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Ver Versão Completa : VFC Rio de Janeiro



apvianna
29-12-12, 08:34
Salve!

Meu nome é Alexandre Vianna, analista de sistemas, membro do Bandanas Moto Clube, de Mangaratiba-RJ, natural do eetado do Rio Grande do Norte, mas tendo vivido no Rio de Janeiro/capital desde criança. Sou um apaixonado pelo Rio de Janeiro e já visitei quase todos os municípios de meu estado. Tomei conhecimento dos Fazedores de Chuva há algumas semanas e, imediatamente, me imbuí da intenção de completar o desafio Valente Fazedor de Chuva.

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O Estado em que vivo é dividido em 12 regiões. Pretendo completar o desafio em 12 viagens. Alguns serão bate e volta e outros terão que ser feitos em dois ou três dias, diante das dificuldades das regiões.

A idéia é completar o desafio até final do terceiro trimestre de 2013, pois somente posso viajar nos finais de semana.

Um grupo de amigos, no Moto Grupo União de Amigos e mais alguns sem clube toparam participar do desafio junto comigo e, em breve, deverão fazer suas postagens aqui também.

Motoabraço!

Que todos tenham um 2013 fantástico!

[ ]s,

Alexandre Vianna

Dolor
29-12-12, 10:45
FC Alexandre, um privilégio para todos te ter na estrada com duas ótimas opções, conforme diz a regra do desafio Valente Fazedor de Chuva: ...o estado onde nasceu, onde vive ou...bem..., poder escolher entre dois Rios, é privilégio para poucos.

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Foto de Xavier Laurent em Corações Aventureiros

Como a opção foi pelo de Janeiro, te parabenizamos e ficamos na contagem regressiva para percorrermos este estado cheio de contrastes, entre ser um dos menores, em extensão, e um dos maiores, em população, entre estar a beira do mar e quase no mesmo instante subir literalmente a serra, se dividir entre duas fortes indústrias, a de turismo e a de manufatura, e além de tudo, influenciar todo o país, quiçá o mundo, com a sua forte cultura.

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Muita coisa para ver, sentir e viver nos seus 92 municípios, cheios de diferenças, magias e por vezes, assombros.

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Foto de Xavier Laurent em Corações Aventureiros

Será uma maratona de gigantes, onde os milhares de quilômetros percorridos serão transformados em novas amizades, reforço das antigas, descobertas, mas seguramente, o norte que darás para o teu tempo livre te transformará numa pessoa melhor do que já és.

Uma alegria para os FC poderem embarcar na tua garupa!

Feliz Ano Novo Fazedor de Chuva!

roquewj
29-12-12, 17:54
Boa sorte, Alexandre, que Deus o proteja nesta empreitada. O Rio de Janeiro foi uma das minhas opções, já que morei no Estado do Rio de Janeiro por mais de 35 anos. Ainda pretendo fazê-lo. Porisso acompanharei seus relatos por aqui.

apvianna
29-12-12, 19:59
Salve Dolor e Roque!

Muito obrigado pelas palavras de incentivo.

De fato o Rio de Janeiro é um estado lindo com geografia bem peculiar, sendo, como você disse Dolor, espremido entre o mar e a montanha, nos presentando com lindas vistas e estradas bem sinuosas. Longos retões são raros por aqui. As estradas cariocas, bem como "as cariocas" são bem sinuosas... ;-)

Vocês podem me achar em https://www.facebook.com/apvianna . Tenho muitas fotos de meus passeis pelo Rio de Janeiro,

Motoabraço!

[ ]s,

Alexandre

apvianna
15-01-13, 17:09
Salve Fazedores de Chuva!

A jornada começou!!!

Devia ter começado no dia 06/01/2013, mas problemas de ordem pessoal impediram que isso acontecesse. Mas o dia 13/01/2013 chegou e, depois de várias chuvas fortes, que causaram muitos danos em nosso Estado, eu e meus amigos do Motogrupo União de Amigos e do Moto Clube Os Caras Leões finalmente conseguimos dar início ao projeto Valente Fazedor de Chuva 2013.

Comecei a planejar isso como uma jornada solitária. Comentei com dois amigos, que mostraram interesse e então levei isso aos amigos com quem mais rodo pelas estradas do Rio de Janeiro e para minha surpresa 1e deles compraram a idéia.

Ontem Falei com o Dolor, que por sua vez se mostrou animado com a idéia de um grupo completar o desafio. Pois bem. Passarei a relatar aqui não só a minha experiência, mas também a de meus amigos, a saber:


Alessandro Moraes (http://on.fb.me/Y7rfdC) - União de Amigos
Alex França (http://on.fb.me/VYjXpr) - Hangaround Bandanas Motoclube
Alexandre Vianna (http://http://on.fb.me/X1VnjK) - Bandanas Motoclube
Angelina C. Alves (http://on.fb.me/VHYJN5) - União de Amigos
Custódio Júnior (http://on.fb.me/13zmeux) - União de Amigos
David e Marlene (http://on.fb.me/W8si7x) - união de Amigos
Elielde Alves (http://on.fb.me/Y7rG7C) - União de Amigos
Filipe C (http://on.fb.me/XB1BtE)
Lourdes Freitas (http://on.fb.me/VfHjpQ) - União de Amigos
Márcio Mendes (http://on.fb.me/RXIBWM) - Os Caras Leões
Milton Freitas (http://on.fb.me/VfHjpQ) - União de Amigos
Richard Metri (https://www.facebook.com/richard.metri) - União de Amigos
Valter Oliveira (https://www.facebook.com/valter.torresdeoliveira) - União de Amigos
Walter Ricardo (http://on.fb.me/W3E1og) - União de Amigos

Como eu comecei o planejamento o pessoal meio que deixou na minha mão decidir por onde começar. Comecei por uma região pela qual estamos todos acostumados a rodar para evitar muitas supresas, mas ainda assim elas aconteceram, como relatarei mais tarde. Essa é a região turística do Rio conhecida como Caminhos Coloniais.

A região dos caminhos coloniais agrega seis munícipios carregados de história da época do Brasil colonial, com várias Igrejas, casarões e fazendas construídas naquele período de nossa história. Essa região hoje é voltada para o eco turismo e para o turismo sustentável. É uma região montanhosa, cortada três rodovias federais e por vários rios. Essa é uma região que costuma sofrer muito quando chuvas fortes acontecem. Ainda está na memória de todos a tragédia de São José do Rio Preto em janeiro de 2010. Nas chuvas do início deste ano várias pessoas perderam suas vidas em desabamentos em Sapucaia e houve desabrigados por toda a região.

Região carregada de história e habitada por gente trabalhadora e sofrida. Vê-se claramente que essa região carece de recursos e cuidados.


