Uyuni e reserva de fauna andina eduardo avaroa

[WALTER RAIO]

Mais uma vez norte da Argentina e San Pedro do Atacama, ja fui pelo Paso Jama quando terra, várias vezes depois de asfaltado, Paso Sico, Paso San Francisco, Paso Água Negra, Pela Rota 1 e 5 do Chile, mas desta vez por um caminho que a tempo gostaria de ter passado, via Bolívia através da Reserva de Fauna Andina Eduardo Avaroa, mas faltava um companheiro que encaresse o desafio.
O embrião do projeto surgiu com o convite de meu amigo João Maingué para irmos a Argentina, Chile e Bolívia. Após conversarmos prontifiquei-me a ir desde que o roteiro passasse pelo Salar de Uyuni, e cruzássemos o altiplano boliviano através da Reserva Eduardo Avaroa.
Em pesquisa no Rough Guide Bolivia, em sua página 135 encontramos a seguinte observação:
"Na prática, só há uma maneira de visitar o Salar de Uyuni e Resrva Eduardo Avaroa: pagar por uma vaga num passeio organizado pelas diversas agências de Uyuni. Mesmo quem viaja a bordo de um veículo 4x4 e possui todos os equipamentos de navegação deve refletir bem antes antes de se aventurar pela região por conta própria. O risco de se perder no meio de uma paisagem tão uniforme é bem alto"
Salar de Uyuni e Reserva Eduardo Avaroa (retirado do Rough Guide Bolivia)
UYUNI - Situada no árido altiplano meridional, 212 quilômetros a sudoeste de Potosí, cidade ferroviária de Uyuni tem poucos atrativos além de sua localização como ponto de partida para quem quer explorar as lindas e remotas paisagens do extremo sudoeste. Uyuni escapou da sina de se tornar uma cidade fantasma graças ao crescente números de viajantes que passam por aqui para apreciar as magníficas paisagens do Salar de Uyuni e da Reserva de Fauna Andina Eduardo Avaroa.
A porta de entrada de todos os roteiros de visita ao Salar é Colchani, vilarejo dedicado ao processamento de sal que repousa na margem leste, cerca de 20 kms ao norte de Uyuni. O Salar de Uyuni ocupa uma áres de 9 mil quilômetros no Altiplano a oeste de Uyuni.
A partir do vilarejo de Colcha K, situado ao sul do Salar de Uyuni, basta percorrer mais 160 quilômetros para chegar a entrada da reserva. O caminho envolve subir para uma altitude de mais de 4 mil metros, passando por uma série de vulções e antigos campos de lava. a trilha segue rumo as alturas, ultrapassando os 4.500 metros pelo Pampa Siloli, deserto situado em altitudes elevadas, formado por cinzas vulcânicas e rico em formações rochosas que ganham contornos surrealista por causa da ação dos ventos. A mais peculiar dessas esculturas é a "Arbol de Piedra" uma formação com mais de 8 metros de altura que se equilibra sobre um estreito caule rochoso.
Depois de passar a Arbol de Piedra, a trilha ingressa na Reserva Eduardo Avaroa, onde se localiza a Lagoa Colorada, Geiser Sol de Mañana, fontes de água quentes, a altitude passa dos 5000 metros, temperatura pode chegar perto do 20° graus negativo, Laguna Verde até chegar a divisa com o Chile.
Trecho utilizado pelo Rali Paris-Dakar deste ano, mas ainda pouco explorado por motociclistas convencionais, por falta de estradas e infra estrutura, é um lugar convidativo para quem gosta de motociclismo de aventura e desafios.


10/04/2014 Rolândia até San Inácio.
Saímos de Rolândia próximo das 8:30 hs, paramos para o primeiro abastecimento no km 230 Posto Madeira, seguimos até Matelândia , tomamos um lanche e seguimos para Foz, fizemos uma visita rápida na revenda Pico Moto, para rever nosso amigo Pico. Seguimos em direção a fronteira, fizemos cambio R$ 500,00 "P$ 1.923,00, seguimos para aduana, fluxo tranquilo atendimento rápido, e seguimos pelas tranquilas e boas estradas dos "hermanos", chegamos em San Inácio por volta das 19:30 hs, Hotel próximo da Ruínas já reservado, um bom banho, um bife de "churizo" e um lombo com papas e salada, e berço para amanhã cairmos cedo na estrada. Hoje rodamos aproximadamente 750 kms.





