Desafiando meus limites.

[Sassa e Cuca]

Que linda foto com os caciques do QG FC!

Boa viagem! Tb seguiremos na garupa !
Abçs

[Gilmar Dessaune]

Olá Sassa e Cuca, obrigado pela palavras e carona.
Vou postar dia por dia as fotos.
Abraços
Gilmar

[Gilmar Dessaune]

1º de Maio, 5º dia de viagem.
Saí de Araranguá cedo com o tempo fechado. Tinha em mente fazer o Palácio Piratini como obrigação, como meta ousada chegar ao Chuí e como meta intermediária pelo menos a Pelotas.
Parti com um frio de doer o corpo acostumado a temperaturas mais elevadas aqui no ES.
A estrada estava bela, sem sol mas o tempo estava firme apesar de nublado a maior parte do tempo.
As lagoas imensas foram colírios, mas eu não tinha idéia da curva senoidal que se tornaria a horas desse looongo dia de viagem.
Chegando em Porto Alegre logo da cara me dei com a bela Arena do Grêmio, foto obrigatória para um esportista de plantão (praticar com esse corpo nem pensar.. heheh) Com o feriado, a cidade estava tranquila para a busca do palácio e como eu já tinha uma idéia da localização, foi fácil seguir as indicações mais específicas que me foram passadas. Assim, foi tranquilo chegar até o Piratini. Como era do lado, aproveitei e cliquei também o Palácio Farroupilha da Assembléia Legislativa.
Fotos feitas parti para Pelotas, mas logo após passar a ponte, um acidente de moto provocou apreensão: um pneu careca estourou e jogou os dois ocupantes ao chão. O piloto nada sofreu, mas sua namoradas sofreu várias escoriações e ficamos dando um suporte sinalizando a via até a chegada da PRF e do resgate.Socorro prestado, parti para a estrada, objetivo Pelotas. No meio do caminho uma parada para abastecer e adesivar o 1 Alone e o Cardeal Fazedor de Chuva, onde: feliz coincidência na cidade de Cristal (uma homenagem à Valente Fazedora de Chuva).
Após abastecer de novo em Pelotas, estradaaaaa...
Aí começaram os dramas: 144km sem um posto pela frente. Fica o aviso: abasteçam em Pelotas ou no mais tarde em Rio Grande, senão podem ter pane seca. A reserva do Taim com vários animais atropelados mortos em sua extensão, já era noite e mais cuidado ainda se fazia necessário, pois eram animais grandes e certamente acertar um deles seria chão sem dúvidas. Depois da apreensão, finalmente um posto de combustível. alívio inicial e segundo drama. Após abastecer, fuiz fazem um lanche mais tranquilo, pois ainda eram 19:30h e eu estava só a 120km de Chuí. Mas ao montar na moto e tentar dar ré, a senti pesada, olhei para o chão e o pneu traseiro furado. Com a dedicação e empenho do Seu Zé (é só assim mesmo que ele quer ser chamado, do Sr. Justo e de mais uma pessoa que logo foi embora e eu não tive como identificar, suamos, sofremos muito por falta de equipamentos (macaco e máquina de tirar pneus, por exemplo) conseguimos após 3 horas concluir com sucesso o reparo. Estradaaaaaa... Agora ainda mais apreensivo, pois não conseguimos colocar a câmara nova que eu havia levado de reserva, pois esta tinha o bico torto para facilitar a calibragem, mas por falta de equipamentos não conseguimos trocar, então foi colocada a câmara furada com o reparo ao estilo antigo, à calor, naquela maquininha que tem um luz que indica quando está pronta. Bem rudimentar a borracharia, mas o que faltava de equipamentos, sobrava de boa vontade e disposição do Seu Zé, mesmo sem ele nunca ter consertado um pneu de moto antes e ainda mais com eixo cardã.
Já passavam das doze badaladas "notúrnicas" quando cheguei a Chuí. Parei e perguntei pela ponte. Me informaram que a ponte era mais longe um pouco, em Barra do Chuí e que ficava longe... a uns 10km de distância. Rí comigo mesmo e parti para a ponte, afinal eu já havia rodado mais de 700km e o que seriam apenas mais 10??? Fichinha.. ehehhe.
Chegando à Barra do Chuí não me contive, fui direto para o ponte fotografar. Eu bem que poderia esperar pela manhã do outro dia. Mas não... tinha que ser naquela hora. Fui lá e pronto: senti umas das grandes emoções de minha vida.
Jamais, vou repetir, JA-MAIS antes de conhecer o "espírito" Fazedores de Chuva eu podia sequer me imaginar naquele local, de moto, naquela hora. Foi demais, as lágrimas e a emoção vieram com força, como vêm agora de novo quando estou aqui digitando.
OBRIGADO AMIGOS, vocês fizeram um IMENSO BEM a esse véio aqui. rsss.
Depois disso, só restava ir procurar um hotel e descansar.