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Eu gostaria de ter feito uma rota mais circular, evitando ao máximo passar pelas rodovias da região por mais de uma vez, mas como não consegui obter informações sobre o estado das mesmas e como iríamos em um grupo maior, optei por uma rota que nos mantivesse o máximo de tempo possível em rodovias federais, que normalmente são mais bem cuidadas. Essa era a rota incialmente prevista:


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Aqui no Rio de Janeiro temos alguns pontos de encontro conhecidos e usados pela maioria dos clubes. O posto BR Mania Bracarense é um dos mais conhecidos e utilizados por ficar próximo das principais rotas de entrada e saída da cidade. Este foi o nosso ponto de partida.


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Em pé: Alexandre Vianna (http://http://on.fb.me/X1VnjK), Valter Oliveira (http://on.fb.me/11x7rB5), Milton Freitas (http://on.fb.me/VfHjpQ), Walter Ricardo (http://on.fb.me/W3E1og), Richard Metri (http://on.fb.me/XB5Khj) e Márcio Mendes (http://on.fb.me/RXIBWM)
Agachadas: Angelina C. Alves (http://on.fb.me/VHYJN5), Lourdes Freitas (http://on.fb.me/VfHjpQ) e Elielde Alves (http://on.fb.me/Y7rG7C)
Foto: Alexandre Vianna

Participaram desta etapa do desafio:


Alexandre Vianna (http://http://on.fb.me/X1VnjK) - Bandanas Motoclube
Angelina C. Alves (http://on.fb.me/VHYJN5) - União de Amigos
Elielde Alves (http://on.fb.me/Y7rG7C) - União de Amigos
Lourdes Freitas (http://on.fb.me/VfHjpQ) - União de Amigos
Márcio Mendes (http://on.fb.me/RXIBWM) - Os Caras Leões
Milton Freitas (http://on.fb.me/VfHjpQ) - União de Amigos
Richard Metri (http://on.fb.me/XB5Khj) - União de Amigos
Valter Oliveira (http://on.fb.me/11x7rB5) - União de Amigos
Walter Ricardo (http://on.fb.me/W3E1og) - União de Amigos

A cidade escolhida como primeira da rota foi Paraíba do Sul, a cerca de 140 Km de distância. Então decidimos por dar uma parada na famosa Casa do Alemão no alto da subida para Petrópolis (http://goo.gl/maps/ZXxgY), que fica a, aproximadamente, 60 Km do Bracarense, para o famoso trinômio café x Torrada Petrópolis x pausa pro xixi :-)

Saímos do Bracarense por volta das 8 horas da manhã. O trecho foi feito sem problemas e seguimos uma característica do grupo União de Amigos, que é a de rodarmos juntos, mas sem uma formação de comboio tradicional. No final sempre dá certo. Chegamos à Casa do Alemão por volta das 8:40 e ficamos lá por volta de meia hora.


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Turma aguardando a chegada do café e das torradas petrópolis
Foto: Walter Ricardo

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Walter Ricardo, nosso modelo internacional :p posando junto à Silvinha, a Dragstar mais bem disposta da cidade. :D
Foto: Walter Ricardo

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Eu doido pra pegar a estrada, com Walter Ricardo ao meu lado, e esperando o pessoal terminar de pagar a conta e retomar o trajeto.
Foto: Walter Ricardo

Partimos para o segundo trecho do caminho para Paraíba do Sul. Passamos bem perto da entrada para Três Rios e depois percebi que a decisão mais acertada seria parar primeiro em Três Rios e então seguir para Paraíba do Sul. Gosto muito da BR-393 e não gosto do excesso de quebra-molas de Três Rios, mas como já estava mentalmente focado em seguir pela BR-393 e ir direto para Paraíba do Sul, me mantive no plano. Chegando em Paraíba do Sul nos deparamos com o belo portal da cidade, localizado na Praça Rainha das Águas, onde decidi parar com o grupo e tirar algumas fotos. Afinal de contas, Não vi letreiro com o nome da cidade nas imagens de street view da prefeitura,


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Turma toda em frente ao portal da cidade de Paraíba do Sul. Como se pode ver, esqueci o tripé, logo a foto ficou meio torta... C'est la vie...
Foto: Alexandre Vianna

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Walter Ricardo e sua esposa, Elielde Alves, posando em frente ao portal de Paraíba do Sul
Foto: Walter Ricardo

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Valter Oliveira e sua esposa, Angelina C. Alves, posando em frente ao portal de Paraíba do Sul. Um cara muito simpático aparece ao fundo como papagaio de pirata. :rolleyes:
Foto: Walter Ricardo

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Valter pensou que a estátua da Rainha das Águas era um manequinho... :)
Foto: Angelina C. Alves


Muito fácil localizar a prefeitura da cidade. Após passar pelo portal, basta seguir em frente pela avenida principal. Na segunda praça vire à esquerda e continue em frente. Após passar por uma estreita passagem sob a linha férrea é so continuar por mais umas duas quadras e chegamos à prefeitura. Um edifício muito bonito e antigo, carecendo de cuidados e apenas com um letreiro no jardim contendo as iniciais de Prefeitura Municipal de Paraíba do Sul.


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Fachada da Prefeitura Municipal de Paraíba do Sul, com as seis motos em frente a ela. Dragstar XVS 650 (Alexandre Vianna), Fazer 250 (Walter Ricardo), XRE300 (Valter Oliveira), XJ6 (Márcio Mendes), BMW GS650 (Milton Freitas), Kasinski Comet 250 (Richard Metri)
Foto: Alexandre Vianna

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Foto do grupo, propositadamente descentralizada, para que aparecesse o letreito com as iniciais de Prefeitura Municipal de Paraíba do Sul.
Foto: Alexandre Vianna

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Pedimos a uma local que passava para tirar uma foto de todo o grupo com minha máquina.
Foto: Alexandre Vianna

Continua na parte 2...

apvianna
15-01-13, 20:44
... Continuação

Saímos de Paraíba do Sul, com direção à Três Rios, que fica a cerca de 12 km voltando pela BR-393, por volta das 10:30. Na saída da cidade a moto do Milton deu morreu e não queria religar. Após uns cinco ou dez minutos ela ligou e retomamos o caminho. Quinze a vinte minutos depois chegamos a Três Rios. As vias da cidade são estreitas, mas as vias próximas ao Rio Paraíba e as pontes sobre ele são muito bonitas e bem cuidadas. O trânsito é meio terra de ninguém, mas os locais foram muito simpáticos e solicitos em indicar o caminho para a prefeitura.


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Em frente a prefeitura de Três Rios. Quase todos aparecem na foto. A Lourdes Freitas foi quem bateu usando a minha máquina. :)
Foto: Alexandre Vianna

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Em frente a prefeitura de Três Rios. Dessa vez quem ficou de fora da foto fui eu. Olha a Lourdes lá ao lado do Miltão Spock. :)
Foto: Alexandre Vianna

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Os seis pilotos e suas motos estacionadas em frente à prefeitura. Lourdes papagaiando ao fundo. Lol! Da pra ter uma visão da bela Praça São Sebastião.
Foto: Alexandre Vianna

Após tirarmos várias fotos em frente à praça, a turma resolver dar uma parada para hidratar e fazer um lanche. Levamos cerca de 40 minutos na praça principal da cidade tirando fotos e mais fotos e sendo abordados por alguns locais, que falavam sobre eventos de motociclismo que acontecem na cidade, perguntado onde seria o evento daquele dia :-) .


