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Ver Versão Completa : Novos nômades



karine
03-08-12, 17:40
Povos nômades são aqueles que não têm uma habitação fixa. Aqueles que mudam constantemente de lugar. Com a criação da agricultura, esses povos se transformaram em sedentários e, atualmente, são praticamente inexistentes, sendo encontrados em poucos locais da África e da Ásia.

Porém, o que presenciamos hoje é o retorno dos nômades. Não são mais como os de antigamente, que se movimentavam em busca de alimento. Os novos nômades buscam muito mais que isso. Eles querem oxigênio para a vida poluída das grandes cidades. Querem contato humano para o isolamento da modernidade. Querem conhecimento para a futilidade que nos cerca.

Os novos nômades podem se mover, assim como os antigos, a pé. Mas também há outros meios. Sobre duas rodas a sensação de liberdade é ainda maior. A chuva, o sol e o vento são sentidos na pele e marcam a existência daqueles que os provam e os desafiam.

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Alguns podem julgar uma missão impossível andar em busca de novos horizontes, muitas vezes em locais inóspitos. Mas não é. Prova disso, são os Fazedores de Chuva. Em seus corações aventureiros e em suas almas inquietantes, percebe-se um anseio pelo novo, belo e sublime, que pode estar na cidade ao lado ou em outro continente.

Os eternos viajantes não veem o mundo lá fora. Eles o vivenciam.

karine
02-09-12, 18:30
O gosto por viagens e pela aventura independe de idade, sexo, raça, ideologia ou nacionalidade. A inquietação na alma pode mudar a todos, em qualquer contexto social, econômico ou período histórico. Esse é o denominador comum entre os novos nômades. Todos buscam novas indagações para poucas respostas, outras amizades para compartilhar experiências e diferentes culturas para compreender um pouco mais de sua própria.

Um desses novos nômades foi Ernesto Che Guevara. Independente de sua ideologia e anterior à revolução, ele, em 1951 decidiu fazer uma viagem pela América do Sul com o amigo bioquímico, Alberto Granado.

Essa inquietação na alma veio após uma viagem em uma pequena moto pelo Norte da Argentina, em 1950, na qual Ernesto viajou sozinho por mais de seis mil quilômetros.
Após um ano, ele decide, junto com o amigo Granado, embarcar na garupa da “La poderosa”, como eles chamavam a motocicleta modelo Norton 500, de 1939.

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Fonte: Marea Editorial
Foto de 1951. Che Guevara (3º à dir.) e Alberto Granado (à esq.) ao lado da famosa motocicleta

Ernesto Guevara Lynch, pai de Che, no livro “Ernesto CHE Guevara: de moto pela América do Sul”, explica a viagem do filho da seguinte forma: “suas viagens foram uma espécie de pesquisa social, saindo para ver o mundo com os próprios olhos, mas tentando, ao mesmo tempo, aplacar um pouco do sofrimento humano, sempre que pudesse”.

A viagem que começou em dezembro de 1951, na cidade de Córdoba, Argentina, passou pelo Chile, Peru, Colômbia, até chegar ao destino final: Caracas, na Venezuela, no dia 17 de julho de 1952.

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Fonte: Internet
Cena do filme "Diários de Motocicleta".

Mesmo com problemas recorrentes na “La poderosa”, Che Guevara, que na época tinha 23 anos, consegue atingir seus objetivos: descobrir sua verdadeira vocação, apaixonar-se e conhecer profundamente a América do Sul.

Assim como os demais nômades, Che também passou por uma intensa transformação, daquelas que só uma grande aventura de motocicleta pode propiciar. Ao final da viagem, o próprio Ernesto defini a experiência: “eu, não sou mais, pelo menos não sou o mesmo que era antes. Esse vagar sem rumo pelos caminhos de nossa Maiúscula América me transformou mais do que eu me dei conta”.

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Fonte: Internet
Cena do filme "Diários de Motocicleta".

Além do livro com os relatos da viagem, a aventura também foi retratada pelo filme “Diários de Motocicleta” (2004), de Walter Salles.

karine
12-09-12, 23:13
As novas nômades

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Fonte:Auto Esporte

Que elas estão por toda parte é notável. Que elas dominam todas as áreas, também. O avanço das mulheres agora é perceptível no mundo do motociclismo.

Os números comprovam essa presença cada vez mais significativa. Elas não querem apenas sentar na garupa, elas querem sentir o prazer de pilotar e girar o acelerador.

Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a quantidade de mulheres habilitadas para conduzir motos cresceu 44% em 3 anos.
A venda de mocicletas para elas também cresceu. Desde 2009, esse público corresponde a 25% do total, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo). Em 2001, elas eram apenas 17% dos compradores destes veículos.

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A época em que a moto era associada ao universo masculino passou. Atualmente, as mulheres também andam sob duas rodas e em busca dos mesmos sentimentos: aventura e liberdade. A diferença está no modo com o qual elas encaram o entorno, muitas vezes com mais serenidade e sensibilidade.

Sem dúvidas, essa mistura e envolvimento de todos os sexos, raças, cores e idades só agrega valor ao motociclismo. As diferentes visões, crenças e ideologias promovem a troca de conhecimento e experiência e saem ganhando todos os que por aí andam sob duas rodas.

E nós, Fazedores de Chuva, queremos cada vez mais novos e novas nomâdes que buscam a cada quilômetro e a cada curva ultrapassada outro motivo para alimentar o sonho e aquietar a alma.

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karine
24-09-12, 21:30
O encantamento das flores...

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Foto da Internet

Há dois dias começou a primavera. Marcada pelo desabrochar das flores, a estação é a mais colorida e promove ainda mais a integração entre homem e natureza.
O cheiro das flores, as abelhas passeando entre elas e os quadros formados pela união do verde, vermelho, rosa e amarelo compõem uma obra de arte que artista algum poderia (e nem tentaria) imitar.

A natureza também nos chama a querer desbravá-la. Com nossas motocicletas passamos o mais próximo possível da diversidade e riqueza de nossas florestas e animais. Os raios do sol iluminam a paisagem e aquecem nossos corpos. O orvalho que emana das árvores deixa na jaqueta e na viseira do capacete vestígios do que fora o amanhecer.

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Foto da Internet

Somos assim parte integrante da Terra. Tornamo-nos filhos da Mãe Natureza. Nestes momentos, resta-nos sentir a energia vibrante que nos cerca e agradecer! Agradecer por respirar ar tão puro e viver momentos tão inesquecíveis e raros sob duas rodas, que cruzam a estrada em busca desse contato intenso com o que nos cerca e nos define como seres deste iluminado planeta.

karine
17-10-12, 18:23
Saltando para o desconhecido

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Foto da Internet

Vamos evitar o previsível, o cotidiano, a mesmice. Não vamos passar pela vida, vamos nos jogar nela!

Vamos saltar na estrada, vamos devorar as curvas e vamos combater o vento.

Vamos deixar de lado as amarras que nos prendem ao sofá, ao trabalho, ao de sempre. Vamos praticar a ruptura todos os dias.

Não há como adiar para segunda-feira. Não tem como deixar para as resoluções do próximo ano. Postergar para amanhã já não faz sentido.

A hora é agora. O momento é este. O necessário está em suas mãos. Vamos partir para o nomadismo. Vamos nos jogar no desconhecido.

Essa transição não será lenta ou gradual. A ruptura requer força. A ação deve ser abrupta.

A partir deste instante, o repentino marca nossos passos e a inquietação da alma nos mostra o caminho a seguir.

A hora de se jogar é agora, Fazedor de Chuva! O que você está esperando?

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Foto da Internet

Dolor
17-10-12, 22:30
É..., os FC também instigam o terrorismo, daquele tipo bom, que incita à vida e ao rompimento das amarras, muitas delas invisíveis, mas que nos seguram tanto quanto aquelas velhas conhecidas que atendem pelo nome de compromissos, agora não posso, temos isso, quando eu completar tantos anos, meus filhos... e vamos por aí afora com um montão de justificativas, uma mais convincente do que a outra.

Estás esperando o que para te jogar?

Lembrem-se que no cemitério só repousam os insubstituíveis!

Aprocheguem-se FC!

karine
17-12-12, 20:07
Repórter percorrerá a pé, durante sete anos, 35 mil quilômetros ao redor do mundo

Os novos nômades surgem nos mais distintos locais, momentos e nas mais diversas profissões.

Esse é o caso do repórter Paul Salopek, que já ganhou duas vezes o prêmio Pulitzer. No próximo ano, ele começará uma viagem de 84 meses, percorrendo mais de 35 mil quilômetros a pé. O percurso escolhido por Salopek ainda é baseado no que os antropólogos acreditam ser o primeiro caminho que levou os humanos para fora da África para povoar o resto do mundo.

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Foto da Internet

Assim, o repórter irá sair da Etiópia, na África, e passará pela Ásia e pelos Estados Unidos, terminando sua jornada na Patagônia, no extremo sul da América do Sul, em 2019. A viagem recebeu o nome de “Out of Eden” (em tradução livre, “Fora do Éden”) e servirá para que Salopek possa analisar e escrever sobre as diferentes culturas ao redor do globo.

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Imagine, Fazedor de Chuva, a quantidade de conhecimento e sabedoria que serão acumulados nestes sete anos. Imagine quantos amigos ele irá fazer nos locais mais inesperados. É, sem dúvida, Paul estará fazendo não apenas um trabalho intenso, mas estará realizando um “intensivo de vida”.

Na bagagem, além de roupas, irá um laptop, uma câmera de vídeo, um telefone via satélite, um GPS, guias e tradutores — além de bons pares de sapatos. Agora, sem dúvida, o que ele trará de volta em sua bagagem como ser humano é imensurável.

Fonte: TecMundo

Dolor
17-12-12, 23:23
Se o jornalista subir um pouquinho mais, até Prudhoe Bay, AK, já que descerá até Ushuaia, Terra do Fogo, poderá se tornar um Grande Cacique Fazedor de Chuva.

