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Ver Versão Completa : Sinomar e Edivânia, GCFC O Velho Doido



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Dolor
20-09-11, 04:15
Foi uma alegria muito grande "dar de cara" com a história deste casal numa viagem, cheia de determinação e desafios , cobrindo os extremos das Américas, de Ushuaia, Tierra del Fuego, Argentina, onde a terra acaba pelos lados do sul, até Prudhoe Bay, Alasca, Estados Unidos, onde o norte tem o seu começo, claro, com as primeiras aceleradas acontecendo em Morrinhos, Goiás.

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Nada foi nem tem sido obstáculo para este casal obstinado a perseguir um ideal, um objetivo e mais do que tudo isto, um sonho.

Foram atrás e para satisfação de todos nós, eles tiveram a Coragem, para cruzar as 3 Américas com todos os seus mistérios, belezas e perigos na solidão de duas rodas...

São verdadeiras Almas Inquietas, para deixar para trás o conforto e a segurança que só a rotina perto dos que bem queremos pode nos proporcionar...

Finalmente, eles encarnaram a essência do que são os Fazedores de Chuva, para quem:

"O Sonho é para realizar o que qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..."

Sejam bem vindos à elite do Motociclismo Mundial!

Dolor e Angela
Fazedores de Chuva
Presidente

Dolor
20-09-11, 04:17
AVENTURA USHUAIA – ALASKA / 2ª ETAPA

Este projeto tem a finalidade de viabilizar a segunda etapa da AVENTURA USHUAIA-ALASKA, que será uma grande viagem de motocicleta, sem carro de apoio, a ser realizada em uma moto, através das Américas do Sul, Central e do Norte, partindo de Morrinhos – GO com destino ao povoado de Prudhoe Bay, que fica às margens do Oceano Ártico (Alaska – USA), com um percurso estimando em 55.000 km, ida e volta, rompendo fronteiras através de 18 países, durante 180 dias, com previsão de partida em 23/04/2011. A ida será pela Bolívia, Peru, Equador, América Central e Oeste da América do Norte e a volta pelo Leste dos USA e Leste do México, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, entrando no Brasil por Roraima e chegando até Belém.
Com essa viagem visitarei todos os países continentais das Américas. A primeira etapa da Expedição Ushuaia-Alasca já foi realizada, quando, em 04/01/2009, parti de Morrinhos com destino a cidade de Ushuaia, situada no extremo da América do Sul e percorri 19.500 km, de ida e volta, durante 64 dias e 2.300 km de cascalho. Nessa aventura passei pelo Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile, país este, que percorri de um extremo a outro, até a região do Deserto do Atacama. Essa experiência foi registrada no blog HTTP://morrinhos2ushuaia.blogspot.com.

Motivações

A primeira será buscar, em cada país visitado, projetos ou instituições que atendam crianças e adolescentes carentes com vistas a implantá-los na minha cidade. Meu desejo é trabalhar enquanto o corpo permitir; seja remunerado ou não, e vislumbro no voluntariado a melhor ocupação para um sexagenário. Penso que minha inquietude não acabará nunca. Então, quando cessar esse “formigamento” pelas estradas, pretendo gastar minhas energias ajudando os menos favorecidos.

A segunda motivação é sair da zona de conforto propiciada pelo sedentarismo e evitar o endurecimento das articulações, artérias e mente, conforme ensinado pelo texto abaixo:

“Depois de viver mais de dois terços da vida (pela expectativa das seguradoras) é hora de sair da rotina e estabelecer desafios para o corpo não minguar rapidamente. E não há maior desafio do que ousar sair da redoma de proteção urbana, abandonando a zona de conforto e assumir a liberdade de ir ver pessoalmente e pelos próprios meios como as coisas realmente são. Além disso, depois de viver mais da metade de uma vida convencional, é hora de experimentar algo insólito ou inusitado; como usufruir a sensação de liberdade de se desprender de tudo e pilotar uma moto através das Américas, como um antigo nômade em seu cavalo - despojado de excessos de regras, conforto e segurança - e vivenciar a aventura de interagir com pessoas de antigas culturas, transitar por lugares históricos ou de rara beleza e por fim; escrever um livro sobre as fantásticas experiências, que com certeza serão vivenciadas pelo caminho”. (Texto adaptado do site www.phd-br.com).

A terceira tem cunho maldoso: quero ser invejado pelos meus colegas motociclistas. Para meus companheiros ofereço o seguinte texto:

“Vício de viagem é uma doença grave, bastante semelhante ao do álcool e da toxicodependência. Um dos meus leitores se queixou de que estou espalhando vírus da doença através da Internet por meio das minhas notas de viagem. Como uma pessoa que está definitivamente afetado por esta doença, eu diria que a vida calma suburbana é realmente perigosa para minha saúde”. Do aventureiro Alex Mumzhiu.

Dolor
20-09-11, 04:35
23/04/2011 – O grande dia: Saída rumo ao Alaska

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Hoje acordei antes do sol. A tensão era grande. Mas ela aumentou ainda mais quando cheguei ao local da saída, o grande encontro de motociclistas organizado pelo meu amigo Rui Leite. Vou tentar descrevê-la subdividindo-a em três partes:

1 - A primeira foi encontrar no recinto, amigos que não esperava nunca estar ali; pessoas que nem curtem o motociclismo. Estavam ali por conta da nossa amizade. Nem vou citá-las para não cometer injustiça. Mas quem foi sabe de quem estou falando e recebe gora os meus agradecimentos. Fiquei muito feliz. Citarei duas dessas que me surpreenderam: O Prefeito Cleomar Gomes, que me acompanhou até trevo da Br-153 e foi um dos últimos a me abraçar pedindo-me para levar e propagar o nome de Mrrinhos. O outro foi o ex-prefeito Rogério Troncoso que fez questão de tirar uma foto comigo e desejar-me felicidades no passeio. Obrigado aos dois.

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2- Outra alegria foi contar com a presença de motociclistas de diversos estados, os quais me cumprimentaram efusivamente. Obrigado a todos.

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3- Por último, quando meu coração disparou e as lágrimas tentaram sair, foi deparar-me com a presença dos meus filhos que vieram me dar um abraço. Foi uma surpresa muito grande. Conseguiram me esconder que meu filho Marcelo sairia de Montreal, no Canadá e viria despedir de mim. Esperava vê-lo somente quando passasse por lá. Minha cunhada Nilzete disse que eu fui e sou um dos melhores pais que ela já conheceu. Fiquei muito lisonjeado, mas consertei, afirmando que são meus filhos que são bons.

Segue um foto com o Marcelo e a Aline, além de outras dos motociclistas.

A viagem até Rio Verde foi muito ruim, exceto pelo fato, de conceder uma entrevista à TV Paranaíba. Os buracos da estrada quebraram o suporte da lanterna traseira e causou um mau contato na lâmpada principal.

Não deu para subir as fotos hoje

Dolor
20-09-11, 11:54
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24/04/2011 - Domingo - segundo dia

Dormi na casa do meu irmão em Rio Verde e a parte da manha do domingo foi para arrumar a lanterna. Encontrei um surdo-mudo, de bem com a vida, que fez um serviço perfeito. Na realidade o quebrou foi uma adaptação que fiz para baixar as lanternas e colocar os reservatórios de gasolina.

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Almocei e fui dormir no balneário Lagoa Santa. Em Lagoa Santa aconteceu o nosso primeiro “golpe”. Logo que acamos de montar a barraca, enquanto a Edivânia tomava banho, aproximei de um casal que estava acampado no mesmo camping. Para abordar, primeiro olhei a placa da camioneta. Depois, o tradicional “ahhh! Vocês são de Goiânia?” Logo me ofereceram o que comer aí eu disse: “Minha esposa adora esse tipo de sopa”. Pronto, o golpe estava dado, a Edivânia comeu macarrão de copo e salaminho italiano com mussarela. Apesar do “golpe” o papo foi muito bom. Terezinha e Milton são dois aposentados com alto poder aquisitivo que adora viajar e já conheceu quase todo o Brasil.

Dolor
20-09-11, 12:04
26/04/2011- Terça-feira –Quarto dia

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Saída de Lagoa Santa , Goiás, e chegada em Bonito, Mato Grosso do Sul. Espero que o pior dia de viagem seja o de hoje. Logo de manha fui sair da barraca e apoiei todo meu peso em cima do Netebook e a tela de LED trincou toda. Estou escrevendo através os buracos visíveis da tela; em torno de 20% foi danificada e parece que está aumentando com os sacolejos da viajem. Em Campo Grande tentei arrumar mas desisti. Demora três dias para chegar e custa o preço de um computador novo. Então vou ver se o restante da tela aguenta até eu chegar nos Estados Unidos, onde espero resolver a questão. Se algum amigo quiser e puder procurar uma oficina autorizada da ACER nos países do meu caminho, favor me passar e-mail informando. Talvez na especializada encontro um usado.

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Na saída de Campo Grande passei numa barreira eletrônica a 32 km/h e ouvi um apito. Segundo me informaram, fui multado, porque a velocidade é de 30 km/h.

Em Bonito procuramos o escritório de turismo para nos informar sobre a cidade. O cara passou uma lista de locais bonitos para visitar e outra maior contendo o nome de hotéis. No caminho na procura de um albergue, vimos um quintal gramado de uma casa simples. Pensei: “É ali!”. Parei chamei e apareceu uma senhora, cujo nome, viríamos a saber ser Dna. Lori e já fomos logo dizendo que o quintal dela tinha caído do céu, etc, etc. Para encurtar o assunto, logo estávamos com barraca armada e o banheiro franqueado.

A noite saímos para contratar os passeios. Pelos preços pagos, teremos que ficar dois dias parados, sob pena de furar o nosso orçamento diário. Contratei o passeio de flutuação no Rio Sucuri e uma caminhada na Gruta do Lago Azul.

Dolor
20-09-11, 12:16
27/04/2011 - quarta-feira – Quinto dia





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Acordamos por volta das 6:30 hs, fui ao supermercado pertinho e comprei o material para um sanduba: hambúrguer, queijo, presunto, bacon, ovo e pão. Devidamente proteinados partimos rumo ao Rio Sucuri.

O passeio consiste numa pequena caminhada com um guia explicando o motivo da água absolutamente transparente; em razão do calcário do qual é composto o solo. Depois, utilizando máscaras e roupas especiais para flutuar e reduzir o a sensação térmica da água, a gente desce flutuando rio abaixo durante quase uma hora. Foi muito gostoso. Mas para quem nasceu na roça (acostumado com a natureza), já mergulhou no mar e ainda pretende mergulhar no Mar do Caribe, não dei uma nota muito boa ao passeio. Acho até que devemos ter um córrego aí em Morrinhos que dá para mergulhar e ver uns peixes, previamente tratados e amansados. Porém a organização do turismo em Bonito é invejável. Qualquer cidade que for investir em turismo ecológico deveria pegar umas aulas aqui.

Dolor
20-09-11, 22:49
GCFC O Velho Doido e Edivânia, que prazer poder acompanha-los por lugares tão bonitos quanto Bonito, que faz jus ao
nome.
Estamos viajando juntos.
Abs
Dolor

Dolor
20-09-11, 22:56
28/04/2011- quinta-feira – Sexto dia


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Hoje fomos conhecer a Gruta do Lago Azul. Trata-se de um buraco na terra que impressiona. Ali dá para perceber que a natureza é lenta e inexorável. É quase uma hora descendo e outra para subir. Não há como entrar naquele recinto natural sem fazer algumas reflexões a respeito da vida e do Universo. Valeu o passeio pelo preço e pelo benefício. Devem existir poucas cavernas no mundo, tão funda e bela como a Gruta do Lago Azul.

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Na saída da caverna o cara que trabalha no escritório turístico me reconheceu e me procurou logo dizendo:

- Qual dos hotéis que você hospedou?

Então contei a história já relatada em postagem anterior em que eu ia passando na rua e vi um quintal e solicitei acampamento, quando ele retrucou:

- você faz a barba com quê? Com óleo de peroba?

Mudando de assunto: Se eu ficar sem atualizar o blog nos próximos dias, não se preocupem. É que deverei ficar uns dois dias pescando em alguma fazenda da beira da estrada.

Dolor
20-09-11, 22:58
Sinomar, quem tem boca vai a Roma!
Abs
Dolor

Dolor
20-09-11, 23:01
29/04/2011 - Sexta-fdeira - 7o dia

Nesse dia saioms de Bonito e chegamos até Corumbá. Exceto pelos 80 km de estrada de terra e o calor a viagem foi tranquila até a chegada à Corumbá. Faltando 60 km da cidade bateu uma chuva de vento tao forte que tive fui obrigado a atravessar a pista em frente à Polícia Federal e ocupar uma das vagas da garagem do posto policial. Em menos de meia hora a chuva parou e seguimos viagem chegando a Corumbá já à noite.

Logo na chegada encontramos um posto de gasolina com duchas para nosso banho, mas tinha cobertura, conforme nossas exigências (somos metidos só acampamos debaixo de cobertura). Porém, como o céu estava estrelado, armamos a barraca no tempo. Por volta das 2 horas da manha, a mesma chuva e o mesmo vento voltaram. A Edivânia e Eu ficamos por quase 2 horas segurando a barraca do lado de dentro para que ela nao quebrasse as varetas, mas mesmo assim duas varetas quebraram. Depois da ventenia, a chuva ficou fina e, como nosso equipamento de dormir é seguro, conseguimos dormir o resto da noite a um som de um chuva fraca e o teto da barraca bem próximo das nossas cabeças.

A sorte que a mulher que me acompanha é a Edivânia, porque se fosse outra, nessa hora, já estaria sozinho seguindo viagem ela voltando para casa. Mas como ela é uma super companheira, amanheceu rindo e curtindo com o acontecido.

Dolor
20-09-11, 23:03
30/04/2001 - Sábado - 8o. dia
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Acordamos por volta das 7:00 horas, com sinal de mais chuva. Por isso acabamos de fazer o "chek out do hotel", nas dependências do posto. Em seguida fui arrumar as varetas da barraca, quando um serralheiro improvisou uns caninhos para os locais quebrados e aproveitamos para ajeitar os alforges que estavam bastante tortos.
Seguimos para a divisa com o objetivo de arrumar a documentaçao de saída do Brasil e entrada na Bolívia. Porém, para nossa surpresa, a fila era enorme e o horásrio de expediente era até as 13 horas, e nao conseguimos ser atendidos. Teríamos que passar mais um dia em Corumbá.
Dessa vez, conseguimos um local melhor para acampar. Aproveitamos o restante do dia para passear e passar um super bonder no meu capacete que quebrou durante a tempestade noturna; provavelmente sentamos nele.

Dolor
20-09-11, 23:09
A "Adelita" Edivânia vai para a galeria das heroínas.
Parabéns para o casal pela alegria e determinação em superar as dificuldades com tanta naturalidade.
Abs
Dolor e Angela

Dolor
20-09-11, 23:14
01/05/2011 - Domingo - 9o. dia

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Acordamos por voltas das 6:30 horas e até fazer o "chek out" demoramos e quando chegamos na Aduana já tinha mis de 50 pessoas na nossa frente. Menos sorte tiveram um grupo de 8 motociclistas Bolivianos que chegaram no dia anterior após o término do expediente e foram para Corumbá dormirem. Porém demoraram e quando chegaram nao foram atendidos novamente. Tiveram que esperar segunda-feira. Sobre esses colegas falarei depois.

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Dolor
20-09-11, 23:20
02/05/2011 - Segunda-feira - 10o. dia


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Ontem tivemos que usar a reserva de 10 litros de gasolina dos tanquinhos e hoje achei seguro comprar 4 litros de um motorista de taxi, tendo que o próximo posto ainda está a 200 km de distância.
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A nossa mente foi toda dedicada às estórias ouvidas durante o caminho. Os oito Harleyros bolivianos que encontramos na aduana disseram que tiveram que contratar um caminhao para transportar as motos por 47 km sem asfalto. Alegaram existência de muito barro e grandes trechos de pedras em aclives. Passaram tanto medo que a minha corajosa companheira ficou com medo. Para complicar ouvimos os mais absurdas estórias de assalto e roubo nesse percurso.
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Meu argumento foi:"quando chegarmos mais perto a gente fica sabendo". Assim partimos. Quanto mais perto chegávamos do trecho mais otimistas eram as informaçoes.
Até que enfim, após quase 500 km sem posto, chegamos à San José de Chiquitos, onde abastecemos. A respeito da pobreza da regiao, o dono do posto apresentou o seguinte argumentou: "hoje estamos no mesmo estágio de desenvolvimento que Mato Grosso, no Brasil, estava em 1965. E eu acrescento: a regiao Oeste da Bolívia está no mesmo estágio de desenvolvimento do Tocantinis na década de 80, ou seja: com 30 anos de atraso. Esse senhor foi otimista quanto à nossa subida na estrada sem asfalto.
Esse senhor nos recomendou visitar a igreja da sua vila. Foi uma grata surpresa. Uma maravilha construida por volta de 1800 que tem capacidade para comportar 20% da atual populaçao da cidade. Hoje a vila deve ter 3 mil habitantes, imagine por volta de 1800, para que uma igreja daquele tamanho?
Assim resolvemos fazer o que as Harley nao fizeram: enfrentar o trecho. Depois de umas 4 horas chegamos ao final dos 47 km felizes da vida. Quando eu consertar meu netebook, vou gerar um filme contendo as peripécias dessa viagem.

Dolor
20-09-11, 23:25
03/05/2011 - terça-feira - 11o dia

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Saimos tarde de Santa Cruz. Fui ao Banco do Brasil ver como estava os gastos e encontrei a maior fila já vista na porta de um banco. Todos Brasileiros que estudam medicina na Bolívia, na esperança do Mercosul liberar a profissao entre os países do acordo.

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Fui em uma lan-house atualizar o blog e esperar o escritório turístico onde eu obteria informaçoes turísticas ao longo do percurso até La Paz. Uma observaçao do rapaz das informaçoes turísticas nos chamou atençao: "nao parem nessa regiao da Villa Tunari, ela é muito perigosa. É onde está concentrado o maior polo de narcotráfico da Bolívia!". No próximo post retornarei a esse assunto.

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Logo que saímos da cidade começou a escurecer e procuramos um posto para dorimir. Logo enxergasmos uma excelente estrutura nos funtos do posto e paramos. Segue a foto da agradável palhoça. O gerente do posto que morava ao lado nos deu todo apoio.

Dolor
21-09-11, 10:03
04/05/2001 - quarta-feira - 12o dia
http://4.bp.blogspot.com/-7UYjGvv7hgo/TcMrDCEK2OI/AAAAAAAAAj0/lZpzORfbyJw/s400/DSC07577.JPG
Durante a viagem eu dizia para mim mesmo: "viva Evo Morales!!!!!, gasolina a menos de R$1.00, só um cara de peito para tomar a Petrobrás". No dia do trabalhador, que aqui comemora no dia 02/05, eu o vi num comunicado oficial pela TV se vangloriando por ter estatizado o Petróleo, a Energia, as Telecomunicaçoes, etc. Com o preço da gasolina nesse preço nem fiquei grilado com o fato dele ter nos surrupiado a Petrobrás. Pensei "azar da Petrobrás! No Brasil ela coloca o petroleo a R$3,20 para dar lucro aos assionistas que se dane ela!".
Porém minha alegria acabou logo: foram oito postos de gasolina sem o produto. Tive que comprar gasolina no paralelo quase ao custo da do Brasil. Na cidadezinha que estou já vi um posto sem gasolina e uma fila enorme em outro. A sorte é que estou com o tanque e os galoes cheios e vai dar para eu subir a serra até Cochabamba.
Parando de posto em posto, nossa viagem rendeu muito pouco e logo o sol estava caindo e precisávamos parar para dormir. Na primeira abordagem sobre acampar, nos informaram um parque da cidade que era ótimo e grátis. Nos mandamos para lá. Logo na chegada vimos uma moto vermelha estradeira estacionada na porta de uma casa, que por sua vez ficava na porta do referido parque. Nas primeiras palavras ele já me franqueou seu alpendre, conforme foto em anexo.
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Lembram-se daquele recomendaçao sobre regiao do narcotráfico? Pois entao, na conversa com esse senhor, nos disse que na cidade, Villa Tunari, nao existe polícia, porque os traficantes matam todos. E ficam por isso mesmo, porque é a regiao onde nasceu e cresceu o atual presidente do país. Carro e moto nao usam placas, para nao pagarem imposto.
Mas a harmonia do parque era tao legal que nem me preucupei com esse pequeno detalhe de segurança.
Em Villa Tunari, encontrei uma coisa pitoresta. O parque é uma reserva onde sao soltos animais recuperados em gaiolas, circos e contrabando. Até aí, tudo normal. O anormal é que umas três dezenas de jovens de vários cantos do mundo (Alaska, França, Alemanha), pagam 30 dólares por mês para trabalhar e cuidar dos bichos. E olha, que eles trabalham duro, carregando alimento para cima do morro. O valor que eles pagam serve para ajudar nos custos de alojamento e alimentaçao que recebem.

Dolor
21-09-11, 10:20
05/05/2011 - Quinta-feira - 13o dia

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Como a hospedagem em Villa Tunari foi boa, resolvemos passar duas noites e aproveitar para lavar a roupas que estavam bem sujas da estrada de terra que passamos e do suor que nos castigou em alguns trechos. No geral temos pegado tempo frio desde Bonito no Matro Grosso do Sul. Em Villa Tunari está em torno de 18 graus e a informaçao é que La Paz está em 4 graus e no Lago Titicaca -2 graus. Com essa temperatura nesse lugar eu nao contava.
http://4.bp.blogspot.com/-yVkayCmPIZ0/TcMx1QjBRrI/AAAAAAAAAj8/K5vpJ1r9WEU/s400/DSC07536.JPG
Como nao tinha nada para fazer, aproveitei para fechar a contabilidade (Dados até ontem 04/05):
- Total de km rodados : 2.815 km; - Média de Km / dia: 234.58 km/dia
- Total das despesas : R$ 1.092,24; - Média despesas: R$ 91.02 dia.
Portanto pelos dados acima, estamos devendo km rodados cuja média prevista é de 300 km por dia.
Vale ressaltar que no total de valor gastos consta R$ 296.00 com passeios. A comida e o combustível na Bolíva permite juntar "gordura" financeira para os locais mais caros.
Agora vou embora, porque um cachorro mordeu minha bunda e está incomodando meu acento em frente ao micro. Vou colocar meu anfitriao para vigiar o bicho a respeito de raiva. Até nisso tenho que contar com a sorte.
Vou complementar uma informaçao de ontem que esqueci. É que encontramos três brasileiras numa cidade chamada Monteiro, logo após Santa Cruz. Na realidade foi a Nanci, do Rio de Janeiro, que nos achou e nos levou para conhecer as outras duas: Vera, também do Rio e Maria Ramos de Itumbiara. Essas três mulheres coordenam projueto de criança carente através da Igreja Católica que é um exemplo de voluntariado. Tenho mutas coisas para escrever a respeito do projeto, mas vou me limitar a duas: - Às crianças elas ensinam os valores: cumprimento de horário, honestidade e ética; - Aos pais sao ensinado: cuidar da higiene e alimentacao das crianças e a exigir-lhes assiduidade e cumprimento dos deveres escolares. Segue a foto com o grupo.

Dolor
21-09-11, 18:39
06/05/2011 - Sexta-feira - 14o dia

http://3.bp.blogspot.com/-lPpEBCurZA0/Tcl8FP_PjxI/AAAAAAAAAks/v26q0uRuhnw/s400/DSC07617.JPG
Saimos cedo com vista a subir a primeira fase da serra até Cochabamba. Saimos de de uma altitede de 600 msnm com destino a La Paz que fica em torno de 4.000 msnm. Sabíamos que nao daria tempo de chegar à La Paz no mesmo dia, mesmo porque tinha Cochabamba para conhecermos no caminho.
A primeira fase da subida, até Cocha, foi maravilhosa. Paramos no meio da serra para comer uma Truta muito gostosa e depois continuamos subir.

http://4.bp.blogspot.com/-eAWMqBY_HJ8/Tcl7_J4YPvI/AAAAAAAAAkk/zpLwS2XvMWc/s400/DSC07609.JPG
Uma passada rápida por Cochabamba, para compra dos suprimentos do restante do dia até a manha do dia seguinte, conforme é de praxe. A minha preocupacao com a subida da segunda parte da serra era grande. Tínhamos informacao que o estado de conservacao da estrada era péssima, o que veio a confirmar. A Celestina por ser carburada, já dava sinais de falta de oxigenio. Por isso a viagem rendia pouco.

http://1.bp.blogspot.com/-3mG3w3CfyXE/Tcl75NcljgI/AAAAAAAAAkc/B0xoUy6F6Yw/s400/DSC07611.JPG
Na media que o sol baixava a preocupacao aumentava. Será que teríamos que dormir numa comunidade Andina daquela. Nao deu outra: tivemos que parar numa dessas.

As fotos de Dom Quixote sao de Cochabamba. A serra verde é a primeira fase da serra e de terra a segunda.
http://4.bp.blogspot.com/-ZZtLX9WvlNI/Tcl7wMxUJKI/AAAAAAAAAkU/mGMzCC_HfUQ/s400/DSC07626.JPG

Dolor
21-09-11, 18:46
07/05/2011 - Sábado - 15o dia

http://4.bp.blogspot.com/-9YnElyPUqXk/Tcl_fp6y13I/AAAAAAAAAlU/j7InpTx0wq4/s400/DSC07687.JPG
Considerando que o sol sumia e o vento e frio aumentavam consideravelmente resolvemos pedir poso numa Comunidade Andina que nao entendiam nada que falávamos. Depois que apareceu um enfermeiro deles que sabia falar espanhol.
http://2.bp.blogspot.com/-WJqf0rEveDE/Tcl_ZtQ0IWI/AAAAAAAAAlM/seQLVfN39Ak/s400/DSC07668.JPG
Armamos a barraca na maior velocidade possivel visando esquentar o corpo e entrar dentro dela. Entramos e vestimos a maior quantidade de roupas possível e entramos dentro dos sacos de dormir previstos para suportar zero graus célsius.
http://3.bp.blogspot.com/-wcRYVp9hlWQ/Tcl_S8dQtDI/AAAAAAAAAlE/j_hbh2dTSKA/s400/DSC07662.JPG
A Edivania dormiu super bem, mas eu senti os efeitos da altitude e nao consegui dormir quase nada. Era uma dor de cabeca constante, estomago enjoado e corpo meio febril.
http://3.bp.blogspot.com/-Z_b5p4zHxtc/Tcl_Nh9JkII/AAAAAAAAAk8/uM_4omoa9qY/s400/DSC07660.JPG
No dia seguinte a surpresa: tinha caído uma geada das bravas. Resultado: os sacos de dormir estao apravodados.
http://4.bp.blogspot.com/-HjQJOey8UKw/Tcl_FxZ5UDI/AAAAAAAAAk0/7R1d85AI38Y/s400/DSC07658.JPG
Na viagem rumo a La Paz encontramos um grupo de motociclistas de Uorus na Bolivia.

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21-09-11, 18:52
08/05/2001 - domingo - 16o dia
http://2.bp.blogspot.com/-qyGqVt66HuI/TcmEKWhpXCI/AAAAAAAAAlk/0lh-fmoJerc/s400/DSC07720.JPG
Ontem chegamos em La Paz por volta das 12 horas, demos um volta pela cidade, reabastecemos num dos poucos supermercados da cidade e partimos rumo a Coroico, tendo em vista que meu planejamento preve passar pela estrada mais perigosa do mundo entre La Paz e Coroico.
Porém nao contávamos com uma manifestacao religiosa no meio da rodovia e lá pedermos mais de duas horas, obrigando-nos a deixar a descida da serra para hoje, domingo.
http://1.bp.blogspot.com/-JAkZbgbpEc4/TcmEfJg1B9I/AAAAAAAAAl8/zZngZmSlUwc/s400/DSC07759.JPG
Hoje a estrada nao é a mais perigosa como dizem na internet, tendo em vista que tiraram o tráfego dela e hoje é destinada apenas para os passeios turisticos, sobretudo para as dezenas de ciclistas que a desceram junto com a gente.
Na tentativa de encontrar um lugar para dormir descemos até a cidade de coroico pela via asfaltada. Depois que voce enxerga a cidade, ainda faltam 60 km só de curva, passando de um lado a outro da montanha. Sai de 4 mil metros de altitude para 1200.
De manha tivemos que subri a serra por 60 km até alcanñar a estrada de terra. A qual tivemos que subir novamente após a descida.
A descida foi maravilhosa, foi como se estivéssemos curtindo um passeio dominical ao redor da minha querida Morrinhos, olhando a paisagem e esperando o dia passar. Aproveitamos uma cachoeira na beira da estradinha para tomar um banho, tendo em vista que já fazia calor.
http://4.bp.blogspot.com/-lloMoireiS4/TcmEkly61oI/AAAAAAAAAmE/s2iU3TuqAB0/s400/DSC07781.JPG

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21-09-11, 18:58
09/05/2011 - Segunda-feira - 17o dia
http://3.bp.blogspot.com/-qmh6M0ey6bQ/TcmKFReuuRI/AAAAAAAAAms/8_CfUGSk8xs/s400/DSC07836.JPG
Gastamos quase todo domingo no passeio à Coroico. Chegamos ao anoitecer de volta à La Paz. Entao pensava: "hoje temos que ir para um hotel". Mas de repente, já dentro da cidade, a Edivania me mandou parar e foi até um posto policial. Nao é que ela conseguiu autorizacao para acampar dentro da unidade?
Nao só autorizaram como nos serviram duas canecas de uns 300 ml de café para cada um e no dia seguinte de manha, na saida, essas mesmas canecas acompanhadas de um pao fatiada nos foram oferecida. Foi um longo papo com os policiais. Na foto aparece o Sargento Elfraim Delgado, o autorizador.
http://4.bp.blogspot.com/-oKkPDcFyVjY/TcmJrDK8U-I/AAAAAAAAAmM/1_fwnKNAL1o/s400/DSC07798.JPG
Faz muito frio no alto das montanhas e a noite chega cedo, por isso temos dormindo muito das 20 horas às 6. Tenho dito que essa é a "viagem dos sonhos". Depois das 7 horas de sono, que chega por 4 hora da manha, o restante do sono é cheio de sonhos. No meu caso, pesadelos. Nao sei porque, mas depois de velho meus sonhos tornaram-se em pesadelos. Quando jovem, sonhava com cada mulher gostosa......., agora.........
http://2.bp.blogspot.com/-UeSV2p7EIwI/TcmJ-M3qCDI/AAAAAAAAAmk/mtt_aBuSwPQ/s400/DSC07830.JPG
Saimos de La Paz e chegamos à Copacabana. A cidade mais bonita da Bolívia. Lá encontramos um grupo de motociclista de Sao Paulo, denominados de "Moto Clube Tocha Negra". Foi uma hora de conversa e muita risada. Sao uns caras muito bacanas que já rodaram muito.
http://3.bp.blogspot.com/-SIubBFn0jVw/TcmJ4H-fK1I/AAAAAAAAAmc/o_tuEhVqCGg/s400/DSC07821.JPG
A viagem até Copacabana foi ladeada do lindo lago Titicaca. Esse nome nunca foi esquecido de uma aula que tive com minha professora de Geografia, Dona Nilzinha, lá de Goiatuba. Por isso sempre tive vontade ve-lo. A pilotagem num asafalto super liso e sem nenhuma reta, foi uma das pilotagens mais agradáveis que já tive. Por diversas vezes a pedaleira encostava no asfalto.
Dormimos na divisa do Peru, também numa área da Polícia Peruana. Muito frio novamente.

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21-09-11, 19:01
10/05/2011 - Terca-feira - 18o dia

Este post dedico ao meu amigo Rui Leite de Souza. A pessoa com maior expírito de gratidao que já conheci. Também a sua ma Dna Tereza que me considera como filho.
A viagem da divisa da Bolivia até Puno no Peru foi tranquilo exceto pro trecho de 30 km que o asfalto era muito ruim.

http://3.bp.blogspot.com/-5Xhaz_kgYD0/TdFThcSicMI/AAAAAAAAAnM/ir5dFjfV4fQ/s400/DSC07857.JPG
O ponto forte foi a visita ao povo Uros que vive sobre o lago Titicaca milenarmente.

Porém a visita nao atendeu minhas expectativas. Trata-se de um fato ligado mais a natureza do que da criatividade humana.

Dormimos em Puno.

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21-09-11, 19:04
11/05/2011 - Quarta-feira - 19o dia


Este Post dedico ao Jhon, Noemi e Sr. Mozart da Farma Vida do Jardim Romano e do Genoveva Alves. Meus mais novos amigos de Morrinhos que me apoiaram financeiramente para minha viagem.
http://1.bp.blogspot.com/-VO9wYStvkes/TdFfiiBDmHI/AAAAAAAAAns/ltVLHAIfK6c/s400/DSC07891.JPG
Saimos tarde de Puno e tivemos que dormir na beira da estrada antes de chegar a Cusco que era o nosso objetivo. Fomos atenciosamente recebidos por um casal que nos concedeu estadia e ducha, apesar de fria; água muito fria.

Chegamos a Cusco ainda de manha e aproveitamos para dar um giro pela cidade utilizando um meio de transporte que tem carroceria de vagao de trem e pneus e direcao de onibus. Depois fomos pegar informacoes turísticas a respeito de Machupicchu.

Quando soubemos dos valores dos passeios e das visitas quase desistimos. Entao, sentamos e fomo priorizar os passeios. Resolvemos que o Valle Sagrado só visitaríamos aquilo que fosse possivel fazer de moto.

O passeio a Matchupichu ficava mais ou menos nos seguintes precos: viagem de trem Cusco-Águas Callientes= 230 dólares para os dois em ida e volta; Hotel em Águas Callientes= 100 Solis (+- R$ 75,00); Önibus de Águas Callientes = 15 dólares; Ingresso ao ;Matchupichu= 252 Solis (+- R$ 170,00). O resultado da decisao conto no próximo.

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21-09-11, 19:07
12/05/2011 - Quinta Feira - 20o dia.


Dedico este Post ao Meu filho Marcelo tendo em vista que esqueci de cumprimentá-lo pelo seu aniversário. Peco-lhe desculpa publicamente.

Gastamos quase todo o dia com a visita a Cusco uma cidade centenaria com vestígios milenar. Foi muito bom reviver um passado histórico internacionalmente conhecido. O povo da Bolicia e do Perú sao muito pobre e com costumes muito anti-higienicos. O índice de desdentado {e muito grande e se vende carne nos passeios ou nos portamalas dos carros.
http://4.bp.blogspot.com/-FzHof8OC0Dk/TdFjndHPu8I/AAAAAAAAAoc/5VrcqXPMwck/s400/DSC07942.JPG
Interesse que em Cusco, onde ficam os turistas, nao aceitam que esse povo fiquem. No centro parece uma cidade evoluida, mas andando um pouquinho para fora da área histórica tuco é igual. Monte de frangos mortos com as pernas abertas nos passeios ou nas portas das lojas sem nenhuma protecao contra poeira ou bactérias. Carnes de gado e de porco da mesma forma. O que gostei foi de um mercadao que lembra o Mercadao de Sao Paulo, porem com higinene precária, mas se acha de tudo, inclusive muitas frutas importadas.

Por volta das 15 horas tomamos o caminho rumo ao Valle Sagrado. Tinhamos decido que visitaríamos somente as reliquias de Ollantaytambo, que eram gratis. Assim fizemos e partimos para dormir logo após essa localidade.

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21-09-11, 19:14
13/05/2011 - Sexta-feira - 21o dia

Dedico este Post a Dra. Vera de Carvalho, grande amiga, e para Valquíria, mae dos meus filhos. Duas mulheres exemplos de fibra, honestidade e ética.

Saimos rumo ao Machupicchu as 7 horas, tendo em vista que de Cusco a Machupicchu por estrada ter{iamos que rodar 250 km de estrada de ida e o mesmo tando para voltar. Sendo que deste trecho 67 km era em estrada sem asfalto e, destes, 32 km descobrimos ser a beira de precipicios e com a passagem para um so veículo. Quando arrumar meu computador vou baixzar uns vídeos do caminho.


Em Cusco todos diziam que até Machupicchu nao tinha jeito de ir de moto, somente de trem. somente um cara que simpatizou com nossa cara que nos deu a dica: o caminho máximo que voces podem ir de moto é até a hidrohelétrica. De lá voces podem ir a pé pela linha de trem sem pagar nada. Com essa informacao e fazendo as contas do que significaria 230 dólares de trem, resolvemos partir.
http://1.bp.blogspot.com/-sJGzWDnkgFc/TdFqIWjQnUI/AAAAAAAAAos/i7DfenTXYjQ/s400/DSC07961.JPG
Chegamos a última cidade do Roteuiro, antes da hidreeletrica, e os taxisistas e vaneiros nos informaram que nao adiantava a gente ir até a hidroelétrica, pois era uma propriedade privada e que nao tinha onde deixar a moto. Como só faltavam 9 km, resolvemos ir conferir.

Chegando na referida propriedade, fomos recebido por um casal muito simpático que colheu nossa assinatura de visitas e nos auxiliou permitindo que deixássemos a moto atrás do seu escritório. Nesse momento descobri que o trem vai até esse local e cobra 8 dólares por pessoa para circular 7 km. Vendo alguns muchileiros, já por volta das 17 horas tomando o caminho a pé a Edivania disse: "se eles vao, nós também vamos". Ela nem considerou que eu tenho o dobro da sua idade e da idade dos jovens que tomavam o caminho. Mas aceitei o desafio.
http://4.bp.blogspot.com/-rzat0dEjtI8/TdFqQVyTNEI/AAAAAAAAAo0/39YT8sxBxVs/s400/DSC07964.JPG
O problema agora seria dormir. Como dormir num local tao inóspito daquele? Sentamos para descansar, porque os 9 km que nos separavam da cidade de Santa Tereza era mmuito perigoso,m sobretudo que a noite já aproximava. Quando já tínhamos andado un 500 metros rumo a volta avistei dois guardas parados ao lado de uma camionete e parei para perguntar se havia algum lugar para acampar. Os caras super bacanas nos indicou a área de cria de alevinos da hidreelétrica que fica a 200 metros ao lado. Levaram até o local e deparamos com uma das paisagens mais bonitas das quais já dormimos. A foto onde aparece uma água caindo pela montanha moistra parte da beleza. Coloquei o celular para despertar as 3 horas da manha.
http://3.bp.blogspot.com/-EdKV6boL8mw/TdFrKO-_o0I/AAAAAAAAApM/UtbsMr1FIGg/s400/DSC08005.JPG

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21-09-11, 19:25
14/05/2011 - Sábado - 22o dia

Dedico este Post a Minha filha Aline, de quem ouvi pela primeira vez na vida sobre a existencia de Machupicchu. Era sonho dela vir conhece-lo.
http://3.bp.blogspot.com/-ULaRTrSCVnw/TdFxbEGfVCI/AAAAAAAAApc/YVob3cn-Ylk/s400/DSC08014.JPG
O relogio despertou as 3 horas, mas caia uns pingos de chuva e nuvens negras cobriam o céu para o lado Leste. Esses pingos, aliados a noite mal dormida, acometeram-nos de temores. Eu dormi mal por causa do horário de acordar; a Edivania por medo do local. Ela achou que a bondade daqueles guardas foi grande demais e o habitante que tomava conta dos alevinos, nao apareceu na casa ao lado conforme afirmacao dos rapazes. Gastamos uma meia hora indecisos mas tomamos a decisao de partir. Fisemos o "chek-out" do acampamento e quando estávamos saindo pela estrada, paro para arrumar o óculos, desiquilibro e deixo a moto cair. Foi um esforco enorme para colocá-la em pé novamente, inclusive me deu uma fisgada na escadeira. Mas, conseguimos e partimos. Deixamos a moto com capacete e toda bagagem no local indicado pelo casal. As 5 horas em ponto estávamos caminhando rumo a Machupicchu.
http://3.bp.blogspot.com/-w3gvz-sHdDk/TdFxVa4KM3I/AAAAAAAAApU/hRrAJnL_Oq8/s400/DSC08010.JPG
As 7:20 estávamos na entrada da maravilha, mas o guarda nos disse que teríamos que andar mais um quilometro morro acima, até Aguas Callientes, para comprar os ingressos, porque ali nao vendia. Assim partimos pedindo carona, mas tivemos que chegar a pé. Compramos os ingressos e fomos verificar a questao dos onibus que levam até o alto do morro onde ficam a ruinas. Confirmamos que o Onibus cobrava 15 dólares para cada um, ida e volta, para andar no máximo uns 3 km. Achamos um absurdo. Entao perguntamos sobre a subida a pé. Tudo bem, voltamos o quilometro andado até a porta secundária da ruína e partimos a pé morro acima subindo degraus ígremes que nos tomaram 1:20 horas de caminhada.
http://4.bp.blogspot.com/-GOgrbBAR9HY/TdFxfhAShII/AAAAAAAAApk/KT68FXk7gfM/s400/DSC08027.JPG
Chegando ao cume, na outra entrada, tomaram-nos os paes e lanche que levávamos, mas mesmo assim entramos. Compramos 600 ml de água mineral por cerca de R$6,00 e entramos. Quando vi toda aquela imensidao de obra que foi Machupicchu, minhas pernas sararam. Nem lebrei que tinha andado 9 km e subido uma serra com mais um km.
http://3.bp.blogspot.com/-ZdWCGKWqFwA/TdFxlNrLxSI/AAAAAAAAAps/pELyWmz51-w/s400/DSC08031.JPG
Andamos na plataforma mais baixa e depois resolvemos visitar o portal do Sol que fica a 4 km acima, num caminho ascendente mas sem escada. Na metade do caminho, quando estávamos para desistir, encontramos um casal de Belo Horizonte: Mara e Jair. Na primeira parte eu disse a Edivania que os deuses Incas teriam curado minhas pernas. Agora voltei a repetir a deusa Mara curaram-nas novamente. Essa mulher tem a capacidade de energizar as pessoas e nem vi os outros dois quilometros passarem. Fomos e votalmos conversando sem parar e nem senti mais minhas pernas.
http://4.bp.blogspot.com/-w5Ycgq6qFso/TdFxuoLWqQI/AAAAAAAAAp8/pFW0AQngE0E/s400/DSC08043.JPG
As 17:20 estávamos de volta para o ponto onde a Celestina, minha moto, estava. Andamos 12 horas e 20 minutos ininterruptamente; só parando algus 3 minutos na subida da serra ou nas ruínas, nao para descansar as pernas, mas para repor o animo de subir mais. Faltando uns quatro quilometros até a Celestina, os pés nao aguentavam mais. A Edivania arrastava a perna esquerda. Achei legal, porque eu mais velho, senti menos que ela que me desafiava, dizendo: "voce nao se diz forte?"

Nessa noite viajamos até Santa Tereza, comemos uma pizza e procuramos um excelente hotel, porque nao aguentávamos mais dar mais que 10 passos. Foi a prieira vez na viagem que dormimos confortavelmente num hotel. A foto do casal aparece aqui.

Dolor
21-09-11, 19:30
15/05/2001 - Domingo - 23o dia
http://4.bp.blogspot.com/-_g1Y9hSOQxw/TdF1dVrfE7I/AAAAAAAAAq0/KpYWFFm2f_k/s400/DSC08075.JPG
Dedico este post ao pessoal do Hospital Municipal, sobretudo as amigas do Laboratório com as quais compartilhei muitas risadas a respeito da viagem.
http://4.bp.blogspot.com/-CEYv92uC3OI/TdF1ZayrYSI/AAAAAAAAAqs/zUyBpYGJoRI/s400/DSC08078.JPG
Com a panturrilha doendo e a escadeira dura, levantamos tomamos os 259 km que nos separavam até Cusco. Dormimos ha 60 km de Cusco.
http://3.bp.blogspot.com/-7fU99ro8KkQ/TdFzpcnibWI/AAAAAAAAAqU/ZeyFrIKdDdc/s400/DSC08055.JPG
http://1.bp.blogspot.com/-DynOQFWvmE8/TdFziqm7oOI/AAAAAAAAAqM/bhVVoNnPRqI/s400/DSC08054.JPG

Dolor
22-09-11, 01:45
16/05/2011 - Segunda-Feira - 24o dia

Dedico este Post aos Profissionais de Jornalismo da Radio Integracao FM, Fernando, Leonardo e Peninha pela valorizacao da minha viagem.


Passamos quase todo o tempo em Cusco atualizando o Blog e dando mais uma volta na cidade para conhecer a área onde fica o povao, já que no centro só ficam os turistas e os profissionais que trabalham com o turismo.


Como já manifestei em post anteriores, o costume do povo é muito estranho e, desde a Bolívia, o transito nao tem organizacao alguma, prevalecendo a vontade dos moto-taxis de 3 rodas e com cobertura, vans e onibus que nao respeitam nenhum outro veículo.


Aproximadamente uma hora depois de sair de Cusco já estávamos procurando um local para dormi, quando deparamos com um gramado lindo. Paramos e pedimos para acampar o que foi prontamente autorizado. Depois das conversas iniciais o gestor do lugar nos mostrou o lugar do banho quente e outras facilidades do local. No dia seguinte fomos saber que aquele local era um campo de férias para criancas cuidadas por uma igreja evangélica e o gestor que autorizou o Pastor Baine Gonzales, diretor da instituicao. Segue uma foto do mesmo.
http://4.bp.blogspot.com/-moFSr5B0IH4/Tdgan2pyw7I/AAAAAAAAArM/fTGY9TQWSOU/s400/DSC08088.JPG

Motociclistas aventureiros - Viagem Cusco a Mchupiccho
Companheiros do motociclismo!
O jeito mais fácil de se chegar a Machupicchu é deixar a moto numa garagem e pegar o tem. É melhor trabalhar e juntar uns 500 dólares e fazer um passeio menos sofrido. Porque andar de qualquer jeito o cara anda.
Mas se for um durao como eu que além de tudo sou muchiba e tenho uma mulher miserável, entao vou ensinar como fazer: Tome rumo ao Valle Sagrado Chegando até a cidade de Pisaq; Uns 30 km após essa cidade, uns 90 rodado, abasteca a moto, pois gasolina, em posto, vai demorar 128 km. Passe pela cidade de Urubamba e chegue a Ollantaytambo. Nesta cidade tem umas ruinas que, se quiser, já pode treinar as pernas. Mas eu só as fotografei e segui em frente. Daí vai subir um serra até os 4350 manm. Um frio danado, mas que logo acaba e a temperatura chegará aos 30 graus. Passe Carrizales, Sa luis, Inca tambo, Huyro e Santa Maria. Nessa coidade tem abastecimento. Segue para Santa Tereza a 23 km, estrda muito perigosa ao lado de abismo e que passam um só veículo. Atéo ano quevem toda a estrada aé Santa Maria estará asfaltada. Hoje ainda tem 35 km dela sem asfalto. Em Santa Tereza informarao que nao tem jeito de guardar a moto na Hidreeletrica. Mas va assim mesmo. Solicite para deixar a moto atrás do escritório. Depois se quiser acampar volte até quase chegar a ponte e vire a esquerda e chegara ao criatório de peiche da usina.
Para mais informacoes leia meus blogs anteriores.

Dolor
22-09-11, 01:51
17/05/2011 - Terca-feira - 25o dia

Dedico este Post aos ancoras musicais da Radio Integracao News FM, Samuel Martins (Samuca) e Luciano Leite, em agradecimento aos comentários elogiosos a meu respeito.

Com a bencao do Pastor, talvez, o dia comecou lindo. Debaixo do meu capacete minha mente divagava e curtia aquela paisagem cheia de curvas e serras. Na parte da manha, até o meio dia, a viagem foi subindo, subindo e subindo serra e depois, descendo, descendo e descendo a mesma serra. A partir da uma hora da tarde até as quatro foi ainda mais maravilhosa. Pilotei por uma estrada cercada por grandes montanhas, num vale, em cujo interior corria um rio de águas lindas, com uma cor azul para o lado de verde. Na medida que o rio entortava para fugir das pedras a estrada entortava também promovendo curvas suaves e gostosas. Pensei várias vezes: "pilotar é gostoso demais!".

Por volta das 16 horas parei para abastecer e a frentista me advertiu: "Coloque a gasolina octagem 90, porque ela é melhor para o senhor subir a serra". Fiz umas indagacoes e descobri que tínhamos pela frente 175 km entre a subida da serra, a permanencia em cima dela e a descida. Calculei que em 3 horas romperia essa distância, chegando na cidade de Púqui por volta das 19 horas. Tinha descoberto, também que Púquio era mais quente.

Decidimos partir, tendo em vista que ainda era muito cedo para dormir. Entao, a aprtir dessa decisao, comecou o nosso sofrimento. Nem bem comecamos a subir a serra e o vento apareceu trazendo com ele um frio ainda nao muito forte. Fomos subindo e frio aumentando. Até que a Celestina deixou de andar e pedindo primeira marcha a qualquer subidinha e mesmo assim, nao respondendo. Decidi parar e tirar o filtro de ar, como ja tinha feito em outros locais acima de 4 mil metros acima do nível do mar. Nessa hora, poderíamos termos nos agasalhados melhores, mas nao esperávamos mais frio. A nossa mente está acostumada com frio maior na parte da madrugada.
http://4.bp.blogspot.com/-06JfJe8RjsE/TdghIiLz3WI/AAAAAAAAArU/ZouoUr2oje8/s400/DSC08094.JPG
Com a moto voltando a andar comecei a fazer curvas a 80 km/h, pensando: "logo estaremos em Púquio!". O sol se punha e no seu lugar aparecia uma grande, linda e brilhante lua que anulava o farol da Celestina. Foi quando notei que a moto jogava a trazeira em qualquer curva ou em qualquer acelerada. Reduzi a velocidade para tentar entender o que ocorria e resolvi parar para ver se nao era o pneu trazeiro que estaria furado. Com auxilio da luminosidade da lua, verifiquei que nao tinha nada com o pneu. Entao pedi para a Edivânia fazer uma massagem no meu pescoco, tendo em vista que o vento tinha deixado como sequela uma insuportável dor no lado direito entre o ombro e a cabeca. Foi quando a Edivânia disse: "meu bem sua jaqueta está cheia de gelo!".

Foi entao que entendi que a moto nao tinha aderência era por causa do gelo no asfalto. Também entendi que uma coisa que incomodava os dedos do pé era o suor que tinha virado gelo dentro das minha bota. Tirar a jaqueta para vestir mais roupas de frio era inviável, tendo em vista que o frio era insuportável. Éstávamos proximo de uma placa que informava: "Puquio a 30 Km". Resolvemos partir. Pilotei esses 30 km a 20 por hora com medo de cair. Depois, na descida da serra nao tinha mais gelo, mas tinha muita curva e minhas articulacoes e refexos estavam comprometidos e continuei na mes ma velocidade.

No primeiro hotel que encontramos o contratamos. Determinei para a Edivânia ficar uns 20 minutos debaixo da ducha quente enquanto buscaria algo para comer. Encomendei uma pizza que comemos no quarto.

Mesmo após o banho, comida e debaixo das cobertas os lábios da Edivânia ainda estvam roxos. Nunca passasmos tanto frio na vida.

No outro dia fomos rir do sofrimento.

Dolor
22-09-11, 01:58
18/05/2011 - Quarta-feira - 26o dia

Dedico este Post ao amigo Ocivaldo de Oliveira, profissional do Corpo de Bombeiros, que nos ofereceu curso de primeiros socorros. Pessoa que adora o trabalho e é exemplo de lealdade nas amizades.
http://2.bp.blogspot.com/-68Vj93vXWiM/TdgjpvJxkvI/AAAAAAAAArs/w7oWNTvJJ6w/s400/DSC08112.JPG
Acordamos bem dispostos pós o frio do dia anterior. Púquio é uma cidade que parou no tempo. A impressao que tive é que tínhamos voltado na máquina do tempo e encontrávamos a 150 anos atrás; tanto no modelo e estado de conservacao das construcoes quanto ao costume das pessoas. Segundo informacoes de dois senhores, a cidade tem 150 anos de município, mais muitos anos como povoado desde a época da descoberta de minério na cidade que ainda é a maior fonte econômica.
http://1.bp.blogspot.com/-y8iOnq1xVIo/TdgjjFQucpI/AAAAAAAAArk/Q9MoED5WS4M/s400/DSC08116.JPG
Apesar da altitude, a Celestina nao exigiu a retirada do filtro. Foi muito gostoso descer a Cordilheira dos Andes pelo lado do Pacífico, apesar do deserto. Pegamos pela primeira vez a rodovia Pan-americana na qual passaremos a maior parte do tempo nos próximos 10 mil quilômetros. Na viagem ao Chile estive onde ela se inicia no sul daquele país e, provalvavemente, veremos seu final no extremo do Canadá.
http://2.bp.blogspot.com/-O2LsLMUqNVQ/Tdgj1Xm64ZI/AAAAAAAAAr8/vsRQsgCagUw/s400/DSC08129.JPG
Na descida da serra estávamos com muita paciência; parando a todo mirante e descendo bem devagar para dar tempo de observar tudo. Até cena de filme fizemos. Deixei a Edivânia em cima de uma coluna para me filmar descendo nu setor de diversas curvas. Depois voltei e a peguei.
http://2.bp.blogspot.com/-D9cmylOHwVs/Tdgj6B-3niI/AAAAAAAAAsE/pdyyWscEwV0/s400/DSC08132.JPG

Dolor
22-09-11, 02:01
19/05/2001 - Quinta-Feira - 27o dia

Dedico o Post ao amigo Haendel Leite, filho do Rui Leite, que desenvolveu a logomarca da nossa viagem. Muito elogiada por onde passamos.
http://1.bp.blogspot.com/-c452bZxzy4I/TdgmUz1rchI/AAAAAAAAAsM/RE2y1Mi02Bk/s400/DSC08142.JPG
A viagem até Lima nao foi muito emocionante. Pilotei quase todo do o tempo ao lado de plantacoes irrigadas que ficam entre o mar e a serra. Em torno de 2 km médio de cada lado da estrada. Chegamos tarde à Lima foi a conta de encontrarmos um local para dormir.

Dolor
22-09-11, 02:07
20/05/2011 - Sexta-feira - 28o dia

Dedico o Post ao motoiclista Walter Marinheiro, que, apesar da inveja que tem das minhas viagens, me deu muito apoio. rssss

A capital do Peru me surpreendeu. Depois que desce a Cordilheira dos Andes o Perú vira outro País. De Nazca até Lima a economia é pujante e os costumes de pessoas como o brasileiro. Segundo informacoes, a regiao metropolitana de Lima tem em torno de 8 milhoes de habitantes. Achei-a semelhante a capital Sao Paulo. Tem a pobreza na periferia, área antiga como a Mooca e um centro financeiro que lebra as proximidades da Av. Paulista. A cidade é mais limpa que Sao Paulo e nao tem moto, mas tem muias vans. Impressionou a quantidade de verde da cidade, tendo em vista que nos seu arredores predomina o deserto. ainda por cima, tem praia com uma orla muito bonita. Conclusao: Lima é linda.
http://4.bp.blogspot.com/-YLpNsz-zxvQ/TdgpFsG3ukI/AAAAAAAAAtM/YPNiqxnCZNQ/s400/DSC08185.JPG
O dia foi dedicado a Celestina. Troquei o óleo e o fíltro do carter e também do diferencial. O mecânico achou ele muito preto. Estranhei, porque a troca deste óleo fazia parte da manutencao preventiva. Mas o óleo realmente estava muito preto. Depois fui procurar o Banco do Brasil para descobrir porque nao conseguia sacar nos caixas automáticos. Cheguei ao Banco as 12:30´. O pessoal tinha saido para almoco e só voltava as 14 horas. Em vez de ficar estressado,k aproveitei esse tempo para pacear pelas ruas de Lima. Resolvida a questäo, partimos.

Até o transito parece o de Säo Paulo; tem vias que moto nao pode andar e congestionamento quase parando, por isso demoramos muito para sair da cidade.

Dolor
22-09-11, 02:13
22/05/2011 - Domingo - 30o dia


Dedico este Post ao Casal Leo Mabel e Janaina pelo apoio e comentarios elogiosos sobre a minha viagem.
http://3.bp.blogspot.com/-slIc2MNU5OA/Td__8P157pI/AAAAAAAAAt0/KYZl_Nq7p1g/s400/DSC08211.JPG
Hoje completou 30 dias de viagem e como sempre fiz na minha vida profissional, vou prestar conta dos meus resultados. Quem foi empregado a vida toda, acostumou a prestar conta.

Litros de Combustiveis........................ 438.80
Km rodados no período........................ 6.807
Média de Km/dia.................................. 227

Gastos financeiros:

Combustíveis................ R$ 947.29
Alimentacao.................. R$ 598.50
Passeios ........................ R$ 503.00
Gasto com a Celestina. R$ 82.00
Diárias de hotel............ R$ 63.34
Aduanas........................ R$ 100.00
Pedagios........................ R$ 3.30
Outros gastos............... R$ 26.40

Total de Gastos R$ 2.323,83
Média diária................ R$ 77.46

Desvios:

1) A baixa quilometragem deveu-se ás más condicoes das estradas da Bolívia e tambem á demora em alguns passeios, acima do programado.
2) O desvio positivo nas despesas deveu-se ao baixo custo de vida na Bolívia, sobretudo ao combustível.

O litro de gasolina na Bolívia custou menos de R$ 0.90 o litro. No perú o litro da gasolina custava R$ 2.00.
http://3.bp.blogspot.com/-Faep7qehhkk/Td__0KbFn3I/AAAAAAAAAts/tp4oTw-Ef8s/s400/DSC08210.JPG

Dolor
22-09-11, 19:05
23/05/2011 - Segunda-feira - 31o. dia

Dedico este Post ao Rogério Troncoso Chaves. Meu ex-chefe na Telegoiás e no Hospital Municipal. Neste ele enfrentou a oposicao de seus companheiros de política e dos funcionários do hospital e me manteve no cargo. Agradeco de coracao pela confiança.
http://4.bp.blogspot.com/-f4lNk-Y1Me0/TeADmYjAo8I/AAAAAAAAAuU/BFmaBr0gnyc/s400/DSC08236.JPG
O objetivo da viagem após Lima seria recuperar o tempo perdido no mes anterior, porém estou de munheca frouxa e nao consigo acelerar. É muito raro eu andar a 100 km/h. Sempre tem alguma coisa para olhar, uma currutela com quebra-molas e medo do transito maluco do Perú. O país da buzina.
No trajeto de hoje nao tenho muito o que escrever, foi mais estrada.
http://3.bp.blogspot.com/-sSUuu9h9fls/TeADYHIMSRI/AAAAAAAAAuE/M0L2_jzIuz4/s400/DSC08232.JPG

Dolor
22-09-11, 19:09
24/05/2011 - Terca-feira - 32o. dia
Dedico este Post ao meu ex-chefe José Davide Félix. Mesmo com mais de 1.500 demissoes de colegas na passagem da Telegoiás para a Brasil Telecom ele me manteve na equipe. Enfrentou inclusive decisao da matriz para me demitir, tendo em vista que eu estava ganhando acima do mercado. Obrigado Davide.
http://1.bp.blogspot.com/-p7XG_q8KxHM/TeAFipU83KI/AAAAAAAAAus/UvNHQdLV-PA/s400/DSC08250.JPG
Hoje acho que batemos o recorde dessa viagem em termos de km rodados. Rodamos 377 km.
Hoje ambém foi o dia da nossa entrada no Equador. Foi uma aduana muito organizada; com pessoal muito educado e honestos. Exigiram apenas, que eu fosse na cidade ao lado para contraratar um seguro contra danos a terceiros que me custou U$ 4,00.
Por se tratar de um cidade zona franca, aproveitei para olhar as mercadorias e comprar um cartao para a máquina fotográfica.

Dolor
22-09-11, 19:13
25/05/2011 - Quarta-feira - 33o dia
Este Post dedico ao meu amigo e colega de infancia de Goiatuba: Luiz Brasileiro. Companheiro de muitos bailes e pingas.

Nao consultei neunhuma atracao turística no Equador, entao comprei um mapa e partimos rumos a Quito. Seria direto, mas nao aguento passar perto de uma grande cidade e nao entrar, por isso logo na primeira entramos e demoramos. Machala é uma cidade grande e interessante: mistura grandes avenidas de até 4 pistas de cada lado com a cidade histórica. Quase todo porto é feio, mas o de Machala é muito organizado. Saímos já ao anoitecer de Machala.

Surpresa: a gasolina no equdo Custa U$ 1.48 a extra e U$ 2.10 a super. (R$ 1.80 vezes 2.10 = R$ 3.78). Nunca esperava a gasolina custar em torno de R$ 3.78. Mais cara que no Braisil?

Nao! R$ 3.78 é o preco do Galao. O galao tem 3.785 litros, ou seja a gasolina no equador sai por menos de R$ 1.00 o litro.
http://1.bp.blogspot.com/-bv6hEZwzurA/TeAIDVhhT6I/AAAAAAAAAvE/sIDiQF6RXk0/s400/DSC08263.JPG
Viva o equador. Na foto encontramos com uma brigada do exercito cujos brigadeiros largaram os canhoes para namorar a Celestina.

Dolor
22-09-11, 19:14
26/05/2001 - Quinta-feira - 34o dia
Dedico este Post ao meu amigo de infancia de Goiatuba, o Pinta Roxa. Mesmo eu viajando ela me liga para desejar boa viagem.
http://2.bp.blogspot.com/-8FkzIQANCmA/TeAKeSPiQOI/AAAAAAAAAvU/pi7v2oE75dk/s400/DSC08284.JPG
Hoje entramos em Quito. Uma linda cidade. Uma cidade que nao tem favela. Andamos nela de Norte a Sul e cruzamos a linha do equador.

Dolor
22-09-11, 19:17
TERÇA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2011Policía Nacional Del Perú del Aduanas Copacabana
Policía Nacional Del Perú

Policía de Aduanas Copacabana es corrupto y extorsiona turistas ensuciando el nombre magnífico de la Policía Nacional del Perú.

El Diario de la Policía Nacional, quienes me ayudaron en 10/05/2011, alrededor de las 07:00 horas, le pregunté al seguro de moto. Le dije que no era seguro. Luego dijo que me iba a bien, porque he entrado en el Perú, sin seguro. Así que le dije: "Estoy de vuelta en La Paz y pagó el seguro." Cuando dijo "ahora tiene más forma innata La multa le costará alrededor de $ 300.." Cuando dije, "pero no es justo, yo no rodeado de pavo!" Él respondió: "la puerta de Bolivia, el Perú ya está aquí."
Así que le pregunté cómo haría para pagar la multa en lo que él sugirió: "Usted puede hacer una contribución a nuestra sociedad y autorizar su entrada."
Al preguntar cuánto, respondió: "$ 100 es buena." Le contesté que yo no tenía el dinero y mostró un 100 bulevares nota, cuando respondió: "! Nota no vale nada tener que multa y la multa es mucho más caro."
Cuando tomo el segundo 100 bulevares nota que vio dentro de mi cartera había más dinero cuando dijo: "estas tres notas (300 bulevares) son buenas."
Pagué y fue liberado. Como yo era lento para arreglar las cosas, envió a uno de sus lugartenientes amenazarme, diciendo que iba a ir rápido porque no habría una manifestación popular y un bloqueo en la aduana y que no podía quedarme allí. Montó la bicicleta y se fue.
El asistente que le ayudó en la corrupción, incluyendo la amenaza de arrestarme mis documentos en este servicio el día anterior (09/05) en alrededor de 18 horas (entre 18 y 19 hs). Él tiene una cara delgada y oscura es alta.
Cabe señalar que la policía se acerca en el resto de mi estancia en el Perú (14 días) fue muy bien tratada. La policía fue muy atento.
Si quieren conferir, Mus de datos son los siguientes:
Nombre: Tavares Godoy
Apellidos: Sinomar
Moto Honda Shadow, Blue 2007, Brasil.
NKF Junta 1819


Polícia Nacional Del Peru

Polícia da Aduana de Copacabana é corrupta e extorque os turistas, sujando o magnífico nome da Policia Nacional do Peru.

O Oficial da Polícia Nacional que me atendeu no dia 10/05/2011, por volta das 07h00min horas, me solicitou seguro da moto. Aleguei que não tinha o seguro. Então ele afirmou que ia me multar por eu ter entrado no Peru, sem o seguro. Então eu disse: “eu volto em La Paz e pago o referido seguro". Quando ele afirmou: “Agora nato tem mais jeito. A multa lhe custará em torno de 300 dólares". Quando eu afirmei: "mas não é justo! eu nem circulei pelo peru”!”Ele retrucou:” "da cancela da Bolívia, até aqui já é Peru.”
Então perguntei como faria para pagar a multa no que ele sugeriu: "Você pode fazer uma contribuição para nossa corporação e autorizamos sua entrada!".
Quando pergunte de quanto, ele me respondeu: "100 dólares, está bom!". Respondi que não tinha esse dinheiro e mostrei uma nota de 100 bulevares, quando ele respondeu: "está nota não vale nada! temos que lhe multar e a multa é muito mais cara".
Quando fui tirar a segunda nota de 100 bulevares ele viu que dentro da minha carteira tinha mais dinheiro, quando afirmou:" três notas dessas (300 bulevares) estão boas”.
Paguei e fui liberado. Como fiquei demorando em arrumar as coisas, ele mandou um dos seus comandados me ameaçar, dizendo que era para eu passar rápido porque haveria uma manifestação e um bloqueio popular na Aduana e eu não poderia ficar ali. Montei na moto e parti.
O auxiliar que ajudou na corrupção, inclusive me ameaçando a prender meus documentos, esta em serviço no dia anterior (09/05) por volta das 18 horas (entre as 18 e as 19 hs). Ele tem o rosto fino e é moreno alto.
Vale ressaltar que nas abordagens policiais no restante da minha permanência no Peru (14 dias) fui muito bem tratado. Os policiais foram muito atenciosos.
Se quiserem conferir, mus dados são:
Nome: Godois Tavares
Surname: Sinomar
Moto Honda Shadow, azul ano 2007, do Brasil.
Placa NKF 1819

Dolor
22-09-11, 19:24
GCFC O Velho Doido, infelizmente sou obrigado a concordar contigo, porque todas as vezes que circulei pelo Peru, especialmente pelo norte, fui por várias vezes, achacado, roubado, com essa conversa mole de seguro, velocidade, fita adesiva refletiva, enfim, se estivesse tudo certo, provavelmente, eu teria problema com a cor do capacete.
Infelizmente, os bons, que devem ser a maioria, pagam por estes maus elementos que denigrem uma corporação que deve fazer um bom serviço ao seu país.
Estes policiais corruptos envergonham uma nação feita por gente ordeira e hospitaleira.
Aí nesta região do Peru, para mim foi uma surpresa, mas vejo que a contaminação desta doença chamada corrupção está se alastrando e as autoridades, pelo que consto, não tem feito praticamente nada para a sua erradicação.
Lamentável, mas pense que enquanto eles ficarão gastando muito mal o nosso dinheiro suado, tu vives um sonho.
Parabéns e não deixe que estes maus elementos atrapalhem a linda viagem que vocês estão fazendo.
Abraços
Dolor

Dolor
22-09-11, 19:40
27/05/2011 - sexta-feira - 35o. dia
Dedico este Post ao meu irmao Idomar Godoi que mora em Rio Verde e tem diculgado meu blog para seus amigos.
http://1.bp.blogspot.com/-fUJwZHuT0iY/TeAMj-NDChI/AAAAAAAAAvk/brkjBog3BrI/s400/DSC08321.JPG
Hoje entramos na Colombia. Apesar dos comentários de outros motociclistas que passaram por aqui nao serem nada elogiosos, a minha entrada foi muito tranquila. Nem seguro eles exigiram.

Vou fazer um retrospecto sobre os países pelos quais passei para nao esquecer.

