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Continuando as postagens neste espaço, referentes às cidades/pontos visitados na perseguição ao desafio “Bandeirante Fazedor de Chuva”, segue-se relato de mais um dia no trajeto entre Boa Vista e Macapá, via Guianas.

Embarcando a moto para a travessia do Rio Oiapoque
A Conquista das Guianas: chegamos a Oiapoque
Quarta-feira, 20 de fevereiro.
N2 é a rodovia que liga Caiena a Saint Georges de l´Oyapock, na fronteira com o Brasil. Aproximadamente duzentos quilômetros de estrada boa, asfalto perfeito, sem buracos, sem surpresas nas entradas e saídas de pontes, pouco movimento, mas com muitas curvas. Tem-se a impressão de que quando construíram a rodovia, a maior preocupação foi não agredir a natureza, por isso ela é estreita e ondulada, acompanhando os caprichos do terreno, com poucos cortes em morros e quase nenhum aterro. E como tem acontecido nos últimos dias, a chuva foi nossa companheira. Mas não atrapalhou muito a viagem. Viajamos devagar, curtindo a paisagem e saboreando os últimos quilômetros faltantes para retornarmos ao Brasil. Estamos virando sapos.

A Rodovia N2, na Guiana Francesa. Pavimento impecável

Ponte estreita. Um veículo por vez

Cruzando a ponte estreita

A N2 corta a floresta amazônica

Chegando à fronteira

O Brasil está logo ali!
A saída da Guiana Francesa ainda é pelo centro da pequena cidade de Saint-Georges, onde está o prédio da PAF – Police aux Frontières, ramo da Police Nationale encarregado da vigilância de fronteiras, que funciona das 8 às 12 e das 14 às 18 horas, e onde se toma a balsa para a travessia do rio Oiapoque. Ou, na falta desta, via transporte alternativo.
A ponte que liga os dois países já está pronta, porém não pode ser utilizada porque ainda não foi inaugurada. Não foi inaugurada, porque o governo brasileiro não cumpriu sua parte no acordo para a ligação asfáltica entre os dois países. No lado da Guiana está tudo pronto: estradas e acessos asfaltados, instalações policiais, alfandegárias e de outros órgãos de controle. No lado brasileiro, nada! Nada de acessos, nada de instalações. Inclusive falta asfaltar cento e oito quilômetros da BR 156, que liga Macapá à cidade de Oiapoque. Inacreditável!
Mais tarde, já em Maceió, e conversando com o GCFC Omena, que fez esse trajeto ano passado, fiquei sabendo que é possível cruzar o rio pela ponte: basta forçar a barra um pouquinho, com o guarda da ponte, no lado da Guiana.

Instalações fronteiriças na Guiana Francesa

Terezinha foi conferir

Ao fundo, a ponte que liga os dois países, ainda não inaugurada

Ali está ela. Prontinha...

O centro de Saint Georges, na Guiana

O Rio Oiapoque, visto do centro de Saint Georges

Praça Central de Saint Georges

Repartição Pública na Guiana
A travessia do rio Oiapoque é feita através de uma balsa, mas como nesta época o movimento é pouco, ela quase não opera. Somente quando é solicitada, e custa 400 Euros a travessia. Isto significa que, se passar só a moto, tem que pagar integral. Dois ou mais veículos, dividem. Como só havia nós para passar, então, para a moto, a solução é o transporte alternativo, em pequenas canoas.
Existem dois grupos de “atravessadores” do rio. O amarelo (porque usam camiseta amarela) e o verde (camiseta verde), e que, quando vêem algum provável cliente, imediatamente começam a disputar quem levará. Depois de presenciar acirrada discussão, mútua troca de acusações, elogios e outras sutilezas, optamos por um grupo misto: chefe verde e dois auxiliares, um amarelo e um neutro. E eu reforçando a equipe. Custou 60 Euros, aí incluídas a carga e descarga. Sim, porque não é fácil colocar uma moto grande em uma canoa pequena, que não é apropriada para isso. Terezinha ficou encarregada de fotografar as operações de carga e descarga. E como sempre, o fez com muita competência. A chuva prejudicou um pouco a “fotografação” do desembarque, que foi feita à distância, de um abrigo próximo.
Moto embarcada, lá vamos nós em direção ao Brasil. A travessia demora em torno de meia hora, isto porque é necessário navegar rio acima, por uns três ou quatro quilômetros. Nesse ponto, o rio Oiapoque tem largura variando de trezentos a quinhentos metros, águas limpas, calmas, e intenso movimento de pequenas embarcações, tanto de pescadores em direção ao Oceano, quanto de ribeirinhos, turistas e motociclistas aventureiros.
Ao deixarmos a Guiana Francesa para trás, veio-me à lembrança um dos objetivos dessa viagem: visitar os três países da América do Sul que ainda não conhecíamos, ou seja, as Guianas, de moto. Tarefa cumprida!

