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Boa noite,
Grande NFC VFC Gilmar,
Obrigado pelas palavras, agora quem ficou arrepiado e emocionado fui eu hehehehe obrigado mesmo, tuas palavras acabam sempre sendo uma motivação extra para todos aqui no TFC.
Gostaria de agradecer mais uma vez aqui a todos os irmãos e aos próprios desafios, sou daqueles que acreditam naquela máxima de que o caminho percorrido talvez seja mais importante do que o objetivo alcançado, e se não existissem o TFC e os desafios, eu nunca teria passado por essa experiência, muito boa mesmo, assim como não teria adquirido bagagem também com o relato dos outros desafios que vemos por aqui.
Aproveito até para transcrever a postagem que fiz no meu face, do momento da foto em Mafra, última prefeitura registrada, acho que resume bem a emoção desse momento heheh
“295/295 - Mafra - Quando me lancei no desafio, há 3 anos atrás, não sabia muito bem o que viria pela frente, só tinha a vontade e coragem de tocar em frente até onde fosse possível . O objetivo, visitar todas as 295 cidades de SC, na verdade acabou se tornando apenas um pretexto para poder conhecer várias facetas deste estado que escolhi para seguir minha vida (e que cada vez mais tenho certeza de ter feito a escolha certa). A proposta do desafio, a filosofia dos Fazedores de Chuva, os segredos, surpresas, e também as dificuldades encontradas nesse caminho (hj msm a chuva não deu trégua, foi água do começo ao fim, pq pelo jeito vai me acompanhar ainda até o litoral heheh), só me fizeram valorizar mais ainda o fim desse ciclo e essa conquista, momento onde me sinto em mais sintonia com a moto, muito mais catarinense, e a partir de hj, temos mais um Valente Fazedor de Chuva na área. Motivos de sobra para comemorar, e também agradecer a todos que me apoiaram durante este período. Agora um breve descanso, e quem sabe lançar os desafios Bandeirante e Cardeal FC? Bora rodar por esse Brasilzão! #valentefc #acabouétetraétetra kkkkkkkk#planaltonorte #expediçãoagoravaidevez”
Bom, mas vamos lá aos registros da última viagem do VFC, que acabou sendo chamada de Expedição Agora Vai de Vez heheh
Depois de adiar esta última viagem por alguns finais de semana, enfim preparei a mochila novamente, e na manhã do feriado 26/05, consegui executar a etapa mais difícil desse trecho: girar a chave na ignição e partir para a estrada heheheh. Um pouco mais tarde do que o normal, para evitar o frio do final da madrugada que está congelante nos últimos tempos aqui no sul.
E dessa forma tomei a BR-101 sentido norte, até o trevo da BR-280, a qual seguiria por um bom trecho. Quase duas horas depois da partida, a primeira parada: Corupá (36/295), cidade a qual estive em 07/09/2013, bem na hora do desfile de 7 de setembro, e assim fiquei ilhado sem conseguir atravessar a rua heheh, portanto aqui fica o novo registro. E o visual de Corupá é bem bonito, de qualquer lugar da cidade temos a visão da imponente Serra do Mar, como nesta foto tirada em frente à Prefeitura.

Em seguida, continuei pela BR-280 subindo a serra de Corupá, e já saindo no Planalto Norte Catarinense, região das cidades restantes. Após a passagem por Mafra, peguei bastante tráfego até chegar na primeira cidade inédita do dia, digamos assim hehehe, Três Barras (281/295), cujo acesso estava em condições bem ruins, e a avenida principal pior ainda, muitas ondulações e buracos.

Passado por lá vi muitas guarnições do Exército, onde pesquisando agora na internet descobri que está instalado neste município de 18 mil habitantes, o Campo de Instrução Marechal Hermes – CIMH, o maior campo de manobras do Exército Brasileiro nos estados do PR e SC.
Em seguida, sem precisar voltar à BR-280, cheguei à segunda do dia, Canoinhas (282/295), a Capital da Erva-Mate.