A Bolívia é de uma pobresa enorme. Tem um povo preguicoso e avessos ao capitalismo. Os temrmos cooperativa e sindicado é comum para designar transporte, agricultura e servicos.
O Perú, conforme já comentei, é dividido em dois: em cima dos Andes é igual a Bolivia, ou seja, povo preguicoso. Digo preguicoso, porque nas vilas pelas quais passaqmos ou mesmo nas grandes cidades é comum ver dezenas de homens reunidos sem fazer nada. Outras vezes voce ve um homem cuidado de um ou dois animais. As mulheres nesses locais, parecem, ser as que mais trabalham. Nao vimos nenhum homem carregando uma crianca, somente a mulher. Porém no nível do mar a economia é mais desenvolvida.
O Equador é o País do trabalho. Nao se vë grupos de desocupados como nas regioes anteriores. O país foi privilegiado pela natureza com terras produtivas. O Pacífico que é rigoroso com sua costa, enviando um vento frio e forte que espantam as nuvens e cria-se o deserto, com o equador, porém, ele foi benevolente. Até a Bolívia e o Brasil que nao encosta em nenhuma gota de ágaua do pacífico sofre com os rigores do mesmo. No Brasil com o Elniño. Na Bolívia com serras deserticas. Em todo o percurso em que passei no Equador foi vendo terras agricultáveis.
Vë-se, claramente que aqui o consumo é muito valorizado. Mesmo em cidades de médio porte, existem grandes revendas de carros importados. A frota de carro circulando é nova e cara. Grandes Shopings, existem em quase todas. Nas pequenas cidades do Sul do equador v[e-se pobreza, mas ela vai diminuindo na medida que se vai para o norte. Posso dizer que nao existe favela no Equador. Fiquei apaixonado pelo País, mesmo porque a gasolina custa menos de R$ 1.00.
Agora vou entrar na Colombia.

Dolor
22-09-11, 19:54
28/05/2011 - Sábado - 36o diaDedico este Post à minha irma Cida, empresária do ramo alimentício de Goiatuba. Restaurante Fogao a Lenha. Um abraco ao cunhado Divino e minha sobrinha Beatriz.


Se nao fosse por causa das péssimas condicoes de conservacao das estradas da Colombia, o dia teria sido maravilhoso. A estrada alem de emburacada, tem enormes quedas de barrancos: ora cai-se de cima para a pista, ora cai de baixo da pista. Nao consegui fazer média superior a 40 km/h. Os desbarracados vao acontecendo ao longo dos anos e vao ficando. Mas pedra caindo na pista tem muito. Estávamos num posto de gasolina descancando, quando de frente, na pista, um monte de terra desceu barranco abaixo até a pista.
http://4.bp.blogspot.com/-50HupeHTD1U/TeKG3ZhiqAI/AAAAAAAAAv8/VnmNEJcsS2g/s400/DSC08355.JPG
Choveu mansamente durante toda a noite e dormimos maravilhosamente bem com um pequeno frio que ajudou no sono. O dia amanheceu com ela caindo. Como a barraca estava instalada em céu aberto, tivemos que esperar ela passar para podermos levantar acampamento. Assim fizemos o leite com chocolate dentro da barraca e comemos uns paes que sempre carregamos. A nossa barraca tem uma área e é nela que cozinhamos e guardamos as botas e outros materiais nao muito cheirosos. Eventualmente essa área serve de banheiro para o xixi da Edivania, quando nao há banheiro fácil para ela. Devido o vento e o frio, frequentes por essa regiäo, quase sempre fazemos a sopa noturna dentro dessa área. Nossa alimentacao funciona mais ou menos assim: de manha comemos o que provisionamos no dia anterior; lá para 10 horas procuramos um supermercado para comprar o almoco (quase sempre pao, presunto, queijo, maionese e ketchup) e suprir de alimentos para o lanche vespertino. Depois das 15 hs procuramos um acougue e compramos umas 200 gramas de carne e ovo se já estiver precisando (aqui vendem uma cartela com 6 ovos). A noite fritamos a carne, misturamos a sopa semi-preparada e jogamos dois ovos lá dentro. Assim está pronto nosso jantar.

Continuando com o dia de hoje, depois do desgejum, e considerando que a chuva nao parava e era sábado, aproveitei para a Edivania dar uma lixada nas minhas unhas. Terminado o servico de manicure, a chuva terminou também e levantamos acampamento.

Para cumprir a rotina de compras matinal já citados, entramos numa cidade de nome Pasto. Cidade grande. Nela queria comprar um mapa da Colombia que nao achei na primeira cidade na divisa com o Equador. Vale ressaltar que atualmente, depois dos GPS e do Google Maps, näo se encontra mais mapas em papel. No Peru tive trabalho para encontrar e na Colombia ainda nao consegui.
http://4.bp.blogspot.com/-b3QKDt4-iDI/TeKGo1N8pvI/AAAAAAAAAvs/I_K0ytS7o5I/s400/DSC08335.JPG
Foi em Pasto que descobri que ainda exitem muita gente boa nesse mundo. Perguntei para um homem que estava entrando em uma camionete, sobre onde encontrar uma papelaria para eu comprar o referido mapa. O cara tentou me explicar, mais depois resolveu, dizendo-me: "siga-me". Para encurtar a historia, andamos o centro da cidade todoinho parando em cada uma das 5 papelarias, até que encontramos um mapa em forma de quebra cabeca. Ele pagou o mapa para mim dizendo que era presente. Depois disso me levou ao centro histórico da cidade e depois me deixou na Rodovia para eu seguir rumo a Bogotá. A foto do casal está acima, junto comigo e os funcionários da papelaria olhando. O nome dele Montenegro e o da esposa Cládia Urbano. Ele parece o Carlos que joga peteca comigo no lago municipal.
http://2.bp.blogspot.com/-5kKoU5Mp2Go/TeKHEZqAboI/AAAAAAAAAwM/CfaliQ6g7GQ/s400/DSC08362.JPG
Diáriamente, a partir das 17 hs comecamos olhar algum posto que ofereca boas condicoes para dormir. Hoje, já era 18 hs e nao tínhamos encontrado nenhum. Parei em um dentro da cidade para abastecer, mas nem ia perguntar sobre o poso devido o aperto das instalacoes. Mas mudei de ideia e perguntei. Resultado, ganhamos uma área excelente para dormir, conforme foto da barraca acima.

Dolor
22-09-11, 19:57
29/05/2011 - Sexta-feira - 37o diaDedico este Post à minha amiga Helencimone, ex-colega do Hospital Municipal e eterna amiga. Sempre torce por mim e exagera nos elogios.
http://3.bp.blogspot.com/-nDBujerZYAA/TeV7J7ngUkI/AAAAAAAAAwc/3O4CLNvbnR4/s400/DSC08381.JPG
Tiramos poucas fotos dessa etapa da viagem. A estrada està muito ruim e o percurso foi muito cansativo. Demos uma enrolada no dia porque nao querìamos entrar em Cali durante a noite. Por isso entramos em diversas cidadezinhas sò para chegar a hora de procurar o pouso. Enncontramos um posto de gasolina na entrada de Cali, no qual uma atendente foi muito atenciosa conosco. Fornecendo-nos inclusive o cafè da manha, composto de um copo de leite e uns biscoitos frito. Mesmo tendo comido o nosso, degustamos o dela que foi feito com muito carinho. Com certeza!
Aos futuros motociclistas que viajarem por essas bandas, tragam um modem da Claro, porque por aqui, a Claro è a empresa de telefonia mais forte em termos de propaganda.

Dolor
22-09-11, 20:01
30/05/2011 - Segunda-feira - 38o diaDedico este Post ao Josè de Freitas que como Diretor da Radio Integracao News FM facilitou a divulgacao da minha viagem. E sua esposa Marlene, muito alegre, curtiu com risos meu projeto.
http://2.bp.blogspot.com/-Vti4SIFu2so/TeV96h_AxrI/AAAAAAAAAw8/hNYN6hIiECM/s400/DSC08398.JPG
Nao demoramos muito dentro de Cali. Fomos atè o centro e tentei encongtrar meu amigo Jorge que tambem faz a viagem ao Alaska. Mas, quando cheguei a seu hotel ele jà tinha saido rumo a Bogotà. Entao demos uma volta pelo centro e, como de praxe, procuramos um supermercado e nos abastecemos de suprimentos e partimos rumo a Bogotà.
O inicio da viagem, uns 100 km, a pista era dupla e a viagem sò nao rendeu mais por causa das nossas bundas. Nossas bundas estao com um prazo de validade muito curto; de 70 em 70 km temos que parar por causa de dores nas mesmas. Depois entramos numa estrada simples e cheia de remendos que me obrigava a diminuir a velocidade. Posteriormente iniciamos a subida de uma serra com curvas extremamente perigosas. Tao perigosas que garotos ficam orientado os caminhoes dando sinais se podem ou nao entrar fazendo a curva abertamente e invadindo a outra pista. Depois tem um placa "fim da sierra" entao inicia-se a descida. As curvas continuam e para piorar comeca a chover intermitentemente. Chovia num local depois noutro e assim por diante.
http://4.bp.blogspot.com/-IA4IZnNlUps/TeV92Z1bsaI/AAAAAAAAAw0/fzFDjAdAFUM/s400/DSC08406.JPG
Num desses intervalos da chuva um grupo de policiais me parou. O guarda me pediu seguro e eu disse que a Aduana me tinha liberado somente com o seguro obrigatorio do Brasil. Entao ele me levou para o chefe dele. Entao eu pensei:"là vem propina!". O chefe dele voltou a perguntar pelo seguro e eu apresentei a mesma resposta. Entao ele disse: "tenho que te multar por ultrapassagem indevida!". Levei uns 5 minutos tentando dizer que nao ele dizendo que sim.
Como a Edivania tinha ficado muito brava comigo por eu ter pago a propina no Peru, dizendo insistemente que se eu tivesse a chamado nao haveria tal pagamento, entao tive a ideia de colocà-la na jogada. Pedi o guarda para eu ir no mato fazer um xixi e fiz um sinal para a Edivania ir atè os guardas. Là no xixi eu escondia o dinheiro da carteira, porque no caso de uma propina eu teria somente uns R$ 20.00 na carteira. Quando voltei encontrei a Edivania brava com o chefe dos guardas. Falava alto:"entao porque voces nao multaram os outros carros que desceram junto com a gente?". Saì de fininho e fui sentar numa pedra mais longe. Cada soldado empunhava um metralhadora do tamanho do meu braco esticado e eu nao queria correr o risco de ser um acidentado por uma bala.
Passado alguns minutos chega a Edivania com os documentos na mao e sem pagar nada. Doravante ela sera minha interlocutora nesses assuntos.

Dolor
22-09-11, 20:04
31/05/2011 - Terca-feira - 39o diaDedico este Post à Lila, Diretora da Radio Integracao News Fm, que nos ajudou na divulgacao da minha viagem.

Chegamos em Bogotà por volta das 10 horas. Acordamos cedo e rodamos muito porque meu amigo de viagem Jorge Geovani estava me esperando para assertarmos o embarque das motos via aviao para o Panamà. Resolvi deixar a viagem de barco pelo caribe para a volta, porque senao teria que refazer o mesmo caminho entre Bobotà e Cartagena, algo em torno de 1.000 km cada uma (2.000 km no total). Ou seja iria agora atè Cartagena e depois pegaria barco. Na volta nao justificaria eu votar via mar entao pegaria aviao e desceria em Bogotà. Entao novamente teria que ir rumo ao litoral norte da Colombia tendo edm vista que precisarei entrar pela Venuzuela e Guianas.
Fomos na empresa aèrea para acertar os detalhes, mas em cada voo so podem ir 2 pessoas. Assim o Jorge vai amanha. Eu terei que ir na sexta-feira. Mas amanha de manha ficarei sabendo se havera um voo extra para amanha a noite. Estou no mesmo hotel em que o Jorge estava.
http://2.bp.blogspot.com/-pbMeCVjzZUo/TegigSyS86I/AAAAAAAAAxM/FT8k2kIn2us/s400/DSC08441.JPG
O Jorge foi um amigo que arrumei durante o planejamento da viagem. Trocamos dezenas de e-mails mas nao nos conhecìamos pessoalmente. Infelizmente nosso tempo junto serà somente amanha, tendo em vista que a moto dele è muito mais ràpida que a minha e o roteiro dele um pouco diferente do meu, alèm do aspecto financeiro. Prometemos nos encontrar no Canadà.

Renan Xavier
23-09-11, 11:01
Continuamos reproduzindo as passagens do nosso amigo Sinomar e de sua companheira Edivânia por este continente. Neste último post, eles estavam seguindo de avião de Bogotá ao Panamá, pois não há trecho por terra. Vamos acompanhar.

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http://1.bp.blogspot.com/-dndrIP05fq4/Tegi_Hx2SoI/AAAAAAAAAxc/xI2JTMvvRts/s400/DSC08445.JPG

Dedico este Post ao Pastor Etelney, diretor da Radio Boas Novas. Quando jogávamos bola, apesar da nossa amizade, nunca jogamos no mesmo time: o time ficava muito desiquilibrado.

Logo cedo partimos rumo ao setor de carga do aeroporto de Bogota, para enbarcarmos as motos, contando com a possibilidade do voo extra que a gerente da loja havia aventado. Ao chegar fomos informados que haveria o voo extra e poderíamos embarcar as duas motos juntas.

Porém, depois das motos embarcadas, informaram que o voo extra seria no dia seguinte. Ficamos chateados, mas como a gerente nao tinha dado certeza, resignamos e voltamos para o hotel. Negociamos uma reducao no preco da diária e ficamos.

Para melhor entendimento do leitor é preciso explicar que o aviao de carga só transporta dois passageiros e, como éramos três (Jorge, Edivania e Eu) ficou acertado que nós dois ficaríamos para o dia seguinte e o Jorge iria no primeiro voo. O voo dele estava marcado para as 21 horas.
http://3.bp.blogspot.com/-AMd5RkHZhmQ/TegjFCVkM4I/AAAAAAAAAxk/Ifx3bhA7t1I/s400/DSC08452.JPG
O Jorge saiu do hotel por volta das 16 hs rumo ao aeroporto já que sua diária do hotel expirou as 15:00 horas. Por volta das 18:30 o telefone do apartamento toca e era o Jorge dizendo: "corre e venha para o aeroporto agora! consegui autorizacao para irmos os três no mesmo aviao!". Peguei um taxi e enfrentamos um trânsito de final de dia e conseguimos chegar a tempo.

A autorizacao teve que ser obtida porque um de nós teríamos que viajar na cabine da tripulacao. Considerando que a Edivânia nunca tinha andado de aviäo, deixamos para ela o privilégio de ir junto com os pilotos. Que sorte, hem! A primeira vez que viaja, já obtem um privilégio desse.

http://2.bp.blogspot.com/-InGo5tf4Td4/TegjJv6BKcI/AAAAAAAAAxs/gOMF60obkGM/s400/DSC08453.JPG

O Jorge e eu ficamos numa cadeirinha olhando para uma parede sem nada, num corredor que mal cabia nossas pernas, como aqueles castigos que nossos pais e professores nos sibmetiam. A sorte que a viagem durou apenas uma hora.
Chegamos no Panamá por volta das 23 horas, muito cansados, pricipalmente para mim que fiquei o dia todo sem comber.

Ontem saímos para almocar com o Jorge e comi um Peixe frito. Resultado: Até duas horas da manhä o peixe estava no meu estômago. O pior, foi que nao trouxe Sonrrisal. Na parte da manhä, enquanto arrumávamos a documentacao para exportacao das motos, a vontade vomitar era enorme. O problema estomacal ocorreu na terca-feira e somente na quinta, na hora do almoco, foi que voltei a comer. Portanto fiquei muito debilitado, principalmente porque, tivemos que andar muito.

http://2.bp.blogspot.com/-Ej3FhYRXf8I/TegjSV9CwaI/AAAAAAAAAx8/iN1W1lMnYRw/s400/DSC08465.JPG

Dolor
25-09-11, 00:56
01/06/2011 - Quarta-feira - 40o diaDedico este Post ao Pastor Etelney, diretor da Radio Boas Novas. Quando jogávamos bola, apesar da nossa amizade, nunca jogamos no mesmo time: o time ficava muito desiquilibrado.
http://2.bp.blogspot.com/-Ej3FhYRXf8I/TegjSV9CwaI/AAAAAAAAAx8/iN1W1lMnYRw/s400/DSC08465.JPG
Logo cedo partimos rumo ao setor de carga do aeroporto de Bogota, para enbarcarmos as motos, contando com a possibilidade do voo extra que a gerente da loja havia aventado. Ao chegar fomos informados que haveria o voo extra e poderíamos embarcar as duas motos juntas.
Porém, depois das motos embarcadas, informaram que o voo extra seria no dia seguinte. Ficamos chateados, mas como a gerente nao tinha dado certeza, resignamos e voltamos para o hotel. Negociamos uma reducao no preco da diária e ficamos.
Para melhor entendimento do leitor é preciso explicar que o aviao de carga só transporta dois passageiros e, como éramos três (Jorge, Edivania e Eu) ficou acertado que nós dois ficaríamos para o dia seguinte e o Jorge iria no primeiro voo. O voo dele estava marcado para as 21 horas.
O Jorge saiu do hotel por volta das 16 hs rumo ao aeroporto já que sua diária do hotel expirou as 15:00 horas. Por volta das 18:30 o telefone do apartamento toca e era o Jorge dizendo: "corre e venha para o aeroporto agora! consegui autorizacao para irmos os três no mesmo aviao!". Peguei um taxi e enfrentamos um trânsito de final de dia e conseguimos chegar a tempo.
http://1.bp.blogspot.com/-N-Tlg7yCyWk/TegjObW1mvI/AAAAAAAAAx0/9F7L1dnX8gA/s400/DSC08459.JPG
A autorizacao teve que ser obtida porque um de nós teríamos que viajar na cabine da tripulacao. Considerando que a Edivânia nunca tinha andado de aviäo, deixamos para ela o privilégio de ir junto com os pilotos. Que sorte, hem! A primeira vez que viaja, já obtem um privilégio desse.
O Jorge e eu ficamos numa cadeirinha olhando para uma parede sem nada, num corredor que mal cabia nossas pernas, como aqueles castigos que nossos pais e professores nos sibmetiam. A sorte que a viagem durou apenas uma hora.
Chegamos no Panamá por volta das 23 horas, muito cansados, pricipalmente para mim que fiquei o dia todo sem comber.
Ontem saímos para almocar com o Jorge e comi um Peixe frito. Resultado: Até duas horas da manhä o peixe estava no meu estômago. O pior, foi que nao trouxe Sonrrisal. Na parte da manhä, enquanto arrumávamos a documentacao para exportacao das motos, a vontade vomitar era enorme. O problema estomacal ocorreu na terca-feira e somente na quinta, na hora do almoco, foi que voltei a comer. Portanto fiquei muito debilitado, principalmente porque, tivemos que andar muito.

Dolor
25-09-11, 01:00
02/06/2011 - quinta-feira - 41o diaDedico este Post ao Erly Gaspar, comentarista jornalistico da Rádio Boas Novas, pelos elogios feitos à minha viagem no seu programa.
http://1.bp.blogspot.com/-x3FUjB6mupo/Tegr3_UTQwI/AAAAAAAAAyc/mnW1uep34zk/s400/DSC08481.JPG
Estamos no Panamá. Saimos do hotel as 7 horas para buscar as motos no terminal de carga. O processo foi muito lento e saimos de lá mais de 11 horas. Depois, fomos abastecer as motos, já que tivemos que tirar quase toda a gasolina para embarcar a moto e depois fomos almocar.
http://1.bp.blogspot.com/-3_xqQqws1Pc/TegrwYCRoVI/AAAAAAAAAyM/VabezsRusmY/s400/DSC08475.JPG
Resolvemos dar uma volta pelo ponto rico da cidade, onde há bonitos e enormes prédios. Depois fomos visitar o centro, onde está o lado pobre. Infelizmente, quando estávamos no centro a moto do Jorge deu um problema: queimou um fusível e tivemos que arrumar um hotel e aguardarmos para amanhä para consertá-la.
http://2.bp.blogspot.com/-slUFP71N548/Tegr0Bq__mI/AAAAAAAAAyU/k5pK-qf8MhM/s400/DSC08478.JPG
Devido ao defeito na moto dele, deixamos para conhecer o ¨Estreito do Panamá", manhä de manhä.

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25-09-11, 01:03
Darien Gap - Transportando moto de aviao de Bogotá para Panamá
Este post está sendo feito por mim e pelo Jorge (www.skoladosdoasfalto.com/javali) para ajudar no planejamento de outros motociclistas que vierem a fazer a mesma viagem.

1 - Embarque da moto:
1.1 - Empresa: Nós optamos pela empresa AIR Aerolines Cargo Park, com a gerente Comercial Diana Marcela Mendieta, cujo e-mail é o seguinte: comercial@aircargopack.com. Endereco: Av. Eldorado no. 103-22. Entrada 2, Int. 7. Of. 101-201.
1.2 - Documentacao: A empresa já inclui no preco o custo de um despachante que cuida de tudo, mas a gente tem que andar com ele para resolver as questoes da aduana, porque temos que assinar. Mas ele preenche tudo e tem privilegio no atendimento por onde andamos. Na hora do embarque, junto com os tripulantes, somos levados ao setor de imigracao.
1.3 - Valores: Pagamos U$ 900,00 pela moto e U$ 150,00 por cada passageiro. Nao aceitam cartao; o pagamento tem que ser em dólar. Nao sei porque, mas paguei apenas U$ 150,00 para eu e a Edivänia. Nao sei se é padrao ou se erraram. Só podem ser transportados dois passageiros por cada voo. Importante: esse transporte é considerado cortesia por eles, tendo em vista que a tripulacao nao tem interesse de transportar passageiros. Mas fomos muito bem tratados. Na hora de embarcar tem que pagar uma taxa de U$ 35.00 por pessoa. Para liberar as motos no Panamá tem que pagar U$ 28.20. No nosso caso como as motos vieram juntas o valor foi dividido entre eu e o jorge. Mas se vier uma só moto o valor é o mesmo. Cobram U$ 5.00 para detizar a moto, tínhamos U$ 4,00 e eles aceitaram, porém eles nao fazem nada; pegam o dinheiro e vao embora.
1.4 - Taxi no Panamá: O aeroporto é muito grande e o terminal de carga fica distante 29 km do centro da cidade. Pagamos U$ 32.00 para cada sentido da viagem. Sugerimos o viajante pesquisar outras opcoes de hotel. Nós viemos para o centro porque um amigo do Jorge tinha indicado um hotel. Mas pode haver hotel para outro lado da cidade.
1.5 - Documentacao da moto no Panamá: Recomendaram para chegarmos bem cedo devido a quantidade de pessoas que procuram o setor. Mas nao encontramos muita gente, mas a lentidäo dos funcionários e a burocracia, alem de um sistema arcaico e que cai a todo momento.

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25-09-11, 01:04
CONTROLE DIARIO DOS ACESSOS NO BLOG DO SINOMAR
NA VIAGEM MORRINHOS AO ALASKA DE MOTO.

05/05..............1.967 - Noite
06/05..............1.973 - Manhã
06/05..............2.036 - Noite
08/05..............2.108 - Manhã (Domingo)
08/05..............2.126 - Tarde
10/05..............2.246 - Noite (terça)
11/05..............2.257 - Manhã
11/05..............2.244 - Noite
12/05..............2.361 - Manhã
12/05..............2.404 - Noite
13/05..............2.410 - Manhã
13/05..............2.492 - Noite
14/05..............2.505 - Manhã
14/05..............2.519 - Noite
15/05..............2.541 - Manhã (Domingo)
15/05..............2.580 - Noite ( " " )
16/05..............2.607 - Manhã
17/05..............2.848 - Noite
18/05..............2.878 - Manhã
18/05..............2.919 - Noite
19/05..............2.984 - Manhã
19/05..............3.030 - Noite
20/05..............3.038 - Manhã
20/05..............3.086 - Noite
21/05..............3.021 - Manhã
21/05..............3.220 - Noite
23/05..............3.327 - Manhã (Segunda Feira)
24/05..............3.476 - Manhã
26/05..............3.594 - Manhã
27/05..............3.650 - Manhã
27/05..............3.715 - Noite
29/05..............3.841 - Noite (Domingo)
30/05..............3.949 - Tarde
01/06..............4.147 - Cedo
01/06..............4.337 - Noite
04/06..............4.599 - Noite

Vejam a evolução dos acessos que estou anotando, toda postagem nova que meu irmão Sinomar coloca, espalho para mais de 1.000 e-mails. Graças a estes amigos que tem acessado o Blog. Agradeço de coração a todos.

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25-09-11, 01:08
03/06/2011 - Sexta-feira - 42o diaDedico este post ao amigo Júnior do Posto Pit Stop, também motociclista. Espero que com meus relatos ele tenha coragem de colocar sua Harley na poeira. Rss

Depois de trës dias de hotel, hoje foi dia de retornar a rotina de pobre. Foi um dia meio triste porque tivemos de nos separar do meu novo amigo Jorge. Foram 4 dias de uma convivëncia muito proveitosa. O cara é muito alto astral. Durante dodo tempo que ficamos juntos e apesar de todos problemas com relacäo ao embarque das motos ele sempre estava com um sorriso no rosto.
http://4.bp.blogspot.com/-LjOB5X5bJzk/Te5wEq6FiQI/AAAAAAAAAzA/VGfjTloDjxo/s400/DSC08550.JPG
Outro aprendizado, porém difícil para eu colocar em prática, foi com relacao à comunicacao do cara. Ele sai puxando conversa com todo mundo; para todos pergunta o nome e leva a mao para cumprimentar dizendo o seu acompanhado de uma expressäo :"muitcho gosto". Nesse ponto atá achei bom separar, porque agora sou obrigado a conversar; antes eu me acomodava e empurrava tudo para ele.
http://4.bp.blogspot.com/-AZEAAr0PjYA/Te5tBmrpiOI/AAAAAAAAAyo/LHaCvzvE7Pc/s400/DSC08531.JPG
Mas infelizmente, ele nao está estruturado para acampar e nem precisa e eu nao estou estruturado financeiramente para dormir todo dia em hotel. Mas com certeza ele é um cara que ficou no meu coracao.
Depois de nos despedirmos, a Edivänia e eu fomos visitar o Canal. a despedida foi na entrada do ponto de visita. Ele nao pode subir porque sua moto nao podia apagar: estava sem bateria. Aliás foi a desculpa dele ter que deixar sua bateria carregando 12 horas consecutivas que serviu de desculpa e amenizou a despedida.
O Canal do Panamá é uma obra monumental que, sozinho deve manter a economia do Panamá. Tudo gera em torno do Canal, inclusive um turismo muito forte que recebe gente do mundo todo. Além das taxas cobradas para passar cada navio o país utiliza o transporte de trem e caminhao para levar produtos entre um oceano e outro. No restante do país näo notei nada que gere divisa para o país. Nem agricultura é bem explorada.
As fotos doravante näo vao ficarem muito boas porque minha máquina comecou a dar uns problemas. Foi difícil encontrar fotos boas para este post.

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25-09-11, 01:13
04/06/2011 - Sábado - 43o dia.Dedico este Post à Sueli, Jesus e o Pessoal de A CONSTRUTORA. Companheira de danca e muito amiga, com quem inclusive, confiei meu carro enquanto estamos fora.

A pilotagem pelo norte do Panamá nao oferece maior atrativos. Trata-se de um país pobre de atrativos, pelo menos às margens da rodovia Pan-Americana. Tambem nao tive muito interesse em buscá-los, tendo em vista que passarei por este país novamente; quando voltar.
A viagem seria excelente, exceto pela chuva. Ontem saímos da capital debaixo de chuva. Mesmo assim pegamos a estrada pensando que ela logo acabaria. Enganamos! Quanto mais andava mais ela engrossava. Sem um local seguro para parar, enfrentamos uma tempestade que nao só nos molhou todinhos, como molhou nossa cämara fotografica. Agora ela está totalmente inoperante. Estou deixando ela no sol e passando ela nos vaporizadores de banheiro (secadores de mäo) para ver se tiramos a água que acumulou no visor. Mas como a filmadora nao molho, pelo menos aparentemente, estamos usando ela.
Hoje depois do almoco pegamos mais chuva e novamente nossas roupas näo a segurou. Elas estäo velhas e perderam parte da impermeabilidade.
Já escurecia e a chuva nao parava quando vimos uma construcäo novinha ao lado do asfalto com uma residëncia no fundo: Pensamos: "é alí!". Parei a moto debaixo da cobertura, ainda com o cimentado novo e fomos até a residencia pedir para armarmos a barraca ali. Para nossa surpresa nao tinha ninguém. Esperamos um pouco indecisos e esperando alguém, mas a noite apertava. Entao tomamos a iniciativa de armar a barraca sem autorizacäo. Depois de tudo pronto, quando já estávamos comendo nossa tradicional sopa noturna (carne, sopa de saquinho e ovo) um carro entrou pelo portao e já veio batendo a luz na nossa cara. Levantem meu polegar e aguardei a aproximacao. Resultado: depois de saber que éramos brasileiros, foi muito simpático com a gente e inclusive mostrou onde tinha água. Nesse dia tomamos banho debaixo da goteira da chuva complementado com a água coletada da torneira numa garrfa PET. Dormimos muito tranquilos com as roupas todas estendidas para escorrer.
Devido a molhancao nao temos fotos.

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25-09-11, 01:18
05/06/2011 - Domingo - 44o diaDedico este Post aos Odontólogos Dr. Edson de Souza Jr e sua irmä Dra. Marcela. Ambos fizeram um tratamento preventivo nos nossos dentes, como preparativo da viagem. Cumprimento o projenitor Edson Cobal pela sua simpatia.

Por volta das 10 horas estávamos dando saída do Panamá e entrada na Costa Rica. Como sabia que meu Jorge estava bem perto numa cidade chamada David, ficamos esperando ele até por volta das 13 horas. Como ele nao apareceu seguimos viagem.
http://1.bp.blogspot.com/-nHVnTj3POz0/Te547N0Qe3I/AAAAAAAAAzI/Tcy0Fjo-naY/s400/DSC00008.JPG
Para visitar uma praia do país, pedimos informacoes e optamos por uma chamada Golfito que, também, tem uma Zona Franca. Mas já cehgamos no Golfito debaixo de uma chuva e fina e, quando paramos num supermercado em frente à praia, a chuva engrossou muito. Ficamos mais de duas horas esperando a chuva afinar. Como carregamos um fogäo, fizemos um bom café da tarde e ficamos observando e curtindo o movimento da cidade. Aos domingos o comércio da Zona Franca fecha ao meio dia e, também, nao tivemos condicoes de visitar.
Para piorar tivemos fazer uma coisa que nenhum motociclista gosta fazer: voltar pela mesma estrada. O tempo comecou a escurecer e já fomos procurando local para dormir. Como é uma regiao com pouca infra-estrutura, näo encontramos posto de Gasolina e dormimos numa comunidade pequena onde nos receberam muito bem, indicando-nos um local coberto e seguro para nos proteger da chuva. Um viznho nos cedeu a ducha. É muito ser brasileiro: todo mundo gosta de nos ajudar.

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25-09-11, 01:22
06/06/2011 - Segunda-feira - 45o diaDedico este Post ao Plínio, Denise e filhos todos administradores do Supermercado Favorito meus vizinhos. Também ao Edilson, companheiro flamenguista, da Panificadora Imperial.

Acordei cedo meio melancólico. É que sonhei com minha mäe. Foi a terceira vez, desde sua morte. As duas anteriores foram antes da viagem de Ushuaia e desta onde ela me recomendava cuidado. Esta noite, porém, foi diferente. Ela veio e me convidou para visitar o local onde ela se encontra. Andou comigo por diversos locais e num desses tinha uma indicacäo que era para mim e que eu o ocuparia quando estivesse 56 anos de idade. No sonho eu fiquei tranquilo, sem tristeza. Até perguntei à minha mäe, "porque as pessoas tinham medo de morrer se aquele local era täo legal?". O ambiente é cheio de hierarquia e eu nao tive permissäo para conhecer meus superiores, só via os que seriam inferiores a mim. Abaixo de mim tinha muita gente sofrendo, mas minha mäe e eu näo sofreríamos: estaríamos numa posicao intermediária. Acordei bem alegre, porém a melancolia bateu minutos depois: é que completo 56 anos em setembro.
Enquanto isso vou pilotando pela vida afora. Hoje foi dia de conhecer San Josè, a capital da Costa Rica. O objetivo era comprar mais botijöes para nosso fogäo, tendo em vista que näo encontramos dele na Colombia e nem no Panamá. Là eles usam outro padräo. Por sorte, na entrada da cidade, vimos um Wall Mart e encontramos o que procurávamos.
http://2.bp.blogspot.com/-wnlOkh0JLf4/Te58rRBEZgI/AAAAAAAAAzg/N_1uCUSi5Jw/s400/DSC00039.JPG
Comprei logo trës. Depois fomos conhecer a cidade. Como em todos países que conhecemos até agora, a capital é a maior concentradora de habitantes. San Josè nao poderia ser diferente. Tem muita gente, mas muita gente andando pelo centro da cidade.
Aqui como em Panamá o costume das pessoas sao parecidos aos nossos. Näo tem aquela muvuca de triciculo e taxi furando cinal junto com vendedores ambulantes como nos países andinos.
Aprovei para comprar uma capa de chuva para ajudar na protecao. Nem bem saímos da cidade e já tive que usá-la. Tomamos chuva até na hora de dormir. Felizamente ela deu uma tregua para armar a barraca, pois nao conseguimos área coberta dessa vez.

Dolor
25-09-11, 01:26
07/06/2011 - Terca-feira - 46o diaDedico este Post ao Dr. Joäo Paulo e todo pessoal do PSF do Jardim Romano. O Dr. Joäo Paulo me deu dois vidros de vitamina e seus assistentes säo muito atenciosos conosco.
http://3.bp.blogspot.com/-LXfMzkxWw54/Te6AorAY28I/AAAAAAAAAzw/HOkszcVWHKQ/s400/DSC00053.JPG
Ontem visitamos outra praia da Costa Rica mas, para variar, estava nublado e nao tinha ninguém. Mas as praias do Pacífico säo muito feias. Enquanto o Oceano Atläntico é generoso com o seu litoral de todas as Américas, oferecendo areias brancas, praias rasas, agua morna e temperatura ambiente propício para as mulheres tirarem as roupas, o Oceano Pacífico é perverso: águas frias, vento frio, areia preta e poucas mulheres semi-nuas. O atläntico oferece chuva e uma floresta exuberante por todo seu litoral. O Pacífico oferece deserto desde o Sul do Chile até o Equador.
http://4.bp.blogspot.com/-3A5n54CN8r0/Te6AjfvaVRI/AAAAAAAAAzo/_eNHH6lJ-ig/s400/DSC00030.JPG
Pilotar pela Pan Americana na Costa Rica é meio que bucólico. A estrada é estreita, sem muito movimento e em grande parte as árvores da floresta cobrem toda a pista, provocando um sombreamento com respingo de sol que promove um ambiente fresco e gostoso de pilotar.
Paramos para colher cajú e depois paramos para pegar mangas nos pés que ficam às margens da estrada.
Agora nesse momento (13:59 hora local) estou na internet e lá fora a chuva comecou a cair. Logo teremos que enfrentá-la como fazemos todos os dias a tarde.
Amanha, se tudo correr bem, antes do meio dia estaremos entrando na Nicarágua.

Dolor
25-09-11, 12:18
08/06/2011 - Quarta-feira - 47o Dia

Dedico este Post ao Leo da .Com internet. Ele que também é motociclista me deu muito apoio e sugestöes para minha viagem. Um abraço especial à Keila.
http://2.bp.blogspot.com/-ZNXuYaRryCI/TfKW4TiAAKI/AAAAAAAAA0Q/oBGneq9SRWk/s400/DSC08616.JPG
Hoje entramos na Nicaragua. Foi uma viagem direta até sua capital Managua. Primeira vez na vida que vejo uma capital de um País sem prédios grandes (edificios).
http://2.bp.blogspot.com/-mExJIlZsWvA/TfKWzmXTAUI/AAAAAAAAA0I/sOVAQ29QenY/s400/DSC08592.JPG
Estava procurando pelo centro da cidade, como sempre faço e nao achava. Até que um frentista me avisou que aquele local era o centro da cidade.
http://2.bp.blogspot.com/-Puch9lXHAj4/TfKWugljR6I/AAAAAAAAA0A/e2ThqOY6Hvw/s400/DSC08590.JPG
Procuramos pela embaixada Hondurenha, tendo em vista que o Jorge estava com medo da exigëncia de visto para brasileiros. Mas chegando à embaixada a mesma estava so com o vigilante. Partimos já bem tarde de Managua, em torno de 18 horas, por isso tivemos que rodar até as 20 horas, contrariando nosso objetivo de nao andar a noite, até que encontrássemos um local bom para acampar. Quando já estávamos bem cansados, paramos numa residëncia simples na beira da estrada que nos acolheram muito atenciosamente.
http://4.bp.blogspot.com/-ULI031yuDxo/TfKWoeyOECI/AAAAAAAAAz4/KgGsXapaFcA/s400/DSC08588.JPG
As fotos acima sao da nossa entrada na Aduana de Nicaragua.

Dolor
25-09-11, 12:25
09/06/2011 - Quinta-feira - 48o dia

Dedico este Post ao Júnior do Posto Pit Stop. Espero que as narrativas constante do meu blog possam incentiva-lo botar sua Harley Davidson na poeira.
http://1.bp.blogspot.com/-j279sz4xg_w/TfKa3RcLNdI/AAAAAAAAA1I/RXemGS93Ag8/s400/DSC08641.JPG
Como sempre fazemos, quando entramos num país, é escolher uma cidade ou uma regiao para passeio. Na Nicaragua optamos pela regiao Leste, tendo em vista que na volta passaremos pelo centro do país. Tivemos a felicidade de entrar em Leon. Uma cidade da época da colonizacao espanhola e que tem uma forte marca patriótica por ser onde comecou a revolucao que implantou, ha 30 anos, a democracia que vige atualmente. Essa cidade parece um poucoi com algumas cidade históricas brasileiras. Em poucos metros tem quatro grandes igrejas, todas magnifícas. Fico a imaginar sobre os motivos que levaram pessoas numa pequena vila, na época, construir esse tanto de igreja uma próxima da outra.
http://1.bp.blogspot.com/-prJLj_blaQk/TfKan1ZZpcI/AAAAAAAAA0w/QnLhVrF0Tn0/s400/DSC08635.JPG
Hoje entramos em Honduras às 13 horas e saímos as 17 horas.
A minha teoria está se confirmando, ou seja: quanto mais desocupado tem um país, mais pobre ele é. A Nicaragua tem desocupados, mas Hoduras tem muito mais. Constato isso nas cidades pequenas ou grandes e, sobretudo nas aduanas.
http://2.bp.blogspot.com/-5lzvN960Veg/TfKaiHoFt-I/AAAAAAAAA0o/bqX46mgZ4Ag/s400/DSC08634.JPG
Na aduana de Nicaragua o assédio de "ajudantes" para nos auxiliar nos trâmites foi até fácil de escapulir. Porém em Honduras a coisa é feia. Deve ter mais de 50 tramitadores brigando entre si e gritando com a gente. Alegam que só poderemos passar usando seus serviços.
http://1.bp.blogspot.com/-TKh_1jX13RI/TfKaWA8k4SI/AAAAAAAAA0Y/wLlfYvLmjdU/s400/DSC08630.JPG
Como a Edivänia nao deixa eu pagar nada que näo seja oficial, nao tive permissao para contratá-los. Aí começou o sacrificio. Ninguem na Aduana de entende ou te escuta. Ninguém dá uma única informaçao. Foi entao que comecei a perguntar se os tramitadores eram obrigatórios. Todos respondiam que näo. A única informacao que recebi foi que tinha que esperar a Chefe da Aduana que estava para o almoço e só voltaria às 13 horas. O pior que ainda era 11:30. Voltei na Edivänia e perguntei: "esperamos ou pagamos?". A resposta foi: "vamos esperar". Assim fiz. Comememos alguma coisa que uma mulher vendia nas imediacoes e fiquei plantado na porta do escritório da Chefe.
Felizmente uma das moças que trabalha na sala me convidou para entrar e usufruir do ar condiciona. Aproveite para falar coisas pornográficas para duas espanholas e o tempo passou sem eu ver. Enquanto isso a Edivänia cozinhava no calor escaldante lá fora. A chefe chgou as 13 horas, mais ainda foi comer um PF que esperava por ela. Depois foi fazer uma trës ligacoes, atendeu dois tramitadores antes de mim e somente aí foi que me chamou para a mesa. Disse-me: "desculpe a demora!". Respondi:"quem vai ficar seis meses viajando näo faz conta de duas horas!".
Perguntei-lhe sobre os horários da Aduana e ela disse que era 24 horas, entao retruquei que eu tive que esperar ela no horário comercial, ela respondeu cinicamente: "näo sei porque". O nome dessa Chefe é Alvarado.
De qualquer forma economizei os 10 dolares que já tinha baixado para 5, devido nossa resistëcnia.
Para sair de Honduras o assédio foi semelhante, mas o atendimento foi ótimo.
Na Aduana de El Salvador foi tudo mais fácil, exceto por um mal entendido que fez com que me dessem uma autorizaçao de 24 horas para deixar o país. O engano foi esclarecido e nova autorizaçao emitida já por volta das 20 horas.

Pagamentos:
Aduana Costa Ricas: U$ 22.00
Aduana Nicarágua: U$ 41.00
Aduana Hondurenha: U$ 40,00
Aduana El Salvador : U$ 0.75 (cópias)

Dolor
25-09-11, 12:36
10/06/2011 - Sexta-feira - 49o. dia

Dedico este Post ao Dr. Benedido Batista que foi um dos amigos mais difíceis de conquistar. Foi como pescar um peixe grande: dá linha, puxa; dá linha e puxa. Fisguei, agora quero-o para sempre como amigo, assim como à Selma.

Dormimos num grande posto de Gasolina, logo após a Aduana de El Salvador. Onde os camioneiros esperam suas vezes de vistoriar. O posto tem boa estrutura. Comemos, banhamos e fomos dormir sob a vigiläncia de trës vigilantes armado com escopetas.
http://1.bp.blogspot.com/-8iAoxBnNizA/TfKkEde_7pI/AAAAAAAAA1o/mHdUIes0ewk/s400/DSC08678.JPG
Entramos numa grande cidade de nome Säo Miguel onde fizemos amigos numa loja, com cafezinho e água. Ouvimos a história de um casal de brasileiro que montou uma rede de farmácia no país. O nome é Farmácia e Papelaria Brasil. No centro tem uma filiar em cada quarteiräo por onde andamos. Na saída vimos outras filiais. Pelo menos em Sao Miguel o casal domina o mercado de remédio e papelaria que funcionam no mesmo estabelecimento.
http://1.bp.blogspot.com/-koSxn1iAVXU/TfKj_Il087I/AAAAAAAAA1g/cdvGICjZgeU/s400/DSC08669.JPG
Escolhemos a regiao sudoeste de El Salvador como ponto de observaçao, seguindo orientaçao dos nossos amigos, mas foram 120 km rodados desnecessariamente. O conceito de litoral bonito para eles é bem diferente do nosso.
Na estrada vimos algumas pessoas vendendo uns bichos. Numa delas paramos e perguntamos o que era e para que servia. O nome nao lembro; mas eram vendidos para comer.
http://3.bp.blogspot.com/-fyW4BjSLC7Q/TfKjz0DfKqI/AAAAAAAAA1Q/sq5eBUPa2yo/s400/DSC08662.JPG
Agora estou na internet fazendo hora para procurar o posto e entrar na capital amanha de manha.
O calor que estamos sentindo desde a Nicaragua é indescritível. Suamos continuamente dia e noite. Aqui em El Salvador parece ser pior.
Depois que nossa máquina fotografica molhou, as fotos näo estao muito boas. Gastei quase uma hora em dois Shopings com os aspersores de enxugar mäo para tirar a água de dentro dela. Com a ajuda do calor ambiental, a água saiu de dentro dela.

Dolor
25-09-11, 12:47
11/06/2011 - Sábado - 50o dia

Por ser um sábado, dedico este post ao Show Baile Falcäo. Silvinho, Fernanda, Zé Mauro, Marina e Päo. Morrinhos deve muito a esse pessoal. Tem cidade do mesmo porte que dispöe de diversas casas de dancas. Hoje o Silvinho é um empresário realizado. Parabéns.

http://2.bp.blogspot.com/-vxTS89lnodM/Tfd8wxYtxAI/AAAAAAAAA2I/OqkOE6cSceo/s400/DSC08705.JPG

Dormimos próximo a Capital de El Salvador, San Salvador. como em todos países que utiliza a moeda americana o consumo em San Salvador é grande. Existem diversos shopings Centers e grandes galerias cheias de compradores. assim como costa Rica, o País é pobre, mas as pessoas parecem ricas. Muitos carros bonitos circulando pelas ruas. Deve ser por causa da concentracao de renda.
http://2.bp.blogspot.com/-Y4bijOig1Ds/Tfd8sKNcsiI/AAAAAAAAA2A/q54eBjkw9co/s400/DSC08690.JPG

A permanencia em san Salvador foi pequena. Como é sábado o movimento na cidade era pequeno e deu para cirucular bastante. O centro da cidade é igual a qualquer centro de cidade latina. Cheio de vendedores ambulantes.
http://2.bp.blogspot.com/-PwmY8pR56c4/Tfd8l8S5nNI/AAAAAAAAA14/7p_rYUKjpsg/s400/DSC08698.JPG

Por volta das 12 horas já estávamos na estrada rumo a Guatemala. Minha máquina continua sem nitidez.

Dolor
25-09-11, 12:52
12/06/2011 - Domingo - 51o dia

Dedico este Post ao Cantor Genésio e seu parceiro. Essa dupla de cantores sabe a velocidade que gostamos de dancar e toca pelo menos trës selecöes que arranca todo suor do nosso corpo.
http://3.bp.blogspot.com/-7n_ZjAOQfRk/Tfd_82Ei0KI/AAAAAAAAA3I/aGATmiDCUc4/s400/DSC08743.JPG

Ontem paramos num povoado chamado El Candelaria de La Fronteira. Lá comecamos a procurar um hotel barato onde pudéssemos lavar nossas roupas. O hotel que nos indicaram como sendo barato, quando viram que éramos turistas, subiu o preco. Nisso uma senhora que estava nos ajudando com informacao nos ofereceu sua casa por U$ 10 para utilizarmos sua máquina de lavar. Depois te tentar ganhar a hospedagem na faixa, pagamos e ficamos. Foi uma excelente escolha. Tivemos oportunidade de experimentar a culinária de el Salvador.
http://3.bp.blogspot.com/-hTIi-u_bPIk/Tfd_jXb0DjI/AAAAAAAAA2Y/ccug7ce7fn8/s400/DSC08712.JPG
Antes mesmos de armar a barraca a nossa anfitriä, trouxe tostilhas com umas verduras em cima. Deu para reconhecer o repolho. Trouxe duas para cada um, mas eu só comi uma. Depois de armar a barraca ela trouxe umas mangas deliciosas para comermos. No outro dia, acordamos cedo, fizemos nosso tradicional leite com chocolate dentro da barraca. Quando saímos tinham diversas mangas maduras que tinham caído com a chuva noturna e entramos na manga. Depois ela nos surpreende com um prato contendo muita banana frita, feijäo preto frito misturado com arroz, queijo qualho e ovos mexidos. Quando era pequeno meus pais diziam que nao podia comer manga com leite porque ocasionava congestäo. Em poucas horas tomamos leite, comemos ovo e chupamos manga.
http://1.bp.blogspot.com/-LcIYaKtNU_s/Tfd_nwFYBsI/AAAAAAAAA2g/zI10SuXJfDk/s400/DSC08715.JPG
Como a hospedagem era boa nao tivemos pressa para sair. Somente quando as botas estavam secas foi que partimos recebendo um brande abraco da nossa anfitrian Reina.

O que é um preconceito! Minha espectativa com a Guatemala era a das piores possíveis. Li muitas coisas a respeito das dificuldades da aduana e de outras coisas ruins do país. Porém logo na entrada fui surprendido com a cortesia do pessoal. Me chamaram para dentro do escritório para conversar e até me deram um mapa do país.

Após uns 80 km percorrido dentro do país vem uma surpresa. Depois de 6 dias suando 24 horas por dia, encontramos uma temperatura que nos obrigou a parar para vestir protecao. Foi muito frio, acompanhado de uma chuva leve. Com esse frio nem vimos quando chegamos a Capital Nicaragua. Quando vimos já estávamos dentro da metrópole. Nessa altura já pediámos informacoes de pessoas sosbre hoteis baratos. Numa dessas buscas parei num posto para perguntar, quando vimos um gramado no fundo do mesmo. Demos a facada e dormimos alí. Eu tomei banho peladao atrás de um caminhao tamque, utilizando uma mangueira. A Edivänia tomou banho dentro da área da barraca.

Foi o nosso DIA DOS NAMORADOS.

Dolor
25-09-11, 12:57
13/06/2011 - segunda-feira - 52o dia

Dedico este Post ao Cantor Juliano e seu Parceiro que tocam no Show Baile do Falcäo. Eles também descobriram a velocidade que gostamos de dancar e nos dedicam pelo menso trës selecoes por noite.
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A cidade de Guatemala foi outra descoberta agradável. Simpatizei muito com a cidade e o povo. Logo nos informaram onde ficava o Escritório de informacoes turísticas e lá nos abasteceram com muitas informacoes a respeito do turismo no país. Pelas explicacoes tomei a seguinte decisao. Agora, na subida, visitarei as opcoes turísticas mais ao Oeste e quando voltar visitarei as opcoes do Leste onde ficam as ruinas Maias.
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Seguindo orientacao do pessoal da informacao turística, seguimos rumo a Antigua Nicargua. a primeira capital de Nicaragua. Durante a viagem fiquei pensando ¨se o palácio do governo de Nicaragua já é muito velho, no estilo Barroco, como será sua antiga capital¨.
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Foi outra Surpresa agradável. Para quem gosta de ruinas e construcoes antigas, o local é ótimo. Vimos muitos turistas europeus ou americanos andando pelas ruas. Além, é claro, dos muchileiros. Se vocë ver muchileiros numa cidade é porque ela é boa. Julho e agosto säo os meses pico no turismo.
Na Antigua Guatemala, procuramos o escritório turístico local que nos orientou fazer o percurso a pé, para melhor aproveitamento. Achamos bom porque as ruas säo calcadas com pedras e dificulta a pilotagem.
Após fazer o trajeto, partimos rumo a outro ponto turístico indicado na capital. Trata-se do Lago de Atitlan. Chegamos já a noite e procuramos um hotel barato na cidade de Panajchel. Antes, comemos uma pizza na cidade de Sololá.
Com o choque térmico da Guatemala, acho que tive febre na noite anterior. Viagei o dia todo com o corpo com sintoma de gripe. Minha garganta doi e havia indicativo de nova febre esta noite. Por isso optamos pelo hotel. Mas, hoje, terca-feira, acordei bem.
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Dolor
25-09-11, 13:09
14/06/2011 - terça-feira - 53o dia
Dedico este Post ao Grupo Musical Estrela de Ouro (Bozo, Valmir e Chodozinho). Os cantores mais simpáticos com a gente e com o poväo. O Bozo é o único cantor que fala meu nome e o da Edivânia, durante os bailes. Esperamos que em 2012 eles incluam pelo menos três selecöes com a velocidade que gostamos: a mais rápida que existir no teclado.
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Panachele é daquelas surpresas boas que a gente descobre por esse mundo afora. Acordamos mais tarde, para aproveitar o conforto do hotel e saímos para procurar informacöes sobre o turismo e buscar uma internet. Como a cidade é muito pequena nem nos preocupamos em pegar o nome do hotel. Saímos e entramos num beco que por sua vez ia abrindo outros becos. Cada ruela dessa nao tinha mais de 1.5 metros de largura.
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Quanto mais a gente andava mais para dentro do labirinto a gente ia. Juro que começou me bater um medo. além do que os becos sao cheos de fezes de cachorro e de gente. Quando saímos na avenida principal foi um alívio. Aí foi outro trabalho descobrir o hotel, tendo em vista que nao sabíamos o nome.
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Após deixar o hotel partimos para uma viagem em torno do Lago Atitlan. Trata-se de um lago formado ao pé de trës vulcöes. Tinha duas opçoes de passeios que consistiam em caminhada, mas nao encaramos, mesmo porque o resfriado ainda estava me prejudicando fisicamente. Às margens do lago existem pelo menos umas seis cidades, pelo menos nas três que passamos, todas sao cidades antigas com casarios baixos e ruas estreitas.
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Partimos rumo ao México. Subindo cada vez mais a serra. Quanto mais subíamos mais o frio aumentava. O frio apertava e nao encontrávamos local para dormir. Somente a noitinha que paramos numa vila e dormimos no quintal de uma residência, no meio das núvens. Fazia tanto frio que a dona da casa, com pena da gente, levou-nos um cobertor. Negamos explicando para ele que nossos sacos de dormir dariam, mas ela nao acreditou.
http://4.bp.blogspot.com/-ZnMVty_tTyA/TfpRaaz6DFI/AAAAAAAAA44/0pMY_-ILyHg/s400/DSC00081.JPG
O índice de natalidade na Guatemala deve ser um dos maiores do mundo. Cada família tem pelo menos un três. Segundo uma senhora, com a qual conversamos, ela acha que a média deve estar em 5 crianças por família. Ela até fez uma brincadeira brasileira: "aqui ninguém assiste televisäo".

Dolor
25-09-11, 13:14
15/06/2011 - quarta-feira - 54o dia
Dedico este Post à Auto Escola Unidas. Pessoal que torcem para seus alunos passarem logo. Outros torcem para os caras tomarem bomba para gastar mais. Meus antigos amigos Luzia e Kenedy e os instrutores Míria, Thiago, Filemon, Larissa e Kárita.
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Hoje foi a entrada no México. Na primeira cidade que paramos a chuva caiu. Esperamos o grosso passar, mas tivemos que partir debaixo dela. Mesmo porque ainda nao tínhamos regularizados a documentaçäo da Celestina. Pilotei debaixo de chuva até quase escurecer, quando encontramos uma quadra coberta, que serve à uma Associaçäo e tinha banheiro e ducha. Muita sorte.
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Aliás estamos temos muita sorte, näo só para dormir. Com acidentes também. Ontem quando eu pilotava nas curvas descendo da Guatemala rumo ao México, ao fazer uma curva muito fechada, dei de cara com uma camionete que fazia uma ultrapassagem super indevida. A minha sorte foi que minha pedaleira bateu no pneu dianteiro da camionete e desviou a moto para a direita, evitando que en entrasse no meio da carroceria da mesma. Uns 500 metros depois parei para aliviar o intestino e nao sujar as calças.
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Devido a chuva temos poucas fotos para hoje.

Renan Xavier
26-09-11, 11:28
Dedico este post ao Pai, irmäos e sobrinhos da Edivänia que devem estar com saudades dela.

Novamente foi um dia sem grandes emoçöes, exceto pelas curvas. Dirigir por quaquer litoral é uma emçäoatrás da outra, por causa das curvas. Mantivemos um contato constante com o Pacífico. Volta e veia ele parecia na nossa frente.

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Nas cidades mais bonitas a gente entrava. Gostamos muito de uma cidade chamada Puerto Escondido. Mas nossa vontade de chegar a Acaculpo era maior. O calor, também é um limitador de permanencia no chäo. A vontade de tomar o vento na cara é muito grande. Portanto, näo tivemos muita coisa boa no dia, a näo ser o preço da gasolina que está em média R$ 1.53.

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Dolor
26-09-11, 21:23
19/06/2011 - domingo - 58o. dia
Dedico este Post ao Diräo da Oficina de Motos. Um Mexicano leu seu adesivo na Celestina e perguntou: "que cidade é Diräo Motos?
http://1.bp.blogspot.com/-mJ2OuNdmsqs/TgDt15UrDQI/AAAAAAAAA8Y/VIIljtzfRDM/s400/DSC00210.JPG
Hoje acordamos mais tarde e fomos para a praia. Mas o tempo estava muito nublado, embora a água estivesse morna. Fizemos uma caminhada de uma hora pela mesma e voltamos ao apartamento, tendo em vista que achva ameaçava cair. Demoramos um pouco a sair da praia, devido a um tiroteio que surgiu na rua ao lado. Quando saímos os donos dos bares estavam lavando o sangue nas calçadas. Na Colömbia estranhamos a quantidade soldados do exercíto na estrada.
http://4.bp.blogspot.com/-awQvn61RXJ0/TgDts8mGzaI/AAAAAAAAA8I/Os7r6dJcsHI/s400/DSC00242.JPG
Aqui em Acapulco estranhamos a quantidade de soldados nas ruas. Soldados com máscara no rosto num calor enorme e muita arma pesada. Numa esquina contamos cinco carros de diversas polícias: exército, Federal, e outros.
Comçou a chuva e näo parou mais. Ficamos o resto do dia vendo TV. Depois que voltei da praia peguei um pouco de pisna, mesmo debaixo da chuva. Fiquei brincando com umas crianças e saudade dos meus filhos, quando naquela idade, me bateu. A nostalgia abateu meu änimo e subi para tirar um pestana. Foi täo bom quando viajávamos com eles pequenos; quando eles nos obedeciam. Hoje säo eles que querem direcionar sua vida, criticando qualquer coisa que näo saem da forma que acham certo.
http://2.bp.blogspot.com/-3kMCogzWV5E/TgDtnrDFXxI/AAAAAAAAA8A/9XV-hkfRbEc/s400/DSC00237.JPG

Dolor
26-09-11, 21:26
20/06/2011 - segunda-feira - 59o dia
Dedico este Post ao Hélio da Sanduicheria do estádio. Ele que fornece as calorias que gastamos no Falcäo.

Hoje näo tiramos fotos. Ficamos no hotel até que a chva desse uma pausa para sairmos. Saimos e ela voltou a cair. Escondemos dela por uma duas horas, mas resolvemos pegar a estrada assim mesmo. Pilotei uns 80 km até parar para dormir em outro hotel, já que estávamos todos molhados. Como disse o brasileiro Augusto que viaja para o mesmo destino que o nosso: "näo molhamos a alma, porque ela näo estavadisponível no momento".
A saída de Alcapulco foimuito difícil. Debaixo de chuva e um conjestionamento semelhante aos da Marginal Tietë. Consegui dar uma costurada no meio dos carro e me adiantei um pouco. Maslogo chegamos onde estava a causa de todo congestionamento: umas poças de água barrenta que fez vários carros a estragarem e pararem nomeio da pista.
A metada da frota de taxis de acapulco é composta de fusca e mais um percentual grande de carros populares säo do mesmo tipo. É o local com maior quantidade de fusca no mundo, imagino. Nessas lagoas féticas estavam parados uns seis fuscas com problema na distribuiçao.
Lá pelas 21 horas encontramos um hotel na nossa faixa financeira e tiramos toda a roupa molhada. Nem as capas de chuva que comprei, impediu a molhança.

Dolor
27-09-11, 00:56
21/06/2011 - Terca-feira - 60o dia


Dedico este post ao Dr. Benedito Moreira e sua esposa Nina. Ainda nao posso chamça-los de amigos, mas tenho muita gratidao pela oportunidade que me deram. Nunca esquecerei.

http://3.bp.blogspot.com/-hVkjkTJKg8U/Tgeh0qhjtpI/AAAAAAAAA84/osXrmtvsdDk/s400/DSC00260.JPG

Hoje foi mais um dia pilotando sob a chuva, por isso temos poucas fotos. As que aparecem acima è de uma cidade de nome Taxco. Parece favela mas nao é. A cidade foi construida nas bordas da serra e é um grande centro de producao de arte em prata. Sao diversas lojas com centenas de produtos cada um mais bonito que o outro.
http://2.bp.blogspot.com/-6SzoFBPnG1g/Tgehwkzya6I/AAAAAAAAA8w/3g8y_Cyb3Io/s400/DSC00258.JPG
Considerando que hoje completou 60 dias de viagem vou prestar conta dos nossos gastos




Combustìvel.......................... 831.31 litros


Valor combustìvel..............R$ 1.695.26


Alimentacao........................R$ 1.482.68


Passeios...............................R$ 522.44


Gasto com a Celestina.......R$ 125.21


Hotel....................................R$ 659.18


Aduanas...............................R$ 427.36


Pedàgio................................R$ 44.47


Translado aviao .................R$ 2.046.78


Outros..................................R$ 247.79


Total de gastos....................R$ 8.082.48




Mèdia de gastos por dia R$ 134.71




Km rodados 13.575. Média diària: 226 km


Estamos muito abaixo da média de 300 km por dia, planejado. Mas é que ando com a munheca frouxa. Acostumei tanto a andar a menos de 80 km/h que nao sei mais andar a 110 km/h. Nas auto-estradas, quando é permitido a velocidade de 110 km/h, tento manter essa velocidade, mas logo me flagro em 80 km novamente.


Outra coisa que tem atrasado é o fato de entrarmos em quase todas cidades históricas e no Mexico quase todas sao.


Hoje foi mais um dia pilotando sob a chuva, por isso temos poucas fotos. As que aparecem acima è de uma cidade de nome Taxco. Parece favela mas nao é. A cidade foi construida nas bordas da serra e é um grande centro de producao de arte em prata. Sao diversas lojas com centenas de produtos cada um mais bonito que o outro.


Considerando que hoje completou 60 dias de viagem vou prestar conta dos nossos gastos




Combustìvel.......................... 831.31 litros


Valor combustìvel..............R$ 1.695.26


Alimentacao........................R$ 1.482.68


Passeios...............................R$ 522.44


Gasto com a Celestina.......R$ 125.21


Hotel....................................R$ 659.18


Aduanas...............................R$ 427.36


Pedàgio................................R$ 44.47


Translado aviao .................R$ 2.046.78


Outros..................................R$ 247.79


Total de gastos....................R$ 8.082.48




Mèdia de gastos por dia R$ 134.71




Km rodados 13.575. Média diària: 226 km


Estamos muito abaixo da média de 300 km por dia, planejado. Mas é que ando com a munheca frouxa. Acostumei tanto a andar a menos de 80 km/h que nao sei mais andar a 110 km/h. Nas auto-estradas, quando é permitido a velocidade de 110 km/h, tento manter essa velocidade, mas logo me flagro em 80 km novamente.


Outra coisa que tem atrasado é o fato de entrarmos em quase todas cidades históricas e no Mexico quase todas sao.

Dolor
27-09-11, 01:01
22/06/2011 - Quarta-feira - 61o dia

Dedico este post à Dra. Márcia. Minha "grande" amiga. Profissional que escolhi para cuidar da minha próstata. Já era seu fâ, mas depois do desfile de moda tornei-me mais ainda.

http://1.bp.blogspot.com/-3X8NDVdkVFQ/TgemkpXFxCI/AAAAAAAAA9Q/MNEKkrdiSnk/s400/DSC00278.JPG

Hoje entramos na cidade do México. Essa cidade estava programada para ser visitada na volta, mas considerando que havia um tufao de nome Beatriz por onde passaria, resolvi desviar e atrasar minha ida por uns dias.
http://3.bp.blogspot.com/-CqlvqdEFHYc/TgemqBJBNsI/AAAAAAAAA9Y/Sgrx0tpszt0/s400/DSC00289.JPG
A cidade do México merece uma semana de visita para curtí-la totalmente. A cidade tenta copiar Paris em tudo que é possível. Tem diversos museus, inclusive um Asteca cujas ruinas fotografamos acima. Há, inclusive, uma avenida tentando copiar a Champs Elysées com arborizacao e uma miniatura da Torre Eiffel.
http://4.bp.blogspot.com/-2l0RLcainsI/TgenBbN1JUI/AAAAAAAAA94/tKgYw1lSWME/s400/DSC08865.JPG
Mas nós ficamos menos de um dia e partimos rumo a Guadalajara.


Um fato curioso foi que nessa cidade, quando estávamos rodeados de vendedores de uma rua do comércio popular da cidade quando era difícil sair. Todos queriam perguntar algo a respeito da nossa viagem. Pensando que a Edivänia já estava na garupa, fui saindo. Quando estava há alguns metros ouvi os risos e os gritos. Quando olhei para trás constatei que havia deixado minha parceira para trás. Riram bastante de nós.
http://2.bp.blogspot.com/-Bu-5U0J_hKw/TgeohvLKHlI/AAAAAAAAA-o/Vm8fMZZYJbk/s400/DSC08870.JPG

Dolor
27-09-11, 01:06
23/06/2011 - quinta-feira - 62o dia

Dedico este Post ao Dr. Valdevan. Médico que tinha escolhido pela sua simpatia e beleza para ser meu médico de Próstata. Mas na primeira consulta que fiz, em vez dele fazer o exame convencional, me mandou para um laboratório onde me inseriram 30 cm de um cabo. Destitui-o da missäo.
http://4.bp.blogspot.com/-3CJyyJ9_9H4/TgesVkZ8yTI/AAAAAAAAA_A/dgZPLF5AcI0/s400/DSC00327.JPG
Mais um dia pelotando sob chuva. As vezes escondemos dela e curtimos alguma pequena cidade como as da foto acima. Mas como chove muito temos que enfrentá-la. A vantagem é que o calor ameniza o frio da água da chuva.

http://4.bp.blogspot.com/-E3C1vAoUaGY/Tgesam_8UrI/AAAAAAAAA_I/2Aw-mwGI38A/s400/DSC00342.JPG

No México temos muitas barreiras do exército e isso me fez lembrar um fato ocorrido em Acaculpo.


Toda barreira policial que a Edivänia vë ela saca da filmadora e comeca a filmar os guardas desde longe. Isso vem sendo feito desde Nicaragua. Em Honduras havia uma barreira a cada 40 km e, por coincidëncia nenhum nos parava. Numa o guarda mandou parar, mas de repente virou o rosto e mandou-nos seguir. Portanto a filmadora virou um espanta barreira.


Em Acapulco como estava chovendo nao houve como filmá-los. Mandaram nos parar e disseram que tínhamos furados um sinal vermelho. Penso ser verdade porque escutei uma mulher dizendo a palavra Brasil pelo celular e o guarda já chegou perguntando se tínhamos alguma mensagem sobre o Brasil na traseira da moto.


Pegaram meus documentos e disseram que eu tinha que pagar uma multa em torno de R$ 132.00. Fiquei transtornado. Logo os guardas já deram as opcoes de pagar alí ou pagarmos da delegacia. Na delegacia entretanto só poderia pagar apos as 15 horas e pagando alí eles liberariam na hora. Pensei: "Pronto! se tem corrupcao, vou deixar para a Edivänia".


Disse aos policiais que pagaria na delegacia e saí de perto para tirar o dinheiro da carteira e deixando a Edivänia discutindo com os quatro policiais. Fiquei ao lado da moto escutando os argumentos dela, até que os guardas me chamou e liberou os documentos sem eu pagar nada.


Nao sei porque os motociclistas preferem viajar sozinhos. O custo da mulher é quase zero, tendo em vista que os hoteis alugam o quarto, independente de quantas pessoas ficam nele, além delas nos ajudar com os policiais e outras atividades. Dos quatro motociclistas indo para o Alasca que encontrei, nenhum levava sua esposa.

