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Fazedoras de Chuva, esta semana é de vocês!
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, nada melhor que ouvir as próprias mulheres. Sim, as Fazedoras de Chuva ocupam local de destaque neste grupo de insanos e almas inquietas.
Afinal, trazemos (ou pelo menos tentamos) o equilíbrio e a sensatez aos desafios e viagens, além de muita sensibilidade. Bem, admito que posso estar sendo (um pouco) parcial, talvez pelo fato de ser mulher. Mas um fato é incontestável, temos o mesmo ímpeto de pegar a estrada, de viajar, de sair em busca do desconhecido. Então vamos acompanhar o que significa viajar para estas mulheres? Aprocheguem-se, FC, sentem na garupa, pois quem vai pilotar são elas, as Fazedoras de Chuva!

Foto da Internet
“Desde criança, sempre viajei, principalmente, na minha imaginação. Bastava alguém contar sobre um local diferente, que eu me lançava nas palavras e nos relatos das pessoas e, corria aos livros buscando mais detalhes sobre tudo. E nas aulas de história, geografia e literatura...
Posso dizer que fui a todos os cantos, no tempo e no espaço. Já senti todos os aromas e vi todas as cores que o amanhecer tinge o novo dia. Já conheci heróis, subi montanhas e caminhei nos vales. Sim, fui em tudo!
“Foto da janela da minha casa, onde diariamente viajo com as nuvens, no vento...” FC Cuca

Mas, não é esse tipo de viagem que estamos falando, certo? Viajar são planos, roteiros, detalhes, expectativas, mochila e pé na estrada! Que delícia, que emoção! É sentir o novo, com os olhos do coração mas, com meus pés tocando outro chão. Sentir um novo local, novas pessoas, novos costumes e valores que aos poucos, auxiliam- me a ser uma pessoa melhor. Por que melhor? Porque deixo um pouco de mim e levo um pouco de um mundo que é real, é vivo, é pleno.
Viajar é uma experiência pessoal em que, mesmo estando no mundo dos outros, não posso entrar ou fazer parte dele. Apenas busco, assisto, observo, aprendo, reflito, para depois, acabar com muita história para contar”.
FC Cuca, que está em busca do certificado inédito de Nascente Fazedor de Chuva.
"Viajar é desconectar-se do cotidiano e da zona de conforto para sentir o prazer do novo entrando nas veias e sendo um desbunde aos olhos, que são a porta de entrada para a alma. É exercitar o cérebro a pensar saídas para o inesperado e também o coração, que sempre precisa lidar com a saudade".
FC Heda, que está em viagem pelo mundo, comemorando seus 30 anos, visitando 30 países, em 300 dias.

Amanhã tem mais...
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Nossa, que maravilha ler depoimentos tão sensíveis!
Parabéns desde já e sempre para as nossas Fazedoras de Chuva, pilotas das nossas vidas!
Abraços
Dolor
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“Desde o século XIX a moto vem proporcionando aos seus adeptos as mais variadas sensações, para nós mulheres não haveria de ser diferente, mesmo sendo coadjuvantes do veículo, ou seja, sentadas na garupa.
A parceria com seu companheiro de viajem é indiscutível, ainda mais quando suas duas paixões andam juntas. A liberdade ao sentir o vento tocar em seu rosto é formidável, a troca de experiências e as amizades realizadas com companheiras na estrada são fantásticas, conhecer lugares diferentes é excepcional!
Enfim, são tantas sensações juntas, que é necessário sentar-se em uma moto e sentir!”
VFC Ana Paola, que junto com seu companheiro, VFC Jackson, visitou todas as cidades catarinenses, sendo os primeiros Valentes do Estado.

"Andar de moto foi uma das melhores descobertas de minha vida. Na moto realizo meus sonhos de conhecer lugares e costumes antes somente vistos em livros e filmes, de aprender a viver com pouco, de fazer muitos amigos. Viajar de moto é partilhar com o companheiro o sentimento de cooperação.
Andando de moto, na garupa da moto, fico o dia inteiro agarradinha ao meu piloto, numa cumplicidade que se renova a cada viagem”.
GCFC Terezinha, que agora persegue o desafio Bandeirante, junto com seu piloto, GCFC Osmar