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Foto panorâmica da fachada da prefeitura de Três Rios
Foto: Alexandre Vianna

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Foto panorâmica da bela Praça São Sebastião em frente à prefeitura de Três Rios
Foto: Alexandre Vianna

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Dia 13/01/2013 e ainda havia enfeites de Natal na Praça São Sebastião...
Foto: Márcio Mendes

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Igreja de São Sebastião ao fundo...
Foto: Márcio Mendes

A nota triste foi que resolvemos seguir a dica de um local, que nos indicou "o melhor" caminho para a próxima cidade da rota, Comendador Levy Gasparian, ao invés de seguir o plano original, que nos faria atravessar toda a a cidade novamente, para pegar a bela Estrada União e Indústria, nos colocou indo para o outro lado da cidade, rumo à BR-040, passando por uma região mais pobre da cidade e com ruas muito menos cuidadas, com buracos e que ainda aumentou o trajeto em mais uns 10Km. Resumindo: não acredite no minhoca da terra que diz que tem um caminha "mais melhó de bão"! É fria! lol!

Esse foi o primeiro mico do passeio.

Chegando a Comendador Levy Gasparian fizemos a primera parada para reabastecimento e perguntamos os frentistas o caminho para a prefeitura. Ele disse que era só seguir em frente e era pertinho. Que era só seguir em frente era verdade. O problema era o pertinho... Rofl! O pertinho deu uns 10km, amigos. Com um monte de quebra-molas no caminho. A prefeitura local e a câmara municipal ficam em um mesmo conjunto de prédios, com um galpão de estacionamento entre eles. Diga-se de passagem, feios e mal cuidados. Mas percebe-se que entre os seis municípios que visitamos, é o mais pobre. Mas como sempre, os locais com quem interagimos foram bem simpáticos. A prefeitura em si não tem qualquer letreiro, mas a câmara municipal tem e tiramos nossas fotos de registro em frente à ela.


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Abastecendo em Comendador Levy Gasparian, quando uma abelha resolveu cometer suicídio entrando no tanque da moto do Richard Metri.
Foto: Márcio Mendes

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Milton Freitas, Lourdes Freitas, Márcio Mendes, Angelina C. Alves, Walter Oliveira, Elielde Alves, Richard Metri e Valter Oliveira em frente à Câmara Municipal de Comendador Levy Gasparian.
Foto: Márcio Mendes

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Eu em frente à Câmara Municipal de Comendador Levy Gasparian.
Foto: Alexandre Vianna

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Todo o grupo, exceto por esse que vos escreve, em frente ao complexo que mostra a Câmara Municipal de Comendador Levy Gasparian, seguido da garagem e do prédio da prefeitura, que não tem qualquer indicação de ser uma prefeitura.
Foto: Alexandre Vianna

Esse foi um momento de impasse. Passava do meio dia e, para os que não lancharam em Três Rios a fome começava a apertar. Então depois de uma votação no grupo, muito influenciada pelo fato de que não vimos nenhum local interessante para almoçar ao redor, resolvemos seguir para almoçar em Sapucaia.

Pé na estrada novamente para percorrer mais 50km, via BR-040 e BR-393. Sou suspeito para falar, pois adoro as duas estradas, principalmente o trecho de mananciais da BR-393, que passa pelo vale do Paraíba do Sul. Bom de pilotar ali...

Chegamos à Sapucaia. Não era a minha primeira vez por lá, mas sempre que chego por lá, me aborreço com a mesma coisa. A cidade fica ao redor da rodovia. Acredito que com o objetivo de evitar acidentes a rodovia, em seu trecho urbano, é toda em parelelepípedo. E com quebra-molas!!! E super estreita!!!!!! E como muitos caminhoneiros fogem do pedágio caríssimo da BR-116, passando pela BR-393 para pegar a BR-040, que tem pedágio bem mais em conta, fica um engarrafamento de carretas pelo centro da cidade. Confesso que em dado momento me irritei tanto com o engarrafamento que cheguei a tomar uma decisão errada numa ultrapassagem. Mais um pouco e poderia ter sofrido um acidente. Paciência é algo que nunca pode faltar a um motociclista.

Desabafo feito, no caminho até a prefeitura vimos uma Igreja bem bonita e várias casas com arquitetura da época do Brasil colônia, mas não paramos devido ao atraso que já tínhamos no roteiro. Chegamos à prefeitura. Mais uma daquelas sem letreiros que facilitem nossa vida. Prédio antigo, estilo colonial e mais uma que carece de cuidados. Um prédio bonito, em frente à uma praça típica de interior. Tiramos fotos de praxe em frente à prefeitura e depois descobrimos um prédio da secretaria de saúde ao lado. Foto lá pra registro. ;-)


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Prefeitura de Sapucaia.
Foto: Márcio Mendes

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Prefeitura de Sapucaia. As seis motos estacionadas em frente a ela. Elielde Alves, Walter Ricardo, Valter Oliveira, Lourdes Freitas, Milton Freitas e Márcio Mendes, conversando e guardando as jaquetas, pois o calor estava de matar.
Foto: Alexandre Vianna

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Elielde Alves, Richard Metri, Milton Freitas, Márcio Mendes, Angelina C. Alves, Alexandre Vianna e Lourdes Freitas em frente à Prefeitura de Sapucaia.
Foto: Alexandre Vianna

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Elielde Alves e o modelo internacional Walter Ricardo em frente à Prefeitura de Sapucaia.
Foto: Walter Ricardo

Continua na Parte 3...

apvianna
15-01-13, 21:14
Continuação da parte 2...

Descobrimos uma sorveteria com sorvetes de fabricação própria com um ótimo sorvete ao preço módico de 2 reais. Nem precisa dizer que a turma se fartou de tanto tomar sorvete, né? Isso acabou alongando a parada, mas foi por motivo justo, uma vez que o calor estava infernal. As atentendentes Patrícia e Cristina foram simpaticíssimas e falaram de um problema crônico na cidade. Falta de homens... lol! Então turma solteira, bom lugar para se estabelecer se estiverem "a procura". lol!