Dolor
27-09-11, 01:12
24/06/2011 - sexta-feira - 63o dia

Dedico este Post ao Dr. Marco Aurélio. Méu ex-colega de Hospital Municipal e Casa de Saúde e Maternidade Sylvio de Mello. Pessoa muito simpática e atenciosa.

http://4.bp.blogspot.com/-I10BH0nPv14/TgewbkKEHnI/AAAAAAAAA_g/r5NfItALzo0/s400/DSC00357.JPG
Hoje foi dia de conhecermos Guadalajara. Cidade onde o Brasil foi campeao em 1970. Nós, os brasileiros, somos muitos queridos aqui como em todo o México.
http://3.bp.blogspot.com/-jRMQdPyAkLk/TgewkXC0ixI/AAAAAAAAA_w/LeCEUXoV9Ko/s400/DSC00368.JPG

A passagem pela cidade foi, também de um dia. Contratamos um Bus Turismo que cirucula toda área histórica da cidade e nos demos for satisfeitos pela visita. Temos que agilizar nossa viagem, tendo em vista que já estamos atrasados em torno de 22 dias em relacao ao planejado.
http://1.bp.blogspot.com/-ijGWlQF7bPg/TgewWgHxQUI/AAAAAAAAA_Y/3dOzmfldP2c/s400/DSC00355.JPGUm fato legal ocorreu na chegada à cidade, quando um casal numa camionega, deu sinal para pararmos. Eles pararam e paramos atrás. Depois de contarmos como estamos fazendo a viagem ele sacou de cem pesos (aproximadamente R$ 16.00) e nos deu dizendo que era para ajudar na gasolina. Tentamos declinar, mas insistiram e aceitamos. Com pessoas desse tipo é que acreditamos que o mundo tem muita gente boa. A fotos deles segue acima.

Dolor
27-09-11, 01:18
25/06/2011 - sábado - 64o dia
Dedico este Post ao Dr. Paulo, oftamologista da Casa de Saúde e Maternidade Sylvio de Mello. Ele que é motociclista e curtiu o planejamento da minha viagem.

Ontem, depois de sair de Gualadajara, nao encontramos posto "5 estrelas" para dormirmos. Considerando que estava muito cansado e já era 21 horas, optamos por um hotel ruim e caro às margens da estrada.

Como a Edivänia aproveitou para lavar roupa à noite fomos dormir tarde e, por isso, acordamos também tarde. Esperando a roupa secar, ficamos no hotel até o meio dia.

A viagem foi de recuperacao. Rodamos muito e a paisagem nao oferece muitas opcoes de fotos.

Depois de uns dias dormindo em clima temperado, depois que saímos de Acapulco, agora retornamos ao calor infernal. O sol é absolutamente mais quente que no nordeste brasileiro. É difícil dormir na barraca. Temos que dormir com suas portas abertas.
http://1.bp.blogspot.com/-IbltIJSukSY/TgezFxpEGJI/AAAAAAAABAY/CckOB87L7d4/s400/DSC00378.JPG
Numa foto acima aparece a placa de um vulcao e a seu lado as larvas. Trata-se de uma grande área contendo lavras do mesmo. É uma coisa impressionante o tamanho das pedras que saem de dentro da terra.
http://3.bp.blogspot.com/-9h1aobp7C08/TgezADQtcHI/AAAAAAAABAQ/pAnwXOxwi1o/s400/DSC00373.JPG

Dolor
27-09-11, 01:23
26/06/2011 - domingo - 65o dia.

Dedico este Post ao Dr. Francisco. Oftamologista que atende no Hospital Nossa Senhora do Carmo e me presenteou com algumas amostras gratis para uso preventivo dos olhos.




Hoje ainda estamos na estrada. Aqui sao 16:33, cinco horas mais cedo que aí no Brasil.


Continuo reclamando do calor e dos quebras molas.


No México existem estradas pedageadas ao lado das sem pedágio. Vocë pode optar em qual quer seguir. É claro que a Edivänia nao deixa eu pegar as pedageadas, principalmente, depois que, vindo de Acapulco, debaixo de chuva, pegamos uma sem querer e pagamos R$ 15.00 para rodar 80 km.
http://4.bp.blogspot.com/-k8Un_50qsrs/Tge1QX-hkAI/AAAAAAAABBA/9Ep7SFMuFbI/s400/DSC00398.JPG
Como nosso cérebro é preperado para justificar nossas preferëncias (o assassino para matar, o ladrao para roubar) o muchiba também tem as suas justificativas. A vantagem é que as estradas nao pedageadas nos coloca em contato com todas pequenas cidades, enquanto a outra nao entra em cidade nenhuma. Só passa ao lado, inclusive das grandes cidades. O lado ruim sao os quebras-molas. As pedageadas nao os tem. Houve casos da gente estar sofrendo com os quebras-molas e ver logo perto o carros passando a 110 km/h. Nessa hora dá vontade de passar para lá.
http://3.bp.blogspot.com/-2ZzwOwwl-JI/Tge1MebECfI/AAAAAAAABA4/v7mAimv5Wlw/s400/DSC00393.JPG

Renan Xavier
28-09-11, 12:06
O casal está no noroeste do México, quase chegando nos Estados Unidos. Cheios de saudade, conseguem tempo para bater boas fotos e conhecer gente interessante. Confira.

http://4.bp.blogspot.com/-c-3-K0VTsho/Tg4He8dM2KI/AAAAAAAABB4/YyENP5zYBxk/s400/DSC00429.JPG


Dedico este Post ao Luciano e Paula. Ele motociclista fanatico que sabe tudo sobre moto. Ela sua companheira inseparavel. Na minha viagem ao Ushuaia ele organizou a feijoada de recepcao.

Hoje a viagem foi de recuperacao. Rodamos 611 km mas sempre entrando nas cidades mais importantes. As cidades do noroeste do Mexico sao bonitas, limpas, grandes e modernas. As mais importantes que passamos hoje foram: Los Mochis, Navajoa, Cidade Oregon, Guaymas e Hermosillo.
Nao sei como cidades crescem tanto no meio da aridez e do calor infernal. Perguntei para algumas pessoas como a sua cidade era abastecida com agua doce, mas ningu'em soube responder.

http://1.bp.blogspot.com/-Y2lYVQfPSaQ/Tg4HYGhsSkI/AAAAAAAABBw/NtCt9G2YWSE/s400/DSC00440.JPG

Devido ao calor sem precedente na minha vida optei por dormir num motel na entrada de Hermosillo. Depois de procurar muito voltamos nele que fica na entrada da cidade e pagamos R$ 50,00 com um ar condicionado excelente. Para variar, conforme faz toda vez que dormimos em hotel, a Edivania lavou as roupas e fomos dormir tarde.

Renan Xavier
28-09-11, 12:16
FRONTEIRA MÉXICO E ESTADOS UNIDOS

http://1.bp.blogspot.com/-W7aFcNb5Z30/Tg4ILjWCesI/AAAAAAAABCY/jZBfH2ge6vA/s400/DSC00446.JPG

Hoje entramos nos Estados Undos da America. Depois de enfrentar uma fila enorme de carros sob um sol escaldante cuja bota cozinhava meus pes, tanto pelo calor vindo atraves da sola, proveniente do asfalto quente, como da parte superior pelo efeito direto do sol. A vontade de cortar a fila e costurar os carros era enorme, mas o medo me conteve. Assim fiquei mais ou menos uma hora ligando e desligando a Celestina.

Quando chegou a nossa vez o susto! o Oficial pegou nossos passaportes e mandou-nos tirar o capacete. Depois de circular a moto olhando e perguntando em espanhol e eu respondendo. Depois ordenou que eu estacionasse a moto numa fila dos carros suspeitos para inspencao. Entao veio outro oficial e nos levou para uma sala, sem poder pegar nada na bolsa ou na moto.

Nessa sala ja encontrava uma mulher que logo foi chamada para sair, ficando so eu e a Edvania na mesma. A vantagem era que o ar era frio, bem abaixo do calor externo. Depois de um tempo foi nos fazer companhia um mexicano mal encarado que sentava e levantava num nervosismo enorme. Logo dois agentes foi busca-lo, ficando novamente sozinhos. Passado mais de uma hora, fomos chamados e autorizados a procurar a imigracao para regularizar nossa entrada.

http://2.bp.blogspot.com/-UeGkfiEK51k/Tg4H8VSMtfI/AAAAAAAABCI/f_LHzUAP5j0/s400/DSC00448.JPG

Procurei camaras na sala, mas nao vi. Mas tenho certeza que estavamos sendo observados.
Pagamos U$ 6 para cada um e entramos nos USA.

A primeira dificuldade foi aprender a abastecer a celestina, tendo em vista que aqui nao tem frentista. Depois foi aprender a usar o cartao para abastecer sem ter que entrar na loja.

http://1.bp.blogspot.com/-vTbjGlwfPmw/Tg4ICpo-x3I/AAAAAAAABCQ/oI0--2U41B4/s400/DSC00450.JPG

Passamos por Tucson, sem entrar. O Calor era muito grande e contentamos em ve-la de longe.
Para dormir foi outra surpresa. Os postos de gasolina nao tem frentista para pedirmos autorizacao e muito menos area e duchas para usarmos. Vimos uma placa de camping e fomos, mas eles naos nos aceitaram. Seguimos viagem e dormimos em outra area onde estavam alguns trailers, mas devido o adiantado da hora, ja nao tinha banho mais.
Resultado dormimos, ou melhor, tentamos dormir sem tomar sob um calor noturno na ordem de 40 graus Celsius. Talvez la pelas 3 horas da manha conseguimos tirar um sono.

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28-09-11, 22:54
29/06/2011 - Quarta-feira - 68o dia

http://2.bp.blogspot.com/-VbSOgNiVW0g/Tg4KcrR7diI/AAAAAAAABDg/g_ijCYmv8Ic/s400/DSC00479.JPG
Dedico este Post Marielen, Lucinha, Debora e Cleane, companheiras de sala durante o tempo que trabalhei na Casa de Saude Maternidade Silvio de Mello. Muitas brigas, mas a amizade ficou. Nao consegui conquistar a amizade de alguma, mas um dia conseguirei.
http://4.bp.blogspot.com/-yTPBmmmcFQk/Tg4KJfGKAEI/AAAAAAAABDQ/b6DEVU3_3NA/s400/DSC00481.JPG
Entramos na cidade de Phoenix, ainda cedo sem transito na rua, assim pudemos aprecia-la melhor. Uma linda cidade. Dela rumamos para a cidade de Flagstaff, cujo objetivo era atingir o Grand Cannyon.

http://4.bp.blogspot.com/-Oj-GR4UbYak/Tg4KDJl3MEI/AAAAAAAABDI/z2UzoLNCDUA/s400/DSC00485.JPG
Ate as 13 horas a viagem foi de um calor intenso. Porem, deparamos com um vale e, apos descer uma pequena elevacao a temperatura mudou. Nesse vale tem uma grande reserva nacional formada por pinheiros que, alem de amenizar o clima, emana um cheiro agrad'avel.
http://4.bp.blogspot.com/-2EuVMxheK6I/Tg4IntzVZ9I/AAAAAAAABCg/HKS5nyp5MPs/s400/DSC00511.JPG
Como nao tinhamos dormido nada na noite anterior, paramos em uma sombra e tiramos uma soneca boa, conforme penultima foto.
http://2.bp.blogspot.com/-t2tGo0vSuAQ/Tg4X4j4nTrI/AAAAAAAABGw/Xa2sywz6yxM/s400/DSC08910.JPG
A cidade de Flagstaff 'e uma das portas de entrada para o Grand Canyon. Muito bonita, clima ameno e vive do turismo. Procuramos um camping e dormimos.
Agora o custo de vida aumentou. Vai ser dificil ma nter a media de R$ 150 por dia. As coisas sao muito cara por esse lado.

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28-09-11, 23:02
30/06/2011 - quinta-feira - 69o dia
Dedico este Post a Tania, Genilda, Edivania, simone, Luciana e Marilda enfermas da Casa de Saude. Tambem a Zilda e Vilma que trabalharam comigo.
http://3.bp.blogspot.com/-orgv61Sonaw/Tg4LTkgQ8jI/AAAAAAAABEA/kPq3_JwEx5g/s400/DSC08990.JPG
Hoje foi um dos grandes dias previstos nessa viagem: visitar o Grand Canyon.
Sao tres os lugares que tinha e tenho muita vontade de conhecer: Machupichum, Grand Canyon e Niagara Falls. Duas ja foram.
http://4.bp.blogspot.com/-rDZZ-LISNpI/Tg4LtTKaNUI/AAAAAAAABEg/z50RXyDZTjA/s400/DSC08954.JPG
O silencio do Grand Canyon transmiste uma magia inexplicavel. Procurei um ponto mais isolado e fiquei observando aquela imensidao de vale e um filme passou na minha cabeca. alias, varios filmes: um relebrando os filmes e livros de farwoest que tanto assisti e li; outro pensando no grande criador. Como Deus pode administrar um universo por 6 milhoes de anos e permitir que o rio Colorado faca um estrago tao grande na terra? Sera que ele e relapso com as outras galaxias? com outras estrelas?
http://4.bp.blogspot.com/-uCNLiOyLN8s/Tg4MlmhReAI/AAAAAAAABFQ/DrTMH2_zqIo/s400/DSC00545.JPG
'E muito grande a area de circulacao e visualizacao do vale e tivemso que andar muito e com isso comer muito tambem.
http://3.bp.blogspot.com/-xBnDHGkZ6Qg/Tg4M4V3ROUI/AAAAAAAABFo/hhMyUZ49TI8/s400/DSC00532.JPG

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28-09-11, 23:09
01/07/2011 - sexta-feira - 70o. dia
Dedico este Post ao Advogado Leonardo Frauzino e sua esposa Gysele. Ele um acompanhante assiduo das minhas viagens. Tenho conviccao que, na minha idade, ele fara o mesmo.
http://1.bp.blogspot.com/-KdgHInDzJT0/Tg4P7ZWLEiI/AAAAAAAABGg/mlEFfNHFcM4/s400/DSC00558.JPG
Oi motociclistas!! Invegem! Pode invejar, nao tem problema. A inveja de motociclista e saudavel:
http://1.bp.blogspot.com/-qo8lWrFj6LU/Tg4PzG5gwAI/AAAAAAAABGY/JL9bmLPOZO0/s400/DSC08993.JPG
Estou na cidade de Willians a capital da Ruta 66. Aqui tudo gira em torno desse mito. A pequena cidade sobrevive desse mito para os motociclistas. Aqui passa essa Ruta que, agora misturou e transformou em Ruta 40. Mas a m'istica e muito grande.
http://1.bp.blogspot.com/-pImf1Rq6a_g/Tg4PiaTHsNI/AAAAAAAABGI/s3UG41DBNAE/s400/DSC09000.JPG
As lojas sao especializadas em produtos do velho Woest e das Raley Davidsons.
Agora tenho que ir embora, pois j'a estou 3 horas no computador e minha missao para hoje 'e de fazer inveja para muitos: Vou chegar em Las Vegas.
Vida dificil essa!
As duas ultimas noites tivemos que usar os sacos de dormir devido ao grande frio noturno. Agora vamos novamente para o calor. Dizem que em Las Vegas nao tem Camping por causa do calor.
http://3.bp.blogspot.com/-_wlTZdoy1fg/Tg4PZenx9xI/AAAAAAAABGA/GPADfIN5xKU/s400/DSC09001.JPG
O casal que aparece na foto e formado por um Holandes e uma Alema do Motorclub de Frisse Wind. www.frissewind.vpweb.nl

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28-09-11, 23:19
02/07/2011 - Sabado - 71o dia

Dedico este Post a Dra Regina e Erica Arantes, ambas da Biofarma. Com esmero na qualidade, trabalho e muito carisma essas duas mulhers logo estarao concorrendo com o Boticario. Abriram uma filial em Caldas Novas e logo estarao em todo o Brasil.




Chegamos a Las Vegas por volta das 18 horas e fui entrando rumo ao centro da cidade. Quando vi um taxi parado, parei para solicitar-lhe informacoes sobre um hotel barato. Abordei o motorista com pedindo desculpa pelo meu pessimo ingles e pedindo para ele nao rir do que eu ia perguntar. Perguntei-lhe se era possivel dormir naquela cidade por um valor entre 50 e 100 dolares. Ele riu da minha brincadeira e apontou para um gigantesco Hotel Cassino que ficava logo na frente e disse: "ali voce pode ficar por U$ 70,00. Ele disse e foi saindo porque o cliente ja havia entrado no carro.


Olhei para aquele gigante em tamanho e requinte e pensei: "esse cara tava com gozacao!". Quase fui embora. Mas resolvi ir checar. Como era perto, fui caminhando.
http://4.bp.blogspot.com/-qWZX1nn4KWg/ThHeMysFyrI/AAAAAAAABH4/ceNvmfFmsos/s400/DSC00592.JPG
Cheguei na entrada do pr'edio e perguntei sobre a recepcao do hotel e me mandaram entrar reto e caminhar ate o fundo. Quando abri as duas portas e entrei na sala, levei um susto: nem em filme tinha visto tanta maquina de jogo na minha vida. La bem no fundo tinha um indicacao de onde era o Check in do hotel. Perguntei o valor da diaria e o recepcionista me informou U$ 79,00 d'olares. Nao acreditei. Perguntei uma tres vezes se aquele valor era para 2 pessoas.
http://3.bp.blogspot.com/-PYSTTNCaWhU/ThHdAmYxgGI/AAAAAAAABHY/tepjNzIBvDM/s400/DSC09014.JPG
Ia fazer o Check in mas eu precisava dos passaportes que estavam com a Edivania la na moto. Depois de fazer o Check in, fui buscar a moto e uma coisa engracada aconteceu. Apos deixar a moto na garagem descarregamos nossas coisas e fomos procurar o nosso quarto. Seguindo o mapa do Hotel partimos carregando um alforge sujo e diversos sacos de supermercados. Porem o mapa nao mostrava o elevador de servico e fomos parar dentro do elevador social que fica junto das maquinas do cassino. Ali no meio de milhares de pessoas - acho que tinha umas 5 mil pessoas andando e jogando por toda parte - para piorar, tinhamos que atravessar toda a sala de jogos. Assim, como ninguem nos prontificou ajudar ou a orientar fomos andando com os sacos na mao e uma mala suja de pueira de tiracolo. Precisa muito cara-de-pau para ser motociclista.


Acomodamos e, como ja era 20 horas, fomos tirar uma pestana para descansar da viagem. Coloquei o despertador para nos acordar as 23 horas. Arrumamos, descemos e fomos jogar. Depois de perder todo meus U$ 30 parei de jogar. A Edivania como tinha ganhado U$ 150 continuou. Quando ela estava com um saldo positivo de U$ 70 saimos e fomos passear pela cidade. Podem me chamar de velho doido, porque as 2:30 da madrugada peguei a Celestina e fomos passear pela cidade. Retornamos ao Hotel as quatro. Coloquei o despertador para as 10:30 e dormimos.


No dia seguinte acordamos e descemos todas a coisas para moto - agora usando o elevador de servico - com o proposito de fazer o Check out mas continuar no hotel. Assim fizemos e fomos usufruir do conforto e do ar condicionado. O Hotel oferece um Onibus para visitar outros cassinos; pegamos o primeiro que apareceu e fomos parar no Harrahs, outro monumento. Ficamos uma hora e meia andando e jogando nesse cassino e pegamos o onibus de volta. `As 14 horas havia um show de 'aguas e chegamos em cima da hora. Saimos do hotel por volta das 16 horas. Para variar, antes, fomos num All Mart que ficava perto e passamos novamente dentro do cassino carregando sacola de supermercado.
http://4.bp.blogspot.com/-v_qnnlckq1c/ThHc4EpgEZI/AAAAAAAABHQ/0gg4WpnSVAo/s400/DSC00606.JPG
Saimos e fomos conhecer Hoover Dam a famosa represa construida no final do Grand Canyon.


Com as taxas a diaria do hotel ficou em U$ 94, mas considerando que entre o que gastei e o que a Edivania ganhou, restou um saldo positivo de U$ 53, acabou o hotel ficando por U$ 41, bem barato para um noite de sonho. Quando via esses Cassinos na TV nem alimentava esperanca de um dia hospedar em um.
http://4.bp.blogspot.com/-Ao6DsowBN68/ThHcnISoASI/AAAAAAAABHA/iiGkvGKUido/s400/DSC00585.JPG]

Recomendo para quem ler esse Blog: junte dinheiro, pegue um aviao e venha para Las Vegas. Traga US 100 dolares para cada diaria e fique em um Cassino; mais uns U$ 200 para jogar e dentro do hotel passe a McDonnalds que 'e mais barato que no centro da cidade, onde comemos as 3:30 da manha. Para passear use os onibus do Cassino. No site do Cassino tem uma propaganda de diaria de U$ 29.


O site do cassino: http://www.samstownlv.com/

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29-09-11, 23:43
03/07/2011 - Domingo - 72o dia

Dedico este Post ao Policial Paulo Leite e sua esposa Dila. Ele irmao do meu amigo Rui Leite e um serio profissional e ela uma empresaria motivada.

Saimos de Las Vegas por volta das 19 horas, mas como o sol aqui se poe por volta das 20 horas e a claridade vai ate as 21 horas deu para andar muito. Deu para dormir bem porque a partir das 23 horas o tempo esfria por este lado. Faltando uns 60 km para chegar em San Diego o tempo muda e passa fazer um pouquinho de frio pondo fim ao calor infernal que predominou nos ultimos dias.
http://2.bp.blogspot.com/-5l6zpcRRy-U/ThH87CIilrI/AAAAAAAABIg/2NLIuDAZPjk/s400/DSC00654.JPG
Como era domingo foi facil explorar a cidade. Vimos uma aglomeracao perto do mar e fomos verificar. Era um porto avioes da Marinha Americana que estava para visitacao publica por U$ 18. Nao conseguimos subir porque ja tinha encerrado a venda de ingressos.
http://4.bp.blogspot.com/-2hL8q15ZFMQ/ThH9MVkjjWI/AAAAAAAABIw/7DpPLSIcvos/s400/DSC09068.JPG
Depois de obter algumas informacoes resolvemos conhecer a 5a. Avenida ponto de encontro da cidade aos domingos. Muitos barzinhos e boates em pleno funcionamento e muita gente estranha. Pessoas com corte de cabelo, tatuagem e roupas estravagantes para arrepiar os conservadores.

Tomamos a direcao de Los Angeles. Pegamos a Freeway onte eu tinha que andar a 110 km por hora e, mesmo assim, os carros me espremiam. Entao vi uma placa indicando uma saida e pensei: "vou tentar pegar uma estrada menos movimentada". Dei sorte cai na famosa e historica Ruta 101 que serpenteia entre diversas vilas; uma emendada na outra, com uma vista ou outra do Oceano Pac'ifico. Vimos um Camping na beira da praia e pensamos em dormir nele, antes porem fomos comprar uma carne e bacon para fazer uma sopa, tendo em vista que desde Guatemala, devido ao calor, nao comemos sopa. Mas a sopa aqui 'e sai pelo preco de dois Big Mac's. Nos ultimos dias temos comido no Mac Donalds duas vezes por dia. Em Las Vegas comemos 4 vezes.
http://1.bp.blogspot.com/-rFIwUVP3d5Q/ThH9GAqx2xI/AAAAAAAABIo/scAWxro_qcY/s400/DSC09075.JPG
Quando voltamos do supermercado para encontrar o camping novamente, ouvimos um grito chamando: "brasileiros!". Paramos e encontramos dois brasileiros trabalhando num estacionamento. Um deles, o Felipe que amanha mostrarei a foto, 'e motociclista e ja foi de moto ao Alaska, me chamou para ficar em sua casa. Como hoje 'e feriado americano e nao tem nada a fazer em Los Angeles, pedi para ficar mais um dia. Agora estou o computador dele para atualizar o blog. Mas antes j'a foi-me servido um cafe da manha com crossants e um Omelete muito gostoso.

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29-09-11, 23:49
04/07/2011 - Segunda-feira - 73o dia

Dedico este Post ao Prof. Cleomar Gomes, Prefeito da minha querida Morrinhos que prestigiou nossa partida indo ate o trevo no bota-fora realizada pelos motociclistas. Pessoa de coracao bom e com muita disposicao para melhorar Morrinhos.
http://4.bp.blogspot.com/-3otaBQlHqmw/ThKRBWqGZEI/AAAAAAAABKA/A7GNR8z_dqY/s400/DSC09092.JPG
Hoje 'e feriado nacional nos USA. Dia da independencia. Por volta das 16 horas o Felipe, meu anfitriao, me convidou para ir numa festa comemorativa ao dia. Recusei por estar comfortavelmente instalado, mas nao teve jeito, tive que ir. Nao arrependi. Quase a metade dos convivas era brasileira, inclusive a dona da casa, Carol. Tive oportunidade de conversar com a Flavia da Cidade de Santos; com a Vivian de Porto Alegre e outras que aparecem na foto.
http://1.bp.blogspot.com/-sRWNT-mu0cY/ThKQ74OtHaI/AAAAAAAABJ4/7D-lBVl8WY4/s400/DSC09091.JPG{/IMG]
As fotos mostram o local da festa, num deck onde varios barcos estavam atracados e casas muito bonitas. O rapaz com camisa da Red Bull 'e o Felipe.
[IMG]http://2.bp.blogspot.com/-oQrg6LwUqF4/ThKQTPM9MiI/AAAAAAAABJg/E2hZa1hesTc/s400/DSC09086.JPG
As 21 horas foi iniciada a queima de fogos que foi muito discreta, tendo em vista que 'e proibido soltar fogos de artificios fora dos locais autorizados pela Prefeitura.

Gostaria muito que uma lei desse tipo fosse criada no Brasil. Em Morrinhos por qualquer alegria o vizinho solta foguetes assustando criancas, adultos e idosos.

Chegando em casa pude ver, pela TV, o Show de fogos realizados em San Diego.
Pelo jeito a festa 'e semelhante ao nosso ano novo.
http://1.bp.blogspot.com/-K4rzjUV-oww/ThKQOg_OvzI/AAAAAAAABJY/E8OijkuCxMY/s400/DSC09084.JPG
Amanha ainda vou usar dos conhecimentos e da bondade do Felipe para encontrar um local para arrumar ou comprar o computador; loja para comprar uma barraca; bota e roupas impermeaveis para o Alaska. O Felipe ja foi ao Alaska e me alertou pelo frio e pela quantidade de chuva na regiao.

Dolor
29-09-11, 23:52
05/07/2011 - terça-feira - 74o. dia
Dedico este Post a Sebastiana do açougue e Adriana da Fruitt, ambos comnercios meus vizinhos no Genoveva Alves. Pessoas muito simpáticas no atendimento.
http://2.bp.blogspot.com/-Mz6opEZv6f0/ThtyKIIw-BI/AAAAAAAABKY/v6BJtGVd4pM/s400/DSC09097.JPG
Hoje o Felipe matou serviço (trocou o dia com seu colega) para andar comigo. O objetivo era trocar o óleo da Celestina e depois comprar um computador, comprar roupas de motociclista e uma barraca. Depois de andar 70 km voltamos sem comprar nada. Quando vi que a cara do Felipe demonstrava cansaço, chamei- para irmos embora dizendo que andar com muchiba é muito difícil.
http://4.bp.blogspot.com/-H_jo4h6-J1s/ThtxvlPs9DI/AAAAAAAABKI/cX3NJtWVuZY/s400/DSC09094.JPG
De volta em casa o Felipe dormiu em 10 minutos de tão cansado. A primeira foto mostra a casa onde ele mora.

Dolor
29-09-11, 23:56
06/07/2011 - quarta-feira - 75o. dia
Dedico este Post ao Engo. Rentato Fernandes, empresario da RA Fernandes. Amigos desde 1990 ainda do tempo da Saudosa Telegoiás.
http://1.bp.blogspot.com/-J9-RtNXLxk0/Tht2oJJ7e0I/AAAAAAAABLA/OAtz0PPZ2eI/s400/DSC00699.JPG
A viagem do restante do dia foi quase toda de velocidade. A LA-1 costaneira é absorvida pela freeway 101 que depois de, aproximadamente 100 km, se dividem novamente. Mas eu optei pela velocidade.
http://1.bp.blogspot.com/-6ipVz977Poc/Tht2POaLcfI/AAAAAAAABKo/QSBJIeMnjQE/s400/DSC00685.JPG
Procuramos vaga em 4 campings na beira da estrada mas todos fecham as 17 horas e não havia ninguém para recepcionar, mas pelo quie percebi eles nao aceitam barraqueiros. Parei num posto de gasolina para abastecer, já bem escuro, e vimos um estacionamento de um restaurante com uma placa de venda. Resolvemos acampara ali sem tomar banho, tendo em vista, que estava muito frio. Tivemos que dormir dentro dos sacos devido ao frio. Quatro horas da manhã fomos acordados por fortes luzes e chamados insistentes. Saí da barraca era um policial com a mão na arma. Fêz-nos diversas perguntas, mas depois que dissemos que éramos brasileiros e estávamos indo para o Alasca, sorriu e fez brincadeiras. Primeira vez wque sou abordado por um carro escrito Sheriffe.
Hoje foi um dia que tivemos trêz tipos de temperatura: amena, altíssima e muito frio.

Dolor
30-09-11, 00:04
07/07/2011 - Quinta-feira - 76o dia

Dedico este Post ao Inspetor aposentado da Polícia Federal, Paulo e Divina. Ambos precursores do motociclismos em Morrinhos. Na minha viagem ao Ushuaia me ofereceram uma saborosa Feijoada como comemoração do meu retorno.
http://2.bp.blogspot.com/-vdVEJ0CufSE/Thx9krx1XyI/AAAAAAAABLM/Gm7kpNEW_aU/s320/DSC00738.JPG
A entrada em LA nao foi muito feliz. Mas serviu de lição. Após conhecer Long Beach resolvi voltar para a Freeway para agilizar a viagem e chegar antes de escurecer a LA. Ocorre que nao tenho GPS e nao estudei o mapa da cidade previamente. Resultado: deparei-me com uma série de viadutos entrelaçados; vinha estrada de todo lado. Eram bem sinalizados, mas nenhum tinha a indicação de Los Angeles, entao peguei um aleatoriamente e fui parar no porto. Entao parei, peguei o mapa e vi que uma delas chegava até hoolywoodç a 101. Decedi pega-la e fui parar lá.
http://3.bp.blogspot.com/-4lYeqCEiX7I/Thx9wikiR9I/AAAAAAAABLU/qtVBw0X27eU/s320/DSC09110.JPG
No segundo hotel que fui achei um preçode U$ 74,oo e fiquei. Ainda estava claro do dia, mas ja eram 20 horas.
Demos sorte, o hotel ficava a duas quadras da avenida mais famosa de hoolywood que leva seu próprio nome e onde fica a calçada da fama. O proprio hotel nos indicou a empresa que promove os passeios. Fizemos o Check-out, deixamos a moto no estacionamento e as 9 ja estávamos no local da saida do onibus do tur. O ticket dá direito a três passeios, mas devido a demora de cada nao fizemos o terceiro. Ainda precisava comprar um computador e ver roupas de motociclista.
http://1.bp.blogspot.com/-t9gl0lHSyA0/Thx_ulBbO3I/AAAAAAAABLw/KmUvn-uNqPw/s320/DSC09161.JPG
Um dos passeios foi ao centro histórico de LA enfocando muito o bairro Bervely Hills. O segundo foi um giro por todo centro. Vimos diversas casas velhas de autores que já morreram, mas nao vi as grandes mansões dos atuais autores.
Um aviso aos jovens que tiverem saco de ler este blog: Estudem inglês. Foi muito ruim andar quase três horas dentro de um ônibus de turismo ouvindo as explicaçoes de cada lugar entender quase nada. Prucurem o Fernando do IUPE e comece a estudar imediatamente. Se a cada semana aprender 20 palavras novas, em 5 anos já pode vir a Hoolywood.
http://4.bp.blogspot.com/--ZKTRACcBDc/Thx_ocC7TkI/AAAAAAAABLs/1yh_vxvTEVw/s320/DSC09153.JPG
Consegui comprar o computador, mas, depois de andar muito, só encontrei loja da Haley. Saimos de LA por volta das 19 horas (dia ainda claro) e optei em pegar a CA-1, ao lado da costa e deixar a freeway. Depois de andar muito, já estava dominando as conexões de freeways que cortam LA. Acho que se você quiser andar o dia todo dentro de LA a 110 km/hora é possível. São muitas e interligadas.
http://2.bp.blogspot.com/-ik6WrmptwNs/ThyALWtKssI/AAAAAAAABL8/kU4uu_4pF2M/s320/DSC09233.JPG
Só fomos encontrar camping por volta das 22 horas. Pergunta daqui, dali e ninguem dava uma informaçao precisa. Ao chegarmos na porta do que ficamos, chegaram juntos dois motociclistas austríacos. Foi a sorte, porque só tinha mais uma vaga no camping e eles aceitaram ficarmos juntos, cujo preço foi dividido por três motos. As coisas no USA são muito organizadas. Imagine se no Brassil o proprietário limitaria as vagas em função de uns quadrados para estacionar e com muita área desocupada? Os grandalhões da Austria também vao ao Alaska e também já foram ao Ushuaia, Chile e ao Pantanal Brasileiro de moto.


Dolor
30-09-11, 00:10
09/07/2011 - sábado - 78o dia
Dedico este Post à Nelma Júlia. Foi minha colega de trabalho no Hospital Municipal e hoje é empresária non ramo de restaurante e entretenimento.

Chegamos a San Francisco ainda cedo. Por ser sábado, estava fácil de dirigir. Precisava encontrar loja de motociclistas para comprar roupas em substituiçâo às minhas que já estão com 76.000 km rodados. Por sorte, logo que saí da freeway, dei de cara com uma loja da BMW. Gentilmente o vendedor me orientou onde encontrar roupas sem sua logomarca. Comprei as botas e um macacão próprio para a chuva do Alaska. A Calça não gostei de nenhuma nas duas lojas que fui. Deixei para comprar mais para o norte.

Dei uma estudada no mapa e partimos para conhecer SãoFrancisco. Demos um giro legal, passando pro uma grande ponte que no início pensei ser a Gold Gate. Mas depois, conversando com um policial descobri que a Gold Gate passaria quando fosse embora, rumo ao norte. As 19 horas estávamos tirando foto dela com o sol ainda alto.
http://2.bp.blogspot.com/-yNHwLr6EREI/ThyFVXWr4UI/AAAAAAAABMg/6jUxZdFIeOw/s320/DSC00867.JPG
Por orientação do Felipe e outros motociclistas da internet, resolvi pegar a CA-1, a Pacific Coast, mas errei e fui parar na 101 que também vai para o norte. Depois de andar um pouco na 101, parti rumo a CA-1. Foi um erro proveitoso.
http://2.bp.blogspot.com/-yzf3wtf921s/ThyFaQn2DiI/AAAAAAAABMk/eFQ2LEw2YyE/s320/DSC09263.JPG
Cada vez mais acredito que GPS é prejudicial para o aventureiro. Devido ao erro pilotei por meio pequenas fazendas de criadores de gado; muito agradável curtir aquela paisagem bucólica e cinematográfica pilotando a Celestina.

Dolor
30-09-11, 00:14
10/07/2011 - Domingo - 79o. dia
Dedico este Post ao Fernando do IUPE. Empresário idealista que está valorizando Morrinhos em âmbito nacional com a distribuição dos seu curso de Inglês. Na saida ele me deu um livro de presente que está sendo útil aqui nos USA.
http://1.bp.blogspot.com/-_hpeE9jeYGw/ThyGzSSsr-I/AAAAAAAABMs/2wvSmFyxwts/s320/DSC00882.JPG
As estradas são como a vida. Nunca sabemos se tomamos o caminho certo e nem sabemos o que nos espera pela frente. Hoje peguei a CA-1. Depois de pilotar uns 40 km, analisei o mapa com o fito de retornar e pegar a 101, freeway. A CA-1 estava com neblina forte, pista molhada e tinha muita curva. Mas como retornar era muito longe, resolvi continuar. Então veio a surpresa: logo o sol se abriu e uma paisagem exuberante apareceu na nossa frente, composto por um oceano extremamente azul a esquerda e grandes árvores sombreando o caminho a direita ou de ambos os lados. As curvas tornaram-se mais fáceis e a pilotagem maravilhosa.
http://4.bp.blogspot.com/--9Wf-AEOn0Y/ThyG4v3Jx5I/AAAAAAAABMw/VsA5_PzrrPs/s320/DSC00893.JPG
Por volta das 14 horas comemos quatro Big Mac´s e fomos procurar um camping. Como é domingo resolvi parar de trabalhar mais cedo e aproveitar e lavar umas camisetas.

Nos estados Unidos um Big Mac Meals é mais barato que sanduiche frio de supermercado e do que comprar os ingredientes para fazer, como fazíamos nos países anteriores.

Dolor
30-09-11, 00:21
11/07/2011 - Segunda-feira - 80o. dia
Dedico este Post ao Cayto Divino da Moto Maudi. Através dele consegui uma revisão total da Celestina antes da viagem, sem custo nenhum. Ele também é voluntário motivador de pessoas com suas alegres palestras.


Por ser domingo e precisar arrumara a barraca que quebrou duas varetas e precisávamos trocá-las, por volta das 15 horas paramos em um camping. O camping era bem estruturado e limpo, porém o preço de U$ 20 é um pouco salgado para um muchiba. Hotel bom na Bolívia ou no Peru custava esse preço, mas precisávamos nos organizar.
Os campings que tenho visto até hoje, são usados por moradias. Uns deixam seus trailers para uso esporádico, mas outros residem permanentemente. Grande parte dos residentes são idosos. Enquanto o Felipe paga U$ 2 mil de aluguel da sua casa, no camping o aluguel fica por U$ 450.
http://3.bp.blogspot.com/-Co-NCuvdvWY/ThyMtD5h2wI/AAAAAAAABM4/RpEa9RYQJsQ/s320/DSC09275.JPG
Na estrada foi um dos melhores dias de pilotagem da viagem. Pilotar entre os parques foi sensacional.
http://4.bp.blogspot.com/-_GRZBg7-EhY/ThyMyYO8GcI/AAAAAAAABM8/zCkYG-iUMms/s320/DSC09276.JPG
Teve uma hora que eu achei que não estava curtindo o suficente da beleza, então parei e pedi para a Edivânia fazer um café para mim. Daí para frente a floresta ficou mais bonita e passei a raspar a pedaleira no asfalto. Raspava não por velocidade mas porque as curvas são muito fechadas dentro dos parques.
http://2.bp.blogspot.com/-7U_kNohT5Mg/ThyNAVV_rAI/AAAAAAAABNI/cnOdkGZhB9g/s320/DSC09282.JPG
O café funciona como um droga energizante para mim. Normalmente tomo café por volta das 10 hs e 15 horas. Depois que tomo o líquido negro tudo fica melhor e mais bonito.
Ficamos na Starbucks quase três horas tentando configurar meu Blog que não publicava meus Posts e meu Facebook que bloqueara minha senha. O Facebook consegui desbloquear mas o Blog, passei e-mail para o Leonardo da .COM INFORMÁTICA solicitando ajuda, que prontamente me atendeu e hoje estou podendo fazer as atualizações.
No final da tarde, depois de nos abastecer num supermercado de suprimentos para a noite e o dia seguinte, estávamos andando de vagar procurando local para acampar, quando ouvimos uma busina. Olhamos e a moça que dirigia mostrou-nos alguma coisa que não deu para distinguir, mas que pensei fosse passaporte. Dei seta avisando que ia parar e ela parou também. Era uma brasileira que nos abraçou efusivamente. Antes dela terminar a frase na qual nos chamara para vir hospedar nas casa eu disse: `aceitamos!`
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O nome dela é Mônica e na foto está de camiseta branca. Trata-se de uma simpatia de pessoa. Acampamos no seu quintal, mas ela nos cedou sua enorme sala.
A Mônica é de Bras~ilia e está nos USA para estudar Inglès. Vai ficar aqui somente 6 meses. Depois, sabendo falar Inglès, ela irá para a Indonésia dar aulas sobre a ONG que ela representa: IPOEMA - Instituto de Permacultura. Organização, Ecovilas e Meio Ambiente.
Ela foi para a escola as 8:45 e já são 11:40 e ainda estamos sozinhos na sua casa tomando café da sua ncafeteira.
Em termos de engajamento, a Mônica é igual à minha filha. São estremamente semelhantes nos pensamentos e nas defesas da natureza e dos excluídos. Vou colocar as duas em contato.

Dolor
30-09-11, 00:26
12/07/2011 - terça-feira - 81o. dia
Dedico este Post à minha filha, Aline, que encontra-se de cama, convalecendo de uma pequena infecção e conversa comigo pelo chat nesse momento. Filha! recupere logo! Te amo muito. Dedico, também à sua mãe, que está cuidado dela e da m inha netinha.

Uma amion que ficou muito tempo sem acessar meu blog mandou-me um comentário pelo Facebook: 'você ainda está na Califórnia! pensei que já estivesse no Alaska!' (não consegui achar o ponto de interrogação no teclado). Minha reposta é a seguinte: para que pressa! Se não tenho nem uma galinha no Brasil para tratar! Os filhos todos formados e trabalhando eu mato a saudade pelo e-mail ou msn.
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A única coisa que me apressa um pouco é que o inverno no Alaska começa em agosto. Se não fosse essa preocupação demoraria mais ainda. O noroeste da Califórnia, depois de San Francisco, é um paraiso nessa época. São centenas ou milhares de turistas do próprio país que saem vistando praias, parques ou vilarejos. São dezenas de trailers rodandos e outras centenas estacionados em campings. Com grandes máquinas fotográficas saem clicando passáraros, arvores e mar. Andam, mesmo em aglomerações, devagar, quase em câmara lenta, conversando baixo e sem risadas escandalosas. No trânsito são extremamente educados; é muito difícil ouvir uma buzina na estrada ou na cidade.
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Aqui as flores são mais vivas e o frio, não muito forte, ajuda no prazer de pilotar. A viagem é quase toda feita dentro de parques, cada um mais agradável que o outro. Então, pergunto novamente, para que pressa!.
Aproveito para alertar aos viajantes nops estados unidos: cuidado com o cartão de débitop nas bombas de gasolina. Por 3 vezes abasteci em torno de U$ 9 e foi debitado para mim mais de U$ 100.

Dolor
30-09-11, 22:58
13/07/2011 - Quarta-feira - 82o. dia
Dedico este Post ao Dr. Nilo Troncoso. Ele que é mestre, doutor e professor pela UFG e, nas horas vagas motociclista. Recebo mensagem dele dizendo invejoso da minha façanha. Fico lisonjeado de um Doutor me invejar.
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“Vício de viagem é uma doença grave, bastante semelhante ao do álcool e da toxicodependência. Um dos meus leitores se queixou de que estou espalhando vírus da doença através da Internet por meio das minhas notas de viagem. Como uma pessoa que está definitivamente afetado por esta doença, eu diria que a vida calma suburbana é realmente perigosa para minha saúde”. Do aventureiro Alex Mumzhiu.
Hoje demos uma esticada boa. Rodamos 419 Km. Não rendeu mais por que a estrada tornou-se mais movimentada depois da entrada no Estado do Oregon. Também, porque a paisagem do Oregon não é tão bonita como a do noroeste da California. Mais industrializado e comercial do que a Califórnia que reservou grande parte da costa para parques e exploração do eco-turismo. Como deveríamos fazer com nossa Morrinhos.

Por volta das 10:30 parei num posto para abastecer e do outro lado da rua uma loja da Burger King fazia promoção de um sanduiche de amburger por U$ 1,00. Fomos lá e comemos 6 unidades, 3 para cada. Ainda aproveitei o Wi-fi da loja para atualizar o Blog e os e-mail´s. No Equador alguns Mac Donald´s faziam essa promoção, mas só comíamos 2 cada um. Hoje batemos o recorde. Muitas vezes, quando vamos comer depois das 13 horas, utilizamos o sistema de alimentação da sucuri e outras serpentes: comemos dois Big´sMac´s cada um, com um comprimido de vitaminas, depois só vamos lanchar na hora de dormir.

Paramos também por causa da Celestina. Desde San Francisco que ela queimou o farol principal e eu vinha tocando somente com os farois auxiliares, aguardando uma oportunidade para arrumar. Hoje, entretanto, deixou de funcionar o pisca traseiro direito o que me obrigou a procurar um eletricista. Porém na cidadezinha que parei o cara sugeriu-me a chegar até Lincoln City, cidade maior a 40 km. Chegando em Lincoln City, através de informações, cheguei até uma loja com o nome de Oregon Coast Choppers.
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A empresa customiza motos, transformando-as em Choppers e dispunha de umas seis expostas no salão. No fundo tinham outras desmontadas. O cara que me atendeu foi o próprio mecânico que não entendia nada do que eu falava e nem se esforçava para entender. Só ficava rindo. Mas com os dedos indicadores e dizendo para ele: "it´s burnt", ele começou a desmontar os farois. O pisca só estava com mal contato; o principal, queimado. Depois apareceram mais duas figuras estranhas que pelo jeito eram os proprietários. Um deles pegou a lâmpada velha e saiu numa camioneta para buscar em outro lugar.
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Como tinha que esperar o café da Edivânia e a peça, comecei a fazer as projeções do custo do serviço, levando em consideração algumas premissas: mão-de-obra nos USA, o luxo da loja e o transporte da peça. Fixei meu preço em U$ 60,00. Nesse ínterim, os sócios faziam perguntas sobre nossa viagem, fazendo-me sofrer para encontrar as palavras certas. Terminado o serviço vem o traumático: "how mutch". Sofri desnecessáriamente, tendo em vista, que recebi diversos acenos de mão dizendo que não me custaria nada. Tiramos fotos e ainda me deram uma camiseta de pressente.

A intenção era chegar em Portlaqnd e ficar num hotel, tendo em vista que temos que fazer compras lá. Mas a Edivânia viu um parque na beirada da estrada com infra-estrutura para camping e resolvemos parar e ficamos. O parque é destinado a piquenique e tem um rio onde tinha umas pessoas tomando banho, que depois fomos dois. Dormimos faltando 80 km de Portland.

Hoje é aniversário de minha quilometragem: Completei 20.000 km rodados. Mais uns 5 mil e chego no meu destino final. Estou sem pressa. Uma média de 244 km por dia.

Dolor
30-09-11, 23:03
14/07/2011 - quinta-feira - 83o. dia
Ofereço este Post ao Gerente da minha conta no Banco do Brasil o Mauricio Vieira, muito eficiente me tem ajudado na adminstração da minha conta corrente e do meu cartão de crédito.
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Dedicamos todo o dia para Portland. A intenção era comprar uma calça de motociclista e olhar o preço de outra barraca, mas a única coisa que compramos foi um capacete para a Edivânia, tendo em vista que encontramos uma marca da promoção por U$ 70,00, daqueles que levantam a frente e boa anatomia. Um dos motivos da demora foi o fato de não ter pegado um mapa da cidade que me facilita muito. Mesmo utilizando o mapa do Google, só consegui visitar três lojas. Em geral o preço de roupas de motociclistas aqui estão caras. Mas não comprei porque não achei uma que servisse legal. A que veste bem não tem meu tamanho. Assim, mais uma vez vou jogar para frente a adequação do meu vestuário para enfrentar o frio do Alaska. Não consegui visitar nenhuma loja de camping.
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A pilotagem de hoje foi boa mas não muito bonita. A paisagem em Oregon mudou bastante; até dunas de areia na beira do Pacífico, como as do nordeste brasileiro, existe. O estado não prioriza muito o turismo. É bem industrializado, o comércio é mais forte e nota-se uma grande exploração de madeira. Passei por grandes rios que são bem utilizados pela navegação. Vi navios de médio porte atracados ao logo deles, em portos bem estruturados.
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Uma das fotos mostra a Edivânia fazendo café enquanto eu consultava o mapa Google utilizando o Wi-Fi do Mac Donalds.

Dolor
30-09-11, 23:11
15/07/2011 - sexta-feira - 84o. dia
Dedico este Post ao Dr. Gláucio Madeira. Um dos melhores médicos socorristas de Morrinhos e Caldas Novas. Certa vez uma pessoa ficou soterrada dentro de uma vala na porta da CEF e eu vi esse profissional pular de roupa branca no meio da terra e consegui salvar o homem.

Hoje conseguimos comprar o restante das nossas roupas e ainda deu tempo para comprar coisas de camping: um spray para impermeabilizar a velha barraca e um plástico fino, maneiro e com pouco vlolume para cobrí-la em caso de chuva muito forte.

Chegamos a Seattle antes das 10 horas e logo vi na entrada uma loja da Haley onde parei para pedir informações. Daí para frente foi tudo fácil. Encontramos uma Big loja com produtos para motociclistas. Como disse anteriormente as roupas estão bem caras, mas mesmo assim compramos roupas com forro para o frio e waterproof, contra pouca chuva.

A loja de camping também era muito grande e também tudo ~e caro. Mas a diversidade encanta. Vi coisas quem pensava existir para camping. O americano é fanático por camping. A loja é cheia de gente.

O ritual de saída de motociclista consiste numa ordem rigorosa: tirar óculos, colocar balaclava, colocar capacete, colocar óculos, vestir jaqueta, calçar as luvas. Após fazer as compras, por volta das 18 horas, quando estávamos no último estágio, visando pegar a estrada rumo ao Alaska, aproxima-se um jovem casal com duas crianças fazendo perguntas sobre a viagem. Os nomes deles, conforme viríamos a saber posteriormente, são Jason e Glory. Então o Jason nos convidou para jantar num restaurante em frente. Como recusamos ele informou que era uma ajuda da sua parte pagando o jantar. Como estávamos cheios devido a ingestão de 4 Big Mac´s, aceitamos acompanhá-los mas tomar apenas um café.
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Meu inglês até que foi bem entendido pelo Jason. Eu é que tinha dificuldade em entendê-lo. Numa dessas conversas eu entendi que ele tinha me convidado para dormir na sua casa que fica entre 30 e 40 minutos dali. Claro que aceitei na hora. Porém depois que eles terminaram o jantar a Glory virou para mim e perguntou se naquele momento íamos pegar a estrada. Assutado, tendo em vista que já havia passado muito tempo ali, respondi de pronto: "uai, nós vamos dormir na sua casa!".
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Foi muito engraçado. A casa deles fica numa pequena, agradável e linda cidade a 50 km de Seattle. Mas também vejam o currículo do casal: ela quando solteira viajou de mochila pela América do Sul até Punta Arenas no Chile; após casados os dois foram trabalhar como voluntários na Mongólia onde ficaram 4 anos e tiveram o filho mais velho. Segundo a Glory, quando moravam na Mogólia, dava pouso para diversos viajantes, amigos ou não.

A foto deles e da casa deles estão neste Post. Aparece também na foto a vendedora e admiradores na porta da loja de roupas
http://3.bp.blogspot.com/-9V51rfovRdM/TiOd3OQN05I/AAAAAAAABOo/Q40yLnDzDJw/s320/DSC09435.JPG

Dolor
30-09-11, 23:55
16/076/2011 - sábado - 85o. dia
Dedico este Post ao Geraldo Inocêncio. Um entusiasta com a beleza de Morrinhos e apaixonado por orquídeas e flores ornamentais da cidade. Já o vi as 7 hs da manhã plantando flores em uma praça da cidade.
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Pilotar com frio e chuva protegíveis é muito gostoso. Apesar do piso molhado e a velocidade de 100 kn/h imposta pelo fluxo de veículo, o dia foi muito agradável, exceto pela imigração do Canadá. Sou meio traumatizado com imigração e aduanas, por isso sofro por antecedência. A quantidade de perguntas do primeiro oficial, depois me mandam para uma área coberta, mais perguntas e por fim as perguntas próprias do balcão do computador.
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A chuva deu uma trégua para entrarmos em Vancouver, mas o tempo ficou escuro e chuvisco intermitente. Chegar numa grande cidade durante o final de semana é bom e é ruim. A falta de agitação cotidiana composta por aglomeração de pessoas e carros tira a emoção de conhecer a cidade; a cidade perde a alma. O lado bom é que fica fácil circular. Em poucas horas a gente vê muita coisa. Foi assim com Vancouver.
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Desde que entrei nos Estados Unidos tenho admirado o zelo e o cuidado que o americano tem com o jardim das suas casas. Mesmo em Tucson onde é deserto e a temperatura chega a 45o. os jardins são bonitos. Mas a minha entrada no Canadá me fascinou. Entrei na primeira cidade que apareceu. O objetivo era sacar dólar canadense, conseguir um mapa e comer. Valeu a Pena. A localidade se chama Marysviville e deve ser grande porque tem grandes lojas e tráfego intenso. As pessoas que moram aqui amam a vida, suas casas e sua cidade. Cada jardim é mais bonito que o outro. Vasos de flores são pendurados dos dois lados dos postes e as áreas vagas estão com a grama impecavelmente podadas.

Fico pilotando e pensando. Nós, os Morrinhenses, ficamos jogando a culpa no prefeito sobre os problemas da cidade e acomodamos quanto às nossas iniciativas próprias. Com isso deixamos de fazer muita coisa que poderia embelezar nossa cidade. Tá certo que aqui tem alguns fatores que ajudam: as casas não dispõem de muros, grades, cercas elétrica, vidros quebrados e arames farpados; também as plantas daqui são mais coloridas que as nossas: o verde é mais verde e as flores mais alegres. Mas nada impede que cada morrinhense adaptasse nossa realidade e com criatividade embelezasse nossa cidade. Precisamos que cada cidadão seja um Geraldo Inocêncio, ou seja, idealista e sonhador com a beleza da cidade.

Todos anos, próximo do natal, residências e comércios da cidade são iluminados com centenas de lampadazinhas distribuídas com muita criatividade nas paredes, árvores e muros dos imóveis e a cada ano vem aumentando a beleza e a quantidade de imóveis e lâmpadas. A maior parte dessas pessoas não teria esse esmero não fosse a campanha que a maioria das prefeituras fazem nessa época do ano premiando os destaques em cada categoria.
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Morrinhos instituiu essa premiação de natal, copiando de outras cidades. Porque não inovamos e fazemos o mesmo concurso para a ornamentação vegetal (interrogação). Premiando o morador com o jardim mais bonito e também os moreadores de um quarteirão que melhor embelezarem seu pedaço de rua. Anualmente, no primeiro dia da primavera, faria-se o lançamento da campanha e o julgamento realizado junto com a iluminação natalina. Quando eu morrer, o que pode acontecer a qualquer momento, sugiro passarem o dia de lançamento da campanha para o dia 18 de setembro, meu aniversário.

Saimos de Vancouver por volta das das 18:30. No meu projeto de viagem tomaríamos a Rodovia CA-1 rumo ao Norte do Canadá. Mas encontrei um cidadão em Marysville, muito gente boa, que me fez a seguinte sugestão: se você estiver com pressa tome a CA-5, se não tiver muita pressa pegue a CA-5 e se não tiver pressa nenhuma vá pela CA-99. Foi essa que peguei e valeu a pena. Apenas os 40 km que andei até dormir compensou; já poderia voltar e pegar outra rodovia. A paisagem é muito linda. Pilotei ao longo de um lago, vendo o cume gelados das montanhas e um parque com grandes árvores ao lado. Paramos para acampar ao lado de um rio de águas límpidas e barulhentas; adormeci ouvindo o barulho do rio.

Dolor
01-10-11, 00:00
17/07/2011 - domingo - 86o. dia
Dedico este Post ao Dr. Renato Bessa, médico do PSF. Médio coração grande. Um dos maiores corações do corpo clínico de Morrinhos. 
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Ao contrário de ontem que choveu o dia todo, hoje o sol amanheceu alegre. Logo que saí da barraca deparei-me com o gelo brilhando no cume da montanha e com a leve neblina emanada das águas do lago.
Em poucos minutos de viagem vimos várias pessoas aglomeradas na beira da estrada e paramos. Tivemos a oportunidade de ver o primeiro urso da nossa viagem. O bicho comia um pouco distante, indiferente às pessoas que a cada vez aumentava mais ao longo da rodovia. Não é só brasileiro que fica entusiasmado com o bicho. A maioria ou todos carros parados tinham placas do Canadá. Mais a frente vimos outra concentração de pessoas e paramos; era um parque onde, levados pela disposição dos demais, fizemos uma caminhada de 3 km ao longo do parque com direito de ver uma linda cachoeira natural.
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Depois que estávamos bem no meio da parque foi que dei falta da chave da Celestina e me lembrei que a tinha deixado na ignição. Como tínhamos deixado a mochila com os passaportes ficamos brincando com a possibilidade de alguém ter sumido com a moto e com nossos documentos. Quando retornamos uma surpresa nos esperava: tinha um presernte esperando por nós. Um imã de geladeira e um catão com a seguinte frase no verso: "Sweet trip! A reminder of B.C. No anverso do cartão tem as descrição Anna´s Incense, www.annasincense.com. Obrigado B.C! Guardaremos sua lembrancinha eternamente.
http://4.bp.blogspot.com/-3ImYNYN3xQU/TiOkwl3oQWI/AAAAAAAABPY/aWi8lPvxvZE/s320/DSC01083.JPG

Dolor
01-10-11, 00:05
18/07/2011 - segunda-feira 87o. dia
Dedicos este Post ao Dr Guilherme e à sua Esposa Carol. Um dos obstetras mais querido de Morrinhos. O casal, assim como eu, costuma filar bóia aos sábados na casa do Dr. Luis.

Roteiro: Lilloot, Clinton, Williams Lake, Quesnel
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Hoje a viagem rendeu andamos 400 km até as 15 hs. Como tinha um compromisso de encontrar com meu amigo Jorge, que também está indo ao Alaska, parei na cidade de Quesnel, no Canada, para ver no seu blog, onde o rastreador indicava sua localização. Constatei que ele já estava chegando a Quesnel. Corremos para interceptá-lo em algum lugar da estrada, mas nem foi preciso porque o avistamos conversando com outro motociclista em posto de gasolina. Após cumprimentos afetuosos, o Jorge me disse que o outro motociclista era da cidade e que o havia convidado para dormir na sua casa. Logo eu me convidei, também e partimos. Primeiro passamos num café de outro motociclista onde fomos brindados com um delicioso café, seguido de um saboroso sanduiche. Fomos parar numa mansão com 2 pavimentos, no meio de um bosque e, para variar, um lindo jardim.
http://3.bp.blogspot.com/-_8jfK2kUbHE/TieWADkHJUI/AAAAAAAABPg/4Q2Hd7X1LVQ/s320/DSC09516.JPG
Apesar da enormidade de espaço dentro da casa, preferimos a nossa barraca. Afinal, motociclista é meio fedido para ficar numa casa suntuosa. O dono da casa se chama Dean e sua foto, junto com a esposa, aparece no blog.
http://2.bp.blogspot.com/-1K3w7ngV2gw/TieV3YgJpdI/AAAAAAAABPc/QefxtwviGSA/s320/DSC09517.JPG
Obrigado Dean!

Dolor
01-10-11, 00:12
19/07/2011 - terça-feira - 88o. dia
Dedico este Post ao meu discípulo que hoje está melhor que o mestre: Marco Aurélio Guimarães. Hoje é gerente de informática na Prefeitura de Quirinópolis-Go.

Roteiro: Quesnel, Prince George, Vanderhoof, Burns Lake, Houston, Smithers
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A calvice dos pneus dos meus veículos é igual a que foi a minha própria calvice. Eu não a percebia e quando alguém notava e comentava eu quase o mandava à **** que o pariu. Então foi caindo de um em um ou de dez em dez e sempre achava que ainda estava cabeludo. Assim está acontecendo com os pneus da Celestina. No meu planejamento era para eu trocá-los em Vancouver. Chegando lá, olhei-os e considerei-os bons. Ontem o Dean, o cara que deu-nos poso, disse que o pneu dianteiro está meio careca. Quase o mandei para aquele lugar, mas lhe garanti que os trocaria em Prince George que é uma cidade maior. Chegando na referida cidade os avaliei novamente e disse para o Jorge: dá para eu andar mais quatro mil quilômetros.
http://1.bp.blogspot.com/-hhjMoOwfQ6Q/TieY1NWGcnI/AAAAAAAABP4/0_Q1y89wu34/s320/DSC09527.JPG
Hoje foi uma tocada boa. As cidade estão ficando mais distantes uma das outras e a paisagem sem novidades não nos motiva a parar. Paramos algumas vezes na estrada para ver urso preto e veados. Paramos em Smithers para dormir. Depois de ver os preços dos hoteis, deixamos o Jorge em um e fomos procurar lugar para acampar. Fiquei com pena dele, tendo em vista que transparecia no rosto sua tristeza e sua preocupação com a gente. Mas mesmo assim o deixamos.
http://4.bp.blogspot.com/-mwN3Qbfqctw/TieZDDXg2WI/AAAAAAAABP8/zIRCsKCMOw8/s320/DSC01094.JPG
Depois de andar um pouco pela cidade, passamos perto de uma casa com um grande quintal onde tinha um traile. Então eu disse para a Edivânia: "o dono dessa casa tem trailer, então é gente nossa!". Inhambu na capanga. Não só acampamos, como lavamos e secamos roupas, banhamos e ganhamos um delicioso bolo. O casal se chama Carol e John Wriçht e, acreditem, tem um filho adotivo no Brasil o qual, nunca viram pessoalmente. O garoto tem 11 anos e todo mês o casal envia uma mesada para sua educação. Pirei! Hoje de manhã nos despedimos abraçando, parecendo velhos amigos. Aliás, sempre é assim com as pessoas com as quais pernoitamos e todas as convidamos para irem ao Brasil e que aí ficarão na minha casa e que as conduziremos para os locais mais bonitos do país. Se todas resolverem a ir estarei 'fudido'. Primeiro é o tamanho da minha casa. Os três cômodos da minha casa não dão a área da sala de estar de cada uma das casas que fiquei aqui. Segundo é o estado de conservação do meu carro. Nem se compara com os daqui.

Dolor
01-10-11, 00:17
20/07/2011 - Quarta-feira - 89o. dia
Oferece este ao Marlon Rangel. Empresário bem suscedido em Lan House que atravessa a noite trabalhando. Ele é o único contato que vejo após as 23 horas do Brasil e 19 horas daqui.


Roteiro: Smithers, Ktwanga e Stewart
http://3.bp.blogspot.com/-6b3XVArRRKI/TiecSVxMOwI/AAAAAAAABQM/uPD62jbT72c/s320/DSC01095.JPG
Encontramos com o Jorge lá pelas 9 horas, tendo em vista que, após acordar, ficamos conversando com nossos anfitriões. A primeira tocada de 120 km foi ótima, tempo bom e paisagem bonita. Porém, depois veio a chuva. Pilotamos uns 300 km debaixo de chuva num frio que estimo os 14 graus. Como sabia que enfrentraríamos 220 km sem posto de gasolina, abasteci meus tanques sobressalentes. Esse peso extra proporcionou maior estabilidade na Celestina e andei entre 100 e 110 km/h, mesmo debaixo de chuva, coisa que nunca tinha feito. Mas a viagem foi muito segura. Como previsto tive que abastecer a Celestina com gasolina dos galões, debaixo de chuva, tendo em vista que não encontramos nenhum local coberto nas imediações onde o mapa indicava um povoado era um parque.

As minha roupas e da Edivânia, por serem novas, aguentaram bem a chuva. Não molhamos nada, ou quase nada. Porém, o Jorge deu uma molhada legal.
http://4.bp.blogspot.com/-ZNgrzLRq6pQ/TiecDQnxrNI/AAAAAAAABQE/Fc4oF53HbtA/s320/DSC09552.JPG
Chegamos a Stewart por vota das 14 horas e o Jorge ficou doido para arrumar hotel. Nunca vi gostar tanto de hotel como ele. Hoje comentei com ele: "Você tem que durmir e curtir um parque. Deixe os hoteis para as cidades grandes; aproveite que está comigo". Ele arrumou uma desculpa de que a tia dele não deixa, entre outras, e vai continuar hospedando nos hoteis. Mas dessa vez demos razão para ele, porque a chuva não para e o frio é muito forte. Em pleno verão daqui, as montanhas tem gelo até na base. Assim, mesmo vendo uma área ideal para acampar, protegida da chuva, resolvemos acompanhá-lo. Mesmo com um hotel a U$ 110,00 e U$ 23,00 por dois sanduiches. Corresponde ao meu orçamento para dois hoteis.
http://3.bp.blogspot.com/-X32vTvDZWBA/TiecLF408aI/AAAAAAAABQI/gioC7ml9GnE/s320/DSC09551.JPG
Mas compensa; o cara é muito legal. Hora nenhuma a gente o vê com a cara ruim, irritado ou triste. É um companheirão. Acertei com ele que vamos continuar como fizemos em Smithers: ele no hotel e nós acampados. Encontramos cedo para viajarmos.

E a visão que o Hotel oferece. Comer um sanduiche, numa sala aquecida, vendo as montanhas nevadas através das grandes janelas será inesquecível.

Devido ao tempo, tiramos poucas fotos.

Dolor
01-10-11, 00:24
21/07/2011 - Quinta-feira - 90o. dia

Dedico este Blog à Professora Mirian Mendonça. Professora e diretora competente de Morrinhos. Pessoa alegre e comunicativa.
http://2.bp.blogspot.com/-OSQsnWa_XRs/TitZJUWQndI/AAAAAAAABQQ/vlawOBBoSu4/s320/DSC09665.JPG
Rota: Stewart, Meziadin Junction, Bell II, Bob Quinn Lake e Tatogga (só Stewart que é cidade as demais têm menos de 10 casas) - 334 km rodados

Devido ao tempo fechado demoramos a sair do hotel. Às 8:15 daqui estava ouvindo o Jornal do meio dia da Radio Integraçao News, da minha Morrinhos, que começa ao meio dia.
http://1.bp.blogspot.com/-4Q_oJIewi9g/TitZS-lijiI/AAAAAAAABQU/FwOqsyVIZvA/s320/DSC09658.JPG
Por volta das 10 horas partimos para conhecer o Glacial Salmon que é a atração turística de Stewart que atrai turistas de várias partes do mundo. Encontramos dois motociclistas suecos, mas a maioria provem do EUA e do próprio Canadá.
http://3.bp.blogspot.com/-Cma5_kEG4Uo/TitZib1wEBI/AAAAAAAABQc/IZSWEdXoYqA/s320/DSC09625.JPG
O Glacial Salmon, não é tão bonito quanto ao de Perito Moreno na Argentina e o nevoeiro atrapalhava a visão, mas mesmo assim o achei fascinante. Na Argentina vi comentários das pessoas tomarem uísque 3012; doze anos do uísque e 3.000 anos do gelo. Então aqui resolvi tomar o café 3001; um ano do café e 3.000 anos do gelo. Pedi a Edivânia para arrancar um pedacinho de gelo e misturar num café que ela preparou para mim. Só nós dois naquele local lindo, conforme podem ver nas fotos. É que o espírito de aventureiro me fez andar mais um pouco além do ponto de observação onde diversas pessoas esperavam o tempo limpar. Apesar de uma placa proibindo passar, andamos mais uns seis quilômetros e tivemos o privilégio de ver o tempo aberto, mostrando uma cena impressionantemente bela.

Meu amigo Jorge não quis avançar com a gente e voltou para a base, onde começa o passeio. No caminho rumo ao Glacial, existe um ponto de observação para ver os ursos pescarem. Ficam diversos turistas com enormes máquinas fotográficas, aguardando alguma aparição. Mas uma pessoa nos disse que não estava subindo salmão e dificilmente os bichos apareceriam e fomos embora.

Oficialmente já sou um morrinhense que saiu de moto de sua cidade e chegou ao Alaska. Para se chegar ao Glacial, tem que passar por uma ponta do Alaska com controle de imigração e tudo. Até carimbo no passaporte recebemos. Essa inesperada entrada no Alaska motivou meu amigo Jorge a encerrar sua viagem de subida e empreender retorno ao Brasil. O argumento dele está correto, tendo em vista que, se o objetivo era Alaska, então já estava cumprido. Porém, para mim, cujo objetivo é o extremo norte, o argumento não me serve.
http://4.bp.blogspot.com/-7Qet7z6Hha4/TitZnytnZ-I/AAAAAAAABQg/4B9oINUm5eA/s320/DSC01134.JPG
Assim nos despedimos definitivamente dessa viagem. Ele aproveitou que entrou um hotel barato nesse canto do Alaska e resolveu ficar mais uma noite. Eu, ao contrário, aproveitei o dia lindo para esticar rumo ao note, haja vista, que ainda faltam quase dois mil quilômetros para atingir meu objetivo, sendo uns oitocentos de estrada sem pavimento.

