karine
29-04-13, 23:37
Cuba sempre esteve em minha lista de países a visitar. Porém, assim como os outros, parecia muito distante. Mas dessa vez parece que o destino resolveu me ajudar nessa importante “missão”. Uma aula de pós-graduação foi o motivo que me levou a deixar tudo para trás e partir para esse país exótico, desconhecido e cheio de personalidade.
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“A primeira coisa que você precisa saber sobre Cuba é que você não sabe nada sobre Cuba”. Essa frase do Primeiro Ministro da Embaixada Brasileira em Cuba, Alexandre Peña Ghisleni, não poderia ser mais propícia.
Sim, os carros antigos existem. A maioria que circula pelas ruas é da década de 50, dos Estados Unidos. Sim, a população reforça o discurso antiamericano em qualquer conversa casual, em restaurantes e em aulas na Universidade. Sim, a mídia é estatal e também reacende a chama contra o país norteamericano.
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Sim, os outdoors na rua não são de publicidade de produtos, mas de ideais. Neles estão estampadas palavras de incentivo à revolução (que aconteceu em Cuba em 1959), ao socialismo e aos líderes, como Fidel (chamado de Comandante F, sempre com ares de admiração), Chávez e, o mais presente nas lembrancinhas vendidas a cada esquina, Che Guevara. Sim, também há os melhores charutos e drinques feitos de rum.
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Mas o que falar do povo alegre e receptivo? Não posso negar que eles tentar tirar proveito dos turistas. Mas vemos o mesmo no Brasil, não é mesmo? Lá a situação é ainda pior, porque há duas moedas distintas: peso cubano e CUC. Um CUC equivale a cerca de 24 pesos cubanos. A população cubana recebe seus salários em pesos cubanos, mas restaurantes, hotéis e atrações turísticas são comercializados a CUCs. Isso resulta em desigualdade.
Segundo Ghisleni, o sonho de um juiz em Cuba é ser garçom de hotel, já que ali se ganha muita gorjeta em CUCs (um CUC equivale a um dólar). Sendo que um médico, por exemplo, recebe o equivalente a 40 CUCs mensais. Já um motorista de cocotaxi (taxi típico em Havana) ganha 128 CUCs, pois recebe nesta moeda para transportar turistas.
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E Cuba guarda outras particularidades. É um dos únicos países latinoamericanos que não têm maioria católica. A religião predominante no país é a santería, uma versão do candomblé. A indústria mais lucrativa no país é a de serviços médicos, sendo um verdadeiro exportador de profissionais da saúde, seguida pelo turismo, produção de níquel e remessas.
Cuba é um país que possui 24 autopistas (rodovias), 15 províncias (estados), 12 milhões de habitantes e 4 mil ilhas. O país fica a apenas 170 km dos Estados Unidos, porém os habitantes de ambos países não podem pegar vôos diretos e diários entre os territórios. Tem que fazer escala para então desembarcar. Graças a um acordo, os EUA emitem 20 mil vistos anualmente para cubanos.
Mais algumas curiosidades:
Segundo o guia que nos acompanhou, Fidel já sofreu mais de 600 atentados. Por isso, ninguém revela o lugar exato de sua moradia.
Até os anos 1977, não havia nenhuma relação entre EUA e Cuba. Atualmente, existe uma “Oficina de Interesses” com uma grande sede em Havana, que cumpre todas as tarefas básicas de uma Embaixada.
As aulas na Universidade só vão até as 18h30 para economizar a escassa energia do país.
Todos cubanos recebem mensalmente uma quantia determinada de comida (arroz, feijão, frango, produtos de higiene e etc) por valores irrisórios. Segundo nosso guia, a ração mensal dura uns 15 dias. Após esse período, eles podem comprar comida em mercados que ficam fora da cidade, porém custam muito mais.
Quando houve a revolução, no ano de 1959, os cubanos pagaram 1% do valor dos imóveis para comprá-los.
Todos cubanos têm moradia, comida, saúde e estudos pagos pelo governo.
As estátuas dos heróis cubanos que estão apontando para o mar são de estrangeiros que lutaram pela revolução. Os que estão voltados para o país, são cubanos de nascença.
Cada quadra possui um delegado do Poder Popular que leva as reclamações da população ao governo municipal.
E o mais impressionante de tudo, os cubanos parecem nascer com a salsa presente no DNA. Impossível não parar para observar os movimentos harmônicos que surgem naturalmente ao ritmo da música.