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Lourdes e Milton Freitas,Alexandre Vianna,Richard Metri e Elielde Alves atormentando a simpática Cristina por sorvetes, na Sorveteria Branca de Neve
Foto: Walter Ricardo

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E tome sorvete... lol!
Foto: Márcio Mendes

As meninas da sorveteria nos deram algumas dicas de locais para almoçar, mas optamos em ir à uma churrascaria que fica a cerca de três quilômetros dali em um posto de gasolina BR. Churrascaria do Gaúcho. Nome inusitado, não? Diferente... Lol! Por 16 reais você pode comer um churrasco honesto, sem muita variedade, mas com a carne macia e gostosa. Buffet simples, mas com comida saborosa. No final das contas ficou tudo muito bem e todos muitos satisfeitos. Tanto que nosso amigo Richard Metri nos segurou por lá por mais alguns minutos para dar uma, digamos, aliviada... ;-)


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Almoço na Churrascaria do Gaúcho em Sapucaia.
Foto: Walter Ricardo

A próxima cidade do roteiro era Areal. Agora vejo que seria melhor ir até Além Paraíba, em Minas, e descer pela Rodovia Santos Dumont, indo para São José do Vale do Rio Preto, passando Areal a ser a última cidade do roteiro. Seriam mais uns 30 Km de trajeto, mas por rodovias em melhores condições do que as que pegamos no trajeto Sapucaia > Areal. C'est la vie. Fica a dica para quem quiser fazer o mesmo trajeto. Só não caiam na besteira de ir pela RJ-154, pois no trecho que liga a BR-393 à Rodovia Santos Dumont há cerca de 20 Km de estrada de terra, que esta sempre muito castigada pela chuva e tráfego de caminhos que transportam a produção agrícola das fazendas locais.

A decisão de voltar pela BR-393 e pegar a antiga Rio x Bahia já estava tomada antes de sair de casa. Então como iríamos novamente passar pelo centro de Sapucaia, nova parada pra tomar sorvete foi feita. Mais bagunça na sorveteria, mais palhaçadas, mais risadas e mais rodadas de sorvetes... 40 minutos pelo menos parados na brincadeira.


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Segunda onda de ataque à Sorveteria Branca de Neve em Sapucaia.
Foto: Walter Ricardo

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Gulosa!!!
Foto: Walter Ricardo

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Só dois reaul!!! Quem vai?
Foto: Walter Ricardo

Finalmente seguimos para Areal. Com isso cancelei a foto que tinha comentado em fazer no Vale do Paraíba para não perdermos mais tempo. Foi então que aconteceu o segundo mico. Errei uma bifurcação e acabei pegando uma estrada que nos colocou passando por dentro de uma fazenda. Além de uma estrada ruinzinha a beça, com um trecho de uns 6 km de terra, com direito a um bezerro na estrada que assistou o Milton ao fazer um movimento na direção da moto, era em sua maioria esburacada e em parelelepído. Mea culpa! Mea máxima culpa! Mas chegamos à Areal sem maiores incidentes, mas com certeza acrescentando mais alguns quilômetros aos 40Km iniciais que iriámos percorrer. Chegando lá achamos a prefeitura com facilidade. O curioso é que são dois prédios. Um ao lado do outro. Um, bem antigo, desativado e que está para ser reformado e o outro, um pouco mais novo, com letreiro faltando letra. O guarda municipal Bruno foi bem simpático e além de nos permitir tirar foto bem próximo do letreiro da prefeitura, tirou a foto pra gente.


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Antiga prefeitura de Areal.
Foto: Márcio Mendes

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"Nova" prefeitura de Areal. O Guarda Municipal Bruno só de olho no bando de doidos que se movimentava em frente aos dois prédios públicos
Foto: Márcio Mendes

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"Nova" prefeitura de Areal com a minha moto, a do Richard Metroi e a do Walter Ricardo em frente à ela.
Foto: Alexandre Vianna

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Todo o grupo em frente à Prefeitura de Areal..
Foto: Alexandre Vianna

Logo depois de saírmos da prefeitura a turma resolver fazer nova parada para banheiro e beber água. O bom dessas paradas é que a gente sempre foi muito bem recebido e,além disso, podíamos perceber o encantamento da turma local com aquele bando de loucos, vestidos de preto e com jaquetas naquele calor... lol!

Nota triste é que em Areal e no trecho entre a cidade e São José do Vale do Rio Preto senti várias vezes o cheiro forte de fumaça de maconha, quando passava por alguns grupos. Onde há fumaça...

Seguimos para mais 30 e poucos quilômetros até São José do Vale do Rio Preto pela RJ-134, também conhecido como Estrada Silveira da Mota. Apertada, cheia de quebra-molas e várias vezes vi crianças soltando pipas às suas margens... Achei meio tenso andar por lá, mas na falta de tú, vai tú mesmo. Nota interessante desse trecho foi do bombardeio de ***** de passarinho na viseira do Milton, que teve que parar para limpar a viseira. A coisa foi feia, pois ele levou um tempão para conseguir alcançar a restante da turma, que parou para aguardá-lo no "piteresco" Bar do Tião Zão. Lol!


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Bar do Tião Zão. vitrola de ficha, pinga e petiscos, digamos, variados... ;-)
Foto: Alexandre Vianna

Quando chegamos à São José, eu me surpreendi com o estado da cidade. Apesar da pobreza que se nota na cidade, ela se recuperou bem da castrafó de dois anos atrás. As pontes foram reconstruídas e a cidade, apesar de pequena e pobre me pareceu limpa e sem marcas visíveis da tragédia. A prefeitura não tem o nome da cidade. Tiramos uma fotos por lá, mas ninguém ficou satisfeito. Então procuramos a câmara municipal. Outra que não tinha o nome da cidade. Então fomos atrás de um ponto turístico. Achamos a Igreja Matriz de São José e um colégio ao lado. Logo depois achamos também uma secretaria municipal, onde tiramos mais uma foto.


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As seis motos paradas em frente da Prefeitura Municipal de São José do Vale do Rio Preto.
Foto: Alexandre Vianna

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As seis motos paradas em frente ao Colégio Vale do Rio Preto.
Foto: Alexandre Vianna

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Todo o grupo em frente à Igreja Matriz de São José do Vale do Rio Preto
Foto: Alexandre Vianna

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Fachada da Igreja Matriz de São José do Vale do Rio Preto
Foto: Alexandre Vianna

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Todo o grupo em frente ao único prédio público que encontramos com o nome da cidade. A Secretaria da Família, Ação Social, Cidadania e Habitação de São José do Vale do Rio Preto
Foto: Alexandre Vianna

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O Rio Preto que, na verdade, tem águas barrentas e poluídas...
Foto: Angelina C. Alves

Começamos a volta em torno das 17 horas. Todos cansados e doidos para voltar logo. Paramos para reabastecer as motos e seguimos de volta pela chata RJ-134 até Areal, com intenção de seguir por ela até a BR-040, depois de passar pela Posse, perto de Areal, mas depois de chegar quase à metade do percurso, tivemos que voltar, pois um acidente grave, envolvendo dois caminhões, um ônibus e um carro, bloqueava a RJ-134. Tivemos que voltar até Areal, para então pegar a BR-040 em direção ao Rio. No caminho paramos no posto Brasão, para um último café, onde decidimos para logo após o pedágio da descida da serra para fazer a dispersão.


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Dispersão após o último pedágio da BR-040
Foto: Alexandre Vianna

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Foto Oficial da dispersão após o último pedágio da BR-040
Foto: Alexandre Vianna

488,7 quilômetros depois, cheguei de volta em casa. são e salvo, cheio de histórias para contar, com o corpo moído, mas com um sorriso de orelha à orelha.