Vou procurar entrar em contato!

karine
21-02-13, 21:09
Novos nômades buscam novas hospedagens

Eles não querem mais hotéis ou hospedagens tradicionais. Os novos nômades querem vivenciar novas experiências inclusive nos locais onde estão hospedados, conhecer de perto a cultura e os nativos. Por que ficar em um hotel 5 estrelas se você pode ficar em uma casa na árvore? Por que alugar um simples apartamento se pode viver a experiência de passar algumas noites em um castelo?

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Fonte: Airbnb

A Airbnb (https://www.airbnb.com.br/) é um exemplo de novas opções de hospedagem. A empresa se intitula “um mercado comunitário de acomodações exclusivas”. Em outras palavras, uma centralizadora online de acomodações disponíveis para aluguel – desde uma cama em um apartamento em Manhattan até um iglu na Áustria.

Ao redor do mundo, a Airbnb já intermediou a hospedagem de 4 milhões de usuários. A estimativa é de que a Airbnb fechou 2012 com um faturamento de 240 milhões de dólares, segundo a Fast Company.

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Fonte: Airbnb

Com um cadastro rápido você pode começar a navegar dentro das hospedagens disponibilizadas pelo Airbnb. Após escolhido o destino, o anfitrião terá 24 horas para aceitar o seu pedido. Além da hospedagem, é cobrada uma taxa de serviço de 6% a 12% do valor da reserva. O pagamento pode ser feito por Paypal ou cartão de crédito. Entre as opções há casas na árvore, castelos, casas na praia e iglus.

E a empresa já pensa em ampliar os negócios e promover o compartilhamento de carros e de aviões.

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Fonte: Airbnb

Outra empresa que oferece opções diferenciadas é Couchsurfing (https://www.couchsurfing.org/), que possui 5 milhões de usuários cadastrados e disponibiliza hospedagens gratuitas em 97 mil cidades. O lema do Couchsurfing é criar experiências inspiradoras. Os usuários disponibilizam suas casas, sofás ou apenas tempo para mostrar a cidade. Funciona como uma rede social de hospedagens, os usuários recebem “notas” de outros usuários e assim quando alguém decide viajar para um lugar pode pesquisar e entrar em contato com os usuários naquela cidade. Isso proporciona um contato intenso com os moradores e uma nova perspectiva do local visitado.

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E você, Fazedor de Chuva, viveria essa experiência? Aprochegue-se e compartilhe conosco qual foi o local mais inusitado onde você já se hospedou.

Dolor
21-02-13, 23:38
Fazedores, temos um projeto para ser lançado dentro de pouco tempo, chamado Território Fazedor de Chuva quando estaremos disponibilizando, dentro de um ambiente logado e referenciado, opções para hospedagem, serviços e outros tipos de apoio para quem estiver viajando.

O objetivo não é e nem tem sido pensado como forma de obtenção de vantagens pecuniárias para quem está viajando, mas sim, pela possibilidade de deixar o horizonte sob o ponto de vista dos novos relacionamentos e estreitamento daqueles antigos, mais finito, para que as conspirações sejam somente positivas.

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Mesmo com a inspiração ainda sob o domínio do sonho, imaginamos uma rede neste Território dos Fazedores de Chuva, de pessoas de bem, que se visitem, interajam e estreitem os seus relacionamentos, numa verdadeira via de mão dupla.

Não objetivamos acomodações sob o ponto de vista de casa, mas de lar.

Não buscamos serviços, mas ajuda.

Não procuramos conhecidos, mas amigos.

Se você Fazedor de Chuva tem alguma sugestão ou ideia que possa nos auxiliar a tornar este ambiente ainda mais dinâmico, seguro e interativo, não hesite e aprochegue-se.

Estamos de braços abertos aguardando a sua participação.

Shimithi
22-02-13, 00:05
Grande Dolor, sua sabedoria, seu coracao e sua alma iluminada sempre proporcionando oportunidades para o encontro de "coracoes limpos e almas puras".
Parabens pela iniciativa e conte conosco para o que precisar.
Carla e eu, nossos meninos, mascotes caninos, canarinhos e tudo mais que compoe nosso Lar, eh Territorio dos Fazedores de Chuva! Saudoso abraco em voce e Angela,

karine
13-03-13, 20:49
Nômades também devem saber desistir

Você, Fazedor de Chuva, já teve que desistir de um sonho? Às vezes desistir é tão (ou mais) importante que persistir. É preciso reconhecer quando levar adiante um sonho ultrapassa a barreira do saudável, seguro e sensato. Bem, sensato nem sempre é, mas principalmente quando apresenta algum tipo de risco para o nômade sonhador. Veja o exemplo do considerado "maior explorador vivo", até ele já teve que desistir de uma aventura:

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Ranulph Fiennes e Alexander Joe

O aventureiro britânico de 68 anos Sir Ranulph Fiennes desistiu de sua tentativa de realizar a primeira travessia da Antártica no inverno, sem assistência.
"Esta decisão não foi fácil de ser tomada porque supõe, evidentemente, uma profunda decepção para Fiennes e seus colegas", indicou a expedição em um comunicado postado no site "The Coldest Journey".

Fiennes ficou ferido depois de cair durante uma sessão de treinamento de esqui a uma temperatura de -30º Celsius, informou Tony Medniuk, da equipe de apoio à expedição.
Segundo o site, o explorador ainda não foi evacuado devido a uma nevasca que impede sua volta até a estação Princesa Elizabeth, situada a 70 km de seu atual acampamento.
A evacuação deve ser feita o mais rápido possível, antes do início do terrível inverno antártico, onde a temperatura média cai abaixo dos -70º, com picos de até -90º.
Os outros cinco integrantes da expedição decidiram de forma unânime continuar com o desafio, como estava previsto, a partir do dia 21 de março.

Descrito pelo Livro Guinness dos Recordes Mundiais como "o maior explorador vivo", Fiennes já atravessou a Antártida a pé e sem assistência em 1992-93, só que no verão.
Fiennes ficou famoso quando, em 2003, correu sete maratonas em sete dias, nos cinco continentes. Com 65 anos, chegou ao topo do Everest.

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Foto da Internet

karine
17-03-13, 14:00
Steve McCurry: em busca da humanidade, a missão de um fotógrafo

O fotógrafo na National Geographic Steve McCurry, que registrou a famosa refugiada afegã de olhos verdes, almeja encontrar na fotografia o sentido de sua própria vida. Ele é um novo nomâde que não busca apenas um lugar, ele almeja encontrar o seu lugar no mundo.

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Foto de Steve McCurry

Veja o que ele conta sobre essa busca interminável, sua vida e profissão (divulgado na National Geographic Brasil):

"Quando estava com 27 anos, larguei meu trabalho como fotojornalista, peguei minha poupança e fui para a Índia pelo simples motivo de que jamais estivera naquela parte do mundo. Meu plano original era passar 12 semanas viajando. Em vez disso, acabei voltando de lá dois anos depois com 200 rolos de filme e completamente fascinado pela religião, pelos costumes e pela cultura do país. Fiquei impressionado com o contraste entre modos de vida arcaicos e modernos e com a flagrante disparidade entre ricos e pobres.

Desde então, em pouco mais de três décadas, voltei ao subcontinente indiano nada menos que 84 vezes. Também fiz 35 viagens ao Afeganistão, além de viajar a trabalho para Birmânia,Tailândia, China, Paquistão, Bangladesh e Turquia.

Não que eu seja obcecado por lugares problemáticos e tampouco estou tentando bater algum recorde de milhas voadas. O que acontece é que, simplesmente, nada me atrai tanto quanto explorar o mundo com uma câmera na mão. Para mim, tanto as diferenças como as semelhanças entre os povos são igualmente fascinantes.

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Foto de Steve McCurry

No princípio, o que eu queria era filmar documentários. Mas, à medida que fui aprendendo o ofício, percebi que gostava mesmo era de fotografar. No meu caso, esse meio é o mais acessível. Com uma câmera de 35 mm, basta sair para a rua e trabalhar. É algo imediato e espontâneo. Não é preciso planejamento nem preparação. Acabo quase sempre fotografando gente. Se topo com alguém que me atrai na rua, sempre pergunto se posso fazer seu retrato.

Esse é um dos aspectos mais difíceis de meu trabalho. Quando viajo por países mais pobres ou zonas em conflito, sou assediado por gente que precisa de ajuda. Tenho de decidir como agir em cada situação. Quando devo por de lado a câmera e intervir de outro modo?

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Foto de Steve McCurry

Dezesseis anos atrás, quando estava cobrindo a guerra civil no Afeganistão, vi um soldado ferido à beira da estrada. Fiz uma foto dele e depois o levei a um hospital em Cabul, onde lhe salvaram a vida.

É por isso que, em 1979, quando ouvi rumores de uma revolta no Afeganistão, parti sorrateiramente pela mata a fim de cruzar a fronteira entre o Paquistão e a região norte daquele país. E vi que de fato as pessoas haviam tomado em armas com a finalidade de expulsar a sforças do governo, o qual reagia incendiando os vilarejos. Fotografei guerrilheiros muçulmanos e civis mortos. Na hora de voltar, costurei os rolos de filme na cintura da calça de modo que não pudessem ser detectados nem confiscados. Quando foram publicadas, as fotos estavam entre as primeiras imagens do conflito. Fiquei surpreso ao ver o impacto que causaram. De repente, todo mundo passou a se interessar pelo Afeganistão. De lá segui para a Tailândia para cobrir os cambojanos que fugiam do Khmer Vermelho.

