais um município que esbanja em organização, com ruas bem cuidadas, igreja e prefeitura idem.
O arroz irrigado é um dos principais cultivos da cidade, que desmembrou-se do município de Turvo em 1992, sendo o primeiro município da América do Sul a fazer um plebiscito computadorizado, onde 98% da população votou pelo sim.
Mais um cantinho querido na nossa Santa & Bela.

98/295 - Turvo





Conhecida como Capital da Mecanização Agrícola e do Arroz, Turvo possui uma população de cerca de 11.000 habitantes. Já está ficando até redundante e repetitivo, mais tive a impressão de mais uma cidade bem cuidada, que bela região do estado é este extremo sul. O nome da cidade originou-se no rio de águas turvas que passa pela região.

99/295 - Timbé do Sul





Colonizada por italianos, Timbé do Sul também fica dentro do Parque Nacional da Serra Geral, e possui ligação terrestre (não asfaltada) a São José dos Ausentes (RS), onde temos por perto o cânion Fortaleza, que segundo os registros é um dos maiores e mais famosos dos Aparados da Serra.
Me agrada muito estes panoramas como o do pórtico da cidade, com a cidade no primeiro plano e a serra ao fundo, espero também voltar para cá e seguir rumo a São José dos Ausentes para apreciar as belezas que estão neste caminho. Não me informei sobre as condições desta estrada, mas segundo uma reportagem no Diário Catarinense está sendo providenciada a pavimentação deste trecho SC/RS. Se realmente fizerem isto, será mais um motivo para explorar o potencial turístico desta bela região.

[Allan Gustavo]

100/295 - Meleiro







Enfim, chegamos à cidade de nº. 100. A meta do semestre foi alcançada, com 23 dias de antecedência. Motivos para comemorar, e por coincidência (ou não, coisas da vida), a cidade de número 100 possui como nome o sobrenome da família da Jenifer, guria casada com meu velho amigo André na minha terra natal, e são duas pessoas que considero como verdadeiros irmãos. Então foi um prazer o fato da cidade nº 100 levar este nome, que neste caso específico deriva de fartura de mel, produto abundante na região no início de sua colonização, efetuada em grande parte também por italianos.

101/295 - Morro Grande





E a próxima parada foi Morro Grande, cidade de quase 3.000 habitantes situada também nas proximidades da Serra Geral, mas que particularmente não encontrei muitos atrativos. O nome da cidade derivou, logicamente, dos morros existentes nos arredores da cidade.
Voltando ao litoral, chegando a Meleiro achei que havia tomado o rumo para Araranguá na rotatória, mas quando menos percebi, cheguei em uma cidade e pensei: nossa, não está parecendo Araranguá aqui. Quando dei por mim estava novamente em Turvo, havia pego o caminho errado. Sendo assim, passei novamente por Ermo, e logo estava na BR-101, onde aí sim segui para o próximo destino.

102/295 - Araranguá






Praça Hercílio Luz

Araranguá também me deixou boa impressão. A cidade parece ter população maior do que os cerca de 60.000 habitantes, possui um trânsito que flui bem, um centro comercial bem cuidado, gostei bastante daqui. Isso porque não visitei dessa vez o Morro dos Conventos, mas já vai ficar para a excursão Easy Rider que pretendo fazer em breve por estas bandas, região que deixou aquele gostinho de quero mais.
Outro fato que me agradou foi a passagem do rio Araranguá pelo centro da cidade, havia um trecho de muito verde em volta do rio, e além disso um povo bastante hospitaleiro nas poucas conversas que tive com locais. Realmente uma boa impressão.
Menos de 10 km depois, chegava ao último destino do final de semana.

103/295 - Balneário Arroio do Silva



E como disse, visitar estes balneários com céu limpo é outra história. Visitando a parte central do Balneário Arroio do Silva, diga a verdade se a vontade não é tirar toda a indumentária de viagem e relaxar à beira do mar, usufruindo somente de sombra e água fresca:







A cidade também se emancipou há pouco tempo (menos de 20 anos) e, muito também por influência da colonização açoriana, possui como destaque as atividades de turismo e pesca.