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Odômetro da ida, logo após abastecer para o início do passeio.
Foto: Alexandre Vianna

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Odômetro da volta, logo após estacionar na garagem.
Foto: Alexandre Vianna

Meu sincero e profundo agradecimento aos amigos Milton Freitas e Lourdes, sua esposa que não tem vida digital :) , Márcio Mendes, Walter Ricardo e Elielde Alves, sua esposa, Valter Torres de Oliveira e sua esposa Angelina Cristina Alves e Richard Metri pelo excelente dia que compartilhamos, cumprindo esta primeira etapa do desafio Valente Fazedor de Chuva.
Saímos do Rio às 8 da manhã e eu cheguei em minha casa por volta das 20:30. Apenas demoramos tanto tempo porquê desfrutamos de nossa companhia, descobrimos mais um lugar de almoço bom e barato, descobrimos uma sorveteria que além de preço ótimo tem um sorvete delicioso e atendentes super simpáticas, erramos (errei! Mea culpa! Mea máxima culpa!) o caminho e passamos por uma estrada, digamos, desafiadora e rimos muito com as várias palhaçadas e piadas que surgiram. E tudo isso com muito bom humor e sem reclamações em momento algum. Afinal de contas o objetivo era única e exclusivamente se divertir!

Abraços amigos. Logo teremos mais etapas a cumprir.


Faltam apenas 86!!!

Alexandre Vianna

Dolor
17-01-13, 13:55
FC Alexandre, Almas Inquietas é o lugar certo para aquietar a tua alma e destes insanos que te acompanham.

Lembro parte do conceito daquilo que temos como sonho:

Os desafios foram, um dia, sonhos, mas que tomaram conta de nós e viraram metas pessoais. Saiba que ao final, todo sonho planejado transforma-se em uma conquista.

E além de acreditarmos na conquista dos sonhos, acreditamos na importância da família, das trocas, da convivência pacífica, do amor e da beleza deste mundo.

Acreditamos no poder das palavras, dos toques, do vento e dos sonhos.

As viagens estão longe de serem fugas de nossas vidas ou de nosso cotidiano, são, ao contrário, quando nos descobrimos ou redescobrimos.

Perfeito para o momento vivido por vocês.

Parabéns pela inspiração e contaminação positiva, fazendo a inclusão e a interação com tantos amigos e acrescentando ainda na área dos privilégios, aqueles que tem o prazer da companhia das suas mulheres nesta empreitada.

Seguramente, numa só "tarrafada" um bom punhado de loucos, com bem perceberam os locais, seriam internados no primeiro hospício encontrado, levando ainda de "nhapa" uma abelha aprisionada no tanque e eu do lado de cá, me jogando num "spa" para perder um pouco de peso adquirido pelas torradas de Petrópolis, sorvetes em quantidade e churrascos, entre tantos quitutes que perdem de longe para o ambiente de amizade, camaradagem e cumplicidade que se pode perceber nas fotos.

Quantas constatações não é verdade?

Como poderia ser diferente o nosso país com um pouquinho a mais de capricho por parte daqueles que tem a responsabilidade de nos gerir, começando pela identificação das suas casas, neste caso as prefeituras, numa demonstração inequívoca do "não estou nem aí", apesar da constatação da docilidade, talvez este seja o grande mal, do nosso povo.

Mas vamos em frente com a turma do Rio vai ganhando corpo e quem sabe, na próxima pernada não se encontrem todos estes loucos fazendo o mesmo desafio, para curtirem todos os recantos fluminenses, cuja grande vitória será a interação com os locais, a consolidação das velhas amizades e o início de novos relacionamentos.

Está escrito!

marciojmendes
20-01-13, 20:46
Pessoal, o Alexandre Vianna e a esposa, Gisele Alves, sofreram um acidente voltando hoje de Maricá.

Pelo que informaram, ele quebrou a perna e vai ter que operar. :-(

http://www.leisecamarica.com.br/2013/01/acidente-de-moto-deixa-duas-pessoas.html

Dolor
21-01-13, 06:50
FC Márcio, estou tomando conhecimento do acidente com o FC Alexandre e Gisele, e claro, a sombra da preocupação já se fez presente. Se pudesses nos passar mais algumas informações a respeito do quadro de saúde do casal ficaria muito grato, pois assim que chegar no meu escritório tentarei manter contato com ele.
Desde já somos pura torcida para a plena recuperação destes queridos.
Obrigado
Dolor

Elton
21-01-13, 06:54
Bom dia Marcio,
fiquei triste com essa noticia. Se puder nos informar mais detalhes seria legal. Contato do Alexandre?? alguem?

Sassa e Cuca
21-01-13, 07:41
Bom dia valentes

Essa notícia nos entristece e preocupa. Desde já, nossas orações seguem para a recuperação do casal. Os sonhos e as realizações da estrada podem aguardar um pouquinho agora, o importante é o tratamento, o carinho da família e dos amigos e, pedir a Deus a inspiração necessária para que a equipe médica realize o que pode fazer de melhor.
É o que acreditamos, é o que pedimos, é o que desejamos: e tudo será cumprido!

Força Valentes!!!!

marciojmendes
21-01-13, 08:30
Pessoal, O Alexandre foi transferido e já está em um hospital na Tijuca/RJ.

Ele fraturou a tíbia e o calcanhar e, provavelmente, precisará passar por uma cirurgia.

A Gisele Alves também passará por avaliação porque teve ferimentos no braço, aparentemente, sem gravidade. Ela só reclamou um pouco de dores no corpo todo.
Ela também pediu pra deixar registrado que está arrasada já que acabou arranhando as unhas e estragando toda a pintura, rsrsrs (ela pediu mesmo, só pra descontrair um pouco).

Estamos na torcida pra que se recuperem o mais rápido possível.

Abços

Dolor
21-01-13, 09:08
Fazedores, a Gisele é uma verdadeira Adelita, forma carinhosa como nos referimos as mulheres FC, por sugestão do GCFC El Médico Brujo, Manuel Quintana e a sua mulher Sandra.
Com este astral a vida segue mais leve e nos deixa também com esta mesma sensação, apesar do coração apertado. Nos unimos nas vibrações dos FC Sassa e Cuca, torcendo e orando por um pronto restabelecimento do casal cujas faces já colocamos nomes, faltando somente o prazer do encontro pessoal para os abraços de lei.

FC Alex e Gisele, nos mantenham informados assim como desejamos um pronto restabelecimento para que possamos o mais breve possível termos a alegria de lermos as histórias que vocês escrevendo.

Muita sorte, paciência e amor entre vocês!

roquewj
21-01-13, 11:12
Temos o casal em nossas orações para um pronto restabelecimento.
Abraços,

Augusto Medeiros
21-01-13, 17:11
Daqui de Natal mando minhas orações para o também Potiguar FC Alexandre e sua garupa Gisele, desejando uma rápida recuperação.
Abraços
FC Augusto Medeiros

Dolor
21-01-13, 23:02
Fazedores, falei com o FC Alex no início da tarde, me informando da sua cirurgia para esta noite, por volta das 20:30 h, portanto, neste momento o nosso amigo está enfrentando um momento de grande importância para a sua vida ao mesmo tempo em que demonstrou, durante a nossa conversa, ser uma pessoa muito centrada, otimista e claro, confiante no sucesso da operação.