Preparando para embarcar

Canoa (transporte alternativo) a postos

Rampa em posição

Todo cuidado é pouco!

E aos poucos ela vai se acomodando na canoa

Um trabalho de paciência

Já está quase lá!

Acertando os últimos detalhes...

Amarrando firmemente. Nós de marinheiro

Moto embarcada, aproveito para uma pequena faxina...

Conferindo a segurança

Minha vez de embarcar

Navegando...

Olhos atentos

A ponte ainda não inaugurada

Ali está, a cidade brasileira de Oiapoque

Desembarcando no Brasil

O desembarque é uma verdadeira operação de guerra

Finalmente!

A equipe. O chefe exibe orgulhoso os Euros merecidamente ganhos
Agora vamos para o objetivo seguinte: visitar e nele rodar de moto, o único estado brasileiro que ainda não conhecemos: o Amapá. Não querendo ser otimista, mas acho que cumprimos esse objetivo também, ao nos deslocarmos do desembarcadouro até o hotel, em Oiapoque. Foram apenas quinhentos metros, mas pertencentes ao Amapá.
No centro da cidade de Oiapoque, às margens do rio, encontramos um marco, muito bonito, bem conservado, com bandeira do Brasil hasteada, e com os dizeres: “Município de Oiapoque. Aqui inicia o Brasil”, e trechos do nosso Hino Nacional. Não tivemos dúvida: fotografamos para marcar nossa passagem pelo local.
Agora, eu e Terezinha já podemos dizer que fizemos “do Chuí ao Oiapoque”, de moto.
Estamos hospedados no Hotel Floresta (www.floresta.fr), telefones (96) 8807-6168, 3521-1250 e 4204-021, na margem do rio Oiapoque. Hotel simples, confortável, preço razoável e com vista privilegiada do rio. É muito usado pelo pessoal da GF, pois os avisos espalhados pelo hotel estão grafados em francês. E em português também.

O Rio Oiapoque, visto do Hotel Floresta

Aqui começa o Brasil!

Verás que um filho teu não foge à luta

A ponte, vista da cidade de Oiapoque

Mais uma para marcar bem nossa passagem por aqui

Trecho percorrido no dia de hoje: 184 km aprox.
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Continuando as postagens neste espaço, referentes às cidades/pontos visitados na perseguição ao desafio “Bandeirante Fazedor de Chuva”, segue-se relato de mais um dia no trajeto entre Boa Vista e Macapá, via Guianas.

Somos nós, e nossa sombra!
Macapá, a Capital do Meio do Mundo
Quinta-feira, 21 de fevereiro.
A BR 156 liga a cidade de Oiapoque, no Norte do Amapá, a Macapá, no sul. Nos mapas rodoviários, consta asfaltada em todos os 580 quilômetros.
Logo no início, nos primeiros 47 quilômetros, a estrada é muito boa. Pavimento impecável, nada de movimento. A rodovia corta a floresta, desenhando curvas graciosas que aumentam o prazer de pilotar. Não fosse a chuva forte que caia incessantemente, seria perfeito.

