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    Que tal novos destinos no Nordeste?

    A revista Duas Rodas segue publicando reportagens com roteiros mais alternativos, propostos por leitores da publicação. Segue abaixo reportagem sobre novos destinos na região Nordeste do Brasil:

    "Em busca do sol

    A associação entre “Nordeste do Brasil” e “praia” é automática. Com mais de 3.000 km de faixas de areia e uma costa litorânea que abrange todos os nove estados da região, o Nordeste é um dos principais destinos turísticos do país há décadas.

    Mas ao lado de lugares famosos como as capitais Salvador (BA), Recife (PE), Natal (RN) e Fortaleza (CE), paraísos pouco conhecidos também buscam seu lugar ao sol. É o caso das cidades de Tamandaré (PE), Conde (PB) e Piaçabuçu (AL), onde o sol está presente quase todos os dias do ano.

    Tamandaré

    Cem quilômetros ao sul do Recife (PE), já próximo à divisa com Alagoas, a calmaria domina o ambiente de Tamandaré, de apenas 20 mil habitantes. Mas uma viagem ao local pode ser bem movimentada se a intenção do turista for descobrir a natureza.

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    A jornada começa na praia dos Carneiros, a pouco mais de 5 km do centro de Tamandaré. Banhada pelo oceano Atlântico e foz dos rios Formoso e Ariquindá, a praia tem um aspecto primitivo, com piscinas naturais, coqueiros e uma parede de arrecifes. A cor da água límpida também merece destaque por misturar o azul do mar com o tom mais esverdeado dos rios, que formam também uma área de mangue no oceano e diversos bancos de areia. A praia, bastante preservada, tem como atração histórica uma pequena igreja, que compõe o cenário natural na areia dos Carneiros.

    Mas Tamandaré possui vários atributos, como algumas outras praias que merecem visita - Perua Preta, Boca da Barra, Campas (com a igreja de São Pedro, construída no século 19) e a própria praia de Tamandaré, a que mais concentra turistas na cidade. O município de Sirinhaém, 40 km ao norte, também oferece balneários semelhantes que valem uma esticada, como a areia branca da praia de Guadalupe. Um passeio de barco ou a pé pelos bancos de areia (se a maré estiver baixa) leva à ilha do Coqueiro Solitário, adjetivo que define bem o marasmo tranquilo das pedras que têm em seu centro a árvore que nomeia a ilha.

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    Para ver tamanha beleza, a dica é conhecer o mirante do Oitizeiro, que tem esse nome por causa da árvore centenária localizada no ponto de observação. O passeio ao passado ocorre no Forte de Santo Inácio de Tamandaré, estabelecido em 1691 e que abriga boa parte da história do município e do estado de Pernambuco, começando pelas invasões holandesas do século 17 que motivaram a construção do local. Já a cachoeira do Bulha, no continente, é o caminho para a Reserva Biológica de Saltinho que, apesar de ter sua entrada protegida pelo Ibama, tem áreas externas que podem ser conhecidas pelos aventureiros que buscam entrar em contato com a natureza do local.

    Conde

    A diversidade é a tônica de Conde (PB), a menos de 20 km de João Pessoa. De um lado, a natureza demonstra todas suas características, com uma paisagem que vai das pedras e falésias até o verde dos coqueiros e das plantas nativas; do outro, praias badaladas como Jacumã, Carapibus, Coqueirinho e Tabatinga dividem espaço com Tambaba, famosa por ser uma das primeiras a permitir o nudismo no Brasil.

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    Tambaba é o local mais conhecido da região e possui trechos onde o naturismo é obrigatório, mas o visitante que quiser conhecer suas piscinas naturais e águas transparentes sem precisar tirar a roupa conta com um espaço onde a prática é opcional. Para entrar no local exclusivo aos nudistas é preciso se adaptar às normas de conduta ética do naturismo em Tambaba, como a proibição de filmagens sem autorização, por exemplo.

    Ao norte, cada praia possui alguma característica especial que vale a visita; em Coqueirinho, um cânion natural e rochas coloridas de aspecto inusitado; em Jacumã, Carapibus e Tabatinga, maceiós mesclam água doce dos rios com o mar salgado; já as praias do Amor e Barra de Gramame, no extremo norte, são as indicadas para quem quer curtir o visual sem a presença maciça dos turistas.

