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  1. #41
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    Sep 2012
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    Carlos Prado Jr.
    Triste notícia. Caí na besteira de publicar fotos da Amazonas na internet e um motociclista de Recife se encantou com ela. Depois de muitas ligações insistentes, a Amazonas foi embora, deixando um que de melancolia.
    Apesar de já ter rodado com ela em alguns municipios de Roraima, estou cumprindo o desafio VFC com uma Boulevard 1500.
    Contudo, Normandia e Uiramutã, terei que fazer com moto big trail pois são muitos km de estrada de chão, impróprias para moto custom.
    É a vida.....vamos em frente.
    Abraços

  2. #42
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    Valente Fazedor de Chuva - Roraima

    7º/15 - Municipio de Uiramutã ( 600 km de ida e volta dois quais 280 sem asfalto)

    Há alguns dias aguardava os GCFC Osmar e Terezinha que chegaram a Roraima para o desafio Bandeirante FC e Cardeal FC.
    O Monte Caburaí se localiza no Municipio de Uiramutã e, como eu estou fazendo o Valente FC decidi fazer este municipio na companhia dos mesmos.
    De todos os municipios de Roraima, sem dúvida Uiramutã é o mais complicado. Partindo de Boa Vista, são 300 km de ida, dos quais apenas 160 asfaltado.
    Com muitas subidas e descidas ingremes, sem pavimentação, eu já sabia que teríamos dificuldades pois este trecho sem asfalto leva cerca de tres horas para ser concluido.
    Combinei com o GCFC Osmar que partiriamos na tarde do dia 07, quinta-feira. Contudo, por necessidades profissionais, me atrasei e somente saímos de Boa Vista por volta das 15 horas tomando a BR 174 sentido Venezuela. A Boulevard ficou na garagem pois não há como ir para Uiramutã com uma moto custom. O jeito foi emprestar uma Lander 250 (espero que o dono não descubra por onde andei com ela ehehehe).
    No KM 100 paramos para o abastecimento de gasolina "alternativa" (como não há postos ao longo desta BR, muitas pessoas sobrevivem do descaminho de gasolina trazida da Venezuela, onde compram a preços muito baixos e revendem neste local e até em Boa Vista).
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Nome:	         Gasol alternativa Terezinha.jpg
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    Depois do abastecimento percorremos mais 60 km e tomamos a RR 202 até a Vila Contão e depois a RR 171 até o Uiramutã.
    Nos primeiros KM a estrada parecia boa e conseguimos manter média de 55 km/h até chegar no entroncamento Placas (onde começa a Reserva Indígena Raposa Serra do Sol).
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Nome:	         Veloc maxima Uiramutã.jpg
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    Começava a escurecer e não havia outro jeito senão tocar em frente pois tínhamos percorrido 160 km de asfalto e apenas 58 km de terra.
    Até ai tudo bem. Porém, a estrada começou a mostrar sua verdadeira cara. Muito pedregulho solto, muitas subidas e descidas na beira de precipicios que no escuro não dava para ver o fundo. Além disso, inúmeras pontes de madeira em mau estado de conservação. E tudo isso de noite. Coisa de malucos mesmo.
    Depois de seis horas na estrada e tres de completa escuridão, só iluminada pelos farois das duas motos, avistamos as luzes de Uiramutã e comemoramos.
    Tão logo chegamos, procuramos o Hotel Monte Caburai do Chico Tala (por sorte eu tinha reservado dois "apartamentos" com ar condicionado, um luxo na cidade).
    Cumprimentei o Osmar e a Terezinha, pela conquista do Cardeal Fazedor de Chuva, e imagino que sejam os primeiros a desbravarem os quatro cantos do Brasil.
    Nos acomodamos e o jantar que tinha sobrado era arroz frio, ovo caipira frito, carne, que confesso não saber de que bicho era. Um jovem, visivelmente bebado, nos pagou uma rodada de cerveja e de quebra, acabou jantando conosco.
    Depois da janta regada a cerveja, o Osmar marcou território dos FC adesivando a caixa registradora do hotel.
    Confesso que mal cheguei na cama e desmaiei.
    O município de Uiramutã, situado nas coordenadas geográficas 60º 09' 93" de longitude Oeste e 04º 35' 68" de latitude Norte, antes denominado Vila do Uiramutã, pertencia ao Município de Normandia. Foi emancipado em Outubro de 1995.
    É o Município mais ao norte do Brasil, compondo a tríplice fronteiraBrasil/Venezuela/República Federativa da Guiana. É também o Município com a maior população indígena do Estado de Roraima, subdividida em duas etnias - Ingaricó e Macuxi. A maior parte de sua população é indígena.
    Dentre as diversas vilas existentes, as principais são: Água Fria, Mutum e Socó. Diversas condições desfavoráveis implementadas por várias décadas, contribuíram para a colocação da região de Uiramutã, aos mais baixos índices de desenvolvimento humano do Brasil (I.D.H).
    Está situado no extremo norte do Estado e do País, numa das mais lindas regiões da Terra de Macunaíma, faz fronteira com dois países (Venezuela e República Cooperativista da Guiana).
    Este município surpreende pela sua singularidade cênica e seu potencial turístico é indiscutível.
    Principalmente, as cachoeiras com piscinas naturais possibilitando a prática de turismo aventura, dentre as cachoeiras se destacam as: Cachoeira do Aparelho, das Caveiras, das Andorinhas, Apertar da Hora, da Fumaça, Sete Quedas, Jauari, Tiporem, do Mutum, Rabo do Jacu e do Japó, dentre outras e o Pico do Sapã.
    Possui inúmeras serras, dentre elas a Serra da Mara, Uarund Kaieng, do Maturuca, do Uailan, do Marari, Saporã, do Cavalo, do Rato e Serra Verde. Porém, as mais importantes são: Monte Caburai, que é o ponto mais extremo do norte do Brasil (olha o Cardeal aí gente), e onde se encontra a nascente do rio Uailã, e a Serra do Sol onde vivem os índios Ingarikó, privilegiados pela beleza do Monte Roraima, com 2.875 m de altura , da cachoeira do Rebenque e da Pedra de Macunaíma.
    A maior parte dos quase 9 mil uiramutansense é indígena, distribuída em várias malocas que fazem parte da reserva indígena Raposa Serra do Sol.
    A região é tradicionalmente rica em ouro e diamante e apresenta potencial para a pecuária e para culturas agrícolas tradicionais. Além desses aspectos, as belezas naturais do Município podem vir a transformá-lo num expressivo pólo turístico, representando sua principal vocação econômica.
    Enfim, a criação do Município de Uiramutã coincide com término da prática de exploração mineral, que pôr várias décadas vinha sendo a principal atividade econômica da região, que era praticada sem nenhuma observância aos critérios de sustentabilidade social e ambiental. Em razão disso, é possível verificar uma diversidade de impactos ambientais negativos, ocorridos nos últimos vinte anos, em diversas áreas, a exemplo de áreas fragmentadas, rios assoreados, erosões, meios de produção insustentáveis, escassez da fauna e flora.
    Notadamente, o recém criado Município restou apenas a difícil tarefa de reorganizar a economia redirecionando-a para que pudesse caminhar rumo à sustentabilidade econômica,
    social, cultural e ambiental. (fonte: Seplan/RR).
    No dia seguinte acordamos cedo. Tomamos o café e descartamos visitar cachoeiras (Uiramutã é conhecida como a terra das cachoeiras) pois nesta época do ano os rios estão secos e elas deixam de ser atraentes.
    Mais uma vez recorremos ao abastecimento de gasolina em garrafas pois não há posto de combustível em Uiramutã.
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    Como de praxe, fomos até a prefeitura local para as fotos.
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    Também não foi novidade não encontrar placas que indicassem que ali era a prefeitura. De qualquer modo, fotografamos a placa na parede e conversamos com o secretário de administração (o prefeito estava em Boa Vista).
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    Aproveitamos ainda para içar o pavilhão nacional e tirar outras fotos do local.
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    E assim iniciamos a volta. No caminho com o dia claro nos demos conta do grau de dificuldade pelo qual passamos na noite anterior. Muitas subidas e descidas na beira de precipicios, muitos buracos e pedras soltas pelo caminho além das inúmeras pontes de madeira mal conservadas. Não bastassem estas dificuldades, é muito comum encontrar bois e cavalos que são criados sem cercas pelos habitantes locais, em sua maioria indígenas.
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Nome:	         Mais uma ponte.jpg
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    Depois de tres horas comendo poeira, chegamos à BR 174 e epois de outro reabastecimento no KM 100, chegamos a Boa Vista onde deixei o Osmar e a Terezinha no Consulado da Guiana para finalizarem a documentação para ingresso na Guiana.
    Queria por último agradecer a companhia maravilhosa dos GCFC Osmar e Terezinha nesta etapa. Que Deus os abençoe e proteja-os nestas andanças pelo mundo.
    Última edição por Cezar Riva; 09-02-13 às 13:33.

