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Salvador
Segunda-feira, 10 de setembro.
Saímos de Aracaju pela Linha Verde e entramos na Bahia pela Rodovia do Coco. São estradas de movimento tranquilo, sem caminhões. Apenas algumas lombadas. No começo da tarde chegamos a Salvador e fomos direto à Prime Motors levar a moto para a revisão 60 mil. Nos hospedamos no Hotel Ibis Salvador Praia Vermelha.

Rodovia do Coco, na Bahia.
Terça-feira, 11 de setembro.
Tiramos o dia para passear pela cidade. Um taxi nos levou até o Pelourinho, onde visitamos a Igreja e Convento de São Francisco, e a Catedral Basílica, o Museu Jorge Amado, e na loja do Olodum, comprei uma camiseta. Depois descemos para a cidade baixa pelo Elevador Lacerda, passamos no Mercado Modelo, e visitamos a Igreja de N. S. da Conceição da Praia.

Pelourinho. Igreja de São Francisco

Palácio Rio Branco
Ao final da tarde, fomos buscar a moto. Estava prontinha para continuarmos viagem. Limpinha, engraxadinha, revisadinha e cheirosinha. Nela demos uma “banda” pela cidade, e terminamos o passeio num dos bares do Rio Vermelho, onde está o Acarajé da Cira. Esta iguaria me fascina. Comi dois. E para sobremesa, um beiju recheado com banana, queijo, coco e leite condensado.

Muito bom, porém nada light!
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GCFC Ósmar e Terezinha, olhando a foto de vocês na frente do Palácio Rio Branco, pensei que eram dois nativos!
Aproveitem!
Dolor
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Bataclan
Quarta-feira, 12 de setembro.
Logo cedo partimos para o último compromisso em Salvador, antes de partir: visitar o Palácio sede do governo da Bahia.
O Centro Administrativo da Bahia, mais conhecido pelo acrônimo CAB, é um complexo público no qual está localizada parte considerável das secretarias e órgãos do Governo do Estado da Bahia. Entre os órgãos instalados no CAB estão a Assembléia Legislativa, o TER-BA, o Tribunal de Justiça do Estado, o Gabinete do Governador, do Vice, Casa Civil, Casa Militar, etc.
Foi implantado em 1972. Muitos dos edifícios, como os das secretarias, o Centro de Exposições e a Igreja foram projetados pelo arquiteto João Filgueiras Lima. O traçado viário é de autoria de Lúcio Costa.

Sede do Governo da Bahia, o CAB
Agora nosso destino é Ilhéus. Num ferryboat cruzamos a Baia de Todos os Santos, desembarcamos na Ilha de Itaparica, onde tomamos a BA 001 para atingir nosso objetivo. É considerada uma estrada-parque por ter passarelas para a travessia de animais.

No Ferry, cruzando a Baia de Todos os Santos
A estrada é boa, sem movimento de caminhões, mas cruza por muitos povoados, onde é repleta de lombadas. Corta uma região bastante verde, onde se destacam os coqueiros, e agora já começam a aparecer os cacaueiros. O mar está quase sempre visível.

Visão da Serra Grande
Ilhéus é uma cidade histórica. Da época dos barões do cacau, pouca coisa conservada e interessante sobrou. Antes destino de turistas interessados nos cenários imortalizados por Jorge Amado, hoje vale mais pelas praias distantes do centro, como as do Norte, no caminho para Itacaré, ou pelos resorts em direção à vizinha Una.
Entre as atrações, destacam-se o Bar Vesúvio, celebrizado no romance Gabriela Cravo e Canela, e o Bataclan, antigo cabaré.

Cabaré Bataclan, dos romances de Jorge Amado

Com as meninas do Bataclan
Estamos hospedados na Pousada Morro dos Navegantes (73-3632-5613), na praia Corurupe. A pousada ocupa um terreno na encosta de um morro, e a sacada do chalé onde estamos, um dos mais altos, conta com vista privilegiada para o mar. Eu poderia ficar apreciando esta paisagem por vários dias...

Conversando com Jorge Amado, no Bar Vesúvio

Vista da varanda do nosso chalé na Pousada Morro dos Navegantes
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Grande Amigo
Quinta-feira, 13 de setembro.
Levantamos mais cedo para curtir um pouco mais esta beleza de paisagem que se descortina da varanda nosso chalé. Maravilha!