“Achei muito interessante uma observação da Martha Medeiros no seu livro "Um lugar na Janela", no qual ela afirma que "viajar não cura sofrimentos, mas nos faz perceber que podemos ser bem mais do que turistas esporádicos - podemos, isso sim, ser viajantes durante os 365 dias do ano, em qualquer lugar em que se estiver, incluindo onde se mora".
Talvez seja este o segredo... Quando viajamos, estamos livres da rotina, livres dos problemas cotidianos, livres de horários, dos compromissos de sempre, enfim, estamos livres! Livres para apreciar a paisagem, para ouvir os sons das cidades, livres para pensar... Quando estamos viajando, faz sentido fotografar uma flor, uma estrada esburacada, uma comida bem servida, uma favela, um acampamento, enfim, tudo é poesia e encantamento... Quando viajamos, experimentamos o novo, um novo sabor, um novo ritmo, novos hábitos e novos sonhos e experimentando nos libertarmos de algumas amarras, alguns conceitos e até pré-conceitos, ficamos mais leves... e por mais paradoxal que seja, viajar também nos ensina a valorizar o que temos e a respeitar ainda mais as nossas raízes, nossa cidade , nossa cama, nosso chuveiro, nossa família. E aí bate aquela vontade de voltar...
Que possamos todos seguir viajando, partindo e voltando e em cada viagem reforçar o aprendizado da lição que talvez seja a mais importante de todas: o lugar para ser feliz é aqui e agora! Feliz Dia Internacional das Mulheres, amigas e viajantes, Fazedoras de Chuva!”
FC Paula, que está em busca da Certificação de Valente Fazedora de Chuva em Santa Catarina.
Última edição por karine; 07-03-13 às 20:07.
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Um privilégio conhecer um pouco mais essas mulheres tão especiais.
Sorte nossa, Fazedores de Chuva, por termos este patrimônio de sensibilidade aqui neste território.
Aprocheguem-se Fazedoras!
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"Viajar envolve muitas coisas, você sai da zona de conforto, da rotina, da sensação de controle e vai encontrar o desconhecido, o inesperado. E para isso tem que se expor, interargir com outras pessoas e em novas situações. É um renascer, quebrar a casca, sai do teu mundo e descobre uma infinidade de outros"
FC Teresinha, que está em busca do desafio Valente em Santa Catarina.

"Esclareço que ando de moto sim, mesmo na condição de carona. Não piloto a moto, pois tenho como companheiro, amigo e esposo o maior piloto que alguém possa desejar, o meu gordo, Lazinho: “the best caption in the world”.
Lazinho é um motociclista desde a época das bicicletas com “motorzinho”. Eu não. Aprendi a gostar desta aventura com ele, em nossas andanças pela vida, de Santa Catarina a Manaus, inúmeras mudanças e algumas queimadas na perna no cano de descarga. Somos sabedores, que nem tudo é só glamour, meus queridos companheiros...
Em Manaus, já com uma moto maior, uma BMW, sem estradas, estrutura, o calor cozinhando o cérebro. Era um verdadeiro “viver perigosamente” que acabou tornando-se um desencanto. Traduzo essa fase, comparando a uma aventura “daquela viagem” difícil e distante, da qual os amigos se reúnem em um lugar qualquer e entre umas cubas (Lazinho) e uns Jack’s (Isa) se encantam com os relatos da divertida viagem. Quando “daquela viagem” se torna a constante viagem já não é tão legal assim...

De mala e cuia, agora com uma VMax zerada, voltamos para casa. A moto dourada era muito linda mesma, e nos foi bastante companheira. Acostumada às dificuldades de Manaus, o banco da carona da VMax que mal acomodava os glúteos avantajados da “dona Isa”, era nada, desaparecia ante a paisagem escandalosamente impactante que surgiam a cada curva, cada pedacinho novo das estradas de nosso país.
Esse é o barato. Além de ver, poder absorver a mensagem divina Dele através da natureza.
Hoje de Harley-Davidson, somos sabedores que a maioria de nós que aqui compartilham esse site, já tivemos a oportunidade de nos locomover por variados meios de transporte. Avião, barco, carro, até de bicicleta. Mas, andar de moto principalmente nos lugares já percorridos por outros meios é muito prazeroso mesmo nas mais variadas condições do tempo.
Primeiro porque com meu piloto já me sinto em um porto seguro. Depois, porque esse é o meu momento. Se abro os olhos me sinto como parte da paisagem. Se fecho, durmo, é isso mesmo, durmo e sonho... Escuto Roberto Carlos dizendo “como é grande o meu amor por você", além do sertanejo Daniel, quase sempre apaixonado por mim. Até me embalo na bossa nova do Toquinho e Vinicius.
Não tenho que responder, explicar, entender...só viver!
Na moto, você sente a generosidade do mar ao dividir seu cheiro, a brisa solidária ameniza o calor do sol, e no topo, ah o topo da estrada, atrás dos nossos amados, o coração para! Respira fundo, menina! Absorve a emoção e transmita aos leitores o “que significa andar de motocicleta” e o quanto somos abençoadas em poder fazer parte dessa tribo!
Que Deus seja sempre o companheiro maior em suas idas e vindas por essas estradas!”
FC Isa, que marcou presença pela primeira vez no Encontro dos FC, em Vitória, em 2012
“Viajar de motorhome, no começo, parecia 'brincar de casinha' ... Depois, pelo espaço diminuto, significou mais intimidade com o companheiro e com os filhos. Mas no geral sempre foi, e é, sinônimo de aconchego, liberdade e autonomia que na magia da estrada e envolvidos em sua mística permite que encontremos a nós mesmos: felicidade!”
FC Graça, que já viajou de motorhome por grande parte do Brasil, América do Sul e Europa
Última edição por karine; 08-03-13 às 22:02.
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