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Foto de Steve McCurry

Nunca decidi ser um fotógrafo de guerra, mas tenho enorme interesse no modo como os conflitos afetam as pessoas. Não importa o lugar, nossa reação é a mesma: sempre somos capazes de nos recuperar. Está na natureza humana seguir em frente. O retrato que fiz de Sharbat Gula, “a menina afegã”, faz parte de uma série sobre jovens que frequentavam uma escola improvisada em um campo de refugiados perto de Peshawar, no Paquistão, em 1984. Reconhecida mundo afora, a imagem tornou-se um símbolo da resistência humana.

Não há como prever uma foto assim. Às vezes a gente trabalha um mês inteiro e não consegue nada. Mesmo depois de tanto tempo de profissão, ainda não sei como captar uma imagem que fique gravada na memória coletiva. Tudo o que faço é seguir minha intuição.

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Foto de Steve McCurry

Tive o privilégio de estar presente em muitas dessas ocasiões e de fotografar gente em seus momentos menos resguardados. Mas também testemunhei cenas perturbadoras. Em minha primeira viagem à Índia, fui a Varanasi, à beira do rio Ganges. E ali testemunhei uma matilha de cães devorando uma carcaça humana – muitos corpos são cremados na beira do rio sagrado. Aquele, porém, acabou voltando à margem. Os cães agiram de modo natural, mas foi horrível.

Como fotógrafo, não posso me dar ao luxo de desviar o olhar. Não posso antecipar o que vou fazer e editar o que vejo. Minha tarefa é captar tudo, até o mais difícil. Minha intenção é obter imagens dotadas de sentido – e, com isso, dar sentido à minha própria vida."

karine
04-06-13, 22:19
O perigo está no fundo do mar

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Fonte: Viajaqui.abril

O fotógrafo brasileiro Daniel Botelho esteve em Guadalupe, no México, para registrar as feras dos mares bem de perto. Ele é colaborador da National Geographic Brasil e conta como foi o mergulho:

"A dificuldade em mergulhar com tubarão-branco é máxima em termos de atenção e foco. Trata-se do que chamo de mergulho 3D, que consiste em manter o perímetro total coberto, tanto para os lados quanto para cima e principalmente para baixo, já que muitos deles se aproximam por baixo. O risco é administrável por meio desta “leitura” do animal. É necessário ter respeito e saber identificar as reações agressivas – e se for necessário, abortar as atividades. Há sinais bem claros de estress, mas costuma ser muito em função do comportamento do mergulhador, pois se você ficar tranquilo e estático, o tubarão percebe a adaptação ao meio e sabe que está sendo observado. A instabilidade do mergulhador e a falta de um excelente controle de flutuabilidade podem aguçar a curiosidade do bicho".

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Fonte: Viajaqui.abril

ANACLETO WENZEL
17-06-13, 21:26
Nômades do arco-íris

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Foto de Benoit Paillé

Centenas de pessoas da chamada Rainbow Family se reúnem todos os anos em alguma parte do planeta para viver dias de utopia: o Rainbow Gathering [encontro do arco-íris] é um festival que já tem mais de 38 anos, e a cada edição reúne centenas de pessoas, em acampamentos ao ar livre para celebrar e praticar ideais de paz, amor, harmonia, liberdade e comunidade, como uma alternativa ao consumismo, capitalismo e costumes vigentes.

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Foto de Benoit Paillé

O fotógrafo Benoit Paillé, frequentador do Rainbow Gathering há anos, teve permissão para fotografar alguns desses encontros, aproveitou para mostrar o estilo de vida que é visto às vezes de maneira negativa pela mídia.

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Foto de Benoit Paillé

Nas palavras dele, "Eu decidi fotografar minha família, meus irmãos e irmãs. Tenho frequentado o Rainbow Gathering por 7 anos, e tirei fotos do encontro durante os últimos 3 anos. As imagens que você vê são muito preciosas, pois a normalmente não é permitido tirar fotos durante o evento, por isso, sejam respeitosos com meus irmãos e irmãs. As pessoas são o amor, são mágicos, são beleza estas irmãs e irmãos são as pessoas do futuro."

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Foto de Benoit Paillé

karine
13-07-13, 14:33
Há 53 anos Jane Goodall começava um dos mais belos estudos científicos já realizados

Na manhã de 14 de julho de 1960, ela chegou a uma praia pedregosa na costa leste do lago Tanganica. Foram seus primeiros passos na então chamada Reserva de Caça Gombe Stream, uma pequena área protegida que o governo colonial britânico havia demarcado nos idos de 1943. Trazia uma barraca, pratos de flandres, uma caneca sem asa, um binóculo tosco, um cozinheiro africano chamado Dominic, e - como acompanhante, por insistência de pessoas que temiam por sua segurança na selva da Tanganica pré-independente - sua mãe. Vinha estudar os chimpanzés. Ou pelo menos tentar. Quem não a conhecia bem apostava em seu fracasso. Mas uma pessoa, o paleontólogo Louis Leakey, que a recrutara para a tarefa em Nairóbi, acreditava que ela podia ter êxito.

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Fonte: National Geographic Brasil

Um grupo de moradores acampados na praia perto de redes de pesca recebeu os recém-chegados e os ajudou a descarregar o equipamento. Por volta das 5 da tarde, alguém anunciou ter visto um chimpanzé. "Lá fomos nós", escreveu Jane depois em seu diário. Foi só um vislumbre distante, vago. "Ele se afastou quando alcançamos o bando de pescadores que o fitava. Escalamos a encosta, mas não o vimos mais." Apesar disso, ela registrou um amontoado de ramos curvados e amassados numa árvore próxima: um ninho de chimpanzé. Esse dado, o primeiro ninho, foi o ponto de partida de uma saga, ainda em andamento e completando agora 53 anos, que viria a ser uma das mais importantes da biologia moderna: o contínuo e minucioso estudo do comportamento dos chimpanzés de Gombe, empreendido por Jane Goodall e outros.

A história da ciência registra alguns dos grandes momentos e detalhes icônicos dessa saga, fascinante como um conto de fada. A jovem senhorita Goodall não tinha credenciais científicas quando começou nem ao menos diploma universitário. Era uma brilhante e motivada inglesa, formada em secretariado, que sempre amara os animais e sonhava em estudá-los na África. Provinha de uma família de mulheres fortes, pouco dinheiro e homens ausentes. Suas primeiras semanas em Gombe foram atribuladas, tateando à procura de uma metodologia, perdendo tempo por causa de uma febre que provavelmente era malária, caminhando muitos quilômetros pela selva montanhosa e avistando poucos chimpanzés.

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Fonte: National Geographic Brasil

Finalmente, um macho idoso, de barbicha grisalha, deu-lhe uma chance - fez um hesitante e surpreendente gesto de confiança. Jane batizou-o de David Greybeard (David, o Barba Grisalha). Em parte graças a ele, Jane fez três observações que abalaram as confortáveis certezas da antropologia física: chimpanzés comem carne (presumia-se que fossem vegetarianos), usam ferramentas (talos de planta para pescar cupim no ninho) e as fabricam (removendo as folhas do caule), sendo esta última uma característica supostamente única da premeditação humana. Foi um avanço enorme na pesquisa científica: cada uma dessas descobertas reduziu ainda mais a diferença percebida entre a inteligência e a cultura do Homo sapiens e do Pan troglodytes.

Fonte: National Geographic Brasil

Proftel
25-07-13, 23:08
Karine:

Na Idade Média, um vassalo só se ausentava de seu lugar de nascença no máximo 35 Km (trinta e cinco quilômetros) a vida inteira!

Não se concebe isso hoje em dia!

Os Senhores Feudais iam mais longe guerrear, "buscar o cálice sagrado" ou "livrar Jerusalém" etc.

Creio que os frequentadores dessa página, mesmo em 1.300 dC seriam nômades, não sou "Espírita" mas, de vez em quando, a explicação do "Chico Xavier" sobre "Reencarnação", vou te contar, até parece plausível.

Nascido na Religião Católica (sou Católico Apostólico Romano - Batizado e Crismado (enquanto era Seminarista em Araraquara)), nem deveria estar comentando sobre mas, que é interessante é!

Não me leve a mal, estou só divagando.

Alexandre.

:-)

karine
15-08-13, 22:38
Izan Petterle: a beleza enigmática das coisas

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Fonte: National Geographic Brasil

Após anos criando gado, treinando cavalos no Mato Grosso, Izan Petterle decidiu ser fotógrafo. Aos 40 anos. O sonho de infância permaneceu como hobby durante os 15 anos em que trabalhou como fazendeiro. Só ganhou espaço quando sua mulher decidiu morar no Rio de Janeiro, e ele enfim tirou os pés da Chapada dos Guimarães. Nesse dia, ele se perguntou: “E agora, o que é que vou fazer da minha vida?”

Petterle buscava sentido para sua vida, mas não queria procurá-lo na capital fluminense. Preferiu comprar um apartamento em São Paulo. “Aquela história era minha. Já com dois filhos criados, 19 anos de casado, minha mulher foi categórica: ‘Faça o que você quiser da sua vida, que eu faço da minha’. Pensei: ‘Não tem mais fazenda, não tem mais a vida que eu tinha. A única coisa que me sobrou foi o sonho, a fotografia. E vou fazer tudo que eu tiver que fazer para chegar lá’“, lembra-se o gaúcho.

O caminho até se tornar fotógrafo de NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL foi percorrido após grandes jornadas pelo Brasil fotografando cavaleiros e amazonas durante três anos sabáticos, 1998, 1999 e 2000. Por sorte, o fim desse período coincidiu com a fundação da edição brasileira da revista.

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Fonte: National Geographic Brasil

Não foi sem preparo que iniciou esse projeto. A base da fotografia aprendeu quando passou no vestibular para Medicina Veterinária na UFRGS, em 1974. O jovem de 18 anos ganhou dinheiro do avô para comprar um fusca, mas voltou para casa com uma câmera Pentax, três lentes e fez um curso de fotografia. A veterinária, por sua vez, largou no quarto ano de estudos. Depois que se mudou para a capital paulista, inspirado por uma entrevista de Sebastião Salgado, investiu novamente em equipamento, decidiu explorar assuntos com os quais já tinha intimidade – cavalos e veterinária – e montou o plano e o roteiro de viagem.