Na viagem tivemos a oportunidade de visualizar quatro ursos pretos na beira da estrada o que nos fez temer dormir em parques. Paramos para dormir numa Rest Area, onde dois trailers também pousariam. Um deles, encontramos no Glacial.

Dolor
01-10-11, 00:32
22/07/2011 - Sexta-feira - 92o dia

Dedico este Post ao Professor Waldir Fernandes, meu amigo Waldirão. Ele foi contratado na Telegoiás em 1985 pelo então chefe de Distrito, Rogério Troncoso. O objetivo, segundo o contratante, era injetar sangue novo na equipe. Na época pensei que o sangue estava contaminado, mas hoje somos grandes amigos.
http://4.bp.blogspot.com/-co-9Lyr3KE0/TitieCcfcMI/AAAAAAAABRI/WwQGueosJbg/s320/DSC09686.JPG
Rota: Tatoga, Dease Lake, Good Hope Lake, Upper Liard (nenhuma é cidade) - 492 km rodados

Hoje saímos da British Columbia e entramos no território de Yukon. Deixamos a rodovia CA-37 e pegamos a CA-1. Faltando aproximadamente 300 km para chegarmos na cidade de Withehorse, paramos para dormir numa área de pesca e entretenimento; junto com vários trailers. Hoje não tivemos muitas emoções na viagem, a não ser a visualização de mãe e filhote de um Caribu. No trajeto passamos por uns quatro lagos e dois parques, semelhantes aos anteriores. Agora concordo que o Canadá tem a maior reserva de água doce do mundo. São inúmeros rios e diversos lagos. Estes são todos na cor verde escuro, quase negros, e os rios invariavelmente de águas claras, variando de transparentes a azuis.
http://2.bp.blogspot.com/-Daf1O9CKoyU/TitiGiJI2eI/AAAAAAAABQ4/W82lj8t1wNU/s320/DSC09680.JPG
Encontramos com diversos motociclistas no percurso, mas o que me chamou a atenção foi um jovem que saiu de Nova Iorque e vai até ao Alaska, numa moto bem velha e mal cuidada. A bicha vasa óleo e tem a pintura toda estragada. O rapaz é tímido. Encontramos com ele três vezes na estrada e ele fica sozinho descansando. No primeiro encontro, quando viu o nome Brasil na Celestina, ele aproximou todo curioso. Na segunda já pedi hospedagem em Nova Iorque na casa dele. Ele me passou o e-mail e disse que se estiver voltado até lá será um prazer. O site dele é algo mais ou menos assim; a letra não ficou legível:
http://3.bp.blogspot.com/-qxpfomgftog/Titii7yHUJI/AAAAAAAABRM/_Zi6Ka4pFdg/s320/DSC09687.JPG

http://manboyinthepromisedland.com/

Mas o que ocupa minha mente por muito tempo, enquanto estou pilotando, são os ciclistas. Admiro-os, pela coragem e determinação, mais que os motociclistas. Por toda a viagem, exceto nas freeways, onde são proibidos de trafegar, a gente os encontra. Mas aqui no Canadá me impressiona mais. Nos últimos três dias percorremos em torno de mil quilômetros onde o espaçamento entre uma construção e outra varia entre 80 a 220 km; até agora já passei por seis trechos desses, onde não se encontra nenhuma, sem exagero, nenhuma habitação; nenhuma fazenda; nenhum morador isolado. Na última quarta-feira choveu quase o dia todo e, ontem e hoje, pegamos alguns trechos com chuva que faz o frio ficar muito forte. Mesmo assim, nesse período encontramos em torno de 20 ciclistas em grupos de três, dois, casal e solitários, estes a maioria. Se para nós motociclistas é difícil conciliar comida, imagine para eles. Sem falar nas gigantescas muriçocas, que atacam às milhares, estão por todo lado e não respeitam movimento. Mesmo mexendo com as mãos elas atacam. Imagino que elas os picam quando estão na subida.
http://4.bp.blogspot.com/-CvZyiQtgmnc/Tith7WZ9KeI/AAAAAAAABQw/cqg8Ic3JGmA/s320/DSC01145.JPG
Não gosto muito de conversar com os ciclistas devido suas calças ou calções. Eles colocam uma almofada na região pélvica que aumenta muito o volume da mesma. Não sei se é por causa da anatomia do selim ou por vaidade, eles ainda dão uma levantada geral na genitália que destaca mais ainda. Até que o cérebro processa que aquilo não é tamanho, mas enchimento, o sentimento de inveja já me atacou. Não gosto muito que minha mulher veja, também. Tenho medo dela sub-avaliar o que tem em casa.

Será que meu amigo Dr. Leonardo Frauzino, ciclista apaixonado, usa essa roupaEle parece tão sério e respeitador, acho que não.

Dolor
01-10-11, 16:45
23/07/2011 - Sábado - 92o. dia

Dedico este Post ao amigo de adolescência, Deusmar e sua esposa Ocirene, empresários do ramo de auto peças em Goiatuba.
http://4.bp.blogspot.com/-Xd9S-aRQDnI/TiyAQZgVs7I/AAAAAAAABRc/XhC-VmHD3Xk/s320/DSC09723.JPG
Conforme citado no blog de ontem, hoje domingo, permaneci em Whitehorse visando trocar o óleo e os pneus da Celestina. A cidade é pequena, 26.418 habitantes pelo folheto, mas muito desenvolvida comercialmente. Além de ser um entreposto para o noroeste do Canadá e norte do Alaska, a cidade serve de ponto de partida para os turistas que gostam da natureza. Daqui pode pregar voos em hidro-aviões para os lagos gelados do norte ou simplesmente fazer uma pescaria e visualizar a natureza na região. Para se ter uma ideia do movimento turístico, hoje entre as 7:00 e as 10:00, enquanto estava no camping, quatro jatos decolaram. Um vi que era comercial, os demais só escutei o barulho.
http://4.bp.blogspot.com/-JPKFH_sM12k/TiyALHuJePI/AAAAAAAABRY/CHHHkxKoZa4/s320/DSC09708.JPG
A cidade tem fundação marca em 1897, mas tem poucas construções remanescentes desta época. Estou procurando, também, uma câmara fotográfica, tendo em vista que a minha, depois de molhar, perdeu o foco.

No dia 21/07/2011 completaram 3 meses de viagem e como de costume vou prestar conta hoje, porém os dados foram fechados naquele dia:

Meses Anteriores Mes atual Acumulado
Combustível Litros.......... 831,31 611,33 1.442,64
Combustível Valor.......... 1.695,26 1.149,96 2.845,22
Alimentação.................... 1.482,68 1.330,66 2.813,34
Passeio............................ 522,44 185,57 708,01
Moto............................... 125,21 107,62 232,83
Hotel.............................. 659,18 528,33 1.187,51
Aduana.......................... 427,36 107,36 534,72
Pedágio......................... 44,47 58,77 103,24
Avião............................. 2.046,78 0 2.046,78
Roupas........................... 0 2.263,84 2.263,84
Medicamentos/protetor.. 0 49,00 49,00
Equipamentos eletrônicos. 0 445,61 445,61
Outros.............................. 247,79 108,75 356,54

Total................................... 7.251,17 6.335,47 13.586,64

Média diária de despesas R$ 120,85 211,18 151,00
Km rodados.......................... 13.575 9.536 23.111
Km/dia ................................. 223 318 257
Consumo Km/litros 16,33 15,60 16,02

Dolor
01-10-11, 16:49
24/07/2011 - Domingo - 93o. dia
Hoje foi um dia sem atividades. Um pouco chuvoso e aproveitamos a estadia para ficar no camping para ageitar as coisas e lavar as roupas mais finas. Fazer as unhas e a sobrancelha e outros.
Saimos apenas para comer e fazedr umas compras de supermercado e voltei para tirar uma pestana vespertina.

Dolor
01-10-11, 16:54
25/07/2011 - Segunda-feira - 94o. dia
Dedico este Post ao Flavinho. Ele que é motociclista e empresário no ramo de motocicleta. Meu comnpanheiro de peteca nas quadras do lago. Jovem moderado nas farras, trabalhador e econômico. Virtudes que o diferencia positivamente.
http://2.bp.blogspot.com/-Hpxix8CeO0g/Ti8ap0tmeeI/AAAAAAAABRg/huxXlNs5W3c/s320/DSC00003.JPG
A primeira coisa após levantar acampamento foi procurar o pneu para a Celestina. Encontrei o traseiro na loja da Yamaha e não encontrei o dianteiro. Eles venderam o pneu mas não instalavam, então fui para Honda onde troquei pneu, óleo, filtro e verifiquei as lonas de freio traseiras que ainda estãoi boas. O pneu me custou U$ 229,23 e o serviço na Honda U$ 128,57.
Saímos de Whitehorse por volta das 16 horas e partimos rumo ao Alaska. Pensei comigo: "só paro para dormir quando chegar na divisa com o Alaska". Assim fui tocando. Por volta das 22:00 hs o sol ainda estava me prejudicando a pilotar, batendo nos meus olhos, quase parei, mas continuei. Quando foi 11:45 cheguei na divisa, ainda bem claro, conforme pode ver nas fotos da placa. Aliás aqui não escurece totalmente nesta época do ano. Qualquer hora da madrugada que acordo o sol está clareando.
http://2.bp.blogspot.com/-c5Uur4uvJnI/Ti8cF8NRuKI/AAAAAAAABRw/e4pALGEl1tE/s320/DSC00013.JPG
Hoje estou sem inspiração para escrever. Mas ontem me senti muito feliz em ver a placa do Alaska. Mesmo com um frio bem forte e milhares de muriçocas me atacando, tirei a jaqueta para tirar uma foto com meu uniforme amarelo. Fiquei tão feliz que resolvi acampar alí mesmo. Ao lado do marco da divisa tinha uma grama do lado do Canadá onde armei a barraca para descansar um pouco, tendo em vista que já passava da 1:00 hora da madrugada e o dia já estava claro, convidando para pegar a estrada novamente.
Eu tenho um grande defeito que me prejudica muito. Não consigo ser totalmente feliz com o momento atual. A sensação de felicidade para mim é muito curta. Em vez de dormir sorrindo com o objetivo alcançado, pensando quão bom é viver uma aventura como essa, mas não, logo os pensamentos sobre o futuro invadiram minha mente e expulsaram os sentimentos de felicidade. Daí para frente os pensamentos dominantes foram a chegada no Círculo Ártico e ao extremo norte do Alaska em Prudoe Bay..
http://4.bp.blogspot.com/-fb4eTlpg9xU/Ti8cudOzxZI/AAAAAAAABR4/yGLB5mabrSo/s320/DSC00022.JPG
Mas com certeza essa lembrança não apagará nunca das minhas recordações.

Dolor
01-10-11, 16:57
26/07/2011 - Terça-feira - 95o. dia
Dedico este Post ao Policial Nirlando. Um dos mais novos amigos em Morrinhos. Pessoa tímida e reservada. Só tornamos amigos por causa da peteca do lago.

Rota: Northway, Tok, Slana, Glennallen e Sulton – 512 Km
http://2.bp.blogspot.com/-gBspoY4L3m0/TjTHi2GZ9WI/AAAAAAAABSM/3NY0OR-G7LU/s320/DSC00047.JPG
A viagem de hoje foi apenas de transcurso, sem muita novidade. Como o mapa mostrava falta de cidades ao longo da rodovia, na primeira cidade após a entrada no Alaska, pedimos um super sanduba para reforçar as energias. Eram 10 horas da manhã e o restaurante ainda servia o desgejum.
http://2.bp.blogspot.com/-L6BYb3zY-nc/TjTJbiXTo3I/AAAAAAAABSY/cUGTXR6wjn4/s320/DSC00063.JPG
Com a refeição garantida, rodamos 512 km no dia. Aestrada não ajudou, além de duas demoradas paradas por conta de serviços, existem muitos pedaços de rodovia construidos com cascalho ou brita solta; dezenas ao longo desses 500 km. Por esse motivo não podia desenvolver alta velocidade e a tensão aumenta muito o cansaço.

Dolor
01-10-11, 17:01
27/07/2011 - Quarta-feira - 96o dia

Dedico este Post ao meu ex-chefe, companheiro e amigon Dr. Pedro da Lara. Conversar com o Pedro é num dos melhores passa tempo que existe. A gente ri o tempo todo. Cara de bem com a vida.
http://4.bp.blogspot.com/-HsUn5LJHy2U/TjTK0WokSrI/AAAAAAAABSc/TXpCNY34KEM/s320/DSC00126.JPG
Rota: Palmer, Anchorage, Palmer e Willow – 494 Km

Como fomos dormir depois das 23 hs, acordamos tarde. Após pegar a estrada e rodar uns 60 km tive que parar para usar a gasolina dos galões é que ontem, devido ao cansaço, fiquei com preguiça de abastecer; esse negócio “no próximo abasteço” não funciona por essas bandas. Assim almoçamos num Mc Donalds de Palmer, cidade próxima de onde dormimos, cujo Wi-Fi não deu para passar as fotos para o Blog, por isso não o atualizei.
http://1.bp.blogspot.com/-x1yZjP-_1Dk/TjTMKyE8aCI/AAAAAAAABSk/4iSnaIJ3Q-k/s320/DSC00116.JPG
Anchorage é uma cidade muito bonita, como quase todas por essas bandas. As pessoas daqui gostam de viver intensamente o verão e transmitem isso com os jardins das suas casa, comércio ou ruas. Não canso de admirar as flores. Em Palmer tinha dois postos de gasolina de frente um ao outro. Gosto de abastecer no Shell, mas o deixei, por causa das flores que enfeitavam cada uma das bombas de um Chefrom.
http://3.bp.blogspot.com/-dyfr7jJJpiE/TjTQQap9niI/AAAAAAAABS8/tpk3eD-JKnc/s320/DSC00081.JPG
Alguém me disse que o Alaska tem a maior renda per-capta dentre os estados americanos. Não sei se é verdade, mas que ele tem a maior frota de mono motor (teco-teco) por habitante, com certeza. Às margens da estrada tem diversos pontos de aterrissagem e um aviaozinho estacionado. No meio do nada apareceu um local de compra e venda onde tinha dezenas deles em Anchorage, tem um aeroporto só para eles, onde deve ter centenas. Acredito que na época do frio eles conseguem aterrissar no gelo, por isso essa popularidade. Imagino, também, que a máquina deve ser subsidiada pelo governo, já que a renda com a exploração do petróleo é grande e não tem gente para gastar. A densidade populacional aqui é muito baixa.

No Alaska não tem lavoura e muito menos pecuária. Acho que as crianças daqui não conhecem uma vaca. Nas casas fazem umas hortas, mas lavoura nada. No oeste do Canadá, tão frio quanto aqui, existem lavouras de feno para tratar dos animais. Também a terra daqui é muito ruim em fertilidade. Aliás ela vem perdendo qualidade a medida que venho subindo. As árvores gigantescas da Califórnia vem diminuindo gradativamente.

Dolor
01-10-11, 17:06
30/07/2011 - Sábado - 99o. dia
Dedico este post ao amigo Clebston Carvalho, ele que é sócio da Interativa Lan House e um apaixonado pelas minhas viagens. Pessoa muito simpática, sempre com um sorriso no rosto.

O projeto inicial era ficar até domingo no The Anderson Bluegrass Gazette & Country Music, porém a vida já estava ficando sem graça sem a estrada, e resolvemos partirmos hoje. Esperamos apenas nossas vizinhas do Mississipe apresentarem suas canções. Por volta das 15 horas partimos.
http://3.bp.blogspot.com/-sI3m5xuSYKY/TjXh49Y6EpI/AAAAAAAABTk/XRIdaiZRt0o/s320/DSC00193.JPG
A nossa vida estava muito boa. Ontem almoçamos e jantamos numa barraca ao lado da nossa (camisa preta na foto). Hoje ganhamos pão e ingredientes para fazer hot-dog (barbudo na foto). Para mais tarde já tínhamos um convite para participar de um “luau” na beira do rio, com direito a música, bebida e comida de graça. É que a organização reservou um acampamento especial para os músicos na beira do rio e muitos campistas, em vez de assistirem os shows, preferem ficar ao lado dos cantores e levam a bebida e a comida para lá.
http://4.bp.blogspot.com/-z3R3vhWPHMo/TjXiuc_hjxI/AAAAAAAABTo/OCspmM6hihE/s320/DSC00192.JPG
Por volta das 21 horas encontramos a casa da feirante em Fairbanks, porém não tinha ninguém, haja vista que dissemos que chegaríamos no domingo. Mas mesmo assim armamos a barraca no quintal.
http://4.bp.blogspot.com/-3da7u64BVwM/TjXlC6LNufI/AAAAAAAABTw/1aYb6eC9FAs/s320/DSC00187.JPG

Dolor
01-10-11, 17:09
31/07/2011 - Domingo - 100o. dia
Dedico este Post ao pessoal da Secretaria Municipal de Saúde de Morrinhos. Tenho vários amigos lá que acompanham meu blog.
http://3.bp.blogspot.com/-ud4Oer--f6g/TjX2Bv3rYwI/AAAAAAAABUI/4_p8jqlG01M/s320/DSC00199.JPG
Hoje completaram 100 dias de viagem. Coincidentemente foi um dia de folga. Preferi deixar para segunda-feira a partida rumo a Prudue Bay. Não sei porque. O fim de semana é ruim quando você precisa comprar algo e o comércio está fechado, mas para aquelas bandas nem comércio tem, por isso poderia partir a qualquer momento.
http://1.bp.blogspot.com/-Ns8JRYAJvV8/TjX260VAfjI/AAAAAAAABUM/7BG3YyTqCoc/s320/DSC00200.JPG
Aviso aos companheiros e companheiras que me acompanham para não se preocuparem com uma eventual sumida da internet. De Fairbanks, onde estou, até Prudue Bay são mais de 800 km e só existe um ponto de abastecimento na metade do caminho, Coldfoot.
Acredito que gastarei 3 dias indo e outros3 voltando, mas pode ser mais. Segundo informações de outros motociclistas a estrada está muito escorregadia com as chuvas que caem diariamente na região.
Estimo que a minha velocidade média na estrada de cascalho será de 30 km/h.
http://2.bp.blogspot.com/-u6Ta1iMgTHc/TjX4YoQBAEI/AAAAAAAABUQ/-7K1EMPeGUU/s320/DSC00202.JPG
Aproveitamos para fazer uma grande compra de suprimentos para comer na estrada: 24 crossants, 24 conjuntos para Hot-Dog, Castanha de Cajú, leite, Chocolate, café e adoçante.
O problema é como guardar essa comida a noite, tendo em vista que os avisos de urso atacando barracas e carros atrás de comida é comum na região. Com frequência as pessoas nos alertam:”não deixem comida na barraca!”


Dolor
01-10-11, 17:19
01/08/2011 - Segunda-feira - 101o. dia
Dedico este Post ao Mandril, locutor de rádio em Goiatuba e conteporâneo de farras em Goiatuba. Ele é um negro simpático que curte a si mesmo e a vida. É motociclista e tem perfil dos habitantes de Los Angelis. Lá tem muitos negros com roupas e cabelos iguais aos seus.
http://3.bp.blogspot.com/-gQ1yOAUNWNE/Tj2y5e5vFpI/AAAAAAAABUY/cjEMX9CV0QA/s320/DSC00413.JPG
Hoje cruzei a linha Artic Circle, conforme placa na foto. O circulo Polar Ártico é uma linha imaginária que antecede o Polo Norte em 20o. Encontrei vários pilotos pelo caminho que tinha como objetivo esse local. O ponto tornou-se marco para os motociclistas do mundo inteiro. São poucos pontos em que o Artic Circle pode ser ultrapassado por uma moto. http://3.bp.blogspot.com/-EkOWu_FKUdg/Tj223VdtHdI/AAAAAAAABUo/afKX509rxqU/s320/DSC00282.JPG
Um é este ao qual cruzei. Outro no noroeste do Canadá e, ainda, na Noruega. Com motos de trilhas devidamente reforçadas é possível cruzá-lo na Sibéria.
http://1.bp.blogspot.com/-UFZ1DJ96F_Q/Tj23wTnZLwI/AAAAAAAABUs/ZNYxtG-6RYE/s320/DSC00278.JPG
Pelos relatos de outros motociclistas na internet, as dificuldades entre Fairbanks e Coldfoot eram enormes. Entre o início do planejamento da viagem até as 20 horas de hoje sofri muito por antecedência. Na realidade dos 416 km rodados apenas uns 100 não são asfaltados. A estrada não pavimentada é melhor que as da Bolívia entre o Brasil e Santa Cruz de La Sierra e muitas vezes melhor do que a Ruta 40 na Argentina. Tá certo que a Dalton Highway, esta, é mais perigosa porque permite uma velocidade maior e de repente o piso acaba e somos obrigados a reduzir rapidamente as marchas, porque frear, nem pensar. Para piorar aqui chove o dia todo, seja para uma banda ou para outra, de forma que sem mais nem menos aparece rastro de uma chuva invisível e o piso fica extremamente escorregadio.
http://4.bp.blogspot.com/-XfZ_DZauH9I/Tj28O8OwByI/AAAAAAAABU8/WeDziWNDgqE/s320/DSC00267.JPG
Após percorrer os primeiros 30 km, aproximadamente, parei para descansar e até pensei em desistir do percurso até Prudue Bay. Tinham duas patrols, uma atrás da outra, removendo a terra da estrada, que um caminhão Pipa havia previamente molhado. Mesmo uns 20 km para frente das patrolas, o piso estava molhado, ou pelos caminões ou pela chuva. Nesse trecho tive que andar entre 15 a 20 km por hora e assim mesmo tendo que colocar os pés no chão para não cair.
http://1.bp.blogspot.com/-MBCevxD4mmY/Tj2_bzvtG9I/AAAAAAAABVI/CTenVv4wgKg/s320/DSC00260.JPG
Quando vi um casal numa Harley parados, parei também. Eles estavam pensando em desistir da viagem programada até o Círculo Ártico, devido a dificuldade inicial da estrada. Mesmo com pensamentos pessimistas, e medo, resolvemos seguir viagem. Parei muitas vezes depois e esse casal não me ultrapassou. Acho que eles desistiram.
Porém uns 20 km para frente a estrada permitiu que eu andasse a 80 km/h, mesmo sendo de terra. A terra batida estava melhor que muitos afaltos no Brasil. Mas como alegria de pobre dura pouco, começou a chover sem parar e tive que andar entre 40 e 60 km/h exigindo muito concentração e força nas mãos.
Daí para frente foi asfalto, com um agravante: de vez em quando ele acabava e virava terra novamente, assim sucessivamente, o que torna a estrada mais perigosa do que as outras anteriormente citadas.
http://2.bp.blogspot.com/-Udaw3_1iLb8/Tj2zyZnbI2I/AAAAAAAABUc/AU3kFlz2iMk/s320/DSC00403.JPG
Chegamos a Coldfoot às 20 hs e a chuva só deu um tempo para armarmos a barraca e despencou de novo. Dormi escutando a chuva bater na barraca. Com o cansaço acho que dormiria até debaixo dela.

Dolor
02-10-11, 11:12
02/08/2011 - Terça-freira - 102o. dia
Dedico este Post ao César do Carmo, Gerente Geral da Caixa Econômica Federal em Morrinhos. Pessoa simpática e muito atenciosa no seu trabalho.
http://2.bp.blogspot.com/-9YF50p-ynQw/Tj3OrtK07XI/AAAAAAAABV4/8szX9mh7-Lg/s320/DSC00387.JPG
Acordei às 7:30, tomamos o achocolatado com crossantes e agora 10:10 hs, no horário daqui e 15:10 em Morrinhos, estou escrevendo o meu diário. A chuva que caiu a noite inteira continua, impossibilitando-nos de levantar acampamento. Se fosse no verão brasileiro, daria até para encarar, mas com o frio daqui prefiro me hibernar, como os ursos. Também,com esta chuva estrada deve estar como um sabão.

Agora são 22:20 aqui e 3:20 no Brasil. Se queria emoção, hoje eu passei. Saímos de Coldfoot por volta das 16:00 hs, após arrumar emprestado mais dois galões para levar mais gasolina de reserva, tendo em vista, que até Dadhorse, vizinha de Prudue Bay, são 390 km e somente meus dois galões de reserva não eram suficientes.
http://1.bp.blogspot.com/-HGM7XhB9Xd0/Tj3PjDbzzDI/AAAAAAAABV8/ez1wXwqpa8A/s320/DSC00377.JPG
Por volta das 13 horas a chuva deu uma trégua suficiente para levantarmos acampamento e continua até agora com poucas interrupções durante o trajeto. Os primeiros 30 km foram de asfalto mas logo peguei barro e mais barro. No início o medo não deixa o acelerador passar de 30 km/h, porém, com o tempo esqueci do medo e chegava aos 50. Nessa velocidade andei uns 120 km após acabar o asfalto. Depois subi e desci uma grande serra ainda debaixo de chuva mas com piso melhor. A partir da serra muda tudo: o frio aumenta consideravelmene, a velocidade do vento nem se fala e a vegetação simplesmente desaparece. A chuva deu uma parada e a estrada melhorou. Teve até um pedaço asfaltado. Mas logo acabou o asfalto e a chuva voltou. Para piorar peguei um piso removido por terraplenagem que me fez a andar novamente a 30 km/hora.
http://4.bp.blogspot.com/-ycCyBECVtuM/Tj3REvk6eKI/AAAAAAAABWE/AGX55rwavoQ/s320/DSC00367.JPG
Como o cansaço já era grande, paramos numa ponte em construção e armamos a barraca em cima dela. Certamente amanhã os trabalhadores nos acordarão. Escolhemos a ponte porque, segundo informações, o chão daqui é congelado a poucos centímetros da superfície e, por isso, a barraca absorve o frio. Esperamos que o cimento novo da ponte seja mais quente. Daqui da ponte deu para ver um bisão pastando, mas estava muito longe e nublado para fotos.

O ruim é que hoje será o segundo dia consecutivo sem tomar banho. Ficar dois dias sem tomar banho com o frio daqui até não atrapalha dormir, mas tirar a bota e a calça lambusadas de barros é uma sensação ruim.
http://3.bp.blogspot.com/-AuhAR1_iphU/Tj3QZmKsi0I/AAAAAAAABWA/UVa8mKOxegQ/s320/DSC00375.JPG
Agora já são 23 hs e vou dormir. Estou sem sono porque levei um susto com meu computador. É que as bacadas afetou o sistema operacional e só se reestabeleceu depois de diversas tentativas

Dolor
02-10-11, 11:19
03/08/2011 - Quarta-feira - 103o. dia

Dedico este Post ao Dirceu Soares, Gerente de Atendimento da Caixa Economica Federal em Morrinhos. Simnpatia de pessoa que me ajuda nos serviços bancários.
http://4.bp.blogspot.com/-uOyUozupXJA/Tj3LMMSChBI/AAAAAAAABVs/OBTQ2Z9vSKA/s320/DSC00321.JPG
Cgeguei!!!!!!!!!!!!!!!!!! Cheguei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Cheguei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Objetivo alcançado. Depois de 103 dias e 26.696 km rodados desde Morrinhos, Estado de Goiás, chegamos a Dadhorse e Prudue Bay, conforme fotos em anexo.
http://1.bp.blogspot.com/-4k-_mrwF1IQ/Tj3FlLxuY-I/AAAAAAAABVU/vUiQmhRmLDE/s320/DSC00335.JPG
As vezes fico pensando dentro do capacete sobre o quanto somos influenciados por metas. As metas nos dão energia; as metas nos dão vigor físico; as metas nos provem os recursos financeiros , alimentação, vestuário e sobrevivência. Se você se impõe metas diária, consegue; se estabelece metas a longo prazo, também.
Durante a viagem muitos motociclistas meio que menosprezaram minha moto e meu estilo de viagem. Quando dizia que estava fazendo uma viagem de U$ 80, riam ou duvidavam. Muitos perguntavam: “porque não trocou de moto?” e eu respondia: porque meus recursos não permitem e eu amo a Celestina”.
http://3.bp.blogspot.com/-rNZ7fdwhORg/Tj3HXZk-qZI/AAAAAAAABVc/eAQxyxHOGOc/s320/DSC00330.JPG
Hoje não pegamos chuva por isso a viagem foi ótima. Dos 150 km rodados pegamos uns 30 km de asfalto, uns 10 em recuperação que exigiu redução da velocidade e a outra parte uma estrada não pavimentada estava um tapete, permitindo andar a 80 ou mais. Andei nessa velocidade porque sou medroso.
A cidade de Dadhorse não tem atrativo nenhum e somente dois hoteis cujo mais barato custa U$ 230,00 por acomodação. Trata-se da cidade das máquinas e dos galpões. Tem mais máquina, caminhão e camionetas do que gente. Grandes empresas de petróleo e suas terceirazadas estão instaladas aqui. Para todo lado que voce vira tem uma placa ou um vigilante proibindo a entrada.
http://4.bp.blogspot.com/-EGnO7EB8shs/Tj3KFpfig7I/AAAAAAAABVo/Cv5QJ4odiJ4/s320/DSC00322.JPG
Por essas razões, nós e mais outros quatro motociclistas resolvemos empreender volta. Entre eles duas mulheres cada uma pilotando sua BMW e viajando sozinhas fazendo o trecho Panamá Prudue Bay. Depois de rodar uns 200 km de volta parei para acampar e elas continuaram. Já era mais de 20 hs e eu estava cansado e elas não. Tornei-me seus fãs
http://3.bp.blogspot.com/-VcCCuTDyKrc/Tj3DBcoy1mI/AAAAAAAABVM/-j3077TF780/s320/DSC00338.JPG

Dolor
02-10-11, 11:34
Queridos Sinomar e Edivânia:

Há pouco tomei conhecimento da grande viagem que vocês estão empreendendo e, é claro, li todo o relato, embarquei de imediato nesta aventura, me diverti muito e com muita alegria e honra, tenho o prazer de passar os fundamentos que norteiam os Fazedores de Chuva, organização que agrupa todas as pessoas que tem a aventura nos seus corações, especialmente sobre duas rodas.

Vocês fazem por merecer todas as honrarias deste grupo, que a partir do cumprimento do trajeto entre Ushuaia e Prudhoe Bay, incluindo pelo menos 6 países da América do Sul, entre eles a Colombia, exclusivamente sobre uma moto, habilitam-se a serem reconhecidos onde quer que estejam, como Grandes Caciques Fazedores de Chuva.

A Edivânia cumpriu com grande valentia e determinação, o que dizes com muita propriedade na apresentação das motivações que os levaram a fazer esta viagem, especialmente na terceira, "a do cunho maldoso da inveja", claro que a saudável, juntamente contigo, a essência do slogan dos Fazedores de Chuva: "Qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..." e por isto ela recebe o título que estas valentes mulheres fazem por merecer, de serem chamadas de Adelitas.

Oportuno registrar também a valentia da Celestina!

Que amada!

Parabéns muito especial para a Adelita Edivânia e para ti Sinomar, que a partir de hoje passarás a ser chamado de Grande Cacique Fazedor de Chuva O Velho Doido!

Segue abaixo o que é a essência do espírito dos Fazedores de Chuva!

Leiam com muita atenção, releiam, respirem fundo, sintam-se muito queridos e muito bem acolhidos por todos nós!

Vocês estão em casa!


FAZEDORES DE CHUVA


Uma Moto, um Mapa, um Passaporte, algumas Roupas,

um punhado de Moedas, muita Coragem, uma Alma Inquieta, um Sonho...


Nasce um Guerreiro!


A Moto é para sentir o vento, a liberdade...

O Mapa é para demarcar territórios, conquistar...

O Passaporte é o símbolo, o registro, a prova!

As Roupas protegem, aquecem, acolhem...

As Moedas são para alimentar o corpo!

A Coragem é para cruzar as três Américas com todos os seus mistérios,

belezas e perigos na solidão de duas rodas...

A Alma Inquieta é para deixar para trás o conforto e a segurança que só

a rotina perto dos que bem queremos pode nos proporcionar...


“O Sonho é para realizar o que qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem...”


Parabéns, Sinomar e Edivânia,

GRANDES CACIQUES FAZEDORES DE CHUVA

Sejam bem vindos à elite do Motociclismo Mundial!


Finalmente, aproveito para lembrar que no período entre 17 e 20 de novembro próximo, teremos o nosso VII Encontro Internacional dos Fazedores de Chuva, em Guanajuato, México, onde, desde já, esperamos por vocês.

Informações a respeito dos Fazedores de Chuva, poderá ser encontrada no site: www.fazedoresdechuva.com ,que está à disposição, inclusive, para a divulgação da viagem de vocês no nosso Forum.


Abraços e beijos
Dolor e Angela
Fazedores de Chuva
Presidente

Dolor
05-10-11, 11:54
04/08/2011 - Quinta-feira - 104o. dia
Dedico este Post à minha amiga Iraci Goes. Ela não gosta de computador, portando não vai ler. Mas alguém pode contar-lhe. Ela tem como ponto positivo, a meu meu, o fato de gostar muito de si mesmo e da vida. Faz cada comida gostosa, ai que fome!!!
http://1.bp.blogspot.com/-jCYuZ3M_fuc/TkGYfLw3ZBI/AAAAAAAABWs/2mhvz_aKCGY/s320/DSC00393.JPG
Hoje foi nosso primeiro dia de retorno para casa. Na realidade para motociclista não existe retorno. A gente volta para casa, sempre que possível, por um caminho diferente, conhecendo novas cidades, novas culturas e outras paisagens.

Hoje a chuva me pegou justamente na descida da serra, onde o piso acumula água e fica escorregadio. Sofri muito por uns 50 km, depois melhorou. Parece que estava chovendo desde o dia em que passamos de ida. Tinha muito barro velho.

Chegando a Coldfoot tive duas surpresas boas. Quando entrei no café para devolver os galões que pegara emprestado, uma senhora puxou assunto e eu contei como tem sido minha viagem e por onde retornarei. Quando disse que minha viagem está sendo feita com recursos próprios e, por isso, não posso gastar mais que U$ 80 por dia ela logo me passou o contato do seu irmão em Nova York para eu acamapar.
http://2.bp.blogspot.com/-DyslJ0KzQUI/TkGXO1FopbI/AAAAAAAABWo/e28bERFH_PI/s320/DSC00395.JPG
Na mesa ao lado tinha um motociclista que escutava e me convidou para comer com ele. Declinei da oferta informando para ele que na hora em que ele passou por nós na estrada, estávamos comendo um Hot Dog, feito lá mesmo. Como a mulher queria tirar uma foto junto da Celestina, deixei o motociclista e fui lá. Existe uma foto da Edivânia fritando Bacon, ovo e cozinhando salchichas para comermos com catchup.
http://4.bp.blogspot.com/-RP3QeXF5J5k/TkGcUVrsNiI/AAAAAAAABW8/AN7TbRZF-eg/s320/DSC00381.JPG
Após colocar a moto ao lado da bomba de gasolina as duas motos ficaram juntas e eu fui no caixa para liberarem meu abastecimento. Quando voltava a Edivânia vinha apressada para encontrar comigo e já foi dizendo: “aquele rapaz falou algo que não entendi; parece que ele quer abastecer nossa moto”. Chegando lá constatei que era isso mesmo. O cara me passou a mangueira e mandou eu encher meu tanque. Ganhei a gasolina do tanque e ainda coloquei mais um pouco nos galões.
http://2.bp.blogspot.com/-GAqqpUq7rbs/TkGWMvzJRyI/AAAAAAAABWk/jr1p95KVCLQ/s320/DSC00397.JPG
Ele aparece na foto com sua moto e seu nome é Jesse Turner e mora em Anchorage. Obrigado Jesse!

Coldfoot tem duas bombas de gasolina, um café restaurante, um pequeno hotel e uma oficina. Acho que nenhuma residência. Mas tem um serviço de informação turística de primeiro mundo. Aliás o mais bonito em toda minha viagem.

Saindo de lá logo na frente tivemos a felicidade de avistar um urso Marron (Grizzily).
http://4.bp.blogspot.com/-LvIXdSEbc7A/TkGRDWTt26I/AAAAAAAABWU/SXZiP_9CASM/s320/DSC00402.JPG

Dolor
05-10-11, 12:22
05/08/2011 - sexta-feira - 105o. dia

Dedico este Post ao Dr. Rafael Troncoso. Estudioso e criterioso médico dermatologista de Morrinhos. Ele que apaixonado por motocicleta mas vai fazer como seu pai: deixar para comprar uma depois de velho.
http://3.bp.blogspot.com/-CBFEyG4WiTM/TkGhhm_8fyI/AAAAAAAABXE/2RxdDWWZ6yM/s320/DSC00438.JPG
A viagem de hoje não teve muitas novidades. Tenho que continuar reclamando ou elogiando a chuva; ela provoca medo e tensão, mas trás-nos emoção. Levantamos acampamento por volta do meio dia, por causa dela ou por causa da nossa preguiça em enfrentá-la. Quando vimos que ela não parava tomamos providência e enfrentamo-la. Quando estávamos terminando de amarrar as coisas na Celestina, estiou. Meu sofrimento antecipado pela estrada molhada foi enorme. Cada acordada que dava durante a noite (que aqui é dia) eu lembrava da mesma. Enquanto aguardava a estiagem para desarmar a barraca, sofria também. Porém, pegamos 100 km de asfalto e deu tempo para dar uma enxugada na estrada, possibilitando-me andar em torno de 60 km/h seguindo os rastros dos caminhões.
http://1.bp.blogspot.com/-4CY6MAzzOpE/TkGid0RXQVI/AAAAAAAABXI/dk4bg8Pg41w/s320/DSC00435.JPG
Chegamos em Fairbanks às 19:00 hs, passamos num supermercado para comprar crossantes e fomos para a casa da Cindy. Chegando à residência, o Raimundo, seu marido, veio nos receber com um sorriso no rosto e dizendo: “tenho uma surpresa para vocês! Vou dar uma diária no melhor hotel da cidade, querem?”. “A única condição é que vocês divulguem o hotel em seu blog!”, arrematou ele.

Às 22:30 estávamos entrando no lindo hotel cujas fotos aparecem no próximo Post. Depois de quatro dias sem tomar banho fiquei quase meia hora curtindo uma super ducha quentinha.

Sobre ficar sem tomar banho gostaria de fazer uma alerta aos engraçadinhos que me mandam e-mail dizendo que ando fedido. Tem amigos meus que só dorme em bons hoteis e, suponho, toma banho diariamente. Porém, ficam dois meses sem lavar a roupa. Também aí no Brasil tem muita madame que, nos dias de frio, pula o banho.
http://1.bp.blogspot.com/-8SEmkKl7JV4/TkGk4S3uuoI/AAAAAAAABXQ/jDI-Dwm_T94/s320/DSC00415.JPG
Estou igual aos de uma etnia que circula no Brasil: se minha mulher reclama por banho, eu parto para a ignorância e convenço-a ao contrário.

Dolor
05-10-11, 12:24
Pink´s Waterfront Lodge - Fairbanks
http://3.bp.blogspot.com/-Bi-bdJuNq1E/TkGqrlTMFhI/AAAAAAAABXU/IQN-bYzChsY/s320/DSC00468.JPG
Atenção motociclistas do Brasil! Chegando a Fairbanks procure o Hotel Pikes. A diária é mais barata que os pequenos cubículos da região e muito melhor, conforme podem ver pelas fotos.
http://4.bp.blogspot.com/-GlDb6shaVKE/TkGvvmreqQI/AAAAAAAABXk/TmcMdt_P25E/s320/DSC00463.JPG
Ele fica em frente ao Aeroporto, logo na chegada de quem vem de Anchorage. A diária para duas pessoas custa U$ 195,00. www.pikeslodge.com.

Dolor
05-10-11, 12:28
06/08/2011 - sábado - 106o dia
Dedico este Post ao Thiago Oliveira. Ele que é mecânico da Yamaha e preparou a Celestina para esta empreitada. Ele doou sua mão-de-obra como ajuda. Obrigado Thiago!
http://3.bp.blogspot.com/-CzNcIRKdI5M/TkG2L66Om8I/AAAAAAAABX4/x9vn9hmXspk/s320/DSC00478.JPG
Hoje o programa foi atualizar a internet, mas não tive tempo de terminar porque tinha compromissos sociais agendados. É que está sendo realizado uma “Pecuária” aqui na cidade e a Cindy tem uma barraca montada e nos deu ingressos para ir. Acertamos com seu marido Raimundo que sairíamos as 16 hs. A fotos deles aparecem no Blog; ele de barba e ela de blusa azul.
http://3.bp.blogspot.com/-y0E49wlt1uo/TkG1De9WnsI/AAAAAAAABX0/tBCncEYzSAY/s320/DSC00471.JPG
A feira daqui é semelhante à nossa pecuária daí. Tem vaca, cavalo, pequenos animais domésticos e selvagens. Tal qual aí, aqui também ninguém vai onde os animais estão. Só fiquei sabendo da existência deles quando estávamos saindo.

Percebi duas diferenças importantes: 1) o controle com a venda de bebida alcoólica. Para entrar no único lugar que vende o produto, o controle é rigoroso. Todos têm que mostrar documentos, inclusive o velho que escreve, e cada um é marcado com uma fita no braço. Menor de 21 anos não entra.e 2) as filas na frente de cada barraca de alimentação. O pessoal daqui comem com força.

Na barraca da Cindy, por ter o nome Brasil, apareceu uma goianiense que morou no Parque Ateneu. Lea de Castro é uma simpatia de pessoa que vive há 13 anos nos Estados Unidos, mas só tem uma semana de Alaska. Ela veio para cá para curtir o rigoroso inverno. Pode?

Coincidentemente ela mora perto do Chena Hot Spring, local onde o Raimundo nos levará amanhã, por isso, combinamos de nos encontrar novamente. A Lea aparece de blusa rosa na foto. Segundo ele, confirmado por ela, é um local com águas termais muito bonito.

A cantora que aparece no palco e amiga do casal e minha amiga e, de tabela, minha também. Ela canta Rock muito bem, eu acho. Porque não conhecia nenhuma das músicas que cantou.

Dolor
06-10-11, 09:59
07/08/2011 - Domingo - 107o. dia

Dedico este Post a Douglas Pessoa da UEG de Itapuranga. Ele que é um entusiasta do motociclismo e curte meu Blog.


Acordamos um pouco mais tarde e fomos ao supermercado comprar suprimentos para o passeio programado. Enquanto o Raimundo se aprontava, aproveitamos para trocar a bandeira do Brasil que nos acompanhou até agora, tomando vento, sol, chuva, frio e calor. Ela irá para um quadro que será fixado na minha sala, juntamente com a que foi ao Ushuaia e a que ora coloco. No seu lugar coloquei outra que fará todo retorno e andará um pouco mais. Até o Hino Nacional cantamos. Foi o último ato com sol, tendo em vista que logo a chuva começou a cair e nos acompanhou até Chena Hot Springs.
http://3.bp.blogspot.com/-c9lpjzcTT1s/TkG4tCsq-kI/AAAAAAAABX8/ef_UoJvfVTU/s320/DSC00539.JPG
Chena Hot Springs fica a 98 km de Fairbanks, mas os motociclistas do Canadá, Alaska e de outros estados dos USA, adoram o local. Para os motociclistas que estiverem voltado de Prudue Bay, a entrada fica um pouco antes de Fairbanks. Trata-se de um excelente local para relaxar o corpo depois do grande percurso em estradas não pavimentadas e molhadas. Os japoneses gostam tanto que até avisos na língua deles existe.

É um local com um custo/benefício compensador para quem já está por aqui. Segundo informou meu anfitrião Raimundo, a diária do Hotel é de U$ 100,00 para duas pessoas, mas existem opções mais baratas. A cabana que fiquei onde tive que levar roupas de cama fica em U$ 50,00 para três pessoas; tem cabanas hotel, que não sei o preço; camping por U$ 10,00 e até área para acampar sem pagar nada, eu vi. Acampando paga-se uma taxa de U$ 10,00 para uso das térmicas.

Mais uma vez não paguei nada. O Raimundo entrou na recepção, mandou chamar o gerente, falaram alguma coisa e me pediram o Passaporte foram-nos entregues os crachás e a chave da cabana. Além da entrada para as piscinas de águas quentes, foi nos dado uma cabana para ficarmos até as 15 horas de amanhã. A cabana é simples mas tem três camas de lona. Alertados antecipadamente pelo Raimundo, trouxemos toda a roupa de cama, inclusive os sacos de dormir.

Dolor
06-10-11, 10:07
08/08/2011 - segunda-feira - 108o. dia

Dedico este Post à Mariangela Tomazela e sua filhinha Amanda. Ela que é uma esperta e competente funcionária do Celeiro Supermercados em Morrinhos. Ambas, namorada e filha do meu grande amigo Rui Leite.
http://1.bp.blogspot.com/-gFp9RkLjEe4/TkHRc_YZ03I/AAAAAAAABY4/plKcEAH49oE/s320/DSC00525.JPG
Confesso que estava meio desmotivado com o passeio até Chena Hot Springs. Afinal tenho Caldas Novas pertinho de mim, para que andar por causa de água quente. Mas o entusiasmo do meu anfitrião era tão grande que não tive jeito de negar, principalmente porque ele vinha nos acompanhar. Até por consideração por tudo que ele fez por nós, resolvi vir.
http://3.bp.blogspot.com/-P_HlUr-EwfI/TkHNMLZXbzI/AAAAAAAABYo/gKzmqp4OjgQ/s320/DSC00493.JPG
Não arrependi. Ficamos conversando até as 23 horas, curtindo uma banheira termal. O cara é muito legal. Ele voltou para Fairbanks e nós fomos para cabana. Aí começa nosso sofrimento.
Conforme escrevi ontem, a viagem até o balneário foi debaixo de uma chuva constante, forte e muito fria. Sair da cabana até as piscinas, sem as roupas de motociclistas, foi um sacrifício; debaixo de chuva e muito frio. Dentro d´agua foi tudo muito bom, mas a cabana era muito fria. Mas muito fria, mesmo. De cara já coloquei as duas Underwears que trouxe: uma para calor e outra para o frio. Coloquei duas meias, uma de lã que tinha usado uma única vez nesta viagem.
Depois de dormir um pouco acordei com um frio enorme; o saco de dormir, pela primeira vez, foi ineficaz. Levantamos e pegamos as jaquetas e as calças de motociclistas que já estavam com seus respectivos forros para frio. Depois de deitados, lembramos das luvas, que não tínhamos colocados. As minhas coloquei debaixo das sovaco e consegui dormir.
http://3.bp.blogspot.com/-Zm_ac5xA3Uk/TkHWc8FF72I/AAAAAAAABZE/waHU6r58bjQ/s320/DSC00526.JPG
Acordei tirei uma foto da Edivânia ainda dormindo e levantamos por volta das 10 horas, fizemos o café e às 10.40 estávamos imersos na água quente. Depois que saímos fotografei o termômetro que às 14:00 horas marcava 40o. F. O que equivale a 4 ou 5 graus Celsius. Acho que dormimos numa temperatura abaixo de zero grau, pelo menos dentro da nossa cabana de plástico.
http://3.bp.blogspot.com/-vmiKJAZ3Vs0/TkHMG0A7vMI/AAAAAAAABYk/vAqnu8VUum8/s320/DSC00486.JPG

Dolor
06-10-11, 10:09
09/08/2011 - terça-feira - 109o. dia

Hoje foi dia de atualizar a internet. Fiquei quase 5 horas nessa atividade. A partir das 17 hs fomos lavar a Celestina. A promessa era voltar com ela sem lavar, ou seja com sujeira acumulada de diversos países, mas o barro que acumulou na estrada até Prudue Bay estava muito volumoso e seria peso para carregar desnecessáriamente.

Dolor
06-10-11, 10:12
10/08/2011 - Quarta-feira - 110o. dia

Ofereço este Post à Teresinha do Amaral. Amiga de muitos anos; funcionária do IPASGO e ex-primeira dama atuante, querida pelo povo e excelente mãe. Entre suas virtudes inclui a paciência com meu amigo Rogério Troncoso, por concidência seu marido.
http://4.bp.blogspot.com/-L8DIgFEYzo4/TkXBPDYTH-I/AAAAAAAABZU/HniLaa3lKUk/s320/DSC00545.JPG
Hoje foi o dia de começar a volta. Depois de acampar três noites antes de seguir para Prudue Bay e mais cinco noites após a volta (um hotel, um clube e três na barraca) eu já estava apaixonado pela cidade e pelos proprietários da casa onde fiquei.

Após a despedida calorosa, fomos comer dois sanduiches cada um antes de pegar a estrada. Saímnos de Fairbanks por volta das 14 hs. Andamos uma hora e a chuva pegou. Por volta das 20 hs ela deu uma trega suficiente para armarmos a barraca num camping que, por sorte, apareceu naquele momento.

Como durante a viagem ficara com preguiça de pegar no alforge a terceira luva, hoje foi o dia que mais passei frio nas mãos em toda a viagem. Ficava pensando, daqui a pouco a chuva passa, daqui a pouco, e quando parei estava com as mãos duras. Quando desci da moto vi um fogo acesso entre dois trailers e corri para esquentá-las. Depois que fui descobrir que eram dois casais de alemães.
http://1.bp.blogspot.com/-g2-pC6u1wN8/TkW_vxopSHI/AAAAAAAABZM/W1ikGyqndqM/s320/DSC00557.JPG
Normalmente uso uma luva de esquiador coberta com uma luva de servente de pedreiro. Quando o frio aperta coloca por baixo das duas uma luva de lã e tem me garantido uma pilotagem, até certo ponto, confortável.

Dormimos ouvindo o barulho da chuva. Devido à chuva, não tiramos fotos na estrada, somente essas do local onde dormimos.

Dolor
06-10-11, 10:16
11/08/2011 - quinta-feira - 111o. dia

Dedico este post ao Erick Leite, filho do meu amigo Rui Leite. Ele que é um excelente instrumentista e boa entonação vocal. Falta-lhe, na minha opinião, enfrentar um grande centro para tornar-se nacionalmente conhecido.

Acordamos ouvindo o barulho da chuva e já aproximava das 9 hs. Um loninha que compramos para cobrir a barraca, com medo das chuvas fortes que ocorrem na região, tem sido muito boa para escurecer a barraca nas noites claras daqui e, com isso, podemos dormirmos mais.

Por volta das 10:30 a chuva deu uma trégua e levantamos acampamento.
http://2.bp.blogspot.com/-m85ZXtCecoE/TkXIdqLv_oI/AAAAAAAABZs/9JwZFYg2lxs/s320/DSC00569.JPG
A viagem de hoje foi quase toda em estrada que já passamos. Seria uma monotonia não fosse um fato novo. A montanha que circulamos por uns 400 km na ida, com algum cume nevado, agora estava toda nevada. A montanha gelada de um lado, o vento forte emanado dela e a chuva de cima durou quase todo o dia. Até minha terceira luva, uma de lã que usei somente dois dias nas proximidades de Prudue Bay, foi retirada da mala. Apesar do frio a paisagem era muito bonita. Pena que a chuva dificultou as fotos.
http://3.bp.blogspot.com/-g3LZ7fJielU/TkXE_GW9-ZI/AAAAAAAABZg/chsx_o84skY/s320/DSC00600.JPG
Hoje foi dia novamente de passarmos pela placa do Alaska. Na ida dormimos próximo dela, agora fizemos nosso almoço na cobertura que fica próximo da mesma. Agora estamos na região chamada Yucon do Canadá.

Depois de pilotar 454 km sob essa tensão paramos para acampar num local com muito vento que dificultou armarmos a barraca, mas o cansaço era grande para continuarmos, e estava estiado mas com nuvens pesadas para frente.
http://4.bp.blogspot.com/-5ePM6WeAWTA/TkXK1ow2IHI/AAAAAAAABZ0/xaQKu8PRMfw/s320/DSC00566.JPG

Dolor
06-10-11, 10:18
12/11/2011 - sexta-feira - 112o. dia

Dedico este Post à empresária Divina do Altomari. Minha companheira de balada. Já gostava do seu jeitão, mas passei ser seu fã após sua participação no desfile de modas.
http://3.bp.blogspot.com/-6lKLDsO37Qs/TkXSo0HqEXI/AAAAAAAABaM/tPsdKcRDhas/s320/DSC00608.JPG
Um vento forte, mas muito forte, sacudiu a barraca a noite inteira acompanhado de uma chuva intermitente. Não conseguimos dormir direito.

Toda a viagem de hoje foi em estradas já caminhadas, com incremento da neve nos cumes, conforme já mencionei.

Neste momento estamos novamente em Whitehorse vindo do Alaska e, sendo repetitivo, não tiramos mais fotos por causa da chuva. Dessa vez pegamos uma chuva tão forte como as que ocorrem no verão brasileiro.

Vou escrever pouco porque ficamos muito tempo na internet. As fotos são muito pesadas e, em média, gasto 4 minutos para subir cada uma para o Blog.

Dolor
06-10-11, 10:21
13/08/2011 - Sábado - 113o. dia

Dedico este Post este Post ao Joaquim Guilherme, político influente, empresário competente e personalidade querida em Morrinhos. Ele que é concessionário da TV Comunitária local e tem divulgado minha viagem.


Depois de vários dias consecutivos acordando e pilotando debaixo de chuva, hoje mudou o tempo. Acordamos com sol e viajamos com ele quase o tempo todo; tomamos somente alguns chuvisqueiros.

Com exceção dos últimos 100 km, a estrada foi a mesma que passamos na ida: Tok, Whitehorse e Watson Lake.

A única novidade foi a Floresta de Placa (Sign Post Forest) existente em Watson Lake. Segundo dados levantados mensalmente, cujos números são fixados na parede, no local estão afixados 71.000 placas. Achei o local um pouco descuidado com algumas placas caídas, tombadas, descoradas e podres. Andei pouco pelos longos corredores e vi somente uma do Brasil.
http://2.bp.blogspot.com/-MXWW8ffG8rw/TknvLn8yPvI/AAAAAAAABaY/E4ssWhPR44c/s320/DSC00674.JPG
Apesar da insistência da Edivânia eu não quis trazer uma placa nossa para afixar no local. Sabia, pelas leituras da internet, que é muito raro as pessoas caminharem todas as ruas da floresta e também para não carregar peso desnecessário.
http://2.bp.blogspot.com/-lrtSF6YaGxE/TknuffN1n5I/AAAAAAAABaQ/uLS1VmZUs08/s320/DSC00697.JPG
Após Watson Lake rodamos 100 km antes de acampar numa Rest Área. Desses, 16 km foram em estrada de cascalho, super lisa; muito perigosa.

Dolor
06-10-11, 10:25
14/08/2011 - Domingo - Dia dos Pais - 113o dia
Dedico este Post aos meus filhos Marcelo, Murilo e Aline pelo contato e manifestações pela passagem do dias dos pais. Também, para pedir perdão por nunca ter sido o pai que um filho gostaria de ter.
http://1.bp.blogspot.com/-dr0_23DWfXU/Tkn1HgMm64I/AAAAAAAABaw/EPx52c_hktg/s320/DSC00751.JPG
Hoje comemora o dia dos pais no Brasil e foi a passagem mais fria da minha vida; em três sentidos: 1) passei muito frio na estrada, 2) o mais distante em espaço dos meus filhos e 3) o mais distante da amizade dos meus filhos.

Hoje as meditações na solidão do capacete foi fazendo uma retrospectiva da minha condição de pai. Comecei desde o nascimento do primeiro filho até o dia de hoje. O pior que o coração doeu o dia todo por chegar a seguinte conclusão: fui um péssimo pai.

O filme começa desde quando o Marcelo, meu mais velho, hoje com 33 anos, tinha 2 anos de idade. Não gosto nem de lembrar das chineladas que dava no garoto ainda nessa idade. Depois passa para idade escolar quando eu assumi a condição de cobrador e castigador. Enquanto a mãe entrava com o carinho, eu, lamentavelmente, entrava com o castigo; a mãe dava abraços e eu chineladas; a mãe dava os melhores presentes que eles queriam e eu proibia o uso dos mesmos em razão das notas baixas. Ao ver minha filha educar sua filhinha sem bater, meu coração dói de arrependimento.
http://3.bp.blogspot.com/-tFv9MbEZsbI/Tkn14sJp0WI/AAAAAAAABbE/JJFoANOxz44/s320/DSC00716.JPG
Certa vez, jamais esquecerei, quando cheguei em casa do serviço as crianças vieram correndo me chamar para vê-las dar cambalhota em cima da cama. Nesse momento, inexplicavelmente, comecei a gritar com eles, acho que até tapas dei. Esse dia foi o marco para eu atacar e acabar com minha irritabilidade. Foi a partir desse dia que fiz a seguinte pergunta: “Sinomar! É desse jeito que você quer ser amigo dos seus filhos?”. Mas vejo, hoje, que esse auto-questionamento não foi feito em outros aspéctos da nossa convivência.

Outra vez, o Murilo, o do meio, fazendo pirraça, ameaçou saltar do apartamento de onde morávamos. Eu, criminosamente, fui na cozinha, peguei uma cadeira, posicionei-a perto da janela, mandei-o subir e dei-lhe de cinto dizendo o seguinte: “pula! Você agora vai pular! Pula!”. A cada palavra minha era uma cintada. Sem ele pular, até hoje não esqueço, imaginem se ele tivesse pulado. Cor certeza, hoje estaria mais amargurado do que estou.

A Aline por ser a mais nova, me pegou bastante mudado. Mas mesmo assim, fui muito rigoroso com ela.

De positivo, vieram na minha cabeça apenas duas recordações: uma com a Aline, situação na qual me senti um “pai-heroi”, foi quando o Diretor do colégio onde ela estudava a 8a. Série, me chamou à instituição para me entregar sua transferência, alegando que ela e outras quatro adolescente não poderiam mais estudar naquela escola. Eu, de ímpeto, na presença da minha filha, retruquei, alegando que ela só sairia do colégio, antes de terminar o ano, com determinação do Juíz de Direito. Resultado: ela terminou o ano e, me proporcionou como prêmio, tornando-se uma aluna exemplar.

A segunda foi quando já tinha perdido todas as esperanças com o sucesso profissional do Marcelo e ele veio me pedir para pagar um curso de Programação de computador na linguagem Java. Eu neguei, mas depois de chorarmos juntos, paguei. Hoje é a profissão com a qual sustenta sua família.

Agora, depois de velho, minha avaliação foi pior ainda. Eu que sempre repeti a frase que “honestidade era obrigação e ética uma virtude”, quebrei uma ética e um princípio que norteia família brasileira e a nossa família também. Depois de dedicar 30 anos da minha vida ao lado deles, tomei a decisão de recomeçar minha vida, fora do lar onde os criara. Achava que para ser feliz tinha que viver de forma diferente o que seria incompatível com o antigo lar. É claro que quebrando esse princípio e tornando-me antitético nessa questão eu quebrei a confiança e admiração dos meus filhos. Principalmente porque causei sofrimento para a pessoa que elas mais amavam: sua mãe.

Para piorar, minhas reflexões não foram positivas com relação às noras e genro. Nunca procurei a transformá-las em aliadas, conquistando suas simpatias. Eu que fui um exemplar cúmplice da minha sogra, negligenciei com as noras. Se tivesse agido diferente, talvez hoje pudesse, pelo menos, estar recebendo fotos da Sophie, minha neta, escondido do meu filho Marcelo.

Meu erro foi tratá-las como filhas ou amigos. Quando não concordo com atitudes delas falo como se estivesse falando com meus filhos. Filhos e amigos concorda ou discorda na presença; mas as noras e os genros se magoam. Eu pensava que, casadas com meus filhos, tornaram-se minhas filhas também.

Portanto como meus filhos poderão gostar de um pai como este? Que na infância não foi bom; na adolescência ruim e depois de velho pior ainda, trazendo-lhes problemas e tristeza.

Nunca saiu da minha cabeça um slogan da Encicoplédia Barsa, mais ou menos assim: “O sucesso de um pai é avaliado pela cultura dos seus filhos”. Consegui esse resultado, porém, os meios utilizados não foram os adequados. A Enciclopédia não me deu essa orientação e a vida não é como as estradas. Estas, se a gente erra, pode voltar e retomar o caminho.


Quanto ao frio físico que passei hoje, foi demasiado forte. Pilotei aproximadamente 300 km entre duas serras com um rio ou lago no meio. Uma paisagem muito linda, porém uma chuva fria, também me acompanhou todo o dia. Vimos muitos bichos na estrada, mas a chuva impossibilitou

Dolor
06-10-11, 18:10
GCFC Sinomar:

Infelizmente os filhos quando nascem, não trazem com eles, o manual de funcionamento.

Tudo o que fizeste, ou fizemos, foi sempre motivado pelo acerto e só mais tarde, quando olhamos para trás, principalmente vendo-os agora como pessoas decentes e honestas, é que avaliamos o quanto severo podemos ter sido.

Não existe cicatriz sem ter havido uma ferida, assim como, nada daquilo que hoje pensas exagerado foi para o mal deles.

Que os nossos filhos possam nos ter como uma referencia e que melhorem como pais, se assim puderem.

Se tudo deu certo, vamos ver se conseguimos recuperar alguns anéis, ou quem sabe, alguns dedos!

Parabéns por este "mea culpa" que retrata muito bem a bondade e a grandeza do teu coração.

Muito tocante a tua reflexão!

Abraços e parabéns mesmo que tardio pelo Dia dos Pais.

Tu mereces!

Abraços
Dolor
Fazedores de Chuva
Presidente

Renan Xavier
07-10-11, 09:50
15/08/2011 - Segunda-feira - 115o. dia

Dedico este Post ao Tiago Mendonça, Presidente do Sindicato Rural. Ele que contribuiu com o motociclismo e com o Turismo de Morrinhos, ao ceder as instalações da Pecuária no último encontro da classe. Também foi de onde iniciei minha jornada.

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Após tomar chuva ontem, dormimos ouvindo-a. Porém preocupados, tendo em vista que não tive como estaiar a barraca e a cobertura encostando na parte interna permite a entrada de água. Hoje de manhã constatamos que entrou água, mas como nossos colchões são grossos, dormimos sem sentir a umidade.

O percurso foi de estradão; pilotando direto a 100 km/h. Rodei apenas 310 km e já cheguei à linda cidade de Forth St. John. Aqui resolvi ficar num hotel para lavar as roupas e também trocar o óleo da Celestina que ficou agendado para amanhã.

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O Centro de informação daqui me ofereceu um atendimento digno de primeiro mundo. Ligou para os hoteis e encontrou o preço que me satisfazia e ligou para a oficina autorizada da Honda e agendou o atendimento. Sem contar os mapas e a relação de serviços dos estados do Canadá que ainda vou passar.

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Renan Xavier
07-10-11, 10:15
16/08/2011 - Terça-feira - 116. dias

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Dedico este Blog à Eneida Figueiredo. Ex-primeira dama atuante e pessoa muito querida na comunidade Morrinhense. Política enérgica que já debutou nas urnas. Depois que o sangue é contaminado com as urnas, fica difícil afastar.

Como a oficina para troca de óleo da Celestina estava agendada para as 13 hs, aproveitamos o hotel o máximo que era até as 11hs. Chegamos na concessionária Honda uma hora antes. Aproveitei para mandar olhar as pastilhas do freio dianteiro.

Duas horas depois veio a facada da conta: U$ 324,54 para trocar pastilhas, óleo e filtro de óleo. Achei um absurdo e não adiantou choro.

Atenção mecânicos de motos do Brasil! Candidatem-se a um imigração legal para o Canadá! Eles estão procurando. Venham arrumar motocicletas aqui. Porem, aqui não tem motos de 100, 125 ou150 cc. O negócio aqui é de 600 pra riba. Tem quadricículos para dar com pau, também.

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Depois da conta me deu uma pressa danada de deixar a cidade.

No trajeto passamos por uma cidade por nome de Grande Praire. Na entrada dessa cidade tem um placa informando uma população próximo dos 60 mil habitantes, mas acho que tem mais.

A cidade mais bonita do mundo para mim, até hoje, é o Rio de Janeiro e depois Acapulco no México, ambas pelas suas belezas naturais. Mas, sem dúvida, Grande Praire é a cidade mais bonita que já vi até hoje, não pelas belezas naturais, mas pela beleza produzida pelo homem, tanto em termos de arquitetura, como em urbanismo e ornamentação.

Como chegamos ao enterdacer, vimos um camping mantido pelo Rotary que fica ao lado de uma belíssima escola, com vistas a acamparmos. Não conseguimos pernoitar porque o mesmo estava lotado. A área é tão bem cuidada e arborizada que as pessoas montaram seus trails no local e moram neles.

Não tiramos mais fotos da cidade porque acabou o cartão da máquina e já estava tarde.

Como as terras da região são muito férteis, com plantações de trigo na fase de amadurecimento, estava difícil encontrar local para dormir, por isso entramos numa dessas fazendas e pedimos acampamento, o que nos foi prontamente cedido.Hoje de manhã foram levar leite, bolo e Cooke para o nosso café da manhã.

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Renan Xavier
07-10-11, 10:17
17/08/2011 - Quarta-feira - 117o. dia.

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Dedico este Post, pela terceira vez, à minha filha Aline Godois e minha irmã Cida de Goiatuba. Ambas aniversariantes no dia de hoje.

Hoje é aniversário da minha filha Aline e da minha irmã Cida. Ajeitei o trajeto para parar num Mac Donalds para falar com as duas.

Agora voltei apegar estradas com pistas duplas e a viagem rende que é uma beleza. Mas, como já escrevi anteriormente, as Freeways são frias e monótonas. A viagem fica meio sem graça. Logo que puder vou largá-las.

Atenção motociclistas! Não cometam o mesmo erro que eu, o qual vou contar agora. Um ano planejando a viagem e não lembrei de trazer a chave de ignição reserva! Acriditem a minha resolveu quebrar hoje.

Felizmente já estamos perto de uma cidade grande Edmonton e, principalmente, porque tem muita gente boa nesse mundo. A chave quebrou dentro do tambor da tampa do tanque. Então diversos clientes e o dono do posto foi tentar retirá-la, até que um conseguiu. Mas não adiantou o esforço tendo em vista que eu já estava na reserva de gasolina e o tanque não abriu. Então o proprietário do posto me passou os telefones de dois chaveiros da região e um cliente se prontificou a telefonar para mim. Como já era mais de 19 hs um não atendeu, mais o outro veio me dar socorro.

Meu inglês é ruim em qualquer lugar, mas aqui no Canadá é pior; ninguém me entende. Então eu tentava explicar para o chaveiro que a chave era codificada ele não entendia e nem fazia força para entender. Pegou a chave velha e já foi fazendo uma cópia. Depois de abrir a tampa do tanque e ligar a ignição todos comemoraram, menos eu. Quando dei partida quem disse que ela pegava. Teimaram que era falta de gasolina. Abasteci e tentamos de novo, nada. Depois de algumas tentativas o chaveiro teve uma ideia de utilizar a chave nova em conjunto com a chave velha e a moto funcionou. De agora em diante tenho que andar com duas chaves. O chaveiro me cobrou U$ 100, mas como eu só tinha U$ 60 na bolsa, ele fez por esse valor e saiu reclamando.

Acampei numa área gramada no fundo do posto, devido o adiantado da hora.


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Renan Xavier
07-10-11, 10:20
18/08/2011 - Quinta-feira - 118o dia

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Dedico este Post ao Jornalista, colunista e Programador Kleber França. Pessoa religiosa, equilibrada e de bom coração e profissional dedicado.