Nesse momento o relógio marcava 12:30, portanto hora de voltar para Balneário/Itajaí com o ânimo renovado, pelo objetivo alcançado, pelos lugares visitados, pelo reencontro com velhos conhecidos, pela liberdade usufruída, por ter dado mais um passo em meu desafio. Ânimo este que não se diminuiu nas dificuldades da volta, no trecho tumultuado de Laguna, no vento lateral que me incomodou bastante de Laguna até Palhoça, e até na, pasmem, chuva que enfrentei de Florianópolis até aqui.


Mapa do trajeto do domingo

Tudo isso foram detalhes de um estado o qual estou descobrindo os segredos, e entendo que queira dificultar a sua conquista, mas este é mais um motivo para cair na estrada e continuar fazendo o que "Qualquer um pode fazer, porém poucos o fazem".

[Allan Gustavo]

Para fechar o relato neste excelente final de semana na estrada, eis o balanço final deste dia:


Foto do dia: Dessa vez o páreo foi duro, então vou ficar com duas:


Balneário Gaivota na manhã de domingo.


Barra do Rio Mampituba - Divisa SC (Passo de Torres) e RS (Torres).


Km do final de semana:
1013,9 kms rodados




Novamente os trajetos realizados no Final de Semana


E já está na hora de começar a preencher este interior hein!!

103 cidades visitadas.
5083,9 km rodados.

Bom, agora vou dar um tempo até o carnaval, quando pretendo explorar o Extremo Oeste, pois tenho alguns negócios pessoais para resolver, e também preciso fazer um check-up geral na pretinha, mas será que a Alma Inquieta resistirá todo este tempo parado?

Hahahaha se sim ou não não sei, mas já lanço a próxima meta: atingir o número de 200 cidades até o final de Junho, para chegar em Dezembro do ano que vem com o título de Valente, e justamente em uma das minhas paixões. Já que uma delas, Itajaí, foi a cidade número 1, a outra, Balneário Camboriú, será a última, para coroar a conquista fazendo o registro em frente do "Reino da rua Dinamarca", sede do governo municipal.

Bom ano novo, um 2014 iluminado e de muito sucesso para todos e, porque não também, boas estradas para todos nós, sempre com o lema "Qualquer um pode fazer, porém poucos o fazem"

Abraços!

[Allan Gustavo]

Salve fazedores!

Depois de algum tempo longe deste território, estou de volta para atualizar o meu tópico do desafio de conquistar esta Santa & Bela Catarina. E, apesar de algum tempo longe daqui, tive o prazer de fazer dois tiros neste começo de ano, que não me proporcionaram a visita de muitas cidades, mas que porém deixou marcas nesta alma inquieta. Vamos ao primeiro deles, realizado em 19/01/2014:

104/295 – Ibirama







Neste domingo, em plena onda de calor que se abateu sobre o nosso estado por cerca de 20 dias consecutivos, tomei o rumo da BR-470 buscando a conquista do Vale do Itajaí. E, apesar de todo o histórico de calor nestes dias, uma forte neblina tomou conta da BR-470 no trecho entre Itajaí/Navegantes e Gaspar, refrescando um pouco este período.

Logo após Gaspar a neblina se dissipou e enfim fiz uma viagem tranquila, adentrando ao vale em cerca de 80 km, até chegar a Ibirama, conhecida também como a Cidade dos Belos Panoramas. E sim, conforme já havia dito em outros relatos, haja fôlego para os panoramas pelo qual passamos um pouco antes de chegar a cidade, na bela e ao mesmo tempo perigosa BR-470.

Ibirama é considerada também a Capital Catarinense do Turismo de Aventura, graças aos diversos esportes que são praticados nos rios Hercílio (Itajaí do Norte), e Itajaí-Açu (um dia ainda farei este rafting).
Tive uma ótima impressão da cidade, que dizem as más línguas também é chamada de “a Suíça Catarinense”.

105/295 – José Boiteux







E o próximo destino é a pequenina José Boiteux, município onde está instalada a Barragem Norte, responsável por conter a vazão do rio Itajaí do Norte em caso de chuvas intensas, diminuindo o risco de enchentes nos municípios à frente, principalmente Blumenau e Itajaí.