Nessa jornada, Izan documentou cavaleiros e suas celebrações populares e religiosas, sobretudo a cavalhada, festa folclórica de origem medieval encenada no Brasil desde 1584. Os registros acabaram publicados na revista em setembro de 2001, na reportagem Festa a cavalo. “É aquela história: ‘Se hace camino al andar’. Sou o único cara que fez isso até hoje e a NATIONAL adorou.”

Fonte: National Geographic Brasil

karine
26-09-13, 22:19
O norte-americano Irv Gordon passou muito tempo com seu possante, um 1800 S, da Volvo. Ele está com o carro desde 1966 e, pelo visto, vai continuar um bom tempo com o veículo.

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Fonte: Auto Esporte

Gordon e seu 1800 S já rodaram 4,8 milhões de quilômetros, distância correspondente a 120 voltas ao mundo. A conquista foi marcada no único estado estadunidense que Gordon ainda não conhecida – o Alasca – no último dia 18.

"Não foi tanto pela questão de alcançar a marca, mas pelas viagens que fiz a fim de conquistá-la e o que experimentei até aqui. Nunca tive a meta de 1 milhão, 2 milhões de quilômetros rodados. Só gostei de dirigir e curtir a vida com o meu Volvo”, disse o proprietário do veículo.

Pois é, Fazedores de Chuva, há almas inquietas espalhadas por todas as partes do mundo e com os mais distintos veículos. Todos rodando atrás de seus sonhos.

Aprocheguem-se, FC!

Fonte: Auto Esporte

karine
24-10-13, 22:32
Por onde começar?

"Se seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo; agora construa os alicerces"
(Dalai Lama)

A Jus Prado no site Extremos escrever uma reflexão sobre como ir atrás dos sonhos. Sempre uma inspiração para os novos nômades. Confira:

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Foto da Internet

É gratificante poder compartilhar inspiração, seja ela vinda através de belas fotos ou relatos de viagem pelo mundo a fora ou mesmo através de uma simples conversa com o seu melhor amigo recheada de atenção e amor.

Junto com a inspiração que toca o coração dos sonhadores é natural que venha também uma certa curiosidade em saber como é que faz para colocar um sonho em prática?
Independente do caminho que cada um faz ou irá traçar para chegar lá e de qual seja o seu sonho todos nós temos a capacidade de realizar aquilo que projetamos, alinhando: atenção, intenção e ação podemos voar alto!

Então, como começar?
Primeiro de tudo é acreditar que é possível por mais que a situação atual não seja favorável, sim, acredite! Não é utopia nem viagem na maionese, chega de desculpas externas e expanda a sua capacidade de compreensão pois há muito mais coisas além do que apenas aquilo que se pode ver. Para os mais descrentes aconselho: tente!

E não basta apenas acreditar, tem que trabalhar duro na crença de que é possível pois os obstáculos contrários virão de todos os lados: parentes, amigos, o sistema, a mídia e o mais difícil de todos: você mesmo, que será severo bombardeando o seu sonho com todos os tipos de argumentos como: 'é impossível', eu não consigo', 'não tenho dinheiro', 'não tenho tempo', 'não tenho isto ou aquilo' e blá blá blá. Coragem!

Não espere que os outros entendam ou aceitem o que você quer realizar, nem espere a opinião deles, forme a sua opinião e trate de aceitar a ideia você mesmo! Vire a mesa desta voz interior. Por que não é possível? Tome as rédeas e transforme obstáculos em possibilidades.

Ainda no plano abstrato de nossa mente, comece a investigar o seu sonho, faça rascunhos, descubra o que você realmente quer fazer e materialize-o na forma de objetivos.
Comece pequeno, pesquise tudo relacionado ao seu objetivo e aos poucos organize-se, trabalhe e dê forma com as ferramentas que você tem hoje, devagar e etapa por etapa. Paciência.

Continue desenvolvendo o seu objetivo e inspire-se! Quando as coisas vão começando a acontecer tente não se cobrar demais, pelo contrário, aprenda a se desapegar de qualquer resultado e permita reajustar os planos e descansar se for preciso, novas ideias vão surgir, esteja receptivo a elas e tudo isso faz parte do processo onde o importante é continuar se movimentando para frente!

Faça as pazes com o medo! Qualquer medo principalmente o medo do desconhecido, aquela sensação de frio na barriga e garganta seca quando você vê que o que você sonhou e planejou por um período está prestes a acontecer, uma mistura de medo com entusiasmo e euforia, pois bem, aproveite e mantenha-se positivo e aberto para os imprevistos, deixe a vida te surpreender através de cada experiência!

E uma vez que você realiza um sonho verá que todos os outros são totalmente alcançáveis! E assim você será capaz de dar saltos cada vez mais altos, sem limites para aquele que verdadeiramente acredita!

Bons ventos e ótimos tempos!

karine
06-01-14, 21:42
O poder transformador da fotografia

O fotógrafo da National Geographic Luciano Candisani conta um pouco sobre a sua história com a fotografia. Confira:

"O icônico retrato da menina afegã Sharbat Gula, de Steve McCurry, está de volta à capa de National Geographic. Escolha perfeita para abrir uma edição inteira dedicada ao poder transformador da fotografia.

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Fonte: viajeaqui.abril

Vi esta fotografia de McCurry pela primeira vez na adolescência. Eu já era, então, um “leitor” inveterado da famosa revista de borda amarela, que via na biblioteca do colégio. Nessa época, pouco lia do texto em Inglês, mas nada podia ser mais eloquente pra mim do que aquelas histórias contadas com imagens espetaculares.

Ligado ao mar, me interessava sobretudo pelas reportagens do universo de ilhas remotas feitas por David Doubilet. Suas incríveis imagens de águas cristalinas e recifes multicoloridos alimentavam meus sonhos de um dia ver e fotografar aquilo tudo com meus próprios olhos.

Queria um trabalho como aquele! E fui atrás. Aos 15 anos de idade, tirei uma credencial de mergulho autônomo e consegui uma Nikonos V, a lendária câmera anfíbia da Nikon. Fiz minhas primeiras fotografias embaixo d’água no quintal de casa, entre Ilhabela e Angra dos Reis, estabelecendo uma ligação com a natureza que mais tarde me levou a optar pelo curso superior de biologia na Universidade de São Paulo.

No primeiro semestre da faculdade, comecei a estagiar no Instituto Oceanográfico. Adorava aquela atmosfera de pesquisa marinha e logo passei a embarcar para expedições ao longo da costa brasileira.

Trabalhava como assistente de pesquisa e também fazia fotografias submarinas de equipamentos de coleta e procedimentos de trabalho com a minha Nikonos, a pedido dos professores. Os laboratórios precisavam dessas imagens e pouca gente fazia fotografia submarina naquela época.

Os convites para trabalhos de documentação fotográfica começaram a surgir em profusão. Virei um “fotógrafo” de expedições científicas.

Foi assim que, entre 1996 e 98, fiz duas longas viagens para a Antártica, a serviço do Instituto Oceanográfico, e publiquei minhas primeiras matérias importantes na imprensa brasileira. As imagens sobre a rara vida abaixo da superfície congelada do mar, inéditas na época, conquistaram visibilidade e abriram o longo caminho que me levaria ao sonho acalentado na juventude.

Desde o ano 2000 produzo reportagens fotográficas para a National Geographic Brasil e, agora, fotografo também para a edição mundial da revista, a mesma publicação que fora decisiva na minha escolha profissional. Histórias que se encontraram graças ao poder transformador da fotografia".

karine
13-01-14, 21:06
Quando desistir?

Antônio Calvo, é proprietário da Loja Armazém Aventura e adora esportes ao ar livre. Confira o relato dele no site Extremos (http://www.extremos.com.br/Blog/Antonio_Calvo/140107_quando_desistir/#F7):

"Eu fiz a escolha errada. Entusiasmado com a escalada, com os dias longe do agito do dia a dia, feliz por estar com um grande amigo, escolhi uma linha um pouco mais à esquerda que deveria e quando percebi já estava enroscado, parado no meio da parede quase vertical, sem conseguir subir ou descer e com a minha segurança ainda uns cinco metros abaixo, nada pronta. Até agora eu ficara num estado de transe, num universo paralelo - e só meu - que me afastara de tudo e de todos, mergulhado numa sensação que muitos aventureiros e esportistas dizem que sentem quando atingem o máximo da concentração e performance. Mas o medo me fez perder o foco e a magia do momento foi embora. Então voltei a ouvir a minha respiração e sentir o sangue fluindo pelas veias, ouvi o coração batendo. E isso não era nada bom...

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Foto: Paul Colas-Rosas

A primeira coisa que eu tentei fazer foi me concentrar para concentrar. Parece engraçado e sem nexo, mas foi justamente isso que eu fiz: uma concentração enorme para voltar a me concentrar. Aos poucos achei um pé mais em baixo e tomei coragem para mudar de posição. Já era hora, meus braços estavam cansados e muito provavelmente eu não aguentaria por mais tempo. Consegui um segundo apoio de pé mais em baixo, havia desescalado apenas alguns centímetros quando senti um leve puxão na corda. Com a minha discreta descida o Paul percebeu que a corda estava solta e por isso era necessário retesá-la. Gritei alguma coisa como “não puxa, não puxa”. Eu não queria levar um tranco da corda a ponto de desequilibrar e cair os cinco metros que me separavam do último grampo logo depois da grande chaminé. Foi então que desci mais um metro e parei, travei de vez, não conseguia pensar em mais nada além de fud*!