Na Pousada Morro dos Navegantes, Ilhéus

O mar de Ilhéus, visto da piscina da Pousada
Continuamos pela BA 001 até chegarmos à BR 101. A paisagem vai mudando. Agora extensas plantações de eucaliptos dividem espaço com canaviais e cafezais. Caminhões longos tomam conta da estrada, complicando o fluxo. E finalmente chegamos ao Estado do Espírito Santo e escolhemos para pernoitar, o Hotel Parque Reserva Natural Vale (27-3371-9797) 32 quilômetros antes de Linhares, localizado em um reserva de mata atlântica, de propriedade da Vale do Rio Doce.

Chalé do Hotel Reserva Natural Vale
Sexta-feira, 14 de setembro.
Depois de uma reconfortante noite de sono, no mais tranquilo dos hotéis que ficamos nessa viagem (e seguramente um dos mais seguros que já vi). seguimos pela nossa já conhecida BR 101 até Campos dos Goitacazes, já no Estado do Rio de Janeiro. Passamos por Vitória sem entrar para conhecê-la, deixando isso para o mês de novembro, quando viremos para participar do Encontro Internacional dos Fazedores de Chuva. Falando em chuva, hoje finalmente ela chegou. Muita chuva pela frente, trânsito lento, muito cuidado.

Catedral de Campos dos Goytacazes
Em Campos, nos hospedamos no hotel Antares.
Sábado, 15 de setembro.
Continuando pela BR 101, sempre muito movimentada, muitos caminhões, pista simples, e antes de Casemiro de Abreu, entramos à esquerda em direção a Rio das Ostras, para chegar a São Pedro da Aldeia, e encontrar um grande amigo de infância, o Marcos Noiri. Ele mora por lá, naquele paraíso, à beira da Lagoa de Araruama, curtindo a vida. Nos conhecemos nos tempos de curso primário, fizemos juntos o ginásio e também o curso técnico de contabilidade, e fomos juntos para a EsSA (Escola de Sargentos das Armas), em Três Corações, isto em 1967. Depois disso, não tínhamos mais nos visto.

Com meu amigo, Marcos Noiri
Depois de muita conversa, e de um delicioso almoço nos foi oferecido por Tânia, esposa do Marcos Noiri, fomos conhecer a famosa Casa da Flor, uma obra da arquitetura espontânea, localizada em São Pedro da Aldeia, construída por Gabriel Joaquim dos Santos, entre 1912 e 1985, com materiais recolhidos de lixos domésticos e refugo de construções locais.

Casa da Flor

Já era noite quando chegamos a Nova Iguaçu. Ficamos no Hotel Mércure.
Última edição por Dolor; 17-09-12 às 04:36.
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Os méritos são da Terezinha, que sempre, com muita paciência e compreensão, me permite dedicar alguns instantes do nosso repouso/lazer, para registrar alguns fatos das nossas viagens. Esperamos que estes breves relatos sejam úteis para nossos amigos viajantes.
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Finalizando...
Domingo, 16 de setembro.
Manhã calma aqui no Rio. Seguimos viagem pela Dutra, a BR 116. Encontramos muitas motos pelo caminho, tanto indo quanto vindo. Em Aparecida uma parada para agradecer. Agradecer à Santa Padroeira do Brasil por toda a força e proteção que nos tem dado.

Basílica de Nossa Senhora Aparecida

Muitos motociclistas passeando neste domingo

Uma verdadeira raridade, esta Kahena
Passava de meio dia quando chegamos à cidade de São Paulo. Marginal Tietê com trânsito ainda tranquilo, fluindo normalmente. Em poucos minutos chegamos ao Rodoanel para em seguida tomarmos a Régis Bitencourt.

Serra do Cafezal, na Régis
Em Registro, resolvemos parar, deixando o restante da viagem para o dia seguinte. Nos hospedamos no Hotel Valle Sul, às margens da rodovia.