Foi um acidente oriundo da imprudência e irresponsabilidade de um motorista de caminhão que inadvertidamente, sem sinalização, cruzou a sua frente não dando chance de escape para o nosso amigo e a sua mulher, Gisele, cujos resultados não foram piores em função da experiência e da velocidade moderada, marca registrada do casal.

Um absurdo a quantidade de acidentes Brasil afora, aliás, quando estamos na estrada podemos observar a cada minuto, além da ignorância, falta de habilidade e consumo especialmente de álcool por parte de alguns motoristas, motivados pela certeza da impunidade, como a selvageria no nosso trânsito tem campeado.

Um horror!

Há poucos dias tivemos o óbito de um motociclista de Florianópolis, respeitado e experiente, cujo acidente na altura de Içara, no sul do estado de Santa Catarina, teve como motivação maior, a completa alienação, irresponsabilidade e desprezo pela vida alheia por parte do motorista de uma caminhonete velha, que totalmente sem noção, após ter a ponta de eixo do seu carro quebrada, colocou o triângulo a aproximadamente cinco metros de distância do seu veículo e entrou dentro do mesmo, na pista de rolamento da BR 101, do lado esquerdo, para se proteger da chuva que naquele momento caia.

Claro, por mais experiente que se seja, nunca vamos imaginar um carro estacionado no meio da rodovia, especialmente quando ela atende pelo nome de BR 101, sem pisca acionado e nenhum outro procedimento de alerta , aguardando por socorro. É preciso ser totalmente fora da realidade e não estar nem aí nem pela própria vida quanto mais pela de terceiros.

E assim, com imbecilidade atrás de imbecilidade, vamos construindo as nossas desgraças e tingindo de preto as nossas famílias e esperanças.

Felizmente, os FC Alex e a Gisele, dentro deste ambiente trágico, ainda tiveram o privilégio da sobrevivência e que todo este sofrimento ao qual estão sendo submetidos, os aproxime ainda mais, os façam refletir sobre as nossas fragilidades e os façam viver com muito mais intensidade essa dádiva chamada vida.

Sorte FC!

Dolor
22-01-13, 07:04
Fazedores, segundo as últimas informações recebidas, a cirurgia terminou as 4 h da manhã e tudo correu muito bem.
Continuamos na torcida pela pronta recuperação do FC Alexandre.

Dolor
24-01-13, 22:20
FC Alexandre, estamos ansiosos por boas notícias a respeito da tua recuperação assim como da Gisele.

Esperamos que tudo esteja muito bem com vocês, com ótima recuperação e astral em alta para voltar o mais rapidamente possível para a estrada, o verdadeiro lugar de vocês.

Se quiserem vir passar uns dias em SC para se recuperarem, a casa não tem portas.

Dolor
03-02-13, 23:19
FC Alexandre, tentei contato telefônico esta semana mas não obtive sucesso.

Espero que tudo esteja bem com vocês e se possível nos dê notícias.

Abraços
Dolor

apvianna
21-05-13, 23:33
Salve amigos!

Demorei um bocado para vir aqui.

Me sinto até envergonhado por tamanha indelicadeza de minha parte. A cabeça não ficou muito bem depois do acidente e dos fatos que surgiram depois.

Sou extremamente grato pela corrente de boa energia enviada por todos e pela extrema atenção e carinho que me foram dedicados especialmente pelo FC Marcio Mendes e pelo FC Dolor. O Márcio tratou de me manter incluído no meio, me visitou várias vezes enquanto estava hospitalizado, me levou para um passeio de carro e me incentivou a participar de outros. O Dolor foi cordial e atencioso, como todos sabem que ele é e me ligou diversas vezes para saber como estava a minha recuperação.

O meu acidente.


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Trajeto de retorno e local onde o acidente aconteceu.

Por volta das 15:20 do dia 20/01/2013, voltávamos de Barra de Maricá eu, minha esposa, em minha garupa, e um colega pouco experiente em sua moto. Era a primeira vez dele na estrada e ele, confiando na minha experiência e sabendo que já iniciei alguns irmãos na estrada, me pediu para acompanhá-lo. Não sei se por inexperiência ou por medo, puro e simples, ele não conseguia andar a mais que 60 km/h. Nessas condições mandei-o ir a frente enquanto eu atuava como ferrolho, protegendo-o e sinalizando nossa presença aos demais veículos, que se aproximavam em velocidade mais alta.


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Esquema que mostra como o acidente aconteceu.
Em amarelo o trajeto de meu colega de viagem. Em azul o meu e em vermelho o do caminhão.

Quando passávamos por Inoã. distrito de Maricá, ao nos aproximarmos de um retorno, notei um caminhão caçamba, daqueles enormes de três eixos, se aproximava em alta velocidade. Comentei com minha esposa (usamos Scala Rider) a velocidade do caminhão, quando, para minha surpresa, ele entrou no retorno sem qualquer sinalização. Naquele momento me preocupei, achando que ele não conseguiria fazer o retorno normalmente e que iria invadir a segunda faixa. Reduzi a minha velocidade e fui mais para o meio da faixa 1, onde estávamos em formação alternada. Enquanto isso lampejava o farol, sinalizando para o meu colega. Foi quando, para minha absoluta supresa e terror, há apenas cerca de 15 metros à minha frente, realizei que ele iria atravessar a rodovia. Comecei a frear e a buzinar ao mesmo tempo. Foi quando meu colega olhou para a esquerda e viu o caminhão se aproximando dele e, com uma acelarada súbita, conseguiu escapar de ser atropelado por cerca de meio metro. Enquanto isso eu ia brigando para tentar parar a moto, sabendo que o choque seria inevitável. Foi quando, quando já há certa de 3 metros do caminhão e constatando que iria acertar o meio dele, tive que tomar uma decisão. Rezar para que a moto parasse à tempo, correndo o risco de bater no caminhão antes dos eixos traseiros, ou jogar a moto para a esquerda, sabendo que ela iria tombar, mas batendo nos pneus traseiros do caminhão. Optei pela segunda hipótese. Estercei o guidon para a esquerda e a moto tombou para a direita. Minha esposa rolou para a direita, em direção ao acostamento, e eu não consegui saltar da moto. Com isso ela tombou e ambos fomos de encontro ao pneus traseiros do caminhão, atingindo-os com o pneu dianteiro da minha Dragstar e com o meu capacete. A câmera Drift HD que usava fixada ao topo do meu capacete foi esmagada pelo caminhão. Com isso o cartão de memória onde o passeio estava sendo gravado ficou ilegível.