Eu até ensaiei visitar a barragem e seguir por estrada de chão até o município de Vítor Meireles, mas fui desencorajado por um senhor ao qual pedi informações próximo à praça central da cidade, dizendo que as condições à frente estão precárias. E sim, apesar de não parecer esta é a prefeitura da cidade, confirmada pelo mesmo senhor (notem no comunicado “eficientemente” afixado na porta do prédio).

106/295 – Presidente Getúlio







Seguindo o conselho do amigo de José Boiteux, retornei à Ibirama e segui em direção à Presidente Getúlio, sendo que neste trecho a rodovia está em fase de recapeamento, portanto necessita-se redobrar a atenção.

Com origens alemãs, suíças e italianas, como podemos ver no pórtico da cidade, a localidade onde se situa Presidente Getúlio também é conhecida como Vale das Cachoeiras, em virtude de existirem 72 quedas d’água dentro de seu território.

107/295 – Dona Emma





Adentrando um pouco mais no Alto Vale, chegamos à Dona Emma, esta simpática cidade de cerca de 4 mil habitantes. Um dos pontos turísticos da cidade é a Gruta de Nossa Senhora de Fátima, localizada logo no começo dela.

108/295 – Witmarsum





E o próximo destino é a germânica Witmarsum, cuja população de origem alemã compreende 70% dos habitantes do município, sendo que muitos dos primeiros imigrantes eram soldados alemães que combateram na Primeira Guerra Mundial e que, objetivando paz e sossego, resolveram se instalar nesta região. Fatos que somente um desafio Valente Fazedor de Chuva podem nos fazer ter conhecimento hahahah.

109/295 – Vítor Meireles



E nesta cidade, em estado de êxtase, declaro a conquista de minha 2ª região, das 6 existentes em Santa Catarina, a região do Vale do Itajaí, conforme a divisão considerada pelo IBGE. É bem verdade que ainda não fiz o registro de Balneário Camboriú, porém esta para mim é “hors-concours”, será a cereja do bolo do desafio, última cidade a ser conquistada.

Vítor Meireles possui 5 mil habitantes, e é famosa por ter dentro de seu território a maior reserva de Araucárias de nosso país. Outros fatores marcam pontos positivos para a cidade, como o tratamento de todo o esgoto produzido e também a abrangência de coleta seletiva para todo o município. Tudo isso somado à beleza natural do município:



E que bela visão proporciona o mirante situado um pouco antes da cidade, encravada no meio de uma vale, quase situada dentro do Planalto Norte do estado. Para coroar a conquista, assim como os desbravadores de tempos remotos (ou nem tão remotos assim), hora de estender a bandeira:



Este foi um momento realmente emocionante para mim, e agradeço mais uma vez a existência dos Fazedores de Chuva, por nos proporcionar estes momentos.

Após o registro do feito, hora de voltar para o lar doce lar, sem não antes fazer mais alguns registros desta terra querida:


Cascata à beira da rodovia na saída de Vítor Meireles


Vale situado entre Vítor Meireles e Witmarsum


Encontro das águas do rio Hercílio (Itajaí do Norte) com o rio Itajaí-Açu – no detalhe a ponte da BR-470.


Ponte sobre o rio Itajaí-Açu em Ibirama


Arredores da BR-470 entre Ibirama e Apiúna


Igreja Matriz de Apiúna

[Allan Gustavo]

E mais uma vez, vamos ao balanço final do dia:

Foto do dia:


Com o hasteamento da bandeira de meu querido Marília (algo que represente minhas origens, pois o coração já está virando catarina hahahah), a conquista do Vale do Itajaí!

Km do final de semana:


405,8 kms rodados


Trajeto realizado no dia


E com essa conquista já são duas regiões!!

109 cidades visitadas.
5489,7 km rodados.

Mantendo o lema de “Qualquer um pode fazer, porém poucos o fazem...”, até a próxima pessoal, abraços!

[Allan Gustavo]

Seguindo para os próximos registros, a expectativa para a próxima saída era enorme, e se intensificou quando finalmente cheguei nas proximidades:



Sim, o destino era a famosa serra catarinense, que mesmo em plena onda de calor no verão, me fez sentir frio durante a manhãzinha deste 08/02/2014, data que será inesquecível a partir desta viagem.