Comidinha japonesa, em Registro
Segunda-feira, 17 de setembro.
O dia amanheceu com sol forte, céu de brigadeiro, e o trecho até Balneário Camboriú foi com trânsito bastante tranquilo, exceto por algum ponto onde se faziam obras de manutenção na pista. Chegamos em casa por volta das três da tarde.
Como é bom viajar de moto. Como é bom voltar para casa, depois de uma excelente viagem. Como é bom ter um lar para voltar.
Resumindo:
Rodamos cerca de 9.500 quilômetros, durante 34 dias, passamos por 16 Estados, mais o Distrito Federal, nas cinco regiões do País. Reencontramos muitos amigos, fizemos outros tantos, e voltamos para casa melhor do que quando saímos.
A moto, uma BMW R 1200 GS Adventure Premium 2009, mostrou-se adequada para esse tipo de viagem, carregando toda a nossa bagagem com a maior facilidade.
Agradecemos ao Diomar, nosso amigo de Palmas, pela recepção em sua cidade, hospedagem em sua chácara – Sitio Raízes – e pelos passeios que fez conosco pela região, especialmente pelo Jalapão.
Agradecemos ao Elder, do moto grupo Falcões de Aço, de Araguaína-TO, (63-3415-2050) pela competência, profissionalismo e companheirismo, que não mediu esforços para reparar a avaria apresentada no diferencial da moto.
Agradecemos ao Grande Cacique Fazedor de Chuva Tácio, de Recife, pela recepção em sua cidade, e pelos passeios de moto que fizemos pela capital pernambucana.
E por fim, agradecemos a Deus, pela companhia durante toda a viagem, sem nunca nos abandonar um só instante.
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Bandeirantando
Domingo, 3 de fevereiro
Depois de uma reconfortante noite de sono, seguida de desjejum com direito a frutas, iogurtes, cereais, pães, manteiga, queijo, presunto, saímos a conhecer melhor a cidade de Manaus. Fomos direto para o ponto que mais nos interessava no momento: a sede do Governo do Amazonas. Localizado no caminho para a praia da Ponta Negra, moderno edifício abriga o Poder Executivo amazonense. Diferente de muitas outras capitais estaduais, não recebe o nome de Palácio. Feita a foto oficial, com a devida permissão da segurança que gentilmente nos recebeu e autorizou, julgamos cumprida mais uma etapa, a 18ª/27, do desafio Bandeirante Fazedor de Chuva.
http://www.fazedoresdechuva.com/foru...a#.UQ8aOh1X04AContinuando nosso passeio motociclístico solitário, seguimos até a praia da Ponta Negra, e visita obrigatória ao Hotel Tropical, um dos mais imponentes do Brasil.







Retornando ao centro, visitamos os grandes monumentos da cidade, que são o Teatro Amazonas, e o Palácio Rio Negro. Este tem muita história, conforme nos informa o site do Governo do Estado.





O Palacete Scholz (como antes era conhecido) foi construído em estilo eclético em 1903 para ser residência particular de um abastado comerciante da borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz. O Amazonas era à época um dos Estados mais prósperos da União por ocasião do Ciclo da Borracha.
A partir de 1911, em virtude da forte concorrência da produção gomífera em terras asiáticas, houve o iminente declínio do comércio da borracha no Amazonas. Além disso, com advento da Primeira Grande Guerra, a linha de navegação entre Manaus e Hamburgo na Alemanha foi interrompida, o que prejudicou de sobremaneira os negócios do Senhor Scholz.


Waldemar Scholz, Presidente da Associação Comercial do Amazonas a partir de 1911 e Cônsul da Áustria desde 1913, na infeliz tentativa de sanar suas dívidas, hipotecou o Palacete por 400 contos de réis ao rico seringalista do Purus, Luiz da Silva Gomes, que foi o mesmo que o arrematou em leilão: Era o fim da próspera estada de Scholz em terras amazônicas e seu retorno ao país de origem.
O Palacete Scholz foi primeiramente alugado ao Governo do Amazonas por um conto de réis, através do então governador Dr. Pedro de Alcântara Bacellar que não obstante à crise econômica que se abatia no Amazonas; as deficiências do Erário e das críticas de seus opositores, o adquiriu em 1918 por 200 contos de réis recebendo a denominação de Palácio Rio Negro. De 1918 a 1959, portanto, serviu de residência aos governadores e Sede do Governo. De 1959 até 1995, somente como Sede de Governo.
Tombado como patrimônio histórico estadual em 1980, o prédio, antes e depois, foi reformado, restaurado ou adaptado em alguns governos, sendo que a partir de 1997, em virtude de sua beleza arquitetônica e relevância histórica, o Governo do Amazonas, através da Secretaria de Cultura, o transformou em Centro Cultural.
Instalado na mais alta torre do prédio, encontra-se o mirante, que proporciona uma privilegiada vista de Manaus com suas árvores frondosas, ainda preservadas quando da construção das avenidas e prédios advindos do inexorável progresso. O visitante também poderá observar o tráfego das embarcações regionais nas águas escuras do Rio Negro: imagens que tanto retratam o cotidiano do caboclo da Amazônia.