Aqui começamos a adentrar melhor na região chamada de Contestado, palco de sangrentas batalhas entre o governo brasileiro e caboclos da região, e até mesmo entre os estados do PR e SC para definição dos limites territoriais. Canoinhas é uma das maiores cidades da região, com cerca de 52 mil habitantes.
De volta à BR-280, seguindo no sentido Oeste, procurava a entrada da próxima cidade, quando notei havia passado reto, a placa estava escondida. Logo, retornei e andei por volta de 5 kms até chegar à Bela Vista do Toldo (283/295), município de 6 mil habitantes, instalado há apenas 22 anos, e onde fui recepcionado com uma leve pancada de chuva, prenúncio do seguimento da viagem ehehe.

Voltando novamente à BR-280, depois de aproximadamente 35 kms de uma paisagem bem ver e bonita, chego à quarta do dia, Irineópolis (284/295), onde uma faixa da rua principal estava interditada e toda decorada com os tapetes para a procissão de Corpus Christi, e assim tive que ir até o final da rua para conseguir atravessar para a rua da prefeitura, que ficava do outro lado de onde estavam os tapetes.

Irineópolis fica às margens do rio Iguaçu, divisa natural entre os estados do PR e SC, e ganhou esse nome em homenagem a uma família de colonizadores do local, possuindo aproximadamente 10,5 mil habitantes.
E mais uma vez lá vamos nós de volta à BR-280, cumprir o último trecho dela neste dia, até o município de Porto União (285/295), que juntamente com o município de União da Vitória (PR) formam um só conglomerado urbano, denominando-as as “Gêmeas do Iguaçu”.

O município possui aproximadamente 35 mil habitantes, e ganhou esse nome por se situar ao final da parte navegável do Rio Iguaçu, sendo o principal porto de embarque e desembarque da região, por isso o “União” de seu nome. A cidade também é conhecida como “Capital Estadual do Steinhaeger”, bebida destilada bastante apreciada na nossa região.
Saindo de Porto União, sentido sul, passei por maus bocados na SC-135. Buracos, buracos, e mais buracos, principalmente nos kms entre Porto União e o distrito de São Miguel da Serra. Tudo isso regado à garoa que ora vinha, ora sumia, ora voltava de novo. E logo quando cheguei à Matos Costa (286/295), ela engrossou novamente, não sei que tempo louco era esse, era só entrar na cidade a chuva engrossava hahaha.

O município possui apenas 2,8 mil habitantes, e possui uma bela estação ferroviária, ao fundo na foto acima (a preguiça – leia-se chuva – não me deixou chegar mais perto para fotografar haha).
Logo em seguida, chego ao município de Calmon (287/295), cidade de 3,5 mil habitantes situada na parte alta de uma colina acima da rodovia SC-135.

De volta à SC-135, logo chego à Caçador, principal município da região. Mas como este seria meu lugar de pouso, apenas o contornei e segui direção Oeste até chegar ao município de Macieira (288/295), pequenina (1,8 mil habitantes) porém bela cidade, situada nos arredores da Floresta Nacional de Caçador, um verdadeiro tapete verde de pinheiros e araucárias a perder de vista.

E, para finalizar o primeiro dia, o registro e o pouso em Caçador (289/295), a Capital Industrial do Meio-Oeste Catarinense, município com 75 mil habitantes, e com influência em toda a região ao redor. O município possui um museu do Contestado (que estava fechado), situado em uma antiga estação ferroviária desativada. Aliás, neste percurso de hoje, cruzar linhas de trem foi uma constante heheh.


Rio do Peixe
Registros feitos, hora de cumprir o velho ritual de conhecer a região central da cidade, tomar um chopinho pra relaxar os músculos, e partir descansar para o próximo dia.
E assim termina o primeiro dia, com o seguinte percurso:
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Começando o segundo dia, faltavam 6 cidades, coisa linda hein hehehe. Saí de Caçador pela SC-350 em direção à BR-116, e até a metade desse caminho pude curtir os últimos kms de tempo seco da viagem, porque para coroar a última viagem, ela montou na garupa e não saiu mais, a chuva hehe.
E, 120 kms depois de sair de Caçador, chego ao talvez município mais retirado do estado: Timbó Grande (290/295). Por asfalto, o município mais perto está a 68 kms de distância (Santa Cecília). Já por estrada de chão (que não desejaria nem ver as condições nessa chuva), são 50 kms de Caçador e 60 de Lebon Régis. Apesar do “isolamento”, os arredores do município estão muito bem preservados, mesmo com o fato de cruzar com vários caminhões transportando madeira na rodovia que liga o município à BR-116.