Passamos quase todo o dia em Edimonton. Internet, passeios pela cidade e supermercado. Falar que as cidades do Canadá são bonitas é repetitivo, por isso deixarei de menscionar. Por voltadas 17 horas tomamos a estrada. Depois de rodado un 40 km paramos para abastecer e a surpresa: a tampa do tanque engripou e não abriu. Como Nossa Senhora protetora dos motociclistas é poderosa, logo apareceu um homem que vendo meu problema me fez seguí-lo por uns 20 km para frente e me levou-nos num amigo dele que, com ferramentas especiais, destravou a tampa e me deu o veredito: outra nova. Ambos não me cobrarma nada.

Com esse diagnóstico resolvemos dormir por ali mesmo e aguardar o dia seguinte, tendo em vista que em Edmonton tem três concessionárias Honda e seria mais fácil encontrar a tampa.


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Renan Xavier
07-10-11, 10:26
19/08/2011 - sexta-feira - 119o dia

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Dedico este Post a Jacob Bussmann Filho, ele que é motociclista de Guaratinguetá e empresário proprietário das Confecções Kellynha. Somos grandes amigos sem nunca ter visto um ao outro. Qualquer uma das minha idas ao Rio de Janeiro filo um pouso na sua casa.

Procuramos uma das concessionárias e nela fomos muito atendidos. Como não tinham a tampa, prontificaram a ligar nas outras duas que também não tinham. Tirei fotos do gerente e o vendedor que me atenderam.

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Uma foto mostra a chave emendada, um artifício para “dobrar” a Celestina e fazê-la “pensar” que a chave é codificada e como estou tampando o tanque. Para piorar fui fazer um suspiro de canudinho para evitar que a fita seja ejetada, deixei um pedaço cair dentro da tanque. Agora piloto pensando nas diversas possibilidades desse objeto me atrapalhar: entrar de cabeça para baixo na bomba de gasolina, derreter aos poucos e entupir os carburadores, etc

As próximas cidades grandes que passarei são Regina e Winimpeg, onde tentarei. O pedido demora três dias para chegar, mas como é final de semana teria que esperar cinco ou seis dias.

Renan Xavier
07-10-11, 10:28
20/08/2011 - Sábado - 120o dia

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Dedico este Post ao meu filho Murilo, aniversariente de hoje, bem como à sua esposa Pati. Nesse momento, 20 hs aí do Brasil, os dois estão recebendo os amigos para uma comemoração digna dos 31 anos. Cada aniversário de filho o pai comemora um envelhecimento.


Roteiro de Ontem: Edmonton – Lloydminister
Roteiro de hoje: Lloydminster – North Batteford e Saskatoon

Tentei chegar a Kaskatoon, cidade grande, antes do comércio fechar para ver se encontrava uma Honda, mas não foi possível, chegamos já por volta das 13:30 hs. Almoçamos num Mac Donalds, um dos poucos sem Wi-Fi, que encontramos na estrada. Então fomos procurar um Starbucks para mandar uma mensagem ao meu filho aniversariante e atualizar meu Blog.

Demoramos um pouco a achar. Depois de instalados apareceu um jornalista do Jornal The Star Phonix me convidando para acompanhá-lo até a sede do seu Jornal para uma reportagem. A entrevista, apesar da ajuda do Tradutor do Google, foi demorada. Depois ainda tive que esperar o fotografo vir até o café para tirar foto da moto e de nós.

Agora, nesse momento estou acabando de atualizar, às 18 hs daqui, sem saber onde vamos dormir. A Edivânia não aceita ficar em hotel ainda. Ela que estabelece os dias de hospedarmos em hotel. Mas a nossa preocupação é a mesma de quem já está com hotel reservado e pago, ou seja: nenhuma preocupação.

Por falar em preocupação, hoje completa 4 meses de viagem e a sensação que temos é de que saímos na semana passada. Nem estamos vendo o tempo passar. Recomendo: quem não quiser sentir o tempo passar, VIAJE!

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Renan Xavier
07-10-11, 10:30
21/08/2011 - domingo - 121o. dias

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Dedico este Post ao meu ex-colega de Trabalho e amigo Luizmar Mendes da Costa e sua esposa Lila. Foram muitos anos de trabalho juntos e uma amizade duradora.



Ontem deu trabalho para sair de Saskatoon. No Canadá, Saskatoon foi a cidade em que a Celestina fez mais sucesso. As pessoas passavam na rua e paravam para admirá-la; alguns atravessavam a rua e outros entrava no Starbucks para nos procurarem, como fez o jornalista. Depois que saimos do café e começamos a nos preparar para sair, novas abordagens e fotos.

De onde estávamos sentado no café, dava para ver a Celestina na rua; estava bem perto do vidro e por isso víamos todos os movimentos, inclusive do guarda de trânsito multando os carros que não pagaram o estacionamento. Para a Celestina ele só deu um a olhada e segui para frente; meu coração palpitou, tendo em vista que também não tinha pago.

Do vidro vimos uma cena que me emocionou muito. A companheira de um homem cego, ambos na minha faixa de idade, parou em frente a Celestina e a mulher parecia descrever a moto para ele. Ambos riam. Ela carinhosamente, pegou a mão dele e colocou em cima da bagagem da moto. Posteriormente ele largou a mão da acompanhante e começou a palpar a moto de forma que ia circulando-a e tocando inclusive no pneu, como se avaliasse o tamanho da moto pela grossura do pneu,

Essa cena me fez lembrar de um filme que meu amigo Rui Leite diz ter visto na internet. Trata-se de um cego que chega na concessionária de motos, passa a mão em diversas e depois mostra ele pagando e pegando a chave da máquina. O filme cria um certo suspense de como ele iria pilotá-la. Na sequência o filme começa fazendo uma tomada do seu rosto tomando vento, depois a câmara vai abrindo e mostra as roupas voando; posteriormente ele em cima da moto e a paisagem correndo do outro lado. O filme é finalizado mostrando a moto em cima de um caminhão e ele sentado em condição de pilotagem. Moral da história: não é por causa das suas deficiências que você vai deixar de se sentir feliz.

Esse acontecimento, do deficiente visual apalpando minha moto, fez-me viajar o resto do dia meditando sobre a condição humana. Como pode, né? Conheço pessoas ricas, sadias, bonitas e sem deficiências e são depressivas. Talvez, nunca tenham sentido a felicidade que aquele homem teve de “enxergar” a Celestina através do tato. Essas pessoas esperam a vida toda por um grande acontecimento e não curtem os pequenos e singulares momentos da vida.

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Existem pessoas que tem vergonha de ser careca e depois tem vergonha de usar peruca; tem gente que tem vergonha de possuir um carro velho, mas depois tem vergonha do banco tomando o carro novo; tem gente que morre de vontade de dançar ou conquistar uma pessoa, mas tem vergonha de dar o primeiro passo. Aquele homem, não! Ele não teve vergonha de se expor apalpando uma moto. Pelo contrário, estava bem feliz.

Sua companheira, provalvemente esposa, me deu outra lição de vida. O carinho que ela aparentava naquele momento era impressionante. Ela não apresentava preocupação nenhuma com o resto mundo. Naquele momento o mais importante era a felicidade daquele homem. Quantos cônjuges são recreminados pelo outro por fazer uma infantilidade. São nas infantilidades que encontramos a felicidade. Essa censura, muitas vezes motivada, por ciume, é que vai minando o relacionamento vagarosamente. A corrosão provocada pelo sal, no ferro é danosa mas é perceptivel, entretanto a corrosão do amor é imperceptível.

Envolto com esses pensamentos, acordei com a Edivânia batendo nas minhas costas dando sinal que era hora de procurarmos local para dormir.Logo em seguida apareceu a entrada de uma pequena cidade e eu dei seta. Temos um macete para encontrar as “vítimas” dos nossos acampamentos. O primeiro critério é a casa possuir um trail estacionado ao lado. Esta é a senha de gente que gosta de aventura e já precisou da ajuda de alguém. O segundo é possuir um gramado discreto onde não ficamos muito expostos. Seguindo este critério escolhemos a “vitima” e lá fui eu bater na porta. Para resumir, não só acampamos como ganhamos um super banho e um café da manhã.

O casal aparece numa foto e os nomes deles são Conrad e Joyce Opdeahl, que moram na pequena cidade de Hanley, no Canadá e próximo de Saskatoon.

http://3.bp.blogspot.com/-UgWlYXtkGXE/TlLaKqkTMkI/AAAAAAAABdk/hMIoC78ZomU/s320/DSC01056.JPG

Renan Xavier
07-10-11, 10:33
22/08/2011 - Segunda - 122o. dia - Prestação de conta

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Ofereço este Post ao meu irmão, aniversariante de hoje. Ele e sua carinhosa esposa Nilzete estão festajando essa data tão importante na vida dos dois. Ela que é muito carinhosa com, certamente fez um saboroso bolo de aniversário.

As estradas do Canadá são ótimas. Porem nos últimos 2000 km são extremamente retas e as cidades longes uma das outras. Cada cidade mais importante dista, em média, 500 km uma da outra. E as pequenas cidades, normalmente, ficam retiradas 2 a 5 km da rodovia. Também acabaram as expectativas de ver bichos. A viagem tem sido meio chatas e demoradas. A sorte é que temos dormido muito e o sono não bate durante a viagem.

Porém nos últimos 300 km, já chegando em Winnipeg, a emoção apareceu. Pilotei sob um vento muito forte que me lembrou da Patagonia. O cansaço foi muito grande.

Chegando à Winnipeg, fui direto procurar uma concessionária para ver se encontraria a tampa do tanque. Na primeira que me informaram só vendia carro, dessa me informaram a correta. Depois do vendedor informar que não tinha e que demoraria 3 dias para chegar, ele numa última olhada encontrou a danada. Fuito feliz, serrei um café da loja e parti.

Como tínhamos que fazer compras para o dia seguinte, paramos na porta de um supermercado, ao lado de um carro cuja dona guardava suas compras ao lado de uma criancinha, no banco traseiro. Tratava-se de uma linda mulher. Ela parou suas atividades para vir conversar com conosco. Em poucas palavras ela tirou U$ 20,00 e nos deu para tomar um café. A foto dela aparece no Blog.

Saímos do supermercado e fomos abastecer a moto, já de tampa nova, com vistas a dar mais um giro pela cidade e pegar a rodovia. Quando entrei no posto para pagar o casal proprietário veio conversar comigo. Depois de algumas palavras o homem foi até a geladeira e pegou dois litros de água e um litro de leite e nos deu de presente. A foto do casal aparece numa foto, também.

Winnipeg foi uma cidade que nos trouxe sorte, na saída encontramos um camping com água quente para banho, onde acampamos sem pagar nada.

http://1.bp.blogspot.com/-2wQiIwUiCLc/TlQS7sV59uI/AAAAAAAABfM/KWPrNJOMSOA/s320/DSC01160.JPG



Ontem completou 4 meses de viagem, por isso, aqui vai minha prestação de contas.


Prestação decontas dos: 120 dias

mês Anterior mês atual Acumulado Media
Litros 1.442,64 493,39 1.936,03
Gasolina 2.845,22 1.138,48 3.983,70 33,20
Alimentos 2.813,34 1.273,48 4.086,82 34,06
Passeio 708,01 ,00 708,01 5,90
Moto 232,83 1.336,21 1.569,04 13,08
Hotel 1.187,51 232,70 1.420,21 11,84
Aduana 534,72 ,00 534,72 4,46
Pedágio 103,24 ,00 103,24 ,86
Avião 2.046,78 ,00 2.046,78 17,06
Roupas 2.263,84 92,79 2.356,63 19,64
Medicamentos 49,00 26,50 75,50 ,63
Equipamentos 445,61 511,94 957,55 7,98
Outros 356,54 21,51 378,05 3,15





TOTAIS 13.586,64 4.633,61 18.220,25 151,84

Inicial Atual Rodado Media
Odômetro 56345 87847 31502 262,52

http://4.bp.blogspot.com/-w_XUrQMLo6o/TlQVPu6z9qI/AAAAAAAABfY/jZnmnEExbRA/s320/DSC01136.JPG

Dolor
08-10-11, 02:52
Somos notícia no Canadá
Importante jornal do Canadá divulga nossa aventura.





http://www.thestarphoenix.com/news/Saskatoon+kilometre+crazy+from+Brazil/5292158/story.html

Dolor
08-10-11, 02:55
23/08 - terça-feira - 123o. dia

Dedico este Post a Andiara Jungmann e sua mãe Kate. A Kate amiga de longa data; a filha conheci criancinha e hoje já tem várias criancinhas. Tô ficando velho. Ambas excelentes funcionárias públicas.

Novamente a imigração americana nos barrou. Do Canadá para os USA foi pior que na divisa com o México. Primeiro foram os questionamentos do guichê principal: de onde vinha, por onde passei, se a moto era brasileira, o que a Edivânia era minha, etc. Não satisfeita nos encaminhou para à sala de vistoria no. 1.

Depois de esperar um pouco, veio o oficial que determinou que entrassemos com a moto. Daí, com os passaportes, repetiu as mesmas perguntas respondidas no guichê e fez com que eu tirasse os mapas e lhe mostrasse todo meu trajeto de subida dentro dos USA, Canadá e Alaska. Ainda implicou por eu não ter um único mapa do Canadá e sim de cada estado.

Eu acho que eles pensam que estou traficando a Edivânia, porque não parava de observá-la. Após contar meus dólares, mandou que entrássemos na sala de espera, tendo em vista que iriam vistoriar a moto. Da sala dava para ver a moto e as ações dos inspetores ao redor dela. O oficial que nos mandou para sala vistoriou a bolsa do tanque, que já estava aberta devido aos mapas e a mochila que a Edivânia carrega, que também já estava aberta.

Depois assistimos a seguinte sena: ele rodeou a bagagem da Celestina e chamou outro que fez a mesma coisa. Depois foram chegando oficiais, todos em torno da moto, mas só tocavam de leve na bagagem. Também a Celestina está parecendo uma carroça de mascate, ou daquelas carrocinhas de mão de andarilhos do asfalto: tem saco pendurado para todo quanto é lado. Como acabou o frio e a chuva, fomos amarrando as roupas usadas para estes fins. Para chuva tem um macacão super grande que nem usei. Era para o caso das roupas novas vazassem água, como foram eficazes, não o usei; uma jaquetinha de plástico minha e um conjunto calça e blusa da Edivânia. Para frio sobraram os forros das jaquetas e das calças de motociclista dos dois. Além dos sacos contendo de tudo, até um chuveiro de camping, que não sei porque comprei e a Edivânia não deixa eu descartá-lo, estamos carregando.
Acho que eles afinaram, em mexer naquilo tudo.
http://2.bp.blogspot.com/-k4KdrgJtVNY/TlarERZbJeI/AAAAAAAABf0/11b5gF-NxFs/s320/DSC01226.JPG
Quandos nos autorizaram a deixar a sala contamos sete oficiais que ficaram assistindo a gente organizar as poucas coisas mexida. A cada ação minha, olhava para eles e eles na mesma posição; nenhum saiu ou sequer se movia. O ritual para um motociclista empreender marcha é bem demorado: tira óculos, poe capacete, coloca óculos, coloca blusa, calça as luvas e ainda tíhamos que guardar as coisas dentro da mala do tanque e dentro da mochila. A mala do tanque, só para fechar, gasta uns 5 minutos de tão cheia que está. Tudo isso foi feito com os sete oficiais nos olhando. Dei partida na moto e nos mandamos.

Considerando que a freeway 29 estava muito reta resolvemos deixá-la e pegar a Rodovia no. 2, que passa por pequenas cidades. Rodamos por esta rodovia até anoitecer.

Dolor
09-10-11, 12:51
24/08/2011 - quarta-feira - 124o. dia

Dedico este Post ao Advogado Aloíso Francisco do Nascimento. Profissional atuante e eficaz, tanto na prefeitura como na área cívil. No tempo daTelegoiás éramos parceiros um ajudando ao outro. Ultimamente tomamos lados profissionais opostos, mas a amizade continua.
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Logo no inicio da viagem paramos num centro de informação ao turista, tendo em vista que deixamos o Estado de Dakota do Norte e entramos Minnesota. Na conversa com a senhora recepcionista ela me disse que a rodovia 371 que era mais bonita e com mais atrações turísticas que a 2. Então mudamos de rumo: deixamos de rodar para o Leste e tomamos a direção Sul. O objetivo final, que é Minneapolis não mudou. O que muda são as cidades intermediárias. Nunca vou saber se a troca foi boa, mas não me arrependi. Segundo informação das placas dos veículos, Minnesota tem 10.000 lagos, e muitos ficam ao lado da estrada que passei hoje. Uma região bem preparada para receber o turista, tendo, inclusive, um lindo cassino onde perdemos U$ 5 no caça-níqueis.
http://1.bp.blogspot.com/-wZARl6uf72E/TlaudF2cglI/AAAAAAAABf8/rKSmUQOp5FE/s320/DSC01311.JPG
A paisagem mais diversificada e o vento batendo na traseira tornaram a viagem menos cansativa que a de ontem. Desde o Canadá estávamos em estradas retas ladeadas por lavouras e pastagens que tornaram a viagem muito monótona. Agora somos surpreendidos a todo momento com um lago.

A noite quando fomos montar a barraca, abaixei perto da Celestina para pegar algo e a surpresa: tinha vazado óleo no cardã, perto do eixo. Não fosse o cansaço da pilotagem, eu teria perdido o sono.

Dolor
09-10-11, 12:52
25/08/2011 - Quinta-feira - 125o. dia
Hoje foi um dia parado em Minneapolis. Chegamos à oficina, antes dela abrir às 10 hs. Tinha dois motociclistas na minha frente de forma que fui rapidamente atendido. O recepcionista olhou o vazamento do cardã, pediu os dados da moto, foi ao computador, virou a tela para mim e mostrou duas ou três peças que não existiam em estoque, informando-me que não poderia abrir a moto sem ter essas peças disponíveis e elas demorariam entre 3 a 5 dias para chegar, salvo se eu pagasse U$ 60 para elas virem no “SEDEX” deles. Tentei convencê-lo a abrir, mas ele me convenceu ao contrário dizendo que uma das peças era um retentor que uma vez retirado, precisaria de um novo, independente de estar estragado ou não. Autorizei a o transporte urgente e fui para um hotel barato que o próprio recepcionista da oficina arrumou para mim.

Dolor
09-10-11, 12:56
26/08/2011 - sexta-feira - 126o. dia
Dedico este Post ao Advogado Onofre Alexandre. Uma das pessoas mais equilibradas, emocionalmente, que já conheci. Sua paciência para escutar e explicar é monástica. Correção com a legalidade, nem se fala. Ele sim é um bom religioso: dá exemplo de amor ao próximo.
http://2.bp.blogspot.com/-Sole81_ElP4/Tlp1LWOAqkI/AAAAAAAABgU/WerE9bBkF_Q/s320/DSC01371.JPG
Às 10 horas em ponto estávamos na porta da loja novamente. Porém as peças só foram chegar após as 12 hs. A loja tem uma sala bem confortável com TV, água e café quente e gostoso, além de Wi-Fi. Então me senti em casa. Depois da moto aberta o mecânico me informou que só haviam estragados um retentor e uma borracha de vedação que seguram o óleo dentro do Cardã. Informou-me, também que o problema deve ter sido causado por excesso de óleo. Engraçado que o Walter Marinheiro, meu amigo de Morrinhos, tinha-me falado dessa possibilidade. Uma vez ocorreu problema semelhante com a moto dele.
Por volta das 16 hs veio a conta: U$ 353,16 cujo rateio foi o seguinte: Peças: U$ 80,43; Mão-de-obra U$ 267,00 e taxas: U$ 5,73.
http://2.bp.blogspot.com/-Uu3kP02O8XM/TlvLRil4p4I/AAAAAAAABgk/g96CkxL4ukQ/s320/DSC01365.JPG
Apesar da conta meio salgada, para um brasileiro e, principalmente para um durão como eu, até que fiquei feliz. Tinha receio de ter rodado sem óleo no cardã e, por isso, suas engrenagens terem estragadas.
Não concordei muito com o diagnóstico de excesso de óleo, tendo em vista que troquei o óleo no México e a colocação do óleo é feita com a moto em pé e qualquer quantidade que passar do nível derrama. Acho que o problema foi ocasionado por dois fatores: idade e peso. Afinal já são 90 mil km rodados quase todos com bastante peso e, muitas vezes, em estradas sem pavimentação e subida de serra que exige muito do sistema de transmissão. A Celestinha j[á deve ter pecorrido quase 5 mil Km em estradas não pavimentadas.
Recolocamos toda a bagagem na Celestina e pegamos estrada novamente, antes passando pelo centro de Minneapolis e St. Paul.


Dolor
09-10-11, 13:00
27/08/2011 - Sábado - 127o. dia

Dedico este Post ao meu sobrinho Alex que tornou-se pai no dia 05/08. Dedico também à mãe Nayra e à filhinha Nathalia. Parabéns ao casal.


A viagem de hoje, apesar de ter mudado de estrada para ver se melhorava, foi muito sem graça. Na primeira estrada o transito era violento: muito carro, caminhão e muita velocidade, o que me impedia de apreciar a paisagem. Na outra, menos carros, um pouco mais longe, mas a paisagem é a mesma: lavouras e mais lavouras.
http://4.bp.blogspot.com/-S7j2EB1QyR0/TlvYb-0RmbI/AAAAAAAABg8/As5EyDSu9T0/s320/DSC01477.JPG
Após pilotar no cenário descrito anteriormente, chegamos a Green Bay, cidade industrial cujos acessos, em reforma, dificultaram nossa ida ao centro. Depois passamos por Manitowoc, outra cidade industrial em decadência. Acho que o DOWSIZE da AMBEV deve ter passado por lá. Uma grande fábrica ostentando três grandes garrafas da cerveja Budweiser parece estar desativada e ao seu redor, no centro da cidade, diversos prédios comerciais e residências estão abandonados. O comércio na entrada da cidade é pujante, mas deve ser por conta dos transeuntes da rodovia muito movimentada. Nos USA e no Canadá, talvez pelo alto poder aquisitivo que motiva o consumismo, pequenas cidades ostentam dois ou três grandes supermercados, além de outros negócios.

Mais em baixo. Continuando pela Roa 43 passamos por Sheboygan esta um pouco mais bonita, mas mal cuidada, com grama secando e jardim morrendo. O que salva nela é uma bonita praia. A invisibilidade da margem oposta devido a curvatura da terra e o tamanho do lago, trasmitem a sensação de estarmos ao lado do mar; até ondas a praia tem.
http://2.bp.blogspot.com/-lfFMxP8TRF0/TlvUw3mPSSI/AAAAAAAABg0/BlIEi1XuaTk/s320/DSC01487.JPG
Nesta cidade encontramos um parque e nele dormimos.

Dolor
09-10-11, 13:06
28/08/2011 - domingo - 128o dia

Vou dedicar este Post ao Advogado Murilo Alexandre que aniversaria amanhã (hoje quando escrevo). O Murilo que, entre seus 10 e 12 anos, por volta de 1992, ia lá para casa e, juntamente com seu xará, meu filho, desenvolviam jogos para computador, num CP-500 e depois num XT. Se tivessem seguido nessa arte, hoje estariam milionários.
http://3.bp.blogspot.com/-PFEhgiPYeLs/TlwTB-FbZsI/AAAAAAAABhc/qUr1i5M-C6M/s320/DSC01496.JPG Hoje fomos acordado as 6 hs da manhã por dez motociclistas, sendo uma mulher, que resolveram se encontrarem onde estávamos dormindo, para ir tomar café da manhã e rezar numa cidade próxima.
Chegaram perto da barraca chamando “brrasileiro!!” . Aí tive que levantar. Eles estavam bem humorados. Tudo que eu falava com meu minúsculo vocabulário inglês riam absurdo. Foram uns 30 minutos de conversa e risadas.
http://4.bp.blogspot.com/-PrkA0qPEP1o/TlwTep0pO2I/AAAAAAAABhs/R77sROAYa0E/s320/DSC01547.JPG
Chicago é simplesmente o máximo! Como diz um amigo meu: “Chicago é o bicho!”.
Em pleno domingo peguei três congestionamento e assisti a um quarto muito grande. Este quarto, na realidade foi o primeiro. Ele formava na pista oposta à minha e era motivada por uma festa. Cerca de 10 km de fila.
Tirando os congestionamentos, a cidade é, simplesmente, bela. Quem vier ao USA recomendo: venha visitá-la. Das grandes cidades foi a mais bonita que passei pelos Estados Unidos, até agora, inclusive Los Anges e São Francisco.
As fotos dirão mais do que o texto que eu escreveria aqui. Centenas ou milhares de pessoas passeando pelos parques e área costeira é contagiante.
http://1.bp.blogspot.com/--7wuOznkMPs/TlwUPueD3PI/AAAAAAAABiE/pmI4HCimhAY/s320/DSC01577.JPG
Outro problema que notei aqui foi uma certa segregação racial. A gente veio descendo pelo lado norte e as cidades que formam a região metropolitana de Chicago não viámos pessoas negras, a não ser dirigindo carro. A população era totalmente branca. Depois que rodamos o centro da cidade, partimos para Sul com vistas a pegar a rodovia rumo a Detroit. Foi então que passamos por uma grande extensão de bairros cuja população era predominantemente negra. Paramos uma vez para abastecer e duas vezes para procurar supermercado e tivemos a oportunidade de conviver com a irreverência de alguns deles. Trata-se de uma experiência inédita. Fique com vontade de passar alguns dias alí no meio daquele povo. Os cortes e arrumação do cabelo; as roupas, sobretudo as calças caindo dos homens. Tive que pedir informação umas três vezes e quando eles vianham me responder com o peito levantado, como para intimidar. Vinha um, logo aproximavam outros. A auto-estima deles é muito boa.
http://1.bp.blogspot.com/-mFeZ29fxxN8/TlwTJu02cNI/AAAAAAAABhg/1p0Ff4y4sEc/s320/DSC01510.JPG

Dolor
09-10-11, 13:08
29/08/2011 - segunda-feira - 129o. dia
Dedico este Post à Edileuza, funcionária de carreira da Prefeitura Municipal de Morrinhos e ex-secretaria executiva do ex-Prefeito Rogério Troncoso. Funcionária exemplar na execução das suas atribuições.
Ontem foi um dia que passamos por três estados americanos: Wiscosin, Illinois e Indiana. Dormimos em Indiana e, hoje rapidinho entramos no Estado do Michigan. Foi um dia de pouca estrada. Demoramos num Mac Donalds para atualizar o Blog cuja internet estava muito lenta. Depois vimos um hotel anunciando diária de U$ 39 e resolvemos parar para lavar as roupas.
http://4.bp.blogspot.com/-T-BpdxfrI6M/TlzlifMWg9I/AAAAAAAABig/Kpl84WzDcsc/s320/DSC01584.JPG
De forma que não temos muitas fotos da estrada ou das cidadezinhas pelas quais passamos. Assim vou adicionar mais algumas fotos de Chicago que não coloquei no Post de ontem, mas acho que justificam-se, pela beleza, além de duas fotos de placas.

Dolor
09-10-11, 13:11
30/08/2011 - Terça-feira - 130o. dia

Vou dedicar este Post ao Vereador e Comerciante Aluzair Rosa dos Santos. Tenho uma gratidão muito grande por ele ter cedido seu caminhão para eu sair do aluguel e ir para minha primeira casa própria. Na época, 1982, ele nem me conhecia e, mesmo assim, não me cobrou nada.
http://3.bp.blogspot.com/-n2uoAvO48vg/Tl5tvznGU1I/AAAAAAAABi4/06MD7yObQ54/s320/DSC01636.JPG
Hoje a atração principal foi Detroit. Fique grande parte do dia nessa cidade. Mas a metrópole não me fascinou como Chicago. Detroit é semelhante à Chicago em termos de industrias, arte, esporte e população. Mas Detroit não é tão bem cuidada como a outra.
Notei aqui a mesma segregação racial que lá. Aqui entrei pelo norte da cidade e parei num Mac Donalds para almoçar e 100% dos funcionários e 100% dos clientes que entraram na loja, exceto nós, eram negros. Foi a primeira loja da rede onde o banheiro é trancado e, para usá-lo, precisa que os recepcionistas o abrem remotamente. Depois, por volta das 18 hs, na saída sul, paramos para abastecer e entramos no Mac Donalds para acessar à internet e verificamos o oposto: nenhum negro.
http://1.bp.blogspot.com/-HzKL_-IZm0w/Tl50r9_-OSI/AAAAAAAABjE/hEah0JySspU/s320/DSC01662.JPG
O mais facinante da cidade para mim foi o estádio dos TIGER´s e a seda da GM. Olhando para os colossais prédios da Chevrolet nem dá para imaginar que a empresa esteve falida há dois anos.
A sede da Ford não é tão imponente e nem deu para fotografá-la. Ela fica à beira da Rodovia e quando a vimos já estava em cima.

Dolor
09-10-11, 13:27
31/08/2011 - Quarta-feira - 131o. dia - TOLEDO
Dedico este Post à mina Tia Luzia que é uma fortaleza de pessoa, apesar de seus 45 kg. Ela quem vem, mais uma vez, sofrendo com problema de saúde na família e se mantém firme e forte. Um abraço tia.

Devido à internet boa que encontrei, resolvi dividir o dia de hoje em dois Posts. Um para Toledo e outro para Cleveland.
http://1.bp.blogspot.com/-BosATP3EC9U/Tl-jzoqDNUI/AAAAAAAABkE/f8OGM32umQw/s320/DSC01770.JPG
Este é sobre Toledo. Uma cidade pequena cujo centro é bonito mas não gostei dos cuidados com os bairros.

As duas últimas fotos mostram como o cuidado da população é importante para uma cidade. Enquanto em bairros pobres de outras cidades víamos as gramas podadas, sem lixo na rua, canteiros floridos e vasos lindos pendurados nos postes e nas sacadas, em Toledo vimos um bairro parecidos com os da América Latina. Com muitos desocupados, alguns bêbados as 9 hs da manhã e o bairro horrível.

Viajei pensando na minha cidade de Morrinhos. Tem Blogs e contas no Facebooks para enaltecer os problemas da cidade e criticar os administradores, mas não tem Blogs e nem Facebooks para conclamar a população para ajudar a administração pública no embelezamento e cuidados com a cidade.
http://2.bp.blogspot.com/-PUZ4b2dzV0c/Tl-kR1a8xgI/AAAAAAAABkY/4T06W0YYHms/s320/DSC01827.JPG
Porque não se cria uma conta no Facebook para conclamar os moradores da Avenida Couto Magalhães? Poderia aproveitar o inicio da primavera, pendurar vasos nas guarirobas (sem pregos), colocar vasos nos canteiros ou mesmo o mudar os canteiros instalando flores. Se cada morador fizer um pouquinho, tenho certeza, a avenida ficará muito bonita.
http://2.bp.blogspot.com/-NZRlLZXpyFM/Tl-jUvI30YI/AAAAAAAABjs/h0lTGRUAeuA/s320/DSC01740.JPG
Na primeira foto, mostra nosso acampamento ao lado de um Mc Donalds. Infelizmente, não foi dessa vez que tive Wi-Fi na barraca.

Dolor
09-10-11, 13:31
31/08/2011 - Quarta-feira - 131o dia - CLEVELAND
Cleveland é muito bonita. Embora não tenho visitados bairros. Tanto a entrada como a saída é formado por industria e comércio de grande porte.
http://4.bp.blogspot.com/-sGl-nW_vU6k/Tl-pUjG50ZI/AAAAAAAABkk/1eIGHNeGq0c/s320/DSC01880.JPG
Hoje paguei meu primeiro Pedágio, desde que saí do México. Entre Toledo e Cleveland. Aqui é diferente. Você entra na estrada pedageada e recebe um ticket, emitido automaticamente, indicando o número da sua entrada. No cumpo tem a tabela de preços para cada uma das futuras saídas. Se seu dinheiro for pouco tem que agilizar na saída.
http://3.bp.blogspot.com/-9_CoPswtamw/Tl-qJSpy_4I/AAAAAAAABlI/wA1Zz0DyYfQ/s320/DSC01937.JPG
Veja o blog Anterior Sobre Toledo.

Dolor
09-10-11, 13:35
01/09/2011 - Quinta-feira - 132o dia - NIAGARA FALLS
http://2.bp.blogspot.com/-IrElAwS4Cq8/TmO4hmHop2I/AAAAAAAABl0/nDwJE2A10H8/s320/DSC02116.JPG
O parque Nacional do Niágara permite circulação de carros por isso foi fácil para nós. Depois também foi fácil entremenhar a Celestina no meio de outros carros em um estacionamento Free, já que os outros queria nos cobrar entre 5 e 10 dólares.
http://1.bp.blogspot.com/-8H1Af2DOBog/TmO4yyDAlLI/AAAAAAAABl4/HNHUbsQz9dk/s320/DSC02123.JPG
Na visualizalçao das cataratas tem uma free e outras opções mais caras como a vista por helicóptero. Optamos pelo passeio de barco no valor de U$ 13,50 melhor que uma descida caminhando por U$ 11. No passeio de barco já estava a visualização na torre que custa U$ 1.
http://2.bp.blogspot.com/-qOJjZ6UqOG8/TmO5nB36YqI/AAAAAAAABmE/BIOX0yu1a0s/s320/DSC02150.JPG
Era meu sonho visitar essa cachoeira. Lembro de vê-la nos livros de Geografia. Mas confesso, que depois de visitar Foz do Iguaçu, a emoção não foi a esperada. Em termos de volume de água aqui não tem nem comparação; mas em termos da quantidade de quedas a nossa ganha. Aqui só existem duas quedas, enquanto a nossa tem várias.
http://4.bp.blogspot.com/-eG_8eydi4VI/TmO6WFo5HBI/AAAAAAAABmM/kk_C_YQP02I/s320/DSC02167.JPG
Já escurecendo fomos enfrentar a imigração do Canadá. Não dou sorte com nenhuma. Hoje peguei uma mulher mal humorada e sem paciência com meu inglês. Pensei até que ela ia me rejeitar no seu País. Mas tudo ocorreu bem e pude dormir no Canadá,

Dolor
09-10-11, 13:40
02/09/2011 -sexta-feira - 133o dia
Dedico este Post ao Marivaldo e à sua Esposa Luzia. Ele um camarada aparentemente tímido, me surpreendeu como contator de piadas e animador de plateia. Ela uma competente técnica de enfermagem e minha ex-colega no Hospital Municipal .
http://1.bp.blogspot.com/-dt5VzXFp3gQ/TmO81cEySnI/AAAAAAAABmc/71VzG_7xATU/s320/DSC02221.JPG
Hoje o ponto importante da viagem foi conhecer Toronto. Entramos pelo Sul e depois partimos rumo ao aeroporto que fica a Leste. Queria conhecer melhor essa super obra civil que tem até trem monotilho para circular de um pavilhão a outro.
http://4.bp.blogspot.com/-oVcs9jHY0VQ/TmO9qku-zjI/AAAAAAAABmo/UePUpU6trII/s320/DSC02237.JPG
Também mostrá-lo para a Edivania. Em agosto de 2009, quando minha netinha Sophie nasceu eu fique das 17 às 2 da manhã preso nesse aeroporto. Pena que não encontramos local para visualisar os monstros voadores que fazem as linhas internacionais.
http://2.bp.blogspot.com/-YaMbSWgW7mo/TmO_Lq-P13I/AAAAAAAABm8/wh8nvzhJzr4/s320/DSC02258.JPG
Depois nos dirigimos ao centro da cidade para visitarmos a torre da CN que é a maior atração turística da cidade. Tomamos quase todo o dia.
http://3.bp.blogspot.com/-KM9_RzSVZrc/TmPAoKmbfhI/AAAAAAAABnQ/g5WONiEMIyQ/s320/DSC02300.JPG
Na torre encontrei uma brasileira e um brasileiro. Ele aparece na foto comigo é motociclista que foi até ao Alaska. Mas como a mãe dele mora em Toronto ele pretende ficar um tempo. Seu nome é Policarpo Jr e o blog dele é o seguinte: www.rockriders.com.br

Dolor
09-10-11, 13:42
03/09/2011 - Sabado - 134o dia
Dedico este post à minha amiga Dalva, ela que é enfermeira da rede pública. Uma pessoa muito dedicada nas suas funções.
http://1.bp.blogspot.com/-kxINOqMDTN0/TmPSKc2d0SI/AAAAAAAABnk/ZCLAANpYde8/s320/DSC02361.JPG
Hoje a viagem teve como objetivo chegar a Montreal ainda durante o dia. Não tiramos muitas fotos e nem houve muita inspiração para isso. Cheguei à casa do meu filho por volta das 18 hs.

Dolor
09-10-11, 13:43
04/09/2011 - Montreal

Estou dando uma descansada no esqueleto na casa do meu filho e aproveitando para curtir coisas da minha terra.

Segue um vídeo do meu amigo Haendel Leite, um verdadeiro arftista.

http://www.youtube.com/watch?v=TS8xpHAJWmM

Dolor
09-10-11, 13:48
05/09 a 09/09/2011 - 136o a 140o. - Montreal

Dedicarei este Post a um amigo que adquiri através da viagem, entre outros que já citei e que ainda citarei. Trata-se do motociclista Wellington Gontijo. Desde que estou viajando poucas foram as vezes que loguei no gmail ou no facebook que ele não conversou comigo.
http://4.bp.blogspot.com/-yWN23fGkg3Y/Tm431eaBTbI/AAAAAAAABns/nuV8DzEOTl0/s320/DSC02368.JPG
O prédio que aparece ao fundo da barraca e da moto é o prédio onde meu filho mora. Cheguei no sábado por volta das 18 hs e ele não estava em casa. Como não o tinha preparado para minha chegada preferi não ligar e aguardá-lo. Desde as Niagaras Falls que não atualizava o blog e muito menos informava do meu paradeiro justamente para que meu filho não soubesse da minha chegada. Havia uma motivação muito forte para essa surpresa que só contarei no livro que escreverei após minha chegada.
Como ele não chegou até as 22 horas e eu sei que quando ele vai nas festas é o último a sair, resolvi montar acampamento em frente ao seu prédio, mesmo sem tomar banho. O dia tinha sido fresco e não tínhamos suado muito.
http://4.bp.blogspot.com/-Q1DmQt-jI9A/Tm5AIC9gPMI/AAAAAAAABoM/eyiHXewDBNw/s320/DSC02426.JPG
No dia seguinte fiquei de prontidão na porta do seu prédio. Por volta das 8 hs ele saiu da garagem dirigindo seu Hunday Santa Fé e deu de cara comigo. Estacionou o veículo e veio me abraçar dizendo: “veio doido! O cê é doido! Onde já se viu acampar nesse lugar? Não acredito!”. Após repetir essas palavras por umas três vezes e me beijar umas duas, me disse que tinha uma partida de ténis e pergunto se gostaria de ir. Como disse que a prioridade era ver minha neta, mandei-o ir e subi para conversar com minha Nora.
Minha nora não parava de rir da minha “loucura”. Segundo ela, quando viu a barraca pensou: “quem será esse maluco que acampou em plena praça?”. Foi dar mamadeira para a Sophie e voltou, então foi que viu a moto e pensou: “parece que conheço aquela moto?”.
http://4.bp.blogspot.com/-pXawHn9SwZU/Tm5DijVbnWI/AAAAAAAABoY/cMDjizOn0Ks/s320/DSC02441.JPG
Apenas para encurtar a história fiquei seis dias em Montreal e engordei alguns quilos que minhas calças agradeceram.
Nas fotos aparecem minha neta, minha nora e meu filho e de um passeio que fiz utilizando o metrô.

Dolor
09-10-11, 13:53
10/09/2011 - sábado - 141o. dia - Saída de Montreal
Dedico este Post a um amigo que adquiri através da viagem. Como citado no post anterior, poucas vezes que loguei no facebook que ele não tenha trocado umas palavras comigo. Trata-se do empresário Murilo Costa Coelho.
Por volta das nove horas saí da casa do meu filho.
http://4.bp.blogspot.com/-rPsiAH3yMbM/Tm6ni7rB2SI/AAAAAAAABpY/AhbkscFpWUE/s320/DSC02513.JPG
Como meu passeio ao centro tinha sido limitado pela fraqueza das pernas, resolvi dar uma passada no centro para tirar umas fotos e comprar camisetas de lembrança do Canadá. As fotos fizemos, mas as lojas estavam fechadas e só fomos comprá-las no free shop na saída do Canadá.
http://1.bp.blogspot.com/-qndsG6mpV6Q/Tm6kdYp01EI/AAAAAAAABpQ/UxXmaJbf1Dw/s320/DSC02471.JPG
Em poucos quilômetros tínhamos deixados os viadutos de alta velocidade para trás e entrado numa bucólica rodovia de uma pista que nos levaria até a divisa com os Estados Unidos.
Pela primeira vez não tivemos problema com a imigração americana. Pela minha dificuldade em falar ele teve que deixar sua cabine para ler a placa da moto que estava suja e não era legível no seu monitor. Mas em vez dele voltar para seu posto, demorou um pouco admirando a faixa “Brasil/Alaska”. Emitiu uns quatro ruídos de admiração e nos liberou.
Como descansei seis dias, o percurso inicial foi bem tranquilo. Ainda no Canadá paramos numa lojinha para ver se encontravámos camisetas e ficamos um tempão conversando com a velhinha proprietária. No Free Shop gastamos mais um tempão, comprando as camisetas e um adesivo. Nos Estados Unidos paramos em duas Rest Áreas (locais para descanso e informações turísticas, comuns nas estradas dos USA e do Canadá) para tomar café e pegar mapa do estado. A cada entrada de estado tem uma dessas áreas e em todas paramos para pegar o meu “GPS” de papel.
Quando o dia terminava entramos num parque federal, muito bonito, no qual acampamos ao lado de um pequeno curso de água onde tomamos um banho “tcheco”. Bateu-nos saudade dos parques do noroeste do Canadá e do Alaska.


Dolor
09-10-11, 13:57
11/09/2011 - domingo - 142o dia - Boston

Dedico o post de hoje ao meu grande amigo José Davide Félix, aniversariante do dia. As virtudes dessa grande pessoa já foram exaltadas no post do dia 24/05.
http://1.bp.blogspot.com/-XNaMtiuTc68/Tm7JjLUkjzI/AAAAAAAABqQ/CgCsdmek9Ww/s320/DSC02642.JPG Em torno de 11 horas chegamos a Boston. Rodamos nessa cidade até as 17 horas. Visitamos a famosa Universidade Harvard, caminhamos por um parque lindo no centro da cidade onde era realizado uma festa para angariar fundos em prol dos animais abandonados. Nesse local tive a oportunidade de ver diversas raças de cachorro; algumas raras no Brasil.
Alí conhecemos uma brasileira que mora a 25 anos na cidade e encontramos um grupo de turistas do Recife. Depois fomos a outra praça onde se realizava um show popular com cantores locais, quando ouvimos duas músicas e partimos.
http://4.bp.blogspot.com/-FsMwOhE_EQs/Tm7ISvWytGI/AAAAAAAABqA/o8Up_-Or1cU/s320/DSC02619.JPG
Que me desculpe minha amiga Gisele da Consolação que mora em Boston e ama a cidade. Mas ela não correspondeu ao que esperava. Sua fama é maior que sua beleza, pelo menos foi minha impressão.
http://2.bp.blogspot.com/-FbAq6IQzI0U/Tm7IrxjYmUI/AAAAAAAABqE/wNlYkEeN4tc/s320/DSC02623.JPG

Dolor
09-10-11, 14:01
12/09/2011 - Segunda-feira - 143o dia - Chegada a New York

Ofereço este Post à minha amiga Jane. Ela que é secretária da procuradoria da Prefeitura Municipal de Morrinhos. Pesso simples, simpática e muito dedicada à família e ao trabalho.
O objetivo de hoje foi chegar mais cedo à Nova York. Passamos por umas três ou quatro grandes cidades mas não paramos. Quando eu passo direto por uma cidade e não paro me dá um peso nas conciência. Parece que a gente tá jogando um pedaço da viagem fora. Mesmo consolando-me com a frase: “mas não vai dar para eu conhecer todas as cidades dos Estados Unidos, mais uma não faz mal!”, bate um remorçozinho.
http://1.bp.blogspot.com/-23sCyhFVmic/TnFWPWGU04I/AAAAAAAABqs/rqxDbNbZpI8/s320/DSC02745.JPG
Chegamos à NY sem perceber. Quando parei num supermercado para comprar os suprimentos da noite e do cofbrack de amanhã e perguntei a um jovem em que cidade estávamos e ele respondeu NY, no BRONX, não acreditei.
http://3.bp.blogspot.com/-0H-R6clSjws/TnFYY6Z98EI/AAAAAAAABrA/Mbc0TOZUC4A/s320/DSC02770.JPG
Daí foi difícil encontrar um Hotel Barato com meu GPS de papel. Mas a sorte ajuda os pobres em tecnologia. Na revista de hotel barato que peguei na estrada tinha o número da rodovia

Dolor
09-10-11, 14:05
13/09/2011 - terça-feira - 144o. dia - Primeiro dia em New York
Ofereço este Post à minha amiga Luciley Ferraz aniversariante do dia. Ela que foi minha colega de trabalho por muitos anos na Brasil Telecom onde fizemos grande amizade.
A entrada na Ilha de Mahattan causou-me uma emoção indescritível. Sempre tive um pouco de inveja de quem vinha passear nesta metrópole. Os turistas chegam aqui de avião e poucos dirigem na cidade. Agora, naquele momento que saí do Lincoln Túnel, saindo de New Jerssey e entrando em New York, não era apenas mais um brasileiro que entrava na cidade. Eu era um brasileiro que pilotava dentro da magnifica cidade.
No primeiro momento disse para mim mesmo: “vou andar todas ruas transversais do centro”. Mas como a pilotagem impede a observação mais atenta da paisagem, resolvi estacionar a Celestina e continuar o passeio à pé.
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Na hora do almoço aproveitei para entrar em contato com meu amigo Thiago que mora aqui e tinha me oferecido sua casa para passar uma noite. Marcamos o encontro para depois das 18:00 hs. Assim, com bastante tempo pela frente, iniciamos os passeios.
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O primero foi visitar o Rockfeller Center de onde pudemos observar a cidade por todos os lados. Depois compramos os ticketes para 4 passeios de ônibus turismo e já fizemos a primeira.
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Depois fomos encontrar com o Tiago que nos trouxe uma surpresa que só contarei ao público a partir de sexta-feira.

Dolor
09-10-11, 15:36
14/09/2011 - Quarta-feira - 145o. dia - Segundo dia em NY

Ofereço este Post a um novo amigo que consegui através da viagem. Trata-se do Junior Bucaneiro. Ele me acompanha, manda mensagem e me convidou para um encontro de motociclistas em New Jerssey.
Hoje fizemos mais um passeio e resolvemos voltar para casa, tendo em vista que as 17 hortas eu tinha uma entrevesta e uma seção de fotos, sobre a qual já mencionei no post de ontem.
http://1.bp.blogspot.com/-cE7z1DU9nFc/TnFgTdBeP4I/AAAAAAAABsA/GzdtD1xXdVQ/s320/DSC02935.JPG
Meu amigo Thiago Cardoso, que me cedeu o apartamento e meu proporcionou uma das maiores surpresas dessa viagem, quiça da vida, é o jovem que aparece de chapeu em uma foto e de óculos escuros na outra. A surpresa só poderei contar para a moçada a partir de sexta-feira.
http://2.bp.blogspot.com/-skPn4A-Ht1k/TnFjf4G0mCI/AAAAAAAABsY/1YjDmGWMeyY/s320/DSC02961.JPG

Dolor
09-10-11, 15:37
The New York Time
Dedico este Post ao meu amigo Thiago Cardoso. Foi ele que passou minha história para o jornalista do The New York Times, que é seu amigo. Entre os Diretores da empresa que trabalha, ele é o mais novo, com 31 anos. Esse jovem ostenta na parede de seu apartamento um quadro com um pêmio internacional de propaganda. Ele viaja a trabalho para Londres, Paris e outras grandes cidades da Asia. Aquele menino que vi crescer no Parque das Laranjeiras, hoje é um cosmopolita.


http://www.nytimes.com/2011/09/16/nyregion/brazilian-couple-traverses-the-americas-on-motorcycle.html?_r=1&src=tp&smid=fb-share

Brazilian Couple Traverses the Americas on Motorcycle
www.nytimes.com
Sinomar Godois Tavares and Edivania Marques stopped in New York more than four months and 23,000 miles into their round trip between Brazil and northern Alaska.

Dolor
09-10-11, 15:42
16/09/2011 - sexta-feira - 147o dia
Dedico este Post ao Jornalista do The York Time, Jim Dwyer, que utilizou todo seu prestígio para relatar a nossa viagem. Ganhador de um prêmio Pulitzer Prize, Jim Dwyer começou a escrever a coluna Sobre a Nova York em abril de 2007. Ele passou a maior parte de sua vida profissional que cobre Nova York como repórter, colunista e autor. Juntou-se o Times maio 2001 depois de passar no Daily News, New York Newsday e vários artigos no norte de New Jersey. Além de seu trabalho em jornais diários, ele é o autor ou co-autor de quatro livros, incluindo, mais recentemente, "102 Minutos: a história inesquecível da luta para sobreviver dentro das Torres Gêmeas", com Kevin Flynn, um editor no The Times.


Hoje não tenho nada para escrever sobre a estrada e nem fotos para mostrar. É que acordamos tarde e só pegamos a estrada por volta das 10 hs. Depois paramos numa Rest Área, como fazemos em toda mudança de estado, para pegar meu GPS de papel. Nesse local ainda esperei a Edivânia fazer um café para mim.

Quando bateu 12:30 eu estava entrando num Mc Donalds com o computador debaixo do braço. Dessa hora em diante fiquei na frente de um computador até as 18:hs.
http://2.bp.blogspot.com/-VSDruOAg4NQ/TnZEsWrkMOI/AAAAAAAABs0/oJXlSmXGWNo/s320/DSC03063.JPG
Os dois primeiros e-mails da minha caixa eram, na ordem, da Rede Globo Internacional e do SBT internacional, perguntando se ainda estávamos em NY, pois queriam fazer uma entrevista conosco. Falavam da minha entrevista ao jornal The New York Time.

Respondi que não mas se quisessem marcar para a segunda-feira nós voltaríamos. Eles demoraram para responder e quando o fizeram, disseram que na semana que vem não podem porque estarão comprometidos com a visita que a nossa Presidente fará à ONU.

Quando abri o Facebook já vi o post do Thiago mostrando o link da reportagem. Daí para frente, não aguentando de felicidade, comecei a enviar e-mail para todos meus contatos e, consequentemente já comecei a responder e agradecer os cumprimentos retornados.

Almoçamos e lanchamos dentro Mc Donalds sem parar de mexer no teclado.

Paramos para dormir nas imediações de Washington.
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As fotos que aparecem neste Post são do Congresso Americano foram tiradas no dia 17/09.

Dolor
09-10-11, 15:45
17/09/2011 - sábado - 148o. dia - Washington
Dedico este Post à amiga Alba Valéria Capeleti, que aniversariou no último dia 15. Ela que foi minha companheira de trabalho na antiga Telegoiás e uma assídua acompanhante do meu Blog.

A visita a Washington começou cedo. Porém o tempo estava nublado e frio, o que facilitou na pilotagem mas prejudicou nas fotos.

Sobre a cidade tenho a declarar que ela não atendeu minhas expectativas. Apesar de já ter visto centenas de fotos e diversos filmes e documentários sobre a cidade me surpreendeu a repetitividade de estilo arquitetônico. Não sei se Grega ou Romana mas sei que, quem vier aqui não precisa visitar a Roma e nem a Grécia. Acho que estou falando besteira, mas esse foi meu sentimento.
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Apesar do estilo arequitetonico, gostei muito da suntuosidade do Congresso Americano. Entramos numa fila enorme e conseguimos entrar nas dependências do Congresso. Inobstante não nos terem levados ao plenário onde os deputados e senadores exercem suas funções, a visita foi muito produtiva. Entramos em três salões, cada um mais bonito que o outro. Cada um ostentava grandes quadros, muito grandes mesmo, com pinturas retratando fatos históricos do país, como guerra civil e declaração da independência.
http://3.bp.blogspot.com/-IOCrHOzyGiQ/TnZYN6B-KXI/AAAAAAAABtk/BBipftcoiAI/s320/DSC03128.JPG
Numa das fotos aparecem um homem e um careca. Ambos são de cera. É impossível acreditar que são de mentira; parece gente se fazendo de estátua, tamanha a perfeição.

Dolor
09-10-11, 15:48
18/09/2011 - domingo - 149o dia

Dedico este Post a um cara que tem sofrido com frio e principalmente calor; sofrido com o transito das grandes cidades e, principalmente, das freeways. Um cara que tem comido fora de horas e emagreceu uns 4 quilos por isso. Uma pessoa, que mesmo assim, recebe apoio de otimismo de amigos de toda parte do mundo, até da Rússia. Esse cara sou EU, o aniversariante do dia.


Hoje, apesar do grande tempo parado para atualizar o blog e envaidecer com os cumprimentos pelo aniversário, rodamos bem. No final dia tínhamos rodado 416 km.

Temos poucas fotos boas, tendo em vista que a partir de Washington optei pela freeway, deixando de entrar em diversa cidades, alguma de grande porte.
http://4.bp.blogspot.com/-o22w4QBkDqY/TnpRNt3HZMI/AAAAAAAABt8/km08bhDChc4/s320/DSC03161.JPG
Quero agradecer a todos amigos que lembraram do meu aniversário. Numa viagem tão longa como essa a gente se torna sensível e o contato e o apoio dos amigos é muito importante.

Coloquei uma foto de um trailer arrastando um fusca que me lembrou minha amiga Sueli, que trabalha na A Construtora. Ela tem fusca na mesma idade e na mesma cor com o nome Shurak.
http://2.bp.blogspot.com/-MDtlRBXSh2A/TnpPt0CPt3I/AAAAAAAABtw/eH8cJr0juNM/s320/DSC03144.JPG
Depois de passar pelos estados de de Viginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Georgia, hoje já dormi na Flórida, logo na entrada.

Dolor
09-10-11, 15:51
19/09/2011 - Segunda-feira - 150o dia

Apesar de ser Atleticano, O Dragão do Centro Oeste e não gostar de time da segunda divisão tirei uma foto que lembra o escudo do Goiás. Vai para meu amigo Farmaceutico do Hospital Municipal de Morrinhos Dr. Renato. Goiás fanático. Apesar de ser diferente, o Post é uma homenagem.
http://2.bp.blogspot.com/-T7avZGF_lVs/TnpX-XuqjZI/AAAAAAAABuA/wzsP2Rd1ooo/s320/DSC03163.JPG
Pela primeira vez na viagem vejo uma praia do Oceano Atlântico. Entramos numa cidade de nome Jacksonville, muito bonita e depois fomos até seu balneário com o mesmo nome. Como já escrevi em Post anterior, o Oceano Atlântico é generoso com sol, calor, areia branca e gente bonita, Enquanto o Pacífico traz frio, areia preta, deserto e promove seca até no Brasil com o fenômeno El Nino. Depois que estamos na Flórida estamos sofrendo com o calor, tanto para pilotar como para dormir.

Conforme citei no Post de ontem, esta etapa da viagem será mais puxada. Hoje rodamos 684 km.

A estrada é muito boa, porém é ruim porque sou obrigado a andar a 130 km/h. A 120 km/h os caminhões me ultrapassam, provocando turbulência na celestina. Por isso evito que me ultrapassem; também não curto muito ultrapassá-los. Sempre que posso ando atrás. Quando vou ultrapassá-los, a turbulência é menor, porque abro com alguma antecedencia.


Por falar em velocidade, hoje aconteceu um fato que nos fez chorar de rir. Acho que não terá muita graça para o leitor. Mas mesmo assim vou transcrever o acontecido. Mesmo porque a viagem não tem muita novidade para contar.

Primeiro vou contar um causo sucedido por vota de 1985 pois foi ele, agregado ao nosso, que motivou nossas lágrimas de tanto rir.
http://3.bp.blogspot.com/-G_pLyuLAypM/TnpduqHVCOI/AAAAAAAABuQ/3zgAEk0snOM/s320/DSC03174.JPG
Na década de 80 eu trabalhava em Morrinhos que era sede do Distrito de Operações Sul da Telegoiás. Esse Distrito supervisionava a cidade de Catalão. Nessa cidade tinha um funcionário muito inteligente mas muito desligado. Os colegas faziam muitas piadas a respeito dele e essa que vou contar agora pode ser mais uma. Mas pelo que conheci dele é bem possível ser verdadeira. O carro dele acabava a gasolina na estrada porque esquecia de abastecer. O carro que a empresa deixava com ele era o mais sujo e cheio de tábuas, arames e outra bugigangas que ele encontrava e pegava para levar para sua chácara que ficava nesse município ao lado da estrada de ferro. Ele era metido a inventor e as vezes ficava um final de semana todo fechado na empresa desenvolvendo novas formas de funcionamentos para os equipamentos. Era muito muchiba. Dormia nas estações sem tomar banho, para economizar o dinheiro da diária, o que motivava críticas dos colegas.

Vamos ao que interessa que é a minha história. Pois então, conta-se que num certo domingo, ele estava na sua chácara e, percebendo a aproximação do trem, pulou em cima dos trilhos e diparou acenar, com os braços movendo como se fossem um limpador de parabrisas. O maquinista vendo tamanho desespero daquele homem fincou o pé no freio do trem (nem sei se o freio de trem é no pé) de forma que uma centena de rodas deslisaram travadas sobre os trilhos. Depois do trem parado, ele cá em baixo e o maquinista lá em cima, gritou para o maquinista: “você não viu umas vaquinhas perdidas aí para trás? É que elas fugiram do pasto!” Dizem que o maquinista não o matou por falta de uma arma.

Hoje aconteceu algo semelhante. Eu estava a 130 km/h e a Edivânia bateu nas minhas costas dando sinal que era para eu parar imediatamente. Assustei porque quando ela manda parar é porque alguma coisa tá caindo. Por outro lado a pista é cheia de placas proibindo parar no acostamento ou advertindo que a parada só em casos de emergência. De forma que demorei uns segundos a tomar a decisão de parar e outros para parar a moto sem freadas forte. Fui parar uns 800 m de onde ela pediu. Quando parei ela já foi descendo e falando: “fui beber água e a tampa da garrafa caiu!”. Não deu tempo nem d'eu ficar nervoso porque ela já ia caminhando acostamento afora.

Encostei a Celestina para o lado da grama, deixei a seta ligada e fiquei olhando a minha companheira pelo retrovisor. Depois que ela andou uns 800 metros um carro da polícia parou, abordou-a. Ví quando a Edivânia abaixou para conversar com a policial. Depois o carro da policia veio com os piscas e luzes ligados escoltando-a. Quando a Edivania chegou na moto o carro partiu e eu perguntei o que a policial tinha lhe dito e ela respondeu: “nao sei não entendi nada. Fiz sinal que a tampinha da garrafa tinha caido. Só sei que a policial tava com a cara muito feia. Povo mal humorado, nunca vi!!!”.

Na parada seguinte, contei-lhe a história do colega de Catalão e adverti-a que a policial estava nervosa era com o risco que ela corria de morrer atropelada por causa de uma tampa de garrafa pet e quase mijamos de tanto rir.

Dolor
09-10-11, 15:57
20/09/2011 - terça-feira - 151o dia

Dedico este Post ao "Tão" do Paradinha Bar. Ele que proporciona agradáveis tardes com os jogos do Flamengo. Estou com muita saudade da turma toda.

Hoje chegamos a uma das praias mais famosas dos Estados Unidos: Daytona Beach. Parece que só perde para Miami. Se bem que na sua entrada existe uma placa como sendo a mais famosa do mundo. Informei a alguns nativos, sem sensibilizar, que a Espanha e o Brasil possuem as mais famosas. Ressaltei ainda que aqui não pode beber na praia; já no Brasil o cara sai grog, sem falar nos fios dentais que, certamente, aqui não tem.
http://2.bp.blogspot.com/-OssLjw3ZVb8/Tnpli7pdGrI/AAAAAAAABus/4hPeeVSjuks/s320/DSC03197.JPG[/IMG]
A praia não é lá essas coisas, mas a cidade é muito bonita. Se as cidades litoraneas do Brasil, fossem tão bem cuidada como essa aqui, com certeza atrairíamos mais turistas estrangeiros.
http://1.bp.blogspot.com/-q3ZtG4P_YFQ/TnplGZR6nHI/AAAAAAAABuo/qUDQjBFl3zg/s320/DSC03195.JPG
Como chegamos tarde e a praia conta com chuveiros, resolvemos acampar na praia mesmo. Não havia nenhuma praia proibindo; proibia alcool, animais, carros, garrafas e não proibiam barracas. Porém quando começamos armar a barraca, uma senhora que trabalha na praia como vendedora, nos abordou que era proibido, sob o risco de sair algemados. Achamos um pouco exagerado, mas achamos melhor não arriscar e levamos para uma área vaga fora da areia ao lado de um hotel. Consegui, inclusive, usar o fraco sinal de internet do mesmo para ver os e-mails.

Dolor
09-10-11, 15:59
21/09/2011 - Quarta-feira - 152o dia
O Post de hoje é dedicado para o Wilney. Ele que é Presidente do Motrópolis MotoClube de Goiânia. Adora viajar e participar dos encontros; é um baluarte da paz e lutador contra os zoeiras. Quase todas minhas citações no facebook são avaliadas e comentadas por ele. Sangue bom.

Por causa do calor deixamos a barraca aberta e, por isso, o vento trazia areia para os lençóis que nos atrapalhou sobremaneira o sono. Levantamos cedo tomamos outro banho e partimos rumo a Orlando onde pretendemos ficar em hotel para lavar as roupas mais pesadas.

A viagem até orlando foi fácil. O difícl é achar hotel no nosso padrão de exigência. A Edivânia é muito exigente com relação a hotel. Ela não aceita instalações que custam mais de U$ 50.

Por isso tenho um trabalho danado, sobretudo pelo calor que está fazendo por essas bandas.

Mas encontramos um no valor de U$ 41 que é ótimo. Tem todas as facilidades mais piscina. Já agendamos com um ônibus que virá nos pegar no Hotel para uma das visitas à Disney.
http://1.bp.blogspot.com/-r1X8IWxiT_M/Tnpr_cC6dtI/AAAAAAAABvI/-JT89-YF8XI/s320/DSC03213.JPG
Por causa do curso pecurso não tiramos fotos. As que aparecem são de Daytona.

Dizem que mãe é bicho bobo, mas pai também é um pouco. Acreditem, estou com peso na consciência por conhecer a Disney antes de ter proporcionando o prazer a meus filhos, quando pequenos.

Dolor
09-10-11, 16:00
Prestação de contas 5o. Mes
Depois de elogios por parte de alguns motociclistas, continuo prestando conta dos valores gastos com cada item.


Prestação decontas dos: 150 dias

Anterior mês atual Acumulado (R$) Media (R$)
Litros 1.936,03 438,08 2.374,11
Gasolina 3.983,70 818,46 4.802,16 32,01
Alimentos 4.086,82 916,40 5.003,22 33,35
Passeio 708,01 440,93 1.148,94 7,66
Moto 1.569,04 977,35 2.546,39 16,98
Hotel 1.420,21 313,88 1.734,10 11,56
Aduana 534,72 ,00 534,72 3,56
Pedágio 103,24 67,64 170,88 1,14
Avião 2.046,78 45,13 2.091,91 13,95
Roupas 2.356,63 48,04 2.404,67 16,03
Medicamentos 75,50 24,89 100,39 ,67
Equipamentos 957,55 28,80 986,35 6,58
Outros 378,05 -2,66 375,39 2,50





TOTAIS 18.220,25 3.678,86 21.899,11 145,99






Inicial Atual Rodado Media
Odômetro 56345 94322 37977 253,18

Dolor
09-10-11, 16:06
22/09/2011 - quinta-feira - 153o. dia
Dedico este Post ao amigo Samuel Martins; o SAMUC@. Ele que é um dos principais âncoras da Integrção News e tem divulgado a nossa viagem em seu programa matinal, com entusiasmo de um motociclista; com o entusiasmo de um adolescente. Samuca! sabia que existe um livro com o Título: "O poder do entusiasmo"? Acho que vc é o autor. Todas as manhãs vc transmite entusiamo na sua locução, capaz de energizar as pessoas.
http://1.bp.blogspot.com/-JvnMNkOdHw0/TnyDPilWDyI/AAAAAAAABvU/5GYi4W5Comc/s320/DSC03229.JPG
Não precisávamos acordar cedo, tendo em vista que o ônibus que nos levaria do Hotel até a Disney só viria às 10 hs. Entretando, talvez, devido à falta de costume com horário marcado, acordei às 5. De cochilo em cochilo consegui ficar na cama até as 7 hs. Levantei e fui fazer um café enquanto a Edivânia dormiu até as 8. Ela cansou muito ontem com a lavação de roupas. A maior quantidade de roupas foi para a máquina de lavar, mas as roupas de motociclista ela não gosta de por na máquina e lavam-nas na banheira. Por isso pensei que ela ia dormir até as 9.
A chegada à Disney foi meio traumática. Desde o hotel que procurei informações sobre os passeios e ninguém me entendia e eu também não entendia ninguém. A sorte foi que a Disney disponibiliza uns funcionários que ficam logo na entrada para os esclarecimentos necessários e um deles falava espanhol e nos deu as coordenadas mais ou menos assim: O ingresso para um dia custa U$ 85 por pessoa para visitar cada um dos 4 parques. Um ingresso para um dia para os 4 parques custa U$ 132. “Porém será muito difícil visitar todos em um dia”, afirmou o orientador. Então pedi uma ordem de prioridade visando deixar os menos importantes por último. Ele custou a responder, mas sugeriu começar com o Animal Kingdom porque fecha as 17 hs, depois ir para o Magic Kington para assistir o desfile dos personagens que ocorre as 15 hs e depois ir para o EPCOT que fecha as 21 hs. Ele disse que os Hollyood Studios, seria bom em outro passeio.
http://2.bp.blogspot.com/-bv1rorumiAA/TnyFuAlaHJI/AAAAAAAABvk/k9yjphTIMrc/s320/DSC03315.JPG
Assim fizemos, compramos um ingresso para os quatro parques em um dia e achamos que curtimos bastante. No Animal Kingdom fizemos um safari africano onde você passa de caminhão no meio dos animais africanos vivinhos da silva: elefante, leão, leopardo, girafa, etc. Depois descemos a montanha russa do morro Everest. Uma loucura.Nunca gritei tanto; um absurdo.
http://2.bp.blogspot.com/-RqofowObYJ8/TnyLVprBs8I/AAAAAAAABv4/ACIHEZMvbV8/s320/DSC03449.JPG
Na Magic Kington não demos muita sorte porque caiu uma chuva um pouquinho antes do desfile e entramos numa cantina para comer e quando saímos continuava chovendo e o desfile estava acabando. Vimo apenas o último carro.
No EPCOT foi onde mais desfrutamos. Brincamos nas atrações mais emocionantes. Nessas alturas eu já tinha até descoberto um folheto em Português e estava dominando tudo.
Para nós brasileiros, e principalmente para mim, os ingressos são um pouco caros, mas compensou. O pessoal da Disney e da cidade não economizam dinheiro visando proporcionar uma estadia agradável para os turistas. Eles tem muitos funcionários. O comércio na cidade exageram na iluminação noturna de forma que só de passear pela cidade já é um turismo compensador.
http://3.bp.blogspot.com/-TxPQMRlnf78/TnyM7bueWRI/AAAAAAAABwA/1LdIaICc_E4/s320/DSC03459.JPG
O preço nào desistimula o brasileiro a vir para aqui; tem muito brasuca passeando aqui.