O almoço do domingo foi em grande estilo, na Peixaria Moronguêtá. Localizada às margens do Rio Negro, tem vista privilegiada para o rio, inclusive para o famoso “encontro das águas”, e para o porto onde atraca a balsa que faz a travessia dos veículos que circulam na BR 319, aquela que liga Manaus a Porto Velho, passando por Humaitá. No trajeto, saindo de Manaus, a balsa navega pelo rio Negro, passa pelo encontro das águas, ganha o rio Solimões e entrega os veículos alguns quilômetros depois.





No cardápio, comida amazônica á base de peixes: tambaqui, tucunaré, dourado, pirarucu. Detalhe curioso e muito interessante, é que durante o almoço, o proprietário do estabelecimento, que nos recebeu com muita simpatia, a cada instante se utiliza de sistema de som para explicar aos visitantes/clientes, as curiosidades sobre a Amazônia, os rios, as comidas, as embarcações, o povo. Eu diria que foi um almoço cultural.
Última edição por Dolor; 04-02-13 às 00:45.
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GCFC Osmar e Terezinha, entre outras qualidades que admiramos em vocês, sem nenhuma sombra de dúvida, a disciplina é uma que se destaca. Impressionante como vocês conseguem, mesmo depois de horas de viagem, fazer as postagens com tanta riqueza de detalhes e a gente sabe o quão difícil, na maioria das vezes, é cumprir com este ritual.
Vocês estão de parabéns, não só por este "pequeno" detalhe, provavelmente oriundo da caserna, mas pelo exemplo que nos dão, nos mostrando esta face da vida, de aproveita-la fazendo o que se gosta, no nosso caso, andar de moto.
É uma alegria viajar junto com vocês, com uma única ressalva, tenho que cuidar da alimentação pois o que vocês nos apresentam como cardápio, é uma beleza para a balança. Tenho aproveitado e registrado todos os locais por onde vocês tem passado, montando desta maneira um rico guia com o propósito de nos auxiliar quando das nossas andanças.
Aproveito para lembrar dos Fazedores de Chuva que temos pelo caminho, sempre dispostos a ajuda-los e também para conhece-los, pois vocês são uma inspiração para todos nós.
Não se preocupem se a moto está mais pesada do que o normal, pois estamos todos na garupa.
Boa viagem e nos mantenham informados!
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Grandes Caciques Dolor e Angela, é para nós motivo de orgulho e satisfação ter vocês nos acompanhando nesta viagem maravilhosa, notadamente nesta região de usos e costumes bastante diferentes dos nossos do sul. E aí entram as comidas. Impossível resistir! Impossível não se refrescar com um suco de cupuaçu ou de açaí, ou de apreciar no jantar aquela "banda" de tambaqui frito. Acho que minhas roupas estão encolhendo...
Grande abraço, e vamos em frente.
Osmar e Terezinha
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Segunda-feira, 4 de fevereiro.

Estamos em Presidente Figueiredo, pequena cidade balneária ao norte de Manaus, onde chegamos pela BR 174. A viagem até aqui foi muito prazerosa, devido a três fatores: a rodovia está em ótimo estado, o asfalto um verdadeiro tapete; como viajamos à tarde, estávamos quase sempre na sombra projetada pelas altas árvores da floresta na margem esquerda, proporcionando uma temperatura muito agradável; e porque a nossa grande guerreira estava “zerada”, depois de um banho de loja, digo, de oficina.



Pneu traseiro novinho, óleo do motor trocado, freios revisados. Tudo funcionando perfeitamente. Quando chegamos a Manaus no sábado, fomos direto à autorizada BMW tratar deste checkup. Fomos muito bem atendidos pelo pessoal, que não mediram esforços para que pudéssemos seguir viagem hoje. Inclusive, como não dispunham de um pneu traseiro, disponibilizaram funcionário com veículo para sairmos pela cidade procurando um pneu para a moto. E o encontramos. E hoje o trocaram. Agradeço aos funcionários de Braga Motors pela hospitalidade, camaradagem e sim-patia com que nos acolheram e nos atenderam, especialmente ao Berg, à Patrícia e ao Janderson. Muito obrigado!

Estamos hospedados no Hotel Cachoeira do Urubuí (www.hotelcachoeiradourubui.com.br). Ótima relação custo/benefício.
Amanhã iremos até Boa Vista.
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