Assim estava nosso quarto no Hotel Floresta, em Oiapoque
Mas de repente, sem avisos, sem placas, o asfalto acaba e somos jogados naquilo que seria um dos piores trechos que já fizemos, durante toda a viagem. Andando em primeira marcha, e às vezes em segunda, avançávamos a dez, às vezes a vinte quilômetros por hora, quando muito. Não mais que isso. Buracos, pedras, trechos escorregadios, e atoleiros. Os temidos atoleiros. Tudo isso agravado por muita chuva. Por seis vezes, a situação exigiu que Terezinha descesse da moto para eu seguir só, até passar a região mais crítica.
Não contamos quantas pontes, mas seguramente são mais de meia centena. Pontes de madeira, com dois trilhos de três pranchas longitudinais cada, que são verdadeiras armadilhas, pois algumas estão separadas por uma brecha capaz de engolir e trancar o pneu dianteiro. Se isso acontecer, é queda na certa.
Esta agonia se arrasta por intermináveis 108 quilômetros, que demoramos mais de seis horas para percorrer, quando finalmente se atinge novamente o asfalto. O bom e velho asfalto. Agora é uma estrada nova, bonita, aqui e ali alguns operários fazendo trabalhos de acabamento ao longo da rodovia, e por ela iremos até Macapá, sem sobressaltos.

A BR 165, no Amapá, trecho asfaltado


Agora falta pouco!

Extensas plantações de eucaliptos...
Até a chuva é bem vinda, agora, em cima do asfalto. Penso que até me ajudará a tirar um pouco da lama que grudou na moto, nas botas, na roupa. Mas que nada. Só esfregando com água e sabão.
Pelo caminho, vi dois lugares para abastecimento: em Calçoene (tem que entrar na cidade) e em Tartarugalzinho. Neste último, já passando das três horas da tarde, o frentista nos ofereceu duas laranjas, já descascadas, como cortesia por termos parado ali para abastecer. Foi o nosso almoço. E com certeza, as melhores laranjas que já comemos. Muito obrigado, seu moço!
Uma curiosidade: você sabia que no Estado do Amapá existe uma cidade chamada Amapá? Pois tem mesmo. E com cerca de oito mil habitantes (censo de 2010). Passamos bem pertinho dela. Imagina a confusão que passa pela nossa cabeça, quando se vê placa à beira da rodovia informando faltar tantos quilômetros para Amapá!

Agora falta pouco, muito pouco, pouco mesmo!

Emf Macapá, alguém revoltado contra o governo

Fortaleza de São José de Macapá
Chegamos a Macapá à tardinha e nos hospedamos no Hotel Rio Mar (www.riomar-ap.com). Novo e muito bom. Banho de chuveiro, de roupa e tudo!
Devido às fortes chuvas que insistiam em nos acompanhar, não temos fotos do trecho da estrada de terra, e poucas do trecho de asfalto. A chuva parou e o sol apareceu quando já estávamos chegando a Macapá. Uma de nossas máquinas fotográficas não está mais funcionando, devido a umidade. Estamos preservando a outra.

Mapa do trecho percorrido hoje: 580 quilômetros
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Palácio do Setentrião, sede do Governo do Estado do Amapá
Macapá
Sexta-feira, 22 de fevereiro
Dia dedicado à faxina: lavação de roupas, lavação da moto.
À tarde, fomos até Santana, um município vizinho, onde está o porto no Rio Amazonas, e compramos passagem de barco para Belém, para o domingo, dia 24, na Agência de Passagem Nossa Senhora de Nazaré. Iremos no NM (navio motor) Coronel José Júlio. Por um camarote mais a moto, paguei R$700,00. Em dinheiro. Sairemos às 10 horas de manhã, com chegada em Belém prevista para a manhã do dia seguinte.

Em Santana, contratar o barco para Belém
À noite, um dos melhores momentos da viagem: fomos jantar na casa de um casal amigo, Heitor e Andréa, que conhecemos através do nosso amigo João da Palhoça. Buscaram-nos de carro no hotel e nos levaram para a sua casa, num bairro da cidade, onde Heitor mostrou toda a sua habilidade de churrasqueiro, e Andréa os seus dotes na cozinha mineira. O jantar estava maravilhoso. A cervejinha também.