Depois de alguns segundos de confusão mental, olhei para o lado e vi minha esposa já se levantando e percebi que ela estava bem. Agradeci à Deus e tentei me mexer. Nesse momento percebi que minha perna estava presa sob a moto. O protetor de motor (mata cachorro) quebrou e a moto caiu em cima da minha perna. Comecei a sentir o calor do motor e do escapamento pelo couro da bota e temi uma queimadura grave. Pedi a minha esposa para tentar levantar a moto. Ela disse que tentou, mas eu nem vi. Empurrei a moto com a outra perna e consegui tirar o pé de lá. A bota ficou e minha perna saiu. Foi quando percebi que os ossos da perna estavam fraturados, pois movi a perna e o pé não se mexeu.

Nesse momento um grupo de motociclistas parou e outro entrou na estrada de terra em que o caminhão entrou, que fica em frente ao retorno, para ir atrás dele, uma vez que ele fugiu. O que me disseram foi que o motorista largou o caminhão ligado e de porta aberta e correu para o mato.

Irmãos de estrada me tiraram da estrada, pois eu corria risco de ser atropelado por algum veículo e colocaram minha moto no acostamento, o que foi bom, mas ao mesmo tempo ruim, como explicarei mais tarde.

Minha esposa foi amparada por eles, que também chamaram o corpo de bombeiros para me socorrer.

Enquanto aguardava socorro mais e mais motociclistas paravam. Rostos conhecidos começaram a aparecer. Amigos como o Aloísio da AMO-RJ, o Maggiolo e Alexandre Neto, do Street Eagles, e outros apareceram por lá e ajudaram a organizar o socorro.

Um certo momento um cidadão passou três vezes sobre a minha perna quebrada. Na terceira tropeçou nela, que já doía demais. Gritei e mandei ele parar de fazer aquilo. Foi quando ele se apresentou como dono do caminhão. Perguntei se ele estava dirigindo e ele disse que não, que quem dirigia era seu funcionário e me perguntou como foi o acidente. Descrevi o acidente e disse que o motorista dele era um criminoso, que além de fazer a besteira que fez, ainda havia fugido do local. Ele confirmou que o mesmo havia fugido e ligou pra ele, temendo de que o caminhão fosse depredado, como se fôssemos bandidos. Afirmou ainda que cansava de dizer aos seus funcionários para não fazer a travessia ali, que deveriam optar por fazer o retorno 2 quilômetros à frente, mas que os mesmos tinham preguiça de fazer isso.

O socorro

O corpo de bombeiros chegou uns vinte minutos depois. A dor na perna já era lancinante. Fui imobilizado e levado ao Hospital Municipal de Maricá, juntamente com minha esposa. Várias radiografias foram tiradas foi constatada a fratura na tíbia, mas os equipamentos eram tão ruins que não conseguiram ver a fratura na fíbula. Me imobilizaram com uma tala, sem me dar qualquer analgésico e me colocaram para aguardar remoção para o Rio de Janeiro. A ambulância que me trouxe ao Rio somente chegou lá às 22:00 hrs.

Fui hospitalizado no Tijutrauma pouco antes da meia noite daquele mesmo dia. constataram fraturas na fíbula e tíbia. Na noite do dia seguinte passei por quase cinco horas de cirurgia para que fosse colocada uma haste intramedular na minha tíbia, fixada por quatro parafusos, e fosse retirada uma lasca de osso da tíbia que não havia como ser fixada. O médico optou por não mexer na fíbula, pois o local da fratura é muito próximo do nervo fibular, tornando arriscada uma intervenção naquela fratura.

Houve suspeita de trombose na minha perna, pois o edema que se formou foi enorme, causando preocupação quanto à possibilidade de uma embolia ocorrer, o que fez com que eu ficasse hospitalizado por mais alguns dias, até que houvesse certeza de que não havia essa trombose. Na sexta feira, dia 25/01 tive alta hospitalar e vim para casa, trazido pelo meu amigo David, do Moto Clube União de Amigos.

No final das contas, diante da gravidade do acidente, os danos foram os menores. Agradeço à Deus por isso.

Recuperação

Passei duas semanas aprisionado dentro de casa, quando então fui levado ao hospital, novamente meu amigo David, dando aquela força, me levou até lá, para uma avaliação pós-cirúrgica. Alguns pontos foram retirados e outros deixados para a semana seguinte. Mais uma semana os pontos foram retirados e, em 14/02, comecei o doloroso caminho da fisioterapia. Venho fazendo fisioterapia três vezes por semana desde então. No final de março comecei a conseguir tomar banho em pé. Em abril comecei a nadar e a fazer hidroginástica. Em meado de abril larguei as muletas e comecei a andar, ainda com muita dificuldade e dores, mas andar sem as muletas foi uma grande vitória. Em maio voltei a trabalhar e comecei a fazer musculação direcionada para as pernas, com o objetivo de recuperar a musculatura, que está ainda muito atrofiada. A minha moto está quase reparada. Falta pouco. Estou louco para voltar a pilotar. Pelo médico eu só devo voltar a pilotar em 15 de julho. Eu tinha intenção de ter voltado a pilotar no dia 15/06, mas minha perna está muito fraca. Não aguenta o peso do meu corpo, logo, se a moto inclinar para direita, certamente ambos iremos ao chão, pois não conseguirei segurá-la. Estou sendo bastante disciplinado nesse processo de recuperação, para que possa voltar com confiança e segurança.

Continua...

apvianna
21-05-13, 23:34
Continuação...

A surpresa da (in)justiça

Cerca de duas semanas após o acidente recebi o telefonema da inspetora Denise, da 82a DP, de Maricá. Ela foi extremamente educada e polida. Perguntou sobre as minhas condições físicas e, após alguns minutos de conversa, disse que precisava do meu depoimento, e que iria mandar uma carta precatória para a delegacia mais próxima da minha casa para que eu e minha esposa fôssemos dar o nosso depoimento sobre o acidente. Falei que tinha uma testemunha, que era o meu colega que voltava comigo para o Rio no momento do acidente. Ela me disse que conversasse a respeito com o policial que entrasse em contato comigo, para o agendamento do depoimento. Pois bem. Eu só recebi uma intimação para o depoimento em 11 de março, marcando a data do depoimento para o dia 19/03. Liguei para a Delegacia várias vezes até conseguir falar com a inspetora Marcela, na sexta, dia 15 de março, para informar que levaria minha testemunha. Ela então pediu os dados da minha testemunha e disse que a intimaria para depôr em outro dia. Vocês o intimaram? Não, né? Nem eles! Minha testemunha não foi ouvida. Eu e minha esposa demos nossos depoimentos na manhã do dia 19 de março, quando nos solicitaram que fôssemos ao IML para fazer exame de corpo delito, levando exames, radiografias, laudos e etc. Para lános dirigimos. A perita que nos atendeu foi extremamente rude e se recusou a olhar os exames e laudos que tínhamos em mãos. Disse que a ela apenas interessava o que ela podia ver. E o que ela podia ver? Quase nada em virtude do que aconteceu! Apenas cicatrizes da cirurgia e dos arranhões no braço. As fraturas, a haste de titânio, o travamento das articulações, a atrofia muscular, nada disso foi considerado pela "perita". A mesma disse a mim e a minha esposa que em duas semanas o laudo estaria pronto e que o mesmo seria entregue na delegacia. Na quinta feira seguinte, dia 21 de março, a inspetora Denise me ligou, me avisando que no dia seguinte, dia 22 de março, haveria uma audiência de conciliação no Juizado Especial Criminal (JECRIM) de Márica e que, eu e minha esposa, tínhamos que comparecer, mesmo ela achando que a audiência não ocorreria, pois o meu depoimento ainda não havia sido anexado ao processo. Liguei para o advogado e o mesmo não tinha como ir comigo lá naquele dia e que, como provavelmente a audiência não ocorreria, que não haveria problema em que eu fosse sozinho, pois certamente nada seria decidido alí. Na hora da audiência veio a grande surpresa. O conciliador chamou minha esposa e eu para a sala de audiência. Pediu para que nos acomodássemos e perguntou se havia algum acordo. Eu perguntei pelo caminhoneiro, dizendo que, se ele pagasse meu prejuízo material a gente poderia encerrar tudo por alí. Então o conciliador disse que o motorista não tinha relação alguma com aquilo, pois eu era o réu e a minha esposa a vítima. Eu disse como???? Que loucura é essa???