11/04/2014 San Inácio- Pres.Roque Saenz
Choveu a noite toda, levantamos de manhã não tinha energia elétrica, esperamos até próximo da 8:00 hs para tomar o café, que era servido em um refeitório fora do hotel , com um guarda-chuva la fomos nós, como a chuva nāo dava trégua colocamos as capas, porque tinhamos 550 kms para o dia. A chuva só deu uma pequena parada quando estávamos chegando em Corrientes. Já foi o suficiente para os guardas nos para, e alegar que estávamos sendo multado com 300 pesos cada um, porque as motos tinha GPS, e que aqui é proibido, uma conversseira danada, até que levaram 100 pesos de cada. Outra novidade aqui no norte da Argentina, é que em Corriente e em Roque Saenz , esta proibido andar de moto pela rodovia que corta a cidade, devendo las motos transitar pelas vias laterais. Logo após a mordida do policial a chuva voltou, nos acompanhando quase até aqui, aproximadamente 500 kms de chuvas dos 550 rodados, a chuva ainda nāo parou, esperamos que amanhā o sol de sua graça.

12/04/2014 Pres.Roque Saenz Peña - San Salvador Jujuy
Hoje acordamos cedo 7:00 hs ja estavamos na estrada, ainda escuro e nublado, temperatura 17 graus, mas sem chuva, nossa primeira parada 270 km após a saída. Abastecemos, tomamos um café, e continuamos até El Galpon, almoçamos, e o tempo finalmente aberto sol 23 graus, seguimos até nosso destino onde chegamos as 17:00 hs, acabamos de encostar as moto e a chuvinha voltou, vamos torcer para amanhã o tempo estar bom, iremos até Salar Grande, Pumamarca, e subir até a última cidade ao norte da Argentina, La Quiaca. Hoje rodamos + - 700 km .


13/04/2014 San Salvador de Jujuy até La Quica
Hoje saímos de Jujuy próximo das 10:00 hs , chuva fininha, temperatura próxima dos 12 graus, após uns 30 kms a temperatura caiu para 5 graus. Nosso primeiro objetivo era saia um pouco fora de nossa rota, fomos até o salar grande, estrada do Passo Jama, 72 kms de lindos vales montanhas gigantescas, estrada que sobem a mais de 4000 msnm, muitas curva, enfim um parque de diversão. Retonarmos até Pumamarca, tiramos umas fotos e pegamos a Rota Nacional em direção a La Quiaca, cidade Argentina localizada mais ao norte do país, chegamos próximo as 19:00 horas, lugar bulcólico, estilo povoado, mas de porte razoável, muitas construçōes feitas de tijolos cru, situada a aproximadamente 3.500 msnm.










14/04/2014 La Quiaca. - Uyuni
O hotel em que dormimos em La Quiaca não tinha café da manhã, fomos a uma padaria e só tinha chá de cidreira, tomamos um e fomos fazer a aduana, cerca de duas horas. Mais duas permisson do lado boliviano e seguimos rumo a Tupiza, asfalto bom velocidade permitida 80 kms. Chegamos em Tupiza próximo das 13:00 horas, abastecimento e já seguimos sem comer mesmo, nosso objetivo agora trecho Tupiza -Uyuni 200 kms de cordilheira, serras, e até um trecho de dunas, onde caí duas vezes , e milhares de costelas de vacas, alias este trecho foi utilizado no último Paris Dakar. Levamos quase 6 horas para fazer o percurso, chegamos em Uyuni próximo das 19:00 horas. Amanhã vamos rodar no salar de Uyuni










15/04/2014 Uyuni e Arredores
De manhā fomos ate o cemitério de trens, tiramos umas fotos e seguimos até a entrada do salar de Uyuni que fica uns 20kns daqui, estrada com areia com ripio e milhares de costelas de vaca. O Salar é algo grandioso, muito facil de se perder a referencia, criamos alguns pontos no GPS para nos orientarmos e adentramos. O piso do salar é plano da para acelerar a vontade, necessitando um pouco de sorte para nāo achar nenhum buraco , posso dizer que o piso é bom somente a orientaçāo que não pode falhar.