Com os amigos Andréa e Heitor
Sábado, 23 de fevereiro
Hoje pela manhã importante compromisso para marcar nossa passagem pela capital do Amapá: fotografar em frente à sede do governo do estado, aqui em Macapá, o Palácio do Setentrião, para cumprimento de mais uma etapa do desafio Bandeirante Fazedor de Chuva.
Heitor e Andrea vieram de carro, acompanhados da filha Gabi, para participar da seção fotográfica. Depois de cumprido o compromisso, saímos com eles, de carona no carro deles, com magnífico ar condicionado, a conhecer os principais pontos turísticos e atrações da cidade.

Gabi, Andréa e Heitor

O Palácio do Setentrião
O primeiro deles foi a Fortaleza de São José de Macapá. Em sua construção a presença da mão-de-obra cabocla e indígena, sob as ordens do colonizador europeu. Na proposta inicial, a defesa de nossa costa, hoje é um símbolo de resistência. No seu interior, a imagem do padroeiro São José, e na capela, a benção ao monumento que passou a ser o principal cartão postal da cidade. Cidade forte, testemunhando as transformações desta Macapá morena.
Depois fomos ao Complexo Beira-Rio, composto de trapiche que avança rio Amazonas adentro, de diversos bares e quiosques, e muito espaço para caminhadas e descontração.

A Fortaleza de São José de Macapá
Outro monumento importantíssimo é o Marco Zero do Equador, praticamente no centro da cidade.
Onde moram os macapaenses? No meio do mundo, na esquina do Rio Amazonas. E o meio do mundo é o Marco Zero do Equador... O marco inicial... Dessa grande capital. É aqui que contemplam os equinócios que são atrativos até mesmo para a comunidade internacional. Quem visita o Marco Zero pode estar no Norte e no Sul em segundos... Isso é da vontade de cada um.

Aí está o Marco Zero. Belíssimo monumento!
Por fim, o Museu Sacaca. O ribeirinho vai à caça na madrugada; nos finais de semana pesca no igarapé; o resto da família procura desenvolver as suas roças, perfazendo o cenário caboclo e seu cotidiano da floresta. Às vezes quebrado por regatões que singram igarapés e rios, levando e trazendo seus produtos como parte do escoamento da produção. Parte desse cenário é retratada no Museu Sacaca, que leva o nome do grande curandeiro da região.


A estátua do mentor do Museu Sacaca
À noite, com eles fomos conhecer a orla do rio, repleta de quiosques oferecendo comidas e bebidas típicas, e com intensa vida noturna. Poderia afirmar que grande parte da população da cidade vai até ali para desfrutar o fim de tarde/início da noite. Um lugar muito agradável.
Nosso agradecimento aos amigos Heitor, Andréa e Gabi, pelo maravilhoso dia que nos proporcionaram. Vocês foram anjos da guarda para nós. Muito obrigado!
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Continuando as postagens neste espaço, referentes às cidades/pontos visitados na perseguição ao desafio “Bandeirante Fazedor de Chuva”,

Navegando...
Domingo, 24 de fevereiro.
Era intenso o movimento no porto de Santana na manhã do domingo. Barcos chegando, trazendo passageiros e mercadorias: peixes, frutas, farinha, etc. E barcos partindo, levando passageiros, motociclistas e suas motos e muitas saudades. Saudades dos amigos que aqui fizemos e aqui deixamos. Foi um final de semana inesquecível em Macapá, na companhia dos amigos Heitor, Andréa e Gabi. Quiséramos ficar mais, porém ainda temos muito que percorrer. Um dia, quem sabe...
O nosso barco, o NM Coronel José Julio já estava bastante carregado quando chegamos. Foi fácil embarcar a moto, pois ele estava alinhado com o piso do cais. Entramos rodando. E o barco partiu exatamente na hora prevista, dez da manhã, em direção a Belém, a capital do Estado do Pará.

Porto do Grego, em Santana, próximo a Macapá

Preparando para o embarque...

Até que foi fácil!