  3. #43
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    Mar 2011
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    FC Cezar, não me resta outra alternativa que não seja a de mandar uma camisa de força para te colocar, claro que juntamente com os GCFC Osmar e Terezinha, no primeiro hospício que encontrarem. Talvez na Reserva Raposa Serra do Sol, já bastante encrencada entre os índios e os caras pálidas, seja o lugar mais adequado para interna-los.

    Parabéns pela aventura gigantesca efetuada e se não me seguro, se não tenho um mínimo de juízo, como dizemos aqui na região, pego a moto e "carco" em direção deste ponto extremo do nosso país, para me abraçar com vocês.

    Simplesmente, fiquei sem fôlego ao ler os relatos e ao mesmo tempo, com a boca cheia de água para viver a mesma experiência que vocês viveram.

    Mil vezes parabéns e peço que abras um tópico referente o Cardeal Fazedor de Chuva e coles esta etapa da viagem neste novo desafio que começaste.

    Agora já são dois!

    Quem mandou?

    Há algum tempo enviei via email privado, por dentro do site (basta clicar em cima do nome e ficar atento no Notificações para ver a quantidade de emails recebidos), uma sugestão de nome, conforme tua solicitação, para o teu Valente FC e agora o procurei no arquivo e não o encontrei, por te-lo esvaziado. Poderias dar uma olhada lá em cima onde aparece o teu nome, quando logado, em Notificações e verificar se este email se encontra na tua caixa?

    Espero que o churrasco tenha ou esteja sendo ótimo e como dizem os FC no conceito de Almas Inquietas:

    Almas inquietas, aprocheguem-se para uma boa prosa em volta de nossa fogueira.

    Há taças de bom vinho para todos e sorrisos sinceros!


    Obrigado por todo o carinho FC Cezar!

  4. #44
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    FC Cezar, GCFC Osmar e Terezinha, que aventura!

    Provam para este mero leitor, neste momento no conforto de um sofá na concessionária VW Disbrave em Brasília... Que não importa onde, quando ou como, basta uma breve pesquisa e encontramos aventuras inusitadas aqui mesmo no nosso Brasil, ainda mais impulsionados pela provocação dos desafios tão bem dispostos pelos Fazedores de Chuva...

    FC Cezar, sem dúvida um belo passo conquistou um dos pontos cardeias mais complicados de ser conquistado e de bônus algumas cidades do caminho para compor sua lista de VALENTE, que em breve estará concluída, mas como o GCFC Dolor mencionou, este é apenas o começo, muitos outros lhe esperam...

    Boa sorte Fazedor de Chuva e bom retorno para casa. Nos vemos na estrada!

  5. #45
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    Sep 2012
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    Obrigado Dolor,
    As dificuldades deste trecho foram superadas pela agradabilissima companhia do Osmar e da Terezinha.
    Vou abrir novo tópico seguindo sua recomendação.
    Grande abraço e continuo te esperando em Roraima.

  6. #46
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    Sep 2012
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    Grande abraço Jhonny,
    Espero por você em Roraima.

  7. #47
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    FC Cezar,

    Boas as estradas de terra nesta época. Parabéns por mais uma etapa cumprida!

  8. #48
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    Valente fazedor de chuva - roraima

    2º/15 - 26/01/2013 - Municipio de Cantá - (85 km ida e volta)