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    Foto: Cacio Murilo

    Piaçabuçu

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    Com quase 3.000 km de extensão, o rio São Francisco “escolheu” a região de Piaçabuçu para chegar a seu destino final: o oceano Atlântico. Essa característica faz do município, logo após a divisa com Sergipe, um local de visual único, principalmente por causa da grande quantidade de dunas próximas à foz. O passeio pelo rio São Francisco até o encontro das águas é, logicamente,umas das atividades mais disputadas pelos visitantes da região.

    A foz do “Velho Chico” divide Piaçabuçu e Brejo Grande (SE), e é possível escolher entre as praias do Pontal do Peba, no lado alagoano, e Cabeço, em terreno sergipano.

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    As dunas aparecem por todo litoral de Piaçabuçu – são 40 km de extensão de areia fina e contínua, cercada por dunas, palmeiras e coqueiros, desde a praia do Peba até a movimentada Pontal do Peba. A areia possui áreas de desova das tartarugas marinhas, o que dá à região o status de reserva ambiental, preservando também as aves migratórias. Apesar disso, existe a opção de desbravar o local em bugues normais ou super-bugues, para os adeptos do off-road.

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    A aventura pode ser maior caso o visitante se anime a buscar outras opções como o trekking, o sandboard e o parasail (espécie de asa-delta puxada por uma lancha).

    O município vizinho de Penedo, com construções históricas que remetem ao século 17, também merece uma parada. Casarões e igrejas antigos formam o cenário da cidade, que tem como grande atrativo o Paço Imperial, com artigos e mobília remanescentes de uma visita do imperador Dom Pedro II à região, pelo curso do rio São Francisco, há cerca de 150 anos".

    E você, Fazedor de Chuva, já conhece algum desses destinos? Qual gostaria de conhecer?

    Que tal pegar a estrada e ir desbravar mais uma região de nosso gigante e lindo Brasil?

  2. #2
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    A origem da diversidade

    Foi na Bahia que portugueses iniciaram a colonização pouco mais de 500 anos atrás, criando uma das mais belas mesclas étnicas e culturais do mundo O estado “mais antigo” do país também abrigou a primeira capital, Salvador, que carregou o status de centro administrativo brasileiro até o século 18 e é um espelho da diversidade e das riquezas cultural e natural da maior nação latinoamericana.

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    Da imensidão da Chapada Diamantina aos paraísos hidrográficos naturais e artificiais de Correntina e Paulo Afonso, os mais de 500 mil km² da Bahia convidam todo e qualquer motociclista que estiver disposto a praticar esportes radicais e descobrir o Brasil em duas rodas.

    Chapada Diamantina

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    Lençóis, cidade de pouco mais de 10 mil habitantes, se tornou nos últimos 20 anos um dos principais e mais conhecidos destinos turísticos do Brasil. Isso por ser uma das portas de entrada da Chapada Diamantina, cadeia de serras que atrai visitantes em busca de um lugar com paisagem fascinante e inúmeras atividades relacionadas ao ecoturismo, como trekking, escalada e arvorismo.

    Possivelmente o maior cartão-postal da região, o Morro do Pai Inácio, é uma das paradas obrigatórias, tanto para o visitante que busca as trilhas mais tortuosas quanto aquele que não tem o mesmo entusiasmo para longas caminhadas. Para o primeiro, existe a opção de andar a pé por 18 km, o que pode levar seis horas, pelas serras dos Lençóis e Mucugezinho, onde o esforço é compensado pela belíssima paisagem avistada nessa antiga rota de garimpeiros.

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    Mas se o perfil do turista estiver distante das aventuras, também é possível chegar de moto (ou carro) pela BR-242, que atravessa a chapada. O acesso ao morro, de 250 metros de altura (1.120 metros acima do nível do mar), ocorre por meio de uma trilha de aproximadamente 20 minutos.

