Olá Vladimir, muito gratos pelas bondosas palavras. É um grande orgulho pertencermos à elite do motociclismo mundial.
GGCCFFCC Osmar e Terezinha
Voces dois sao uma inspiracao Osmar e Teresinha...
Na volta lembre-se de passar por sao paulo OK?
Grande Cacique Fazedor de Chuva
Prudhoe Bay, Alaska - Ushuaia, Argentina em um mesmo ano:2010
Nascente FC-feito em 2013 com a Marcia
Rodoviário FC - BR-153 e BR-101, ambos feitos em 2015 com a Marcia
Iron Butt Association member feito em 2002 nos USA
http://www.2wheelsadventure.com
Olá Elton, boa noite! Muito grato pelo convite. Passaremos por aí sim. Grande abraço,
GGCCFFCC Osmar e Terezinha
...no centro da cidade de Oiapoque, às margens do rio de mesmo nome, encontramos um marco, muito bonito, bem conservado, iluminado, com Bandeira do Brasil hasteada, e com os dizeres: “Município de Oiapoque. Aqui começa o Brasil”, e com trechos do nosso Hino Nacional. Não tivemos dúvida: fotografamos para marcar nossa passagem pelo local, pois vai que algum inconformado consiga trazer de volta para cá o ponto extremo norte do Brasil.
Agora, eu e Terezinha já podemos dizer que fizemos “do Oiapoque ao Chuí”, de moto.
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GCFC e CFC Osmar e Terezinha, isso é que é carimbar o certificado.
Frente e verso e assim não se dá chance para qualquer oportunidade de se deslocar este ponto da cruz do Brasil
Parabéns e logo seguiremos as pegadas de vocês!
Continuando as postagens neste espaço, referentes aos pontos visitados na perseguição ao desafio Cardeal Fazedor de Chuva, e já que estamos em Porto Alegre, vamos aproveitar a ocasião para cumprirmos a etapa Sul, visitando o ponto extremo sul do Brasil.
O Farol do Chuí, da Marinha do Brasil
Terça-feira, 18 de dezembro de 2012.
A saída de Porto Alegre pela manhã foi bem tranquila, sem engarrafamentos, apesar de ser horário de pico no trânsito. Num instante alcançamos a ponte sobre o Rio Guaíba, e dali pela BR 116 até Pelotas, e depois pela BR 392 até a cidade de Rio Grande.
Acesso à Ponte do Guaíba, em Porto Alegre
A cidade de Porto Alegre, vista da Ponte do Guaíba
Em Rio Grande, paramos para visitar os amigos Serra e Manja, que conhecemos em janeiro último em viagem pela Carretera Austral, no Chile. Na ocasião, nós estávamos de carro, um Hyundai IX35, e eles de moto, uma Yamaha Super Ténéré 1200. Como é bom rever os amigos. E Manja nos brindou com excelente almoço, com churrasco, de costela de rês.
Nossa visita foi rápida. Como tínhamos hotel reservado no Chuí para aquela noite, combinamos esticar o papo na volta, isto porque ainda tínhamos cerca de duzentos e cinquenta quilômetros pela frente, até chegarmos ao extremo sul do Brasil, o Arroio Chuí, na divisa com o Uruguai.
Com os amigos Lili, Manja e Serra, na cidade de Rio Grande
O Banhado do Taim
Chegando na cidade de Chuí, fizemos o check-in no Hotel Bertelli (www.bertellichuihotel.com.br/), e partimos logo em busca do tal ponto extremo meridional. Na localidade de Barra do Chuí, onde o arroio do Chuí deságua no Oceano Atlântico, visitamos o Farol da Barra do Chuí, da Marinha Brasileira, onde fomos informados pelo faroleiro, que o ponto extremo sul, acessível para moto, é a ponte sobre o arroio na Avenida Uruguai, que liga as localidades de Barra do Chuí, no Brasil e Barra Del Chuy, no Uruguay.
Entrada para o Farol do Chui
O Farol do Chuí, mantido pela Marinha do Brasil, em plena atividade, está localizado na foz do Arroio Chuí, exatamente no extremo sul do litoral brasileiro. Como se pode observar nas fotos em anexo, o local é muito bem conservado, e aberto à visitação do público em geral. Chegamos ao local fora do horário, mas mesmo assim fomos muito bem recebidos pelo faroleiro, que não só permitiu nossa entrada no recinto, como nos passou todas as explicações necessárias, tanto sobre o farol em si, como sobre a localização do dito.
Parabéns à Marinha do Brasil!
Mais uma do Farol
O Arroio Chuí é, frequentemente, citado como o ponto mais meridional do Brasil, mas isto não é totalmente exato, pois o nome designa todo o rio e o verdadeiro extremo sul do país é apenas um ponto em seu trajeto. A localização exata desse ponto sem nome é uma pequena curva do arroio, aproximadamente 2,7 quilômetros antes de sua foz, a 33° 45' 03" de latitude sul e 53° 23' 48" de longitude oeste. A foz do arroio é o extremo sul do litoral brasileiro (Fonte: Wikipedia).
