motophilia
12-02-20, 23:40
Durante a moto viagem pelo nordeste do Brasil que fiz com minha companheira em Janeiro deste ano entrei em contato com muitos motociclistas. E, eles me convidaram para participar de alguns grupos de Whatsapp. Em algum dos grupos eu fiquei sabendo da realização de uma moto viagem inusitada pontuando todos os municípios do estado de São Paulo banhados pelo Rio Tietê. Em tempo, ainda mais inusitado foi o nome da moto viagem ou moto expedição e a “entidade” que impetrou tal tarefa, a saber: Nascente Fazedor de Chuva, dos Fazedores de Chuva. Fiquei intrigado e fui conhecer um pouco sobre o que vem a serem Fazedores de Chuva. Realizei uma breve e introdutória pesquisa e me encantei. Encantado e apaixonado pela ideia e ideal deste coletivo de moto aventureiros decidi me voluntariar a participar e a realizar um dos desafios propostos. Identifiquei num primeiro momento que o desafio do Valente Fazedor de Chuva me contempla. Ainda não consigo determinar exatamente como este desafio vem a dialogar com as minhas pretensões enquanto motociclista estradeiro, se assim posso me denominar. Mas, não creio que seja uma falsa denominação. Neste ano de 2020, completei 45 anos de idade. Iniciei no motociclismo no primeiro trimestre de 2017, quando decidi comprar uma motoca (Suzuki Yes 125cc 2011) e fazer Auto Escola (somente categoria A, rsrs!), eu nunca havia pilotado uma motocicleta e tão pouco, conduzido um automóvel. Fiz o máximo de aulas teóricas e depois as práticas que me permitiram. E, em Julho daquele ano (2017) eu estava recebendo minha CNH. Aproximadamente, seis meses depois de estar habilitado, em Fevereiro de 2018, minha companheira (esposa: Carolina) e eu realizamos nossa primeira Moto Viagem: Niterói/RJ para Recife/PE, numa Honda XR 250 Tornado, ano 2001. Depois desta experiência apreendi outro sentido na minha vida, outra ressignificação para minha relação com este mundo e minhas possíveis intervenções. Ainda no ano de 2018, fiz alguns breves passeios por algumas cidades do estado do Rio de Janeiro e uma viagem para Rio Novo do Sul/ES, sempre com minha companheira, Carolina. Desta vez, estávamos sob uma Yamaha XT 600e (2001). A pulsão de vida me direciona a seguir em frente sob as duas rodas, e em Janeiro de 2019, Carolina e eu, e novamente uma Honda XR 250 Tornado (2006), tentamos realizar a chegada ao KM 0 da BR 101. Mas, intempéries sobre vários aspectos, nos fizeram ponderar e adiar a continuidade da odisseia e quando chegamos em Recife, decidimos retornar ao Rio de Janeiro. Neste ano de 2020 que se inicia, objetivamos ir até Carolina/MA, percorremos boa parte da BR 101 e outras rodovias ao longo da costa do nordeste, nos aventuramos pela BR 230 na região nordestina. Todavia, tivemos que retornar a viagem, quase na divisa entre o Piauí e o Maranhão. A liberdade condicional impetrada pelo capital (dinheiro) aliada, talvez, a minha diminuta visão de mundo nos fizeram retornar. Mas, foi bom atravessar parte considerável do agreste do Piauí, conheci ainda mais pessoas incríveis e outras pessoas não tão incríveis assim. Porém, nós seres humanos, dotados de uma racionalidade ímpar, e uma complexidade em suas paixões, tão grandes e complexas quanto as suas ações medíocres. Já foi dito: Humano demasiado Humano. Viagem fantástica, me apresentei a BR 116 na Bahia e estivemos juntos até chegarmos ao Grande Rio (RJ). Fragmentos desta moto viagem se descortinam todos os dias, em sonhos, em vigília, em metáforas e em poesia (mesmo que dura e concreta).
Num exercício de contínua curiosidade para tentar entender este fascínio que instaura entre eu, a moto e as estradas (e também as pessoas e suas visões de mundo – motociclistas ou não), sou compelido a seguir em frente, passando por ladeiras e curvas. Sol, chuva e vento. Terra e asfalto. Seguindo em frente. Enquanto ao desafio que me proponho, Valente Fazedor de Chuva Rio de Janeiro iniciarei pela região noroeste. Supostamente, durante a dionisíaca festa brasileira, também conhecida como Carnaval (rs). Suponho que este desafio descortinará bem mais do que quilometragens, paisagens, pessoas. Descortinará meus desafios ocultos em mim, talvez meus devaneios ou minhas utopias.
Para todas e todos... Cuidados e Bons Ventos!
Num exercício de contínua curiosidade para tentar entender este fascínio que instaura entre eu, a moto e as estradas (e também as pessoas e suas visões de mundo – motociclistas ou não), sou compelido a seguir em frente, passando por ladeiras e curvas. Sol, chuva e vento. Terra e asfalto. Seguindo em frente. Enquanto ao desafio que me proponho, Valente Fazedor de Chuva Rio de Janeiro iniciarei pela região noroeste. Supostamente, durante a dionisíaca festa brasileira, também conhecida como Carnaval (rs). Suponho que este desafio descortinará bem mais do que quilometragens, paisagens, pessoas. Descortinará meus desafios ocultos em mim, talvez meus devaneios ou minhas utopias.
Para todas e todos... Cuidados e Bons Ventos!