O município possui cerca de 10 mil habitantes.
De volta à BR-116, a chuva engrossa novamente, seguido por alguns trechos com neblina, e o prazer da última viagem começa a ser dividido com maior atenção. Parecia mais uma vez o estado dificultando sua conquista heheheh. E assim, chegamos ao próximo destino: Monte Castelo (291/295), município de 8,5 mil habitantes situado a margem da própria BR.

Aqui vi a passagem de um trem cargueiro da ALL. Não sei porque bateu uma nostalgia quando vi o trem, me lembrei das viagens de trem da infância em SP, viagens de Marília para Campinas que duravam um dia, lembranças boas.
Saindo de Monte Castelo, um pequeno desvio da BR-116, mais um longo suplício de buracos e buracos até chegar em Major Vieira (292/295). Que mania de descuidar das estradas que esse país tem ehehehhe. Pelo menos aqui a chuva foi uma aliada: as poças formadas nos buracos denunciavam sua existência e localização, assim ficava mais fácil desviar deles.

Major Vieira possui cerca de 7,5 mil habitantes.
Voltando à BR-116, vamos subindo direção norte, no antigo Caminho de Tropeiros, dos comerciantes que saiam do RS e seguiam até a feira de animais de Sorocaba (SP). Nesse caminho, bastante trilhado no século XVIII, vários locais de parada se transformaram em pequenas vilas, que posteriormente viraram municípios. E o próximo, Papanduva (293/295), é um deles.

Papanduva possui 18 mil habitantes, chega a ser “grandinha” para os padrões da região (até me surpreendi, tenho uma amiga que é natural de lá, e pelo que ela falava tinha impressão de ser menor do que é), e o seu acesso principal estava interditado para recapeamento, o que me fez suar um pouco pelo desvio de pedrinhas e, adivinhem, buracos hehehe mas de menor proporção do que os encarados nesta viagem.
Saindo de Papanduva, volto à BR-116, e ainda debaixo de água, chego à Itaiópolis (294/295), município de 20 mil habitantes e colonizado por imigrantes poloneses, ucranianos e alemães.

Saindo de Itaiópolis, cerca de 20 kms faltavam para Mafra (295/295), a última cidade do desafio. Acho que foi aí que caiu a ficha hehehe depois de toda a concentração e adrenalina, não só dessa viagem, mas também das outras, foi aí que me toquei que estava completando o desafio. Aí até baixei a velocidade, fui aproveitando cada metro da rodovia até chegar na entrada da cidade, e cruzá-la para chegar à prefeitura, onde por um momento, a chuva deu uma trégua e virou uma garoa bem rala.

E, como havia dito na postagem anterior, chegando à Mafra que vi a mensagem no celular de uma amiga minha que foi passar o feriado lá (ela é natural de Mafra), me dizendo para não ir para lá porque estava chovendo muito. Mas sinceramente, depois de adiar por algumas vezes, foi até bom essa chuva para lavar a alma, e curtir a conclusão de ciclo.
Nessa vibe, até esqueci de tirar fotos da cidade, a Pérola do Planalto, com 55 mil habitantes, e acabei ficando somente com o registro da prefeitura.
E, para lavar a alma de vez, saindo do município caiu o mundo de vez, fazendo os 220 km finais de Mafra a Balneário durarem quase 5 horas (com uma parada em Jaraguá do Sul). Mas nada importava ou incomodava, o desafio estava concluído!
Percurso do dia.

Quilometragem da viagem


E agora sim, mapa completo, total de 15.897 kms rodados em 3 anos.
Bom, é isso, não sei não, mas como loucura pouca é bobagem, acho que logo estarei aqui lançando o Cardeal e Bandeirante FC hehehe vamos ver quanto tempo a Alma Inquieta vai aguentar.
Grande abraço, e boas estradas!
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