    Com muita dor no pulso esquerdo (consequencia de queda no futebol) decidi fazer hoje um trajeto pequeno indo até o vizinho Municipio de Cantá.
    Parti as 10h atravessando a Ponte dos Macuxis sobre o Rio Branco. Próximo da ponte, várias empresas fazem a extração de areia utilizando balsas com dragas e na cabeceira da ponte é comum encontrar muita areia sobre o asfalto, consequência do grande número de caminhões que ali passam carregados com este material. Há que se tomar cuidado pois derrapagens são comuns naquele local.
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Nome:	         Extraçao de areia no Rio Branco.jpg
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    Como estamos no verão, a vazante do Rio Branco deixa a mostra imensos bancos de areia no meio do leito formando praias naturais durante os meses de outubro a abril. Em alguns locais é possivel atravessar a pé, praticamente toda extensão.
    O tempo contribui e apesar de nublado, não há previsão de chuva. Aliás, na região amazônica só há duas estações climáticas no ano: o verão, caracterizado por longos períodos ensolarados e muito quente e o chamado inverno, época em que chove todo santo dia. No Amazonas, geralmente chove de novembro até maio e em Roraima de abril a setembro, razão pela qual costuma-se dizer que “quando pára lá, começa cá”.
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Nome:	         Banco de areia no Rio Branco.jpg
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    Tomei a BR 401 até o entroncamento com a BR 432 e dali parti para o Cantá. Com a rodovia em boas condições, porém com muitas ondulações, o trecho requer alguns cuidados pois há curvas acentuadas e uma ponte de madeira onde só passa um veículo por vez.
    Nome: Ponte de madeira.jpg Visitas: 15 Tamanho: 96,6 KB
    Ao longo do trajeto é possivel observar a típica vegetação do lavrado roraimente. O caimbé é planta nativa e presente em todos os lugares. Trata-se de uma árvore pequena e retorcida com folhas grossas e ásperas muito utilizada no interior e comunidades indígenas para limpeza de panelas pois sua ação é semelhante à palha de aço. Outra planta típica da região é o buritizeiro, palmeira que só cresce nas margens de pequenos igarapés ou lagoas. Do fruto do buriti se extrai a polpa para sucos, sorvetes e cosméticos além de ser muito apreciado por animais roedores como cutia, paca e capivara que se alimentam deles.
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Nome:	         Caimbés.jpg
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    Na entrada da pequena cidade descobri que o temporizador da minha câmera não está funcionando e como fui sozinho, o jeito é tirar foto apenas da moto ao lado da placa que indica onde chegamos.
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Nome:	         Entrada do Canta.jpg
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    Esta rodovia, que passa por dentro da cidade, em seu traçado original, pretendia ligar em uma linha reta Boa Vista ao sul do estado, mas com o passar dos anos, apenas um pequeno trecho de 50 quilometros foi asfaltado, permanecendo quase 250 quilômetros sem qualquer pavimentação. Este trecho durante o período chuvoso torna-se intrafegável e quem mais sofre são os produtores rurais que não tem como escoar seus produtos.
    Cantá é um pequeno município no centro leste de Roraima e que surgiu no final do século XX através da Colônia Brás de Aguiar, composta basicamente por imigrantes nordestinos e recebeu essa denominação em homenagem ao capitão-de-mar-e-guerra, Brás Dias de Aguiar, que foi um importante geógrafo e demarcador das fronteiras brasileiras. Dados do Ministério da Defesa, (2004), mostram que a Colônia Brás de Aguiar, foi criada, com a finalidade de abastecer Boa Vista, com produtos de primeira necessidade, principalmente arroz e mandioca. Mais tarde passou a se chamar Vila do Cantá, até que em 1995 se tornou município.
    Ao chegar na prefeitura nova decepção. É a segunda prefeitura que visito que não tem placa de identificação. Aliás, a do Cantá até tem, mas a lona está rasgada.
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Nome:	         Descaso no Canta.jpg
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    Aproveitei a passagem de dois garotos e pedi a eles que me fotografassem em frente do prédio junto com o Lucas, um indígena de uma comunidade próxima.
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Nome:	         Placa PM Cantá.jpg
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    A passagem pela cidade e relativamente rápida. Não há muito que se ver, pois 85% da população mora na área rural.
    A exemplo de outros municípios do Estado de Roraima, Cantá padece com a falta de investimentos públicos e privados. A pequena cidade de 14 mil habitantes tem sua economia baseada na agricultura e pecuárias de pequenos produtores cantaenses alem da extração e beneficiamento de madeira.
