karine
14-08-12, 23:24
Nós, Fazedores de Chuva, não temos restrições quanto à idade, motivações ou meios de transporte, o que realmente importa é o anseio por desbravar o desconhecido, aventurar-se, sair da mesmice e ir atrás de seus sonhos. Para o casal Duda e Heda ir atrás desses sonhos significou adiar alguns planos, antecipar outros e descobrir alguns novos sonhos, países e culturas. O projeto 30 trips (http://www.30trips.com/) engloba uma viagem de volta ao mundo em 300 dias por 30 países por dois jovens de 30 anos.
Meios de transporte? Os mais variados, adaptáveis a cada situação e país. Bagagem? Uma mochila. Começo? Semana que vem. As expectativas? Imensas. O resultado? Imprevisível.
Segue abaixo um relato do casal explicando como surgiu a ideia da viagem e todo o planejamento envolvido para "o nascimento do filho". Iremos acompanhar pelos próximos 10 meses as aventuras e descobertas dos dois.
3896
Fonte: 30 trips
O casal Duda e Heda em uma viagem de preparação pelo Marrocos
Dar a volta ao mundo. Uma frase curta, mas com grande significado. Para alguns não passa de utopia, já outros fazem uso da tecnologia para viajar de forma virtual e há, ainda, os que ficam postergando essa vontade por acreditar ser muito complicado colocar o sonho em prática. Realmente, esta decisão precisa ser tomada com uma dose de cautela e análise das variáveis. Entretanto, sua concretização é mais possível do que a maioria das pessoas imaginam.
Claro, para quem vive uma situação financeira, digamos, normal, a realização de uma viagem como essa passa pela abdicação ou pelo adiamento de outros desejos. É preciso pesar prioridades. Planejar com antecedência também é fundamental. Não apenas os destinos que serão visitados, mas o que se quer para os próximos três anos, em média. Porque um projeto desses impacta não apenas o ser humano como um todo (e também sua forma de ver o mundo dali por diante), mas também os anos subsequentes, se levarmos em conta a vida profissional e a saúde financeira.
Em relação ao segundo quesito, se o planejamento começar muito antes (anos, eu diria), é possível nem “sentir cócegas no bolso” no retorno. Agora, esperar tanto tempo num mundo tão imediatista como o que vivemos, onde estamos acostumados a ter um rápido feedback das coisas, pode não ser possível. Portanto, creio que um ano seja o tempo mínimo desejável para planejar este tipo de projeto. Este período é necessário para economizar uma quantia razoável, traçar os panoramas profissionais, reunir informações necessárias sobre vacinas, vistos e os destinos da viagem, colocar tudo isso em prática e resolver questões burocráticas como mudança, encerramento de contratos, abertura de contas e afins.
Ufa! São muitas coisas, mas que se diluem por ser um objetivo que se alcança em curto prazo. A sensação de realização de um sonho (podemos comparar isso à aquisição de um imóvel, de um carro, à realização de uma festa de casamento, à tão sonhada promoção etc) é motivante e dá a impressão de que o tempo passa mais rápido.
Nosso projeto, o 30trips, foi planejado para unir o sonho de dois “viageiros” de carteirinha: conhecer o mundo. Escolhemos uma época da vida onde, pelo menos para grande parte das pessoas, ciclos iniciam e são encerrados: os 30 anos. É mais ou menos um período limítrofe onde entram em pauta outros projetos como casamento, filhos, imóvel etc. Obviamente, essa jornada também seria viável com um filho, mas muito mais trabalhoso por tudo o que vocês podem imaginar. Além disso, talvez houvesse o receio de ir a determinados lugares.
Com amigos também seria complicado porque é muito mais fácil negociar interesses em casal do que em grupo. Em casal, além da intimidade, tem-se mais tolerância, peça fundamental numa convivência diária, por tanto tempo, onde um será o suporte do outro. Por essas e outras, essa primeira grande incursão decidimos fazer a dois. Então, para a decisão o foco foi o que almejamos para nossa vida, tanto sob o aspecto de casal quanto em relação às aspirações pessoais e profissionais. O fato de completarmos 30 anos exatamente em 2012 (e fazermos aquela reflexão básica e comum neste período) caiu como uma luva.