Eu estava com o amigo Paul Colas-Rosas escalando a Chaminé Jimmy nas Agulhas Negras, dentro do Parque Nacional do Itatiaia. Era a primeira viagem desde o nascimento do meu filho Luca. Estes meses parado me deixaram com aquela coceira no corpo que os viajantes sentem ao ficar por mais de alguns dias no mesmo lugar, como bem descreve Jack Kerouac em seu livro beat “On the Road”. Era preciso colocar a mochila nas costas e o pé na estrada.

A Jimmy ou Travessia Diagonal tem um nível moderado de dificuldade, “apenas” 3º IV, porém sua exposição é E3 - numa escala de 1 a 5. Quanto menor o número da exposição, mais protegida é a via e, portanto, apresenta mais pontos para a segurança ao longo da subida. Seus conquistadores e data da façanha são desconhecidos. É considerada uma das mais belas vias das Agulhas segundo o “Guia da Região do Itatiaia, Escaladas e Montanhismo”.

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Foto: Paul Colas-Rosas

Colado na pedra como um gato escaldado, à esquerda da “canaleta curva para a direita”, no meio das Agulhas Negras, gritei para o Paul que eu precisava de ajuda. “Quanto tempo você consegue ficar nesta posição?” ele perguntou. Acho que respondi “uns 5 minutos!”. Ele desfez a segurança em sua cadeirinha para liberar o único sistema que nos conectava, o cordão umbilical que liga os escaladores e que, em teoria, nunca, nunca mesmo deve ser solto. Mas eu já estava sem proteção alguma porque a corda ainda não estava costurada em nenhum grampo. Simplesmente não há proteção naquela parte da escalada, logo não faria a menor diferença estar ou não conectado ao parceiro. Então gritei “voa!”.

A estratégia era simples. Bastava ele chegar num bloco de pedra ao meu lado, quase na mesma altura, e refazer a segurança. Se eu caísse a partir de então, ao invés de chapar no final da grande chaminé que acabáramos de escalar, pendularia para a base desse bloco. Na minha cabeça o estrago seria menor. Calmo e objetivo, o Paul escalou até o bloco de pedra e preparou a minha segurança novamente. Que alívio, o plano havia dado certo!

Mas a escalada estava condenada, perdi totalmente as minhas forças, físicas e mentais. E ainda era preciso descer tudo o que havíamos escalado até então.

Quando é preciso desistir dos sonhos e vontades e assumir que é hora de voltar? Eu me lembro que o Paul foi olhar o próximo lance da Jimmy enquanto eu retomava o fôlego. Era o crux, o trecho mais difícil da via de escalada, que tem início num enorme platô e possui parcas proteções na rocha. Enquanto ele esteve fora eu peguei a máquina de filmar e apertei o rec. As palavras não saíram da minha boca. Os primeiros segundos mostram uma respiração profunda, um olhar solto, triste, perdido. Olho para o relógio na tentativa de buscar coragem e assumir que eu não tinha mais força para continuar. Não queria desapontar o amigo e muito menos eu mesmo. Não queria assumir a derrota e sair daquele universo paralelo que tanto me empolga quando estou ao ar livre, mas era preciso entender que a maneira que se chega ao cume é muito mais importante que a própria façanha em si, como bem descreveu Terrey; mas nem no cume eu estava (!) ... E aí começo a confessar: “são 14h15 e eu estou extremamente exausto”, foram as primeiras palavras, e na sequência “desisti, o Paul foi olhar o platozão da Jimmy e aproveitei para descansar na sombra. Aquela exposição com uma desescaladinha, com a tensão de esperar a segurança chegar acabou comigo. Então daqui a gente já desce, desescalando e fazendo rapel. Acontece, bora pra casa, segurança em primeiro lugar”.

Não foi fácil assumir a derrota. Nunca é fácil conjugar frases e pensamentos em primeira pessoa, assumir o “eu” interno: eu posso, eu não posso; eu sou capaz, eu não sou capaz. Mas é preciso ter coragem quando necessário. Afinal, o cume não é necessariamente o verdadeiro pico da montanha, o cume é na verdade o lugar que carregamos em nosso interior, em nossos corações. É um lugar íntimo e pessoal, mas verdadeiro em seus sentimentos como escreveu a Luiza, minha esposa, depois de ler o rascunho deste texto: “Fico feliz em sentir que sabe desistir quando necessário e que isso não tem sido mais tão frustrante assim. Afinal, com você eu pude aprender que muitas vezes o nosso cume não é necessariamente o cume real da montanha ou o final da via de escalada. Ainda bem que desistiu, que chegou em casa seguro e feliz para curtir a saudade comigo e com o Luquinha. Te amamos e com certeza ainda temos muitas aventuras para curtirmos juntos!”

A descida não foi fácil. Na verdade, o desnível das Agulhas é tão alto que, mesmo acordando às 5h45 e iniciando o retorno por volta das 15h00, só conseguimos alcançar o acampamento no refúgio Rebouças às 19h00, com as lanternas na cabeça para encontrar o caminho no breu da noite.

Terminei o dia feliz. Feliz porque sabia que a escolha fora correta. Porque não forçando a barra, evitamos causar qualquer tipo de acidente. Feliz porque o Paul iria cozinhar alguma coisa gostosa para o jantar - assim eu esperava! - e eu só precisaria servir o mate. Por saber que iria adentrar novamente, numa próxima escalada em algum outro lugar por aí, aquele universo paralelo que eu tanto gosto quando o foco é total. Feliz porque mais uma vez, como Chouinard, as atividades ao ar livre me ensinaram a lidar com a adversidade e, por isso, foi um ponto alto também. Terminei mais forte de quando comecei.

Boas escaladas."

karine
20-01-14, 21:40
O direito ao risco

O colunista do O Globo (http://oglobo.globo.com/opiniao/o-direito-ao-risco-11146466) André Ilha escreve sobre os esportes de aventura e essa busca pelo risco e incerteza.

O caminho evolutivo seguido por nossos ancestrais lhes proporcionou uma série de qualidades físicas e mentais que permitiu multiplicar de forma assombrosa o resultado do seu trabalho, e criar ecossistemas artificiais confortáveis e seguros para si e sua prole, eliminando os perigos e as incertezas próprios do mundo primitivo. Salvo por desigualdades sociais, abrigo, alimento, vestuário, saúde e segurança estão de certa forma garantidos, permitindo o relaxamento daquelas qualidades inatas originais que nos levaram a conquistar o mundo.

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Relaxar, no entanto, não significa eliminar, e para muitos um chamado selvagem, como aquele do livro imortal de Jack London, convida a fazer uso de tais qualidades, ou de parte delas, não mais em busca de alimento ou abrigo ou enfrentando tigres-de-dentes-de-sabre, mas de forma estilizada, em atividades esportivas ao ar livre genericamente denominadas esportes de aventura. Surfe, escalada em rocha, mergulho, voo livre e outras mais são atividades que colocam seus praticantes em contato direto com a natureza em seu estado mais indomado. E, além de gerarem um prazer arrebatador, contribuem para que seus adeptos cultivem outras qualidades relevantes como autocontrole, solidariedade, trabalho em equipe, amor à natureza e tantas outras.

A palavra aventura, no entanto, pressupõe incerteza e risco. Não existe aventura com resultados garantidos nem sem alguma dose de risco. Esta afirmação, consagrada nos verbetes dos melhores dicionários, é também espelhada na ótima definição oficial para os esportes de aventura dada pelo Ministério do Esporte. Emoções fortes, até bem fortes, (quase) sem risco e com desfecho assegurado, consegue-se nos parques de diversões, mas não descendo de caiaque um rio turbulento, pulando de parapente do topo de uma montanha ou explorando uma caverna submersa.

Esta característica dos esportes de aventura, todavia, nem sempre é bem compreendida pela maioria da população, que preza, sobretudo, o conforto e a relativa segurança do mundo moderno. Isso de certa forma se reflete em recorrentes projetos de lei que, apesar de bem intencionados, se aprovados descaracterizariam, ou mesmo eliminariam, aquilo que pretendem regular. Apesar de normalmente voltados para a prática comercial destas atividades — portanto, tendo como alvo primário o chamado turismo de aventura — , tais projetos, por redação deficiente, respingam também, e de forma desastrosa, sobre os praticantes amadores.

Tais projetos são estruturados sobre duas linhas bem definidas: a busca obsessiva por certificações e registros formais, numa lucrativa (para alguém) cartorialização que nem sempre apresenta alguma utilidade concreta; e restrições manietantes, inclusive quanto ao livre acesso aos locais de prática destes esportes, muitos deles em parques naturais públicos, que equivaleriam, se aprovados, à sua virtual eliminação, ainda que não explicitamente declarada.

O medo de responsabilização civil e mesmo penal no caso da ocorrência de um acidente, sempre maior devido ao viés paternalista da legislação brasileira, potencializa este processo, e hoje o maior risco enfrentado por um escalador ou b.a.s.e. jumper talvez não seja a sua atividade em si, mas sim advogados que incitam alguém a mover processos judiciais se um acidente ocorre. Ou, pior, por praticantes eventuais que, se algo acontece, alegam desconhecer, como se isso fosse possível, que estas atividades são de fato arriscadas, e buscam dividir uma responsabilidade que deveria ser só sua com mais alguém, não raro para tentar obter alguma vantagem financeira.

