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O Homem que partiu jamais voltou ...

O homem que partiu em uma longa jornada tem hoje como única opção a chegada.
O homem que partiu não poderá voltar jamais, mesmo porque, nem o tempo e nem o espaço serão os mesmos; sequer será o mesmo aquele que partiu. Deixará para trás alguns hábitos, pensamentos, certezas. Algumas dúvidas surgirão no caminho, outras desaparecerão, ou não. Medos e temores sorrateiros tentarão fazê-lo acreditar que tanto empenho não vale a pena. Durante a jornada o homem que partiu irá adquirir experiência e novos hábitos. Ele terá novas histórias acrescentadas aos seus dias de vida. Construirá sua própria historia para não repetir ou reproduzir apenas aquilo de que ouviu falar.
Vida curta e que passa repentinamente. Vida efêmera. A esperança é que os feitos permaneçam e termine por moldar e fazer surgir grandes sonhos naqueles que tomaram conhecimento de suas historias.
O homem que partiu teve a grata satisfação de sair do tubo em que vivia. O tubo da rotina maléfica que maltrata e assola tanta gente. São muitas as desculpas para viver dentro do tubo; não posso, não consigo, não tenho tempo; não estou preparado; falta-me isso ou aquilo. Mas quem sabe um dia a liberdade alcance até mesmo o mais temeroso dos homens e o faça saber que há uma vida cheia de preciosidades a serem descobertas lá fora.
Uma curva, outra curva, mais uma curva, milhares delas. – Ei! Senhor, quantas curvas ainda terei pela frente? – Meu caro jovem, as curvas não acabam jamais. Elas apenas se sucedem harmoniosamente uma após a outra. Às vezes somos quase que ludibriados por retas intermináveis, repentinamente a curva surge e teremos que estar preparados para acompanhar seu traçado pré-definido, elaborado e cuidadosamente estudado. Tudo isso para evitar quem sabe um precipício, uma lamaçal, uma enorme rocha firmemente fincada em falso terreno e que nos obrigará a contorná-la. – Entendi! Então assim é a vida? – Sim! Cheia de curvas, mas também têm altos e baixos, subimos e descemos obedecendo a traçado do terreno percorrido.
O homem que partiu continua a jornada, ele não pode parar. Tal qual a semente plantada que um dia irá produzir centenas ou até mesmo milhares de outras sementes. Cada uma brotará e a vida seguirá seu curso, a eterna Constancia da vida; a mudança.
Por isso, o homem que partiu apenas foi. Jamais voltou de nenhuma de suas viagens de aventura. Continua indo e a cada dia partindo em busca de um novo tesouro escondido a ser descoberto e ao mundo revelado.
O homem que partiu questionou, respondeu, ensinou, aprendeu, observou, sentiu, experimentou, viu, ouviu, jamais desistiu. Ele sempre soube que seria possível, mas também sabia que não seria fácil.
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Lindo texto Waldez, parabéns.!
Que esta inspiração o faça escrever mais, eternize os seus caminhos, para que os que ainda continuam no tubo, possam ler e se encorajar a sair e a descobrir a maravilha da vida, o cheiro do mato, o gosto da chuva!.
abraços do FC Sergio Pires, Blumenau-SC
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OPa! Brigadinho .. Já tenho um livro cheinho de textos bem parecidos com esse. rs rs
Ai o Link ... Os desafios de Gygamalys ta no forno.
http://www.editorabarauna.com.br/dua...de-sonhos.html
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FC Waldez, esse aí já comprei e o li em questão de horas.
Uma maravilha a forma fluída como apresentas as tuas histórias, num linguajar muito agradável que não permite interrupções e melhor ainda, prefaciado pelo Américo, que tive o prazer de privar da companhia dele e de outros queridos amigos da Praça do Carmo.
Parabéns!
Agora, por favor veja se a tua viagem unindo os dois extremos americanos se encaixa dentro das regras do Grande Cacique Fazedor de Chuva, para que possamos te certificar como tal, reconhecendo-te como uma pessoa que praticou na íntegra o slogan dos FC: "Qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..."
Caso positivo venha fazer parte da elite do motociclismo mundial, porque a única organização que certifica estes aventureiros com originalidade e autenticidade são os Fazedores de Chuva, território daqueles que tem no coração o espírito da aventura.
Conheça também todos os desafios propostos e participe, colocando toda a tua alma em percorrer todos os quinhões desta maravilha chamada Pará, cujos belenenses, pelo que conheci e já tive a oportunidade de te falar, são sinônimos de hospitalidade.
Tudo isto está no link O Passaporte, lembrando que estamos todos unidos pelo que de mais precioso cultivamos, o relacionamento.
Se houver a mínima possibilidade de ires para Vitória, onde nos reuniremos para celebrar a razão do nosso cultivo, durante o período de 15 a 17 próximo, milhares de quilômetros transformados em abraços te esperam para estreitar esta nova amizade.
Finalizando, lembro que lá também estarão vários aventureiros que como tu, tem esta capacidade genial de transformar em escrita tantos sentimentos, visões e experiências, e ainda, contaminar a todos com a semente de que tudo é possível, quando fazemos a opção pelo viver.
Aprochegue-se Fazedor de Chuva!
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