O cronograma consistia em fazer grande parte das cidades durante este final de semana, mas a estafa de uma semana puxada de trabalho me fez diminuir o planejado para apenas este dia. Vamos aos registros.

110/295 – Bom Retiro





E a primeira cidade foi Bom Retiro, localizada na BR-282 no meio do caminho entre Florianópolis e Lages. Uma curiosidade: o ponto mais alto do estado de Santa Catarina, o Morro da Boa Vista, com 1.827 metros de altitude está localizado dentro do território do município, no Campo dos Padres.

111/295 – Urubici





E a expectativa por esta cidade era enorme. Urubici há tempos se tornou referência no turismo da serra catarinense, e apesar nisso nunca tinha botado os pés (e as duas rodas) aqui. E realmente a cidade guarda muitas belezas, desde o trevo da BR-282 até o seu centrinho.

Após o registro da prefeitura, compareci à sede do ICMBio para pegar a autorização de visita ao Morro da Igreja, e por conta do desafio decidi que este seria o único atrativo que visitaria na cidade, ou seja, logo na chegada da cidade já arrumei motivos para voltar posteriormente heheheh.

Agradecimentos também para os amigos de uma loja de motos (me desculpem mas não gravei os nomes) localizada próximo à saída para Urupema, pelo ótimo atendimento e em algumas regulagens na pretinha (maldita correria da semana que fez eu me esquecer disso).

Sendo assim, com a temperatura amena subi para o Morro da Igreja, sendo um momento de grande emoção todas as curvas do caminho, e expectativa também, ao avistar a torre do Cindacta ao longe e percorrer todo o caminho até lá:







E ao chegar ao topo do morro, poder contemplar a paisagem tão conhecida pela internet, porém dessa vez ao vivo – e melhor, com a sorte de estar lá com o tempo aberto:







Cenário que já fez valer a viagem, mesmo estando apenas na 2ª cidade do dia. Urubici, com certeza voltarei!

112/295 – Grão Pará



Saindo do Morro da Igreja, após poucos quilômetros (e depois de quase atropelar um lagarto no meio da rodovia – o bicho era enorme, mas felizmente consegui desviar e tanto ele quanto eu saímos ilesos heheh), chego no local de expectativa maior do dia:



Apesar da placa indicar a cidade como Urubici (e inclusive estar apagado no corpo do texto porcamente o nome da cidade), a Serra do Corvo Branco fica oficialmente dentro do território de Grão-Pará.
Na descida da serra, cujo topo situa-se a 1.470 metros de altitude, parecia uma criança, parando a cada curva:





E nada mais justo que marcarmos o território também né hahahah:



Bah, mas que lugar fascinante. E bruto também, com as suas pedras soltas, pista estreita, falta de guard-rail em sua maior parte. A descida foi feita contemplando cada centímetro daquele pedacinho da Santa & Bela, como se não existisse nenhum lugar mais fascinante no mundo. Até mesmo o frio foi embora hahahah.



E, na última ladeira para o fim da serra, a mesma me prega uma peça, dando-me uma lição de que não deveria ter marcado o território e a sua conquista antes de descê-la: fui para o chão com a pretinha, ao derrapar em alguns pedregulhos (quase umas pedras lunares rsrsrsr) tentando abrir caminho para uns carros que vinham subindo. Mas não foi nada grave, pelo contrário foi mais o susto, eu e a pretinha saímos ilesos.

Ao chegar a sua base, a despedida e a certeza de que voltarei novamente, desta vez para subi-la:



Dali em diante, seriam cerca de 40 kms de estrada de chão, por hora terraplanada (logo esta estrada, assim como a subida/descida da serra, estará pavimentada), por hora em leito natural, por hora na companhia de bovinos, e por hora também passando por algumas valas, emoções para Fazedor de Chuva nenhum botar defeito. Logo ao chegar em Grão-Pará, as marcas de barro na pretinha faziam-se notar facilmente por qual acesso havia chegado:



E neste momento já me senti com saudades da Serra do Corvo Branco (como já disse acima, um dia ainda haverei de voltar!).