O Arroio Chuí se entregando ao Atlântico
Cabeceira da Ponte sobre o Arroio Chuí
Feitas as fotos de praxe, retornamos à cidade de Chuí e fomos às compras, digo, fazer um reconhecimento das lojas da Zona Franca, no lado uruguaio.
Para os que não conhecem a região, naquele ponto temos duas cidades homônimas: Chuí, no Brasil, e Chuy, no Uruguay, separadas por uma larga avenida de pista dupla. O canteiro central é a linha de fronteira dos dois países. A passagem de um país para outro, para a transposição de fronteira, na cidade, basta atravessar a rua. Simples assim.
A Zona Franca do Chuy é bem interessante, com várias lojas de artigos eletrônicos, joias, relógios, roupas, bebidas, perfumaria, cosméticos, brinquedos, alimentos industrializados, e etc., com preços bastante atrativos para nós brasileiros, e de ótima qualidade. É um lugar bastante tranquilo, sem aquela enxurrada de ambulantes e trombadinhas, onde você pode passear tranquilamente sem ser perturbado.
E como ninguém é de ferro, nada como um entrecote para finalizar o dia, no restaurante Los Leños. A carne uruguaia é maravilhosa.
Um bife de Entrecote. Delícia!
Quarta-feira, 19 de dezembro.
Dia de descanso. Bem, não exatamente descanso. Pela manhã fomos garimpar ofertas na Zona Franca de Chuy (lado uruguaio). Muita coisa bonita, muita coisa barata, mas, para felicidade geral da nação, pouco se pode comprar, pois não há como carregar na moto. Beleza! Meu cartão de crédito agradece.
Fiz duas constatações:
- É desnecessário ficar comparando preços nas diversas lojas. Todas vendem praticamente as mesmas coisas, por preços muito semelhantes. Para economia de tempo, dinheiro e paciência, o segredo é comprar tudo o que se quer logo na primeira loja que entrar. E, eventualmente, ir em outras, para completar as compras. O tempo ganho você pode usar bebendo uma Patrícia no bar-zinho da esquina.
- É mais vantajoso pagar em reais. As mercadorias estão com preço em dólar, e no caixa o câmbio era US$1,00 = R$2,00, enquanto que se pago com cartão de crédito, é utilizado o câmbio oficial (está mais de R$2,10), acrescido de IOF.
Feitas as compras (sempre se encontra algo para comprar), o restante do dia foi para curtir o Hotel Bertelli, um bom Carmenere e um especial queijo uruguaio. E assim o fizemos.
Continuando as postagens neste espaço, referentes aos pontos visitados na perseguição ao desafio Cardeal Fazedor de Chuva, e já que estamos em Porto Alegre, vamos aproveitar a ocasião para cumprirmos a etapa Sul, visitando o ponto extremo sul do Brasil. Retornando...
O Farol do Chuí
Quinta-feira, 20 de dezembro.
Véspera de final do mundo, segundo previsões maias. Hora de iniciarmos o retorno.
Amanheceu chovendo muito forte. Verdadeiro dilúvio. Será que os maias estavam certos? O mundo vai acabar em água? As previsões meteorológicas informam que vai chover o dia todo. O noticiário na TV dá conta que em Porto Alegre chove demais. E é naquela direção que iremos.
Arrumei as maletas (estão bem mais pesadas) na moto sem muita pressa, torcendo para que a chuva desse uma trégua, pelo menos na hora da saída. Dito e feito. Fizemos o trecho até Rio Grande praticamente no seco. Foi mais uma oportunidade de apreciar novamente as belezas da região, notadamente na Estação Ecológica do Taim.
Início da Reserva Biológica do Taim
Mais Banhado do Taim
Só não consegui entender, por aqui ali a rodovia é denominada BR 471, quando deveria ser BR 101, já que tem o sentido norte-sul, e seu traçado é pelo litoral.
Em Rio Grande, mais exatamente na localidade de Quinta, a melhor parte da viagem: visita (agora mais demorada) aos nossos amigos Serra e Manja, aqueles com quem almoçamos na terça-feira.
Passeando pela Ilha dos Marinheiros, na Lagoa dos Patos
Porto do Rey, na Ilha dos Marinheiros. Gente importante já andou por aqui!
Cais do Porto do Rey. Ao fundo, a cidade de Rio Grande
À tarde, de carro com os amigos, city tour pela região. Primeiramente, fomos conhecer a Ilha do Leonídio, e depois a Ilha dos Marinheiros, grandes produtores de verduras. Lá conhecemos uma bebida única: a jurupiga (ou jeropiga). Bebida típica da Ilha dos Marinheiros. Fabricada artesanalmente pelos primitivos habitantes portugueses da ilha, seus descendentes ainda hoje mantém as características desta deliciosa bebida. A Jurupiga é feita de sumo de uvas e álcool (20%), sendo envelhecida em bordalesas por período mínimo de três meses. Fabricação exclusivamente caseira. Provei e gostei. Levemente adocicada, de cor rosada, sabor típico de uva, servida em cálices, geladinha. Diz a lenda, que dita bebida é afrodisíaca.