    Dentro da área do município, encontramos as terras indígenas da Taba Lascada e Muriru onde habitam povo da etnia Wapixana.
    http://goo.gl/maps/QtclM
    Durante a volta, é possivel observar barracos de lona e palha nas margens do Rio Branco. É a Vila Vintém, comunidade de oleiros que fazem tijolos artesanalmente. Quando o Rio Branco está cheio, alaga e inunda toda a comunidade. Quando as águas começam baixar com a vazante, os oleiros começam a produzir os tijolos com o barro deixado pelo rio nos inúmeros poços escavados na margem esquerda.
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Nome:	         Vila Vintem.jpg
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ID:      	12071
    Finalizo assim mais uma etapa do Valente Fazedor de Chuva, voltando para Boa Vista para um belo churrasco com a família.

    Valente Fazedor de Chuva - Roraima

    01º/15 -Dia 19/01/2013 – Alto Alegre (185 km ida e volta)

    Meu primeiro objetivo do Valente FC é chegar a Alto Alegre distante 90 quilometros de Boa Vista.
    Como é período de férias, vários amigos estão viajando, razão pela qual posso contar somente com a companhia do meu amigo José Simão, o Tiranossauro Rex e sua Harley.
    Partimos as 10:30 horas pela RR 205. A rodovia estadual tem seus primeiros 45 km com asfalto de boa qualidade até a ponte do Igarapé Au Au. A partir dali começa trecho de muitos buracos e em outros lugares parece que a pista recebeu apenas lama asfaltica, deixando o pavimento com ondulações, algumas no mesmo sentido da pista, exigindo maior atenção do piloto, pois a motocicleta tende a desviar seu trajeto.
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Nome:	         Entrada de AAlegre.jpg
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ID:      	12059
    Por volta do meio dia, entramos na pequena cidade e procuramos a prefeitura local. Com informações de transeuntes, localizamos o prédio que estava fechado, afinal era sábado. Não havia nenhuma placa que identificasse o local e tiramos uma foto através da grade.
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Nome:	         PM AAlegre.jpg
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ID:      	12060
    Conversamos com um vigia que nos disse que o novo prefeito havia retirado a placa “para fazer uma melhor”. Aproveitamos então para fotografar o prédio do Fórum de Justiça que fica ao lado da prefeitura.
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Nome:	         Eu no Forum de AAlegre.jpg
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    Enquanto fotografávamos o local, fomos informamos que em uma das casas próximas morava um dos fundadores da cidade e que o mesmo era o pai do atual prefeito. Não hesitamos e fomos bater um papo com a senhora Rosimar, esposa de Pedro Costa que nos contou algumas histórias. Seu Pedro sofreu um AVC há pouco tempo e não pode conversar conosco. Aproveitamos então para uma foto com o simpático casal.
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Nome:	         Pedro Costa e nós.jpg
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    O povoado que deu origem ao município, foi formado a partir da Colônia agrícola “Coronel Mota”, composta por imigrantes japoneses que abasteciam a capital com produtos hortifrutigranjeiros.
    Em 1977, foi emancipado à vila e, em 1º de julho de 1982, passou a município, desmembrando-se de Boa Vista.
    Tem sua base populacional dividida entre indígenas e nordestinos vindos principalmente do Maranhão. Apresenta três áreas de terra indígena e grupos indígenas respectivamente: Anta, Barata/Livramento, Boqueirão, Raimundão, Truaru com índios
    Macuxi/Wapixana); Mangueira, Pium, Sucuba (Macuxi) e Yanomami (Yanomami).
    O gentílico do município é alto alegrense.
    http://goo.gl/maps/EIoJ5
    Com o adiantado da hora, resolvemos almoçar na cidade. Achamos um pequeno restaurante onde foi possivel comer um bife com arroz e feijão.
    Na volta, observamos melhor a paisagem, composta basicamente por grandes fazendas de gado de corte. É muito comum nesta época do ano, atearem fogo para renovação das pastagens. É desolador percorrer vários quilometros observando queimadas.
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Nome:	         Queimadas 3.jpg
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    Chegando a Boa Vista, meu amigo Zé faz um sinal de que sua HD estava com problemas. Parei e ele encostou dizendo que várias luzes estavam acesas no painel. Desligou a moto e ai não teve jeito de fazê-la funcionar novamente. Por sorte estávamos na entrada da cidade e tivemos que chamar o Naldo, nosso mecânico para fazer o socorro. Nos últimos cinco quilometros, a HD do Zé foi rebocada.
    Fechei assim o primeiro trecho do desafio com 185 km percorridos. Restam outros 14 municipios pela frente.