Toda amarrada para evitar queda, em caso de balanço do navio
Vida a bordo
O Coronel José Julio é um barco de ferro, velho, mas se revelou bastante rápido. Ficamos em um dos quatro camarotes. Equipado com ar condicionado (um aparelho para dois camarotes) e duas camas em forma de beliche. E só. Nada de mesa, cadeira, armário, cabide, ou qualquer outro item de conforto.
Banheiros de uso comum a todos os passageiros e tripulantes, na popa.
A grande maioria das pessoas viaja em suas próprias redes. Homens, mulheres e crianças passam o dia todo, e a noite também, deitados em suas redes. No total, deveria haver ali umas cento e vinte pessoas.
Exceto o café da manhã, a comida não estava inclusa no preço da passagem. O almoço me lembrou a comida dos navios de cruzeiro, ou seja, nada a ver. Por dez reais, um PF bem servido com feijão, arroz, macarrão, maionese e carne de panela. Na mesa, farinha e água à vontade. Para o jantar, idem, idem, com opção de carne (a que sobrou do almoço) ou frango. Observo que poucas pessoas comem a comida servida no barco. A maioria trás sua própria comida, que muito me lembra o tradicional catanho, servido durante os exercícios de campo, nos bons e saudosos tempos de exército (o catanho consistia num lanche, à base de pães – dois, um com queijo e outro com doce, um ovo cozido e uma fruta, que podia ser laranja, ou banana, ou maçã). Como sempre, a farinha era impossível de ser comer, de tão dura que era.

Tabela de preço das passagens

Depois de zarpar, uma fotinha para lembrar

Conferindo as amarrações...

O nosso camarote. O Beliche.

O almoço: um PF bem servido!
Sem internet a bordo, sem TV ou outra distração, restam poucas alternativas para fazer o tempo passar. A paisagem que desfila aos olhos muda pouco, quase nada. É mato e água para onde quer que se olhe. Às vezes as margens se aproximam e logo tornam a se afastar. Vez por outra, a casa de um ribeirinho quebra a monotonia do verde, e o balançar do barco indica que ele pegou uma onda deixada por outro barco que passou. É frequente encontrar grandes balsas carregadas de caminhões carretas, indo ou vindo.
A maioria dos passageiros (homens) vieram conversar comigo, e fizeram duas perguntas sobre a moto (que todos olhavam maravilhados): quanto corre? E, quanto custa?

Crianças em frágeis canoas aguardam a passagem do barco para ganhar presentes que são atirados pelos passageiros

Lá vem o pequerrucho pegar o seu!

Um "racha" aquático

Embarque no meio do rio, com o navio em movimento!
Segunda-feira, 25 de fevereiro.
O café da manhã a bordo foi mais ou menos o esperado: café preto já adoçado (mas muito adoçado), leite, biscoito cream cracker, margarina, e maçã. Bom demais!
Chegamos a Belém por volta das doze e trinta. O desembarque foi rápido e fácil, sem emoções. Do porto, rumamos direto para Raviera Motors, a revenda autorizada BMW Motorad em Belém, para um check-up na moto. Acho necessário uma boa olhada nas pastilhas dos freios, estado dos pneus, e funcionamento geral da moto depois dos trechos de estradas ruins por onde passamos.
Fomos muito bem recebidos e atendidos por todos, e em menos de duas horas já estávamos prontos. Agradeço ao Márcio que agilizou o atendimento, e inclusive reservando hotel para nós, nesta bela cidade.
Estamos hospedados no Ibis.

Balsa transportando carretas com mercadorias

Terezinha sempre por perto da moto!

Eita vidinha mais ou menos!

Escola para os ribeirinhos

Belém à vista!

Desembarcando...