Como montanhista inveterado, e praticante circunstancial de outros esportes de aventura, pleiteio o direito de atender a esta pulsão ancestral com a plena consciência dos riscos envolvidos, assumindo integralmente as consequências da decisão de praticá-los e não esperando jamais, por coerência, que alguém, indivíduo ou instituição, venha a ser responsabilizado na hipótese de que algo dê errado. Não é pretensão exagerada, nem descabida, e precisamos caminhar para uma jurisprudência que assegure este direito.

karine
29-01-14, 22:10
Nômades asiáticos conseguem nomear o cheiro

Peça a um grupo de pessoas para descrever a cor de uma folha de papel, ou de uma nuvem, ou de um copo de leite, com certeza todas elas vão dizer que a cor é "branca”. Mas peça para o mesmo grupo descrever o cheiro de canela, você vai provavelmente conseguir um monte de respostas, variando de "picante" para "smoky", até "doce". Quando se trata de nomear os cheiros, os seres humanos lutam para encontrar termos universais. Na verdade, os cientistas há muito tempo pensavam que a capacidade estava fora do nosso alcance. Mas um novo estudo indica que habitantes de uma remota península no sudeste da Ásia podem descrever cheiros tão facilmente como nós escolhemos as cores, relata uma matéria da revista Science desta semana.

O estudo refere-se aos Jahai´s, nômades caçadores que vivem nas florestas de montanha ao longo da fronteira entre a Malásia e Tailândia. O olfato é muito importante para esta sociedade. Odores são frequentemente evocados na doença, ou medicina, por exemplo, e é uma das poucas culturas dedicadas exclusivamente aos cheiros. "Por exemplo, eles conseguem descrever o cheiro de cabanas antigas, comidas do dia anterior, e repolho”, diz Asifa Majid, um psicólogo do Centro de Estudos da Linguagem na Radboud University Nijmegen, na Holanda. Isso sugere, diz ela, que o Jahai pode isolar propriedades básicas do cheiro, bem como podemos isolar a cor branca do leite.

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A matéria descreve que para saber se o Jahai é melhor em cheiros de nomeação do que o resto do mundo, Majid e alguns colegas pediram para falantes Jahai nativos e falantes nativos ingleses para descreverem 12 odores diferentes: canela, terebintina, limão, fumaça, de chocolate, rosa, diluente, banana, abacaxi, gasolina, sabão, e cebola. O Jahai facilmente e consistentemente identificaram os cheiros, enquanto o falante de inglês lutou e não conseguiu.

Por exemplo, todos os falantes do Jahai testados concordaram que o cheiro de canela deve ser descrito como c??s, pronuncia-se "cheng-us", a mesma palavra que eles usam para o cheiro de alho, cebola, café, chocolate, ou de coco. Isto sugere que os Jahai´s são capazes de identificar as propriedades de odor comuns em todos esses alimentos, o que sugere uma capacidade de percepção especial em comparação com outras culturas.

Em contraste, Majid diz: “a descrições dos ingleses para os odores eram cinco vezes mais e quase todos os participante vieram com um nome completamente diferente”. Há pouco consenso sobre a forma de descrever os cheiros, e as pessoas muitas vezes dão diversas descrições conflitantes e contraditórias “Além do mais, ela observa, quando os ingleses descrevem os cheiros, muitas vezes usam a fonte do cheiro em sua descrição”. Um limão, por exemplo, cheirava "limão". Os Jahai´s, por sua vez, usam suas próprias palavras únicas para os cheiros.

A matéria revela ainda que a disparidade pode ser devida à importância de odores no cotidiano dos Jahai´s, diz Douglas Medin, um psicólogo da Universidade de Northwestern, em Evanston, Illinois, e um especialista em cognição e aprendizagem nas culturas indígenas. Em uma floresta tropical densa, troncos podem ter a mesma aparência, por exemplo, por isso nem sempre é possível identificar uma árvore apenas por sua aparência, diz Medin, que não esteve envolvido no trabalho. Além disso, depois de uma chuva forte, os cheiros tornam-se mais evidentes e você pode facilmente identificar uma pilha de fezes de macacos, folhas em decomposição, ou flores nas proximidades, se você aprender a identificar os cheiros. Em alternativa, tendo uma forma acordada para descrever um cheiro que poderia atrair um tigre pode salvar sua vida.

Também é possível que os Jahai´s sejam construídos de forma diferente do resto de nós. Os genes que codificam os receptores olfativos em nossos narizes apresentam uma grande variação não só entre diferentes populações humanas, mas também entre as pessoas. Por isso, pode ser que os Jahai´s evoluíram mais esses receptores ou uma diversidade maior deles do que todos os outros, bem como a tribo Tsimane da floresta boliviana mostraram-se mais sensíveis aos cheiros do que os alemães.

"Nós não vamos ser capazes de responder a essas perguntas até que estudos semelhantes sejam realizados em muitas outras culturas humanas", diz Nicholas Evans, psicólogo e biólogo especializado na diversidade de estruturas lingüísticas da Universidade Nacional Australiana, em Canberra. "Mas este estudo tenha arrombado o lacre do frasco de perfume”, finaliza a matéria.

Fonte: Jornal do Brasil

karine
06-02-14, 22:32
Empresa faz aventureiros levarem cama para dormir no topo da montanha

Para muitas pessoas, uma das piores coisas ao ficar longe de casa, é a sensação de desconforto ao dormir em uma cama que não é a sua. Mas a rede de hoteis Ibis quis provar que isso é apenas psicológico, ao organizar uma expedição especial e instalar uma cama no topo mais alto da Venezuela, o Monte Roraima.

A campanha, idealizada pela agência BETC Paris e organizada em parceria com a We Are Anonymous e os aventureiros Aaron Chevernak e Gareth Jones, tem por objetivo mostrar que é possível dormir em qualquer lugar do mundo – mesmo os mais inóspitos. Com duas semanas de duração, a expedição reuniu sete pessoas que percorreram 900 quilômetros na Venezuela, carregando uma cama novíssima de casal. Apelidado de ‘Sweet Bed’, o móvel foi transportado por vales, correntezas, rios e trilhas dificílimas até alcançar o cume.

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Fonte: Época Negócios

O público pode conferir cada detalhe da aventura através de uma plataforma interativa disponibilizada em 11 idiomas, inclusive com versão em português. O conteúdo – com vídeos, mapas, fotos e áudios – está dividido em cinco capítulos que narram cada passo do trajeto: do ‘Caminho Longo e Difícil’, passando por ‘Sozinho no Cume’ até chegar ao esperado momento: ‘Sono Impossível: O grande momento’. Ao final, a campanha ainda consegue provar que o aventureiro Aaron Chevernak realmente conseguiu dormir lá em cima, a 4ºC.

Assista ao vídeo:


http://www.youtube.com/watch?v=eipdIlzc22E


Fonte: Época Negócios

karine
17-02-14, 23:38
Aventureiro quer ir do Chile à Austrália em um barco a remo

O famoso explorador russo Fyodor Konyukhov, partiu sozinho para uma viagem através do Oceano Pacífico em um barco a remo em dezembro de 2013. Há alguns dias, ele enfrentava problemas com algas, que cobriam o barco, e tubarões, comuns na região.

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Fonte: Extremos

Fyodor planeja atingir, após 200 dias, a costa da Austrália, remando 11 horas por dia. A distância entre o Chile e Austrália é de 6.500 milhas náuticas, mas, devido aos ventos fortes, o cidadão russo poderá percorrer 9 mil milhas. A embarcação tem 9 metros de comprimento e 1,5m de largura e é fabricada em fibra de carbono.

Até hoje ninguém conseguiu remar sozinho o Oceano Pacífico. Fyodor, 62 anos, é um aventureiro experiente, e suas principais conquistas são: completou o projeto de escalada dos 7 Cumes, já escalou o Everest duas vezes, já atingiu o Polo Sul e o Polo Norte em uma expedição de ski solitário, já cruzou o Atlântico 14 vezes entre elas uma vez a remo. Ele também é membro da Sociedade Geográfica Russa e tem 9 livros publicados, além de mais de 3.000 pinturas. É casado e pai de 3 filhos.

Fonte: Extremos

karine
09-03-14, 16:50
Lady Hester Stanhope, 1776-1839

Algumas mulheres são reconhecidas como guerreiras e aventureiras. Elas desbravaram um mundo até então desconhecido. Uma delas foi Lady Hester.

Ela nasceu no coração de um estabelecimento inglês, filha do Conde Stanhope Terceiro e sobrinha do futuro primeiro-ministro Pitt, o Jovem.
Lady Hester manifestou seu lado aventureiro no início da vida, quando tentou remar um pequeno barco para a França, que logo foi recapturado. Uma senhora ativa e uma inteligente jovem, ela foi escolhida para atuar como anfitriã do primeiro-ministro em eventos oficiais e, mais tarde, serviu como sua secretária.

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Fonte: Hypescience

Após a morte do primeiro-ministro, ela foi premiada com uma pensão substancial da nação pelo seu serviço. Foi esse dinheiro que lhe deu a liberdade de viajar. Ela partiu para Atenas, onde Lord Byron a recebeu, com um plano de enviá-la a Paris para espionar Napoleão.

Diplomatas britânicos logo acabaram com isso e Lady Hester partiu para o Egito. Quando seu navio lá chegou, ela passou a usar roupas masculinas, um hábito que assumiu a partir desse momento. Mais tarde, Lady Hester explorou o Oriente Médio. Ela se reuniu com o governante do Egito, tratou bandidos, visitou locais bíblicos, e, com tanta hospitalidade árabe, começou a acreditar-se uma rainha para os moradores.

Lady Hester foi a primeira europeia a visitar várias cidades e foi recebida calorosamente por seus governantes. Na cidade em ruínas de Palmira, Lady Hester imaginava que tinha sido coroada rainha do deserto, e nunca perdeu essa crença. Ela passou seus últimos anos em um palácio nas montanhas do Líbano.

Fonte: Hypescience

karine
07-04-14, 14:47
Menina de três anos viaja pelo mundo de bicicleta com os pais

O matemático alemão Christian Riedke e sua mulher, a turismóloga espanhola Olga Avila Martorell, passaram seis dos últimos nove anos na estrada, ao longo de duas grandes viagens em cima de bicicletas.

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"Pedalar é um jeito de conhecer de perto os lugares que visitamos", dizem Christian e Olga, que já passaram ao todo por 40 países, em todos os continentes.