113/295 – Braço do Norte





Ao chegar a Braço do Norte, um forte saudosismo me tomou conta. Há um ano e meio aproximadamente havia passado por aqui rumo à Serra do Rio do Rastro. Nem cogitava ainda vir a tornar-me um Fazedor de Chuva, estava ali como um Easy Rider mesmo hahaha. Mas várias lembranças me vieram à mente desta nem tão pequena (possui 30 mil habitantes) porém promissora e simpática cidade, que detém o título de Capital Sul Americana da Moldura, graças à sua vocação para este segmento.

114/295 – São Ludgero



Saindo de Braço de Norte, chego a São Ludgero, ainda tomado por um forte saudosismo do dia em que havia visitado a Serra do Rio do Rastro, no 07 de setembro de 2012. Como explicar a foto do pórtico, tirada um ano e meio depois:


Foto atual


Foto de 2012

E o mais legal (ao menos acho heheheh) e comparar as impressões da época, em que era apenas um turista, com as impressões atuais, já moldadas pelo fato de há um ano estar morando na “Santa & Bela”:

“Chegando a Tubarão, hora de se despedir da BR-101 e do litoral e subir rumo à serra catarinense. A partir deste momento em que tomei o rumo do interior foi uma surpresa atrás da outra. A estradinha simples passando por várias pequenas, mas belas cidades, e o panorama de serra ao fundo me fez parecer estar na Europa (não sei como que é por lá, mas deve ser assim heheheh).
E dá-lhe cidades: Gravatal, Braço do Norte, São Ludgero, Orleans, e por fim Lauro Muller, onde de fato começa a subida da serra. E que aperitivo, várias curvas, será que aqui já começa a serra, será que a serra já é assim? Essas curvas não eram nada ainda...”

Este trecho foi retirado do meu blog, no qual registrei a viagem na época. E nota-se o meu fascínio por paisagens serranas (já falei isso aqui algumas vezes hahahah).

Mas chega de devaneios, enfim, São Ludgero é uma simpática e agradabilíssima cidade situada no vale do rio Braço do Norte, e com seus 12 mil habitantes, exala religiosidade, sendo conhecida por ter vários sacerdotes nascidos nesta terra.

E, em meio a estiagem que estávamos em Balneário City/Itajaí (quase 20 dias sem chuva), alguém dúvida da força do nome de Fazedor de Chuva? Aqui em São Ludgero o tempo começou a fechar, então como já estava de partida, resolvi tentar levar a chuva para minha região heheheh não sem antes fazer mais um registro.

115/295 – Gravatal







E a última parada do dia é Gravatal, cidade bastante conhecida por suas fontes termais, incluindo o famoso Termas de Gravatal, fatores que rendem ao município o título de Capital Catarinense das águas termais.

Ainda tentando trazer a chuva para minha região, segui para Tubarão e tomei a BR-101 rumo à minha cidade, não sem antes ter mais um surto de saudosismo da minha visita à região feita em 2012: novamente peguei 10 kms de congestionamento em Laguna, por conta das obras da ponte estaiada que irá transpor o canal de Laranjeiras. E assim, com a alma inquieta porém renovada pelas emoções ocorridas no dia, cheguei em Balneário faceiro ao extremo hahaha.

Aí vocês me perguntam: e a chuva, chegou junto? Neste caso não consegui trazê-la para Balneário, nas proximidades de Imbituba ela passou feito um jato, indo em direção do alto mar. Mas bem que tentei...

[Allan Gustavo]

Fechando as contas do dia:

Foto do dia:


E alguém ainda duvidou qual seria a foto do dia? Serra do Corvo Branco, sem mais palavras!

Km do final de semana:


601,1kms rodados


Trajeto realizado no dia


Mais um pedacinho do mapa preenchido, com 39% do território conquistado. Avante, valente!!

115 cidades visitadas.
6090,8 km rodados.

É meus amigos, é um prazer e um orgulho poder seguir fazendo o que “Qualquer um pode fazer, porém poucos o fazem”.

Abraços!

[Ulisses - Itajaí]

Boa tarde meu querido companheiro de desafio, também estou fazendo o desafio do Valente Fazedor de Chuva em Santa Catarina. O Didter e a Daiane também estão fazendo. Quando vir para os lados de Itajaí me de um toque - ulisses@ujfn.adv.br - podemos almoçar junto e trocar informações. Parabéns pela disposição. Ulisses José Ferreira Neto - Valente Fazedor de Chuva - Será