Anexo 15851Manhã do 5º dia de viagem em Araranguá: chuva fina e frio, o dia promete. Nesse momento eu estava ansioso pois a meta primária era chegar ao Chuí, a secundária pelo menos a Pelotas.
Anexo 15852 Na chegada a Porto Alegre meu espírito essencialmente esportivo não permitiu me furtar de tirar a foto em frente à bela Arena do Grêmio (sou botafoguense, mas adoro esportes). Anexo 15853Anexo 15854 Na saída de Porto Alegre momento de apreensão: um pneu careca da moto estourou e os dois ocupantes foram ao chão. O piloto nada sofreu e sua namorada escoriações gerais pelo corpo, mas felizmente nada mais grave. Paramos para dar suporte de sinalização na pista até a chegada da PRF e do resgate. Adesivando 1 Alone e Cardeal Fazedor de Chuva na cidade de Cristal. Palácios Piratini e Farroupilha, cumprindo a missão Bandeirante FC. Missão Cardeal: primeira ponta CLICADA. Uma imensa emoção, mesmo depois de um longo e cansativo dia. Como que de repente uma inundação de adrenalina e emoção tomou conta de mim e tudo que passei até chegar alí, naquela hora (o registro das fotos se deu entre 00:50 e 00:53h horas do dia 02/05. Gente, num tem como descrever, tem que ir lá e SENTIR o corpo arrepiado e as mãos trêmulas, choro e felicidade. MUITO... MUITO EMOCIONANTE. Obrigado a todos FC´s, seus exemplos de vida, de acreditar e de realizar me levaram até o Chuí de moto.

[Gilmar Dessaune]

Como o 5º dia foi muito especial por conseguir cumprir Porto Alegre e Chuí, estou postando mais umas fotos para bem ilustrar as alegrias e apreensões iniciadas por volta das 9:00h e só terminou depois das 1 da madrugada do dia 02. Na verdade uma palavra é pouco para definir o dia todo, mas vou tentar: ES-PE-TA-**-LAR.

[Jacob Bussmann Filho]

PARABÉNS....muito legal

A primeira vez que passei por aí tive uma experiência parecida com a sua, na emoção,foi muito legal, acho que só que anda de moto consegue, pois as nossas emoções ficam a flor da pele, nos tornamos muito mais sensíveis, mais frágeis e ao mesmo tempo mais forte....muito louco......mas que bacana, esse prazer de conquistar o objetivo , de chegar lá ,apesar dos percalços....e chegando o valor é outro, um momento como esse é indescritível.....como diz a garotada ...muito MASSA...

Abração e boas estradas

FC Jacob

[gilmard2]

Parabéns pela conquista pai!!! Muita emoções vividas, muita adrenalina, realização, superação, CONQUISTA!!!
São muitos kms de histórias, que farão parte da sua vida, bem como todas as demais viagens já realizadas, porém, desta vez com um gostinho especial!!!
Fico muito feliz e orgulhoso por ter conseguido realizar esse duplo desafio, e ainda mais por tudo ter corrido bem, sem nenhuma gravidade.
Ficamos aguardando as demais fotos e contos... e a foto do meu querido Morumbi que vc não postou.. hehehehe!!!!

Espero poder realizar junto de vc, alguma parte desse desafio... se Deus quiser, faremos um trecho Bandeirante, ou quem sabe, Cardeal!!!

Agradeço imensamente ao Dolor, que prestativamente recebeu e acolheu meu pai em sua passagem pela cidade!!

Bjo grande babai!! Te amo mto!!!

Ah... feliz dias das mães... ehehehehe =D

[Gilmar Dessaune]

Bom dia, Jacob, gilmard2 e todos os demais.