A bebida típica da ilha
Jurupiga. O fabricante e Serra
Navio entrando no Porto de Rio Grande
Completando a tarde, conhecemos os molhes da barra e o super porto.
À noite, jantar de gala. Manja prepara camarões. Um casal de amigos motociclistas, Paulo e Sandra, dali de Rio Grande, nos acompanham. Estava maravilhoso: o jantar, e a conversa.
Jantar com os amigos: Sandra, Paulo, Serra, Lili e Manja
Sexta-feira, 21 de dezembro.
Resolvemos tomar um caminho diferente para voltar. Serra e Manja nos acompanham até o centro da cidade, onde tomamos a balsa para São José do Norte, e ali seguimos pela BR 101, com pavimentação asfáltica recentemente concluída, até Osório. Nesse trecho, a estrada segue por uma estreita faixa de terra, entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Tem pouco movimento, não tem pedágios, e em alguns locais o asfalto está esburacado.
A travessia de balsa demora pouco mais de meia hora e custa R$4,50 para moto. São oferecidos poucos horários por dia, o que desencoraja muita gente de tomar este caminho.
O até breve dos amigos. Saudades.
Na balsa, para São José do Norte.
Ao desembarcarmos da balsa, começa a chover. Chuva forte. Lembrei da previsão maia. Será?
Não tínhamos intenção de chegar em casa nesse dia, até porque saímos de São José do Norte já passava das dez da manhã, e mais de oitocentos quilômetros pela frente. Mas aos poucos fomos mudando de ideia e resolvemos encarar. Não nos agradava pensar em chegar num hotel, molhados, e no dia seguinte colocar aquela mesma roupa que por certo não secaria. O tempo todo debaixo de intensa chuva, finalmente chegamos em casa, oito e meia da noite, encharcados até os ossos. Mas foi uma boa tocada, tranquila, sem qualquer incidente.
A rodovia BR 101, próximo a Mostardas
A moto, nossa velha Harley Ultra 2009, não decepcionou. Mais uma vez, nos levou e trouxe de volta, com todo conforto e segurança. Zero de problemas.
Finalizando meu relato, quero deixar nossos sinceros agradecimentos aos amigos João Serra e Maria Ângela, Manja como carinhosamente é chamada, pela acolhida que tivemos em sua resi-dência, pelo carinho e hospitalidade que nos receberam. Muito obrigado. Esperamos algum dia recebê-los em nossa cidade, e quiçá, viajarmos juntos. Será uma honra.
Osmar e Terezinha
GCFC BFC CFC Osmar e Terezinha, nunca penso que a repetição dos elogios seja demais, nem cansativa, até porque só é submetido a eles ou as críticas, os ousados e os que se arriscam a tal.
Como a segunda opção é totalmente fora de cogitação, sobram os agradecimentos elogiosos pela disposição de vocês de conjugarem o verbo, exclusivo dos FC, "motociclar", especialmente no tempo presente, legando o pretérito como prova do já feito e conquistado.
Quantas vezes fui à Rio Grande e não me ative ao Porto do Rey, monumento histórico do nosso país, cuidado ou não, é secundário porque não tira a importância do fato, para citar uma entre tantas atrações que vou aprendendo, lendo estes relatos tão bem escritos.
Todas estas informações estou arquivando, como num grande roteiro, para permitir aos aventureiros prontos para partir, usufruirem os seus destinos nas suas plenitudes.
Por isso e por outras é que tantas almas vão se aquietando com vocês, como agora, neste tópico do desafio Cardeal FC, "Uiramutã, uma cidade longe demais", quando o primeiro milhar de visualizações é alcançado, inspirando todo estes corações onde o espírito da aventura faz moradia.
Parabéns e que outros milhares se aquietem neste ninho!
Grande Cacique, mais uma vez, muito obrigado por suas bondosas palavras a nosso respeito, e seus pertinentes comentários sobre aquilo que relatamos.
Refiro-me em especial ao Porto do Rey, representado por uma pequena placa, pregada em um poste e perdida em algum ponto de uma ilha na imensa Lagoa dos Patos. Este fato poderia passar desapercebido por alguns, mas não o foi pela nossa atenta fotógrafa, preocupada em registrar ao máximo as nossas andanças.
Outro fato curioso, e digno de lembrar, é que parece não darmos muita atenção e valor para as belas coisas que nos cercam, que estão próximas de nós. Talvez porque achamos que tudo o que está mais distante é mais belo. Algo parecido com o pescador, que lança sua isca para o outro lado do rio, procurando os maiores peixes. Se ele estivesse do outro lado do rio, com certeza jogaria seu anzol para o lado de cá.
Por fim, apesar de apreciarmos longas viagens, também desfrutamos os passeios pelas estradas do nosso Estado, e nos deleitamos olhando as fotos e lendo os relatos dos Valentes Fazedores de Chuva, que têm trazido ao nosso conhecimento, paisagens e fatos nunca antes imaginados.
Grande e forte abraço,
Osmar e Terezinha