  9. #49
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    Sep 2012
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    Valente Fazedor de Chuva - Roraima

    3º/15 - 02/02/2013 - Municípios de Boa Vista - Mucajai - Iracema - Caracarai ( 270 km ida e volta)

    O sábado amanheceu carancudo. Apesar de moça do tempo ter anunciado na TV ontem a noite que não choveria em Roraima nos próximos 15 dias, não é o que está me parecendo.
    Durante a semana convidei o Mauro, amigo do Roraima MC do qual faço parte para fazer este trecho comigo. Haviamos combinado sair as 10h30min com destino a Caracaraí a 135 km e na volta passaríamos por Iracema e Mucajai.
    http://goo.gl/maps/HjzTC

    Levantei cedo e fui para a Prefeitura de Boa Vista fazer a foto oficial.
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Nome:	         Placa PMBV.jpg
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    Conforme o Censo IBGE 2010, Roraima conta com pouco mais de 450 mil habitantes, dos quais 284 mil estão na capital Boa Vista. Única capital brasileira situada no hemisfério norte, Boa Vista está localizada a 770 km de Manaus cujo único acesso rodoviário se dá pela BR 174, hoje totalmente restaurada.
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Nome:	         PMBV.jpg
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    Nome: DSC_7694.jpg Visitas: 19 Tamanho: 44,2 KB
    De Boa Vista é possível ir para a Guiana (130 km), Suriname e Guiana Francesa, reentrando no Brasil pelo Oiapoque. Também pode-se ir para a Venezuela (210km) e de lá para toda América do Sul.
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Nome:	         Boa Vista _Aérea.jpg
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    Tivemos época em que os buracos nesta estrada eram tão grandes que cabiam tranquilamente uma motocicleta. Não bastasse isso, há dois anos, Roraima registrou a maior enchente dos últimos 30 anos e a BR 174 teve vários trechos alagados, deixando Boa Vista e outros municípios ilhados. Faltou comida, gás e combustíveis. Tivemos que apelar para Venezuela.

    Partimos as 11h e duas horas já estávamos em Caracaraí.