Jacob, obrigado pelas palavras, realmente você disso tudo. Massa!!! A sorte que não é o da F1. rsss

Meu filho Gilmard2: eu que TE agradeço, afinal se tudo está acontecendo, você foi peça FUNDAMENTAL, pois quando no ano de 2001 quando tivemos a casa assaltada, eu havia decidido vender a Intruder, mas sua irmã me disse que era seu sonho pilotar, você não tinha ainda habilitação e então resolvi não vender para você poder realizar seu sonho. Depois, você entrou para o motociclismo e acabou "me levando" junto, meio assim que por tabela. Então, se hoje estou no status que estou, VOCÊ teve IMENSA PARTICIPAÇÃO e te agradeço de coração.

Sim, vamos fazer uma etapa do Bandeirante e Cardeal juntos, talvez a Norte-Nordeste, sei lá, vamos pensar e planejar.

Quanto ao seu pedido, está aí sua foto do Morumba (embora depois daquele hot chocolate da semana passada do Galo, não seria uma boa idéia postar essa foto.. rss).

Abraços Jacob, bj meu filho.

[Gilmar Dessaune]

Boa tarde FC´s,

Cá estamos para narrar e ilustrar mais um dia de viagem, o 6º de 14.
Como na noite anterior fui dormir muito tarde, por volta da 3:30h da madruga, em virtude de ter chegado muito "pilhado" e com a adrenalina e emoção de ter atingido o Chuí, quem disse que o sono apareceu logo???
Na manhã seguinte, dia 02/05, ao abrir as cortinas meu temor se confirmou: chuva forte. Abri a janela e o frio deu sua cara. Mas como eu havia conseguido um grande avanço, não me importei muito, mesmo porque de nada adianta ficar pensando muito no tempo, no frio, na chuva... tem que ir prá estrada e pronto, sem delongas.
Como eu acordei um pouco mais tarde, saí do hotel e voltei para a ponte e a placa, pois não estava satisfeito só com as fotos da noite anterior. Chegando lá me dei conta de outro fator: o vento forte. Foi uma boa briga conseguir amarrar a bandeira 1 Alone embaixo da placa. Foi meio comédia, pois eu programava a máquina para o delay máximo de 10 segundos, disparava e corria para pegar a bandeira. Várias vezes a bendita me escapulia da mão pelo vento forte, ou então eu demorava a me posicionar e a máquina disparava, pior ainda: eu lá todo preparado o vento vinha e derrubava a máquina. Foi uma briga boa, mas consegui fazer os registros.
Assim, parti de Barra do Chuí para a cidade de Chuí (uma distância de 10km aproximadamente).
Chegando lá, pude ver do asfalto o marco onde deveria fazer mais fotos. Uma coisa foi ver de longe, outra foi achar a rua certa. Quase ninguém que mora lá sabe que existe e muito menos ainda qual rua leva até o monumento. Como são umas 3 ou ruas paralelas, optei pelo empirismo sistemático: uma por uma. O problema é que havia chovido muito, estavam todas com muita lama solta (nenhuma delas é pavimentada). Quando eu chegava perto do final não via nenhuma possibilidade de sequencia e voltava. Com isso, chuva leve caindo e eu tendo que fazer muito esforço, comecei a suar dentro de tanta roupa e do impermeável. E tome lama, tome moto derrapando e nada de achar. Nem um policial que trabalho praticamente ao lado do local sabia informar. Depois de muitas tentativas, finalmente uma senhora me indicou a rua certa e eu disse que já havia tentado mas não havia achado o caminho até o fim. Ela me explicou que tinha que me embrenhar pelo mato mais um pouco. Lá fui eu para mais um tentativa e sempre com um pensamento na cabeça: o Dolor recomendou muito fazer a foto no marco, eu tenho que conseguir, poxa... to aqui do lado, colado, sentindo o cheiro do lugar, mas sem conseguir chegar. Então fui mais uma vez para uma das ruas e cheguei de novo no ponto que para mim a mesma acabava. Aí veio minha salvação: saindo de uma casa pertinho de mim, apereceu um menino que me disse para seguir em frente passando pelo mato e qua já haviam passado umas duas motos lá hoje a caminho do marco (mal sabia ele que era eu que nem um doidão procurando e não achando a brecha. Guiado pelo menino consegui achar a trilha e me enfiei até romper a lama, poça d´água e areia molhada para chegar ao marco que fica anexo ao Arroio Chuí. As fotos mostram tudo.
Depois, já lá pelas 14 e tantas horas, fui até o centro de Chuí, comprei mais moletons, abasteci e parti de volta com destino a Pelotas.
Agora, de dia, pude ver toda a exuberância da reserva do Taim: MAGNÍFICA.
Bandos de pássaros diversos, capivaras aos montes, muito legal.
No meio caminho, tive que trocar a roupa de frio que havia vestido pela manhã, pois como molhou com suor, não tava mais protegendo do frio. Enfiei o moleton no corpo e fiz uso do capuz (vide foto), ahhhhh que coisa boa ficar protegido e quentinho. Delícia o capuz aquecendo a cabeça e as orelhas.
Parei de novo no posto da noite anterior, dei mais um abraço no borracheiro "Seu Zé", lhe agradeci de novo pela ajuda e toquei para Pelotas sem pressa, só curtindo o começo do retorno.
Anoitecendo cheguei e "pousei" na cidade onde pude me fartar com um delicioso jantar com muitas carnes assadas ao estilo gaúcho. A comemoração que não consegui fazer na noite anterior, eu aproveitei no dia 02.
No quarto, puder montar todo um esquema para secagem das roupas, bota, impermeável, luvas, etc.
Mais um memorável dia de viagem que se findava...