Entre as duas viagens, nasceu Naila, a filha do casal, que aos três anos, passou a maior parte de sua vida na estrada e já é capaz de conversar em cinco idiomas diferentes.

Ela fala o espanhol e o catalão maternos, o alemão paterno, além de um significativo repertório da língua portuguesa.

"Às vezes ela pede que conversemos em inglês, que é o idioma que usamos com a maioria dos viajantes que encontramos. Outro dia, ensaiou algumas expressões em tailandês. Como não entendemos nada, ela não insistiu", diz o pai.

A última descoberta da pequena nômade é a de que a variedade de expressões que aprendeu integra idiomas diferentes, e que nem todos compreendem todos os conjuntos lexicais que ela aos poucos domina.

"Ela ainda mistura bastante, mas já está começando a diferenciar as línguas", observa Christian.

Mas como é viajar com uma criança de três anos? "Antes arriscávamos mais. Hoje maneiramos um pouco". O casal procura passar apenas algumas horas do dia pedalando, para que a filha não se canse.

"Não é qualquer criança que toparia; Naila é tranquila e paciente", comenta Olga. "Ainda assim, não podemos passar horas contemplando uma paisagem. Naila não se interessa por paisagens."

RELATOS DE VIAGEM

Carregados de roupas, fogareiro, sacos de dormir e uma tenda, o casal atravessou a África de norte a sul, pernoitando nas savanas e povoados e banhando-se nos riachos que cortavam a paisagem.

Na América do Sul, visitaram quase todos os países, incluindo as pouco conhecidas Guianas e o Suriname. Na Bolívia, acamparam no maior deserto de sal do mundo, as Salinas Uyuni, dentre uma infinidade de outras paisagens.

Depois de cruzarem alguns países europeus, voltaram para a América do Sul, regressando à Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil, cruzaram o Pantanal e parte do litoral sul do país.

De lá, rumaram à Nova Zelândia, exploraram a Tailândia e preparavam-se para adentrar a conturbada Mianmar.

A família acumula memórias de viagem. Certa vez, no Peru, após percorrerem uma larga extensão da costa sul totalmente desabitada, encontraram um pescador solitário. "Parecia louco", recorda Olga.

Perguntaram se podiam acampar ao lado de seu casebre de madeira. O homem, um tanto desconfiado, aceitou. Algumas horas depois, nos fundos da casa, acharam uma cesta repleta de crânios humanos. "Não tivemos coragem de perguntar o que era aquilo."

No interior da Guiné, na África Ocidental, em uma das extremidades de uma antiga ponte, toparam com um sujeito armado de uma espingarda, guardando uma enorme máquina enferrujada. Uma companhia que se instalara na região o contratara anos antes para vigiar o equipamento desativado.

Ao final do dia, o homem voltava para casa, deixando a máquina desprotegida. "Não fazia sentido algum. Devia ser mais caro mandar trazer de volta aquele motor quebrado do que pagar US$ 30 (R$ 70) mensais ao pobre homem por tanto tempo", diverte-se Olga.

BLOG ABANDONADO

Logo no início da viagem, tentaram manter um blog com seus relatos, mas por conta da baixa velocidade da conexão à internet em alguns países, acabaram desistindo. "Não queríamos esse tipo de rotina", dizem. "Enviar um e-mail às vezes levava 20 minutos".

O Brasil foi um destino recorrente do casal. Das Guianas desceram o litoral do Nordeste até Salvador. Pedalar na areia custava um pouco, mas a paisagem compensava. O ritmo das pedaladas, contudo, dependia mais do nível do mar do que da firmeza do solo arenoso.

"Precisávamos aguardar as marés baixas para atravessar os rios que desaguavam no mar", lembra Christian.

Certa vez, para cruzar o delta de um rio, aceitaram a ajuda de um homem que se prontificou a levar à outra margem as bicicletas e o equipamento a bordo de uma canoa.

Foi apenas depois, quando tinham as pernas mergulhadas na lama até os joelhos, que se deram conta de que haviam deixado documentos e todo o dinheiro que possuíam com o desconhecido. "Viajar muitas vezes nos obriga a confiar nas pessoas. É algo muito positivo", reflete Christian. Ao chegarem à outra margem, o barqueiro os aguardava.

DIVERSIDADE

A jornada se aproxima de um fim, ao menos por enquanto. Em julho deste ano, o casal regressa à pequena cidade de Friburgo, Alemanha, onde Christian retomará seu trabalho como professor de matemática.

"Estamos receosos. Será difícil enfrentar a rotina", resigna-se Christian.

"As prioridades de quase todos os que conhecemos por lá são o trabalho, a estabilidade e a segurança. Qualquer estilo de vida diferente do deles é visto com ceticismo, como se estilos distintos não pudessem conviver", comenta Olga, que também se prepara para ouvir críticas acerca dos cuidados e da criação da filha.

Os dois estão certos, contudo, de que a experiência foi a melhor educação possível para Naila. "Ela poderá não se lembrar do que viveu, mas, sem dúvida, se sentirá em casa quando estiver em meio à diversidade", conclui Christian.

Fonte: Jornal Floripa

Joverany
07-04-14, 21:34
Não tem como não perguntar....
Onde conseguem grana pra custear uma aventura dessas???
Pergunto porque pra mim isso é um sonho de vida.
Um sonho de vida que sonho, mas não realizo justamente
pela questão financeira.
Novamente pergunto onde conseguiram grana pra essa
aventura????

karine
15-04-14, 13:30
Nômade dançarino

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Fonte: Nômades digitais

Viajar e dançar em cada cultura diferente é algo que não é rotineiro para a maioria dos viajantes. Mas essa ideia foi levada a sério e bem ao pé da letra por Matt Harding, um ex-designer de games que se tornou sensação do YouTube ao fazer todo mundo dançar junto com ele nos vídeos que registra.

A série Where the Hell is Matt? (http://www.wherethehellismatt.com/) começou quando ele, aos 23 anos de idade, se mudou para Brisbane, Austrália, onde começou a pensar que viajar poderia ser uma boa ideia. Após largar seu emprego, foi para o Sudeste da Ásia e fez um blog para deixar sua família e amigos cientes de onde ele estava.

Assista ao vídeo:


http://www.youtube.com/watch?v=Im7ivrl6u3Q

Até que, um dia, um amigo decidiu gravar sua dancinha boba e assim começaram a repetir a cena em todos os lugares por onde passavam. Você se lembra disso? O primeiro viral, patrocinado pela marca Gum Stride após a fama dos primeiros vídeos, veio em 2006 e depois 2008. Já em 2012, Matt decidiu caminhar com as próprias pernas e lançou seu próprio viral, com o mesmo nome.

Fonte: Nômades digitais

karine
20-05-14, 00:31
Nômades em eterna lua de mel

Confira a história do casal de nômades que resolveu largar emprego e compromissos no Brasil e partir, de jipe, em uma longaa lua de mel, que deve durar alguns anos:

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Fonte: Nômades Digitais

"Somos um casal nômade de 29 anos, nada acomodados, cansados da rotina e em busca de uma vida mais simples e interessante. Decidimos dar um tempo, largar tudo (essa é a decisão mais difícil) e correr atrás dos nossos sonhos. Ambos já haviam mochilado pelo mundo, e viajar sempre foi a nossa maior afinidade. Pronto! Vamos pedir demissão, juntar nossas economias, vender o que não é necessário e colocar o pé na estrada!

Mas queríamos fazer de uma maneira diferente. Uma maneira em que pudéssemos viajar no nosso tempo, sem depender de horários, preparar o nosso rango quando quiséssemos e onde estivéssemos, percorrer os países de forma mais independente, vivenciar a cultura local minuciosamente, cruzar fronteiras, estradas, desertos e montanhas, sem ter hora pra voltar e ficar onde for preciso. Fechado! Iríamos de carro, seríamos overlanders.

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Fonte: Nômades Digitais

Então começamos a preparar o Curumim (nosso jipe) para ser a nossa casa itinerante pela América do Sul, Europa, Ásia, Oceania e África nos próximos anos. Passamos 1 ano planejando os detalhes da expedição, nos casamos nesse período e os presentes de casamento foram passeios e utensílios relacionados à viagem. No dia 27 de janeiro de 2013, saímos de casa sem data para voltar, em uma longa lua de mel!

Estamos há 1 ano na estrada percorrendo a América do Sul. Já fomos roubados, tivemos vários problemas mecânicos com o jipe, atolamos no meio do nada, conhecemos muita gente, fizemos amigos, fomos recebidos por pessoas que nos deram o pouco que tinham e que nos surpreenderam pela boa vontade em ajudar e nos encantamos com as belas paisagens que o mundo nos oferece. Isso não tem preço!

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Fonte: Nômades Digitais

Planejamento, foco e economia foram fundamentais na realização desse sonho. Estamos sempre de olho nos números da viagem e hoje viajamos com menos do que planejamos antes. E quer saber? O tempo na estrada nos mostrou que quanto menos dinheiro você tem, mais articulado você fica e mais interessante será a sua viagem. O dinheiro quebra muito a naturalidade do contato com as pessoas. Acredite!

Sair da nossa zona de conforto e vivenciar outras culturas tem sido muito importante, começamos a ver o mundo com outros olhos, mudamos vários conceitos e adquirimos novos valores. Seguimos nosso coração, amamos esse novo estilo de vida, as aventuras e os perrengues. Encaramos todas essas experiências como um aprendizado para vida toda.