    4º/15 - CARACARAI
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Nome:	         Cezar e Mauro Caracarai.jpg
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ID:      	12075
    O nome da cidade de Caracaraí, criado em 1955, vem de origem de um pequeno gavião que habita o centro-sul de Roraima. O povoado surgiu no local de descanso dos condutores de gado que saiam do antigo município de Moura, que deu origem ao Território do Rio Branco, mais tarde Território de Roraima e hoje Estado de Roraima.
    Historicamente, conhecido como Cidade Porto, é suporte de abastecimento de Roraima, principalmente com derivados de petróleo transportados em balsas desde a refinaria em Manaus.
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    Toda região amazônica é caracterizada pelo transporte fluvial de pessoas e cargas. As balsas que partem de Manaus pelo Rio Negro, adentram ao Rio Branco e chegam somente até Caracarai. Em razão das características do Rio Branco,com muita pedra, bancos de areia e corredeiras, não há como continuar a navegação de grandes embarcações a partir desta cidade.
    O mais importante produto da época era a produção de gado, que era embarcada em batelões na cidade de Caracaraí, em direção a cidade de Manaus, que por sua vez abastecia Roraima com aviamentos a bordo dos mesmos batelões ao retornarem.
    O município é cortado pela rodovia federal BR-174 que liga Boa Vista a Manaus e à Venezuela. Este município é detentor de elevados percentuais de áreas protegidas e possui uma reserva indígena de aproximadamente 7.638,06 Km2, onde vivem as etnias Wai-Wai, Wapixana e Yanomami.
    A grande vocação natural do município de pouco mais de 18 mil habitantes é a pesca, sendo o maior produtor do Estado.
    Quanto aos atrativos turísticos do Município os principais são as Unidades de Conservação - (UC’s), como as estações Ecológicas de Caracaraí e de Niquiá, parques Nacionais do Viruá e Serra da Mocidade, Floresta Nacional de Roraima, e, ainda, o Projeto de Preservação de Quelônios, todos sob a jurisdição do IBAMA e a queda d'água do Bem Querer, com vestígios arqueológicos.
    A estação Ecológica de Caracaraí possui um atrativo de grande importância para a atividade do ecoturismo, dadas as inigualáveis oportunidades de observação da flora e fauna pois, corrobora uma parte atípica da Amazônia Ocidental. O acesso é por barco pelo Baixo Rio
    Branco.
    Já a Estação Ecológica de Niquiá, além dos atrativos anteriores e de sua natureza exuberante, o local está repleto de lendas devido o imaginário popular e das culturas indígenas.
    Quanto as Corredeiras do Bem Querer são ideais a prática de canoagem e caiaque no Médio Rio Branco, devido ser o único trecho do rio em que há grande quantidade de blocos de rochas formando corredeiras e cachoeiras durante o verão. Nas formações rochosas há pinturas rupestres e vestígios dos primitivos habitantes da região. O acesso é pela BR-174, com entrada próxima à sede do município. A estação é visitada por turistas locais e estrangeiros.
    Outro atrativo turístico é o Complexo Ecoturístico Ilha do Jaru, além das belezas cênicas o local apresenta boa infraestrutura para o atendimento aos turistas.
    A fome é grande e resolvemos almoçar na beira do Rio Branco. É claro que o prato só poderia ser peixe e aproveitamos para pedir um escabeche de filhote (peixe de couro branco parecido com o surubim, porém sem as pintas) e exageramos.
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    Depois do almoço fomos ao centro cívico, imensa rotatória onde no centro encontra-se o prédio da Câmara Municipal e a Prefeitura. Eu já ia pensando que, a exemplo das duas prefeituras anteriores, não haveria placa indicando a prefeitura. Dito e feito. Parece que todos os prefeitos resolveram descaracterizar os prédios tão logo assumiram o posto em janeiro.
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    Parece que estão querendo me sabotar. Não me dei por satisfeito e, apesar de não ter expediente, achei uma porta aberta e entrei. Localizei a tradicional placa e click. Eu estive aqui!
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    Nos damos por satisfeitos e iniciamos a volta.

    5º/15 - IRACEMA
    Este pequeno município de 9 mil habitantes situado às margens da BR 174 tem sua economia baseada na agricultura, sendo um dos principais produtores de melancia do estado.
    O Município de Iracema foi criado em 1994. O nome do município homenageia a esposa do primeiro morador, o hospitaleiro Sr. Militão Pereira da Costa. Foi constituído a partir das terras desmembradas do Município de Mucajaí. Suas principais vilas são: São José, São Raimundo, Apuruí, Vila Iracema (sede) e Campos Novos.
    Sua economia é basicamente agrícola, possui cooperativas no escoamento da produção.
    Este município abriga parte da reserva Indígena Yanomami, ocupando 80% do seu território.
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    O calor estava de matar e paramos na entrada da cidade para tomar uma água mineral. Confesso que não entendo esta conta: Aqui, uma garrafa de água produzida em Belém (a 2.500km) custa R$ 1,75. Uma garrafa de água mineral produzida em Boa Vista (a 100 km) custa os mesmos R$ 1,75. Assim não dá para ajudar a economia local.
    Tomamos água paraense e logo depois procuramos o prédio da prefeitura que para variar estava fechado, afinal é sábado.
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    Agora sim dá para identificar melhor o local.
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    Depois da foto oficial, rumamos para Mucajai com o tempo indicando claramente que faríamos chuva pelo caminho.