[Gilmar Dessaune]

Amigos, bom dia,

O 7º dia era de rodar, rodar e rodar.

Tendo amanhecido em Pelotas e bem descansado, me senti em condições de tentar dar uma boa esticada na viagem.

No final do dia havia conseguido um avanço de cerca de 518km, muito bom por ter sido um dia frio e com constante ameaça de fortes chuvas devido à chegada de uma frente fria que eu nem sabia, mas pude viver ao vivo e cores, vejam as fotos abaixo que vão entender.

Um pequeno temor pelo longo trecho sem encontrar posto de combustível, mas logo depois aliviado.

Foi bom ter retomado o ritmo após ter rodado somente 260km no dia anterior.

Mas o que eu não sabia era que o 8º dia seria o mais duro e tenso de toda a viagem... mas isso eu conto e ilustro amanhã.

Comecei o 7º dia de viagem fazendo o dever de casa: troca de óleo e filtro na Yamaha de Pelotas. Muito bem atendido por sinal, principalmente pelo mecânico Sr. Remi, que deu uma prioridade no serviço e me liberou rapidinho para a viagem. Muito obrigado pela atenção Sr. Remi.
Alí, do outro lado da rotatória, estava a BR 392 que me levaria rumo Santa Maria. Pela cara do tempo o dia prometia rssss.
Pessoal, pude sentir na pele a força da natureza. Ainda antes de Santa Maria, a frente fria veio chegando. Ao meu lado direito da estrada céu claro. Do lado esquerdo muitas nuvens pesadas e raios estourando. Eu acelerava tentando fugir, mas em certo momento a frente fria passou sobre mim vindo da esquerda para a direita. Foi tão rápido que num deu tempo de parar para fotografar, além do temor do temporal que ameaçava cair e eu tentando fugir dele rsss. Um momento de tensão mas de rara beleza ao viver de pertinho a força da natureza. Nós, humanos, não temos MESMO nenhuma condição de "brigar" contra as forças extremas do planeta.
Finalmente cheguei em Santa Maria, como o tempo ainda estava seco, apesar do frio e humidade, toquei em frente. Meta chegar a Cruz Alta ou mais adiante.
Passei por Cruz Alta em condições de avançar mais. Depois de um pit stop para descanso e lanche, retomei a estrada. As fotos mostram que a briga de gato e rato: eu e a frente fria me perseguindo. hehehe Na foto panorâmica mais uma vez o contraste claro/escuro no firmamento.
Pude presenciar a noite chegando, ainda no RS. Cheguei até Palmeira das Missões. Aqui parei e fui comer um bife com ovo frito, feijão e arroz. hehe Já tava com saudades de uma refeição padrão, pois por opção de evitar problemas gastro/intestinais (nada recomendados para quem vai estar o dia todo montado numa moto, num é mesmo?!!), eu optei por durante os dias somente fazer lanches com alimentos à base de carne, pois eu facilmente poderia identificar qualquer problema de má conservação pelo sabor da carne.

[Gilmar Dessaune]

Mais algumas fotos do 7º dia de viagem.
Panorâmica da frente fria.
Abastecendo em plena serra Gaúcha, lindas paisagens ao longo do caminho.
Mais um round: Gilmar correndo da frente fria.. rss
Entardecer lindo...