Dolor
09-10-11, 16:10
23/09/2011 - sexta-feira - 154o dia

Dedico este Post ao Motociclista CPF e sua esposa Zuleika. Eles que são de Piracanjuba e participaram do bota fora das minhas duas viagens. Parabéns à Zuleika que é muito animada. Todas as esposas de motociclistas tinham que ser animadas como você.
http://3.bp.blogspot.com/-qT3tSki00mk/Tn4V_3yr8jI/AAAAAAAABwI/2iaTeoFTyMQ/s320/DSC03481.JPG
Retornamos ao Hotel, ontem, por volta das 22 hs e demoramos dormir. Por isso acordamos tarde. Como era dia de pegar a estrada estávamos com pena de deixar o ar condicionado do hotel. Lá fora estava um calor bem forte.
Antes de pegar a estrada tinha que levar a Celestina numa oficina tendo em vista que ela me deixou na mão. Não pude sair com ela ontem a noite para ir tirar foto da iluminação da cidade. Ahhh! Celestina!!! Você me dá muito trabalho!!!
É que ela queimou o farolte traseiro e o guarda do hotel disse que o Sheriff pode me multar e prender por causa disso. Já imaginou eu preso por causa da Celestina?
Procurei na internet uma eletrica e fui lá. O cara arrumou e só me cobrou a lâmpada.
Para sair de Orlando foi semelhante a Sair da Capital Paulista. Muito trânsito e semáfaros para não acabar mais. Mas devo explicar que a opção foi minha para fugir do pedágio.
Chegando ao litoral da Flórida procurei a rodovia mais próximo do mar possível. Dormimos num parque para pescadores, onde tem banheiro e ducha e muita muriçoca. Para armar a barraca e tomar banho quase ficamos sem sangue.
http://4.bp.blogspot.com/-7AWI2oL3GhM/Tn4urzTdhXI/AAAAAAAABwk/Qj48b2abb_s/s320/DSC03451.JPG
A vida nunca é perfeita, né? Quando estávamos no no Canadá e Alaska a gente reclamava sempre por falta de um banho agradável. Agora o temos mas reclamamos do calor. Naquela época queríamos estar aqui para tomar banho, agora queremos estar lá para fugir do calor.
Nesse tipo de viagem, estive contabilizando, temos 1/3 de problema e 2/3 de alegria e satisfação. O importante é não fazer média e sim descartar a parte que não compensa ser lembrada. Alguns sofrimentos, viram piadas e motivos de grandes gargalhadas, esses podem permanecer na nossa memória.

Dolor
09-10-11, 16:13
24/09/2011 - Sábado - 155o dia

Ofereço este Post ao Pirata e sua esposa Norma. Eles moram no Povoado do Rochedo, mas são conhecidos por todo Estado de Goiás pelas suas participações nos encontros. Trata-se de um cara humilde, simples mais muito carismático. O sorriso é sua marca registrada.
http://2.bp.blogspot.com/-WjX3aZylHUM/Tn9trb3UEOI/AAAAAAAABws/XUk1b-iWeUw/s320/DSC03513.JPG

Hoje temos poucas fotos e pouca história para contar. Saimos do acampamento quase 10 hs e ainda gastamos umas duas horas do almoço para atualizar o Blog. A internet dos Mc dónalds são muito lentas. Gasto quase três minutos por foto. Enquanto estávamos nessa atividade caiu uma chuva bem forte.
Daí para frente o dia foi todo nublado dificultando as fotos.
Outra coisa que atrasou a viagem foi o fato de escolher as estradas mais próximo da praia possível. Ontem quando saimos de Orlando já rumei para uma cidade praina e cheguei numa chamada Cocoa Beach, passamos por Melborne , Palm Bay e fomos dormir após a cidade de Sebastian, todo trajeto pilotando pela Rodovia A1A. Deve ser a rodovia mais cara dos USA. Nunca vi tanta ponde grande uma seguida da outra, como nessa estrada na qual vou até Miami.
Hoje já foi um pouco diferente. Essa rodovia sempre me jogava para a US 1 que é mais rápida. Mas logo eu voltava para a A1A. Num certo momento caí na Righwau 95 sem querer, onde, propositalmente, rodei uns 80 km. Depois voltei para a A1A, já em Pompano Beach, que é uma cidade bem grande.
Como já havia passado das 18 hs, tínhamos que começar a procurar local para dormir. Como cidade grande, normalmente é difícil local para acampar, tive uma ideia. Falei para a Edivânia: “hoje não vamos procurar a `vítima; vamos aguardar a vítima. Vamos parar num lugar qualquer e aguardar um brasileiro passar; entãon damos o `golpe`”.
http://2.bp.blogspot.com/-hpnXazwukxI/Tn963RIHUyI/AAAAAAAABxE/ovDZ0gY3Mig/s320/DSC03550.JPG
Assim fiz parei na beira da praia; pedi a Edivânia para atravessar a rua e tirar uma foto. Ela nem conseguiu atravessar a rua e a vítima apareceu. Mas, também para a Edivânia atravessar uma rua é o maior sacrificio. Ela parece aqueles cachorros que já foi atropelado. Ela dá um passo para frente e dois para trás. O carro está a 800 m de distância e ela ainda o aguarda.
Logo nas primeiras palavras já dei a facada: “voce não tem um quintal para acamparmos uma noite?”. Para encurtar a conversa, as 21 horas eu estava deitado em uma cadeira na beira de uma piscina a 100 metros da praia.
O nome da vítima é Marcos Logatti e ele é de Goiânia, mais especificamente do Setor Pedro Ludovico. Amanha cedo vou tirar fotos com ele.
Ele me franqueou a casa mas preferimos a grama ao lado da piscina.


Dolor
09-10-11, 16:17
25/09/2011 - Domingo - 156o. dia - Miami

Dedico este Post ao Brasileiro Marco Logatti que nos ajudou muito ontem, cedendo o gramado e seu banheiro para acampar e tomarmos banho. Obrigado Marco!
http://2.bp.blogspot.com/-1HhQQH573f4/ToCyuNIY9pI/AAAAAAAABxI/HPU_-vPdpj4/s320/DSC03552.JPG
Hoje depois de suar para levantar acampamento e ajeitar as coisas na Celestina, pegamos uma piscina e depois fomos até a praia onde matamos saudade do Oceano Atlântico. As praias ao longo da costa sul da Flórida são bem mansas; parece mais um piscinão. Não tem as tradicionais ondas. Também não deve ter marés, tendo em vista que a estada fica bem próxima ao nível do mar. Em alguns lugares parece mais um lago de represa.

Depois de voltarmos da praia, batemos na porta e chamamos pelo Marco e ele não respondeu. Infelizmente tivemos que partir sem despedir e sem sua foto.
http://3.bp.blogspot.com/-vG_8FQraKF0/ToC5wxfa-wI/AAAAAAAABxo/kGkzy-3mfYc/s320/DSC03605.JPG
A localidade de Pompano Beach, onde dormimos, faz parte da região metropolitana de Miami. Daí até pararmos para almoçar, por volta das 15 hs, rodei 70 km, quase todo percurso nas proximidades da Praia. Depois entramos no centro de Miami, mas não deu para tirar fotos porque começou a chover.

Partimos rumo a West Key debaixo de chuva e a tomamos até quase na hora de acamparmos e depois começou novamente. Espero que ela refresque a barraca, porque está muito quente nessa região.

Miami não atendeu minhas expectativas. Eu esperava mais. Aqui falta muito das virtudes das outras partes dos USA: segurança, educação no transito e jardinagem. Paramos num Mc Donalds e por duas vezes nos alertaram do risco de deixarmos os capacetes e as jaquetas nas motos. Paramos no Supermercado idem. Nesse mesmo Mc Donalds houve uma briga de murros e ponta-pés que começou dentro e foi terminar lá fora. Depois apareceu a polícia entrevistando as testemunhas. A briga, pode ser coincidência, mas a quantidade de policiais na rua demonstram a falta de segurança.

Ruma para West Kei e fomos dormir faltando 100 km dela, ouvindo o barulho da chuva na barraca e perturbados por alguns fortes trovoes.

Dolor
09-10-11, 16:21
26/09/2011 - segunda-feira - 157o. dia - Key West

Dedico este Post ao Aranha. Ele que é motociclista de Uberlândia e prestigia Morrinhos desde o primeiro encontro de motociclistas. Nunca perdeu um dos dez.
http://2.bp.blogspot.com/-HJvt60mKKzU/ToNXcadVp-I/AAAAAAAAByU/Mn5ptwWmvZI/s320/DSC03666.JPG
A viagem até Key West é bem gostosa. São dezenas de ilhas interligadas por aterros e pontes. Uma das pontes, medidas na ida e confirmado na volta, mede 10 km e alguns metros. Mais gostoso ainda foi que a metade dos 130 km foi realizado debaixo de uma forte chuva. Chegando na cidade paramos num posto para abastecer e resolvemos esperar a chuva passar. Depois de umas duas horas esperando e ela não diminuia, resolvemos enfrentá-la, pois a fome apertava.

Felizmente uns dez minutos depois encontramos um Mc Donalds e nele ficamos mais umas duas horas. Então ela diminuiu e tivemos condições de tirar algumas fotos.

O grande atrativo da região sãos os passeios ded barcos. Miame e suas cidades satélites deve ter a maior concentração de barcos por metro de litoral do mundo. As ilhas que formam o insto não são diferentes.
http://4.bp.blogspot.com/-kuSIyCeRd-4/ToNT61f59II/AAAAAAAAByA/BaUYC-1WqEg/s320/DSC03638.JPG
Key West é uma cidade centenária que soube manter sua história. Casianhas de madeira, baixinhas, coloridas e velhas, juntamente com o comércio formam as atrações da cidade. Em plena segunda feira em final de tarde as ruas estavam movimentadas e os bares lotados. Acredito que no final de semana é impossível circular de carro pelo centro.

Entramos num bar desses onde tinha um grupo de músicos apresentando ao vivo. Eram uns 6seis. A cada música Country que tocavam o público delirava.

Aproveitamos para tirar umas fotos no Marco Zero da US-1. Essa rodovia começas no extremo nordeste dos USA e termina aqui em Key West. Rodei por grande parte dela a partir de Boston. Nunca andei somente nela porque muitas vezes ela se tornava freeway e fugia dela, ou porque precisava entrar nas cidades litoraneas. Esse marco é muito importante para os motociclistas americanos. Não tanto como a Ruta 66, mas muitos veem aqui para tirar fotos do feito.
http://4.bp.blogspot.com/-oRnSdZdBmk0/ToNYL4nScvI/AAAAAAAAByY/XebhCXfIwvk/s320/DSC03673.JPG
Voltamos e viemos dormir no mesmo lugar de ontem, onde chegamos por volta das 20:30, tomamos um banho e a chuva caiu novamente.

Dolor
09-10-11, 16:24
27/09/2011 - Terça-feira - 158o dia

Dedico este Post ao Milton Tonel, o Miltinho. Motociclista veterano que tem inúmeras histórias sobre suas viagens Brasil afora.


Hoje, depois de 40.006 km rodados, troquei o pneu dianteiro da Celestina. A vontade de rodar com ele ainda era grande. Mas pilotar preocupado não é bom. Na foto em a que aparece junto a outros pneus trocados na mesma loja, o meu está bem conservadão. O mais a esquerda.
http://2.bp.blogspot.com/-QHVeuLvSgRM/ToNlfjAT9gI/AAAAAAAABy8/WkU6euzM7sc/s320/DSC03708.JPG
Depois partimos rumo ao Weste que é para onde fica o Golfo do México. Logo que saimos de Miami entramos numa reserva ecológica muito grande. É como se fosse um Pantanal brasileiro e a estrada uma das estradas do pantanal, só que asfaltada. Dentro dessa reserva tem uma reserva indígena que oferecem muitas atrações para o Turista. São, mais ou menos 120 km pilotando ao lado de mato e água.
http://3.bp.blogspot.com/-WeRcADVq5Uk/ToNfZ5JN_nI/AAAAAAAAByk/XmQ_t2BBqak/s320/DSC03729.JPG
Paramos num camping dessa reserva já com vistas a pousar, embora estivesse meio cedo. O guarda foi muito atencioso com agente dizendo que o camping era grátis. Quando ele mostrou o local para armarmos a barraca vimos um enorme jacaré que nem saiu do lugar com a nossa aproximação. Conversamos alguns minutos e o jacaré só balançava a cabeça.
http://3.bp.blogspot.com/-vkL65V4Y_zo/ToNiS8xBu7I/AAAAAAAAByw/swlo9GAWEJ0/s320/DSC03740.JPG
A Edivânia e eu demos uma olhada um para outro e os dois para o jacaré, agradecemos a hospitalidade, mas tínhamos que partir. Depois fomos rir da hipótese daquela fera ir nos visitar a noite em busca dos nossos crossantes.

Dolor
09-10-11, 16:27
28/09/2011 - Quarta-feira - 159o. dia

Dedico este Post ao Juninho "Goiás". Desportista e autor de causos e anedotas na página de Humor do Jornal do Peninha. Pessoa muito alegre e bem relacionada.

Hoje pela primeira vez, em 156 dias me ocorreu pressa em voltar para casa. Num dado momento um perverso pensamento dominou minha mente, fazendo a coordenação motora dos braços a evitar a entrada numa cidade mediante a seguinte mensagem: “Vamos chegar mais rápido em casa! Vou deixar um pouco dessas cidades sem visitar!”. Sobre deixar de entrar em alguma cidade já me ocorreu, mas por preguiça, calor ou compromisso mais para frente. Agora por motivação “voltar para casa” foi a primeira vez.

Esse horrível pensamento deve ter surgido em razão das diversas perguntas, pedidos ou determinação dos amigos. Uns quer fazer festa na minha chegada, outros querem me conhecer pessoalmente; teve um que pediu para eu chegar antes do seu filho nascer. Pode? Se pelo menos fosse o padrinho!
http://4.bp.blogspot.com/-5t6xB3EtEfE/ToS6DmJpJXI/AAAAAAAABzc/p2A1Wd--YaI/s320/DSC03801.JPG
Minha mãe tinha uma frase padrão para nos alertar toda vez que desprezávamos as pessoas, ou não dava a atenção que ela gostaria que déssemos aos seus amigos, que era a seguinte: “filho quando deitar na cama para dormir pense: se eu morresse hoje quantas pessoas iriam no meu velório?” Eu detestava essa frase e respondia para ela: “e mãe! Ainda faltam muitos anos para eu morrer!”. Mas agora, no limiar da vida, com essa viagem, posso fechar os olhos tranquilamente que não darei conta de contar os presentes no meu velório. É muito gostoso sentir-se querido por pessoas que não são do círculo familiar.

Minha mãe soube fazer o convite para seu velório. Tinha muita, mas muita gente para fazer a última despedida. Mas também ela passou grande parte da sua vida ajudando outras pessoas. Apesar de ser semi-analfabeta, ajudou dezenas de velhinhos agricultores a se aposentarem junto ao INSS. Ela não cobrava nada pelo trabalho, dava hospedagem em sua casa e ainda exigia dos contadores e advogados que prestassem algum trabalho gratuito para seus protegidos.

Voltando ao pensamento, esclareço que em poucos minutos eu o rechacei e, na primeira oportunidade, sai da Highway e conheci diversas cidade uma emendada a outra: Naples, Fort Myers, Punta Gorda, Sarasota, St. Petersburg e Tampa, entre outras.
http://2.bp.blogspot.com/-GGCfeYKRkf4/ToTAw5qaysI/AAAAAAAABzs/dXye4SINbqQ/s320/DSC03826.JPG
Hoje foi a estreia do nosso chuveiro de camping. Carrego ele desde a Califórnia, onde o comprei, e só hoje tivemos oportunidade de usá-lo. É que não conseguimos “vítimas”na cidade.

Dolor
09-10-11, 16:31
29/09/2011 - Quinta-feira - 160o. dia

Dedico este Post ao Dr. Hemerson Martins.Ele que é Procurador do Município de Morrinhos, colunista do Jornal do Peninha e professor em Caldas Novas. Pessoa calma, simpática e competente.

Hoje foi uma enrolaçao total. Por causa do pensamento malévolo de ontem, hoje parecíamos turistas despreocupados com a vida. Levantamos acampamento tarde; fomos a um supermercado e depois a uma loja de esportes para comprarmos mais gás para nosso fogão. Acabamos comprando um ventilador de pilha paa usarmos dentro da barraca, tendo em vista que o calor está só aumentando por estas bandas. Compramos também um bom repelente que é para espantar os mosquitos da malária (maleita) nas Guianas e no Norte do Brasil.

Como rodamos pouco e assim mesmo quase todo percurso realizado dentro de uma reserva ambiental, com cidades longe uma das outras, não temos fotos boas para postar.

http://4.bp.blogspot.com/-xBM-jxOXvhM/ToX7fDe6PjI/AAAAAAAABz0/A5rnHzfNuiE/s320/DSC03835.JPG

Respondi um comentário da minha filha, feito no Blog, a respeito do chuveiro de camping que carrego. Considerando que pode haver dúvida de outras pessoas e considerando que achei minha resposta engraçada, vou transcrevê-la aqui:

1 - O chuveiro para Camping é um recipiente de plástico com capacidade para 5 galões (+- 20 lts). O objetivo é enchê-lo com água na parte da manha e deixar no sol para, a tarde ou a noite, a água ainda estar quente. Assim, pendura ele num nível mais alto e abre o a duchinha para sair água e banhar-se. Como não ficamos o dia parado, o que fizemos: Fomos nos fundos do restaurante e pedimos água para enche-lo. Por sorte peguei água morna da torneira, apesar de ser desnecessário devido ao calor.

2 - Coloquei o saco com 20 lts de água no colo da Edivânia e fomos até um local previamente escolhido para acampar que era uma beirada entre o asfalto e a cerca de um parque, numa rua sem saída.

3 – Durante a noite a Edivânia escutou barulhos e eu nem liguei. Então ela pegou a lanterna e foi olhar. Depois voltou lamentando que as pilhas estavam fracas e que só identificou que era uma coisa preta e levantando a hipótese de um Urso. Então eu disse, dorme muié! imagine Urso quase dentro da cidade e num calor desse?

4 - Hoje quando pegamos a estrada uma placa na beira do asfalto alertava por Ursos atravessando a pista.

5 - A cidade foi Holidey, na Flórida

Neste momento, 19:18, continuei escrevendo para minha filha, estou apenas esperando dar uma escurecida para armar a barraca nos fundos do Md Donalds e do Burg King. Daqui até o local onde vamos acampar continuaremos a usar o Wi-Fi do Mac Donalds, conforme já testei levando o computador aberto até lá.

Um pouco antes, continuei, paramos num posto de gasolina e descobrimos umas máquinas de lavar e secar, por U$ 2 cada. Então tiramos toda a roupa do corpo, vestimos as bermudas e aguardamos o processo. Ao lado da lavandaria tinha umas duchas e aproveitamos para tomar banho e deu até para me barbear. Não perguntamos o preço dessa ducha; partimos do pressuposto que era cortesia.Vestimos a roupa novamente e agora estamos aqui para comer um sanduiche.

E assim de "golpe" em "golpe" vamos levando a viagem. Não tenho mais que dar exemplo para os filhos.

Dolor
09-10-11, 16:37
30/09/2011 - Sexta-feira - 161o. dia

Ofereço este Post ao José Elias da Caixego. Ele que é Rotariano e maçon, atuante e importante, escreve para o Jornal do Peninha coisas muito agradáveis de ler.

http://1.bp.blogspot.com/-O6E3FfGwd5U/TodSHza59tI/AAAAAAAAB0E/gzMblzKS-7Y/s320/DSC03870.JPG

Hoje a puxada foi melhor do que ontem. Rodamos 530 km. A estrada foi uma highway onde eu precisei andar a 110 e 120 km/h.

O ponto a destacar foi o fato que ainda existem muito óleo na orla marítima nas proximidades da cidade de Mobile no Alabama. Aqui é a região afetada pelo vazamento da plataforma de petroleo durante meses. Nessa cidade passamos pelo túnel mais bonito da minha vida. Esse túnel é todo coberto por lajota e com o efeito luminoso fica muito bonito. Ele deve passar debaixo de um rio ou lago, tendo em vista que primeiro a gente desce e depois começa a subir. A minha gasolina estava na reserva, então pensei: “já pensou se acaba aqui?”

http://1.bp.blogspot.com/-F9FlDJsOgA0/TodWRHBcZCI/AAAAAAAAB0Q/hhThvYbtyzY/s320/DSC03880.JPG

Hoje entramos no Estado do Mississipi. Acho esse nome bem bonito. Primeiro porque gosto de dançar a música com o mesmo nome. Depois, porque quando eu e meu amigo Rui Leite enchíamos a cara de cerveja nas pescarias eu adorava escutá-lo cantando a música Mississipi. Era um bêbado cantando e outro ouvindo.

http://2.bp.blogspot.com/-Rhpx47lodRg/TodY8FZMyOI/AAAAAAAAB0Y/xHzzYMlKmgQ/s320/DSC03890.JPG

As árvores que aparecem numa foto foi o local onde dormimos próximo do estacionamento do Mc Donalds e do Burguer King.

http://4.bp.blogspot.com/-a_BbG5eWt3Q/TodPhPZ906I/AAAAAAAABz8/QiePGqNXewU/s320/DSC03843.JPG

Dolor
09-10-11, 16:42
01/10/2011 - Sábado - 162o. dia - New Orleans

Dedico este Post ao amigo e ex-companheiro da Telegoiás, Antonio Batista de Carvalho. Todas vezes que reparo no carisma dos meus filhos me lembro dele. Ele adorava ver o Marcelo, meu filho, então com 11 anos, chegar no clube e cumprimentar as pessoas pegando na mão e dizendo o nome.

http://3.bp.blogspot.com/-h9BkBXAPaBQ/ToiycdLRkqI/AAAAAAAAB0g/k-48i3hl0xI/s320/DSC03898.JPG

A primeira foto me mostra, por volta das 9 hs, na sala de estar da Rest Area do Mississipe, depois de ganhar um GPS de Papel e um café grátis.

http://2.bp.blogspot.com/-Bbusyp8DD2I/ToivaLli9DI/AAAAAAAAB0c/H9K_bHpqr9g/s320/DSC03894.JPG

A segunda foto também é da Rest área e mostra o local onde armamos a barraca e eu guardando o mapa.
Esta noite aconteceu um fato inusitado.

http://3.bp.blogspot.com/-znPN_k4YWGo/Toi2CBYU3tI/AAAAAAAAB0k/qoJ82IL488c/s320/DSC03913.JPG

Chegamos na Rest Área na entrada do Estado do Mississipi e resolvi pedir o guarda para acampar alí. Fui descrente, tendo em vista que a área era muito bonita; linda. A nossa linguagem foi difícil mas entendi que ele deixou. Como o jardim é muito bonito e como faço todas vezes que acampo nessas áreas, procuro um lugar bem escondido para não enfeiar o local e também ficar fora do barulho dos carros e caminhões estacionados. Assim fizemos. Acampamos quase dentro do mato.

Por volta das 22 hs chamam na porta da barraca; era o Guarda. Ele exigiu que tirássemos a barraca dali. Apesar da nossa insistência em permanecer, ele não desistiu. Mostramos a quantidade de coisas que tinha dentro dela e os cordões estaiados no chão e nada. Então fui ver onde ele queria que colocássemos a barraca. Não pude acreditar, pensei que não tinha entendido. O local era bem próximo à sua guarita.

Depois de muito aceno e conversa descobri que ele queria precaver-nos de qualquer risco. Era para ficarmos num local que pudesse ver nossa barraca.

Depois de nos ajudar a carregar a coisas nos orientou que se precisássemos de alguma coisa era só piscar a lanterna, colocou a mão no meu ombro como gesto de despedida e se foi para seu trabalho.
Sempre escrevo sobre REST AREA, mas acho que não expliquei o que significa. Eu pelo menos consultei diversos sites durante o planejamento da viagem e não sabia de suas existências. Nas principias estradas dos Canada e USA, inclusive no Alasca, foram construídos centros de apoio aos viajantes dos mais diversos padrões. Desde as mais simples somente com privada de buraco até verdadeiros clubes contendo área para picnic e até WI-FI; muitas disponibilizam café de graça. Na entrada de cada Estado sempre tem uma dessas grandes para fornecer material impresso, inclusive mapas, do estado e das suas principais cidades. Tem estadas que são mais uma das outras, mas normalmente a cada 50 km tem uma.No Brasil essa função é prestada pelos postos de gasolina. Aqui ao contrário os postos costumam ter banheiros pequenos.

A principal atração do dia foi a visita à cidade de New Orleans, porém eu tinha uma expectativa mais romântica da cidade e até do Rio Mississipe que a corta e é sua principal turística. A minha percepção, no entanto, foi de uma cidade tomada pelo concreto e sem o colorido das flores e os verdes dos parques. O rio é todo enclausurado com concreto visando facilitar a navegaçao. De forma que não demorei muito na visita. O que gostei mesmo foi das enormes pontes da cidade,

A última foto mostra nosso acampamento em frente a um cassino. O local que escolhemos para acampamos ficava atrás de um posto de gasolina. Quando estávamos montando a barraca descobrimos que bem em frente tinha um Cassino. Depois de terminado o serviço dei U$ 3 para a Edivânia e disse esse dinheiro é para você torrar. Deixei ela numa máquina e fui assistir uma partida de futebol americano na TV. Depois ela chega me chamando para ir embora com U$ 5 na mão.



Dolor
09-10-11, 16:45
02/10/2011 - Domingo - 163o. dia - Houston

Dedico este Post ao amigo e ex-colega da Telegoiás Wanderley de Freitas. Ele que hoje é um empresário e bem sucedido em todos os aspectos da vida. As nossas viagens a serviço nos anos 80 são inesquecíveis. Trabalhávamos e ríamos o tempo todo.

http://4.bp.blogspot.com/-LCixWZbFpsA/TooMQ84olWI/AAAAAAAAB1k/vYh4j5O13FA/s320/DSC04107.JPG

O ponto alto da viagem de hoje foi a entrada no Texas. Depois foi a visita a Houston. Na parada para almoço a Edivânia fez uma reclamação: “meu bem você não demorou nada dentro de New Orleans! E nem passou dentro de Baton Ruge, a capital do Estado. Você está com pressa?”. Essa observação me chocou. Logo ela que tão muchiba, querendo demorar mais? A coisa está grave. Então para compensar eu lhe propus da gente dar um pulo até Dallas para ela conhecer. Ela adorou. Assim, em vez de virar a cara da Celestina para o rumo do Brasil, virei foi para o norte, para rodar em torno de 400 km de ida e um pouquinho mais para voltar, tendo em vista que usarei outra estrada.

http://2.bp.blogspot.com/-EouBnFawVUA/TooPIgWKcpI/AAAAAAAAB10/Nbe11lpE8-4/s320/DSC04163.JPG

Mulher comigo é assim: reclamou ganha presente. É como se ela acordasse em Morrinhos e eu dissesse-lhe: “meu bem! Ontem você brigou comigo, por isso vai ganhar um presente: vamos dar um pulinho a Ribeirão Preto?”. Chique demais.

Paramos para dormir após rodar uns 100 km.

Valdir Martins
09-10-11, 19:16
Queridos Sinomar e Edivânia:

Há pouco tomei conhecimento da grande viagem que vocês estão empreendendo e, é claro, li todo o relato, embarquei de imediato nesta aventura, me diverti muito e com muita alegria e honra, tenho o prazer de passar os fundamentos que norteiam os Fazedores de Chuva, organização que agrupa todas as pessoas que tem a aventura nos seus corações, especialmente sobre duas rodas.

Vocês fazem por merecer todas as honrarias deste grupo, que a partir do cumprimento do trajeto entre Ushuaia e Prudhoe Bay, incluindo pelo menos 6 países da América do Sul, entre eles a Colombia, exclusivamente sobre uma moto, habilitam-se a serem reconhecidos onde quer que estejam, como Grandes Caciques Fazedores de Chuva.

A Edivânia cumpriu com grande valentia e determinação, o que dizes com muita propriedade na apresentação das motivações que os levaram a fazer esta viagem, especialmente na terceira, "a do cunho maldoso da inveja", claro que a saudável, juntamente contigo, a essência do slogan dos Fazedores de Chuva: "Qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..." e por isto ela recebe o título que estas valentes mulheres fazem por merecer, de serem chamadas de Adelitas.

Oportuno registrar também a valentia da Celestina!

Que amada!

Parabéns muito especial para a Adelita Edivânia e para ti Sinomar, que a partir de hoje passarás a ser chamado de Grande Cacique Fazedor de Chuva O Velho Doido!

Segue abaixo o que é a essência do espírito dos Fazedores de Chuva!

Leiam com muita atenção, releiam, respirem fundo, sintam-se muito queridos e muito bem acolhidos por todos nós!

Vocês estão em casa!


FAZEDORES DE CHUVA


Uma Moto, um Mapa, um Passaporte, algumas Roupas,

um punhado de Moedas, muita Coragem, uma Alma Inquieta, um Sonho...


Nasce um Guerreiro!


A Moto é para sentir o vento, a liberdade...

O Mapa é para demarcar territórios, conquistar...

O Passaporte é o símbolo, o registro, a prova!

As Roupas protegem, aquecem, acolhem...

As Moedas são para alimentar o corpo!

A Coragem é para cruzar as três Américas com todos os seus mistérios,

belezas e perigos na solidão de duas rodas...

A Alma Inquieta é para deixar para trás o conforto e a segurança que só

a rotina perto dos que bem queremos pode nos proporcionar...


“O Sonho é para realizar o que qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem...”


Parabéns, Sinomar e Edivânia,

GRANDES CACIQUES FAZEDORES DE CHUVA

Sejam bem vindos à elite do Motociclismo Mundial!


Finalmente, aproveito para lembrar que no período entre 17 e 20 de novembro próximo, teremos o nosso VII Encontro Internacional dos Fazedores de Chuva, em Guanajuato, México, onde, desde já, esperamos por vocês.

Informações a respeito dos Fazedores de Chuva, poderá ser encontrada no site: www.fazedoresdechuva.com ,que está à disposição, inclusive, para a divulgação da viagem de vocês no nosso Forum.


Abraços e beijos
Dolor e Angela
Fazedores de Chuva
Presidente



Neste final de semana, montei na garupa virtual da Celestina e devorei todos os post.
Parabéns!!!!
Estou me preparando para essa odisséia em 2015, quando completarei meus 60 anos de idade.
Como você, viajarei com a garupatroa.

Forte abraço e que os bons ventos os tragam de volta!

Valdir Martins

Dolor
10-10-11, 10:39
FC Valdir, muito bom te ter a bordo!
Aqui estás na tua casa. A casa daqueles que tem a aventura nos seus corações,
e desde já, estamos na torcida para que consigas transformar os teus sonhos
em realidade.
No que depender de nós, não economize-os; voe bem longe, porque haverá
por perto um Fazedor de Chuva para te incentivar e apoiar.
Abraços
Dolor
PS: Sem dúvida o GCFC O Velho Doido é um grande exemplo de que é possível
dar asas aos nossos sonhos!

Dolor
10-10-11, 10:45
03/10 - Segunda-feira - 164o dia - Dallas

Dedico este Post à Luciana Frauzino e seu esposo Dorismar, pais da linda Gabriela, flamenguista pelo DNA do pai. Ambos que foram meus colegas de trabalho.


Hoje a prioridade era com a troca de óleo da Celestina, mas antes, tenho que narrar um acontecido meio constrangedor e depois engraçado.

Ontem quando paramos para dormir o sol já tinha ido e tínhamos que agilizar na localização de um lugar para acamparmos. Logo que saímos da haighway, num pequeno vilarejo, vimos um grupo de árvores e nos interessamos por elas. Chegando no local verificamos que o local não era ideal e ficava no quintal de uma casa. Porém antes da casa tinha um terreno vago e gramado e resolvemos acamparmos bem no fundo dele para ficarmos mais afastados da rua. Mesmo assim, fomos na casa com o objetivo de avisar do nosso pouso e pedir água para nosso chuveiro. Como nào tinha ninguém na casa encontramos uma torneira e pegamos nossos 20 lts de água para nosso banho. Verificamos também que tratava-se de um prédio comercial que atendia pessoas.

http://2.bp.blogspot.com/-DU0A88QvsvM/ToyyUUJE3BI/AAAAAAAAB2U/M1qExO-Q374/s320/DSC04214.JPG

Hoje por volta das 8:30, após tomarmos o desjejum e preparávamos para levantar acampamento, chega dois homens nos chamando meio que desesperados e vinham bem rápido, pelo barulho dos passos. Então, como eu estava pelado, gritei alguma coisa em inglês, mas já era tarde de mais, a porta da barraca é levantada, de um lado e de outro, e a cara de dois policiais aparece, vendo-me peladão. Eu assustei tampei minha partes íntimas e eles também assustaram e largaram a barraca mas determinaram que eu saísse o mais rápido. Então eu me vesti enquanto eles me aguardavam resmungando.

Depois das identificações e esclarecimentos necessário um dos guardas pegou nossos passaportes e foi lá na citada visinha casa. Então eu perguntei porque ao soldado que tinha ficado nos vigiando, sobre o motivo da saída dos nossos passaportes e ele nos disse que era para acalmar a mulher que os chamara.

http://4.bp.blogspot.com/-I1uwHKIoCuw/Toy2uMNkDVI/AAAAAAAAB2o/GfW-oWy_LDI/s320/DSC04257.JPG

Enquanto nossos passaportes não voltavam o policial ficou me fazendo perguntas sobre a viagem. Nessas alturas já estávamos amigos. Quando me entregaram os passaportes me disseram que a mulher era No final da frease ele olhou para meu cartão onde tem a frase Velho doido e disse: ela é doida como você. Essa casa é de tratamento de doida, foi então que os mostrei a frase de Velho Doido em inglês no meu cartão e eles riram.
No final me indicaram um oficina para trocar o óleo. Após saida dos policiais fui na casa e pedi desculpas à mulher e ainda serrei um cafezinho. Ela estava toda sorridente e vou ficar o resto da vida sem saber o motivo que ela chamou a polícia.

Indo na oficina indica pelos meus amigos oliciais eles só podiam me atender após as 13 hs. Seguindo mais para frente parei num posto par abastecer e um cidadão conversando muito alto me aborda e diz que é mecânico de motocicleta, então eu lhe pergunto onde poderia resolver o problema da celestina. Ele me disse que saindo da autoestrada umas 10 milhas à esquerda tinha uma grande loja de peças e serviços de motos. Na verdade foram 18 milhas.

Os texanos que me atenderam foram muito simpáticos. Eles tem duas relíquias de motos: uma Indian 1934 e Haley Davidson igualzinha a que o Elevi Presley fez um filme. Também ostentam uma cinta cheia de bala com um colt, semelhante aos dos cowboys do velho oeste.

No final me deram uma facada de U$ 125 por uma simples troca de óleo e filtro.

Chegamos em Dallas ainda cedo, mas demoramos encontrar um hotel no nosso padrão de qualidade. Primeiro sofremos para encontrar um que não existe mais, depois para achar esse de U$ 45.

Dallas é a mais latinas da cidade pelas quais passei. Em 100% dos contatos e foram pelo menos uns 10, foram com latinos: mecânicos, borracheiros, atendentes e camareiras. Encontramos até um prostíbulo funcionado em plena tarde. Paramos para pedir informações para um casa de pessoas que estava na porta de um barzinho. O homem ao ver nossa aproximação escondeu e a mulher, pensando que eram dois homens na moto, jogou a toalha na cadeira e veio ao nosso encontro ostentando um lindo par de seios tampados com um pequeno sutiã e as partes de baixo eram cobertas por um micro shorte. Quando ela viu que minha garupa era mulher, voltou vagarosamente. A moça era de uma beleza incompatível com aquele local. No hotel também ficavam algumas na sala de estar, pelo jeito aguardando cliente. Acho que é por isso que os motociclistas gostam de viajar sem uma companheira.

Dolor
10-10-11, 10:47
04/10/2011 - Terça-feira - 165o dia - Fort Wort, Austin e San Antonio

Dedico este Post ao Meu amigo Edison Faria. Companheiro de trabalho na época da Brasil Telecom e ainda continua prestando serviço à, agora, OI. Ele que acompanha meu blog diariamente e comenta alguns post com entusiasmo.
A saída do hotel, como sempre, foi a mais tarde possível. Como é raro a gente se hospedar em hotel que, quando o fazemos, curtimos o máximo que podemos.

http://2.bp.blogspot.com/-YSUFfxmsQF8/TozyhjGsJzI/AAAAAAAAB3I/NB4zC6_dMiE/s320/DSC04322.JPG

A viagem de hoje foi uma sensação de retorno. Foi a primeira vez que virei a cara da Celestina efetivamente para o Sul e pensei “chega de Estados Unidos”. A estrada me exigiu velocidade de 120 km/h quase o tempo todo. Em Austin resolvi entrar na cidade mas encontrei um engarrafamento muito forte e tive que retornar à highway, rumo a San Antonio.

Será que eu não tenho nenhum leitor mais ou menos da minha idade e que gostava de ler os livros de Farwest? Aqueles livros de bolso? Meu irmão, o Godoi, eu sei que gostava. Meu pai punha ele para trabalhar na chácara e ele escondia o livro dentro do boné para ler quando meu pai saia de perto. Meu pai tinha uma carroça para puxar palha de arroz, meu irmão segurava a rédea do cavalo com uma mão e com a outra lia o livrinho, indiferente aos carros que passavam por ele. Acho que o cavalo já era treinado.

Estou buscando essas pessoas para compartilhar a felicidade de ver aquelas cidades que serviam de fundo para as histórias: Dallas, Austin, San Antonio e Rio Grande divisa com o México. Me dá vontade de chegar no Brasil e recomeças assistir os filmes daquela época.

http://2.bp.blogspot.com/-uOQvmk1CFww/To8oXZjMgrI/AAAAAAAAB30/Br-vwLgj1uQ/s320/DSC04383.JPG

As fotos que aparem acima são de Fort Worth, cidade vizinha a Dallas e umas mais ao final de Austin. Passamos por San Antonio, mas já estava escuro e as fotos não ficaram boas


Dolor
10-10-11, 10:51
05/10/2011 - Quarta-feira - 166o dia
Dedico este Post à minha amiga Lolita. Ela que é escritora e escreveu um dos livros mais interessantes que já li e é mãe do meu amigo Rogério Troncoso. Quando chegar vai ser uma das minhas primeiras visitas.
http://3.bp.blogspot.com/-BGb1tRxOh3w/To8uIAOdlTI/AAAAAAAAB38/U96gVvWTU1A/s320/DSC04432.JPG
Deixar para acampar no escuro não é bom. Hora a gente pega buraco; ora piso que as estacas da barraca não finca, entre outros.
Antes, porém, devo informar que tem uns cinco dias que não sentimos calor, desde que deixamos a Flórida. Nesses dias estamos sendo obrigados a dormir dentro dos Sacos de Dormir. Mas como hoje não estava muito frio resolvemos dormir sem os mesmos. De madrugada senti frio nos pés e fui procurar as meias, quando a Edivânia acordou e me disse que elas estava lá fora em cima das botas.
Meio que dormindo peguei as meias e taquei nos pés, somente quando eu já terminava de calçar a segunda foi que senti que estava sendo picado por formigas. Quando acendi a lanterna verifiquei que as meias estavam cheias de formigas “lava-pés”. Tirei as meias na maior rapidez e, os próximos quarenta minutos foi matando as formigas que estavam sobre o lençol.
Nessas alturas o frio dos pés tinha acabado. Mas logo dormimos novamente.
http://3.bp.blogspot.com/-ohnnFs69_EA/To8zfoXFsYI/AAAAAAAAB4Q/BQKQo7QoR3I/s320/DSC04467.JPG
Hoje conhecemos a Cidade de Corpus Christi, famoso balneário texano que fica ao lado de grandiosas refinarias de petróleo.
http://4.bp.blogspot.com/-9cC7tDJzRss/To8ue3Nv78I/AAAAAAAAB4A/7VwuzdvDEOE/s320/DSC04449.JPG
Mas a prioridade dos balneários americanos são para as lanchas e barcos. Eles têm prioridade em relação aos banhista de praia. As praias tem pouco ou quase nenhuma infra-estrutura para os banhistas. Também a maioria ficam hospedados em hoteis que disponibilizam cadeiras, toalhas, comida e bebida. Os banhistas de carro tem que levar sua “farofa”.
Isso se deve ao padrão financeiro da população. A maioria aqui podem pagar um hotel ou alugar uma lancha e tomar um sol pescando em alto mar.
http://4.bp.blogspot.com/-5irNLVnf01s/To84LCrjJ_I/AAAAAAAAB4c/iQCSq1ytdSI/s320/DSC04476.JPG
A paisagem do Texas, sob o ponto de vista da flora, é um pouco semelhante ao Nordeste não árido do Brasil. Onde se planta algodão que exige pouca chuva. Apesar de que é época de seca e não tem lavouras preparadas para o plantio.


Dolor
10-10-11, 10:55
06/10/2011 - Quinta-feira - 167o dia. Entrada no México

Dedico este post à minha amiga Débora Cristina. Nossa amizade vem da Casa de Saúde e Maternidade Sylvio de Mello onde exercia suas atividades com competência. A partir de amanhã ela começa a trabalhar numa outra empresa. É isso aí amiga, a evolução exige mudança.
http://3.bp.blogspot.com/-z8I5qxHkidk/To849KZP6DI/AAAAAAAAB4g/ZLQWOL6c_HU/s320/DSC04490.JPG
Sair do USA e entrar no México é um choque. É absurdo a diferença econômica e cultural. Saí de uma área “pobre” do Texas. Uma região de grandes ranchos mas de terras pobres e pelo jeito moram diversos peões para cuidar de grande quantidade de reses. Entrei, também, numa região pobre do México.
http://3.bp.blogspot.com/-0awNBLtZeSw/To85YyNfIaI/AAAAAAAAB4k/ssRQv8n6e7U/s320/DSC04493.JPG
Enquanto na região pobre do Texas, cada entroncamento, por menor que fosse, tinha um grande viaduto e diversas lojas comerciais. Todas tinham um Mc Doinalds ou/e um Burguer King, além de outras. O asfalto é absolutamente liso e sinalizado. No México em cada cruzamento tem dezenas de quebras-molas e o comércio, quando tem, muito pobre.
http://3.bp.blogspot.com/-0RPCtOQ_N8w/To860U5YzEI/AAAAAAAAB4s/0DB99LKmuqM/s320/DSC04502.JPG A quantidade de policiais do exército nas ruas e estrada do México transmite uma sensação de segurança legal. Paramos num Posto de Gasolina e logo depois parou um batalhão com, aproximadamente, 20 soldados, cada um mais armado que o outro; com granadas na cintura e muita bala. Numa das camionetas tinha uma metralhodora de guerra.
Porém um pouco mais na frente, teve uma retenção do tráfego para retirada de um caminhão acidentado. Fomos o sexto veículo a parar. Então estou vendo uma camionete vindo em sentido contrário parando em um por um dos carros que estavam na minha frente. Pensei que ele estava informando o motivo da parada, até me deu vontade de ir lá escutar, só não fui porque esperava que ele parasse onde estávamos. Mas quando a caminote passou perto da gente não parou e os seus três ocupantes nos saudaram efusivamente fazendo aceno de tchau, muito sorridentes.nRespondi da mesma forma.
http://3.bp.blogspot.com/-SluSS1GJJs0/To87WI5qljI/AAAAAAAAB4w/zX-awRenkbg/s320/DSC04505.JPG
Depois vi os ocupantes dos carros saírem de seus veículos e ficarem a conversar nervosamente. Eles disseram que os três rapazes apontavam a arma para cada um dos motoristas e exigiram dinheiro. Eu até tinha visto um dar um canudo para os bandidos, mas pensei que era cigarro.
Dormimos num posto de gasolina com segurança armado. Mas contando com a sorte.


Valdir Martins
11-10-11, 22:35
Obrigado Amigo!!

Estou adorando os relatos dos FC.

Não vejo a hora de chegar a minha vez.

Abraço

Dolor
12-10-11, 10:23
07/10/2011 - Sexta-Feira - 168o. dia - Tampico no México

Dedico este Post à Família Storino: Rafael, Eliane, Rafaela e Izabela. Pais e filhos com os quais convivi nos bons tempos da Telegoiás. Foram muitas risadas juntos. Gostava de ouví-los cantar.
http://4.bp.blogspot.com/-OAd3O4C3V-k/TpT-me-l-mI/AAAAAAAAB5c/RjxOCJJC9FM/s320/DSC04508.JPG
Hoje a viagem foi numa região muito pobre do México. A estrada muito ruim e sem infra-estrutura. A cidade de Tampico é uma grande cidade portuária e corre dinheiro, mas saindo dela a rotina de buraco e quebra-molas volta. Na rota do Pacífico as estradas eram mais conservadas e tinha a opçao das rodovias pedagiadas. Talvez por causa disso lá tem mais investimento de rede de grandes hoteis.
http://2.bp.blogspot.com/-_M3wOOOJxZ8/TpTFQVyZHZI/AAAAAAAAB40/X7AfWm85TNc/s320/DSC04506.JPG
Aqui a água do oceano é mais quente e mais bonita, além te ter areia natural clara, coisas que no Pacífico não tem.
A cidade de Pousa Rica e outras nas suas imediações são históricas e cravadas em morros e com ruas estreitas e por isso um transito horrível e não deu para visitá-las.
http://3.bp.blogspot.com/-2tuBAIwCAts/TpUErUoS45I/AAAAAAAAB58/5qupwj88-DI/s320/DSC04526.JPG
Dormimos em um lavajato na cidade de Papantla, outra cidade histórica.

Dolor
12-10-11, 10:27
08/10/2011 -Sábado - 169o dia - Vera Cruz no Méxic
Dedico este Post a Eliene da Complem. Outro dia fomos a um casino e lá encontrei uma recepcionista com corpo, voz, gargalhada, rosto e irreverência idênticos. As duas, se fossem irmãs, não pareceriam tanto. toda festa que íamos em Morrinhso a Eliene estava, mas agora acho que ela regenerou.
http://4.bp.blogspot.com/-vjyuyiCLFjY/TpUIVX-WcpI/AAAAAAAAB6U/EnqLz8pUJg0/s320/DSC04572.JPG
Hoje, depois de sofrer bastante com as estradas ruins, peguei uma estrada pedagiada que me fez chegar mais rápido à Vera Cruz, uma linda cidade. Uma cidade que transformou seu porto em atração turística; onde centenas de pessoas estavam aglomeradas num sábado a tarde. Preserva as construçoes antigas. Não é preservar por deixar em pé, mas pintadinhas e limpas. O centro da cidade é muito gotoso. Quando a gente pega a Av Costeira depara com uma arquitetura moderna, tanto na ornamentação pública quanto na construção dos prédios particulares. Uma grande avenida nos levou à saída da cidade, rumo a Alvarado.
http://1.bp.blogspot.com/-8KYRWBqzHb8/TpUP_lJV5JI/AAAAAAAAB7M/4o-CcsJxYK0/s320/DSC04607.JPG
Entramos em Alvarado em busca de um encontro de Haleyros para o qual fomos convidados na estrada. Porém entrando na mesma caímos no meio de uma festa de Carnaval. Toda população estava nas portas das suas casas esperando um desfile qualquer. Nas ruas vimos dezenas de cavaleiros e alguns homens vestidos de mulher. Numa rua fomos atração principal desfilando com a Celestina.
http://3.bp.blogspot.com/-yRsu-XxoxcA/TpUUH8BgrvI/AAAAAAAAB7s/JtX1AjVXdik/s320/DSC04610.JPG
Com aquela quantidade de gente era impossível encontrar meus amigos.

Dolor
13-10-11, 12:25
09/10/2011 - Domingo -178o dia

Ofereço este é Post à Cláudia Elias. Morrinhense que mora em Goiânia e é corretora de imóveis da empresa Adão Imóveis. Fomos colegas de Trabalho nas antigas Telegoiás e Brasil Telecom. Trata-se de uma pessoa de uma simpatia extrema e me manda muitos e-mails motivadores.
http://1.bp.blogspot.com/-0jRf8REo26c/TpYWYYRTseI/AAAAAAAAB80/L3gjn5ENiZ8/s320/DSC04629.JPG
Meu percurso de hoje foi através das cidades Catemaco, Andres Tuxtla, Acayucan, Villa Hermosa e Fronteira. Na medida que vamos andando para o Leste, na ponta do México mais próxima de Cuba, mais as estradas melhoram e as cidades um pouquinho mais. Essa região parece com o Brasil. Grandes cidades movimentadas com muita gente e carro andando pelas ruas e, entre elas, pequenas e pacatas vilas. Lembra muito o Nordeste brasileiro, na região da Serra do Mar. Muito verde, por causa das chuvas, mas pouco aproveitamento da terra,apesar do desmatamento desorganizado.
http://3.bp.blogspot.com/-KZpuz7d4xfA/TpWSTLLneiI/AAAAAAAAB8E/jxatXq9s0OI/s320/DSC04624.JPG
A partir de Villa Hermosa pegamos uma estrada que passa em cima de uma um fio de terra entre a área alagada por água doce e o mar. Trata-se de uma reserva natural, porém cheia de invasão. O posto que paramos para dormir, fica dentro da reserva, mas joga seus dejetos dentro da lagoa, transformando-a num fedor horrível.
http://3.bp.blogspot.com/-H0YKd8PhSLA/TpWXY4gV3QI/AAAAAAAAB8c/F_OBWrfyPsk/s320/DSC04626.JPG

Dolor
13-10-11, 12:31
10/10/2011 - Segunda-feira - 171o. dia - Merida no México

Dedico este Post ao Cleyton de Souza Perez, o Bodinho. Ele que foi meu companheiro de trabalho na gestão do Rogério Troncoso. Pessoa muito alegre e comunicativa que me acompanha pelo Blog.
http://1.bp.blogspot.com/-JaxuWeOUNa4/TpYb4QqFi0I/AAAAAAAAB9M/yL1w2s9Axpk/s320/DSC04722.JPG
Hoje o objetivo era dormir em Merida, uma grande cidade capital de estado. Mas quando peguei a estrada após Fronteira e antes da Cidade Del Carmen, pensei que seria impossível. O pequeno fio de terra, agora com o mar dos dois lados, disputam o mesmo espaço. Uma estrada que teria a largura de uma mão de pista, é usada para passar em duas mãos, carros, caminhões, tricículos, bicicleta e pedestres. São quase 40 km nessas condições, sem contar as centenas de quebras-molas.
Se antes eu já estava magro, agora estou transformando em pura pelanca. Tenho me cansado muito com essas estradas.
http://1.bp.blogspot.com/-3F0fUbHllGg/TpYpuCX94wI/AAAAAAAAB-s/rw-d1O144qY/s320/DSC04758.JPG
Apesar das estradas chegamos em Merida a tempo de dar um giro nela. O Sol estava baixo e disse para a Edivânia: “Vamos pegar a etrada rumo a Cancum, lá a gente arruma um posto para dormir”. Assim fizemos.
Depois de dar uma errada de uns 20 km ida e volta, pegamos a estrada. Um estradão. Boa para andar a 110, mas o limite era 90. Em torno de 100 km/h pilotei na expectativa de um posto. O sol se foi, o odômetro que começou com 50 km foi a 100 e quando estava em 150 apareceu uma placa indicando posto a 58 km para frente.
Foram poucas vezes que pilotei à noite. Numa delas passei frio de morrer no Perú. “E hoje? O que vai me acontecer?”, pensava eu. Viajar a noite no México é a única coisa que não podia fazer, segundo a recomendação dos próprios policiais. Nenhuma Vila. A rodovia foi feita para ser pedageada e é toda cercada das pequenas Vilas, para piorar o movimento nela era muito pequeno. Por vários minutos consecutivos só tinha eu na pista..
http://2.bp.blogspot.com/-fJmqF5UHGeY/TpYokteZj6I/AAAAAAAAB-k/10tgnWrdirQ/s320/DSC04753.JPG
Quando eu já fazia as contas da gasolina, tendo em vista que corria risco dela não dar, eis que aparece uma placa indicando a existência de um lugar com telefone e água para lavar as mãos. Me aliviei, um pouco.
Chegando no local indicado pela placa eis que era a estação de cobrança de pedágio. Parei a moto de um lado e fui procurar o responsável e dizer-lhe que ia dormir ali, por falta de gasolina. Porém o responsável disse que a 6 km, saindo daquela Rodovia tinha uma vila e que o posto funcionava 24 hs/dia e disse que nào poderíamos acampar ali por se tratar de zona de segurança.
Pagamos o pedágio e nos dirigimos à cidade com o nome de Piste. Antes de chegar ao posto, um cheiro de Pizza passou pelo meu nariz e parei imediatamente, tendo em vista que minha fome era maior que a necessidade de gasolina.
Na primeira conversa com o garçon que estava à porta achei o valor de 105 pesos pela Pizza caro. O rapaz simpataticamente nos indicou diverso lojinhas de comida em frente e disse que por 15 pesos comeríamos um sanduiche. Porém quando vímos as amostras, resolvemos voltar para a Pizza.
Cada 7 pesos equivale a R$ 1. Então na verdade uma unidade no tamanho médio me custaria R$ 15, o mesmo que nas Pizzarias mais simples de Goiás.
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O Vicente, o nome do garçon, veio conversar com a gente e logo perguntamos se existia um local na cidade onde poderíamos armar uma barra e, se possível, tomar um banho.
Ele respondeunque banho poderíamos tomar ali mesmo, na Pizzaria. Estranhei, porque as instalações eram bem granfinas e tem mesa para duas vezes a população da cidade. Ele até sugeriu tomarmos banho antes de comer, mas não concordei porque a fome era brava. Sobre acampar estranhei mais ainda porque nos disse poderíamos acampar dentro da sede da Prefeitura. Pensei: “esse cara tá com gozação!”.
Depois ele nos levou para o fundo da Pizzaria e verificamos que existia diversos quartos de aluguel, uma grande piscina e diversas salas comerciais convergindo para um pátio. Após o banho comecei a acreditar no Vicente e pedi mais informação sobre o acampamento.
Para encurtar a conversa dormimos dentro da Prefeitura, que aqui chamam de Palácio Municipal. Tivemos apenas que esperar mais um hora, até que uma reunião acabasse.
E assim dormimos.



Dolor
13-10-11, 12:37
11/10/2011 - terça-feira - 172o dia - Cancun no México.

Dedico este Post à Giselle da Consolação. Uma das pessoas mais alto astral que já conheci. Ela distribui sorriso o tempo todo e para todo mundo. Tem uma risada potente que anima qualquer ambiente. Mora em Boston, mas quando passei lá ela estava para o Brasil. Acompanha meu Blog com assiduidade.
http://1.bp.blogspot.com/-0eAXjEbIFyM/TpYxfLixDxI/AAAAAAAAB_E/I8ydVLPsDxw/s320/DSC04776.JPG
Acordei hoje Moído. Ontem me cansei muito por causa da tensão de pilotar a noite. Então disse para mim mesmo: “hoje só pego rodovia pedageada, para fugir dos quebras molas.
Mas ao sair da barraca tinha um grupo de policiais tomando café da manha e eles me convenceram a pegar a rodovia livre, pois era boa e a outra era muito cara. Acabei seguindo suas orientações e mais uma vez arrependimento pelos quebras-molas e dois pontos que tive que andar na terra por falta do asfalto que foi retirado para reparo.
http://1.bp.blogspot.com/-QYpsfCvxRmM/TpYzig-LSfI/AAAAAAAAB_U/9KxRU3lrsRE/s320/DSC04777.JPG
Chegamos a Cancun por volta das 12 horas. Que péssima primeira impressão da cidade. A entrada da cidade é feita por uma longa avenida com largas pistas duplas e grandes buracos. Mas muito grandes, profundos e em grande quantidade. Sem contar a poeira gerado pelos buracos. Pilotava na esperança das coisa melhorarem, mas demorou muito.
Depois de dar um giro pelo centro da cidade estava decepcionado com a cidade. Apesar de ser mundialmente famosa, as administrações públicas não a tratam como ponto turismo.
http://4.bp.blogspot.com/-WGVpp0yyJN8/TpZKmvFMHQI/AAAAAAAAB_8/cn1W6ipJrDA/s320/DSC04792.JPG
Peguei um mapa da cidade do Hotel e vi que a área hoteleira ficava para outro lado, para onde partimos. Então as coisas melhoram. A avenida é bonita, mas não o quanto merecia ser. Porém os grandes hotéis compensa em beleza. Essa avenida hoteleira me levou até a cidade de Praia Del Carmen.
No meu planejamento consta a parada de dois dias por aqui, então procuramos um hotel dentro do nosso padrão de qualidade. Foi difícil mas encontramos um por R$ 65,00. A cinco quadras da praia.
http://3.bp.blogspot.com/-KYqDV3ZAKu0/TpY0ocLj-zI/AAAAAAAAB_c/SCph-luCxPc/s320/DSC04778.JPG
E na rua mais movimentada da cidade, cheia de lojas e camelôs. E eu vou sair sem comprar nadica de nada.


Dolor
13-10-11, 12:41
12/10/2011 - Quarta-feira - 173o. dia - Praia Del Carmen no México

Dedico este Post à Galera dos Muchibas. O maior moto clube de Morrinhos. Por não lembrar do nome de todos, vou fazer uma homenagem coletiva. Não sou filiado ao clube mas comungo dos mesmos ideais.
http://1.bp.blogspot.com/-pFAXPoz2hMM/TpZVUoh0z2I/AAAAAAAACA0/94EVZIiPQqo/s320/DSC04817.JPG
Atenção Brasileiros! Pela minha pequena experiência em viagem, vou fazer uma advertência. Não saiam do nosso do Brasil, por causa de praia! As Nossas são as melhores do mundo.

A praia da Cidade Plaia Del Carmen é uma das mais badaladas do mundo. Ontem em plena terça-feira o movimento noturno era muito grande. Em Cancum e a uns 70 km na rodovia litoranea, até chegar aqui, existem grandes e sofisticados Resorts. Um emendado ao outro, porém aqui é onde o povão aglomera.
http://4.bp.blogspot.com/-B7hmpRkLfsg/TpZa3aj6RDI/AAAAAAAACBc/MBjQVuttmRM/s320/DSC04842.JPG
A água do mar é bonita, a areia também. Porém quando entramos na água a mesma fedia a esgoto e duas garrafas pets veio a nosso encontro de alto mar. Depois saímos andando e pudemos constatar nque o fedor estava ao longo da praia. Pode ser que os poucos hotéis de Cancun virados para o lado de Cuba tenham águas mais limpas. Mas analisando o mapa e a quantidade de cidades e navios no Golfo do México acho muito difícil água limpa.
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Agora vou fazer inveja aos maridos. Estávamos na praia e de repente a Edivânia me alertou mostrando um Top-Less. Aleguei que estava sem óculos e ela foi na sacola pegá-lo para eu ver melhor. Qual outra esposa faria isso? Quando ainda focava a primeira ela me mostrou a segunda e depois vimos outras caminhando pela praia.

Aliás quero alertar aos meus leitores: não morram sem antes visitar uma das seguintes praias de naturismo. Praia do Pinho em Santa Catarina ou Tambaba na Paraíba.
http://1.bp.blogspot.com/-dq1kISDiDmo/TpZih-o0YaI/AAAAAAAACCc/9XbsqNzSsK0/s320/DSC04866.JPG
O tempo fechou um pouco, almoçamos e voltamos para o apartamento. Não tem coisa melhor para descansar que um bom ar condicionado. Preciso recuperar um pouco das energias para enfrentar novos quebras-molas. E aqui nenhum.

Pelo movimento da cidade foi estranho ficar dois dias e não encontrar nenhum brasileiro. Quer dizer que a turma está seguindo meu conselho, ou seja,não compensa procurar praia fora do nosso querido Brasil. Em todas outras cidades turísticas encontramos brazucas.

Dolor
16-10-11, 17:21
13/10/2011 - quinta-feira - 174o dia

Ofereço este Post à Maria Tereza Peixoto. Grande companheira de cerveja no passado ao lado da piscina da AABB de Morrinhos. Hoje ela acompanha meu Blog morando em Goiânia.

Hoje peguei a melhor estrada não pedageada dessa etapa da viagem no México. A viagem rendeu muito.
http://3.bp.blogspot.com/-6RleirC4lDE/TpsOICbnBwI/AAAAAAAACEM/xEp-BWX0TuE/s320/DSC04910.JPG
Perdemos um pouco de tempo com a passada na cidade Chetumal, desnecessariamente, tendo em vista que a cidade não tinha nada de atrativo.
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Como não tenho informações sobre gasolina em Belize, abasteci o tanque principal e os reservas e partimos rumo à divisa do México com Belize. Após darmos saída na imigração do México, fomos para a Aduana para dar baixa da moto. Quando cheguei ao guichê o mesmo tinha acabado de fechar e um rapaz me disse que só abriria amanhà as 8 hs. Bateu-me uma tristeza. Naquele momento, tendo em vista que não podia mais voltar para o México e não podia sair com a moto para Belize. Felizmente, a atendente que ainda estava dentro do guichê deve lido meu semblante e veio me perguntar o que precisava. Quando disse que era baixa da moto, ela resolveu me atender.
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Chegando à imigração de Belize outro susto. A recepcionista disse que brasileiro precisa de visto para entrar e me devolveu os passaportes. Quando argumentei que amigos meus passaram antes e não me falaram de vistos ela pegou os passaportes novamente e entrou lá para dentro. Depois voltou com os formulários e disse para eu preencher e me custaria U$100 (Americanos. A moeda de Belize é dólar belizense), após preencher me levaram à presença de uma autoridade que emitiu recibos de pagamento e os vistos,

Na aduana foram emitidos uma nota fiscal de entrada da Celestina e um carimbo no Passaporte mas não me cobraram nada.

Nisso a chuva que nos ameçara a viagem toda, já caia grossa e precipitou a chegada da noite. Os primeiros 10 km dentro de Belize, foi debaixo de chuva, a noite e numa estrada sem sinalizaçao. Meu ponto de referencia era os faróis dos carros que vinham na minha frente. Porém a medida que eu jogava para o lado deles eles também enconstavam e assim, quando via que estava invadindo a faixa deles já estava em cima. Não enxergava nada . Até que começou a aparecer casas e logo que deu batemos em uma e dormimos nas sua garagem, O proprietario Sr, Sandes nos trouxe café com leite e conversou bastante com a gente, enquanto armávamos a barraca.

Dolor
16-10-11, 17:30
14/10/2011 - Sexta-feira - 175o dia - Belize

Dedico ester Post aos funcionários da Complem. Trata-se de uma equipe que enriquece Morrinhos onde tenho diversos amigos.
http://2.bp.blogspot.com/-1rWkf96ZGg0/TpsUBSLRv5I/AAAAAAAACEs/P7oY0jIBCRQ/s320/DSC04932.JPG
A passagem por Belize foi rápida, porém o suficiente para conhecer o País. Passamos pelas três principais cidades sendo Belize City a maior; com uns 100 mil habitantes. Esta cidade foi construída num solo ao nível do mar e entre a foz de dois rios. Passamos justamente no ápice do período chuvoso e a inundação estava para todo lado. Muitas casas ilhadas. O centro da cidade parece uma grande favela composta por casas de madeira; uma grudada na outra com ruas estreitas e sem passeio. Demorei a acreditar que aquele lugar era o Centro da Cidade. Procurei banheiro em dois lugares e estavam interditados porque não davam descarga. Tive que mijar no muro, ao lado do posto, com as pessoas passando na rua.
http://2.bp.blogspot.com/-feFVv8MjGHA/TpsVP2ao5II/AAAAAAAACE8/s96v4QPp3Z8/s320/DSC04939.JPG
O ponto mais pitoresco de Belize City, foi o cemitério. A rodovia que vai rumo à capital do país passa bem no meio dele. Num local a estrada, por alguns metros vira pista dupla e os túmulos servem de ilha. Nunca vi coisa igual. E olha que sou bem observador de cemitério. Os mais bonitos, que são inclusive atraições turísticas, ficam no Chile. Já vi túmulos coberto de areia no deserto da Bolívia e já vi cemitério em cima de colina que o morto só chegaria de helicóptero. Mas esse de Belize foi o mais interessante. Além de ser muito grande. Acho que essa tendência de observar cemitérios, deve-se ao adiantado da minha idade.
http://4.bp.blogspot.com/-64D7rOBHGB0/TpsXehTimKI/AAAAAAAACFM/fJVCFlybBKQ/s320/DSC04940.JPG
Na entrada de Belize City vimos um supermercado mediano, mas arrisquei chegar ao centro para encontrar um maior. Porem, depois de diversas informações só achei armazém de secos e molhados. Então partimos rumo à capital. Na metade da estrada a fome apertou e comemos o primeiro arroz com feijão da viagem. A “quentinha” deles daqui é fria. E o conteúdo é aquele mexido que minha mãe fazia à tarde utilizando o resto de arroz e feijão preto. Na quentinha vem esse arroz, maionese e frango ao molho. Estava bem gostoso.
http://3.bp.blogspot.com/-tDIypyo9FvU/TpsbeNEytYI/AAAAAAAACF0/q_dcmfpqd2E/s320/DSC04954.JPG
A capital, Belmont, é uma cidade mais nova, que também foi difícil acreditar que estávamos no centro. Segundo o frentista de um posto, a cidade tem 50 mil habitantes, mas acho que ele super estimou. Penso que o estado mais pobre do Brasil tem um PIB e uma renda per-capta maior que a Naçao Belizense. O país tem pouca terra produtiva , poucas atrações turísticas e não vi nenhuma industria.Segundo o homem simples que vende comida na beira da estrada, a maior renda do país vem da pesca.

Para sairmos de Belize tivemos que pagar U$ 15 para cada um.
http://3.bp.blogspot.com/-q35zx-xPpys/TpsibAI9ExI/AAAAAAAACG8/v_-O1onJspw/s320/DSC05010.JPG
A entrada na Guatemala tive pagar U$ 23 de seguro parta a Celestina e U$ 5 para cada um, além de U$ 2 para fumegar a moto.
http://1.bp.blogspot.com/-E8n-W5Xvk9w/TpsgHPkcfRI/AAAAAAAACGk/v_vcNC-31Sg/s320/DSC05001.JPG
Até não me importo de pagar o que é exigido legalmente em cada país, mas fico puto nesses países pequenos e pobres são com as pessoas que ficam a espreita de incautos para tirar vantagem. Saí da aduana para tirar cópia dos documentos para dar entrada na moto e fui abordado por um motorista de taxi, dizendo que eu teria que contratá-lo porque a xerox, naquela, hora ficava a mais de um km. Logo veio outro taxista dizendo a mesma coisa. Não dei atençao para eles e atravessei uma ponte de menos de 100 metros e tirei as cópias.

Quando saímos da aduana já era mais de 18 hs e o tempo estava escuro pela chuva que ameaçava. Mas naquela pequena cidade da divisa não era seguro dormir. Pegamos a estrada e as casas sumiram. Apesar do escuro, e da chuva que já caia forte, a estrada era muito boa e eu ia pilotando até encontrar um local para dormirmos. Logo o asfalto acabou de uma vez e eu mi a 80 km/h saltando dentro dos buracos cobertos por água. Quase caímos. Na primeira casa que apareceu, pedimos pouso.

A família que nos deu pouso me remeteu mentalmente para o tempo que eu era criança e morava na roça. Aqui, apesar de terem energia, televisão por assinatura, celular e geladeira, coisas que não tínhamos, eles tomam banho de “cuia”. Ou seja, a gente entra num cercadinho, com água no balde e se banha atirando água no seu corpo. Lembrei da pobreza da minha infância. Lembro-me direitinho quando meu pai chegou da cidade com um balde que tinha um chuveiro em baixo onde se colocava água quente e a gente abria e fechava a hora que queria. Para nós crianças foi uma maravilha.