16-04-2014 Uyuni - Laguna Hedionda
Nosso roteiro esta um pouco pesado para o nossas motos, hoje rodamos 208 kms, porque somos muito teimosos, sem lanche sem almoço , os primeiros 180 kms estrada de terra com ripio pouco de areia, alguns desvios onde a areia ficava mais forte , mas estava indo bem , ate que entramos rumo a laguna Hedionda, nāo é estrada delineada é quase uma trilha , no inicio muita areia, em seguda uma serra cheia de pedras, mas pedras enormes depois muita areia , estamos em plena cordilheira, o visial é incrível , mas assusta um pouco o fato de voce depender exclusivamente do GPS , estamos no meio do nada, hoje nossa média de velocidade foi de incríveis. 11,2 kms por hora. Ainda temos quase 300 km/h, para chegarmos no objetivo, mas o grau de dificuldade ta tão grande, que achamos que vamos levarmas dois dias bem rodados para fazer o percusso, se o grau de dificuldade continuar, as motos resistirem e nos aguentarmos. A principio nossa meta para manhā agora recalculada é de apenas 90 kms, que posso garantir que será mais pauleira do que rodar 3000 km no asfalto.

[WALTER RAIO]

17-04-2014 Lagoa Hedionda até Lagoa Colorada
Hoje o dia foi um teste de limite para as motos e para nós, acordamos próximos da 7:30 hs, o termometro da moto marcava 8 graus negativo, as garrafas de agua que estavam na moto congelaram todas, definitivamente posso afirmar que este trajeto nāo é para moto grande, menos de 90 kms de percurso, quase 10 horas de tocada, media de velocidade 8,6 kilometros por hora, trechos de ripio com quase 30 cm de altura , e nāo é só uma baixada, sāo vários kms, outro trecho areia, mas muito areia mesmo, alguns trecho anda sobre pedras enorme alguns com até meio metro, algumas subidas ingrime, em especial uma que voce sai de um vale de puro rípio que voce atravessa com os pés no chão primeira macha e embreagem e muita arte para manter a moto em pé e chegar em uma abertura ingrime em curva forrada de pedras grandes, tem de fazer malabarismo para conseguir subir. Esta regiāo da cordilheira é um lugar inóspito, trajeto próximo do 4400 msnm, falta oxigênio, o nariz sangra, levantar a moto quando cai, em dois é quase impossível, trajeto nāo delineado, orientaçāo exclusiva pelo GPS, praticamente todo o trecho feito em primeira macha, tombos perdemos a contagem, os últimos 9 kms para chegar em nosso objetivo do dia tinha rípio com areia solta, que levamos quase duas horas para fazer. Nossa dormida hoje é em um refugio na Lago Colorada.















18-04-2014 Lagoa Colorada até San Pedro do Atacama
Hoje esta mais quente, 3 graus quando saímos, a estrada agora é delineada, mas com grandes bancos de areia, as vezes pedras, mas já se conseguia uma média de velocidade próximo a 20 kms horas, estava ótimo em relação aos dias anteriores, compramos gasolina de uma boliviano, pois apesar do tanque da GS ser 33 litros e mais a reserva de treze litros que levamos para as duas motos não ser suficiente para pouco mais de 300 kims. Chegamos a aduana de Apacheta, que fica isolada no meio do nada, quase 70 kms antes da migração, so se acha se voce souber e ter as coordenadas para jogas no GPS, estava fechado, devem atender no máximo uma pessoa por mes, batemos na janela e saiu um policial que foi bem prestativo e nos atenteu bem. Retornamos um trecho pois a estrada sé leva até a aduana, e seguimos.Hoje depois de 3 dias conseguimos um almoço. arroz com sardinha. Seguimos até a divisa da Bolivia com o Chile e finalmente asfalto, estamos em San Pedro do Atacama.