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Enfim, Cuba vale uma visita. Quer dizer, uma não...duas, três, quatro...
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“A primeira coisa que você precisa saber sobre Cuba é que você não sabe nada sobre Cuba”. Essa frase do Primeiro Ministro da Embaixada Brasileira em Cuba, Alexandre Peña Ghisleni, não poderia ser mais propícia.
Sim, os carros antigos existem. A maioria que circula pelas ruas é da década de 50, dos Estados Unidos. Sim, a população reforça o discurso antiamericano em qualquer conversa casual, em restaurantes e em aulas na Universidade. Sim, a mídia é estatal e também reacende a chama contra o país norteamericano.
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Sim, os outdoors na rua não são de publicidade de produtos, mas de ideais. Neles estão estampadas palavras de incentivo à revolução (que aconteceu em Cuba em 1959), ao socialismo e aos líderes, como Fidel (chamado de Comandante F, sempre com ares de admiração), Chávez e, o mais presente nas lembrancinhas vendidas a cada esquina, Che Guevara. Sim, também há os melhores charutos e drinques feitos de rum.
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Mas o que falar do povo alegre e receptivo? Não posso negar que eles tentar tirar proveito dos turistas. Mas vemos o mesmo no Brasil, não é mesmo? Lá a situação é ainda pior, porque há duas moedas distintas: peso cubano e CUC. Um CUC equivale a cerca de 24 pesos cubanos. A população cubana recebe seus salários em pesos cubanos, mas restaurantes, hotéis e atrações turísticas são comercializados a CUCs. Isso resulta em desigualdade.
Segundo Ghisleni, o sonho de um juiz em Cuba é ser garçom de hotel, já que ali se ganha muita gorjeta em CUCs (um CUC equivale a um dólar). Sendo que um médico, por exemplo, recebe o equivalente a 40 CUCs mensais. Já um motorista de cocotaxi (taxi típico em Havana) ganha 128 CUCs, pois recebe nesta moeda para transportar turistas.
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E Cuba guarda outras particularidades. É um dos únicos países latinoamericanos que não têm maioria católica. A religião predominante no país é a santería, uma versão do candomblé. A indústria mais lucrativa no país é a de serviços médicos, sendo um verdadeiro exportador de profissionais da saúde, seguida pelo turismo, produção de níquel e remessas.
Cuba é um país que possui 24 autopistas (rodovias), 15 províncias (estados), 12 milhões de habitantes e 4 mil ilhas. O país fica a apenas 170 km dos Estados Unidos, porém os habitantes de ambos países não podem pegar vôos diretos e diários entre os territórios. Tem que fazer escala para então desembarcar. Graças a um acordo, os EUA emitem 20 mil vistos anualmente para cubanos.
Mais algumas curiosidades:
Segundo o guia que nos acompanhou, Fidel já sofreu mais de 600 atentados. Por isso, ninguém revela o lugar exato de sua moradia.
Até os anos 1977, não havia nenhuma relação entre EUA e Cuba. Atualmente, existe uma “Oficina de Interesses” com uma grande sede em Havana, que cumpre todas as tarefas básicas de uma Embaixada.
As aulas na Universidade só vão até as 18h30 para economizar a escassa energia do país.
Todos cubanos recebem mensalmente uma quantia determinada de comida (arroz, feijão, frango, produtos de higiene e etc) por valores irrisórios. Segundo nosso guia, a ração mensal dura uns 15 dias. Após esse período, eles podem comprar comida em mercados que ficam fora da cidade, porém custam muito mais.
Quando houve a revolução, no ano de 1959, os cubanos pagaram 1% do valor dos imóveis para comprá-los.
Todos cubanos têm moradia, comida, saúde e estudos pagos pelo governo.
As estátuas dos heróis cubanos que estão apontando para o mar são de estrangeiros que lutaram pela revolução. Os que estão voltados para o país, são cubanos de nascença.
Cada quadra possui um delegado do Poder Popular que leva as reclamações da população ao governo municipal.
E o mais impressionante de tudo, os cubanos parecem nascer com a salsa presente no DNA. Impossível não parar para observar os movimentos harmônicos que surgem naturalmente ao ritmo da música.
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Enfim, Cuba vale uma visita. Quer dizer, uma não...duas, três, quatro...