    Difícil escolher qual das inúmeras cachoeiras visitar primeiro, mas a da Fumaça, com mais de 300 metros de altitude (a maior da região), é forte candidata. A queda é tão grande que a água começa a evaporar antes de chegar ao chão, dando a impressão de estar voltando ao topo

    Outras cachoeiras, de diferentes características e níveis de dificuldade, fazem o visitante perder alguns dias, como é o caso das quedas do Sossego, Buracão, Primavera, Palmital, Capivara, 21 e Diabo. Os rios que correm pela Diamantina proporcionam alguns passeios únicos, como os barcos que percorrem a região dos Marimbus para se avistar pássaros e jacarés nas lagoas formadas ao lado do rio Santo Antônio.

    O cenário de cachoeiras e serras se mescla ao que há debaixo de toda a beleza externa: cavernas, grutas e poços. As águas cristalinas dos poços Encantado e Azul são um convite ao mergulho, que deve ser sempre executado com atenção por conta da profundidade dos lagos – a beleza das formações rochosas que separam terra e água, no entanto, justifica esse cuidado.

    Já a caverna Torrinha e as grutas Fumacinha, Lapa Doce, Pratinha, Azul e Lapão demonstram visual parecido, mas com particularidades. No Lapão, por exemplo, a formação de quartzito produz um som metálico único. Na superfície, as ruínas e casas de pedra de Xique-Xique dão uma ideia do papel fundamental exercido pela mineração na história e no desenvolvimento da região.

    Os 150 mil hectares do parque já indicam que o visitante precisará dedicar um bom tempo para conhecer as atrações, até porque elas estão distantes umas das outras e abrangem outros municípios além de Lençóis. Mas é justamente a quantidade de belezas naturais e a possibilidade de encontrar um destino desconhecido a cada visita o que torna a Chapada Diamantina um destino turístico tão indispensável aos brasileiros.

    Paulo Afonso

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    A “capital da energia” também se esforça para ser a capital federal dos esportes radicais e ter um dos mais carismáticos encontros de motos do Brasil. Em uma região de divisa entre quatro estados – Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe –, esse município teve suas características naturais modificadas por causa da construção de cinco grandes usinas hidrelétricas sobre o rio São Francisco, visitadas pelos turistas que querem conhecer suas pontes, lagos e cachoeiras.

    O cenário de cânions e rios fornece o visual e a estrutura necessárias para que a cidade se estabeleça como polo de esportes como bungee-jump, rapel, paraquedismo, tirolesa e rope swing. Nas águas a diversão fica por conta do rafting e dos barcos que disputam as competições de vela. O motociclista não ficará decepcionado com as possibilidades de prática de motocross, bicicross e mountain bike, além de enduro.

    A natureza fica resguardada na reserva ecológica do Raso da Catarina, caracterizada pela caatinga típica e pelo clima desértico, de raras chuvas, com temperatura que oscila bastante na passagem do dia para a noite. Famosa por ter abrigado Lampião e outros cangaceiros em seus “esconderijos” nos paredões de rocha, a estação ecológica é hoje a reserva indígena dos Pankararés, e os passeios ao local são controlados por esses habitantes.

    Correntina

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    Esse município de 31 mil habitantes está mais de 700 km distante do mar, mas bem próximo das águas. Isso porque um pequeno arquipélago de nome Sete Ilhas, banhado por vários rios de água cristalina, é o mais famoso ponto turístico desse lugar ainda não tão conhecido pelos turistas brasileiros. Os nomes das ilhotas – Casais, Namorados, Flores, Pássaros, Crianças, Melhor Idade e Pesada – ilustram bem as características variadas de cada uma delas.

    Pontes de madeira ligam uma ilha a outra, formando um visual incomum no interior do Brasil e um oásis em meio ao cerrado e à caatinga. As corredeiras chamam a atenção dos visitantes, que procuram os locais mais confortáveis para se refrescar no ambiente de beleza natural conservada.

    As praias fluviais se somam a outros passeios mais radicais no Vale do Rio Corrente, como trekking e off-road pela mata, e a canoagem nas águas que também podem ser navegadas em barcos de forma mais tranquila. A hidrografia da região também pode ser explorada até os limites do rio Corrente, que deságua no rio São Francisco próximo a Bom Jesus da Lapa, a 120 km de Correntina.

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