A vida traz algumas surpresas para todos. Entre as mais felizes, acredito, seja o encontro de pessoas que, além do amor, tenham projetos de vida similares. E este é o caso. Durante a infância e adolescência, nossas famílias sempre priorizaram viagens como forma de complemento à educação por meio do conhecimento de novas culturas, lugares, realidades e outras línguas. Desde muito cedo, portanto, fomos “picados por esse mosquitinho” que instalou o vício da diversidade, a curiosidade e até a coragem em nossas correntes sanguíneas.
Meios de transporte? Os mais variados, adaptáveis a cada situação e país. Bagagem? Uma mochila. Começo? Semana que vem. As expectativas? Imensas. O resultado? Imprevisível.
Segue abaixo um relato do casal explicando como surgiu a ideia da viagem e todo o planejamento envolvido para "o nascimento do filho". Iremos acompanhar pelos próximos 10 meses as aventuras e descobertas dos dois.
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Fonte: 30 trips
O casal Duda e Heda em uma viagem de preparação pelo Marrocos
Dar a volta ao mundo. Uma frase curta, mas com grande significado. Para alguns não passa de utopia, já outros fazem uso da tecnologia para viajar de forma virtual e há, ainda, os que ficam postergando essa vontade por acreditar ser muito complicado colocar o sonho em prática. Realmente, esta decisão precisa ser tomada com uma dose de cautela e análise das variáveis. Entretanto, sua concretização é mais possível do que a maioria das pessoas imaginam.
Claro, para quem vive uma situação financeira, digamos, normal, a realização de uma viagem como essa passa pela abdicação ou pelo adiamento de outros desejos. É preciso pesar prioridades. Planejar com antecedência também é fundamental. Não apenas os destinos que serão visitados, mas o que se quer para os próximos três anos, em média. Porque um projeto desses impacta não apenas o ser humano como um todo (e também sua forma de ver o mundo dali por diante), mas também os anos subsequentes, se levarmos em conta a vida profissional e a saúde financeira.
Em relação ao segundo quesito, se o planejamento começar muito antes (anos, eu diria), é possível nem “sentir cócegas no bolso” no retorno. Agora, esperar tanto tempo num mundo tão imediatista como o que vivemos, onde estamos acostumados a ter um rápido feedback das coisas, pode não ser possível. Portanto, creio que um ano seja o tempo mínimo desejável para planejar este tipo de projeto. Este período é necessário para economizar uma quantia razoável, traçar os panoramas profissionais, reunir informações necessárias sobre vacinas, vistos e os destinos da viagem, colocar tudo isso em prática e resolver questões burocráticas como mudança, encerramento de contratos, abertura de contas e afins.
Ufa! São muitas coisas, mas que se diluem por ser um objetivo que se alcança em curto prazo. A sensação de realização de um sonho (podemos comparar isso à aquisição de um imóvel, de um carro, à realização de uma festa de casamento, à tão sonhada promoção etc) é motivante e dá a impressão de que o tempo passa mais rápido.
Nosso projeto, o 30trips, foi planejado para unir o sonho de dois “viageiros” de carteirinha: conhecer o mundo. Escolhemos uma época da vida onde, pelo menos para grande parte das pessoas, ciclos iniciam e são encerrados: os 30 anos. É mais ou menos um período limítrofe onde entram em pauta outros projetos como casamento, filhos, imóvel etc. Obviamente, essa jornada também seria viável com um filho, mas muito mais trabalhoso por tudo o que vocês podem imaginar. Além disso, talvez houvesse o receio de ir a determinados lugares.
Com amigos também seria complicado porque é muito mais fácil negociar interesses em casal do que em grupo. Em casal, além da intimidade, tem-se mais tolerância, peça fundamental numa convivência diária, por tanto tempo, onde um será o suporte do outro. Por essas e outras, essa primeira grande incursão decidimos fazer a dois. Então, para a decisão o foco foi o que almejamos para nossa vida, tanto sob o aspecto de casal quanto em relação às aspirações pessoais e profissionais. O fato de completarmos 30 anos exatamente em 2012 (e fazermos aquela reflexão básica e comum neste período) caiu como uma luva.
A vida traz algumas surpresas para todos. Entre as mais felizes, acredito, seja o encontro de pessoas que, além do amor, tenham projetos de vida similares. E este é o caso. Durante a infância e adolescência, nossas famílias sempre priorizaram viagens como forma de complemento à educação por meio do conhecimento de novas culturas, lugares, realidades e outras línguas. Desde muito cedo, portanto, fomos “picados por esse mosquitinho” que instalou o vício da diversidade, a curiosidade e até a coragem em nossas correntes sanguíneas.