A composição das personagens do processo é a seguinte:

Eu: Autor do fato - Causador do acidente
Minha esposa: Vítima
Caminhoneiro: Envolvido, aquele que é uma vítima de ocasião.

Eu e minha esposa protestamos e dissemos que o motorista era o causador do acidente e que nós eramos as vítimas.

O conciliador colocou essa anotação no processo e nos recomendou tomar açòes jurídicas urgentes.

Vejam que ridículo!

Comecei a ligar para a inspetora Denise e tentei por toda a tarde, tentando obter explicações sobre o porquê daquilo. Somente consegui falar com ela à noite e ela disse que concordava comigo que aquilo estava errado, mas que o delegado mandou enviar o processo com aquela configuração.

Porquê um delegado mandaria o processo para a justiça daquela forma? Que interesse haveria nisso? Porquê mandar o processo para a justiça daquela forma sem que uma das partes fosse ouvida?

Bom, tive que tomar um avião e ir à Natal naquele dia, somente voltando na semana seguinte. Aguardei as duas semanas indicadas para receber o laudo do IML. O tal do laudo nunca ficava pronto. Depois de várias idas à delegacia, fui informado que certamente teria que ir novamente ao IML para fornecer laudos complementares. Aqueles mesmos que eu levei no dia do exame de corpo delito e que foram ignorados pela "perita". Só que para isso seria necessária uma requisição da delegacia de origem do processo, a 82a DP, de Maricá. Começou a minha peregrinação aquele lugar.

Tive que ir la com minha advogada, que agora é a minha tia, e consegui, finalmente, o registro de ocorrência da delegacia, onde consta o depoimento do caminhoneiro. O sem vergonha mentiu descaradamente. Ele depôs afirmando que seguia pela RJ-106, quando ao sinalizar e reduzir para entrar à direita, foi albaroado por mim em sua traseira. Afirmou ainda que prontamente parou o caminhão e chamou o socorro, tendo ficado ao meu lado até o fim. Por isso o processo foi enviado daquela forma. A impressão que tenho é que a pressa em mandar o processo para a justiça ddaquela forma foi pensada. Mas não tenho como provar isso, logo, não posso falar muito à respeito.

Se há um tipo de gente do qual eu tenho asco, são os mentirosos.

Agora eu estou brigando para me defender de um processo do qual sou vítima, mas ao mesmo tempo, agora quero que o crime seja tipificado como tentativa de homicídio doloso, pois o caminhoneiro assumiu o risco de matar alguém ao fazer aquele cruzamento proibido. No mínimo lesão corporal grave dolosa, com omissão de socorro, seguindo a mesma lógica.

Isso tudo me afetou bastante. Ainda mais que os testemunhos de pessoas que tiveram papel bem importante na história seria fundamental e essas se recusaram a testemunhar. Com isso as minhas testemunhas são apenas o camarada que comigo voltava, que, por sua vez, não me viu bater no caminhão, porém viu que o caminhão atravessou a via daquela forma, o Aloisio Braz (AMO-RJ) e Maggiolo (Street Eagles), que viram que o caminheiro não estava lá prestando socorro coisíssima nenhuma. A minha esposa deveria ser considerada como testemnha, mas, por ser minha esposa, não é considerada como tal. Porém, como vítima, estou brigando para que o testemunho dela seja válido também.

Mas felizmente agora as coisas estão mais tranquilas.

Com o trabalho e com a volta às demais atividades eu estou melhorando.

Dois dias antes do acidente eu cumpri mais uma etapa do Valente Fazedor de Chuva. Não tive ânimo para postar as fotos e minhas impressões sobre aquela etapa. Ainda hoje começarei a editar e a postar as fotos e narratrivas.

Obrigado à todos por tudo e me desculpem pelo longo post.

[ ]s,

Alexandre

Dolor
14-06-13, 01:42
FC Alexandre e Gisele, neste momento o título mais adequado para o nosso link deveria ser Almas Revoltadas, pois os teus relatos continuam traduzindo com riqueza de detalhes o acidente acontecido com vocês, desde os primeiros momentos em que nos falamos via telefone.

Infelizmente vivemos sob o império da hipocrisia, irmã mais nova e íntima da mentira, do pouco caso, da falta de vergonha com que temos sido conduzidos por parte, talvez hoje, por grande parte das pessoas que são pagas e consequentemente teriam a obrigação de zelar pela coisa pública e pelo seu bom andamento, fazendo com que a lei e a sua aplicação fossem feitas de forma honesta, imparcial e cidadã.

Me revolto, ou melhor, a história de vocês continua sendo o tipo de combustível que vai alimentando a descrença naquelas nossas autoridades, do tipo ruim, nas instituições e finalmente, no nosso próprio país que vai navegando por águas turvas sobre um fundo lamacento.

Extremamente lamentável a condução dada ao processo de vocês e concordo plenamente com a tua ojeriza a mentira, base de uma sociedade que não se respeita e em nome dela, se sujeita a toda sorte de procedimentos.

Uma pena e uma vergonha para todos nós irmos priorizando o circo e o pão!

Felizmente vocês vão se recuperando física e emocionalmente deste episódio e seguramente sairão ao seu final mais fortalecidos e que o estreitamento do relacionamento de vocês a partir de então, seja o grande ganho.

Este é o nosso sincero desejo e votos.

17484

Como o momento é de comemoração, a nossa alegria em dizer que vocês já atingiram o primeiro milhar de visualizações é muito maior do que maus momentos vividos e pedimos para se alimentarem com este número, como uma gota de bálsamo para alegrar os corações de vocês.

17485

Que estes centos de participações com outro tanto de FC por trás, sejam jacintos a alimentar as almas de vocês.

Estamos com saudades em vê-los perseguindo o VFC Rio de Janeiro, feito sob medida para pessoas com esta índole que vocês tem e que tornam os Fazedores de Chuva como a Elite do Motociclismo Mundial.

É exatamente por isso!