A evolução humana foi muito lenta ao longo dos séculos passados. Gastou-se milhões de anos para descobrir a roda, depois milhares para dar-lhe utilidade e outras centenas para inventar a carretilha e alguns para descobrir que nela poderia pendurar um balde para tomar banho. Aqui, nessa família vive ainda aquele tempo. Uma garota na faixa dos 14 anos não estuda e nunca viu falar de New York, Miami ou Rio de Janeiro.

Renan Xavier
17-10-11, 09:44
15/10/2011 - Sábado - 176o. dia - Ruinas Mayas de Tikal - Guatemala

Dedico este Post ao Ricardo Santa Rosa e a toda equipe da TV Morrinhos. Pessoal que tem divulgado minha viagem e torcido por mim através do Blog.

O objetivo da viagem de hoje era visitar uma, senão a maior, ruína Maya da história que fica no parque de Tikal.

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Demos entrada no parque às 9:00 hs e saímos as 14 hs. As ruínas não me sensibilizaram como as dos Incas em Cusco no Peru, mas mesmo assim, são impressionantes. Sempre faço as mesmas perguntas: como uma estrutura daquela foi abandonada completamente. Se foi os conquistadores que dizimaram aquele povo, porque não deram utilidade para aquelas construções? Será que foi doença que extingui esse povo? Será que as instalações não foram reutilizadas por crenças em demônios?

Durante a visita ao parque de vez em quando caia uma chuvinha, mas não exigiu que usássemos as capas que levamos. Uma das escadas que subi e desci tinha 208 degraus. Estimo que eu tenha subido e descido uns 408 degraus e andado uns 4 km. Senti até um pequeno estiramento muscular na parte externa da coxa.

Porém, quando saímos do parque a chuva caiu forte. Cheguei à cidade de Santa Helena, que fica emendada com a cidade de Flores, com uma fome muito forte, tendo em vista que tinha me esforçado muito e comido pouco; um crossante com suco de laranja e um chocolate. Procuramos um grande supermercado e o mesmo não tinha as coisas que gostamos de comer. A sorte foi que havia uma Pizza Hut onde matei minha fome.

Quando fui abastecer para partir, resolvi procurar hotel porque a chuva era muito forte e, pela quantidade de nuvem que tinha mais cedo, ela não pararia tão cedo. Foi sorte, porque choveu forte a noite toda.

O hotel foi o pior que ficamos em toda viagem. A entrada é pomposa e bem arrumada, mas o quarto é minúsculo e o colchão cheio de caroço.

Mais uma vez advirto aos pobretões que resolverem sair pelo mundo. Para procurar hotel barato é mais fácil encontrar pouso nas residências na beira da estrada. Em busca de um entrei numa rua de pedra que judiou da Celestina e de mim. Flores é uma cidade histórica e as ruas que passam carro são estreitas e a maioria só passam gente.


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Dolor
20-10-11, 17:55
16/10/2010 - 177o. dia - Guatemala

Dedico este Post ao Rodney do Jornal a Folha. Ele que já foi meu companheiro de trabalho e usa seu jornal para valorizar e promover os encontros de motociclistas em Morrinhos.

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Como já escrevi umas duas vezes anteriormente, as estradas desconhecidas são como a vida, oferecem surpresas boas e ruins. A de hoje foi muito boa. Saímos da cidade por volta das 14 hs quando a chuva deu uma trégua. Daí até a hora de dormir não choveu mais. A estrada também foi muito agradável. Poucos pontos com lombadas e bem sinalizadas e dentro do padrão. Muitas curvas e vegetação exuberante. De forma que eu nem queria que anoitece para aproveitar mais aquele agradável dia.

Só não foi melhor que no finalzinho da tarde a Edivânia irritou comigo. Aí o dia acabou. Ela sabe que não suporto irritabilidade e isso foi bastante conversado antes da viagem. Para um casal normal a irritabilidade é rotineira. Mas para mim uma vez em um mês é inadmissível. E a Edivânia tem mantido essa média de uma vez por mês. Da minha parte devo ter irritado com ela umas duas vezes, mas dentro de 5 minutos peço desculpas e passo a me viajar com mais intensidade.

. Tem algum tipo de irritabilidade até que relevo, tendo em vista que acontece até comigo. Trata-se daquela decorrente de situações críticas como fome ou excesso de calor ou cansa. Felizmente esse tipo de irritabilidade quase não acontece com ela. Ocorre mais comigo, mas eu fico bem atento para, ocorrendo-a, pelo menos não deixa-la se exteriorizar. A irritabilidade é igual ao alcoolismo: não tem cura. O alcoolatra nunca pode falar que está curado.

A irritabilidade que acaba com meu dia é aquela COVARDE. Coloquei em letra maíúsculas, porque ela nos atinge covardemente. A vítima está desarmada; na maioria das vezes alegres. E o algoz o ataca sem aviso; covardemente.

As nossas roupas são impermeáveis, porém antes da chuva temos que adotar alguns procedimentos como abotoá-las e no caso da Edivânia colocar uns sacos de supermercado nas botas, tendo em vista que ela não quis trocar as suas quando comprei as minhas impermeáveis.

Hoje apareceu uma chuva mansa que de longe pensei que não íríamos pegá-la. Então a estrada fazia uma curva para o lado da chuva a gente molhava um pouquinho; logo a estrada virava para o lado contrário e a gente ficava no seco. Porém chegou um momento que percebi que não dava mais, ou seja, estávamos molhando muito. Então parei. Quando me dirigi à minha parceira brincando que eu tinha errado na minha avaliação, recebi uma série de impropérios: que eu devia ter parado antes, etc, etc.

Esse ataque é mais doído, primeiro, como já disse, eu estava alegre. Depois porque já passamos tantas situações pior que essa e levamos de boa; alegres e sorridentes. Nos primeiros dias de viagem ainda no no Brasil, pegamos uma chuva de vento por volta das duas da madrugada que tivemos que ficar os dois de braços abertos dentro da barraca para que as varetas não quebrassem todas, assim mesmo duas quebraram. Outra vez tivemos que esvaziar toda a barraca de madrugada por causa de uma barata que não conseguíamos matar e nem tirá-la da barraca. Sem contar as estradas de barro que sofremos muito.

Então peço aos leitores que quando for viajarem combinem sobre a irritabilidade. Na Disney, tive a oportunidade de ver a briga de um casal brasileiro. Cisa ridícula. Tudo por causa da irritabilidade. Pessoas pagam passagens de avião, compram entradas caras e põem tudo a perder por causa dela: a irritabilidade.

Hoje devido à demora na atualização do Blog, com fotos das ruínas,andamos somente 150 km.

Dolor
20-10-11, 18:12
17/10/2010 - Segunda-feira - 178o dia - Honduras

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Dedico este Post à Anny Kristyne, minha ex-colega de trabalho. Linda e simpatissíma está vencendo na vida morando em Brasília. Parabéns pela coragem. Você que é jovem, vá para o Canadá.

Hoje foi dia da saída da Guatemala e entrada em Honduras. O caminho dessa vez foi diferente da anterior, em junho, quando subimos e havia uma barreira policial a cada 30 Km. Dessa vez achei Honduras mais desenvolvida. Sou capaz de arriscar que seu PIB deve ser semelhante ao PIB do estado de Goiás. Assim, como Guatemala suas terras são férteis, tem um grande porto com uns cinco grandes navios na fila. Ao contrário da subida, dessa vez simpatizei com o país.

http://1.bp.blogspot.com/-TJnKHHldjlY/TqCQ4mvwfwI/AAAAAAAACMw/wtFC1XdeQok/s320/DSC05266.JPG

Principalmente porque o pessoal onde pedimos pouso foi muito gentil com a gente. Pela primeira vez na viagem não nos foi possível recusar dormir dentro de casa. Sempre recusamos porque preferimos dormir na barraca. Mas o pessoal foi tão persuasivo que acabamos indo dormir dentro da casa.

http://3.bp.blogspot.com/-_YyOAuw0ZoM/TqCMzm62JcI/AAAAAAAACMQ/sybU8IVgnGw/s320/DSC05248.JPG

Na cidade onde tem o Porto foi onde troquei o óleo da Celestina e a Lâmpada do farol principal que, pela segunda vez, queimou nessa viagem. O cara me deu uma facada de U$ 45, mas mesmo assim, ficou um terço do valor pago no Canadá e USA.

http://2.bp.blogspot.com/-sPtKy8XcLFg/TqCN25UXSBI/AAAAAAAACMY/RFr03sj4cdY/s320/DSC05251.JPG

Dolor
20-10-11, 18:15
18/10/2011 - Terça-feira - 179o dia - Nicaragua

http://3.bp.blogspot.com/-rBl2oWhP6_c/TqCB6JRH62I/AAAAAAAACKs/kgTfVWaw4IA/s320/DSC05276.JPG

Hoje foi dia da saída da Guatemala e entrada em Honduras. O caminho dessa vez foi diferente da anterior, em junho, quando subimos e havia uma barreira policial a cada 30 Km. Dessa vez achei Honduras mais desenvolvida. Sou capaz de arriscar que seu PIB deve ser semelhante ao PIB do estado de Goiás. Assim, como Guatemala suas terras são férteis, tem um grande porto com uns cinco grandes navios na fila. Ao contrário da subida, dessa vez simpatizei com o país.

Principalmente porque o pessoal onde pedimos pouso foi muito gentil com a gente. Pela primeira vez na viagem não nos foi possível recusar dormir dentro de casa. Sempre recusamos porque preferimos dormir na barraca. Mas o pessoal foi tão persuasivo que acabamos indo dormir dentro da casa.

http://3.bp.blogspot.com/-jCqjOWBLzwM/TqCCZHi6sVI/AAAAAAAACK0/UCRr4ETIMj4/s320/DSC05284.JPG

Na cidade onde tem o Porto foi onde troquei o óleo da Celestina e a Lâmpada do farol principal que, pela segunda vez, queimou nessa viagem. O cara me deu uma facada de U$ 45, mas mesmo assim, ficou um terço do valor pago no Canadá e USA.

http://1.bp.blogspot.com/-ayZaC_Hq5pQ/TqCC3u33T_I/AAAAAAAACK8/T46KTkOyW0c/s320/DSC05287.JPG

http://3.bp.blogspot.com/-KHWSjxOTi9k/TqCDU4IJr_I/AAAAAAAACLI/9HJV89ycMM4/s320/DSC05288.JPG]

Dolor
20-10-11, 18:15
19/10/2010 - Quarta-feira - 180o dia

A saída da Nicarágua foi muito pior que a entrada. Aqui uma dezena de “facilitadores” quase te derruba da moto para oferecer seus serviços. Alegam quem sem eles não será possível entrarmos no país. É uma loucura. Eu como me preparo antes, não me irrito mas a Edivânia fica possessa da vida. Também eu jogo a “bomba” para cima dela. Digo para moçada: “dinheiro só com minha mulher!”. Afasto um pouco e fico vendo o ataque deles. Ela me lembra um animal sendo devorado pelas piranhas. Ela balança a cabeça; anda um pouco e para porque eles vão atrás.

Logo eles descrençam e voltam para mim e eu torno a dizer: “é só com ela” e parto para os guiches.

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A entrada na Costa Rica foi bem organizada, apesar da chuva que atrapalha muito.

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Durante poucas horas do dia viajamos sem chuva. Choveu o dia todo e a noite. Tivemos que procurar um hotel porque nao encontramos local ideal parara acampar.

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Renan Xavier
26-10-11, 10:32
20/11/2011 - Quinta-feira - Costa Rica

Dedico este Post ao corpo médico, técnico e administrativo do Hospital Nossa Senhora do Carmo. Pessoal amigo e muito dedicado ao trabalho e que tem acompanhado meu blog.

A chuva contínua que cai na América Central derrubou uma barreira na rodovia que íamos passar e tivemos que dar uma volta para pegar a estrada que passa pelo litoral da Costa Rica. Além dessa volta, um descuido da minha parte nos fez andar, desnecessariamente, mais 50 km numa estrada pedageada. Ou seja, andei mais 100 km de ida e volta pagando pedágio em dobro. Eu tinha anotado todo o roteiro mas empolguei com a estrada boa e com preguiça de parar naquela chuva forte, fui parar perto da capital.

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A noite aqui cai muito rápido e mais uma vez quando atentamos para procurar local de acampar já estava a noite e a chuva que começara por volta do meio dia, ainda caia forte. O remédio foi buscar um hotel.

Encontramos um no valor de U$ 40 onde se hospeda a moçada do Surf. Os mais empolgados com a nossa história foi um argentino, um inglês e um casal de francês. Tinhas umas moças muito bonitas também, mas essas não nos deram muita atenção.

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Renan Xavier
26-10-11, 10:34
21/10/2011 - Sexta-feira - 182 dia - Costa Rica

http://1.bp.blogspot.com/-g8lT61BTbQs/Tqb9jH35eQI/AAAAAAAACSg/7Cxi9mnr5KM/s320/DSC05350.JPG

Dedico este Post ao Pascoal. Ele que tem oficina e ferragista no Jardim Romano e um admirador do motociclismo e gosta de nos ver dançar.

Saída de um país e entrada no outro, por mais simplificada que seja, cansa o corpo da gente, principalmente quando pegamos funcionários preguiçosos ou corruptos. Hoje na entrada do Panamá peguei um rapaz, muito ruim de serviço. O nome dele é David CH. Ele gastou uma hora para lançar os dados da moto no sistema. Ele lia uma mensagem no celular e respondia, nisso o sistema caia. Enquanto o sistema era carregado ele passava outra mensagem, E assim foi umas 4 vezes. Cheguei redigir uma reclamação para entregar ao gerente, mas depois o bom senso falou mais alto r fui embora.

Eu não me irritei com o carinha, tendo em vista que fiz uma jura ao sair de viagem a não me estressar com alfandega, além do mais a Edivania fez um café e levou para eu tomar enquanto esperava. Um café me mantém feliz por, no mínimo, uma hora. Quando tomo café e pego a estrada tudo fica mais gostoso.

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Após andar uns 100 km no Panamá vi um salão de festa e parei. Onde estamos agora acampados e ouvindo a chuva cair fora lá fora. O incoveniente é que paramos uma hora mais cedo. Mas por via da dúvida, não deixamos a oportunidade passar.

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Renan Xavier
26-10-11, 10:36
22/10/2011 - Sábado - 183 dia - De Costa Rica para Panamá

Dedico este Post à Dra. Vera de Carvalho aniversariante do dia. Ela que demorou me aceitar como amiga, mas acho que hoje é minha amiga. Pelo menso da minha parte, com certeza.

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Do meio dia de ontem até o meio dia de hoje, choveu sem parar. Teve ocasiões, no meio da noite, que acordávamos com o barulho dela no telhado de tão forte que caia. De manhã tive que reforçar a indumentaria com as capas usadas no Alaska, tendo em vista que ela era muito forte ao sairmos.

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O restante da viagem foi tranquila. Chegamos à capital do Panamá pelo lado de fora e só a vimos de longe. Fizemos compras num supermercado e partimos rumo a Collon, onde pretendo pegar um barco para atravessar para a Colombia.

Mas encontramos um Posto de gasolina bem estruturado, com área coberta para acamparmos, que nos obrigou a parar mais cedo.

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Renan Xavier
26-10-11, 10:39
23/10/2011 - Domingo - 184 dia - Colon - Panama

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Dedico este Post ao corpo doscente do Coronel Pedro Nunes. Eles que me convidaram para fazer uma Palestra aos seus alunos e curtiram meu projeto de viagem.

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A cidade de Colon é muito feia. Mas muito feia. Parece uma cidade fantasma. O governo não cuida da cidade e as pessoas não cuida das suas casas. A cidade inteira parece os prédios de invasão de São Paulo. Ninguém pinta ou faz qualquer reparo.

A cidade devia ser rica tendo em vista que o porto e área de armazenamento de containers são muito grandes.

Logo descobrimos que teríamos que nos deslocarmos até Portobelo, para conseguirmos veleiro para Colômbia.

Na verdade eu sabia e tinha uns quatro nomes de veleiros que saem de Portobelo, mas as informações ficaram no computador que quebrou e não me lembrei do nome da cidade e de nenhum veleiro. Tive que começar do zero.

Chegando a Portobelo, não conseguimos andar de tanta gente. A cidade é bem pequena; se resume numa praça com igreja e poucas ruas. Porém estava sendo realizada a festa do Santo padroeiro da igreja e tinha barraca para todo lado e muita gente circulando por elas.

A única informação que conseguimos foi de um tal de Jhon Americano que sairá daqui a 5 dias e temos que agendar o mais rápido possível. Pelo menos encontramos um casal de motociclista que veio de Cartagena com ele e nos deram boas referências sobre a comida e o estado geral do barco.

Amanha vamos procurá-lo para o agendamento e esperar até sexta-feira para embarcarmos.

Por volta das 15 horas saimos para procurar hotel à altura do nosso padrão de vida. Achamos um por U$ 11 por pessoa, mas era dormitório coletivo e funciona no mesmo local um bar onde se encontrava pessoas dos mais diversos países e parece que o pre-requisito para estar alí era ter tatuagem.

Saimos em busca de outros. Até que achamos uma pousada que estava cheia por causa da festa da cidade mas tinha uma área coberta de lona e piso de cimento. Então pedimos permissão para acampar e fomos aceitos. Portanto hoje estamos acampado dentro de um hotel, sem pagar nada e ainda ganhamos banheiro e ducha.

Ficamos muito tempo conversando com o proprietário da Pousada, Sr. Angelo Luiz e sua gerente, Sra Edna. Ele um policial aposentado que comprou um pedaço de terra ao lado do mar e hoje mora ao lado da sua filha que fica quase de frente e aluga algumas casas que construiu. A Pousada é alugada para o pessoal da Marinha Americana que faz mergulho no mar em busca de destroços de navios e droga.

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No deck tem 3 enormes canoas uma com 2, 3 e 4 motores de 200 HP, cada um. São canoas mesmo, sem conforto nenhum, daí fui saber que foram presas cheias de droga. O USA monitoram por ar toda a Costa do Panamá e informam à terra alguma embarcação suspeita. Ao delas enormes tambores com marca de suco de laranja Made in Chile.

Descobri que o sinal de Wi-Fi dos americanos é livre e estou usando-o na cara de pau.

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Renan Xavier
26-10-11, 10:40
24/10/2011 - Segunda-feira - 185o - Portobelo - Panamá

Dedico este Post à Dna Sahra, mãe do meu amigo Peninha e é administradora da quinta-feira dançante na sede do Lions Clube. Pessoa de bem com a vida e que transmite simpatia por onde passa.

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Esperamos passar das 8 hs para iniciar a busca por barcos para Colombia. Logo de início encontramos o capitão de um Barco Colombiano que nos deu o preço de U$ 1.000,00 por nós dois e a Celestina. Terei que pagar mais U$ 20 para uma cano levar a moto até o barco. Afff! Cheguei arrepiar quando vi a pequena dimensão do mesmo. Olhando de longe o barco parece aqueles que trafegam pelo Rio Amazonas. Não gostamos muito da aparência.

Como o casal nos mostrou o barco que vieram e era bem mais bonito que esse, ficamos meio descepcionados e fomos procurar o outro capitão.

Chegando ao hotel do Capitão Jack fomos negociar os preços e fomos surpreendidos pelo valor. Pedira U$ 1.600,00 para nos levar. Oferecemos U$ 1.200,00 e nada feito.

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Buscando informações daqui e dali descobrimos que num povoado aqui perto de nome Porto Lindo poderíamos arrumar. Chegando lá, a primeira pessoa a quem perguntamos era duas moças que, coincidentemente, iam para Colômbia e ligou para o barco delas, mas o capitão pediu U$ 1.410,00. Depois descobrimos outro por U$ 1.344,00 mas o cara foi muito grosso com a gente e disse que não tinha tempo de conversar porque tinha outros clientes esperando.

A moça, minha informante, me passou dois e-mails para eu contactar e pegou o meu porque o Capitão amigo dela disse que ia averiguar pelo rádio, se havia algum barco na região que aceitaria nos levar pelo nosso preço e me passaria um e-mail.

Depois de ouvir nossa triste história de viajar com pouco dinheiro o Sr. Angelo e a Sra. Edina fizeram um apartamento com banheiro, ducha e ar condicionado por U$ 10, por dia. Então, após convencer a Edivânia que queria continuar na barraca sem pagar nada, viemos para o apartamento e estamos fazendo os serviços de manicure curtindo um ar fresco muito legal.

Renan Xavier
28-10-11, 10:15
25/10/2011 - terça-feira - 186o. dia - Portobelo - Panamá

A difícil arte de esperar. Sempre fui afobado, por isso, raros foram meus sucessos em negociação: tenho pressa em realizar qualquer negócio. Submeto-me ao risco de perder dinheiro, mas não submeto-me à angustia de esperar o momento oportuno de fechar o negócio.

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Este meu desabafo é pelo fato que fiz a minha contra-proposta financeira a uns quatro barcos e estou na expectativa de um retorno. Me dá vontade de ir lá e fechar o negócio na forma que eles querem e ficar livre da preocupação. Outro momento penso e correr e fechar com o barco colombiano, cujo aspecto geral não agradou, mas atende o requisito preço.

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Penso que valeu a pena esperar. Ontem quando estivemos em Porto Lindo procurando barco, onde encontramos o capitão grosseiro, deixamos um cartão em um pequeno hotel, para o caso de aparecer outro. Hoje por volta das 11 hs recebi um e-mail da dona do hotel dizendo que tinha um barco de 26 metros 3 pisos, muito bonito e confortável, que nos levaria pelos U$ 1.200,00 que oferecemos.

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Então almoçamos e partimos para lá que fica a 15 km de Porto Belo. Mesmo sem ver o barco fechamos o negócio pelos U$ 1,2 mil mais a despesa de carregar a moto entre o cais e local onde o barco está ancorado. Em torno de U$ 25 de cada lado. No preço está incluso três refeições e cabines individuais, além dos serviços de imigração e aduaneiros. A saída está prevista para o dia 29/10, podendo ser adiada para o dia 30. Na programação consta dois dias na ilha San Blas e passar por outras. No dia 28 de manhã tenho que entregar os passaportes para eles.

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Renan Xavier
28-10-11, 10:18
26/10/2011 - Quarta-feira - 187o. dia - Portobelo - Panamá

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A preocupação com a viagem provoca até um enfraquecimento dos sentimentos. O leitor acredita que a Celestina completou 100.000 km rodados e nem cantei parabéns para ela? Devia ter comprado uma torta e acendido umas velinhas. Ela merece. Afinal, tem sido uma ótima companheira até agora. Comporta muito bem; dificilmente adoece; não é igual a umas mulheres quem tem por aí que gastam muito com sapatos. Devo chegar ao Brasil com uma única troca de sapatos. Não precisa de suplemento alimentar, qualquer coisa que colocar no seu estômago ela digere. É bonita e forte; onde chega chama atenção, ora pela beleza; ora pela força em transportar tamanha carga. Então não me perdou por tamanho lapso de sentimentos. Só agora que foi cair a ficha quando já está com 105.902.

Estava esquecendo também do quanto ela já trabalhou nessa viagem: Faltam apenas 400 km para ela completar 50.000 km rodados apenas nessa rota.

Celetina! Prometo, perante todos meus leitores, que doravante serei mais carinhoso com você. Todos dias de manhã, antes de partir, te darei um beijo. Prometo também, que quando chegar em Morrinhos vou colocar você num SPA, onde alguns profissionais verificarão suas articulações e substituirão aquelas que estiverem frágeis. Prometo que cumprirei o prometido.

Daqui do quarto, enquanto a chuva cai e enquanto aguardo o tempo passar para pegar o navio, vejo-a quieta e calma esperando a hora de partir. Mal sabe ela que passará por sérios riscos nos próximos dias. Deverá ser colocada manualmente numa canoa quase do tamanho dela e um outro homem deveráa ir com as pernas abertas apoiadas na beirada da canoa para mantê-la equilibrada. Depois, já dentro do navio enfrentará 5 ou 6 dias de chuva, sol e maresia.

Renan Xavier
28-10-11, 10:22
27/10/2011 - quinta-feira - 188o. dia - Portobelo - Panama

Não sei se fico triste com o acontecido com a Celestina ou se fico alegre com o apoio que recebi das pessoas daqui e também por poder conviver com elas mais alguns dias.

Desde que tirei a carga da Celestina ela alterou o comportamento. Quando andava a 30 km/h a roda dianteira balançava fortemente de um lado para outro. Todas as vezes eu dizia para a Edivânia que a roda da frente precisava ser balanceada. Mas não me preocupei. Fui duas vezes em Porto Principe, todo dia saia pelo menos uma vez na cidade e sempre ela balançando muito a frente quando andava abaixo de 30 km/h.

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Então ontem programamos uma ida até Colon, cidade grande, a 35 km daqui, para buscar algum mecanico que pudesse dar uma olhada no problema. Se não encontrássemos, hoje cedo sairíamos para Panamá. Não queria chegar na América do Sul com problemas.

Assim, conforme previsto ontem partimos para Colon. Após poucos quilomentros rodados o probelema aumentou. Descemos olhamos daqui e dali não vimos nada. Andamos mais e ela começou a pular e aí eu vi uma oficina mecanica de carro na beira da estrada e parei. Quando olhamos para o pneu ele estava saindo fumança e tinha desgastado de um lado de esfregar em algo. Foi aí que a Edivânia viu os raios quebrados. Após uma rápida análise verifiquei que quase todos raios traseiros do lado direito tinham quebrados. O desespero bateu; o intestino avisou que tinha que correr para um banheiro e o suor apareceu na careca.

Ninguém tinha telefone de um guincho. Nem os motoristas de taxis que apareceram por lá. Após uma reflexão, achei melhor pedir para algum deles tirar a roda e eu sair com ela procurando socorro. Mas, quem diz que alguém quiz mexer na moto. Todos alegavam que suas especialidades era com carros. Depois de muito custo um dos mecanicos me perguntou se eu sabia como fazer e me emprestaria as chaves. Mas eu recusei e propus-lhe ir orientando passo a passo.

Assim depois de umas duas horas eu estava com a roda na mão. “E agora? O que fazer?” Já estava tarde para seguir para frente e cedo para voltar para casa. Um motorista de taxi já espreitava por ali sabendo que precisaríamos de transporte. Ele mesmo sugeriu-nos ir para Colon, mas eu já tinha decidido voltar para Portobelo. Diante da proposta de U$ 20,00 do taxisista para rodar em torno de 20 km a Edivânia deu a bronca: “nem!!! pode deixar. Nós vamos pegar uma carona aqui! Pode deixar!”. E assim fizemos. Fomos para a porta da oficina e começas balançar a mão. Ao nosso lado um mecanico tentava-nos convecer a contratar o taxi. Em menos de 10 minutos um carro para e era a filha do Sr. Angelo, dono do quarto onde estamos, que nos reconheceu e nos colocou no meio de dois grandes cachorros. Um deles veio deitando no meu colo.

O motivo de voltar para Portobelo era a convicção que tínhamos dele pegar seu carro e nos levar até a cidade de Panamá. Era uma hipótese bem remota, tendo em vista que ele já tem 86 anos e dificilmente aceitaria fazer uma viagem dessa. Mas mesmo assim, a Edivania foi até ele e pediu alegando que eu sou bom mottorista e poderia ir dirigindo. Junto com ele sempre fica a Sra. Edna que é a pessoa que cuida dele; sua fiel escudeira. Trata-o com todo carinho, como se fosse uma criança. Apesar da dificuldade em entender nosso idiomas, compreenderam o que queríamos e pediram uns 20 minutos para pensar.

Enquanto eles pensava rumamos até Portobelo que deve ficar uns 4 km daqui, com o objetivo de sacar dinheiro e localizar uma concessionária Honda em Panamá na internet. Voltamos correndo porque já era noite e o Sr Angelo, dorme cedo. Quando chegamos em casa os dois estavam sentados na área nos aguardando com a reposta positiva. Só não concordaram com minha proposta de sair as 5 hs. A Edna impos que ele sairia as 7 hs, após ter tomado café.

Dormimos felizes pensando que já traríamos a roda arrumada no mesmo dia. Que a concensionária terias o raios em estoques e ainda daríamos para pegar o veleiro para o qual já adiantamos U$ 200.

A primeira dificuldade foi enfrentar os engarrafamentos na entrada e dentro da cidade. A segunda foi encontrar uma oficina. Depois de demorar encontrar uma, a mesma só vendia motos e não arrumavam e nos mandaram para um outro lugar no centro da cidade. O nosso carro é uma perua. Agora imaginem parar uma perua para pedir informação a cada esquina? Mas encontramos. Porém o gerrente nos atendeu com tanto pouco caso que demoramos acreditar que alí era uma agencia autorizada. Com a cara mais sem motivação nos disse que gastaria 30 dias para os raios chegarem. Pensei que era brincadeira. Mas não era.

Esse cara mesmo orientou ir numa loja da Harley para ver se eles tinham. Saímos com esse propósito, porém passamos em frente uma concessionária Yamaha e, também não tinha oficina. Mas nos orientou uma multi-marca que tinha logo a frente.

Chegando nessa oficina o clima mudou. Todo mundo queria ajudar. Um dos mecânicos pensou em até cordar raios maiores, rosquea-los e instalá-los. Mas a ideia foi inviável. Fomos no balcão e a moça nos atendeu muito bem dizendo que numa semana ele conseguia trazer os raios dos USA, mas eu teria que pagar uma taxa de transporte. Após eu concordar ela ligou para seu transportador e ele disse ser impossível, tendo em vista que entre os dias 3 e 11/11 será comemorada a semana da Pátria no país e todos os funcionários públicos estarão liberados do trabalho. Até mesmo os serviços privados fecha na quinta-feira e só voltam na segunda ou terça. Mas me garantiu que faria tudo para trazer em 15 dias.

Naquela altura achei que deveria pedir ali mesmo. Depois do negócio fechado ela resolve ligar para o cara que instala raios e alinha roda. O cara afinou. Alegou que nunca instalou em rodas com 52 raios. E não topou fazer a primeira. O mecanico muito atencioso ligou na Haley e eles também não tinham.

Então voltei à oficina anterior, do cara meio sem entusiasmo. Chegando lá alegamos que a menina tinha garantido 15 dias e ele poderia fazer o mesmo. Mas ele foi irredutível. Disse que teria que pedir da fábrica e não era rápido.

No final acabamos acertando assim: pedi os raios na loja de 15 dias que ligará para a outra pegar e oinstalar. Mas não tenho fé que saia antes de 20 dias.

Na volta passamos onde a Celestina está para dar a noticia ao pessoal do tempo que ela ficará lá e outra surpresa: queriam nos cobrar U$ 10 por dia como custo de aluguel. A Edivânai ficou “macha”de novo e eu saí de perto. Em certa altura o cara baixou para U$ 5 por dia e no final disse “tá biem, depois a senhora me dá alguma coisa”.

Estou com pena da Celestina. Ela está num local muito feio. Tenho medo também porque eles terão que arredá-la para um local menos movimentado e poderá danificá-la. Nem quis ver. No sábado vou pegar um Onibus e dar uma tampada nelo com uma lona que tenho.

Amanha cedo vou levar a Edivânia para acertar com a Silvia do Veleiro. A esperaça dela é que, pelo menos, a Silvia aproveita o adiantamento numa outra viagem com o mesmo capitão.
Cheguei em casa muito cansado. Enfrentar o trânsito, as surpresas desagradáveis e ainda carregar a roda umas três vezes, inclusive atravessando uma super avenida.

Agora, resta-me esperar.
Ontem fiz uma declaração de amor tão bonita para minha Celestina querida.

Dolor
02-11-11, 11:29
28/10/2011 - 189o. dia - Portobelo - Panamá - Parado - Defeito na moto

Hoje fomos até Porto Lindo negociar a alteração do dia da viagem. O mesmo barco que havíamos contratado tem outras saídas previstas para o dia 12 e 26/11. Acho muito difícil poder embarcar no dia 12. Mas, pelo que entendi, se formos nesse barco não perderemos o adiantamento.

Percorremos a pé os 4 km que separa nossa hospedagem da cidade de Portobelo e fomos para a saída rumo a Porto Lindo. Em vez de procurar ônibus ou taxi, começamos a pedir carona. Não demorou muito uma camioneta parou e embarcamos. O motorista não ia até o nosso destino, mas nos levou até lá. Ele simpatizou muito com a Edivânia perguntando se ela só cuidava de mim ou se era minha mulher também. Disse que não me entedia e preferia conversar com ela. Entre uma pergunta e outra convidou-nos para ir com ele até sua chácara, dizendo que era ao lado mar e muito bonita, tinha cano, etc. Recusamos o convite de hoje, mas deixamos em aberto outra oportunidade, quando ele poderia nos pegar na pousada.

Um dos motivos que não aceitamos o convite foi devido ao convite nos feito pela Edna, a mulher que cuida do Sr. Angelo, para que a Edivania a ajudasse a enrolar Tamalito, uma espécie de pamonha feita com milho seco, cozido e moido. A única diferença é com relação ao milho que no Brasil é verde, ainda mole. Aqui eles poem ervilha, frango, uva passa, cebola e extrato.

O serviço só foi começar lá pelas 16 horas. Enquanto a Edivania foi ajudar eu fiquei conversando com o Sr. Angelo. É difícil entendê-lo porque ele fala enrolado e ainda mistura inglês com espanhol. Mas com o tempo, fui familiarizando com a linguagem e o papo rolou legal.

Dolor
02-11-11, 11:32
29/10/2011 - 200o. dia - Portobelo - Panmá - Parado aguardando conserto moto

Levantei quando ainda eram cinco horas da manhã. Fiz um café no meu fogão improvisado utilizando álcool e com o copo na mão deixei minha parceira dormindo e fui para a beira do mar. Sentei na ponta de uma carreta de transportar barcos e fiquei bebericando o café olhando para a água tentando enxergar algum peixe.

Atrás de mim estava o sobrado da filha do meu anfitrião cuja varanda avança até dentro do mar. Fiquei por muito tempo tentando chegar a uma conclusão de como eles conseguiram fazer aquela barreira de cimento dentro da água. Nessa observação os pensamentos melancólicos da conversa do dia anterior voltaram na minha mente e eu comecei a meditar olhando para o mar, com uma dorzinha no coração. A mesma com a qual adormeci ontem.

Não gosto de iniciar a conversa com uma pessoa perguntando: “porque você está triste?”. Essa é uma pergunta tendenciosa que leva a mente do interlocutor para um lugar triste que, as vezes, nem estava pensando. Posso ver a pessoa triste, mas não pergunto o porquê. Procuro conduzir o diálogo para um plano mais alegre com o intuito de desviar o sofrimento da mesma. Mas ontem quando iniciei a conversa com o meu novo amigo, fui logo perguntando: “porque está triste?”. Antes mesmo de terminar de perguntar já estava sentado ao seu lado e a conversa deslanchou. Logo começou a me dizer o motivo pelo qual estava triste: “tenho seis filhos e vivo como se não tivesse nenhum e nessa hora da tarde lembro-me deles”, disse-me, enchendo os olhos de água e, na medida que discorria, suas faces molharam a ponto de ter que enxugá-las. Depois consertou, dizendo que um deles, que mora nos Estados Unidos é seu amigo o que ainda o alegra com suas visitas.

Como ainda não tinha visto a sua filha que mora em frente fazendo-lhe uma visita nem conversando, desde que cheguei, perguntei sobre o relacionamento de ambos. Em resumo deu para entender mais ou menos o seguinte: ele brigou com a filha porque ela exigiu a posse de parte do terreno dele para construir o sobrado; ele dividiu um terreno que tinha do outro lado da baía, dando um lote para cada um dos filhos e eles venderam logo em seguida, fato que o magoou muito e, também não me ficou muito claro, mas parece que queriam que o velho lhes passassem o direito da casa onde mora, para que sua companheira não seja herdeira quando ele morrer.

Com essas lembranças em mente comecei a filosofar sobre a relação paterna e a melancolia bateu mais forte. Como pode uma pai criar seis filhos e aos 86 anos não contar coma amizade dos mesmos? Esse cara falhou completamente na criação dos filhos? O que leva fatores financeiros a interromper uma amizade paterna? A primeira vista, pelo meu entendimento, o pai é o errado. Se tem terreno sobrando porque não dar para a filha? Se doou os terrenos para que impedir a venda?

Mas a questão filosófica transcende à avaliação de certo e errado. Independentemente de quem está errado todos devem estar sofrendo um pouco. Assim como ele chora pela falta dos filhos, alguns deles devem sofrer em determinados momentos da vida.

Pela idade do pai, todos os filhos devem ter mais de 50 anos. Pelo menos a filha deve ter uns 60 anos. São pessoas que podem morrer a qualquer momento sem perdoar o próprio pai ou o próprio filho. É muito triste.

Vejo pais com filhos no braço e fico me perguntando: “porque esse carinho não dura o resto da vida?”. Enquanto criancinha ambas as partes são carinhosas, mas com o passar do tempo a desculpa do pai de ser mais rigoroso para educar e inserção do jovem no meio social vão corroendo essa relação tão bonita.

Meu pai gostava de ouvir uma música sertaneja intitulada “Filho Adotivo”, tendo em vista que ele foi um. Por incrível que pareça, enquanto meu pai era vivo, foi melhor filho que os os três legítimos. A história do meu anfitrião não envolve filho adotivo, mas mesmo assim, me remeteu a meu tempo de criança e resolvi transcrever a letra da música aqui:

Com sacrifício; Eu criei meus sete filhos; Do meu sangue eram seis; E um peguei com quase um mês; Fui viajante; Fui roceiro, fui andante; E prá alimentar meus filhos; Não comi prá mais de vez...Sete crianças; Sete bocas inocentes; Muito pobres, mas contentes; Não deixei nada faltar
Foram crescendo; Foi ficando mais difícil; Trabalhei de sol a sol; Mas eles tinham que estudar... Meu sofrimento; Ah! meu Deus, valeu a pena; Quantas lágrimas chorei; Mas tudo foi com muito amor; Sete diplomas; Sendo seis muito importantes; Que as custas de uma enxada; Conseguiram ser doutor...; Hoje estou velho; Meus cabelos branqueados; O meu corpo está surrado; Minhas mãos nem mexem mais; Uso bengala; Sei que dou muito trabalho; Sei que às vezes atrapalho; Meus filhos até demais...; Passou o tempo; E eu fiquei muito doente; Hoje vivo num asilo; E só um filho vem me ver; Esse meu filho; Coitadinho, muito honesto; Vive apenas do trabalho; Que arranjou para viver...; Mas Deus é grande; Vai ouvir as minhas preces; Esse meu filho querido; Vai vencer, eu sei que vai; Faz muito tempo; Que não vejo os outros filhos; Sei que eles estão bem; Não precisam mais do pai...; Um belo dia; Me sentindo abandonado; Ouvi uma voz bem do meu lado; Pai eu vim práadotivo; Que a este velho amparou... http://letras.terra.com.br/sergio-reis/103196/#selecoes/103204/. Composição: ARTHUR MOREIRA/SEBASTIÃO FERREIRA DA SILVA.

Dolor
02-11-11, 11:35
30/10/2011 - 201o. dia - Portobelo - Panamá

Hoje choveu o dia todo e quase sempre muito forte. Ontem a Edina pediu ajuda da Edivânia no preparo do almoço, tendo em vista que o filho do anfitrião que mora dos Estados Unidos chegaria e outros amigos deles viriam para almuçar e trariam mariscos para uma panelada.

Assim a Edivânia foi ajudá-la e eu fiquei terminando a redação do Post de ontem. Considerando que uso a internet ao céu aberto, na beira do mar, com chuva foi impossível usá-la.

No almoço foi servido um arroz com leite de coco e outras misturas, acompanhado da panelada de mariscos. A princípio não gosto desse prato, nem mesmo de camarão. Mas quando servi achei tão gostoso que repeti. Até o camarão estava gostoso.

Depois voltamos para o quarto, onde ficamos o resto dia escutando a chuva, ouvindo música brasileira no computador, dormindo e jogando paciência.

Dolor
02-11-11, 11:37
31/10/2011 - 202o. dia - Portobelo - Panamá

A missão de hoje era dirigir para meus anfitriões até a cidade de Panamá. Ela tinha que levar os 600 tamalitos que fez por encomenda da Presidencia da República para a festa da República que comemora a partir do dia 03/11. Aproveitamos para fazer compras de supermercado.

Na volta passei na oficina onde a Celestina está para deixar a chave, com a qual quero que funcionem-na de vez em quando. Levei também uns sacos de supermercado para tampar as partes expostas e guardar os parafusos soltos.

Meu coração doeu ao vê-la naquele estado. Voltei para casa meio tristonho, mas já estou bom. Amanhã se não amanhecer chovendo iremos visitar a Zona Franca de Colon.

Renan Xavier
04-11-11, 10:50
Prestação de contas sexto mês - 180 dias
Publicado em 03 de novembro de 2011

Desculpem pela demora de apresentar a prestação de contas do mes passado. É que a preocupação com o barco e depois com o problema com a Celestina me fez negligenciar.

Obs.: Para transformar em dolar divida os valores por R$ 1,80
Prestação de contas dos: 180 dias

Anterior mês atual Acumulado (R$) Media (R$)

Litros 2.374,11 635,51 3.009,63 16,05 km/l
Gasolina 4.802,16 1.032,69 5.834,85 32,42
Alimentos 5.003,22 855,43 5.858,65 32,55
Passeio 1.148,94 460,08 1.609,02 8,94
Moto 2.546,39 621,07 3.167,46 17,60
Hotel 1.734,10 425,02 2.159,12 12,00
Aduana 534,72 370,76 905,48 5,03
Pedágio 170,88 69,24 240,12 1,33
Avião 2.091,91 -45,13 2.046,78 11,37
Roupas 2.404,67 208,84 2.613,51 14,52
Remédios 100,39 12,60 112,99 ,63
Equipme 986,35 41,63 1.027,98 5,71
Outros 375,39 ,00 375,39 2,09

TOTAIS 21.899,11 4.052,23 25.951,34 144,17

Inicial Atual Rodado Media
Odômetro 56345 104643 48298 268,32


Preço médio por litro de Gasolina (R$) 1,94

Renan Xavier
07-11-11, 11:23
Hoje fizemos uma viagem de “buzão” até Colon, para visitar a Zona Livre de lá que é considerada a segunda maior do mundo. O transporte público da região é muito movimentado. Apenas para se ter uma ideia, Portobelo é uma cidade com uns cinco mil habitantes e tem ônibus oficial para Colon de meia em meia hora. Fora algumas vans e taxis que fazem o mesmo trajeto. Colon é uma cidade mais ou menos do tamanho de Itumbiara, mas tem um terminal rodoviário, proporcional, ao do terminal do Tietê em São Paulo. Não sei como os veículos não esbarram um nos outros.

http://1.bp.blogspot.com/-5dxnUCnGAtE/TrLhIRD2a3I/AAAAAAAACkA/Qwlcjz2uDMc/s1600/DSC05472.JPG

Nas ruas, tanto de Portobelo como de Colon, calculo que uns 10% dos veículos circulando são taxis e ônibus. O ônibus cobra U$ 1,60 para rodar os 40 km que separam as duas cidades. Em Colon os taxistas cobram a partir de U$ 0,50. Um queria nos cobrar U$ 0,60 para rodar umas 6 quadras (U$ 1,20 para nós dois).

Ontem circulei pela área pobre da cidade do Panamá e uma dúvida ficou na minha cabeça: seria o Panamá a maior desigualdade social das Américas ou os pobres daqui gostam de aparentar pobreza mais que a de outros países.

É incrível a diferença do padrão das moradias entre a classe média e a pobre. No centro da cidade existem prédios entre os mais bonitos das Américas, no entanto proliferam casas caindo os pedaços logo no bairro pobre vizinho.

Quando escrevo que o pobre daqui pode gostar de aparentar pobreza é porque alguém entre eles, deve dispor de recursos suficientes para pintar sua residência. Pelo contrário, eles sobem placas de compensados para os prédios e as fazem de janelas que ficam apodrecendo com a chuva e o sol.

http://2.bp.blogspot.com/-wdJRwTGNLh4/TrR3ptO4HsI/AAAAAAAAClg/-x4x63PdUqo/s1600/DSC05482.JPG

Eles são muito patriotas. Demonstram isso pela quantidade de bandeiras e adereços espalhados nas casas, ruas e carros. Porém em termos de cuidados com a cidade e com o país, não tem nenhum. É costume jogar coisas pela janela do carro ou mesmo os pedestres nas ruas. As margens das estradas parece mais um depósito de lixo.

A cidade de Colon tem a segunda maior Zona Franca do Mundo. Trata-se de uma cidade dentro da outra. Para entrar na Zona Franca é necessário um convite ou um passaporte. Lá dentro é uma enorme cidade comercial onde circulam carretas e os carros congestionam as ruas. Mesmo assim eles permitem vendedores ambulantes colocar seus trailers ou barracas nas calças que transformam a aparencia e sujam o chão.

A cidade, fora da Zona, deve ser uma das mais feias das Américas. O motivo, tenho comigo é cultural. O governo não preocupa com o código de postura e nem com a limpeza da cidade. Esgoto sanitário empossam no Centro da cidade e, pelos sinais, ela está alí a bastante tempo.



http://1.bp.blogspot.com/-UcKYzrvF8JA/TrSE3Xk3X2I/AAAAAAAACmY/ZoYtSIDh86w/s1600/DSC05488.JPG

Dolor
13-11-11, 19:08
05/11/2011 - Sábado - 197o. dia - Parado em Portobelo - Panamá

Hoje fui Colon “manejando”, como se diz dirigindo em espanhol, para meus anfitriões. Eles foram fazer compras e eu aproveitei para comprar algo.

Na parte da tarde fomos caminhando até Porto Belo para comprar um pão gostoso que descobrimos. Chegando lá havia uma festa com som ao vivo na praça e dispensamos um bom tempo para apreciar. Essa festa vem desde o dia 03/11 quando comemora o dia da Pátria. Nesse dia, tinha festa na mesma praça. Pegamos a parte do concurso de dança entre as crianças. Foi muito legal.

A pequena população de Portubelo é constituída por negros e, por isso, esbanjam energia com festas. Quando chegamos aqui no dia 23/11 não dava para andar nas ruas devido a quantidade de barracas, gente e carro no meio da cidade, devido ao padroeiro da cidade. Aqui eles tem uma igreja católica que ostenta um Jesus Cristo Negro. Nos carros e nos ônibus tem adesivos com a Congregaçao Cristo Negro. Achei bem interessante, porque no Brasil eu cresci vendo imagens de um Jesus de olhos azuis e cabelo lisos.

Alguns estudiosos dizem que era impossível, pela região e pela época, Jesus Cristo ter a aparência que apresenta nas imagens do ocidente.

Dolor
13-11-11, 19:09
06/11/11 - domingo - 198o. dia

Ontem vi a Celestina desmontada na oficina e fiquei meio triste e acabei esteriorizando esse sentimento no bate-papo do Google com meu amigo Wellingto Contijo, em razão disso ele escreveu a seguinte mensagem:

“Alegria aí, amigo velho. Lembre das coisas boas daí e o muito de surpresas boas que vem pelo futuro. A boa vontade e a percepção vale muito e, isto já percebi que você tem muito. Reflexão e concentração é muito bom. A concentração pra mim, são coisas que você mentaliza, não aconteceram, mas o seu cérebro não sabe disso É um bom preparo.

Eu sou aficcionado em concentração, já pratiquei Karate quando jovem. Aprendi a me concentrar antes dos combates. Visualizava a luta acontecendo antes, tudo o que eu poderia fazer para me defender. Levei isto para a vida, sempre que saio de casa, mentalizo todo o meu trajeto, até o bom dia que darei para a minha chefe. Me ajuda muito”. Tamos aí meu brother... alegra o espírito, pois o corpo vai junto, é como na dança. Rsrs

Dolor
13-11-11, 19:11
07/11/11 - segunda-feira - 199o. dia

Nesses últimos dias encontrei um passa tempo que não me deixa enfastiado: montar vídeo com as imagens obtidas com a filmadora durante a viagem. Hoje passei o dia todo procurando na internet editores de vídeos e estudando sobre eles. Acho que o mais fácil e que adapta bem com meu pequeno monitor é o VideoPad. Chegue a fazer um vídeo usando o Movie Make do Windows, mas as imagens ficaram distorcidas. E deixei ele de lado. O VideoPad não vem acompanhado de tutorial em português, o YouTube é cheio de tutoriais gratuitos. Gente boa que gosta de ajudar os outros. Achei legal um que o cara começa dizendo assim: “me pediram para eu falar sobre essa porra de VideoPad, então se você é um filho da **** que não sabe mexer nessa porra, então presta atenção. O ******* é o seguinte.....”. Mesmo com esse linguajar aprendi algumas coisas.

Tive até uma ideia de buscar uns R$ 100 de patrocínio para meus vídeos, assim pelo menos ajuda na minha estadia aqui.

Como a internet só pega na beira do mar, tenho o prazer de trabalhar olhando os veleiros e pequenos barcos passando ao longo da baía. Como neste país chove todo dia e quase todo o dia ficava difícil eu acessar a internet. Mas agora descobri uma casa abandonada, pulo a cerca e fico protegido dela enquanto chove. Nesses momentos acho legal ver os barcos balançar com o vento da chuva. Tenho a impressão de que vão tombar.

Dolor
13-11-11, 19:14
08/11/2011 - terça-feira - 200o. dia

O dia todo preparando vídeo. Já estou no sexto. Dois já foram postados no blog: o da despedida de Morrinhos e o do Cavalo que gosta de café. Este último não foi preciso de montagem. Postei ele todo no youtube.

Considerando que dois empresários se propuseram a me dar R$ 200,00 cada um para eu postar suas marcas nos trabalhos, estou adiantando eles para terminar quando as fotos das suas empresas chegarem.

Com isso já passo para os próximos.

Tenho esquecido de dizer que quase todos os dias faço uma caminhada de 6 a 8 km para buscar pão na cidade. No inicio achava que era uns 4 km de ida, mas agora, como já acostumei acho que são só uns 3,5 km.

Dolor
13-11-11, 19:22
09/11/2011 - quarta-feira - 201o. dia

Hoje foi um dia não muito legal. Não vou dizer que foi triste, porque minha tristeza dura poucos minutos, principalmente estando em frente a um mar lindo. Todo dia o mar é diferente. Um dia a ágau é mais suja, por causa das chuvas. Outro é mais bravo, por causa do vento; ora tem barco bonito, ora barco feio. Então passar o dia aqui tem sido muito agradável.

Mas é que liguei na loja que me vendeu os raios, prometendo que os traria em 15 dias, disse pelo telefone que nem tinha localizados o produto nos Estados Unidos e que levaria mais umas 3 ou 4 semanas para chegar. Diante da minha insistência eles se propuseram a cancelar o pedido. Não cancelei o pedido e fui pensar em como resolver o novo impasse, já que meu visto de permanência no Panamá vence no dia 21/11,

Então resolvi buscar ajuda dos amigos no Brasil então entrei no msn e falei com o Rui Leite e Walter Santafé (ex-marinha), ambos em Morrinhos e com minha filha que Mora em Câmpinas. Pertinho da casa dela tem uma Concessionária Honda que é perto de Sumaré, onde fica o centro de distribuição da Honda.

Esse contato via internet com eles foi por volta das 10 horas da manhã. Quando foi por volta das 16 horas, recebo mensagens dos dois amigos dizendo que encontraram os raios, já tinha achado uma pessoa dentro da fábrica da Honda que disponibilizaria os raios e ainda os colocaria numa transportadora em SP. Daí eles já tinha encontrado outro amigo dentro da Gol Transporte aéreo para que ele agilizasse o envio, quando a Honda colocasse os raios lá.

Diante de tanta eficiência, tive que “brecar” os dois. Pedi que eles aguardassem o meu desfecho com a empresa daqui, tendo em vista que já tinha pago todo o pedido. Disse-lhes que eu precisava ir no Panamá primeiro. Depois eu retornaria, dando-lhes novo start.

Porém, amanha será feriado aqui e terei que deixar para ir à capital na sexta-feira, dia 11.

Dolor
13-11-11, 19:25
11/11/2011 - sexta-feira - 203o dia

Hoje o dia foi bem interessante. Conforme postado anteriormente, tinha que ir até ã capital do Panamá para resolver o novo impasse quanto aos raios da Celestina.

Coloquei o despertador para as 4:30, mas acordei antes com uma chuva tão forte que resolvi ficar na cama mais um pouco. Como o ônibus de Portobelo a Colon passa de hora em hora, resolvi esperar o próximo.

Mas em meia hora a chuva não diminuiu, então alguém dentro de mim disse: “Sinomar! vamos à luta! Se você temer chuva não vai resolver nada nesse país! Pegue aquele macacão contra chuva que você tem, calce a bota impermeável e pegue a estrada!”. É claro que eu obedeci.

Levantei preparei o leite com chocolate e o pão com manteiga. Depois com desculpa de ver se a chuva maneirava, ainda preparei um café preto que tomei vagarosamente, tentando enganar aquele que a poucos minutos tinha dado uma ordem severa para eu sair da cama.

Vesti o macacão novinho; nunca o tinha usado. É que me preparei tanto para a chuva do Alaska e nem precisei de tudo. O macacão foi construido para os motociclistas e é muito forte; tem até forro interno para absorver a transpiração e não deixá-lo pregar na pele. Também me custou U$ 70. Foi a capa e chuva mais cara que já vi.

Devidamente protegido com bota e macacão impermeáveis enfrentei a chuva. Foi até legal. É muito bom você enfrentar a natureza e não sofrer as consequencias dela. É como se fosse uma vingança ou um superpoder. Mas curti pouco meus poderes porque o ônibus logo chegou. Dentro dele tinham apenas umas seis pessoas e uma música caribenha muito alta; para não deixar o “nego”dormir. Mas mesmo assim tinha alguém dormindo.

Me posicionei na janela do lado que eu podia ir vendo o mar, apesar da chuva e do escuro da noite que teimava em não ir embora. Nesse momento bateu uma sensação gostosa; uma vontade filosofar, que não sei de onde saiu. Uma das coisas que me inspirou foi a observação da chegada dos córregos e rios ao mar, me levou a fazer uma analogia com o ser humano.

O pequeno rio chega tímido ao mar. O mar, revoltoso, ataca-o ferozmente e ele se encolhe, não sei se com medo, com paciência ou para fazer-se forte. Porque ele engrossa e fica mais alto. Acho que é por paciência. Então quando o mar descuida um pouquinho ele entra e desaparece,voltando a se afinar novamente.

O grande rio sofre o mesmo processo do pequeno; o mar não teme o grande rio. Mas aí fiquei pensando: antes de chegar aqui esse rio era todo poderoso; supria de alimentos os ribeirinhos; servia de meio de transporte; impunha limites e até matava as pessoas. Agora estava ali se submentendo à vontade e à fúria do mar.

Então concluí: “assim como o rio, não precisamos de medo do poderoso e nem sentirmos tão poderoso a ponto de esquecer que existe alguém mais poderoso a nos impor seus limites”.

Sem chuva a cidade de Colon parece ter sofrido um bombardeiro aéreo, terrestre e marítimo de tão feia e desorganizada. Com chuva a tristeza é maior. Ver centenas de pessoas se protegendo da chuva como pode. As ruas inundadas e o lixo boiando por todo lado é deprimente.

Pensei que o ponto fianal do ônibus era no terminal e fiquei tranquilo. Quando percebi já tinha passado do local. Então apeei debaixo de chuva para voltar.

O povo daqui é preguiçoso demais para andar. Por qualquer distância eles pegam ônibus e taxi; talvez seja devido ao baixo preço das passagens. Tanto aqui ou na capital a passagem urbana custa U$ 0,25 e a partir de U$ 1,50 você pode andar de taxi. Então me e informaram que eu tinha que pegar onibus para voltar ao terminal. Assim o fiz e depois de uns 5 quarteirões estava no terminal.

Peguei um frescão para o Panamá que vai direto, via rodovia pedageada, com pouco movimento, e chega mais rápido, pagando U$ 2,75. Em Panamá pedi o cobrador para me deixar o mais próximo da Via Brasil que onde fica a empresa que eu ia.

Comecei a perguntar onde era a Via Brasil e todas as pessoas que mostrava o rumo e concluia que eu tinha que pegar um taxi pois era muito longe. Então eu perguntava: “mais de 3 km? “. E eles respondiam que era menos. De forma que fiz tudo que tinha que fazer à pé sem pegar onibus ou taxi. Eles assustam quando dispomos a andar seis ou sete quadras.

Voltando ao assunto dos raios. A empresa onde comprei os raios não colocou dificuldade nenhuma em cancelar o pedido. Depois de 16 dias eles nem tinha localizado as peças. Depois fui até onde deixei a roda para consertar que é uma oficina autorizada da Honda para ver se eu conseguia o código de concessão que a Honda do Brasil precisava para faturar a mercadoria.

Eles não quiseram me fornecer, mas ligaram numa concessionária para ver se conseguia. Aqui é dividido existe uma concessionária que vende motos novas cujo nome é Bahia Motos e uma outra que é terceirizada que é quem faz as manutenções preventivas e corretivas. A Bahia Motos também não quis fornecer o código, mas garantiu que conseguiria trazer os raios do Estados Unidos em dez dias.

Então sem o código e, considerando, que o preço tinha reduzido em U$ 72, valor que daria para eu pagar sete dias de estadia, resolvi fechar com eles e abortar o trabalho dos meus amigos do Brasil.

Na volta o ônibus que vinha de Colon para Portobelo fundiu o motor na metade do caminho. Acabei de chegar em casa na carroceria de uma camioneta junto com mais oito rapazes. Já era 21 horas e o cara corria muito. Considerando que as estradas são sinuosas e estreitas, passei um pouco de medo.

Dolor
25-11-11, 01:29
12 a 15/11/2011 - Portobelo - Panamá

Os dias têm passados agradavelmente. Não me lembro de viver momentos tão tranquilos como esta semana. Não preocupo com dinheiro, porque não estou gastando; não preocupo com emprego porque tenho que partir; nada me tem preocupado ultimamente.

A vida tem sido dormir e futricar no computador; ora acessando à internet; ora editando os filmes sobre a viagem.

No domingo fui para Colon e lá fiquei o dia todo. Primeiro filmei grande parte da cidade com a câmara escondida e depois fui para o Cfé do Líbano onde tomei dois café e ouvi o jogo do Flamengo e Coritiba. Este café, juntamente com dois hoteis e seus respectivos cassinos, é o local mais organizado e limpo da cidade. Neste café aglomerava grande parte dos passageiros de um enorme Navio Cruzeiro que estava ancorado em frente. Eu fiquei alí como se fosse um deles, mas observando-os atentamente.

Como eu gastava menos que eles saí da mesa e sentei numa cadeira mais afastada e continuei ouvindo o jogo e observando o comportamento daquele pessoal: “aquela mulher é bem sucedida nos negócios e aquele homem também; aqueles dois homens são namorados; aquela mulher é safada; etc”, dizia para mim mesmo.

No final do dia voltei para Portobelo nos ônibus super fantasiados.

Na segunda e na terça passei o dia todo editando videos. Baixei uma versão para teste mas ela expirou e eu fiquei lutando para baixar outra.

Dolor
25-11-11, 01:30
16 a 21/11/2011 - Portobelo - Panamá

Conforme escrevi no post passado, os dias aqui passam imperceptivelmente. A Edivânia ajuda os anfitriões nos afazeres da casa e com isso angariou uma grande amizade com os mesmos. Durante a semana a mulher foi até Panamá e trouxe um conjunto de shorte e blusa lindos para a Edivânia, alem de três calças Jeans usadas mas semi-novas que serviram muito bem. As calças eram da sobrinha dela que engordou. Aliás o povo daqui é bem barrigudinho e parece que as mulheres são mais que os homens.

Durante três dias a Edivânia ajudou uma vizinha que é filha do Sr Angelo, nosso anfitrião, na faxina das casas onde os Americanos moravam e foram embora. Com isso ela faturou U$ 80.

Uma empresária amiga de Morrinhos me doou R$ 200,00 para ajudar no reparo da moto e um empresário de São Bernardo do Campo, também doou R$ 200. Ambos serão citados nos meus vídeos e, oportunamente, no Blog.

O nosso aluguel está pago até o dia 23/11. A partir desse dia fomos liberados de pagar aluguel. A dona da casa, a Edina, faz aniversário no dia 26 e quer que a Edivânia fique. Mesmo dizendo que poderemos ficar mais que esses três dias pois a moto pode não ficar pronta e ainda temos que arrumar o barco, ela respondeu que não tem problema.

Quase todos os dias eles nos chamam para almoçar por cortesia. Aliás a Edivânia já ajuda a fazer o almoço. Para não ficar muito na cara a nossa exploração, eu passei comprar a carne, umas três vezes por semana.

Eu tenho sofrido com os Editores de Video. Baixei o VideoPad na versão teste e gostei. Venceu a versão teste e como o valor não era muito alto, U$ 43, resolvi comprar. Porém a versão licenciada não rodou legal e os caras não dão suporte. A única resposta que obtive de uns oito e-mail, foi sugerindo que minha placa de vídeo estava ruim. Respondi que para a versão anterior a Placa estava boa e não obtiveresposta mais.

Então baixei o Sony Vegas e comecei tudo de novo, ou seja, apanhar e apanhar. Mas consegui gerar um vídeo. O problema agora será subí-lo para a internet, tendo em vista que os nove minutos dele vão exigir onze horas do youtube.

Hoje, 21/11, fui à cidade do Panamá resolver a questão da devolução do dinheiro referente aos raios na empresa que não cumpriu com o prometido e, ir na outra empresa onde comprei pela segunda vez, verificar se chegaram. Obtive a informação que já estão no Panamá, mas ainda não estavam na loja. Eles estimaram que a roda estará pronta na quinta-feira dia 24/11.

Como disse, anteriormente, nem estou com muita pressa. Exceto por causa da Celestina. Coitada!

Dolor
25-11-11, 01:33
23/11/2011 - Celestina teve alta hospitalar

Atenção hoje consegui retirar a Celestina da Oficina.

A bateria estava arriada, também, depois de quase um mes parada.

Dolor
25-11-11, 01:34
24/11/2011 – quinta-feira – 215o. dias - Vídeo Estrada antes dos Andes

Hoje eu fiquei das 7 horas até as 21 horas por conta do Upload de um video para o Youtube. Não podia desconectá-lo, mas consegui. Fiquei o dia todo olhando para a Celestina e nem andei nela por causa desse video. Nem se a bateria dela vai dar conta de arrancar o motor.

https://www.youtube.com/watch?v=PuftLMg3bsk

Dolor
26-11-11, 09:10
25/11/2011 - sexta-feira - 216o dia - Video SOBRE os Andes

Mais uma vez fiquei o dia todo para subir um video para o Youtube. Hoje dei uma volta na Celestina, mas estou com medo de estar faltando óleo no cardã. Amanha vou à Colon dirigindo para meu anfitrião e vou comprar o óleo. Em Portobelo não tem posto de gasolina.

https://www.youtube.com/watch?v=pL18g78WuLA

Renan Xavier
05-12-11, 10:19
26/11/2011 - 217o dia - Cidade do Panamá

Hoje fui até a Cidade do Panamá dirigindo para meu anfitrião. É que a Edna, a anfitriã, tinha ido no dia anterior para passar seu aniversário (hoje) com o filho. E nós fomos para almoçar, cantar parabéns e comer bolo com sorvete. Voltamos ainda cedo, mas demoramos por causa da chuva.

O senhor Angelo tem 86 ou 87 anos e uma pressa e uma irritabilidade de um super empresario na faixa dos 40 anos. Ele não tem nada para fazer mas olha constantemente no relógio. Se irrita por qualquer motivo e em cada irritada ele bate as mãos nas pernas e exclama “aiïii Jesus!.

Ele depende totalmente da mulher que é bem mais nova que ele, mas não tem um pingo de paciência com ela. Ele ganha a comida no prato e ainda se irrita com a quantidade no prato ou com o horário.

Eu tentei fazer uma das minhas preleções sobre irritabilidade para ele, mas ele não me entende, principalmente em se tratando do tema.

Renan Xavier
05-12-11, 10:22
27/11/2011 - Domingo - 218o. dia

Hoje por ser domingo, fiquei descansando. Única coisa que fiz foi dar um acabamento no Vídeo Bolivia a Estrada da Morte. Essa vida dura dos últimos 30 dias merece um repouso aos domingos. De segunda a sexta-feira tenho que ficar consultando facebook, respondendo e-mail e conversando no msn e isso é muito cansativo.

Aqui até a comida no prato eu ganho, justamente por causa das ocupações já citadas.

Renan Xavier
05-12-11, 10:23
28/11/2011 - segunda-feira - 219o. dia - Portobelo

Hoje fiquei a parte da manhã toda tentando fazer upload do vídeo para o Youtube, como não consegui peguei a Celestina e fui até a cidade de Colon para retirar o tampão do diferencial para poder ver o nível do óleo. Os mecânicos acabaram de espanar a porca onde se coloca a chave para retirar a tampa. Agora, só com solda ou outro apetrecho para tirar.

Então coloquei um tanto de óleo que eu vi escorrendo quando da instalação e vou seguir na sorte. Não sei se tem muito ou se tem pouco óleo. Pouco funde as engrenagens e muito estoura o retentor.

Renan Xavier
05-12-11, 10:24
29/11/2011 - terça-feira - 220o. dia - Porto-Belo

Foram 10 horas esperando o upload, quando faltavam 20 minutos e 4 %, caiu uma chuva forte e a internet se foi. Parece que o temporal danificou alguma rede ou equipamento na cidade, tendo em vista que tenho a conexão WI-FI, porém a rede não encontra sinal.

Renan Xavier
05-12-11, 10:25
02/12/2011 - Sexta-feira - 224o. dia - Vídeo a ESTRADA DA MORTE

De arrepiar! Irado! Sinistro! Emoção do inicio ao fim! A música “Dream On” e as imagens da Serra da Morte farão muitos motociclistas e pessoas “normais” se arrepiarem; pelo menos me levaram às lágrimas. Os CICLISTAS também vão arrepiar. Essa Serra atrai PEDALEIROS do mundo todo. Quase joguei um lá embaixo; foi por pouco. Ele me ultrapassou pela esquerda mas lá é mão inglesa. Empresários e motoclubes que puderem ajudar no reparo da moto terão suas marcas mostradas nos próximos vídeos.

Está prevista para o dia 07/12/2011 minha saída do Panamá rumo a Cartagena na Colombia.

O vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=uMMo_N3HRqc

Renan Xavier
07-12-11, 11:59
04/12/2011 - Domingo - 226o dia - Portobelo e Colon

Ontem fomos até Porto Lindo, uma cidade aqui perto, onde embarcaremos para Cartagena, na Colômbia, a fim de confirmar a viagem. Fomos informados que o barco sairá no dia 07/12, um dia após a data prevista anteriromente.

Por incrível que pareça o adiamento não me causou nenhuma tristeza ou irritação; parece que não estou querendo sair daqui. Se, por um acaso eu morrer nessa travessia, os amigos poderão dizer: “parece que ele estava adivinhando! Ele não estava motivado a entrar naquele barco!”.

Os dias que passei aqui foram singulares. Com certeza melhorei alguma coisa da minha alma nesse período. Até paciência para jogar dominó passei a ter. Acho que tinha uns 30 anos que não jogava e aqui voltei a jogar. Sempre achei esse jogo sem graça e meio que “jogo burro”, mas aqui vi que existe algumas “manhas”, poucas, mas tem. Passamos horas jogando com nossos anfitriões. O Dominó é o passatempo preferido do pessoal da região. Joga-se nas varandas das casas, nos bares e nas praças.