E uma jantinha básica em Belém, para compensar os PF: filhote grelhado com alcaparras

O percurso do barco, contornando a Ilha de Marajó.
Com esta postagem, concluo o relato de visitas a todas as capitais dos estados brasileiros, eis que o restante desta viagem, ou seja, o trecho entre Belém do Pará e Balneário Camboriú em Santa Catarina, já foi incluído anteriormente, na medida do possível, durante a própria viagem.
Agradecemos de coração a todos os amigos que nos acompanharam durante este e os outros trajetos, quer lendo nossos relatos, quer vendo nossas fotos, quer nos mandando mensagens de carinho, de incentivo, de preocupação. Foi muito bom estar viajando por este Brasil afora, e ao mesmo tempo na companhia de todos vocês.
Grande e forte abraço,
Osmar e Terezinha
Última edição por Osmar; 15-07-13 às 10:47.
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Grande Osmar e Terezinha!
Hj tirei um tempo para ler e curtir o relato desde o inicio. Nossa, que delicia viajar na imaginação com vcs nessa bela empreitada. Dá aquele friozinho na barriga e uma vontade louca de pegar a estrada. Valeu muito, meus amigos. Um grande abraço!
João
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Urgente!
GCFC BFC CFC Osmar e Terezinha, a organização dos FC detectou que os seus desafiantes não visitaram os seguintes estados:
a - Iguaçu, oriundo do Paraná,
b - Tapajós e Carajás, do Pará,
c - Maranhão do Sul, Maranhão
d - Araguaia e Mato Grosso do Norte, do Mato Grosso
e - Rio São Francisco, desdobrado da Bahia
f - Gurgueia, do Piauí
g - Rio Negro, Solimões e Juruá, do Amazonas
h - Oiapoque, Amapá

Mapa do Brasil segundo a visão dos nossos políticos
O estado do Iguaçu ficaria como regra três, mas aproveitamos para desenterra-lo no intuito de facilitar a nossa vida e mantê-los por mais tempo na estrada.
Por que?
Como poderemos ficar sem os relatos maravilhosos, cheio de detalhes, abrindo caminho para todos os FC que necessitam somente abrir o tópico de vocês, dispensando GPS, guias de turismo e mapas. Temos tudo; estradas, transportes, inclusive os alternativos, hotéis, distâncias, exigências, preços, enfim, desnecessário detalhar, mas incluir o mais importante de todos; os amigos que vocês fizeram pela estrada e outros revistos depois de longos e longos anos, mas com a chama da amizade acesa e permita-me a licença, patrimônio que nós nos sentimos como herdeiros.
Parabéns pela coragem, audácia e disposição em cortar as amarras do cotidiano, deixarem a zona do conforto de lado e perseguirem os seus sonhos, nos levando juntos neste desafio Bandeirante Fazedor de Chuva, cheio de perigos, muitas vezes, em cima da solidão compartida destas duas rodas, mas repletos de belezas que nos encantam e emocionam.
Foi muito bom ter estado com vocês nestes milhares de quilômetros, seus insanos inspiradores e motivadores Fazedores de Chuva, que levam ao pé da letra o nosso slogan: "qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..."
Obrigado!
Dolor e Angela
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Grandes Caciques, Dolor e Angela, e João Lima,
Muito agradecidos por vossas bondosas palavras a nosso respeito. Percorrer todos os Estados brasileiros visitando as respectivas capitais, foi para nós uma satisfação muito grande, antes de ser um desafio de difícil execução. Foram quatro viagens, todas muito prazerosas, alguns percalços pelo caminho, mas todas com resultados positivos, pois além de conhecermos a diversidade do povo brasileiro, seus usos e costumes, tivemos o privilégio de reencontrar com velhos amigos, e fazer muitos novos amigos. E claro, a cada quilômetro rodado, aumentando a cumplicidade existente entre nós.
Agora vejo com muita preocupação a intenção dos nossos políticos (nossos?) em criar mais uma dúzia de Estados. Espero que tais intenções fiquem mofando no Congresso Nacional por mais alguns séculos, juntamente com os milhares de projetos absurdos que lá estão. Mas, por outro lado, estejam certos de uma coisa: criado um novo Estado e instalado o governo, estaremos na frente da respectiva sede, com nossa moto, fazendo a foto de praxe.
Abraço a todos os Fazedores de Chuva, loucos por motos, devoradores de quilômetros, companheiros de aventuras.
Osmar e Terezinha
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