    6º/15 - MUCAJAÍ

    Trata-se de município com quase 15 mil habitantes e cujo nome na linguagem indígena significa côco pequeno.
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    Como de praxe, passamos na prefeitura e registramos nossa presença. Estamos acostumados a fazer o bate-volta em Mucajaí para comermos uma deliciosa galinha caipira em alguns fins de semana.
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    Criado em 1982, o município teve sua origem em 1951 como Colônia Agrícola. Teve seu crescimento atrelado à construção da BR-174. Com a instalação da Unidade do 6° BEC em 1970, foram construídas casas para as famílias dos operários, originando um núcleo comercial e também sendo parada obrigatória dos viajantes que esperavam pela balsa, bem como, para descanso e abastecimento. Sendo próximo a capital, com um potencial madeireiro bem expressivo e as atividades agrícolas propicias atraíram novos moradores.
    O rio Mucajaí que passa ao lado, deu origem ao nome do Município.
    Pelos estudos do SEBRAE-RR, as primeiras famílias a chegarem a Mucajaí foram as de Raimundo Germiniano de Almeida, Joaquim Estevão de Araújo, Genésio Rufino, Lindolpho Braga Pires e Chagas Pinto, oriundas do nordeste. Na época, não havia estradas e o único meio de transporte era o fluvial.
    Em março o município encena a Paixão de Cristo, data em que duplica a população da cidade.
    A economia mucajaiense é basicamente oriunda da agropecuária. Cabe ressaltar que todos os municípios roraimenses são ricos em minerais como o ouro, diamante, nióbio, dentre outros. Sabe-se ainda que o petróleo também pode ser explorado, mas parece que não há interesse do momento.
    No horizonte o céu escuro parecia adivinhar que tinha Fazedor de Chuva na estrada. Então, por que não homenageá-lo. E tome chuva.
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    Faltando 50 km para chegar em Boa Vista, debaixo de muita água, reduzimos a velocidade e encharcados, mas felizes, depois de mais uma etapa, voltamos para casa.
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    Última edição por Cezar Riva; 11-02-13 às 13:24.

  10. #50
    Data de Ingresso
    Sep 2012
    Localização
    Boa Vista - Roraima
    Posts
    203
    Valente Fazedor de Chuva - Roraima

    7º/15 - 07 e 08/02/2013 - Municipio de Uiramutã ( 600 km de ida e volta, dos quais 280 km sem asfalto)