Hoje a programação era ir a Colon para comprar os suprimentos da viagem e ouvir o jogo do Flamengo pela internet, já que estou sem internet em casa e o barzinho onde tem não abre no domingo. Chegamos em casa à noite.

Amanhã encaixotaremos as coisas nos seus devidos lugares e ainda teremos que arrumar lugares para mais coisas. A Edivania ganhou kits de produtos para o cabelo e pele, além de roupas. Teremos que arranjar uma forma de levar mais três calças jeans, duas blusas, um shorts e os kits. Coitada da Celestina!

Renan Xavier
07-12-11, 12:03
05/12/2011 - Segunda-feira - 227o. dia - Travessia do Darien Gap

Atenção, pessoal que me acompanha! Amanha será dia de embarcar a Celestina no navio. Na quarta-feira nos embarcamos. A viagem tem previsão de durar 5 dias e estarei em alto mar, por isso não terei internet e nem telefone. Somente lá pelo dia 11 ou 12/12 é que voltarei a dar notícia. Se eu chegar vivo. Porque tem ventado muito por essas bandas. Tem dia que o mar vem quase dentro da casa onde estamos.

A cidade de Portobelo, está para o mochileiro como uma cachoeira está para os peixes que desejam subir o rio. Chegam e param, para descansar e escolher uma forma de atravessar o Darien Gap, como é chamado o pedaço de terra entre o Panamá e a Colombia.

O motociclista que chegar aqui recebe o apoio da população. A Pousada do Capitão Jack é a mais conhecida. Todos a informam em primeira mão. Ele arruma barco, oferece refeição, muita bebida e hospedagem. Mas não fomos muito felizes com ele. Parece que ele não foi com nossa cara. Não teve paciência para tentar entender nossa conversação e mandou outra pessoa nos interpretar. Depois deu um valor de barco acima do valor indicado por outros viajantes na internet. Quando alegamos que estava caro e perguntamos se não havia uma opção mais barata ele afastou sem nos dar atenção.

Ele tem dormitório coletivo a U$ 11,00 e cobra pela internet por cada meia hora. E está sempre lotado. Mas existe outras opções na cidade.

O Bar e Restaurante La Cueva de Morsan oferece internet grátis, oferece comida e tem quartos para alugar. É um ponto que aglomera marinheiros, bom para procurar barco.

A casa onde estou pago U$ 10 por dia com direito a ar condicionado e internet. Ela fica em frente à Delegacia de Polícia de Portobelo; fácil de achar e segura. Como fiquei muitos dias já fui isento de aluguel e ainda ganho comida no prato. Sou de dentro de casa. Os proprietários da casa são Sr. Angelo e Edna. Melhor não tem. A desvantagem é que fica distante 4 km da cidade.

Quem arrumou o barco para nós mora em Porto Lindo. Uma cidade que fica a 15 km de Portobelo. O nome dela é Silvia e tem uma pousada antes da cidade, do lado esquerdo. Até agora ela nos tem atendido muito bem, mas somente depois de atravessarmos é que podemos dar maiores referencias. Mas ela o contato de vários capitães e é fácil na conversação. O e-mail dela é: "Guido Dionisius" <hostel.wunderbar@yahoo.com>.

Renan Xavier
07-12-11, 12:13
05/12/2011- Prestação de conta do SÉTIMO MES

Obs.: Para transformar em dolar divida os valores por R$ 1,80
Prestação decontas dos: 210 dias


Anterior mês atual Acumulado (R$) Media (R$)

Litros 3.009,63 63,37 3.072,99 16,07 km/l
Gasolina 5.834,85 129,08 5.963,93 28,40
Alimentos 5.858,65 902,48 6.761,13 32,20
Passeio 1.609,02 0,00 1.609,02 7,66
Moto 3.167,46 390,60 3.558,06 16,94
Hotel 2.159,12 540,00 2.699,12 12,85
Aduana 905,48 32,94 938,42 4,47
Pedágio 240,12 12,90 253,02 1,20
Avião 2.046,78 360,00 2.406,78 11,46
Roupas 2.613,51 0,00 2.613,51 12,45
Remédio 112,99 51,71 164,70 0,78
Equiptos 1.027,98 0,00 1.027,98 4,90
Outros 375,39 24,39 399,78 1,90

TOTAIS 25.951,34 2.444,11 28.395,45 135,22

Inicial Atual Rodado Media
Odômetro 56345 105739 49394 235,21


Preço médio por litro de Gasolina (R$) 1,94

Dolor
13-12-11, 15:31
06/12/2011 - terça-feira - 228o dia - Despedida do casal

Hoje foi a despedida da cidade de Portobelo e também do casal que nos deu guarida por 45 dias. A despedida do casal foi muito emocionante; eles gostavam muito da Edivânia e as lágrimas desceram. Eles também saíram para viajar hoje e isso amenizou um pouco a emoção. Eles foram muito legais com a gente nesse período. Conforme já escrevi, os últimos dias nem aluguel tivemos que pagar. Só gastava com comida porque eu insistia em comprar as coisas que eu gostava de comer.
http://3.bp.blogspot.com/-gHFgDcktZoE/TudXoZ3YWtI/AAAAAAAACnI/JW0eJQrSY-g/s320/DSC05567.JPG
Considerando que o embarque da moto foi adiado para o dia 07, hoje voltamos e acampamos na área de serviços deles. Tomamos banho na goteira, tendo em vista que choveu a noite toda.
http://4.bp.blogspot.com/-4jxY3WtheV4/TudYPNpf4AI/AAAAAAAACnQ/cWKPDEAOAGg/s320/DSC05568.JPG
Na foto a igreja onde adoram um Cristo Negro. Achei muito legal.
http://3.bp.blogspot.com/-oYWU118DsSg/TudYy-4FurI/AAAAAAAACng/8731po4Sx0Y/s320/DSC05573.JPG

Dolor
13-12-11, 15:37
07/12/2011 - quarta-feira - 229o. dia - Embarque da moto

Hoje embarcamos a Celestina por volta das 11 hs, num processo bem menos traumático do que esperávamos. Os relatos que encontrei na internet na fase da elaboração do projeto eram amedrontadores. A cano que a embarcamos era grande e em torno de 10 homens ajudaram a colocá-la na canoa e oito para subí-la no barco.
http://2.bp.blogspot.com/-dQY-JKSMvC0/TudbsLfO0CI/AAAAAAAACnw/aOt_-vieU9Q/s320/DSC05613.JPG
Antes foi a BMW 1200 do Álvaro, um Uruguaio radicado na cidade de Boston nos Estados Unidos. Sujeito muito gente boa. Fala um espanhol bem aportuguesado. Parece que ele convive com muitos brasileiros lá em Boston.
http://2.bp.blogspot.com/-YKhzcRjaH5A/TudcQ_dliOI/AAAAAAAACoA/62SiwEufxGc/s320/DSC05622.JPG
Nosso embarque aconteceu por volta das 19 hs; já a noite. Antes do embarque conhecemos o capitão do navio um espanhol muito alegre, brincalhão e comunicativo. Foi simpatia a primeira vista. O Uruguaio se gabando que seu time, o Penharol, é campeão do mundo por três vezes, o espanhol gabando que a seleção dele é a campeã mundial. O capitão tem sua esposa como cozinheira mais um ajudante.

Partimos com o barco com a seguinte composição: 3 tripulantes e 8 passageiros, desses, 3 jovens muchileiros holandeses, um casal de jovens muchileiros suíços, o Uruguaio e nós brasileiros.
http://4.bp.blogspot.com/-uiEInK35t2c/Tudc0pX9e7I/AAAAAAAACoQ/tbH0F5TH3Q8/s320/DSC05628.JPG
Os primeiros minutos de viagem são cheios de formalidades; o capitão passa todas as regras do “não pode isso, não pode aquilo”; exige todos sentados e em silêncio. Porém, desse ponto em diante, a viagem foi uma maravilha: O capitão e seu auxiliar fumam um cigarro atrás do outro, os suíços maconha; a Edivânia começou a vomitar primeiro, um holandês em segundo e, depois de mim, perdi a conta. Mas só o Uruguaio que não passou mal. Dormiu o tempo todo. Eu vomitei uma única vez, mas a Edivania e um holandês vomitaram muitas vezes. Praticamente não dormimos a noite. Apesar do estomago ruim, apreciei a lua e seu reflexo nas águas de alto mar.

Dolor
13-12-11, 15:41
08/12/2011 - quinta-feira - 230o. dia - Darien Gap

Darien é o nome da Floresta que separa Panamá da Colômbia. Onde não há estrada.

Apesar de não dormir nada, ainda acordei as 4 horas da manhã. Fui para junto do capitão e ficamos a conversar. Ele tocava o barco bem devagarinho porque precisava aproximar das ilhas San Blaz durante o dia, tendo em vista que a região é muito perigosa. Nisso foi chegando um passageiro após o outro, com a cara de ressaca peculiar dos que passam a noite na cachaça.
http://3.bp.blogspot.com/-FRywTxSOr1c/TudiodbhJLI/AAAAAAAACo4/vK2HoGyha7Q/s320/DSC05667.JPG
Após o café da manhã servido no barco, muito bom, por sinal, fomos explorar a ilha mais próxima do barco. Um local paradisíaco, que nem as fotos mostram a real beleza do local.
http://2.bp.blogspot.com/-iXgn9EYDctw/TudjNGBTScI/AAAAAAAACpI/2A2ZG5saayo/s320/DSC05675.JPG
Depois de uma pequena pausa após o almoço, a Edivania e eu, mas o Uruguaio e dois holandeses, pegamos o bote a remo e nos propusemos chegar num navio encalhado que estava bem distante de nós. Olhando do nosso barco o outro parecia perto. Mas a medida que fomos remando fomos constatando a real distancia. Depois de um pedaço de mar bem fundo, vem uma grande extensão de corais bem rasos, que impossibilitava a passagem com todos embarcados. Porém o fundo do mar é como andar em cima de pedra tapiocanga; ora parece que tem vidros de tão pontiagudos. Entrávamos no bote e logo tínhamos que apear. Quando estava perto do barco encalhado, eis uma surpresa que não contávamos: as ondas eram muito altas e invadiram o botes, enchendo-os de água e jogando quase todos para fora. Eu caí com a filmadora e a máquina fotográfica na mão. Na tentativa de salvá-las perdi meu óculos de sol. A Edivânia que morre de medo de água estava desesperada. A sorte foi que as próprias ondas nos jogaram para o raso e pudemos esvaziar o bote. Todos os aventureiros teve algum tipode de corte no pé ou nas pernas. Passado o susto fomos rir da situação. Dava para chegar a pé no barco afundado, mas ninguém lembrou dessa possibilidade, todos queriam distância dali.
http://2.bp.blogspot.com/-u6ajV803Jxk/TudkC0umKZI/AAAAAAAACpg/_tn7EPloh5o/s320/DSC05720.JPG
A noite foi muito agradável e fomos dormir as 20:30 deixando o pessoal a conversar.

Dolor
13-12-11, 15:44
09/12/2011 - sexta-feira - 231o. dia - Darien Gap

Acordei primeiro que a Edivania e fui para o convés onde já ouvia a conversas de pessoas. A Edivania chegou logo depois e foi recebida com os parabéns de todos por ser o seu aniversário.

Depois do desjejum, o capitão partiu rumo às ilhas holandesas. Umas 3 horas de viagem muito gostosa. Quando meu estômago começou a enjoar, chegamos. Enquarto o barco andava eu me ocupava com um anzol, na tentativa frustrada de pegar um peixe.
http://3.bp.blogspot.com/-CJUivZk3ByQ/TudnHKryDYI/AAAAAAAACqA/TsLrhyivVho/s320/DSC05739.JPG
As ilhas holandesas não têm o charme das San Blaz. Mas por ser mais afastadas do continente, tem maior variedade de vida marinha e os capitães param aqui para as pessoas nadarem com óculos e observarem os corais e os peixes que vivem neles.
http://2.bp.blogspot.com/-LCE79ePRdJw/TudnXSdbFEI/AAAAAAAACqI/H6KPwrvB1fY/s320/DSC05749.JPG
Como o dia passou todo nublado e um pouco frio não fiz esse mergulho. Amanhã tentarei fazê-lo. A previsão do capitão é sair das ilhas holandesas por voltada das 14 hs.

Dolor
13-12-11, 15:50
10/12/2011 - Sábado - 232o. dia - Darien Gap

Após o café da manhã a rapaziada pulou na água para nadar e a Edivânia e eu pegamos o bote e fomos até outra ilha próxima do navio e a circulamos andando pela areia e arrastando o bote.
http://1.bp.blogspot.com/-Mu3NmRSYyT0/TudoP_aTO1I/AAAAAAAACqQ/A_xiKnN5C64/s320/DSC05755.JPG
A água que no local mais profundo é azul, na orla já se torna verde. Um lado da ilha, o voltado para o mar aberto é muito bonita. Porém o lado onde a água é mansa tem muito, mas muito lixo. Tivemos que subir no barco novamente para evitar pisar ou encostar no lixo. É uma pena!.

Esse lixo vem do alto mar ou até da costa, não sei. Mas os índios por um dólar pega o lixo dos navios e levam para suas ilhas.

Foi um passeio muito romântico. Na volta para o barco pegamos um veto contra que dificultou as remadas e cansamos muito. Mas isso serviu para temperar o romantismo com um pouco de aventura.
http://1.bp.blogspot.com/-UYu23Nz9auQ/Tudo2GAL_jI/AAAAAAAACqg/zMGNRrWqyI0/s320/DSC05763.JPG
Por volta das 15 hs partimos rumo a Cartagena. Antes, porém, o capitão Israel, estabeleceu uma lista de restrições que achei justas. Visam a segurança de todos.

Agora estamos em alto mar balançando mais que avião no meio da tempestade. São 18:30 e já está escuro por causa de uma chuva e com isso as ondas aumentaram de tamanho e levamos muito saculejo. O nosso aposento fica bem no bico do navio e por isso sentimos quando ele embica e depois sentimos quando ele sobe. Quando desce dá um vazio na barriga que está sendo difícil segurar o enjoou.
http://1.bp.blogspot.com/-GSytYJvZEmM/TudpY211t1I/AAAAAAAACqw/VQQOZStWWAM/s320/DSC05808.JPG
Somente a Edivania e eu temos quarto privativo. Os demais dorme de forma coletiva. Nós ficamos no bico; no meio ficam a cama do casal de suíço e um “berço” onde fica o Uruguaio. Na frene do Uruguaio fica a cama do capitão e na frente dos Suíços fica a cozinha. Tudo sem divisória.

Noutro aposento, mas atrás do navio tem uma cama grande onde dormem os três holandeses. O nosso local, alem da privacidade, é bem mais arejada. Tem uma escotilha acima que fica aberta quando não tem chuva e, quando a chuva é fraca, semiaberta. Também é o único quarto que tem ventilador. Mas balança muito. É como andar numa montanha russa. Em condições normais é até gostoso o balanço.

A previsão de viagem é de 48 horas, ou seja, dois dias completos levando essas pauladas. Esta sim! É uma aventura.

Dolor
13-12-11, 15:56
11/12/2011 - Domingo - 233o. dia - Darien Gap

A partir das 23 hs de ontem até lá pelas 9 horas de hoje estivemos sob tormenta. No inicio foi muito forte o Capitão determinou que todos fossem para suas camas e, ele e seu auxiliar, trabalharam muito. Nós também sofremos. Fiz a seguinte média: 40% ficávamos de cabeça para baixo; 40% de cabeça para cima e uns 20% na horizontal. Média muito otimista, porque acho que não fiquei na horizontal esse tanto de tempo. Cada grande onda que via levantava o bico do navio e quando chegava no fim, levantava a popa do navio e proa embicava. Tinham momentos que ficávamos sem contato com a cama; a cama vinha encontrar com nosso corpo já na volta. Mesmo assim conseguimos dormir. Depois que percebemos que a tormenta não passaria dormimos. Mesmo com as velas recolhidas o barco tombava muito e isso me fazia acordar para ajeitar o corpo.
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O restante do dia foi normal, exceto por uma discussão que tive o capitão. Devido ao mau tempo ele nos deu uma maça para cada um do grupo de manhã e insisti que com uma panela tampada dava para esquentar uma água para eu fazer meu café com leite. Com a cara não muito boa ele fez. Lá pelas onze saiu um café com leite. No almoço sem justificativa nenhuma foi nos dado duas opções: um copo de sopa ou um sanduíche. Nós escolhemos sanduíche e demos sorte porque pudemos comer dois o pessoal da sopa, também avançaram no pão de forma. Logo em seguida eu pedi um pouco de água quente para meu café. Ele fez cara feia. Quando foi lá pelas 16 horas serviu um pouco de mamão com abacaxi que foi muito pouco. Então eu peguei o meu copo particular, coloquei do meu leite e do meu café, pequei da minha bolacha e subi para convés e pedi mais água quente e novamente ele fez careta.
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Então fui obrigado a lembrar-lhe que ao partir ele nos disse que haveria 5 refeições: de manhã, as 10 horas frutas e almoço. Ás 16 hs teria um lanche e a noite jantar. Perguntei se teríamos carne ele disse, naquela oportunidade, somente pescado.

Acontece que apareceu pescado uma vez no segundo dia á noite que ele comprou de um índio. Eu não gostei, sobretudo porque estava tarde da noite, mas o grupo gostou.
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Discutimos um tempo e o Uruguaio ficou omisso; o grupo de holandeses e suíços não entendia nada, mas quando ele trouxe minha água e perguntou-lhes se alguém queria leite com café todos quiseram. Inclusive a mulher do capitão e ele próprio.

No primeiro dia fui até o fogão barco para fazer meu próprio café. Na segunda ida minha ele me abordou perto de todo o grupo que somente sua esposa estava autorizada a mexer no fogão. Aí eu respondi que tudo bem; eu pediria a ela. Na primeira veza que a pedi ela fez careta, também.

Mas ele tem uma grande virtude que admiro nas pessoas. Ele não guarda rancor. Ela já brigou com outros, mas logo está legal.

Dolor
13-12-11, 16:01
12/12/2011 - segunda-feira - 234o. dia - Desembarque da moto
Do barco avistamos as luzes de Cartagena ainda a noite, mas o capitão diminuiu a velocidade para chegar durante a claridade, tendo em vista que, no porto para barcos pequenos, tem uma barreira de pedra construída pelos espanhois para impedir os ataques de piratas, na qual só existe uma passagem demarcada por bóias.
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Às 6:20 estávamos fotografando Cartagena de dentro do mar. Porém o capitão não encontrou cais vago para descarregar as motos e resolveu servir um café com leite e torrada para esperar. Por volta das 10 hs ele resolveu desembarcar os passageiros muchileiros quando contratou uma uma grande cano para pegar as motos no barco no meio da baia e levá-las até a borda.
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Cheguei a comer as unhas quando me faulou desta opção. Mas apesar do medo a transposição das duas motos foi bem tranquila. Não obstante do grande esforço dos 5 homens e eu.
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O intermediário que arrumou nossa imigração disse que naquele horário podíamos esperar o expediente da tarde na aduana que iniciaria as 14 hs. Chegamos na Aduana pontualmente as 14 hs e só fomos sair as 16:30. Nunca vi tanto pouco caso do funcionário público como nesse lugar. Eles distribuem os processos por empregado e caímos na mão de um que não aparecia e a mulher que atendeu outros motociclistas que chegaram depois de nós disse que não podia nos atender.
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Dolor
13-12-11, 16:05
12/12/2011 - Comentários para os motociclistas

Atenção motociclistas, sei que minha recomendação não vai adiantar nada, porque não adiantou para mim. Um motociclista brasileiro, quase implorou para eu não atravessar o Darien por barco. Ele me contou seu sofrimento e eu pensei: “ele não deu sorte, coitado!”.
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Eu dei sorte, mas não repetiria a viagem. A Silvia que me atendeu em Porto Lindo foi muito correta; o capitão Israel é muito correto; um profissional exemplar. Apesar dele não ter uma preocupação com a satisfação do cliente. Seu maior orgulho é ser Capitão. Ele se sente muito bem sendo o chefe geral. Mas fora isso é excepcional.

Quem for viajar tome alguns cuidados em levar as coisas que gosta de comer e que não PRECISA DE FOGO. Porque a qualquer vento mais forte o capitão proíbe o fogo e muita coisa mais. Percebi que em outros barcos são os passageiros que cozinham, então mais uma razão para você ter uma sardinha ou atum na bagagem. O barco carrega pouco gelo e em dois dias acaba, daí para frente a cerveja que você levar só quente. O peixe não pode ser guardado e por isso só come se os índios forem vender, como na maior parte da viagem não há índio, a comida é macarrão um dia, arroz com cenoura em outro, pão de forma com queijo em outro, sopa em outro e sopa de lentilha em outro.
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A sorte foi que trouxe muitas maças, barra de cereal, bolachas, batatas em sacos, sardinha e bacon em conserva. Entretanto, o estômago não aceita muita coisa dessas que levei mas foram melhores que o servido no barco.

Bom, feito as recomendações acima, e mesmo assim, o motociclista optar pela viagem procure a Silvia. Ela tem o barco dela, que foi esse que vim, e outros contatos. Por isso ela pode atender o viajante tanto em Porto Lindo, onde mora, como em Cartagena, pegando os barcos de volta.

O site dela é www.hostelwnderbar.com, o seu e-mail é hostel.wunderbar@yahoo.com,

Conheci um casal de brasileiros que atuam nesse mercado há seis anos mas eles não transportam motos. Seria mais para os muchileiros. Seu e-mail é federico_layolle@yahoo.com.br.
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Portanto, para finalizar dou a seguinte sugestão aos motociclistas. Deixe a muito em Colon e pague um Cruzeiro de ida e volta até Cartagena, com cassino, discoteca, piscina, shows, para em ilhas e não BALANÇA. O preço dessa viagem é de U$ 500. No barco a gente fica roxo de tanta pancada. Para usar o banheiro um trabalho enorme. O comandante determinou que os homens mijariam no mar e só faria o número dois no banheiro para economizar água. Mas mesmo assim era muito difícil, tanto no mar como no minúsculo banheiro.

A passagem entre Colômbia e Panamá só de avião que pagamos U$ 900 pela moto e U$ 150 por pessoa (mas essa possibilidade de viajar com a moto só se estiver de sozinho ou de dois. Não carregam mais de dois passageiros). No barco se cobra U$ 450 para a moto e U$ 450 por passageiro. A viagem de avião gasta um dia de preparação e uma hora de viagem; de barco os preparativos podem chegar a 5 dias e mais 5 de viagem.

Se você quiser fazer um passeio de barco, até San Blaz pode contratar um só para ir até elas e voltar.

Dolor
15-12-11, 02:33
13/12/2011 - terça-feira - 235o. dia - Cartagena

Hoje aconteceu uma coisa estranha. De manhã a Edivânia alegou que o prédio do hotel estava balançando. Eu disse que podia ser, tendo em vista que estávamos no segundo piso e o prédio é de estrutura de madeira. As vigas, pilares e assoalho são de madeira.
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Depois eu estava na sala do café e senti o chão tremer, então virei para a camareira que estava próximo de mim e perguntei-lhe porque o piso tremeu. Ela mais que intrigada demorou a entender e quando entendeu disse que não sentiu nada.
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Andando pela rua encontramos o casal de Suíços que viajou com a gente e a primeira coisa que a moça disse foi perguntar se nós também estamos sentindo o chão tremer. Rimos muito ao chegar a conclusão que ainda estávamos com vertigem da viagem.
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Ficamos quase o dia todo no quarto do hotel. Acho que o corpo e a mente já estão fugindo das dificuldades que nos espera até o Brasil, passando pela Venezuela, Guianas e Amapá.
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Amanha faremos um giro pela cidade e pegamos a estrada.

Renan Xavier
19-12-11, 11:03
14/12/2011 - quarta-feira - 236o. dia - Cartagena de Indias - Barranquilla - Cienaga

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A Edivânia está tão cansada do navio que não queria deixar o hotel antes da hora máxima para o check-out que estava prevista para as 13 hs. Com muito custo a convenci de pegar a moto e dar um passeio pela cidade utilizando.
Eu imaginava uma Cartagena bem pequena, mas a cidade tem mais de um milhão de habitantes. Mas o que atrai os turistas é a pequena cidade histórica. Uma cidade cercada por uma grande muralha cheia de canhões virados para fora. Dentro dessa muralha tem a maior ocupação de espaço com construção que eu já vi. São casas absolutamente grudadas uma nas outras, divididas por ruas que só cabem um carro e não têm passeio para pedestre. Numa parte da cidade, certamente o local onde morava os nobres prevalece os sobrados de até três pavimentos. Na viagem, depois das ruínas dos Incas no Peru e dos Maias na Guatemala, Cartagena foi a maior atração histórica da viagem.
Na volta para o hotel nos perdemos nas pequenas ruas e fomos perguntar como chegaríamos a um hotel. Por coincidencia era um jornalista que nos levou para a redação que ficava em frente para fazer uma entrevista com a gente.

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Chegamos ao hotel faltando 45 minutos para termino da nossa diária; tomamos um banho e partimos.
A maior cidade no caminho, rumo a Venezuela, foi Barranquilla. Nessa cidade paramos num supermercado para comprar água e quitanda para o dia seguinte. Fizemos tanto sucesso com os clientes do supermercado que a tarde caiu. Barranquilla também é uma cidade grande e tivemos trabalho para sair dela. É que juntamente com o horário de pico das pessoas saindo do trabalho já tinha um outro grupo indo para o estádio qaue ficava no mesmo rumo para onde íamos. O time da cidade chama Junior de Barranquilla e jogaria uma decisão que depois soubemos foi campeão nos penaltis.
Como o transito não andava, a noite nos pegou e sem jeito de procurar local para dormir. Assim fomos andando. Logo a Celestina me causou preocupação. Tinha momento que ela não engatava a primeira marcha, quando reduzia da segunda. Estava muito perigoso para pilotar, tendo em vista, que em muitas situações, precisava da primeira para sair rápido de situações perigosas e ela não entrava. O farol baixo também estva queimado desde lá do Panamá.
Quando vi que não dava mais, era noite, ventava muito, os carros não respeitavam a moto e partiam para cima, sem farol baixo e sem primeira. Parei numa vila e determineir aqui a gente dormiria nem que seja no acostamento.
Então enquanto eu comia uma barra de cereal, tendo em vista que a fome já incomodava bastante, a Edivania se pôs a caminhar ao longo da rodovia. Logo ela voltou dizendo que tinha arrumado um lugar para dormir.

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Chegando ao local indicado por ela o acerto dela com o proprietário da casa era de acamparmos na área foi mudado. Insistiu tanto que tivemos que passar a Celestina para a sala e colocou-nos para dormir no quarto ao lado.

Renan Xavier
19-12-11, 11:08
15/12/2011 - quinta-feira - 237o. dia - Santa Magdalena - Maicao (Colômbia)

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Acordamos com o dono da casa nos oferecendo um café preto e para avisar que teríamos que passar a coisas para fora porque ele e a esposa trabalham fora e tinha que fechar a casa.

Procurei uma oficina de moto na vila, indicada pelo meu anfitrião, onde lubrifiquei e ajustei o cabo da embreagem na tentativa de fazer a primeira engatar.

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Saí da oficina engatando beleza, mas logo o problema voltou a ocorrer bem pior. As vezes não engatava nem desligando a moto. Mas deu para eu chegar até Santa Marta que é uma cidade de uns 200 mil habitantes. Parei numa oficinazinha tão sem vergonha que minha esposa até me recriminou. O cara conserta as motos na rua. Então disse para ele o problema e ele deu uma mexida na pedaleira e me mostrou a causa. O navio tinha entortado a pedaleira e uma pequena saliência impedia o pedal alcançar à primeira marcha. De vez em quando meu pé mudava a posição da pedaleira e a primeira engatava. De forma que ele deu uma regulada na altura do petal de cambio e apertou a pedaleira e a Celestina parecia chupar o engate. Felizmente.

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Perdemos algum tempo com esses mecânicos e mais uma vez tivemos que rodar a noite. Antes de escurecer parei na beira da estrada para a Edivania mijar e quando íamos montar parou ao nosso lado uma moto com dois ocupantes. Ele parou de forma meio que bloqueando minha saída e estava visivelmente drogado ou bêbado falando coisas que não entendíamos. Gritei para a Edivania subir, dei partida na moto e arranquei. Joguei mais para a direita possível, mas mesmo assim minha mala lateral ainda pegou no pneu dianteiro dele. Nunca usei uma primeira tão acelerada como naquele momento. A moto dele era pequena e ele me alcançou rápido mas na medida que eu injetava combustível e aumentava as marchas ele ficava para trás. Ele também estava muito bêbado.

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Passamos um susto bem grande. A noite nos pegou sem chegar em alguma vila. Quando chegamos na localidade de Maicao determinei que a Edivania fosse olhando um local para dormirmos. Já terminando a cidade ela viu uma cobertura do lado de uma casa e mandou eu parar. Fomos até a casa de moto, porque a Celestina aparenta muito mais confiança do que nós dois juntos. A moça que nos atendeu sem abrir a porta permitiu que acampássemos e logo fechou a porta novamente. Quando já estávamos montando a barraca aparecem duas moças e um senhor que era o pai delas. Depois aparece o namorado de uma. Daí para frente tivemos que dispensar eles para podermos trabalhar.

Ofereceram banho e um misto quente com Coca-cola para comermos antes de dormir. Depois o dono da casa me colocou no celular para falar com o irmão dele que mora em Ipatinga em Minas Gerais no Brasil. Eu dispensava meu interlocutor rapidamente com medo do preço da ligação, mas logo ele me voltou o telefone para continuar a conversação. No dia seguinte nos serviram ovo, queijo, panqueca, leite e café.

Renan Xavier
19-12-11, 11:11
16/12/2011 - sexta-feira - 238o dia - Maicao(Colômbia) a Maracaibo- (Venezuela)

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Esse carro da foto é um dos taxis que anda pelo interior da Venezuela, Todos em situação lastimável.

Por volta das 10 horas estávamos dando saída da Colômbia. A aduana, ao contrário da entrada, foi rapidíssima. A imigração demorou mais um pouco porque tinha muita gente para ser atendida. Do lado da Venezuela foi rapidíssimo. O único problema foi que nas proximidades da divisa só compra gasolina nos postos quem tem autorização. Eu que tinha deixado para abastecer com gasolina barata, tive que pagar o preço da Colômbia no cambio negro.

Foram uns 90 km de pobreza e carros enormes e velhos dentro da Venezuela. Andei o tempo todo chingando o Hugo Chaves por tamanho atraso. Porém, quando aproximamos e entramos na cidade de Maracaibo a coisa muda de figura. Uma cidade de um milhão de habitantes que ostenta riqueza e capitalismo para toda a parte. Contei quatro Mac Donalds e dois Burguer Kings, sem contar as concessionárias de carros asiáticos. Os carros caindo aos pedaços passaram a ser minoria; na maioria taxis. Os taxis que rodam em Maracaibo são enormes, feios e velhos.

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Como passamos num shoping center para comer um Big Mac, quando saímos já estava escurecendo.

Estamos tomando um medicamento para prevenir da malária e ele tem prejudicado nosso estômago. Não temos muita vontade de comer e quando comemos a boca não é boa. Assim estávamos bem fracos no final do dia e resolvemos procurar um hotel. Todos os hotéis que nos informaram e encontramos eram acima de U$ 90. Então resolvemos sair da cidade para procurar um posto de gasolina para acampar. Como minha gasolina estava bem pouca parei num posto dentro da cidade para abastecer. Após abastecer, um cara chegou no frentista e, sem mais nem menos, perguntou quanto era meu abastecimento e pagou. Diate da generosidade aproveitei para dar mais uma facada, perguntando se ele não sabia de um lugar para podermos armar a barraca e passar a noite. Sorridentemente disse para seguir-lhe que iria mostrar um lugar muito bom para acampar. Minha esperança era que ele nos levasse para sua casa.

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Assim partimos atrás de um dos poucos taxis que não era caindo aos pedaços. Nos levou até a praça de pedágio na entrada da gigantesca ponte que atravessa o Lago Maracaibo. A ponte deve ser tão cumprida quanto a Rio-Niteroi. Chegando no destino, depois de andar uns 15 km, atrás do taxi com os piscas alarmes ligados, ele procurou o gerente do pedágio e pediu para acamparmos no pátio o que foi prontamente aceito.

Quando estávamos quase terminando de armar a barraca vem para o nosso lado dois policiais rodoviários. Pensei: “agora fudeu!”. Os policiais chegaram, cumprimentaram e começaram a perguntar sobre nossa viagem. Quando terminamos a conversa nos mostraram onde era o escritório deles e, em poucos minutos, estávamos tomando banho numa super ducha.

Renan Xavier
26-12-11, 10:04
17/12/2011 - Sábado - 239o. dia - Maracaibo - Venuzuela

Agradecemos aos policiais que nos ajudaram que ainda estavam por ali trocando de turma, e voltamos para a cidade de Maracaibo para conhecê-la melhor, tendo em vista que a noite não foi possível tirar fotos.

Depois de rodar bastante, paramos perto de um barzinho para perguntar sobre a saída da cidade e o cara, antes de responder pediu para tirar fotos. Enquanto ele aguardava sua esposa e perguntei se aquele bar tinha água mineral ele foi lá dentro e trouxe duas garras de 1,5 litros e me deu de presente. Depois ambos se alternaram sentando na moto para fotos, só então foi me ensinar a saída, dizendo: “ siga-me que vou te levar at';e mais na frente”.

A região que estamos viajando é muito feia. Desde Barranquilla na Colômbia a paisagem passa ser semelhante ao nordeste brasileiro, muito bode, cacto e aquelas arvores espinhenta, tornado cansativa e obrigando diversas paradas.

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Hoje fui fazer meu primeiro pagamento de um abastecimento na Venezuela. Cheguei perguntando ao frentista se aceitava cartão e ele disse que não. Enquanto ele abastecia fiquei recriminando o posto. Educadamente ele ficou calado. Quando fui pagar a surpresa: B$ 0,70 por 10,6 litros. Para o leitor e o eleitor fazer suas próprias contas: U$ 1,00 equivale a mais ou menos B$ 4.000,00. Um Big Mac custa B$ 51.000,00 e a gasolina menso de B$ 0,07.

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A viagem rendeu pouco. Logo após escurecer, paramos em outro ágio onde armamos a barraca com o consentimento da polícia.

Um detalhe: o Hugo Chaves suspendeu toda cobrança de pedágio no País. As praças são utilizados para fiscalização da policia. Já pensou se na próxima renovação das Concessões Paulistas, o governo reduzisse a tarifas pelo menos pela metade? Seria eleito para Presidente.

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Renan Xavier
26-12-11, 10:07
18/12/2011 - Domingo - 240o dia - Oitavo mês na estrada

Por volta das 16 hs estávamos chegando à Caracas. A viagem foi boa; estradas boas e bastante movimento ao aproximar da capital. Pela estrada passamos por uma zona industrial muito forte onde tem montadoras como a GM e outras Asiáticas.


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Tem regiões das Américas que fazemos mais sucesso com as pessoas. Toronto e Montreal no Canadá e New York foram algumas dessas regiões. Mas aqui na Venezuela foi sensacional. Diria que 30% dos carros que nos ultrapassam faz uma manifestação; ora tirando a cabeça para fora e gritando, ora abanando a mão ou somente buzinando. As pessoas paradas nas calçadas gritam ou simplesmente param o que estão fazendo para nos observar.

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A busca por hotel é muito trabalhosa. Aqui na capital até encontramos hotel na faixa de U$ 50, mas era muito simples e lotados. Visitamos uns seis e acabamos ficando num de U$ 100. Amanhã procuraremos um mais barato se formos ficar mais tempo aqui.

Pretendo procurar uma concessionária Honda para trocar as velas da Celestina. Mas não é prioridade.

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Wi-FI não é uma coisa comum aqui na Venezuela. Os Mc Donalds da estrada e aqui de Caracas não tem e nenhum hotel mais barato que U$ 100 tem. Outra coisa é a questão de saque de dinheiro nos caixas eletrônicos. Já tentei em quatro e não consegui.

Aliás essa questão de Banco está começando a me preocupar: meu limite de cartão foi amentado sem eu pedir, não consigo sacar, minha senha da internet para ver minha conta não foi aceita. Quando eu realizo um gasto acima de R$ 30 pelo cartão, recebo um torpedo informando o valor. Aqui na Venezuela vem o torpedo com a seguinte informação: “Nada para mostrar”.

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O pior é que estou sem dinheiro sequer para comprar um pão.

Ontem, num posto de gasolina, uma mulher nos abordou para contar que viu uma matéria a respeito da nossa viagem na TV de Cartagena. Não me lembro de ser filmado, mas pode ser que o jornal passou fotos para a Televisão.

Renan Xavier
26-12-11, 10:14
18/12/2011 - Prestação de contas do oitavo mês

Obs.: Para transformar em dolar divida os valores por R$ 1,80
Prestação de contas dos: 240 dias

Anterior mês atual Acumulado (R$) Media (R$)

Litros 3.072,99 102,45 3.175,45 16,18 km/l
Gasolina 5.963,93 116,38 6.080,31 25,33
Alimentos 6.761,13 803,90 7.565,03 31,52
Passeio 1.609,02 ,00 1.609,02 6,70
Moto 3.558,06 665,26 4.223,32 17,60
Hotel 2.699,12 554,78 3.253,90 13,56
Aduana 938,42 26,28 964,70 4,02
Pedágio 253,02 ,00 253,02 1,05
Avião/barco 2.406,78 1.800,00 4.206,78 17,53
Roupas 2.613,51 ,00 2.613,51 10,89
Medicamentos 164,70 108,17 272,88 1,14
Equipamentos 1.027,98 ,00 1.027,98 4,28
Outros 399,78 75,87 475,65 1,98
Patrocínios -880,00 -880,00

TOTAIS 28.395,45 3.270,64 31.666,08 131,94


Inicial Atual Rodado Media
Odômetro 56345 107727 51382 214,09

Preço médio por litro de Gasolina (R$) 1,91

Renan Xavier
26-12-11, 10:18
19/12/2011 - segunda-feira - 241o. dia - Caracas

O dia não rendeu, hoje. Como sempre fazemos usamos todo nosso direito do hotel. Saímos em cima da hora fatal do check-out, as 11:30. Antes tinha saído e tentado sacar dinheiro nos dois bancos nas proximidades e nem um aceitou meu cartão.

Após o check-out deixei a moto no estacionamento do hotel e voltei nos bancos para ver se alguém me ajudava no uso do cartão, tendo em vista que o dinheiro que tinha no bolso não dava para comprar o pão do desjejum.

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Encontrei os bancos superlotados; não só internamente como nas grandes filas do lado de fora. Com muito custo consegui que o guarda me indicasse uma pessoa. Esse funcionário disse que eu tinha que usar um telefone que havia na agência e pedir uma senha de 4 dígitos, pois o sistema bancário daqui não trabalha com senha de 6 dígitos.

Para usar esse telefone tinha outra fila, porém as pessoas desistiam porque só dava ocupado. Quando chegou minha vez não tinha mais ninguém. Eu tentei umas 5 vezes até que consegui, entretanto, não entendi nada que a máquina disse. Depois disso não consegui falar com nenhum funcionário.

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Então parti para o plano “B”: Converter dólares que carrego em moeda local. Aí gastei o resto do dia. Faltava 20 minutos para a Casa de Câmbio fechar quando eu entrei. Assim mesmo fizeram de tudo para me dispensar; até impressora quebrada alegaram. Mas depois que abrir minha carteira na frente do gerente e mostrando o quanto de dinheiro tinha nela, foi que riram de mim e arrumaram o dinheiro.

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Antes, quando eun ia saindo do hotel abordei dois homens que estavam saindo numa moto sobre onde poderia encontrar uma Casa de Cambio. Eram dois homens com boa aparência, simpáticos e um disse que já moru em SP. Então me perguntaram o quanto eu queria trocar. Quando disse que era U$ 300,00 um deles disse que essa quantia ele mesmo podia trocar, desde que eu fosse no comércio dele. Eu concordei e comecei a seguir os dois. De repente os caras começaram a subir uma ladeira rumo a uma favela e eu comecei a ficar com medo. Quanto mais andava, mais subida, como se estivesse entrando na Rocinha no Rio de Janeiro.. De repente freei bruscamente e dei meia volta numa estreita e num esbarrancado que não sei como consegui. E desci a ladeira rapidamente sempre olhando pelo retrovisor.

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A Edivânia, o Ocivaldo e a Dra. Vera são as únicas pessoas que afirmam categoricamente que sou ingênuo. Agora começo a perceber que eles têm razão.

Procuramos um hotel barato na região central e contratamos um por U$ 60,00, mas os caras não deixava a gente ver o apartamento, tinha que ver pelas fotos pregadas na entrada. Isso causou uma briga entre eu e a Edivania, tendo em vista que ela queria ir embora a todo custo. Quando entramos o quarto tinha espelho no teto e ao ligar a TV apareceu um filme pornográfico.

Renan Xavier
26-12-11, 10:20
20/12/2011 - terça-feira - 242o. dia - Puerto de La Cruz

Saímos às 7 hs do motel e partimos para sair de Caracas. Minha intenção era encontrar uma concessionária, mas o transito matinal era muito intenso. Aqui as motos andam entre os carros como ou pior que na Capital Paulista.

Depois de andar uns 50 km, já em oura cidade, avistei uma Concessionária Suzuki, para onde rumei. Disse que queria regular carburador e trocar velas, mas o mecânico disse que tinha muito serviço. Com custo o convenci de trocar pelo menos as duas velas que ficam viradas para fora deixando as outras duas que ficam mais escondidas. Mas depois de começar ele esmerilou a chave e consegui tirar as quatro velas sem tirar o tanque e debaixo de chuva, tendo em vista que a moto não cabia na oficina. Depois de pronta me deram o preço a pagar, sobre o qual levei um susto: nada. Nem as velas me cobraram.

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Chegamos a Puerto de La Cruz ao anoitecer. Comemos um sanduíche no Mac Donalds e fomos procurar um lugar para acampar. O que conseguimos facilmente. Pela experiência da Edivânia, arrumar local para acampar com banheiro e ducha é muito mais fácil que encontrar hotel. Ela já tem olho clínico; quando ela diz "ali", 90% de acerto. Ela pede na maior cara-de-pau.

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Renan Xavier
26-12-11, 10:25
http://2.bp.blogspot.com/-ZQ0zmVtRVoQ/TvNbgC6s66I/AAAAAAAAC60/JbdO-UuoPyI/s1600/DSC06420.JPG

Hoje foi dia de espera: chegamos no guichê do Farryboat para comprar os bilhetes para Isla Margarita e tivemos que esperar. As 11 horas terminamos a compra. O navio só partia as 14 hs. Depois ficamos 7 horas navegando entre Puerto de La Cruz e Isla Margarita.

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Na Venezuela é tudo muito burocrático. Acho que temos que ressuscitar o Beltrão para eles. Aqui ainda se usa a impressão digital para quase tudo. Para operações financeira e contratos bilaterais de direitos e deveres.

Chegamos em Margarita depois das 19 horas, debaixo de chuva e com muita fome de comida de sal. Para chegar na Cidade principal da ilha andamos mais 30 km onde pudemos comer. Depois já por volta das 22 hs saímos para procurar local de dormir.

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Renan Xavier
26-12-11, 10:26
21/12/2011 - Quarta-feira - 243o. dia - Puerto de La Cruz - Venezuela

http://2.bp.blogspot.com/-ZQ0zmVtRVoQ/TvNbgC6s66I/AAAAAAAAC60/JbdO-UuoPyI/s1600/DSC06420.JPG

Hoje foi dia de espera: chegamos no guichê do Farryboat para comprar os bilhetes para Isla Margarita e tivemos que esperar. As 11 horas terminamos a compra. O navio só partia as 14 hs. Depois ficamos 7 horas navegando entre Puerto de La Cruz e Isla Margarita.

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Na Venezuela é tudo muito burocrático. Acho que temos que ressuscitar o Beltrão para eles. Aqui ainda se usa a impressão digital para quase tudo. Para operações financeira e contratos bilaterais de direitos e deveres.

Chegamos em Margarita depois das 19 horas, debaixo de chuva e com muita fome de comida de sal. Para chegar na Cidade principal da ilha andamos mais 30 km onde pudemos comer. Depois já por volta das 22 hs saímos para procurar local de dormir.

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Renan Xavier
26-12-11, 10:27
22/12/2011 - quinta-feira - 244 dia - Isla Margarita - Venezuela

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Apesar da chuva, andamos bem pela ilha de Margarita. Depois de estar nela a gente nem lembra que está numa ilha. As placas indicando as distancias das cidades marcam 20, 30 e até 40 km de distância. As duas principais cidades emendam e se tornam um povoamento bem grande. Algo em torno de 500 mil habitantes (um chute). Visitamos dois grandes Shopings Centers, ambas vezes para comer.

Paramos num posto de Gasolina do centro para esperar a enxurrada oriunda de uma grande pancada que caia no momento. Deixamos a Celestina ao lado de uma bomba que não funcionava e adentrei para uma loja de autopeças que funcionava no local. Nas primeiras conversas ganhei café e a senha do Wi-Fi. Aí atualizei o Blog e conversamos muito. A única foto que aproveitou do dia são de dois dos tres funcionários da loja.

Como a chuva não parava e já tínhamos vistos as principais praias, fomos até a estação do farryboat para providenciar as passagens, pois, quando chegamos, não teve jeito de perguntar os horários de retorno. A estação fica a 30 km da principal cidade. Ao chegarmos o navio das 16 hs estava saindo e conseguimos passagem para as 20 hs. Como ainda faltavam 4 e a gasolina é muito barata, nos demos ao luxo de voltar na cidade (60 km de ida e volta) para comer um Mac Donalds visando embarcar com a barriga cheia.

Na volta passamos medo de perder o horário, tendo emvista que o trânsito estava parado. Tive que zigue-zaguear entre os carros. Aliás, congestionamento é uma das marcas da Venuzela. Qualquer merreca de cidade tem congestionamento. É muito carro na rua e na estrada. Na estrada, uma interrupção de pista gera quilômetros de fila.

O navio só saiu as 21 hs e chegamos em Puerto de La Cruz as 2 hs da manhã. Às 3 estávamos com a barraca montada na varanda da casa da família que nos deu guarida na primeira noite.

Renan Xavier
26-12-11, 10:29
23/12/2011 - sexta-feira - 245o. dia - Puerto de La Cruz - Cidade de Guaiana - Venezuela

Saímos de Puerto de La Cruz e rumamos para o lado do Brasil. Pelo mapa do Google serão quase 900 km até a divisa. A viagem não teve maiores incidentes e nem grandes coisas para apreciar. As estradas na Venezuela são bem conservadas. Às vezes aparece algum buraco grande sem a gente estar esperando, mas são poucos. A maioria são rodovias que já foram pedageadas.

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No dia que embarcamos para A Isla Margarita, tinha um sujeito sentado ao lado de uma grande moto sport, 1000 ou 1200 cc. Ao passarmos bem devagar para o embarque ele gritou que a gasolina da região continha água. Então pensei: “coitado a moto dele parou!”. Dentro do navio o encontrei novamente e ele foi me explicar que após os 200 km/h a moto começava a engasgar. Eu ri, e disse que se fosse minha nunca descobriria tal problema.

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Hoje sofri na pele o problema da gasolina. Calculadamente tive que usar a reserva para chegar até Cidade del Guaina. Porém quando virei a chave para a reserva, a Celestina começou a engasgar e parou. Dava partida, arrancava e apagava. Com muito custo descobri que se saísse de segunda ela não apagava. Assim tive que rodar uns 30 km a 40 km por hora com ela rateando, como se estivesse acabando o combustível. Para piorar o chuva começou. Pensei que ao abastecer o problema resolveria, mas não. Tivemos que entrar na cidade para procurar local de dormir com ela apagando de 5 em 5 minutos. Logo que me senti dentro da cidade, por decisão e escolha da Edivania, começamos a busca por uma residencia para acamparmos, tendo em vista que para nós seria mais fácil que procurar hotel. Com chuva fica mais difícil, tendo em vista que as pessoas se fecham nas casas. Depois de uma quatro tentativas uma moradora nos mostrou uma Igreja Evangêlica que poderia nos abrigar. Quando chegamos nas proximidades da Igreja um senhor numa camioneta dos abordou para perguntar o que queríamos. Era o Pastor. Dissemos que precisávamos de acampamento e ele nos conduziu para o pátio da sua Igreja dando área coberta, banho e até um delicioso e quente pão recheado com azeitonas, bacon e presunto.

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Dormimos ouvindo a chuva. O cansaço era muito grande, tendo em vista que devido a viagem de retorno no farryboat, dormimos menos do que de costume.

O nome do Pastor é Eugenio Malave mas o nome da Igreja ficou ilegível.

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Renan Xavier
26-12-11, 10:34
24/12/2011 - Sábado - 246o. dia - Reserva indígina - Venezuela

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Agora são 23 horas no Brasil e 20 horas aqui onde estou. Dia de Natal. Paramos para dormir num posto policial numa reserva indígena da Venezuela. A previsão era chegar mais cedo na próxima cidade. Acontece que não contávamos com tantas curvas e a subida de uma grande serra. Talvez por causa do Natal, parecia que era somente nós na estrada, muito pouco carro vinha em sentido contrário e nenhum nos ultrapassava.

Três pontos com árvores caídas e dois declives muito grandes, devido a recentes enchentes, causou-nos grande susto.

Outro susto foi encontrar o posto de gasolina fechado por falta do produto, justamente o posto que precisávamos. Aí as informações sobre o próximo posto foram divergentes: uns disseram que era só a 300 km, pois queria vender o produto no cambio negro, 50 km, 25 km e ficamos doido. Mas uma funcionária do Hotel disse que tinha um a 75 km, preferi acreditar nessa informação e partimos. A gasolina que tínhamos dava para rodar essa distância, porem batia-nos medo de encontrar o posto fechado por causa do dia de Natal.

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A região aqui é cheia de vilas indígenas e suas respectivas reservas. Depois veio uma área de floresta densa que invadia a estrada de ambos os lado. A estrada não tinha um centímetro de acostamento. As curvas na subida da grande serra e o cair da noite deu mais temorosidade ao trajeto. Por diversos momentos outro temor batia: “se a moto estragar nessa serra não tem onde encostá-la, nem de dormirmos”. Hoje, sentimo-nos como aventureiros de verdade.

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Após de terminarmos a subida da serra já era noite e não dava mais para rodar com os grandes buracos que eventualmente aparecia na pista. Assim, numa reserva indígena, tinha um posto policial e pedimos para acampar. Acampamos ao lado de um presépio feito pelos índios cuja foto segue acima. Fiquei sensibilizado com a simplicidade do presépio, cujos únicos objetos, fora do contexto era as luzes e um elefantinho branco.

Um aspecto que ia esquecendo é que paramos num posto para abastecer e procurar algo para almoçar. Como não gostamos de nada que tinha no restaurante íamos saindo para procurar outro quando uma senhora saiu do seu carro e nos entregou três Tamalitos dizendo que era presente de Natal. Tamalito é uma espécie de pamonha, porém feita de fubá de milho, embrulhada na folha de bananeira e com muito mais recheio que a pamonha. Trata-se de uma comida típica da América Central que aprendemos e ajudamos a fazer no Panamá enquanto esperávamos a moto ficar pronta. O Tamalito que a Edivânia ajudou a fazer foi por encomenda do Palácio Presidencial de Panamá. Este foi nosso almoço.

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Renan Xavier
26-12-11, 10:36
25/12/2011 - Domingo - 247o. dia - Santa Elena de Uiarén - Venezuela

Felizmente no posto que estava a frente tinha gasolina. Aproveitamos para encher, inclusive os tanques reservas, porque é sabido que nas divisas o exercito não deixa vender gasolina para pessoas não credenciadas previamente.

Nossa intenção era dormir em Boa Vista capital da Roraima no Brasil. Mas devido o Natal a Aduana estava fechada e tivemos que dormir em Santa Elena e esperar a segunda.

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Amanhã saio da Venuzela que me surpreendeu. Imaginava um país pobre economicamente e intelectualmente devido ao que a imprensa do Brasil escreve e fala a respeito do seu presidente. Na minha concepção Hugo Chaves vai ficar no poder enquanto quiser. Parece que o País nem tem conhecimento do Presidente que tem. Pensava que era um pais de capitalismo fraco devido ao Socialismo pregado por Hugo Chaves, o que vi foi um capitalismo pujante.

Parece que o Hugo Chaves adota o mesmo programa que o Lula adotou no Brasil: distribui dinheiro para os pobres e esse dinheiro injetado na economia, movimenta e fomenta o capitalismo.

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Segundo algumas informações, aqui também as famílias pobres recebem uma mesada do Governo, mas a gente não vê tantas pessoas desocupadas como na Bolívia, Peru e nordeste brasileiro.

Para mim foi ótimo! gasolina quase de graça, pedágio grátis e policiais honestos. Com frequência aparecem placas nas rodovias pedindo para denunciar policiais corruptos.

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O preço dos hotéis de dos alimentos que achei um pouco caros, mas a população não está nem aí. Filas e mais filas nos Shopings, Mac Donalds e engarrafamento para não acabar mais.

Por isso, se precisar do meu voto, Hugo Chaves continua. Ele precisava modernizar o país. Aqui a burocracia é muito grande. Conforme já escrevi, qualquer movimentação financeira exige-se as digitais dos dois polegares.

Outros aspectos que achei deficitários foram a agricultura e o turismo. Acredito que com o dinheiro do petróleo ele poderia investir mais nessas duas áreas. Quase não se vê turismo estrangeiro e muitas áreas que poderiam ser irrigadas (eu acho) estão improdutivas. Mais para o lado de Roraima, antes de começar as reservas indígenas, tem uma extensa área dedicada à pastagem para gado de corte. Mas a terra do país, por onde eu passei é pobre para agricultura e montanhosa.

Renan Xavier
28-12-11, 14:32
26/12/2011 - quarta-feira - 248o. dia - Boa Vista - Roraima


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A saída da Venezuela foi muito fácil. Outros países são bem mais burocráticos e caros para entrar e sair. Na Venezuela é tudo grátis.

Os futuros viajantes que passarão pela Venezuela deverão atentar e checar antes sobre uma dúvida que estou:

1 – Quando entrei na Venezuela troque Dólar na razão de U$ 1 = B$ 4.000,00.

2 – Numa finaceira de Caracas troquei U$ 300,00 por B$ 1.200,00, ou seja: 1 x 4;

3 – Meus gastos com cartões de créditos converteram na proporção de U$ 1 x B$ 4.000,00;

4r – No Navio para Ilha ??? uma brasileira disse que na entrada da Venezuela do lado do Brasil ela trocou o dinheiro na seguinte razão: R$ 1 por B$ 4.000,00;

5 – Um brasileiro no hotel de Santa Elena disse ter trocado na mesma proporção dita pela mulher, ou seja: R$ 1 x B$ 4.000;00

6 – Eu vendi meus Bolivares na proporção de R$ 1 x 4.060,00.

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Portanto cabe ao futuro viajante esclarecer essa dúvida. Será que os cambistas da entrada da Venezuela estabeleceram um novo valor para o Bolivar?



Voltando para minha viagem, pegamos as estrada do lado brasileiro, cheia de buracos e remendos que mais pareciam quebra-molas. Xinguei o governo brasileiro por uns 50 km. Mas depois a estrada foi melhorando até ficar excelente após uns 100 km rodados.

Entre a divisa e Boa Vista, uns 260 km, não tem posto de gasolina. Para não comprar o produto no cambio negro eu usei meus 8 litros dos tanques reservas que trazia da Venezuela.

Chegando em Boa Vista procurei logo uma concessionária para trocar o óleo da Celestina. Um cara muito ruim de serviço que detesta Shadow foi fazer o serviço. Muito ruim. Para tirar o filtro usou até martelo. Tentou arrumar o farolete traseiro que está queimado e causou curto que queimou os piscas. Trocou os fusíveis queimados, mas disse que aquele problemas eles não resolveriam. Para ver se tem algum fio solto ou arrumar o bocal da lâmpada tem que tirar a roda. Então perguntei se deixando para o outro da ele arrancaria a roda e aproveitava para trocar as fibras traseiras. O cara fez uma exclamação e disse: “aqui em Boa Vista quem tem uma moto Shadow não tira ela da garagem!” por isso não temos peças e nem experiência para essa moto!”. De forma que continuarei a andar sem farolete.

Depois fomos abastecer e encontramos dois irmão cubanos que desejam fazer uma viagem ao Alaska e ficaram quase uma hora nos entrevistando. Perguntamos-lhes se não teriam um quintal para acamparmos, responderam dizendo que nos levaria a um hotel barato, mas a Edivânia não gostou do custo benefício. Esperamos eles sumirem para partimos.

Já estava escuro quando entramos num supermercado e quando saí tinha um punhado de pessoas conversando com a Edivânia. Entrei na conversa e tinha um mais curioso que os demais aproveite para lhe fazer o questionamento tradicional: “você não tem....”. Ele ficou meio sem graça e disse: “Cara! Eu também estou de penetra numa casa; sou de Manaus, mas vou ver com a dona da casa se ela pode te ajudar”. Para encurtar o texto, dentro de uma hora eu já tinha jantado, entrado no quarto do seu filho, mexido no computador da sala e uma entrevista marcada para o dia seguinte com a TV Roraima, afiliada da Globo.

O nome da Dona da Casa é Marlene Lira (aparece na primeira foto com blusa mais clara) e o do Cara de Pau que me trouxe para a casa da Marlene é o Ricardo (camisa roxa). A esposa do Ricardo, Elisângela (blusa estampada), é que é amiga da Marlene e trouxe a mãe (blusa verde), o filho e o marido para passar uns dias aqui. Mesmo assim nos coube na turma.

A Marlene nos cedeu a casa do seu pai que está em reforma e conta com banheiro e ar condicionado no quarto.
A segunda foto foi tirada durante o jantar.

Renan Xavier
28-12-11, 15:09
27/12/2011 - terça-feira - 249o. dia - Boa Vista - Roraima

Levantamos com o chamado para o café da manhã: pão francês, manteiga de leite, margarina, presunto, banana frita, torrada, mamão, leite e café. Comemos e preparamos para conhecer a praia da cidade.

O Rio Branco banha a cidade de Boa Vista e ele oferece praias com areia bonita as quais a população invade nos finais de semana.

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Às 16:40 terminamos a nossa entrevista com a TV Roraima. Mas não será possível colocar o link aqui, pois eles ainda não dispõem de equipamentos para suportar esses arquivos.

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Renan Xavier
05-01-12, 09:42
28/12/2011 - quarta-feira - 250o. dia - Boa Vista - Guiana (Inglesa)

Obs.: Perdi as fotos do dia de hoje, onde tinha fotos do Centro de Boa Vista, do pessoal da TV Roraima e da Entrada na Guiana.

Hoje acordamos cedo para assistir a nossa entrevista que passaria no jornal que começa as 6:00`. Mas o jornal;ista já nos tinha prevenido que as matérias mais leves fica mais para o final do jornal por volta das 7:30. Como aconteceu. Daí arrumamos as coisas bem devagar e saímos la pelas 9 hs.

Quando entrei no supermercado para comprar comida para a viagem um cliente me reconheceu e veio me cumprimentar. Daí para frente foram diversos reconhecimentos. Na policia Federal e até já dentro da Guiana.

A passagem pela Aduana da Guiana não foi muito tranquila. Primeiro nos faz esperar para depois nos avisar que tínhamos que ir na cidadezinha próxima para comprar o seguro e tirar duas xerox de cada um dos documentos. Depois que conseguimos localizar o cara que vende o seguro, voltamos e já tinha mudado de funcionário e me exigiram um documento que devia ser expedido pela Receita Federal do Brasil. Voltei ao Brasil e depois de esperar a funcionária que fazia o serviço voltar do almoço fui informado que aquele documento era emitido somente para carros importados que saem do Brasil. Voltei na Aduana e o cara estava inflexível. Até que resolveu falar com um colega de trabalho foi que concordou em autorizar a entrada da Celestina. Entre a a decisão de me liberar até a expedição final do documento foi mais uns 40 minutos.

Voltamos na cidade para abastece e comprar água e pegamos a estrada. Agora rodaremos mais de 400 km em estrada de terra.

Após andar 16 km descobrimos que um dos galões de gasolina reserva já tinha perdido mais de um litro, justamente do lado do escapamento. Após 33 km paramos na primeira construção que apareceu desde nossa saída da cidade. Era uma fazenda.

Armamos a barraca ao lado de um rio em cujas água morna nos banhamos após tomar um leite com chocolate e pão de queijo.

Renan Xavier
05-01-12, 09:52
29/12/2011 - quinta-feira - 251o. dia - Estrada de Terra Guiana

Bebemos o tradicional leite com chocolate com dois pequenos pães de queijo para cada um, que sobraram do dia anterior, complementados com algumas bolachas. A poucos quilômetros da fazenda a estrada melhorou, diminuindo as costelas de vacas, e pudemos atingir 50 km em alguns pontos; provalvemente alcançando uma média de 30 km por hora. Um grande ganho tendo em vista que até então, raras vezes pude atingir 30 km/h.

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Lá pelas 10 horas encontramos um pé de caju carregado na beira da estrada e enchemos a pança. Foi nossa sorte, porque depois as árvores que eram baixas começaram a aumentar de tamanho, até virar uma grande e densa floresta. Essa floresta é uma reserva que tem guarda na entrada e na saída com anotação de todos os carros que entram e saem. São 70 km dentro dessa floresta aqui denomina de Amazônica. Por se tratar de reserva não tem uma única casa nesses trajeto. Tivemos que comer bolacha e uma barra de cereal como almoço.

Num certo momento dentro dessa floresta escuto um barulho de alguma coisa quebrando debaixo da moto, parei para ver era a barra estabilizadora do freio que tinha se soltado. Quando montamos a roda no Panamá devemos ter deixado de travar a porca. A sorte foi que o suporte do galão de gasolina tinha porca no mesmo tamanho e pudemos continuar a viagem. Nessa hora gastamos o último galão de gasolina.

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No final da reserva tem uma balsa, num grande rio, e depois dela uma pousada.

Quando estávamos na balsa fomos orientados a dormir nessa pousada porque existem grandes poças de água na estrada os quais pode impossibilitar a passagem da celestina. Um motorista de van disse que não passarei, tendo em vista que a água bate no farol do carro. Mas um venezuelano que passou de carro e um bêbado, dizem que da para passar. De forma que por volta das 16 hs já estávamos escolhendo o local para armar a barraca ao lado da pousada. Tentamos comer um prato de arroz e peixe mas não desceu. Até o peixe sobr4ou no prato.

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Apesar da baixa velocidade ainda conseguimos andar 185 km no ida.

Renan Xavier
05-01-12, 09:56
30/12/2011 - sexta-feira - 252o. dia - Floresta Amazonica da Guiana

A expectativa em relação às poças d'água era grande. A quantidade, tamanho e dificuldade em passá-las mudava de acordo com o otimismo do informante. A quantidade variava de 5 a 10 e a profundidade de 20 com até um metro.

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Por volta das 9 hs chegamos nas 3 primeiras; uma seguida da outra. Como a estrada é pouco movimentada, nem esperei por um carro. Peguei um pedaço de madeira e me meti dentro d'água e fui medindo o local mais baixo. Depois de terminar de escolher os pontos onde enfrentaria cada um aparece um caminhão no mesmo sentido que o meu. Então o cara resolveu a me ajudar. Ele passava um lago e eu via o lado mais raso e passava. Ele fez isso pacienciosamente nos três. Agradeci dando adeus para os dois homens, quando um dos homens que falava português disse: “ainda têm umas 5 para frente! Venha atrás de nós”. O motorista foi muito paciencioso. Como a Edivania passava a pé, demorávamos muito e ele esperava. Foi assim até passar o último; acho que o décimo. Alguns das poças a água cobriu o motor.

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Numa dessas passagens a Edivânia caiu de cheio no meio do barro, molhando a filmadora. Por isso, a partir dessa queda não temos filmagens das passagens.

Numa das fotos a Edivânia mostra a marca onde a água bateu em uma das travessias.

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Hoje foi o dia todo pilotando no meio da floresta. A Floresta diminui de altura e de densidade a uns 60 km aproximando da cidade mas a gente nem percebe quando chega ao povoamento. Chegamos na cidade de Linden por volta das 19 hs. Foram 444 km de estrada de terra desde que entramos na Guiana. Nesse trecho haviam apenas uns 3 pontos com casas e um garimpo, o restante mato denso.

Linden já está em festa pela passagem de ano. Muito barulho e transito intenso nas ruas estreitas. O hotel é de madeira e tem uma padaria em baixo. Por isso, até o momento o ar condicionado não solicionou o problema. Lá na rua está mais fresco que dentro do quarto. Linden é uma vila bem pobre. Deve ter uns 8 mil habitantes e uma grande usina de processamento de minério. Acho que é de bauxita; o cara disse em Inglês, mas não entendi. O inglês daqui, não entendo uma única palavra. Só converso através da escrita. Até para brigar com a recepcionista do hotel por causa de um Coffebrack foi na escrita. Os donos do hotel tem uma super padaria e não queria me dar o café da manhã. Acabei ganhando.

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Renan Xavier
05-01-12, 10:05
31/12/2011 - Sábado - 253o. dia - Linden - Georgetown

Ontem a noite, quando fui cumprir minhas obrigações conjugais ocorreu-me uma coisa interessante e preocupante: tive câimbras. Primeiro foi o pé esquerdo em seguida nas duas pernas simultaneamente; com dor intensa. Minha mulher pensou que eu estava tendo uma parada cardíaca. Depois acordei duas vezes a noite com câimbras no pé esquerdo; o pé que trabalha na mudança de marcha.

Mas também foi um desgaste físico violento. Para percorrer os 444 km de terra gastei dois dias completos e o pedaço de outro. Nesse período comemos muito pouco. Não almoçamos nenhuma vez e quando fomos comer um prato com arroz e peixe, na pousada na balsa, o estômago não aceitou. A sorte é que sempre temos leite, chocolate e bolacha na bagagem. Também demos sorte que em ambos os locais onde dormimos tinha local para tomar banho e o sono foi tranquilo.

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Sem contar o tombo. Geralmente eu parava quando outro carro aproximava para cruzar, porém, num local onde a estrada era mais larga, achei que já estava craque na terra e não parei. Quando joguei mais para a esquerda (mão inglesa) o pneu pegou um banco de areia e me atirou para o meio do caminhão; para evitar ser pisado pelas rodas traseiras, joguei de volta e o resultado foi a queda. A sorte foi que a areia amorteceu o peso da Celestina e a bota salvou-me de uma queimadura. O resultado foi somente uma torção do tornozelo, cuja dor passou logo. Mas o susto deve ter retirado muitas energias do meu frágil físico.

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Estranhei um país tão pequeno existir uma extensão tão grade sem povoamento. Mas deu para notar que a floresta é fixada em cima de uma areia branca. Acho que se retirar a floresta o chão vira deserto, por isso a falta de ocupação da região. Mas num dos pontos de parada tem uma grande madeireira com uma quantidade enorme de toras espalhadas para todo lado.
Sempre tiro fotos dos cemitérios exóticos. Eis uma.

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Acostumar a dirigir do lado esquerdo da pista, não dá, pois a minha coordenação motora é lenta para adaptar. Na estrada de terra, quando quase não encontrava carros de frente, certa vez eu procurava pontos de estrada de um lado e outro, quando, de repente, aparece um carro. Minha primeira reação foi jogar para a direita, sendo que o correto era para a esquerda. Felizmente estávamos, ambos, em baixíssima velocidade.

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Acostumar com o motorista do lado direito do carro é pior ainda. Toda vez que vou procurar informação com um taxi penso que o carro está sem motorista. O motorista conversa comigo e eu penso que é passageiro.