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Fonte: Nômades Digitais

Atualmente estamos em Minas Gerais modificando o set up interno do carro. Nesse 1 ano de viagem pudemos perceber que preparamos um carro para expedição em locais de clima quente. Por mais que tivéssemos todo o equipamento necessário, ainda assim foi muito duro acampar no frio da patagônia Chilena e Argentina e nas altas montanhas da Bolívia e Peru, onde por diversas vezes tivemos a água congelada dentro da nossa barraca. A teoria foi muito diferente da prática, e esse tempo de estrada serviu para nos mostrar isso. Por isso ousamos na criação desse novo projeto, onde, com a ajuda de um amigo, estamos alterando o interior do carro e criando um set up que se adeque melhor aos variados tipos de clima que percorremos por aí. Esse é o novo desafio antes da partida para a próxima etapa.

Documentamos a viagem em nosso site - www.daytrippers.com.br - e no Facebook - www.facebook.com/daytrippersbr - onde compartilhamos informações dos lugares que visitamos, damos dicas dos meios mais econômicos de se conhecer os destinos, falamos da nossa experiência e do estilo livre de viajar de um “overlander”. A ideia do site nada mais é do que estimular as pessoas a viajarem mais e acreditarem sempre nos seus sonhos.

Assista ao vídeo que eles gravaram com os melhores momentos do primeiro ano de aventura:


http://www.youtube.com/watch?v=vMBsv5rjacc

Fonte: Nômades Digitais

karine
19-06-14, 22:46
Fotógrafo viaja por 18 países e dorme em sofás de mais de 100 desconhecidos

Entre outubro de 2010 e maio de 2012, o fotógrafo italiano Gabriele Galimberti passou por 18 países dos cinco continentes. Em todos, ele dormiu na casa de desconhecidos através do popular sistema de Couchsurfing. As histórias de cada um dos 100 couchsurfers com quem cruzou estão documentadas num projeto fotográfico.

Galimberti dispensou hotéis ou residenciais e optou por dormir em sofás de desconhecidos, membros da rede Couchsurfing, que promove o intercâmbio gratuito de hospedagem entre viajantes. Além de poupar dinheiro, Galimberti lembra que a grande vantagem do sistema é permitir o convívio entre o viajante e os locais, dividindo tempo e tarefas do cotidiano.

Conheça algumas das histórias que o fotógrafo jamais esquecerá.

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Foto: Nômades digitais

Malásia – Na cidade de Sepang, Galimberti ficou hospedado na casa de Jeeva, de 26 anos, e família. Certamente não imaginava que iria ter de partilhar o quarto com outros inquilinos: 3 pítons, 2 cobras, 2 iguanas mexicanas, 1 cobra-coral e 1 aranha viúva negra. Jeeva e a família tratam estes animais de estimação como quaisquer outros, com direito a sentar no sofá enquanto olham a televisão.

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Foto: Nômades digitais

Islândia – Viajando pelo mundo, é normal encontrar pessoas com diferentes manias. Berglind tem uma espécie de obsessão com o vermelho. Galimberti diz que foi fácil reconhecê-la no momento de se encontrarem (adivinha como ia vestida?) e que toda a casa, incluindo o gato, está recheada de vermelho. Ela é arquiteta e vive na capital, Reykjavik.

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Foto: Nômades digitais

Brasil – Em São Paulo, quem ofereceu sofá ao fotógrafo foi Leticia, originária de Minas Gerais, de onde se mudou aos 12 anos. Estudou e trabalhou como advogada durante 10 anos, mas há 3 anos decidiu largar tudo pra se dedicar a outra paixão – a culinária. Além de uma escola de cozinha e de um pequeno serviço de catering, Leticia gere um conhecido blog de cozinha do Brasil – Cozinha da Matilde.

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Foto: Nômades digitais

Ucrânia – Uma das personagens mais caraterísticas que Galimberti encontrou foi Olga, 22 anos, vivendo em Kiev. Naturista, ela se sente mais confortável andando nua pela casa. Essa mesma casa está totalmente pintada com as paisagens da zona rural onde Olga nasceu. Vegetariana, não bebe, não fuma e é muito preocupada com a alimentação. Garçonete numa pastelaria, dá abraços grátis às pessoas nas ruas da cidade.

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Foto: Nômades digitais

Ilhas Fiji – Nani e família (marido e 2 filhos, com um terceiro a caminho) vivem numa casa feita de metal ondulado, o que faz aumentar ainda mais a temperatura da casa, que nunca está abaixo dos 30 graus. Isso e a alta umidade fizeram Galimberti querer sumir assim que entrou na casa. Foi a alegria, a energia e a simplicidade destas pessoas que o fizeram ficar. Nani hospedou mais de 60 pessoas em 2 anos.

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Foto: Nômades digitais

Noruega – Em Bergen, o fotógrafo ficou hospedado num barco. Andreas, biólogo, graças à sua profissão, já viajou por todo o mundo, maioria das vezes navegando. Por isso, apesar de ter um apartamento no centro da cidade, sempre que pode vive nesta ‘casa flutuante’. É lá que recebe seus hóspedes.

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Foto: Nômades digitais

Tailândia – Mais uma história invulgar: Tom e Jane vivem juntos, trabalham juntos pra revista Penthouse Asia (ele fotografa as belas modelos, ela é estilista e prepara as sessões) e tocam música juntos. Não são um casal, mas “concordam sempre em tudo”. Há cerca de um ano decidiram formar uma banda com amigos, a S.O.D (Simple of Detail), e hoje são celebridades em Bangcoque.

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Foto: Nômades digitais

Austrália – Couchsurfing não é só viajar e dormir de graça em casa de desconhecidos. É também retribuir e disponibilizar a própria casa quando outros precisam. Galimberti hospedou as irmãs Caroline e Ellen em sua casa na Toscânia, Itália. Elas retribuíram e deram a conhecer a grande família de 5 irmãs e 2 irmãos. Foram as únicas hóspedes que o fotógrafo reencontrou em toda a viagem.

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Foto: Nômades digitais

Botsuana – Kenias tem 23 anos e uma modesta casa, que gosta de partilhar. Tem dois quartos: um com duas poltronas, TV, kitnet e um sofá, onde Galimberti dormiu 3 noites; o outro tem duas cadeiras, um pequeno guarda-roupa e um colchão duplo, que divide com o irmão mais novo e a mãe. O banheiro é fora de casa, partilhado com outras cinco famílias vivendo no pequeno edifício. Kenias perdeu o pai e por isso é o homem da casa. Tem o sonho de ser padre, gosta de tocar piano e cantar.

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Foto: Nômades digitais

Colômbia – Catalina, vivendo em Bogotá, foi a última pessoa das cerca de 100 pessoas a hospedar o fotógrafo. Professora de arte, partilhando a paixão pela fotografia, deixou Galimberti rendido: “não podia pedir um melhor final” pra esta enorme aventura.

O objetivo é lançar um livro com todas as fotografias captadas durante os 19 meses de viagem.

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karine
09-07-14, 20:40
Noiva pelo mundo

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Fonte: Nômades Digitais

Jeff Salvage e sua esposa Jennifer se casaram na Ilha de Páscoa, no Pacífico, junto à cratera de um vulcão. Eles tiveram de ser ágeis pra tirar 3 simples fotos. E daí surgiu a ideia: por que não fazer o mesmo ao redor do mundo?

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Fonte: Nômades Digitais

Assim nasceu o One Dress, One Woman, One World, o projeto que faz do vestido de noiva de Jennifer o mais viajado do mundo. Em 5 anos de projeto, Jennifer tirou fotos em parapente, sentada em penhascos, montando trenós puxados por cães ou até simulando uma jogada de basquete numa quadra da NBA.

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Fonte: Nômades Digitais

A aventura pode ser acompanhada na página da iniciativa, mas até já virou livro.

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Fonte: Nômades Digitais

Mais fotos de Jennifer vestida de noiva em lugares inusitados aqui. (http://www.twofeetgallery.com/twofeetgallery/NewGallery/ODOW1196.asp)

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karine
04-08-14, 23:54
Artista cria mapas de países feitos com comida locais (de verdade)

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Fonte: Nômades Digitais

“Comida não é brinquedo, menino”, frase clichê de pais e avós que cansamos de ouvir na infância. Henry Hargreaves, artista neozelandês, certamente também ouviu. Mas não quis parar não, viu.

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Intitulado Food Maps, a mais nova série desse grande fotógrafo traz o mapa de países desenhados com frutas e verduras de verdade. A seleção de alimentos foi feita por meio de uma pesquisa que apontou as comidas que os americanos associam com outras regiões do mundo. É um trabalho delicado e de ricos detalhes, onde os continentes ganham um colorido espetacular.

“Os mapas são uma representação lúdica de nossa interpretação de alimentos de todo o mundo, meticulosamente criado com comida não adulterada. O projeto fala por si da necessidade de incentivarmos a alimentação saudável e natural,”, destaca Hargreaves, que contou com o auxílio de Caitilin Levin, uma renomada estilista de alimentos.

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Fonte: Nômades Digitais

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karine
29-08-14, 23:19
Fotografias mútuas

As fotografias feitas durante as viagens começam a ganhar novos rumos através das lentes de fotógrafos criativos. Os diretores de criação Peter Sedlacik e Zuzu Galova passaram a tirar fotos um do outro no mesmo momento, como se suas lentes estivessem se olhando. O resultado é o projeto Lens Between Us (“Lentes Entre Nós”), mostrando como é a visão de cada um ao redor do mundo, em meio aos mesmos cenários, formando duas composições completamente distintas em certas ocasiões.

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Fonte: Nômades Digitais

A dupla já percorreu alguns lugares interessantes, como Singapura, Hungria, Alemanha, Eslováquia, Portugal e está, atualmente, na Austrália. O resultado mostra a perspectiva de cada um ao se olharem, e ainda, nas entrelinhas, o toque afetivo entre a lente, sendo que um é sempre o alvo, o centro das atenções, o objeto observado pelo outro. Em alguns momentos, parecem tão perto e ao mesmo tempo tão distantes.

Confira algumas das imagens abaixo:

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Fonte: Nômades Digitais

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Fonte: Nômades Digitais

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Fonte: Nômades Digitais

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