    Há alguns dias aguardava os GCFC Osmar e Terezinha que chegaram a Roraima para o desafio Bandeirante FC e Cardeal FC.
    O Monte Caburaí se localiza no Municipio de Uiramutã e, como eu estou fazendo o Valente FC e o Cardeal FC, decidi fazer este municipio na companhia dos mesmos.
    De todos os municipios de Roraima, sem dúvida Uiramutã é o mais complicado. Partindo de Boa Vista, são 300 km de ida, dos quais apenas 160 asfaltado.
    http://goo.gl/maps/90kNc
    Com muitas subidas e descidas ingremes, sem pavimentação, eu já sabia que teríamos dificuldades pois este trecho sem asfalto leva cerca de tres horas para ser concluido.
    Combinei com o GCFC Osmar que partiriamos na tarde do dia 07, quinta-feira. Contudo, por necessidades profissionais, me atrasei e somente saímos de Boa Vista por volta das 15 horas tomando a BR 174 sentido Venezuela. A Boulevard ficou na garagem pois não há como ir para Uiramutã com uma moto custom. O jeito foi emprestar uma Lander 250 (espero que o dono não descubra por onde andei com ela ehehehe).
    No KM 100 paramos para o abastecimento de gasolina "alternativa" (como não há postos ao longo desta BR, muitas pessoas sobrevivem do descaminho de gasolina trazida da Venezuela, onde compram a preços muito baixos e revendem neste local e até em Boa Vista).
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    Depois do abastecimento percorremos mais 60 km e tomamos a RR 202 até a Vila Contão e depois a RR 171 até o Uiramutã.
    Nos primeiros KM a estrada parecia boa e conseguimos manter média de 55 km/h até chegar no entroncamento Placas (onde começa a Reserva Indígena Raposa Serra do Sol).
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    Começava a escurecer e não havia outro jeito senão tocar em frente pois tínhamos percorrido 160 km de asfalto e apenas 58 km de terra.
    Até ai tudo bem. Porém, a estrada começou a mostrar sua verdadeira cara. Muito pedregulho solto, muitas subidas e descidas na beira de precipicios que no escuro não dava para ver o fundo. Além disso, inúmeras pontes de madeira em mau estado de conservação. E tudo isso de noite. Coisa de malucos mesmo.
    Depois de seis horas na estrada e tres de completa escuridão, só iluminada pelos farois das duas motos, avistamos as luzes de Uiramutã e comemoramos.
    Tão logo chegamos, procuramos o Hotel Monte Caburai do Chico Tala (por sorte eu tinha reservado dois "apartamentos" com ar condicionado, um luxo na cidade).
    Cumprimentei o Osmar e a Terezinha, pela conquista do Cardeal Fazedor de Chuva, e imagino que sejam os primeiros a desbravarem os quatro cantos do Brasil.
    Nos acomodamos e o jantar que tinha sobrado era arroz frio, ovo caipira frito, carne, que confesso não saber de que bicho era. Um jovem, visivelmente bebado, nos pagou uma rodada de cerveja e de quebra, acabou jantando conosco.
    Depois da janta regada a cerveja, o Osmar marcou território dos FC adesivando a caixa registradora do hotel.
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    Confesso que mal cheguei na cama e desmaiei.
    O município de Uiramutã, situado nas coordenadas geográficas 60º 09' 93" de longitude Oeste e 04º 35' 68" de latitude Norte, antes denominado Vila do Uiramutã, pertencia ao Município de Normandia. Foi emancipado em Outubro de 1995.
    É o Município mais ao norte do Brasil, compondo a tríplice fronteiraBrasil/Venezuela/República Federativa da Guiana. É também o Município com a maior população indígena do Estado de Roraima, subdividida em duas etnias - Ingaricó e Macuxi. A maior parte de sua população é indígena.
    Dentre as diversas vilas existentes, as principais são: Água Fria, Mutum e Socó. Diversas condições desfavoráveis implementadas por várias décadas, contribuíram para a colocação da região de Uiramutã, aos mais baixos índices de desenvolvimento humano do Brasil (I.D.H).
    Está situado no extremo norte do Estado e do País, numa das mais lindas regiões da Terra de Macunaíma, faz fronteira com dois países (Venezuela e República Cooperativista da Guiana).
    Este município surpreende pela sua singularidade cênica e seu potencial turístico é indiscutível.
    Principalmente, as cachoeiras com piscinas naturais possibilitando a prática de turismo aventura, dentre as cachoeiras se destacam as: Cachoeira do Aparelho, das Caveiras, das Andorinhas, Apertar da Hora, da Fumaça, Sete Quedas, Jauari, Tiporem, do Mutum, Rabo do Jacu e do Japó, dentre outras e o Pico do Sapã.
    Possui inúmeras serras, dentre elas a Serra da Mara, Uarund Kaieng, do Maturuca, do Uailan, do Marari, Saporã, do Cavalo, do Rato e Serra Verde. Porém, as mais importantes são: Monte Caburai, que é o ponto mais extremo do norte do Brasil (olha o Cardeal aí gente), e onde se encontra a nascente do rio Uailã, e a Serra do Sol onde vivem os índios Ingarikó, privilegiados pela beleza do Monte Roraima, com 2.875 m de altura , da cachoeira do Rebenque e da Pedra de Macunaíma.
    A maior parte dos quase 9 mil uiramutansense é indígena, distribuída em várias malocas que fazem parte da reserva indígena Raposa Serra do Sol.
    A região é tradicionalmente rica em ouro e diamante e apresenta potencial para a pecuária e para culturas agrícolas tradicionais. Além desses aspectos, as belezas naturais do Município podem vir a transformá-lo num expressivo pólo turístico, representando sua principal vocação econômica.
    Enfim, a criação do Município de Uiramutã coincide com término da prática de exploração mineral, que pôr várias décadas vinha sendo a principal atividade econômica da região, que era praticada sem nenhuma observância aos critérios de sustentabilidade social e ambiental. Em razão disso, é possível verificar uma diversidade de impactos ambientais negativos, ocorridos nos últimos vinte anos, em diversas áreas, a exemplo de áreas fragmentadas, rios assoreados, erosões, meios de produção insustentáveis, escassez da fauna e flora.
    Notadamente, o recém criado Município restou apenas a difícil tarefa de reorganizar a economia redirecionando-a para que pudesse caminhar rumo à sustentabilidade econômica,
    social, cultural e ambiental. (fonte: Seplan/RR).
    No dia seguinte acordamos cedo. Tomamos o café e descartamos visitar cachoeiras (Uiramutã é conhecida como a terra das cachoeiras) pois nesta época do ano os rios estão secos e elas deixam de ser atraentes.
    Mais uma vez recorremos ao abastecimento de gasolina em garrafas pois não há posto de combustível em Uiramutã.
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    Como de praxe, fomos até a prefeitura local para as fotos.
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    Também não foi novidade não encontrar placas que indicassem que ali era a prefeitura. De qualquer modo, fotografamos a placa na parede e conversamos com o secretário de administração (o prefeito estava em Boa Vista).
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    Aproveitamos ainda para participar do içamento da bandeira nacional no extremo norte do Brasil.
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    Além disso, outras fotos locais.
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    E assim iniciamos a volta. No caminho com o dia claro nos demos conta do grau de dificuldade pelo qual passamos na noite anterior.
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    Muitas subidas e descidas na beira de precipicios, muitos buracos e pedras soltas pelo caminho além das inúmeras pontes de madeira mal conservadas. Não bastassem estas dificuldades, é muito comum encontrar bois e cavalos que são criados sem cercas pelos habitantes locais, em sua maioria indígenas.

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    A concentração na pilotagem era permanente pois o menor descuido poderia resultar em um tombo com sérias consequências, principalmente nas subidas e descidas ao lado dos precipícios.
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    Depois de tres horas comendo poeira, chegamos à BR 174 e depois de outro reabastecimento no KM 100, chegamos a Boa Vista onde deixei o Osmar e a Terezinha no Consulado da Guiana para finalizarem a documentação para ingresso na Guiana.
    Deixo aqui o meu agradecimento pela companhia maravilhosa dos GCFC Osmar e Terezinha nesta etapa. Que Deus os abençoe e proteja-os nestas andanças pelo mundo.
    Finalizo assim a primeira etapa do Cardeal Fazedor de Chuvas e mais um municipio de Roraima para o Valente Fazedor de Chuva.
    Última edição por Cezar Riva; 12-02-13 às 11:45.

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