19-04-2014 San Pedro do Atacama até Tal tal
20-04-2014 Tal Tal até La Serena
Saímos de San Pedro próximo das 11:00 horas decidimos descer por Santiago a velha e conhecida Rota 5 Rodovia Panamericana, mas com um visual lindo sulreal, quase 800 kms se ver nenhum verde, nem mesmo uma erva daninha, dormimos em Taltal, neste domingo de Páscoa Saimos um pouco mas tarde, próximo da 11:00 horas, mas com objetivo de rodar quase 700 kms, concluimos o percurso proximos das 22:00hs, pois o último trecho de 180kms esta em reforma.










21/04/2014 La Serena-Chile até Uspallata-Argentina
Manhā nublada com muita serraçāo, por quase 90 kms, depois o tempo limpou, continuamos pela Panamerica até perto de Santiago, onde pegamos CH-60, em direçāo a fronteira ChilexArgentina, as aduanas estāo integradas, nāo necessita fazer nenhum tramite de saída na aduana do Chile, sendo a saída e aentrada feita na aduana Argentina, nāo passamos pelo tunel Cristo Redentor, fomos pela estrada velha de terra, linda, ao fazer a aduana na Argentina nessecitava de uma senha que estava sendo distribuida na entrada do tunel, alegamos que nāo recebemos a senha, mas nāo falamos que viemos pela estrada velha. Com ja estavamos na fila a mais de uma horas, resolvel-se a situaçāo e seguimos até Uspallata, onde chegamos perto das 22:00 horas.










22/04/2014 Uspallata até Vila Mercedes
Saimos próximo da 9:30 horas, rumo a Mendonza, 9 graus mas o sol esta forte, estrada vai margeando o rio Mendonza pelo vale, cercada pelas altas montanhas da cordilheira, que estāo com pouco gelo em seu topo, pouco mais de 100 kms e estamos no centro de Mendonza, o Joāo queria trocar o óleo da moto e uma luz traseira que queimado, fomos na concessionária Honda, e as 13:00 horas estavamos saíndo da cidade, rodamos pela Rota 7 que nesta regiāo esta toda duplicada e o limite de velocidade é de 120 kms/hora, até Vila Mercedes. Amanhā sairemos rumo a Santa Fé.


23-04-2014 Vila Mercedes até Paraná/Argentina
Estamos no centro da Argentina, região agrícola, longas retas, quase não se ve uma subida, muito movimento de caminhōes que estāo puxando soja recém colhida, várias propriendades estāo inundada, deve ter chovido muito por aqui , viemos via Rosário, uma novidade é a auto via Rosário X Santa Fé, na qual a velocidade autorizada é 130 kms/hora. Para chegar em Paraná, que hoje é uma cidade com quase 2 milhōes de habitantes, viemos pelo túnel fluvial, que passa por baixo do rio Paraná, uma bela obra de engenharia. Chegamos próximos da 22:00 horas, e para variar aos entrarmos em Paraná, fomos parados para averiguaçāo, afinal estamos entrando no Estado de Entre Rios, por incrível que parece, estava tudo ok, Nosso objetivo amanhā ė entrar no Brasil, via Rio Grande do Sul.
tunel sob o rio Paraná(foto by Formigão)


24-04-2014 Paraná-Argentina até São Borjas-RS
Dia com sol, seguimos subindo rumo ao Brasil, a partir de Paraná, pelos pampas argentinos, seguimos rumo a Federal, para saírmos em Paso de Los Livre, que faz fronteira com o Brasil em Uruguaiana-RS, aduana moderna saída feita em minutos, seguimos atė Sāo Borjas, berço de varios generais importantes e de Getúlio Vargas.

25/26-04-2014-São Borjas até Rolândia
Resolvemos voltar pelo oeste do Rio Grande do Sul, oeste Catarinense, oeste do Paraná, dali para Guarapuava, e finalmente Rolândia via Ivaiporã, um belo roteiro, uma excelente viagem